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Mensagem por Pokaabu Dom 29 Set 2013 - 1:32

Lembram do Wally, aquele menininho que nós ajudamos a capturar um/uma ralts no pokémon E/R, então, ele voltou Smile

Estou jogando Pokémon Emerald e achei que ele tem uma história interessante, que pode ser melhor desenvolvida.

Trilha sonora:

Porque sim.:

Wally E8b8

Eu senti o vento contra o meu rosto. Eu era o vento.


Sentado naquele rochedo, tudo parecia longe, inexistente. Qualquer problema e principalmente o meu Problema era ínfimo, insignificante. As árvores balançavam lá em baixo, dançando como se o tempo não existisse, como se a vida fosse apenas um detalhe, um grão de poeira na imensidão do universo. Eu realmente queria que todos os meus dias pudessem ser assim. O sol se punha naquele instante, transformando o céu num emaranhado de nuvens avermelhadas. Vi e ouvi uma revoada de Taillows ao longe, eles me pareceram tão livres.
Senti o vento chegando novamente, era uma rajada forte. Quando finalmente passou, me senti purificado. Fechei os olhos e me entreguei. Naquele dia, eu me senti eterno.

l
Hoje era o grande dia. Eu deveria estar contente, mas ficar contente não é um hábito para mim, então estava sendo um pouco difícil. Sentei-me na cama, tentando abotoar a gravata de bolinhas brancas que minha mãe comprara pra mim. Ela disse que eu teria de passar um aspecto “vivo” ao doutor, eu não entendi bem, eu estava vivo e acho que isso além de bastar, era o mais importante. Aliás, o doutor chega hoje, vinha de longe, Verdanturf, dizem que é uma cidade com ar arejado, mas isso não vem ao caso. Ele vinha examinar o meu Problema, era um especialista em casos como o meu e segundo meus pais, “Não se deve desperdiçar as oportunidades”, e assim todos em casa estavam se arrumando, na tentativa de passar uma boa impressão. Depois de muito lutar com a gravata, consegui com que ficasse com uma aparência agradável, sentei, ofegante. Eu não deveria fazer muito esforço, meu estômago começou a se queixar.

Fui ao espelho fazer o check up final. Os fios brancos do meu cabelo já estavam voltando a nascer, era hora de tingi-los novamente de verde. A roupa estava ok e meu rosto, ao menos na minha opinião, parecia passar um aspecto vivo. Piscar mais vezes deve ajudar, acho.

Ouvi um barulho oco e Ralts apareceu ao meu lado. Sorri de modo instantâneo, efeito Ralts. 

 - Ah, olá Ralts, como vai?

Ela não respondeu. Não do jeito que você imagina.  Senti um formigamento gostoso no meu corpo, era sinal de que ela estava feliz, não queira saber o que ela faz quando está enfezada. Ela levitou em direção ao meu colo e eu afaguei sua cabeça, cabeça que eu apelidei de boné. Ralts não ligava muito, na verdade ela não parece ligar para nada, por isso gosto tanto dela. Eu queria poder dizer o mesmo, sabe? Sobre não ligar.

Levantei-me e Ralts levitou novamente ao chão, abri a porta do quarto e senti uma pontada no estômago que me fez parar, levei minha mão à barriga, na tentativa vã de apaziguar minha tortura. Eu realmente espero que o doutor possa resolver esse maldito Problema.

Voltei a caminhar, agora em direção a cozinha. Deixa eu te contar, tenho uma casa simples, uma cozinha e dois quartos, um para mim e outro para os meus pais. Tenho pais maravilhosos, eles se dedicam totalmente a mim e às vezes eu me sinto culpado por isso, mesmo vendo que isso não é um problema para eles, eu os amos e eles me amam em dobro. Esqueci de te dizer, mas já cheguei à cozinha.

- Olá mamãe. – Beijei-a no rosto, tentando disfarçar a dor. – Dormiu bem?

O café da manhã hoje era achocolatado e torradas com requeijão.  

- Não exatamente. – Ela respondeu – Estou ansiosa. E você? como está se sentindo?

Parei, pensando no que dizer.

