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Pokémon: Rinji Tales

3 participantes

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Mensagem por GajeelRedFox Dom 13 maio 2012 - 13:10

Pokémon: Rinji Tales
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Sinópse

A História se passa em um continente único chamado Nikora; uma terra que reúne tipos de todos os Pokémons conhecidos e é protegida uma aliança formada pelos "Quatro Grandes Dojos". Esses Dojos treinam jovens nas artes marciais de aventureiros; ninjas e monges juntos a Pokémons para que no futuro, possam trazer a paz e manter o equilíbrio em Nikora.
Em Nikora, cada pessoa tem um Pokémon que lhe é designado como um "segundo eu". Esse Pokémon irá acompanhar seu mestre para onde ele for e irá lhe dar a vida para protegê-lo. Os mestres e seus Pokémons treinam juntos, batalham, se aventuram e vivem como um só!
Porém, há uma organização conhecida como "KuroHebi" que pretende despertar o Deus Pokémon e seu Mestre de um sono de 10.000 anos e usar seus poderes e conhecimentos para derrubar o poder dos Quatro Grande Dojos e tomar posse total de Nikora e de seus habitantes. Entre eles, em principal os Pokémons. E é ai que entra Rinji, um jovem aprendiz de 14 anos que sonha em um dia ver Nikora rodeada pela paz entre os homens seus Pokémons.
Junto a seus fieis companheiros de Dojo, e com o apoio de seus mestres, Rinji irá sair por Nikora reunindo aliados; descobrindo segredos e mistérios; tudo para derrotar KuroHebi e trazer a paz a Nikora.

Capítulos

O Garoto da Chama Macaco: Rinji!


Personagens:


Spoiler:



Última edição por GajeelRedFox em Sex 18 maio 2012 - 22:39, editado 2 vez(es)

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Mensagem por Ignacio.. Dom 13 maio 2012 - 20:08

GajeelRedFox escreveu:
Em Nikora, cada pessoa tem um Pokémon que lhe é designado como um "segundo eu". Esse Pokémon irá acompanhar seu mestre para onde ele for e irá lhe dar a vida para protegê-lo. Os mestres e seus Pokémons treinam juntos, batalham, se aventuram e vivem como um só!
Sério... essa parte me lembrou Eragon...



Mas sobre a história, eu acho que vai ser bem legal.
Você realmente fugiu do clichê de sempre pra criar algo realmente inovador. Vou acompanhar.

Peguntinha : Esse esquema do "segundo eu" quer dizer que a pessoa só pode ter um pokemon? e ele fica na pokebola?

________________
Enquanto assalariado vai vivendo estressado eu levo a vida no esquema. A vida é mesmo assim, cada um com seus problemas.(João Carreiro e Capataz)
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Mensagem por -Murilo Seg 14 maio 2012 - 9:38

Olá! Apesar do prólogo ser um pouco pequeno, deu pra perceber que muitas coisas legais vem por aí. Logo de início já senti a originalidade com esse novo continente único, e os dois tipos de treinamento. Uma coisa que eu gosto é quando os personagens possuem apenas um pokémon, assim dando mais destaques para eles. Ainda mais que na sua fic treinador e pokémon terão uma relação muito forte. Boa sorte na sua fic!
-Murilo
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Frase pessoal : Pq ñ podemos fugir da realidade se ela é uma droga


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Mensagem por GajeelRedFox Sex 18 maio 2012 - 22:37

Ignacio.. escreveu:
GajeelRedFox escreveu:
Em Nikora, cada pessoa tem um Pokémon que lhe é designado como um "segundo eu". Esse Pokémon irá acompanhar seu mestre para onde ele for e irá lhe dar a vida para protegê-lo. Os mestres e seus Pokémons treinam juntos, batalham, se aventuram e vivem como um só!
Sério... essa parte me lembrou Eragon...



Mas sobre a história, eu acho que vai ser bem legal.
Você realmente fugiu do clichê de sempre pra criar algo realmente inovador. Vou acompanhar.

Peguntinha : Esse esquema do "segundo eu" quer dizer que a pessoa só pode ter um pokemon? e ele fica na pokebola?

Obrigado por decidir acompanhar minha FIC!Isso me traz mais vontade de escrever!^^
Sim!Só tem um Pokémon mesmo, porém ele fica livre!Como o Pikachu do Ash!

Murilo_Marcos escreveu:Olá! Apesar do prólogo ser um pouco pequeno, deu pra perceber que muitas coisas legais vem por aí. Logo de início já senti a originalidade com esse novo continente único, e os dois tipos de treinamento. Uma coisa que eu gosto é quando os personagens possuem apenas um pokémon, assim dando mais destaques para eles. Ainda mais que na sua fic treinador e pokémon terão uma relação muito forte. Boa sorte na sua fic!

Obrigado Murilo!o/
Eu realmente pensei em deixar um Pokémon para cada treinador com esse propósito mesmo!Acho que realmente fica mais legal e chama a atenção!

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Falando nisso, já terminei o 1° capítulo!Irei postar aqui mesmo!
(Obs:Desculpem o texto vir dessa forma!Depois quando tiver mais tempo deixo uns espaços nele!)


Capítulo 1

O Garoto da Chama Macaco: Rinji!


