[FILME] The Shining (O Iluminado)

por Caio. Sáb 29 Jun 2013 - 18:05

CONTÉM SPOILERS!

Nome Original: The Shining.
Nome Brasileiro: O Iluminado.
Duração: Duas horas e vinte e seis minutos.
Ano de Lançamento: 1980
Genêro: Terror

Elenco Principal:

Jack Nicholson como Jack Torrance.
Shelley Durvall como Wendy Torrance.
Denny Lloyd como Danny Torrance.
Scatman Crothers como Dick Hallorann.

Diretor: Stanley Kubrick.

Não muito tempo atrás, vi aqui no Clube de Filmes uma sugestão: O Iluminado. Jurava já ter visto o filme (e quem nunca viu cenas clássicas do filme, como a própria capa, a cara assustada de Duvall, a entrevista, e tantas outras?), mas, após um amigo me falar tão bem dele, decidi “rever” e percebi que nunca tinha visto. No fim, valeu a pena.

Há duas coisas notáveis – de primeira impressão, claro - sobre esse filme: o ano de lançamento (1980) e seu gênero, terror (ou seja, fora criado basicamente na época de “ouro” do estilo). Observado isso, você pára e percebe que no elenco está ninguém menos que Jack Nicholson, um ótimo (e bizarro, tanto que já fez papel de Coringa em um dos vários Batman da vida) ator. Não somente Jack, como também Shelley Duvall (que apesar de ser conhecida, acabou por ser indicada ao prêmio Framboesa de Ouro por esse filme) e Scatman Crothers. Para encerrar com chave de ouro, está escrito na capa que fora baseado num conto de Stephen King. Isso já faria qualquer fã de horror desejar loucamente assistir o filme.

Não focarei muito na sinopse – afinal, tem tanto site por aí pra isso! – mas, já aviso -, mas sim falarei de detalhes que me chamaram bastante a atenção no filme (além de todos esses outros já citados).

Já aviso de antemão, se procura algo gore, não veja esse filme. Há apenas uma morte ao longo de todo o filme, que foi bem “fraquinha” em relação a sangue, tripas, etc. Se procura grandes conceitos complexos, efeitos especiais e toda essa parafernalha, fique longe. O filme é simples, e uma descrição perfeita para ele seria a mesma descrição que vi sobre os contos de Bram Stoker (autor de Drácula): uma atmosfera macabra, cuja surpresa é não ter surpresa, apenas coisas previsíveis.

Desd’o início percebe-se que algo não está certo com o Hotel, com Jack e muito menos com seu filho, Danny. É óbvio que isolar-se no meio de uma montanha não ajudaria em nada a aliviar esse sentimento de que a qualquer momento a bomba ia explodir. Pense bem: dois adultos e uma criança no meio de um hotel luxuoso nas montanhas do Colorado, sem comunicação nenhuma a não ser via rádio com a polícia. É claro que isso ia dar em... enfim.

Há ainda um outro personagem, interpretado pelo já citado Scatman, chamado Dick. Ele, assim como Danny, possui poderes “sobrenaturais” (ou seja, é um iluminado que pode conversar sem abrir a boca, pode conhecer fatos futuros, passados, etc). Os dois personagens dão vida a um dos diálogos mais legais que já ouvi, com uma grande dose de espiritualidade.

De qualquer forma, a insanidade começa a tomar conta de Jack (e de Danny, que começa a ver as duas gêmeas assassinadas, cena considerada uma das mais horrendas de todos os tempos), fazendo-o ficar cada vez mais agressivo com sua esposa e seu filho. Paralelamente, Dick pressente que há algo de errado acontecendo.

Tal insanidade pode ser vista em cenas como quando ele se vê numa festa (cujo um dos garçons fora o zelador anterior, que havia matado toda sua família no mesmo hotel) ou quando está bebendo e conversando com o Barman... Que também não existe.