- Esperançoso. – Sentei-me na cadeira e peguei uma torrada. Foi a melhor palavra que consegui encontrar antes que outra pontada na barriga surgisse.

Comi todas as torradas, isso pareceu aliviar a dor. Eu e mamãe nos levantamos e fomos para a sala, esperando avidamente que papai abrisse a porta e o doutor milagroso estalasse os dedos e acabasse na mesma hora com o meu Problema. Ralts surgiu novamente no meu colo, ela abriu os olhos e me observou. Eu sorri, era raro que ela se dignasse a abrir os olhos.

Quando eu estou junto dela as coisas pareciam ligeiramente mais fáceis, eu não sei o porquê, ela sempre me passou uma certa calma. Serei eternamente grato por ela ter se tornado minha amiga.

Ouvimos um barulho metálico, ouvimos: Eu, mamãe e Ralts. 

A maçaneta girou e meu coração deu um pulo, papai surgiu, um homem taciturno de cabelos ralos que sobravam nas laterais. Junto dele entrou outro homem, com o aspecto nada milagroso, cabelos grisalhos e camisa pólo branca, parecia cansado, a maleta na mão terminava o conjunto do estereotipado doutor.

Com esforço, levantei-me e andei até ele, o homem sorriu. Parecia aparentemente espantado com meus cabelos verdes. Levei minha mão a dele, num cumprimento, cumprimento que não se cumpriu. 

Meu abdômen explodiu de dor, levei as duas mãos à barriga em desespero. Ouvi-os gritando, mas eu só queria que parasse. Fechei meus olhos e desmaiei.

 
 


Última edição por Pokaabu em Ter 17 Dez 2013 - 0:24, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Black~ Seg 30 Set 2013 - 18:50

Bom, vamos lá.

O prólogo não fez imaginar muito a história. Mas gostei de você ter usado o Wally, ele é muito esquecido. Sei lá, acho que nunca o tinha visto numa fanfic, achei interessante que você vá contar a história dele. Mas enfim.

É legal ver um protagonista todo com uma doença. Não é algo estratosférico, mas é bem raro de se ver numa fic, já que geralmente o protagonista é um menino certinho, bonitinho, gosta de todo mundo, todo mundo gosta dele -q, mas enfim.

Imaginei já que ele teria o Ralts, devido aos jogos e tals. Espero que descubram a doença dele, pobre jovem =/.

Erros não vi nenhum prejudicial à leitura.

Só tenho isso a dizer do prólogo. Boa sorte com a fic.

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Mensagem por Kamikaze Seg 30 Set 2013 - 21:04

Muito bom, mais uma Fic a acompanhar, sua escrita e tão formal, não me adimiraria se Wally falasse assim.

Bem continue com essa Fic, estou ansioso pela próxima parte.

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Mensagem por Pokaabu Ter 1 Out 2013 - 19:46

~ Black: Que pena, Black. Sério mesmo, talvez seja por estar em primeira pessoa e eu não estar tão acostumado a escrever assim. Em, não é legal ver um protagonista com uma doença, tadinho.

~ Kamikaze: Acompanhe mesmo, que eu te dou um beijo.