Estava um dia ensolarado no Dojo Blue Feather, dojo local do norte de Nikora. Alguns Spearows que voltavam do Sul pousavam tranquilamente nos galhos de cerejeiras que cresciam e se destacavam ao redor e no interior dos pátios do dojo. O inverno terminou há cerca de um dia e a neve já havia derretido, exceto em alguns pontos dos telhados de salões do dojo que ela se transformava em líquido lentamente, servindo de água para pequenos Sentrents que invadiam o Dojo e subiam nos telhados para passar o tempo.
Óorus, o Mestre Monge do Dojo Blue Feather, andava a passos pesados, mas calmos. - Era um homem nem tão velho nem tão jovem... Estava entre os 40 anos. Usava uma camisa regata de um tecido leve e de coloração dourada. Ao redor de sua cintura, havia uma placa de ferro para segura a calça e prendê-la sobre a camisa, junto a uma faixa branca laranja que vinha sobre a placa de ferro. Sua calça era larga, mas perfeita para a movimentação das pernas; ia até o joelho e a partir de lá, sua perna estava enfaixada até os pés que eram cobertos por um par de sandálias. Possuía uma barba castanha espetada, e era careca, como a maioria dos Mestres Monges, e ao redor de seu pescoço cercava um colar de esferas cinzentas feitas de ferro – Óorus andou pelo pátio central que interligava o dormitório masculino e a área hospitalar. Andou sobre a larga passagem de pedra cercada por neve nas bordas e pelos últimos flocos de neve. Foi em direção a uma casa vermelha de único andar com designer oriental: Um templo. Na frente dela, antes dos primeiros degraus de madeira, havia um Torii e em sua placa em pé estava escrito: “Aqueles que lealdade jurarem a Blue Feather, a proteção do Grande Mestre terão.”.
Óorus andou sem olhar para cima ou para os lados, e em passos rápidos, subiu os seis degraus do grande templo e abriu com cuidado a porta deslizante deste, sem hesitar.Ao entrar, fechou a porta e ficou um tempo parado, olhando para frente.
O local era grande. O chão era pura madeira. Sem coloração ou pinturas. Nas laterais deste, havia estatuas de pedras de monges rezando com o dobro do tamanho de um homem normal com um Togepi dormindo na cabeça. – Para os monges de Nikora, os Togepis são sagrados. – Uma virada para a outra. No final do corredor, as estátuas se prolongavam, assim, contando cerca de 12 estátuas por lado. Havia, no final do Templo, uma estátua em pedra – bem polida e cuidada. Cercada por seis toras de fogo em suportes de ouro, cada uma de um lado – de Arceus, considerado por todos os habitantes de Nikora o Deus Pokémon e símbolo mais raro no zodíaco Pokémon. Na frente da estátua, havia um velho sentado sobre uma almofada laranja, bordada nas laterais com enfeites de ouro. O velho vestia uma túnica amarela que cobria dos pés até o pescoço, porém deixava o braço esquerdo nu. O velho era careca, tinha um bigode branco estilo chinês e tinha a pele um pouco enrugada. Ao redor de seu pescoço havia um colar de esferas semelhante ao do Óorus, porém, com menos esferas e todas eram douradas. No total, se vestia igual aos monges das estátuas.
- Mestre Shinta... - Falou Óorus se ajoelhando sobre o chão, colocando suas mãos sobre o colo e curvando sua cabeça para Shinta, apesar deste estar de costas para ele.
Shinta, o Grande Mestre Monge Sacerdote – Estágio final para um monge – nada disse. Apenas permaneceu rezando para a estátua de Arceus.
Ao redor de suas mãos, havia um colar feito de cerejas rosa, entrelaçado entre estas.
Shinta abriu seus pequenos e escuros olhos, e então desenrolou o colar de cerejas ao redor de suas mãos e o colocou sobre uma tigela pequena de ouro cheia de uma espécie de areia vermelha.
-Desculpe interromper sua meditação! – Desculpou-se Óorus. Sua voz era grave e forte como o som de um pisar forte no chão.
-Não problemas com isso! – Falou Shinta com uma voz doce e idosa, porém, cansada. – Eu estava apenas consultando o Grande Mestre a respeito de uma visão que tive hoje!
-Visão? – Indagou Óorus.
-Sim... – Falou Shinta, se levantando e se virando para Óorus que levantou a cabeça e olhou para o mestre de cima para baixo, mesmo estando à coisa de 10 metros de distancia deste. – Eu vi que o Garoto da Chama Macaco deverá partir em uma jornada por Nikora em breve.
“Ainda o chama deste apelido!?” perguntou-se Óorus, se dando conta a quem Shinta estava se referindo.
-Isso será logo após um ataque que ocorrerá em nosso Dojo! – Completou Shinta.
-Um ataque? – Óorus se espantou, porém manteu a postura. – Quando?
-Eu não sei! – Respondeu Shinta tristemente. – Porém, serão “eles”...
Óorus também se deu conta a quem Shinta havia se referido.
-E depois deste ataque... O que acontecerá com o templo?Com os aprendizes? – Perguntou a Shinta.
-Não posso falar, pois isso eu não vi! – Respondeu Shinta tranquilamente. – Porém, irá ocorrer... Em breve!
-Então... – Falou Óorus se levantando com equilíbrio, mas força e se colocando em pé, de frente ao mestre e o olhando nos olhos. – Irei impedi-lo!Irei mandar reforçar a guarda ao redor dos muros e enviar mais Ninjas a para um trabalho de reconhecimento local! – Concluiu.
O local ficou em silencio por alguns segundos. Até Óorus fazer uma reverencia ao seu mestre, fechando suas mãos em forma de prece e inclinando a cabeça e o corpo para frente. Após isso, se virou e andou em direção à porta deslizante, até ser interrompido pela voz lenta, porém séria de seu mestre.
-Não se impede o que está predestinado acontecer! – Protestou. – Minhas visões são sempre reais!
Óorus hesitou sério. Então, abriu a porta a deslizando para a esquerda e saiu do templo, fechando-a em seguida e deixando seu mestre a sós.
♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦
O pátio secundário perto do salão de treinamento coletivo e do reformatório estava bem movimentado. Seu chão era de asfalto liso, assim como o do pátio central. Havia uma leve concentração de neve sobre o asfalto liso, e alguns flocos derretiam direto ao relarem neste.
Do lado de dentro do salão de treinamento coletivo, ouve-se um barulho. Um som de um golpe sendo desferido contra uma superfície sólida e não muito dura. Seguido de um curto grito de dor abafado e então, o primeiro som se repete. Então, a porta central do salão de treinamento coletivo é jogada para trás, saindo de seu encaixe – ou seja, se quebrou – e sobre ela, uma figura humana que aparentou ter sido jogada contra ela e assim causar sua quebra. A figura caiu para fora do pátio do salão e rolou sobre o asfalto gelado e pouco úmido. Após um tempo, notava que era um garoto. Deveria ter cerca de 13 anos e medir pouco menos que 1, 70.
O garoto tinha uma pele clara e cabelos loiros espetados na região da frente e lisos na região de trás da cabeça. Usava uma roupa de treinamento ou luta similar a um traje de karate, só que com partes vermelhas e amarelas na região da perna e na região do peito, perto do pescoço onde as mangas regatas tinha um designer de “rasgadas” – O traje era preso por uma faixa rocha - Por baixo de sua roupa, notava-se que ele usava uma camisa preta de manga curta e protetores de ferro nas pernas – desciam dos joelhos até os pés – e tinha os braços enfaixados até a metade. Tudo isto denunciava que era um lutador.
