Review - O primeiro cour de Kuroko no Basket

Kuroko no Basket é uma adaptação do mangá homônimo de Fujimaki Tadatoshi, publicado desde 2009 na revista japonesa Weekly Shonen Jump. O anime foi ao ar na temporada de Abril de 2012, e tem expectativa de 25 episódios. Com o término da temporada de Abril, foram-se 13 episódios, e como vai essa série que é tão surpreendente á primeira vista?

História

A história fala sobre Kuroko Tetsuya, um jovem baixo e magro, sem nenhuma habilidade no basquete. Poucos sabem porém, que ele foi um jogador reconhecido do time lendário conhecido como “Geração dos milagres”, um time que foi campeão três vezes consecutivas. Ao chegar no colégio Seirin, Kuroko conhece Kagami, um jovem extremamente alto que acaba de voltar de um intercâmbio na América. Kagami fica extremamente empolgado quando Kuroko lhe diz que cada jogador da Geração dos Milagres foi pra um time diferente, e que ele ajudará Kagami a derrotá-los, agindo como sua sombra.

Considerações Técnicas

Pra começar, devo dizer que tenho um certo afeto com animes de esporte. Meu mangá favorito é um mangá de esporte que teve uma adaptação em anime razoável. Kuroko por outro lado, parece não sofrer do mesmo problema (apenas em quesito de estória).
A animação do anime é em geral boa, mas podia ser melhor. O uso do CG tanto na rede como na bola chegam a incomodar. Sem contar que a movimentação dos personagens não ficou algo dinâmico como deveria ser, e isso é extremamente importante para um anime de esporte. Um exemplo disso é o fato de que TODOS os arremessos nunca chegam a tocar no aro, eles entram direto na rede (O popularmente conhecido “Shuá”).



A trilha sonora por outro lado satisfaz completamente. Desde o barulho da bola quicando ás OSTs muito bem encaixadas, tudo foi muito bem trabalhado. A dublagem dos personagens não é algo a se reclamar, cada um tem uma voz que combine. Destaque na trilha á abertura “CAN DO” da banda GRANRODEO. A música é extremamente enérgica e combina bem com a animação.
No geral, Kuroko recebeu um tratamento mediano da I.G.Productions, e sua adaptação não falha em aspecto algum.

Considerações Contextuais

Quando eu estava vendo a chart para animes de Abril, Kuroko me chamou pouca atenção. Isso porque Slam Dunk é um dos meus mangás favoritos e eu mantinha o pensamento de “nenhum mangá de basquete superará Slam Dunk, logo não vale a pena ver nenhum.” Devo dizer que fui totalmente surpreendido com o primeiro episódio de Kuroko. Foi uma ótima introdução dos personagens principais, Kuroko e Kagami, além de ser um episódio frenético e agitado, cheio de energia, muito bom.
Os outros episódios conseguem manter esse ritmo de forma impressionante. Todos os episódios fazem uso de cliffhangers geniais, que fazem o espectador ficar roendo as unhas pelo próximo. Hoje, dia 05/07, eu espero ansiosamente o episódio 14.


Uma coisa que pode decepcionar são os personagens. De início temos Kuroko e Kagami, a dupla de protagonistas que age muito bem em conjunto, sendo a parceria e a sincronia deles o ponto alto do anime. Depois temos a geração dos milagres, sendo que poucos desses apareceram até agora, os que apareceram tiveram um desenvolvimento razoável. Logo de cara somos apresentados a Kise Ryota, um jovem modelo e o mais fraco da Geração ( O que não quer dizer que ele seja de fato fraco. Muito pelo contrário, no primeiro encontro com Kagami, ele consegue vencer o outro sem problemas). Kise serve como a primeira âncora do anime. Enquanto nos apresentam um brutamontes que é extremamente habilidoso, veloz e forte, e um jogador que consegue fazer completo uso das habilidades do parceiro, Kise consegue segurar Kagami, fazendo assim Kuroko ficar igualmente inútil. Logo depois vemos Midorima, um jovem completamente arrogante e que confia em horóscopos e afins. Enquanto Kise agia como uma âncora, Midorima age como uma enorme pedra que serve para abaixar completamente a moral dos protagonistas. Enquanto Kise era um personagem, pór mais que forte, capaz de se derrotar, Midorima passa a imagem de um ser completamente invencível. E por fim, o que mais decepciona, o resto do time de Seirin. Poucos são os que recebem algum destaque no time. Os que recebem, recebem de forma momentânea, só pra mostrar que eles existem (Como é o caso do capitão Hyuuga, que aparece em alguns momentos dos jogos para fazer uma cesta importante, depois acaba sendo esquecido). Esse resto do time serve bem mais pra pontas cômicas fora das quadras do que para os jogos em si. Destaque porém, para a treinadora Riko. Ela é uma ótima personagem que chega a aparecer tanto quanto Kuroko e Kagami, recebendo seu merecido destaque e mostrando genialidade na hora dos jogos.
No geral, a série nos apresenta vários aspectos que fazem-nos querer assistir mais e mais. Sendo a maioria pelos seus ótimos jogos e pela dupla protagonista.



Considerações finais

Bem, já tive muito sofrimento com animes de esporte. Pra começar, Slam Dunk.A série teve o seu anime cobrindo boa parte do mangá, e era de fato muito agradável, mas acaba falhando em cortar quando o melhor estava por vir, tendo seu fim no começo da reta final. Depois tivemos Eyeshield 21, meu mangá favorito. Com um anime um tanto diferente do mangá, porém ainda muito bom, Eyeshield acaba de forma sem pé nem cabeça, cortando a melhor parte do mangá e podendo ser extendido por mais uns 20 episódios. Com Kuroko eu fico mais tranquilo, visto que é uma série de 25 episódios, ao contrário das séries citadas anteriormente que se prolongaram pra mais de 100 episódios. Isso torna evidente que a I.G.Productions pretende parar Kuroko seguindo fielmente o mangá. Outra coisa que me alivia é que tivemos um dos melhores animes de esporte, Major, dividido em seis temporadas de 25 episódios cada, o que me leva a crer que nada impede que Kuroko seja assim (Coisa que não é certa, mas que poderia muito bem dar certo).

Sendo assim, Kuroko continua sendo um ótimo anime que merece ser assistido por todos os fãs de animes de esporte.