Vejam só vocês, eu, um garoto franzino e pacato, numa floresta, caçando pokémons. Aqui não é o lugar mais adequado para alguém como eu dar uma escapada, ainda mais com o meu Problema. Mas, veja bem, eu realmente não estou ligando muito para isso, ao contrário, me sinto um tanto contente, ainda mais tendo a companhia dela, Amy. Você pode não acreditar, mas ela estava realmente bonita naquela manhã.
Era dia, bem cedinho, quase não dava pra ver a luz do sol.  Acordar com o cheiro do orvalho é uma sensação reconfortante, tenho que confessar. Espreguicei-me e peguei uma fruta na cesta, uma maçã. Quando mordi, o sumo escorreu pela minha boca. Amy saiu da barraca. Entenda, não posso dizer que estávamos nas melhores das habitações, era uma barraca, uma barraca de lona no meio da floresta. Eu posso tentar te convencer dizendo que é melhor do que dormir ao relento e também porque posso dormir ao lado de Amy. Se você a conhecesse, saberia do que estou falando.
Amy é bonita e extrovertida, bravia, meiga, sincera, leal e outros vários adjetivos fofinhos os quais eu vou te poupar. 
- Dormiu bem? – Ela disse, se espreguiçando. – Acho que é melhor arranjarmos uma barraca maior da próxima vez. Ei, você ouviu aquele barulho ontem à noite? Algo como passadas bruscas, foi bem estranho. – Ela pegou uma pêra da cesta e começou a comer.
- Você deve ter sonhado. – Disse, sentando-me na grama. – Aliás, mesmo se houvesse um pokémon que desse “passadas fortes” – Fiz aspas com a mão, ela revirou os olhos. – Aqui, ele já deve estar bem longe.
- Eu posso até estar sonhando bobagens. Mas não sou eu que ronco.
- Ei... eu, eu não ronco, pelo menos acho que não. – Disse, ficando vermelho.
- Eu sei que não, só falei para te irritar. – Ela passou mão no meu cabelo, alguns fios grudaram a mão dela. Ela me olhou, com pesar. Você não sabe como eu odeio este olhar. O olhar de pena.
- Não é nada. – Eu disse. – É só cabelo.
- Sim. – Ela suspirou. – Só cabelo. Como vai a quimioterapia?
Eu poderia dizer milhões de coisas como: Isso não é da sua conta. Vá cuidar da sua vida. Nós não precisamos falar sobre isso. É tão bom quanto nadar numa piscina de magma. Mas optei por uma monossílaba.
- Bem. – Suspirei e levantei, tentando mudar o assunto. – E então, não é hoje que vamos à caça?
- Sim. – Ela se levantou, sorridente. – Está preparado? Não vai ser nada mole, mocinho.
Pegamos nossas mochilas e começamos a caminhada. Agora o sol brilhava no céu azul de Hoenn e o vento jorrava das árvores. O clima estava ameno, agradável. Para nossa surpresa, encontramos um grupo de pequenos Zigzagoons brincando em um toco de árvore velho. Amy queria começar a caçada por eles, mas eram tão pequeninhos que só pude dar-lhes algumas frutas e observar a comilança, abobado. 
Continuamos andando por algum tempo, até que finalmente ela apareceu.
Era um pokémon diminuto, com uma cabeça verde e os olhos semicerrados. Ralts. Apaixonei-me por aquela pequenina criatura de imediato, era um pokémon tão gracioso e ao mesmo tempo tão pacato. O desejo de conhecê-lo melhor aplacou-me, eu precisava tê-lo. 
- Me dá a pokebola. – Disse à Amy. 
Ela não demorou muito para entender. Entregou-me a bolinha redonda que com um apertar mais forçado se expandiu, transformando-se na conhecida pokebola. 
- Você tem que ficar quieto. – Disse Amy, num sussurro. – Eles se assustam muito fácil.
- Shhhhhhhhhhh! Fique quieta você.
- Tudo bem, tudo bem. – Protestou ela, fazendo sinal para eu me acalmar.
Caminhei até Ralts. Comecei a ter sérias dúvidas se ela estava dormindo, não se mexia, estava estática. Mesmo assim, continuei. Quando cheguei a uma distância segura, mas ao mesmo tempo perto, tirei uma Oran Berry da bolsa e coloquei no chão. Como imaginei, Ralts veio até a fruta e comeu-a. Peguei a pokebola e a abri, colocando outra Oran Berry lá dentro. 
Deu certo.
Ao tentar pegar a fruta ela acidentalmente tocou o dispositivo. A bolinha começou a balançar para lá e para cá. Em poucos segundo saberei, mas que espera angustiante...
Peguei!
Eu realmente havia capturado a Ralts, mas Amy foi mais rápida e pegou a pokebola do chão antes que eu o fizesse.
- Ei! O que está fazendo?
- Feche os olhos. - Ela disse. 
Fechei. Não sei porque obedeço as ordens dessa garota incondicionalmente. Na verdade eu sei, ora pois, estou apaixonado por ela.
Senti sua respiração no meu ouvido, então ela falou:
- Wally, eu quero te dar um presente. – Ela silenciou. – Mas você não pode contar a ninguém.
- Ok. – Sussurrei
Seu rosto desceu pelo meu, deslizando.
Então seus lábios tocaram o meu. Foi uma sensação estranha, indescritível. Eu sabia que ela estava fazendo isso por pena, pena pelo meu Problema . Mas eu não ligava, naquele momento eu era o garoto mais feliz do mundo.