Logo, outra figura, com mais ou menos metade do tamanho do garoto foi jogada varanda a baixo e cai rolando ao lado dos pés descalços do garoto. Era um Monferno! E assim como o garoto, deveria ter se metido em uma encrenca e acabará de levar um coro.
-Viram isso? – Pergunto uma voz masculina surpresa, e não muito madura.
-Ele está bem? – Perguntou dessa vez, uma feminina.
Logo, crianças de diferentes idades – entre 11 e 14 anos – começaram a descer do salão pela sacada. Passando correndo, mas com cuidado para não pisarem nos destroços da porta quebrada. Todos usavam trajes de lutadores: Os meninos com trajes iguais aos do garoto recém-abatido, e as meninas com uma versão feminina, na qual não havia calça e sim uma saia que ia até a metade da distancia do joelho até a cintura.
Acompanhando todas as crianças, havia Pokémons de diferentes tipos, tamanhos e aparências.
-Ei, Rinji!Acorde! – Chamou um pequeno garoto de cabelos castanhos claros que tinha a metade do tamanho do garoto deitado. Ao seu lado, havia um Zigzagoon.
O garoto, que atendia pelo nome de Rinji, abriu com esforço seus olhos que se revelaram ser azuis. Este se pôs em pé com um pouco de dificuldade e ficou em uma posição não muito reta.
-Então ainda consegue ficar de pé? – Chamou uma voz irritante vindo de dentro do salão.
Todos olharam para cima e viram aparecer na varanda, à figura de um garoto gordo, alguns centímetros maiores que Rinji – Deveria ser um ano mais velho -. Tinha um moicano curto de coloração laranja no meio da cabeça – o resto era raspado – e sua pele era um tanto morena. Vestia um traje da mesma Cord que os demais meninos, porém a faixa do seu era de um azul quase roxo. O que deveria significar que era mais ou menos experiente que os demais meninos locais. Ao seu lado, surgiu um Machoke. Era mais alto que o garoto, tanto que poderia usá-lo como apoio para os braços.
-É só isso?Fracote! – Provocou o garoto.
Rinji olhou para ele com fúria e logo seu Monferno voltou à consciência, se ajoelhando sobre a perna esquerda na qual usava de apoio.
-Ei, Gorducho!Não terminamos! – Rosnou Rinji. – Eu ainda não o finalizei!
O garoto gordo soltou uma gargalhada forte e repetitiva enquanto olhava para cima, distraído.
-Você nem sequer relou em mim! – Retrucou. – A quanto tempo não faz isso?Dois meses?Seis quem sabe?
Algumas das crianças locais soltaram uns risos curtos. Porém foram poucos. Logo, outros dois marmanjos apareceram ao lado do gordo. Cada um de um lado. Um era alto e magro com um nariz pontudo. Tinha cabelos longos e cinzas e estava acompanhado por um Murkrow (pousado em seu ombro direito). O outro era de perfeita fisionomia. Com cabelos vermelhos, olhos bem atentos e estava acompanhado de um Ekans. Devido à aparição destes, algumas crianças recuaram para perto de Rinji assustadas. Ambos usavam faixas da mesma cor que o gordo.
-Também né?Olhe só para você! – Rinji rosnou e apontou enfurecido para o gordo. – São sempre três contra um!Porque não manda seus lacaios perebentos para os quintos dos infernos e não vem me enfrentar sozinho?Seu gordo inútil!
Aquelas palavras provocaram animo em algumas crianças, e ódio no gordo.
-Ora seu... – Rosnou o gordo, em um tom baixo que só ele e seus amigos ouviram.
-Já chega! – Ordenou uma voz feminina.
Saindo da multidão de crianças ao lado esquerdo de Rinji, uma menina com a mesma idade que este e um pouco mais baixa também, se colocou entre ele e o garoto – apesar deste estar na varanda. 30 centímetros de distancia do chão e 1 metro e meio de Rinji – abrindo os braços como se o estivesse defendendo.
Sua pele era clara como a de Rinji. Tinha longos cabelos negros que desciam até a cintura e olhos castanhos avermelhados. Assim como as meninas, usava o mesmo traje de lutadora feminina: Usava uma camisa de karateca com as bordas vermelhas e amarelas na região dos ombros. Sua sai, como as demais era vermelha com listras amarelas em formato quadricular. Em sua cintura tinha uma bolsa de tecido azul pendurada e em suas pernas, havia um pano (tecido) vermelho com as bordas amarelas que cobria da região do joelho até acima dos pés, e sobre esta, uma proteção de ferro que prendia o pano vermelho e a protegia só na região da canela e suas mãos estavam enfaixadas. A faixa amarrada ao redor de sua cintura era vermelha.
-Não vai mais fazer mal ao Rinji!Deixe-o em paz! – Protestou ela. Apesar de estar séria e brava com o gordo, sua expressão era fofa aos olhos de alguns. Mesmo tendo 13 anos.
-O que? – Indagou o gordo em um tom de deboche. – Você pretende protegê-lo?
O mesmo soltou outra gargalhada em seguida, acompanhada pela de seus companheiros e seus Pokémons.
-Ei, Nana!Não se meta! – Alertou Rinji quase caindo para frente após um pequeno tropeço ao tentar se mover em direção a Nana.
-Não há porque isso continuar! – Protestou Nana. – Se quer uma luta justa, eu serei sua aliada, Rinji! – Falou esta virando seu rosto seriamente para Rinji, porém com um toque de esperança.
-Pretende deixar uma mulher lutar por você, Rinji? – Perguntou o gordo, com um sorriso tenebroso e cruzando os braços.
Rinji rangeu os dentes. Estava prestes a falar alguma coisa em sua defesa e a de Nana, mas esta argumentou antes de Rinji tomar uma atitude.
-Não encha seu gordo covarde!
Aquelas palavras provocaram murmúrios de graça entre as demais crianças locais. Os amigos do gordo arregalaram os olhos após seu chefe ser insultado daquela forma e o gordo mais ainda.
-Suma da minha frente! – Rosnou o gordo com um olhar assassino para Nana.
Nana sentiu uma pontada de medo e um gelo na espinha quando o Machoke do gordo pulou da sacada e pousou em pé bem em sua frente. Era um Machoke grande, ela percebeu. Alguns centímetros maiores que ela. E antes que pudesse reagir, o Machoke estendeu seu braço direito sobre seu corpo o jogando para o lado esquerdo e o despachou para a direita golpeando Nana com as costas de seu braço.
-Nana! – Gritou Rinji espantando de raiva ao ver sua amiga ser despachada friamente daquela forma.
Nana voou com força e caiu sobre um grupo de crianças das quais estava vendo a cena. Estas conseguiram amortecer a queda, porém algumas foram jogadas sobre as lanternas de pedra e a um punhado de neve que jazia em alguns cantos do pátio.
O gordo sorriu com a cena. Achou divertido Nana ser tratada daquele jeito e antes que pudesse voltar seu olhar para Rinji, um Combusken saltou misteriosamente do telhado sem ninguém o ver e pousou na cabeça do gordo. Suas patas o arranharam e este o golpeou com as unhas e com o bico rápidas veze, mas o gordo o agarrou pela perna direita e o jogou contra o chão do pátio. Bem em frente ao seu Machoke.
-Se o bichinho da Nana pretende ajudá-la, então que receba o mesmo tratamento que ela!Machoke! – Disse ele, com raiva e ironia na mesma frase.