Três cenas que chocam pela sua agressividade (uma agressividade quase natural dos seres humanos, não estou falando de nenhum Jason ou Hellraiser) são quando ele tem coragem de machucar seu próprio filho, sufocando-o; de dançar com uma mulher que estava nua tomando banho e era considerada bela para sua época, mas que, na verdade, estava morta (sim, é algo totalmente psicodélico); e quando brigou com sua mulher que havia perguntado simplesmente se ele aceitava sanduíches.

A única morte – cuja eu havia citado no início do texto – fora a de Dick, que havia ido checar se tudo estava “ok” no hotel... Mas... Morreu, né? Fazer o quê. Foi graças a ele que Wendy (Shelley) e Danny conseguiram escapar num tipo de trator para neve após Jack “pirar” literalmente e sair caçando sua esposa e seu filho com um machado de lenhador para mata-los.

No fim, Jack morre congelado num labirinto. Nada muito além de esperado, tudo bastante “normal” e passível de realmente acontecer na vida real (tirando algumas visões de Danny, por exemplo). Uma foto um tanto quanto integrante encerra o filme.

[FILME] The Shining (O Iluminado) The-shining-photo-386x500

Há muita coisa mais perturbadora e provocadora de sua imaginação que essa foto, mas ela vale menção de honra.

Se você ainda não viu o filme, não espere muito mais tempo. É excelente, e valeu cada minuto de minha atenção. Um verdadeiro clássico do horror psicológico e “natural”, talvez tanto quanto Rosemary’s Baby.

por GodFire Sáb 29 Jun 2013 - 20:50

Este filme é bom, e como qualquer terror psicológico, é bem confuso também. Ele é interessante de assistir, e a atuação de Jack está memorável (e praticamente cômica em alguns momentos). Mesmo pro quesito terror (e inclusive as cenas das gêmeas) não considerei tão assustadoras, mas na época eram apavorantes. O final do filme com certeza é o melhor, com ele correndo atrás do filho e da esposa, e depois ela se escondendo dentro do banheiro. Para se ter ideia, a parte dele dando machadadas na porta é uma cena tão marcante, que acabou virando referência e ganhou várias paródias também. A cena no labirinto gelado também é épica, gostei muito de ver o Jack perdido, louco e morrendo de frio enquanto sua família fugia. HAHA

Right?

Фотография 1921 года в концовке фильма подлинная с единственным изменением: голову Джека Николсона «прикрутили» к телу другого человека. Изначально Стэнли Кубрик намеревался собрать массовку и сделать фотографию, однако позднее он решил, что лучше подлинной фотографии ничего быть не может.

por Caio. Sáb 29 Jun 2013 - 22:37

Bem, concordo com você na maioria dos pontos, tirando a parte de que na época as cenas eram assustadoras. Não, na época não eram assustadoras. Era mais uma questão de "feeling" mesmo, uma questão de como se reagiria se duas meninas que supostamente estão mortas aparecessem de frente para tu num hotel onde só há sua família. As pessoas antigamente que costumavam, slá, "sentir" mais.

por Yoshihime Seg 1 Jul 2013 - 11:06

Estou aqui, e começo dizendo que a Shelley Duvall virou um dos amores da minha vida por esse filme, framboesa de ouro, sério? A atuação do desespero dela foi sensacional, como ela tremia... E ela passou maus bocados durante a gravação do filme, adoeceu e etc. O Nicholson também dá um show de atuação, conseguia transmitir uma insanidade legítima. Acho esse filme interessante, todo desenrolar psicodélico das coisas, como você disse, da surpresa de não ter surpresas, todas expectativas que se criam para cenas ou clímax chocantes não são atendidas, é criada uma boa atmosfera do "brochante"

por Caio. Seg 1 Jul 2013 - 15:22

Fiquei bastante decepcionado quando vi que ela foi indicada também, porque ela atuou muito bem nesse papel, justamente... Como ela tremia, como ela dava pena. Aquela parte dos sanduíches não sai da minha cabeça, cara, porra, foi triste. Nicholson para mim é a insanidade, porque aquele cara é muito maluco por natureza (isso foi um elogio q), o que fez com que ele pegasse ótimos papéis.

Gostei bastante do filme justamente por isso; não tem sustos, não tem surpresas, apenas a brutalidade da insanidade da mente humana.

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