ll

O hospital era branco. Tudo branco. Completamente branco. A primeira coisa que notei foi que meu estômago não doía mais e como isso era bom, bom demais, na verdade. A segunda coisa foi que meu pai e o médico de Verdanturf estavam conversando bem ao meu lado, sem notar que eu havia acordado, então tratei de deixar assim.
 
- Se o senhor quiser arriscar, será por sua conta e risco. Vocês terão de mudar para Verdanturf e Wally terá de reestruturar toda sua vida. Além do mais, o tratamento não tem cem por cento de chance de dar certo.
 
- Doutor, se essa é a única chance que ele tem, nós faremos tudo, tudo mesmo pelo bem do nosso Wally.
 
Agradeci por ter pais maravilhosos como aqueles. Eu realmente não queria causar tantos problemas, mas se você sentisse a dor que eu sinto saberia porque reclamo tanto. Funguei, então os homens na sala perceberam que o garotinho de cabelos verdes na cama estava chorando.
 
 
 

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Mensagem por Dengel Qui 3 Out 2013 - 16:27

Hey-Yo!

Boa aposta no Wally. É pena ele ficar tão esquecido. Na verdade, nem lembrava mais da doença que ele tem... ou tinha? Não interessa, parece ser um tópico interessante a desenvolver.

Outro ponto favorável é a excelente escrita. Os capítulos também estão bem organizados, e não reparei em nenhum erro.

Focando agora na história em si, foi triste saber que ele se vai mudar. Principalmente porque conheceu o seu primeiro amor, e vão acabar de forma tão abrupta e injusta. Mas o mundo nunca foi justo mesmo. Acho que através desta Fic vamos ficar com um bom plano disso.

Bom, a Fic realmente está muito bem escrita, o que proporciona prazer na leitura (raro hoje em dia!!!) e escrever sobre um personagem um tanto misterioso desperta muita curiosidade. Isto é, todos o conhecem, mas ninguém sabe quase nada sobre ele! É incrível como a Game Freak consegue isso xD

Enfim, boa sorte com tudo!

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Mensagem por -Murilo Sex 4 Out 2013 - 20:59

Cara o drama da sua fic mexeu demais comigo!!! Sempre gostei do Wally. R/S/E são minha geração preferida, então gosto de tudo dela, e sempre achei meio injusto Wally ter uma participação pequena. Nos jogos é citado que ele tem um Problema (percebi que sempre escrevia com o P maiúsculo) e que precisava ir pra Verdanturf tomar ar fresco, mas nunca disseram que doença era. No mangá fala que ele tem uma doença respiratória, mas cara, na sua fic o negócio é bem mais sério! O pobre Wally tem câncer vey e eu pelo menos nunca li isso numa fic. Já convivi com pessoas e parentes com essa doença e imagino o quando deve ser punk ter que encarar isso. Por isso já amei sua fic. Tava com muita preguiça de ler, mas como vi que era sobre Wally fiz uma forcinha, e como fic bem. Você escreve muito bem. Apesar de não gostar muito de narração em primeira pessoa, acho que será muito bom ver o lado de Wally na história. Vou tentar acompanhar sua fic, e ficarei no aguardo do desenrolar da história. De erros, só vi uma certa falta de atenção com as vírgulas e pontos, mas nada muito grave. É só reler que perceberá. Boa sorte na fic e até!
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Mensagem por Black~ Seg 7 Out 2013 - 15:03

Bom, vamos lá.

Esse capítulo foi legal e dramático. Eu não sabia que no mangá/jogos o Wally tinha um problema, achei que tivesse sido algo criado por você mesmo, quer dizer, o câncer foi bem legal você ter criado, realmente nunca tinha visto um personagem com câncer numa fic, mas enfim.