Seu Machoke levantou sua mão direita para cima, com a intenção de descê-la sobre Combusken e golpear o mesmo. Combusken fechou os olhos para não ver o que iria acontecer consigo, porém, no momento em que Machoke foi golpeá-lo, o Monferno de Rinji se colocou entre eles e estendeu os dois braços sobre a cabeça, fazendo um escudo que segurou a mão de Machoke, absorvendo o impacto. Mesmo após segurar com sucesso, Monferno fez força para manter os braços naquela posição por um curto tempo.
-Que? – Indagou o gordo, pouco surpreso com a ação de Monferno.
-Ei, Jarbas... – Falou Rinji em um tom sombrio se endireitando e mantendo a cabeça baixa.
Jarbas não gostou do tom de voz de Rinji, e ficou em silencio para ouvi-lo.
-Você pode me surrar com a ajuda dos seus amiguinhos em publico, mas... Jamais faça o mesmo com os meus amigos! – Rinji pareceu gritar esta última frase ao pronunciá-la enquanto levantava a cabeça olhava furioso para Jarbas.
Monferno sentiu o mesmo que seu mestre. Ficou em chamas: Sua calda pegou fogo intensamente e seus punhos também. Tanto que aqueceram o braço de Machoke a ponto de fazê-lo recuá-los de dor e dar uma brecha para Monferno que logo em seguida estendeu o punho direito para trás e desferiu um soco flamejante na barriga de Machoke.
O Pokémon inimigo voou até a pequena escada da sacada e entalou nesta, levantando destroços de madeira quebrada. Houve murmúrios de vitória entre os demais “espectadores” locais.
-Mas como...? – Surpreendeu Jarbas.
-Ei Gordão! – Falou Rinji seriamente. – Eu o desafio para um combate justo!Somente eu, você e nossos Pokémons!Sem os seus amigos!Aceite... Se for homem o suficiente para isso! – Rinji ficou sério e sorriu vitorioso, mas com raiva e determinação, tanto que os dois amigos de Jarbas recuaram um pouco após verem aquele olhar de extrema confiança.
Jarbas hesitou. Queria escapar daquele ridicularizando Rinji, porém as demais crianças começaram a fazer provocações e a vaiar Jarbas. Até que a raiva lhe subiu a cabeça e ao se acalmar, falou:
-Você não merece nem a mim sozinho... Mas eu aceito! – Confirmou Jarbas, com uma pitada de fúria na testa.
-Prepare-se para nunca se esquecer de nós! Do Garoto da Chama Macaco e seu Monferno!
Jarbas desceu passo a passo a curta escada que levava ao pátio e ficou de frente a Rinji e ao seu Monferno que recuou alguns passos para a diagonal inferior esquerda, assim ficando ao lado de seu mestre. O Machoke de Jarbas, logo saiu de dentro do buraco da escada com algumas dores devido aquele último golpe e se colocou ao lado do mestre. Ambos, treinadores e Pokémons estavam se entreolhando. Rinji e Monferno dispostos a iniciar um combate, e Jarbas com um leve tom de preocupação, porém sério. Diferente de seu Machoke que sorria impulsivamente.
Todos ficaram quietos. Nana se levantou com a ajuda de dois garotos dois anos mais novos que esta. Seu Combusken se uniu a ela no momento que ficou de pé e observou com preocupação, o inicio da luta, ficando ao seu lado direito.
-Vamos!Machoke! – Ordenou Jarbas, começando a correr.
Seu Machoke obedeceu, e enquanto este corria para direita – indo em direção a Monferno -, Jarbas corria em pela esquerda, indo em direção a Rinji. A distancia entre as duas equipes não era muito grande, porém Rinji conseguiu pensar em um contra ataque rápido.
-Monferno! – Falou este olhando determinado para seu Pokémon que retribuiu com um olhar sério de quem tinha entendido.
Monferno e Rinji estenderam seus braços direito (Monferno) e esquerdo (Rinji) um para o outro. Rinji segurou um pouco acima do pulso do braço de seu Pokémon e rapidamente, com força, puxou Monferno para a direita, o tirando do chão e então começou a girar com este em pleno ar. Rinji deu um 360° completo e ao Machoke se aproximar pela direita, no final de um 720°, Monferno estendeu a perna esquerda e chutou o queixo do oponente, fazendo-o ser jogado para trás. Logo em seguida, Rinji prosseguiu com o giro e seu Monferno desferiu o mesmo golpe em Jarbas, que também foi jogado para trás. No final do 900°, Jarbas e Machoke caíram no chão de costas e Rinji soltou seu Monferno que pousou em pé ao lado deste. Apesar dos rápidos e consecutivos giros, nenhum deles estava tonto.
Houve aplausos e gritos de encorajamento a Rinji e seu Monferno. Apesar de ser um pouco briguento e um pouco orgulhoso, Rinji era bem popular entre os demais da sua turma, diferente de Jarbas e seus amigos, que tinham uma má fama de valentões e pessoas más.
-Seu... – Gemeu Jarbas se levantando sem esforço. – Vai pagar por isso!
Jarbas correu em direção a Rinji para lhe desferir um soco direito direto, porém Rinji previu facilmente e desviou para a direita. Mas, foi enganado!Jarbas não havia soltado o soco e Rinji notou que ele estava correndo em direção a Monferno. Na hora de desferir o golpe, Jarbas ficou a pouco menos de um metro de Monferno, porém, Rinji surgiu rapidamente entre os dois e com os dois braços posicionou um sobre o outro formando uma defesa que segurou o soco de Jarbas e amorteceu o impacto.
Não foi só isso. Rinji notou que Machoke havia se levantado e que estava para desferir um soco em Monferno pelas costas deste, porém, era um Revenje, uma técnica que dobra o dano do golpe desferido se o Pokémon usuário tivesse sido ferido no turno passado. Rinji precisava alertar seu Pokémon o mais rápido possível, pois se fosse atingido, Monferno ficaria com sérios problemas.
-Monferno, atrás de você!Mach Punch! – Alertou Rinji com um grito não muito alto, mas que fez Monferno entender tais palavras na hora e se virar para o Pokémon oponente.
Monferno sorriu confiante, e seu punho ficou com uma coloração branca. E antes que todos pudessem notar principalmente Machoke, Monferno desferiu um soco esquerdo com rápida velocidade e força na barriga de Machoke. O Pokémon oponente parou o ataque após receber o golpe e permanecer em pé, com dores que estava ocultando.
-Sequencia Rápida Monferno! – Ordenou Rinji.
Monferno obedeceu, e em seguida, seus dois punhos ficaram brancos – iguais anteriormente com o esquerdo – e este velozmente começou a disparar uma rápida sequencia de socos na barriga de Machoke. Um por um, Monferno ia intercalando os golpes e Machoke não reagia, apenas recebia os golpes e soltava gritos curtos e abafados de dor.
-Machoke! – Exclamou Jarbas, preocupado com a situação de seu Pokémon.
-Agora sou eu! – Avisou Rinji, sorrindo determinado e sedento por batalha.
Rinji levantou sua perna esquerda e desferiu um chute na barriga de Jarbas, empurrando-o para trás e fazendo-o desfazer o soco já efetuado. Em seguida, Rinji desferiu um gancho direito no abdome de Jarbas. O oponente recebeu o golpe, mas não demonstrou sinal de dor ou de ter recebido o golpe. Apenas ficou parado e se mexeu um pouco. Rinji fez o mesmo novamente só que com a mão direita e acertou Jarbas. Cansado de ser tratado daquele jeito, Jarbas tentou reagir tentando agarrar a cabeça de Rinji com sua mão direita, mas este abaixou rapidamente e quando levantou – após notar a defesa aberta de Jarbas – desferiu novamente a mesma sequencia de golpes com as mãos que havia aplicado em Jarbas. O garoto gordo ficou com raiva e tentou agarrar Rinji pela cabeça mais uma vez, e Rinji desviou e contra atacou da mesma forma que anteriormente.
