NOSTRUM

- Essa é a faca AK47, a faca perfeita pro combate. Porque ela é perfeita? Além do formato adequado, ela tem uma particularidade, que é a rapidez do saque. As facas em geral, quando nós sacamos pro combate, a gente tem que sacar e abrir. A AK não. A grande vantagem dela é exatamente essa, ela sai pronta, é só tirar. - Ela abre a faca. - Tão vendo?

- ... E então? - Kai olha em volta, em quanto bate o pé no chão levemente.

- E então o que? Gyehehehe. - Ele é interrompido por uma voz que surge por cima do seu ombro, Louva-a-Deus estava em cima dele.

- Oh, quando eu disse amigo... eu não esperava por isso. - Kai abre um sorriso e se vira para Kyu. - Com o que você anda se metendo, sangue do meu sangue? - Ele sobe seu dedo e passa na cabeça de Louva-a-Deus, soltando um grito agudo de dor.

- Gyehehe, calma lá, garoto, nunca te contaram que é errado tocar os outros sem permissão? - O pequeno ser de papel pula para a cabeça de Kyu, se dependurando para olhar em seus olhos. - Então, o que você quer? Saiba que eu sou muito ocupado, gyehehe.

- Essa tatuagem? Gyehehe, não é óbvio? É a marca do piloto! - Ele ri por longos segundos. - Quer dizer que você vai ter a honra de tentar salvar o mundo hoje!

- Kyu, você sabe porque eu mandei você chamar alguém, não é? - Ele parece extremamente impaciente.

- Oh, o Kai não gosta de esperar muito... gye... gyehehehe. - Ele desce da cabeça de Kyu, pousando entre os dois.

- Exatamente! Sua bola de papel estranha. - Kai fica encarando louva-a-deus, um tanto assustado.





- Uma vidinha tão curta, faz sentido não gostar de esperar tanto... gye... gyeehehehe....

O silêncio enche a sala, louva-a-deus encara a Kai com um de seus olhos.



-OH! BEM A TEMPO!

Kyu começa a sentir uma dor infernal, como se algo queimasse como brasa em seu ventre.

Ela ergue sua camisa, a tatuagem brilhava intensamente.

- Vamos, vamos, hora de ser o herói!

As cenas diante de seus olhos se extinguem, dando lugar a um chiado alto e a estatica.



E enfim, vocês todos se encontravam no cockpit do robô novamente, desta vez, junto de Kai, os irmãos Joestar e os irmãos do Kadaver.

- Como eu sou gentil eu trouxe os seus amiguinhos juntos! Seria estranho explicar como vocês sumiram diante de seus olhos, certo? GYEHEHEHEHEHEHE.

-Uhhh... Ué... De novo esse lugar???
Joestar olhava de um lado ao outro, ela logo via seus irmãos ali e Louva-a-Deus também.


-EU AINDA NÃO ALMOCEI FILHO DA PUTA!!



-Mas hey, vai ter uma luta maneira com um bicho caralhudo gigante hoje também???


-Ou... Onde porra a gente tá? Aquele é o Kumacuzão que eu dei um tiro ontem? E ali é aquele bichinho que come balas?


-Dentro daquele bicho enorme muito horrorshow que espancou o outro bicho enorme, eu tava dentro dele ontem!



-Curti...


-Não gosto daqui!


-Foda-se.


-É, Foda-se.


-Quero que um daqueles mutantes que cospem acido coma o cu de vocês um dia, eu vou rir.

- C-Como eu controlo isso? Sou eu que controlo né?

Diz Kyu com a mão em sua barriga, ainda sentindo a dor de anteriormente

- Como você controla? - Louva-a-deus está flutuando a alguns centímetros do chão. - O imprestável deveria ter te explicado, não? Vamos, vamos, não temos tempo a perder, gyehehehe.

Ele segue até Kyu, a empurrando levemente para direção do banco de "motorista".

O chão começa a tremer novamente, em quanto o robô se materializa, e a sua frente, o céu infinito é substituído pela paisagem desértica, porém, a o que vocês conseguem calcular como mais ou menos três quilômetros de distância, está uma pequena vila, não é possível ver seus moradores desta distância.

Kai havia recostado em um dos cantos da sala, observando toda a situação, ele não parecia impressionado.

Assim que Kyu se senta ela pode sentir um choque percorrendo todo seu corpo, e algo começa a se materializar a sua frente:

O seu guarda-chuva, ele se materializa exatamente onde deveria ser um volante, e suas mãos instintivamente seguem para o cabo.

O robô treme um pouco.

A seu ver, o guarda-chuva parecia funcionar como uma espécie de manche.

E ai, silêncio.

...

Um raio atinge o horizonte, do outro lado da vila, dando lugar a uma figura gigantesca, um ser metálico munido de uma lança e asas maiores que arranha-céus, seus olhos brilhavam em um intenso vermelho, em quanto ele balançava com toda tranquilidade a areia de sua fuselagem.

Ele se vira, cruzando seus gigantescos braços, e se levantando alguns centímetros do chão.

Louva-a-Deus sobe na cabeça de Kyu.