Antes das falas do hospital era um flashback? Porque no prólogo já era dito que ele tinha o Ralts. E nesse mostrou ele capturando o Ralts, mas achei estranho porque falava da quimioterapia e parece que o câncer foi descoberto agora, naquela parte do hospital, por isso fiquei com essa dúvida.

Realmente a carga de teor dramático da fic está bem alta. Quero ver como eles vão se virar numa vida nova numa nova cidade. E ao que me parece eles não são tão providos do dinheiro, e ainda têm que pagar o tratamento do filho, vamos ver.

Eu senti meio que pena por a menina dar um beijo nele por estar com pena dele (wat -q), não sei se ela de fato gosta dele da maneira como ele gosta dela. Talvez só goste dele com um amiguinho fofinho -qqq, mas enfim.

Erros não vi nenhum.

É só e boa sorte com a fic.

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Mensagem por Pokaabu Qua 16 Out 2013 - 18:00

Então Black, é um flashback sim, aproveitando a deixa para esclarecer o Dengel. Estou contente por estarem gostando, obrigado pelos comentários e não se desconcertem em dizer se estiver muito piegas. Smile




O que realmente importa?

Essa é uma pergunta que venho me refazendo dia após dia. E a chegada do meu Problema só fez com que essa questão surgisse mais vezes na minha cabeça. Digo, é algo muito relativo, a importância das coisas. O que é importante para mim não tem a mesma importância para você e, claro, daqui alguns anos nenhumas dessas coisas as quais nós nos importamos farão sentido. Nós vamos rir de algumas delas e outras nos farão chorar. Cheguei à conclusão, então, que somente as lembranças realmente importam. Nada o que você faz hoje será palpável amanhã, somente uma lembrança é o que você terá. Pense, a maioria das suas lembranças serão uma visão minimalista do que se foi e dependendo, um borrão. As horas passam, os dias se vão, e os anos surgem. E você? Já escolheu do que quer se lembrar?

Eu e Amy voltávamos para casa. Ela parecia triste e eu me perguntava o porquê disso. Afinal e você terá que concordar comigo, eu não pedi aquele beijo. E se beijo mal, não me culpe, culpe as circunstâncias. De repente Amy parou e eu parei com ela. Já era quase noitinha e a trilha começava a ficar com um tom sinistro. Ouvi um pio de coruja, um “cri cri” de grilo e um berro de cigarra, tudo misturado.

- Wally. – Ela começou, olhava para o chão. – Me desculpe, eu não sabia exatamente o que fazer, ou como você estava se sentindo, depois de ter descoberto que estava com... aquilo... – Ela balançou a cabeça - Não sei como lidar com tudo isso.

Olhei-a, cético. O berro da cigarra continuava.

- Não estou conseguindo entender o que exatamente você não está conseguindo lidar, Amy. – Falei, seco.

- Ah, Wally. – Ela suspirou. – Me desculpe, eu, eu... eu realmente...

- Eu tenho câncer, Amy.

As palavras ditas em voz alta foram um choque para ela. Como se afirmar o inevitável fizesse a doença mais real, mais forte.

- Eu... eu sei Wally, eu sinto muito por isso... eu...

- Eu tenho câncer, Amy! – Eu a sacudi. – Eu tenho câncer! – Parei e suspirei, abaixando a voz. – Eu tenho câncer e não importa quantos beijos você me dê, isso não vai mudar. Eu tenho câncer e eu gosto de você. Mas eu não quero que você sinta pena de mim, isso me diminui e diminui a você também, por fazer coisas que não quer fazer achando que assim pode me agradar ou diminuir minha dor. E eu sou um tolo, tolo por aceitar que você continuasse com toda aquela insinuação. Você não precisa sentir muito, só mostre que se importa, não com a doença, mas comigo.

- Wally, eu gosto de você. – Ela gaguejava. – Eu, eu... eu gosto. Gosto sim.

- É claro que gosta Amy. – Eu ri. – Somos vizinhos e crescemos juntos, somos amigos e confidentes. É claro que você gosta de mim, Amy.