O processo se repetiu mais três vezes, e Jarbas, cansado de levar socos e com dores no abdome, desferiu um rápido soco no peitoral de Rinji. O garoto mais novo recebeu o golpe em cheio e cambaleou para trás. Porém, Rinji recuperou a postura e se colocou em posição de combate, com as pernas abertas, o braço esquerdo estendido para baixo ao lado do corpo e o direito curvado sobre o peito – a alguns centímetros de distancia deste – e com o punho fechado. Rinji sorriu ao ver o cansaço de seu oponente e então disse:
-Monferno, vamos finalizar isso!Fire Punch!
Monferno entendeu o comando e vendo que Machoke estava exausto e incapacitado de continuar a lutar, se colocou na posição de defesa de um lutador de boxe e logo seu punho esquerdo começou a pegar fogo. Rapidamente, Monferno se soltou e desferiu um soco flamejante na barriga de Machoke. O oponente foi jogado para trás com a força do golpe e caiu inconsciente no chão, porém com os olhos abertos, a barriga chamuscada e suando.
-Desgraçado! – Gritou Jarbas avançando ferozmente em direção a Rinji.
Rinji ficou sério ao perceber a aproximação de seu oponente, e então se antecipou na hora: Deu um salto para frente executando uma cambalhota no ar perfeitamente e quando Jarbas estava perto deste, Rinji finalizou a cambalhota desferindo um chute com o calcanhar esquerdo na cabeça de Jarbas. O golpe empurrou Jarbas contra o chão e este caiu batendo a cara no asfalto liso e rapidamente se encolhendo de dor, protegendo o rosto ferido na região da desta. Rinji caiu em pé segundos antes de Jarbas se encolher de dor.
Após o perfeito golpe, todos aplaudiram alegremente e soltaram gritos de vitória junto com pronuncias do nome de Rinji acompanhadas das palavras “Ae” e “Muito bom”. Todos estavam felizes com a derrota de Jarbas, menos seus amigos que ao verem Rinji lhes desferir um olhar de desafio correram para dentro silenciosamente.
Nana estava sem palavras. Queria mostrar felicidade, mas estava boque aberta e surpresa. Porém por um momento conseguiu liberar um sorriso abobado.
Rinji se aproximou de seu Monferno e se agachou para ficar exatamente na altura deste.
-Muito bom parceiro! – Elogiou.
Monferno sorriu em forma de agradecimento e ambos fizeram um toque de vitória.
Jarbas se levantou as pressas ainda com as mãos sobre a cabeça no lado direito e correndo falou palavras como “Isso não vai ficar assim!”, logo em seguida saiu correndo pelo pátio em direção à enfermaria provavelmente. Seu Machoke se levantou alguns segundos depois e seguiu o mestre quase cambaleando. Após Rinji ver seu oponente sumindo entre as casas, andou até Nana e lhe disse gentilmente.
-Não precisava ter feito aquilo!
Nana corou e olhou para o lado, constrangida.
-Não... Você é que não precisava! – Retrucou em um tom baixo e tímido que só Rinji ouviu e até deu um sorriso como resposta.
-O que esta havendo aqui? – Perguntou uma voz rígida e severa.
Rinji e algumas crianças se viraram espantados e a maioria olhou para frente (entre eles, Nana) e todos viram Óorus, parado ao lado de uma cerejeira olhando para a cena de uma boa distancia.
-Mestre Óorus! – Indagou um garoto de cabelos verdes com mais ou menos a idade de Rinji ao notar o mestre monge.
-O que houve? – Repetiu a pergunta, agora, encurtada.
Muitos queriam dar uma resposta, mas hesitaram por um momento. Logo, um pequeno garoto com aparentemente exatos onze anos respondeu com uma voz inocente e triste:
-Jarbas puxou Rinji para uma briga e a porta do salão de treinamento foi destruída!
-Onde esta Yoroi? – Perguntou Óorus, ignorando por completo a situação e querendo saber onde estava o professor responsável por aquela turma.
-Mestre Yoroi foi convocado para um comunicado com os superiores! – Respondeu outro garoto, com aproximadamente treze anos.
Óorus observou a cena repetida vezes. Ora olhava para Rinji, que estava com a roupa um pouco bagunçada assim como o cabelo; ora olhava para o grupo de crianças ao redor deste; ora olhava para os destroços da porta do salão e ora olhava para o buraco na escada.
Um breve silencio se passou, e após Óorus refletir sobre a situação, tomou uma iniciativa, dirigindo a palavra a Rinji.
-Rinji!Siga-me! – Falou em um tom sério e severo, se virando de costas e começando a andar para frente.
Rinji não pensou duas vezes: Em passos apressados e largos, andou apressadamente atrás de Óorus ao som de seus passos firmes e dos sussurros e murmúrios das demais crianças atrás de si que se perguntavam o iria acontecer a Rinji. Após alcançar 1 metro de distancia de Óorus, Rinji desacelerou o passo e andou normalmente, no mesmo passo do mestre. Seu Monferno o acompanhou-nos mesmo passos acelerados e lentos.
Óorus guiou Rinji entre o labirinto de construções, casas e templos dentro do Dojo. Todas as construções com o mesmo estilo de arquitetura oriental e da mesma cor vermelha com os telhados pretos cobertos de neve que se derretia aos poucos. Óorus pegou um caminho conhecido por Rinji: O zigue-zague que este fazia nos pátios do Dojo os levaria até a sala de Óorus, aonde alunos só iam quando fossem ter uma participação importante em algum evento... Ou levar uma bronca.
Óorus entrou em um beco aberto ao céu - como todos os outros já que o Dojo era aberto ao céu tirando as construções que possuíam telhados (todas) – com cinco casas semelhantes em cada lado da calçada de asfalto liso. Uma virada para a outra. No total, dez casas, de tamanho médio com as portas viradas para a calçada. Óorus e Rinji foram até o fim do beco onde havia uma grande casa com o telhado mais incrementando que as demais além de ter o dobro do tamanho das casas naquele beco e atrás desta, uma torre de cinco andares estilo oriental assim como as casas. No telhado dessa casa que mais parecia um templo, havia duas estatuas de Articuno viradas para frente, como se estivessem observando quem se aproximava da casa. Óorus parou em frente a esta, subiu os cinco degraus de madeira seguido por Rinji, arrastou a porta para a direita e entrou calmamente. Após Rinji e seu Monferno entrarem Óorus fechou a porta.
O ambiente era mais vazio do que se esperava. O chão, de madeira, estava recentemente limpo e polido. Ao redor das paredes, na frente de cada uma havia pelo menos três estátuas de Arcanines, tendo uma em cada canto e uma no meio. Em cada parede havia um quadro diferente. Quadros retratando montanhas, geleiras, oceanos, praias e outros... E para completar, no centro do salão havia uma escada de madeira com corrimão que levava para um andar de cima.
Rinji ficou olhando para o andar de cima, como se não fosse novidade para ele, e quando Óorus passou pelo seu lado e andou a sua frente em direção à escada, Rinji o seguiu com pouco entusiasmo.
Ao subirem a escada, chegaram ao andar de cima, já estavam na torre que ficava atrás da grande casa no beco de um dos pátios. Era o ponto central do templo. Naquela torre se alojavam os mestres e monges do templo (cada um com um quarto) e havia outras salas como a dos mestres, a sala de troféus, a sala de reuniões oficial dos quatro dojos, a sala de encubação para ovos Pokémons e outras.