Ela me olhava com os olhos marejados. Não chore, por favor. Mas já era tarde demais, ela havia me abraçado e as lágrimas rolavam. A maioria das minhas lembranças se resumia a isso, lágrimas.

- Wally, eu queria que tudo fosse diferente. Eu queria mesmo. Queria que você não precisasse passar por isso, sabe? Eu sinto tanto, tanto por você.

- Sente mais até que eu. – Eu afastei-a. – Não faça isso com você.

Ela balançou a cabeça afirmativamente. Eu senti um pingo de chuva no meu rosto.

- Vamos para casa. – Eu disse.

- Vamos. – Ela sorriu.

Seguimos adiante, eu não sei te dizer ao certo, mas eu sentia que não voltávamos para casa. Sabe quando você tem aquela sensação de nada vai mudar? Ou melhor, de que nada do que você está vivendo faz sentido? Que não adianta você gritar, espernear e chorar que você ainda será um fracassado, com câncer, empacando a vida de todo mundo? (Mas ainda assim, se um dia você se sentir triste e sozinho, chore, grite, es-per-neie. Afinal é bom e purifica a alma.)

Ter crises de existencialismo do nada é tão eu.

A chuva havia aumentado consideravelmente agora, não estou reclamando, eu gosto da chuva, do barulho que ela faz, principalmente. Mas ela estava nos obrigando a correr e isso definitivamente eu não gosto. Viramos à direita, onde um ninho de pequenos Taillows tentava de todo modo se proteger da torrente de água, tentativas vãs. Já estávamos quase em casa agora. Eu ofegava e pensava em como era um milagre o meu Problema ainda não ter dado as caras. Enquanto um trovão trespassava o céu, olhei para Amy e ela estava sorrindo. Gargalhei alto e ela me acompanhou. Encharcados, eu e ela, correndo, os dois sorrindo, por nada em especial, pelo simples prazer de sorrir. Foi então que aconteceu.

Estávamos quase em casa, tão perto...

Primeiro veio o clarão, iluminando toda a floresta. Depois o crack, junto do barulho inconfundível de madeira se partindo. O maldito trovão havia acertado a maldita árvore. Eu tentei puxá-la, eu juro, mas Amy parecia ter virado pedra. Observava a árvore caindo, atônita, paralisada não sei por medo ou admiração, ou talvez os dois. Eu a estava puxando, com toda a pouca força que eu tenho. Encharcados e sozinhos. Você sempre termina sozinho, não importa o quanto você signifique ou outras pessoas signifiquem para você, o fim é individual.

Puxei-a forte, mas não foi rápido o suficiente. Eu sei o que você quer saber, a sensação de ser esmagado por uma árvore. Bem, é como se a gravidade tivesse aumentado trezentos por cento. Como o soco de um gigante, ou melhor, como se você estivesse compressado, amassado, confinado numa lata de sardinha.



lll


Era tão irônico eu ter sobrevivido. Eu, que já estava marcado para morrer. 

Estávamos no carro, eu mamãe e papai, a caminho de Verdanturf. Da janela, eu dei uma última olhada na cidade. Não era de todo ruim, árvores e casas, um bom lugar para se viver. Como não havia mais nada para fazer, resolvi escrever alguns versos. Caneta e papel à mão. O sorriso de Amy nos meus pensamentos.

Não que tudo tenha sido em vão.
Pois em vão somos todos nós.
Não somos nada e você era pra mim um nada em dobro.
E ainda assim meu coração chora.
Pelo seu olhar doce que me daria tudo.


Fechei o caderno com um baque que fez meu pai olhar para traz. Suspirei e fechei os olhos, eu tinha de acabar com essa auto-piedade e sofrimento eterno, tinha de acabar agora. Precisava superar, como todo mundo faz. Ou será que só escondem? E de esconder tão bem, ninguém percebe? Se era isso, eu precisava aprender esse truque.

Chegamos à estação poucos minutos depois, o dia estava nublado e o vento bateu forte contra o meu rosto quando saí do carro. Coloquei o casaco e entrei. De longe vi o doutor de Verdanturf, há pouco tempo descobri que ele se chama Karl. Karl veio até mim, nos cumprimentamos. Pela sua expressão, ele parecia doido para deixar a cidade. Ele e meus pais foram comprar os bilhetes, eu disse que iria ao banheiro.