Rinji olhou para os lados como quem procurava alguma coisa, mas só viu os corredores da esquerda e direita vazios. O espaço estava todo iluminado pela luz do dia que entrava pelas janelas no final dos dois corredores a direita e esquerda da escada que levava a casa de baixo. Óorus deu alguns passos para frente e virou a esquerda, seguido por Rinji e Monferno. Ambos andaram até virarem a direita no final do corredor e após derem mais alguns passos, Óorus virou a direita em direção a uma porta de madeira clara da mesma cor que a madeira do chão do Dojo. Na porta, havia uma placa escrita “Mestre Monge Óorus – n° 5”. Ao lado da porta – ambos os lados direito e esquerdo -, havia um vaso de pedra com pequenos pinheiros crescendo sobre a luz do sol que entrava pela janela a frente do escritório de Óorus. Óorus colocou a mão direita sobre a fechadura de ferro e a girou para a direita, abrindo a porta e entrando silenciosamente nesta, seguido por Rinji que a fechou sem pressa após seu Monferno entrar seguido deste.
A sala não era muito grande. O chão era revestido com um tapete de lã cor de vinho que cobria só o meio do chão da sala (1/3 da sala inteira). As paredes eram vazias, sem quadros nem nada, porém, encostada na parede esquerda tinha uma estante com pergaminhos velhos e alguns até novos, e um relógio de pendulo não muito novo, porém, parecia funcionar em perfeito estado. Na parede direita havia um criado mudo com uma garrafa de saque em cima e alguns copos redondos, um armário que não aparentava ser de roupa e um suporte para armas. Sobre o criado mudo, estava pendurado na parede uma clava de ferro cheia de pontas bem gasta, porém, limpa, polida e com uma faixa vermelha ao redor do cabo. Havia uma mesa no final do quarto. Uma mesa não tão grande, porém, em cima desta havia um mapa de Nikora aberto e cheio de miniaturas de homenzinhos vermelhos e azuis espalhados por ele todo. Havia também dois quadros voltados à parede atrás da mesa e alguns livros sobre esta. Na frente da mesa havia duas cadeiras de madeira e atrás desta, uma grande de couro preto. O ambiente estava iluminado por uma forte luz clara emitida por uma lâmpada no teto que ficava no meio de um ventilador.
Óorus andou até sua mesa e quando ia se sentar em sua cadeira, notou que Rinji estava se aproximando de uma das cadeiras a frente da mesa para se sentar, porém, o impediu.
-Não! – Avisou calmamente. – É jogo rápido!Só quero lhe parabenizar pelo seu último movimento! – Falou com uma voz tranquilizante se sentando em sua cadeira.
Rinji ficou surpreso ao ouvir aquelas palavras e parou no meio da sala, a coisa de um metro e meio de distancia da cadeira na qual ia sentar-se. Seu Monferno também notou a surpresa frase de Óorus e ficou ao lado do mestre, pronto para ouvir tudo o que iria ser dito naquele local.
-Como assim, senhor? – Perguntou surpreso. – O que quer dizer com parabenizar?
-Eu vi seu último movimento na batalha!Foi bastante definitivo! E também apreciei a agilidade que seu Monferno executou aqueles Mach Punchs! – Elogiou Óorus, com um fraco sorriso no rosto.
Um sorriso de esperança e entusiasmo se abriu na face de Rinji e de seu Monferno. Para ele, ser elogiado pelos superiores era algo muito honroso, porém, seu sorriso ficou mais fraco ao se lembrar de um fator que lhe veio à mente.
-Se o senhor viu a luta... Como Mestre, porque não a parou? – Perguntou.
-Digamos que eu não peguei o começo! – Respondeu Óorus tranquilamente após se lembrar de ter chegado ao local da batalha despercebido, bem na parte em que Rinji começou a socar Jarbas simultaneamente enquanto seu Monferno desferia uma rajada de socos em Machoke. Porém, esse pensamento foi deixado de lado e Óorus foi direto ao ponto. – Não se meta em brigas novamente sem a permissão de um supervisor – Falou com um tom nas últimas palavras -!Pode pensar que estou lhe parabenizando pela vitória, mas este Dojo não tolera brigas entre alunos sem ser em desafios de classe ou torneios. Entendeu?
-Sim senhor! – Respondeu Rinji acenando com a cabeça.
Neste instante, o relógio de pendulo de Óorus bateu onze da manhã e uma miniatura de Pidgey representando um cucu saiu soltando o mesmo grunhido que um Pidgey, porém mais baixo e abafado.
-Esta na hora do intervalo... Vá! – Dispensou Óorus apontando com a cabeça para a porta de sua sala. – E que isso não se repita!
-Sim senhor! – Repetiu em resposta Rinji, dando meia volta e andando seguido de Monferno até a porta.
♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦
Rinji estava tranquilo e alegre. Apesar da pouco preocupante bronca, se sentia mais firme e com uma vontade razoável para lutar naquele exato momento. Porém, tinha um lugar que queria ir. Como de costume, Rinji e seu Monferno sempre iam até o muro que dividia a área destinada aos alunos de segunda graduação aos de terceira (os mais experientes e mais velhos) para assistir ao treinamento coletivo dos lutadores mais velhos e aprender com as táticas e habilidades destes.
Rinji passou pelo pátio central na qual estava cheio de alunos entre os onze e quatorze anos. No intervalo, a maioria destes se reunia ali, onde brincavam, trocavam ideias, contavam histórias e até treinavam alguns movimentos novos ou recém-ensinados pelos professores.
O jovem lutador observou com cuidado para ver ninguém se aproximava, e quando percebeu que o caminho estava livre, correu velozmente e silenciosamente para não ser visto até o beco entre o hospital e outra casa desconhecida por este. Ao entrar no beco, seguido por seu Monferno, andou estreitamente entre as duas construções e chegou ao final do beco, onde se deparou com um muro. Encostado no muro havia dois caixotes empilhados que alcançavam metade do tamanho do muro. Rinji subiu nos caixotes e ao atingir o de cima, deu um pulo e conseguiu segurar na borda do muro com as duas mãos. Sem grande dificuldade então, usou a perna direita como apoio ao fixá-la em um pequeno buraco no muro e então conseguiu jogar seu corpo para cima deste, ficando sobre o muro. Seu Monferno fez o trabalho com mais velocidade e eficiência, escalando o muro após andar neste dando dois passos com cada pé após uma correria para ganhar velocidade e então segurou na borda do muro e pulou sobre este leve e suavemente, ficando em pé sobre o muro.
Rinji se endireitou no muro e então se sentou com as pernas cruzadas sobre este.
Ao longe, Rinji pode ver uma grande área de treinamento em formato circular que deveria equivaler um campo oficial de futebol. O chão era de uma grama clara e que liberava um aroma neutro que descansava qualquer um que o apreciasse bem. Ao redor do campo, havia diversas casas que o rodeavam. Todos eram alojamentos grupais na qual três ou quatro pessoas dividam o mesmo espaço – diferente da parte do Dojo dirigida aos alunos de segunda graduação, onde seis pessoas dividiam o mesmo quarto – e entre algumas casas havia árvores de troncos finos, porém com vários galhos cheios de folhas, flores e frutos em algumas ocasiões. O que mais impressionou Rinji foi o número de pessoas treinando: Havia cerca de cem lutadores!Todos entre a idade de quinze e dezessete anos; Todos com Pokémons que os acompanhavam no treinamento; Todos vivendo!
-Olhe bem Monferno! – Falou Rinji admirado. – Um dia iremos entrar nesse campo de treinamento!E seremos como eles! – Rinji apontava com a mão aperta e estendida para um grupo de quatro pessoas que se enfrentava em uma batalha de dupla. Um casal acompanhado de um Crobat e um Graveler, e uma dupla de homens acompanhada de um Kangaskhan e um Flotzel. – E você será como ele! – Rinji apontou seu dedo para um Infernape que acabará de derrubar um Abomasnow e Monferno sorriu confiante após seguir a direção apontada pelo mestre.
Inesperadamente, na árvore do lado de dentro do muro onde Rinji acabará de sair – esta tinha sua copa dirigia para o outro lado do mura, portanto, parte dela ficava sobre este – um ruído foi ouvido e algumas folhas começaram a se mexer. Rinji olhou surpreso para a esquerda acompanhado de seu Monferno, e então um vulto do tamanho de Rinji caiu de dentro da copa agachado sobre o muro. Rinji soltou um curto grito de espanto, mas logo reconheceu o vulto e viu que se tratava de uma garota. Esta usava um vestido azul com uma saia que descia até um pouco acima dos joelhos – aproximadamente do mesmo tamanho que a saia de lutadora – e a cintura estava presa por um cinto de couro marrom que dava duas voltas. A garota usava luvas azuis com bordas douradas (iguais as do vestido) que eram presas ao meio por um bracelete de ferro leve e desciam até as costas da mão. Usava longas meias pretas que iam do pé até o joelho e calçava um par de chinelos japonês. Ao redor do pescoço havia preso um frouxo lenço vermelho e o seu cabelo era azul e estava preso por um rabo de cavalo espetado com o auxílio de alguns rachis personalizados e um catavento.
-E ai? – Cumprimentou a garota gentilmente com um gesto de aceno com a mão esquerda e sorrindo. – Assustei você?
-Não encha! – Resmungou Rinji virando seu olhar para o lado direito, como quem não queria papo por estar constrangido demais.
Monferno notou a garota e junto com alguns pulos e acenos de mão, cumprimentou-a sorrindo.
A garota sorriu e retribuiu com um aceno de mão.
-Olá Monferno! – Cumprimentou. – Viu Rinji?Seu Pokémon é mais educado do que você!
-Não encha Lílica! – Rosnou Rinji.
Lílica era a garota. Assim como Rinji, treinava no Dojo Blue Feather, porém ao invés de treinar como lutadora era uma ninja. O Dojo não era um lugar grande à toa!Era dividido em três grandes áreas de treinamento para diferentes classes: Os lutadores, os ninjas e os monges. Os mestres monges supervisionavam ambos os campos de treinamento, pois foram os monges os fundadores de Blue Feather há tempos atrás.
Assim como Rinji, Lílica estava na faixa dos segundos em graduação. Tinha a mesma idade que este e começou seu treinamento ninja na mesma época em que Rinji começou o seu treinamento de lutador. Eram amigos desde infância e, apesar de muitas vezes Rinji assediar Lílica e até mesmo ofender diretamente e indiretamente esta, ela esquecia algum tempo depois e lavava na boa.
O horário de treinamento de ambos era igual: Das sete da manhã até as onze, onde começava o intervalo que ia até ao meio dia. Depois, ia do meio dia até às cinco da tarde e então os alunos tinham o resto do dia livre – quem quisesse fazer alguma atividade extra fazia -. Como o seu intervalo era no mesmo horário, muitas vezes Rinji e Lílica costumavam a assistir juntos os treinamentos coletivos dos lutadores de terceira graduação.
-Como está? – Perguntou Lílica, se referindo ao ver de Rinji em relação ao treinamento dos lutadores mais velhos. Mesmo sendo uma ninja, Lílica apreciava o estilo de luta dos lutadores e gostava de ver o treinamento dos mais velhos.
-Muito bem! – Respondeu Rinji, agora, mais tranquilo. – Eles são minha fonte de inspiração!
-Que bom! – Comentou Lílica sorrindo gentilmente.
-Não te pegaram ainda? – Perguntou Rinji com um tom de ironia na voz, se referindo aos monitores ninjas que procuravam alunos desobedientes e fujões. Afinal, Lílica não tinha permissão de estar ali naquele momento. Somente a partir das cinco é que os ninjas poderiam se misturar com os demais monges e lutadores.
-Não! – Respondeu Lílica. – Dou mais trabalho do que imagina!Sou boa em não deixar rastros!Assim nem mesmo o líder monitor consegue me rastrear.
-Espertinha! – Elogiou Rinji sorrindo. – Vai ser uma boa ninja quando se formar!
-Obrigada! – Agradeceu Lílica, feliz com o elogio do amigo.
Lílica se inclinou um pouco mais para frente para poder ver melhor os lutadores mais velhos treinando, e Rinji automaticamente olhou para Lílica pelo canto do olho esquerdo e notou que por estar muito agachada, sua calcinha preta estava aparecendo. Rinji disfarçou um sorriso malicioso e continuou olhando, até que sem este perceber, um Sableye pulou instantaneamente da copa da árvore e caiu em sua cabeça.
-Que isso? – Indagou Rinji em um grito não muito alto.
O Sableye se fixou em sua cabeça e começou a arranhá-lo várias vezes com raiva enquanto emitia ruídos querendo dizer “Toma isso” ou “O que foi aquilo?”. Rinji conseguiu se proteger da maioria dos arranhões e ao consegui apanhar a perna do pequeno Pokémon, o puxou e o arremessou em direção de Lílica que o apanhou surpresa após ver a cena com calma e espanto no inicio.
-Ei! – Indagou Lílica. –Tome mais cuidado com ele!
-Então ensine boas maneiras para seu Pokémon! – Rugiu Rinji apontando estressadamente os punhos para Lílica.
De fato, Sableye era o Pokémon de Lílica, e além de fiel companheiro, era um grande protetor desta em todos os sentidos. Quando algum desconhecido se aproximava de Lílica, Sableye se atiçava e ameaçava atacar o estranho. O mesmo ocorria com qualquer um que mostrasse más intenções em relação à Lílica, como foi o caso de Rinji.
-Não creio que seja ele que precise de educação! – Retrucou Lílica calma e séria, como se soubesse que Rinji havia observado sua parte inferior.
-Ah... – Rinji ficou mudo por um tempo e depois ficou com uma expressão sem graça na cara. – Me desculpe!Ha há! – Riu este, sem jeito.
Nana sabia onde encontrar Rinji. A maioria das vezes, este ia para o muro que dividia o espaço designado aos alunos de segunda graduação e ao espaço para os de terceira, observar os mais velhos treinar. Apesar de às vezes seguir Rinji para observá-lo observando os outros, Nana jamais teve coragem de se aproximar deste e pedir permissão para lhe fazer companhia. E era exatamente isto que estava pretendendo fazer naquele momento: Nana havia visto Rinji e Monferno irem ao pátio central e entrarem correndo no beco – deve ter sido a única que os viu -, e então ficou esperando por cinco minutos na escada de uma casa vermelha que dava no final do pátio central, perto do templo de preces. Porém de lá conseguiu ver Rinji e seu Pokémon agindo muito bem. Foi então que tomou coragem para ir até onde este estava! Nana saiu andando normalmente acompanhada de seu Combusken em direção ao beco e entrou tranquilamente. Dentro da escuridão deste, Nana avistou Rinji no muro, e com um ar de esperança no peito, correu silenciosamente e espremida até onde este estava, porém, ao chegar à metade do caminho, parou chocada como se tivesse visto algo que não lhe agradava muito. Avistou Lílica falando com Rinji, no momento em que esta estava reclamando da grosseria deste. Nana ficou abatida. Uma pontada de ciúmes e sofrimento lhe atingiu quando viu que suas chances de ficar a sós com Rinji estavam arruinadas naquele momento. Tristemente, deu meia volta e voltou andando para o pátio central, com uma cara de desanimo de dar pena e seguida de seu Combusken, que tentava consolá-la com gestos cuidadosos.
Segundos depois da bronca, outro vulto caiu de dentro da arvore e se manteve pendurado de cabeça para baixo, deixando somente a região da cintura até a cabeça para fora do tronco.
-Saudações! – Cumprimentou o vulto.
Rinji quase caiu para trás de susto após ver o recém-chegado vulto que se pendurou bem ao seu lado.
O ser deveria ter cerca da mesma idade que Rinji e Lílica. Tinha as orelhas ligeiramente pontudas, pele clara, mas um pouco rosada e cabelos brancos espetados jogados para a esquerda. Usava uma camisa regata marrom listrada e uma calça larga e gorda que descia até os joelhos e que além de aparentar dar peso, era bem leve e facilitava na movimentação; sua calça era presa por uma faixa marrom levemente amarrada ao redor da cintura, mas com um bom nó. Seus braços estavam enfaixados dos ombros aos dedos por faixas brancas pouco gastas e suas pernas por faixas marrons que disfarçavam bem qualquer tipo de sujeira nelas. Usava um cachecol vermelho com desenhos levemente visíveis amarelos e nas costas de suas mãos havia uma proteção de ferro.
-Quando você...? – Estranhou Rinji, quase surtando devido aos consecutivos sustos.
-Eu já estava aqui antes de você chegar Rinji! Vim acompanhado Lílica! – Disse o garoto, em uma voz tranquila e bem esclarecedora. Porém um pouco “melada”, pois estava com um pálido entre os lábios e na ponta deste havia dois dangos recheados com caramelo.
Para acompanhar, um Kecleon surgiu pendurado também, bem ao lado do garoto, fazendo um comprimento a todos ao pronunciar o próprio nome de forma simpática.
-E Kecleon veio junto! – Completou Lílica com um sorriso doce no rosto. – Ei Matt, sobrou mais algum dango? - Perguntou Lílica a Matt com um ar de duvida.
-Não! – Respondeu este. – Kecleon comeu os últimos!
Matt era um grande amigo de Rinji, assim como Lílica. Era praticamente, o melhor amigo de Rinji. Davam-se muito bem juntos e estes se conheceram antes de conhecerem Lílica. Inicialmente, Matt pensou em entrar na academia de lutadores para ficar próximo ao seu amigo, porém seguiu o que achava que seria melhor para si e para seu Kecleon.
Kecleon liberou um largo sorriso e então abriu a boca, revelando três dangos em sua língua.
-Nojento... – Comentou Rinji com uma cara de desgosto.
Kecleon ficou mais contente e fechou a boca, engolindo os dangos. Monferno fez um gesto de saudação e Kecleon pulou da copa da árvore para ir cumprimentar companheiro.
-Então... – Começou Matt. – Já está sabendo quem você irá enfrentar Rinji?
-Não ainda! – Respondeu Rinji, pouco ligando para a pergunta de Matt.
-Lutar? – Perguntou Lílica, curiosa. – Como assim?
Matt e Rinji trocaram breves olhares, e através desta troca Rinji soube que deveria falar para Lílica do que se tratava o assunto.
-Hoje terá mais uma rodada do Torneio para Segunda Graduação e Meia! – Respondeu Rinji. – É um torneio feito entre os alunos de segunda graduação para lhes permitir passarem de faixa e se dizerem “nível” superior em relação aos demais lutadores da turma.
-Dessa eu já sabia, senhor espertalhão! – Lílica retrucou um pouco irritada e Rinji lhe mostrou a língua. – Mas... Eu não sabia que iria começar!
-Já começou! – Corrigiu Matt.
-Como? – Indagou Lílica se virando para Matt e Rinji e ficando de pé. - E como é que eu não estava sabendo disso?
-Na verdade, o torneio é feito em duas partes!Uma é a eliminatória, na qual alguns alunos lutam entre si e aqueles que tiverem o melhor desempenho se classificam para as partidas oficiais. Porém, as eliminatórias não são muito cobiçadas pelos monges ou ninjas, e por isso esses pouco se preocupam em saber dos resultados e das batalhas, já que estas ocorrem durante sessões de treinamento no salão de treinamento coletivo da área dos lutadores! – Explicou Rinji, fazendo uma pausa. – Apenas quando o torneio oficial inicia com os lutadores escalados, o torneio é divulgado.
-Ah, entendo! - Suspirou Lílica em um gesto de compreensão. – E como você está se saindo?
-Das quatro partidos que eu disputei, venci três! – Respondeu Rinji, com um leve tom de confiança na voz.
-Rinji foi derrotado por Kiba! – Exclamou Matt. – Porém, tendo pelo menos duas vitórias entre as quatro disputas, você será classificado desde que a maioria não tenha mais de duas!
-Ah, entendo... –Entendeu Lílica. – E... – Lílica fez uma pausa para elaborar as palavras. – Quantas vezes já tentou mesmo, Rinji?
-Cinco vezes em dois anos e meio! – Respondeu esse, um pouco acabado.
-Ano passado quem ganhou foi Jarbas! –Exclamou Matt. – Creio que seja por isso que ele vem se gabando de sua “superioridade” e tentando fazer provocações com todos os lutadores em nível inferior ao dele... Como Rinji!
-Valeu hein Matt! – Agradeceu Rinji em um tom de voz irritado e perturbado. – Porém, é verdade! Mas mesmo assim, esse ano eu irei ganhar!Tenho certeza! – Rinji se levantou e ficou em pé com os punhos erguidos e uma chama de vitória acesa nos olhos. – Nós vamos derrotar todos os que vierem certo Monferno?
Monferno deu um pulo de alegria e liberou grunhidos de felicidade junto a um sorriso de pura confiança.
-Realmente o trabalho de equipe de vocês é muito bom! – Elogiou Matt, sorrindo pela primeira vez naquela hora. – Soube que derrotaram Jarbas e seu Machoke!Isso prova o quanto estão acima do nível de um campeão.
-Sério? – Perguntou Lílica, surpresa ao ouvir a informação transmitida por Matt. – Parabéns Rinji!O que prova que você esta cada vez mais forte!
-Sim! – Confirmou Rinji com um sorriso de determinação. – Com certeza iremos vencer esta, Monferno!
-Isso se tiverem sorte contra Sanji! – Lamento Matt. – Ele os eliminou na última vez e o derrotou em uma pré-eliminar, lembra-se Rinji?
-Sim! – Concordou Rinji seriamente. – Porém... – Rinji olhou para o céu e depois para os punhos. – Eu definitivamente irei vencer desta vez!
Matt sorriu suavemente desta vez e então se soltou do galho na qual estava pendurado, caindo ao lado de seu Kecleon.
-Definitivamente! – Concordou.
-Eu também aposto em você! – Concordou Lílica.
-Obrigado, pessoal! – Agradeceu Rinji. – Eu prometo: Irei vencer!

Continua...


@ Pepe Akemi Says: Fan Fic inativa por mais de um mês, logo que isso acontece ele é trancado, caso queria reabri-lo só mandar uma Mp a qualquer Fan Fic Moderador. Trancado.

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