Era um banheirinho chinfrim, o banheiro da estação. Mas eu não ficaria ali por muito tempo. Chamei Ralts pelo pensamento, ela sempre vinha quando eu chamava, não seria possível que ela me deixaria na mão agora. Como esperado, lá estava a diminuta Pokémon de boné verde. Peguei-a no colo e acariciei sua cabeça. Minha única amiga.

- Ralts, me leve até Amy.

Eu pisquei e senti um puxão no estômago. Abri os olhos e me vi em um quarto branco com uma janela acortinada, que deixava o sol entrar por frestas sopradas pelo vento. Estávamos em Unova. Os pais de Amy a haviam transferido para um hospital de elite, com os mais modernos equipamentos, mas isso não importa muito, o importante era que Amy estava ali. Em coma, mas estava ali. Deixa eu te contar, eu venho aqui de forma esporádica, da última vez, o cabelo de Amy estava bem menor. Era triste vê-la ali, ela era uma garota incrível, poderia estar aproveitando a vida de um jeito que eu nunca faria. Mas no entanto, acabou ali, no lugar que deveria ser meu.

Beijei-a no rosto. Estava quente, como se ela fosse abrir os olhos a qualquer instante. Sentei no chão e terminei os versos que havia começado.

Se eu chorasse agora, seria fraqueza?
Pois eu choraria um oceano inteiro para te ver de novo.
Oh, e se você voltasse?
Ah, aí meus prantos finalmente cessariam!
E eu levaria seu sorrido doce comigo para sempre.

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Mensagem por -Murilo Qui 17 Out 2013 - 12:29

Olá! A sua escrita é tão fluida! Eu tava com uma [palavra censurada] preguiça de ler, admito. Mas quando comecei eu não consegui parar. Eu não sou muito fã de histórias dramáticas por que elas mexem muito comigo. E isso tem acontecido na sua fic. Mesmo sendo uma ficção (a não ser que você esteja sofrendo o mesmo Problema), nós nunca saberemos realmente como se sente uma pessoa que tem câncer. Mas pelo seu texto eu pude sentir pelo menos um pouco o que Wally sente. Essa torturante dúvida: eu vou me curar, ou devo perder logo as esperanças? Por que ainda vivo? Ainda há razão pra isso? Esse Problema será resolvido? É realmente muito triste. A sua maneira como fala Problema me fez lembrar onde moro. Como moro numa cidade do interior, as pessoas são mais simplistas e apegadas a tradições passadas. Quando minha vó sabia de alguma pessoa que tinha esse Problema, ela sequer falava o nome da doença. Achava que só falando já poderia atrair coisas ruins. É uma situação bem tensa. Tudo o que posso falar da sua fic é que ela continua me emocionando. Simplesmente não sei o que pode acontecer, por que sei que você é bem imprevisível. Continue se esforçando e contarás uma linda história. Boa sorte aí e até!
-Murilo
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Mensagem por Black~ Dom 20 Out 2013 - 14:15

Bom, vamos lá.

A fic continua muito dramática, esse capítulo foi bem legal, quer dizer, é meio chato dizer que um capítulo é legal tendo uma menina sendo atingida por um árvore e entrando em coma e um menino que está com uma dor de um câncer que parece interminável.

A menina que ele tanto gostava e que também gostava dele, é uma pena que tenha acontecido isso com ela. Naquela parte que ele pede ao Ralts que o leve para onde Amy está, pensei que ele fosse somente como um "espírito", mas ele foi materialmente mesmo.

A narração em primeira pessoa deixa tudo muito mais dramático, você fica tentando sentir como é a vida do cara, ainda tendo esse câncer. Ele fica se culpando por o povo à sua volta dar muita atenção para ele sendo que ele já nem tem mais esperanças de ficar vivo, é uma situação bem difícil mesmo.

Erros eu acho que não vi nenhum prejudicial à leitura.

Portanto é só e boa sorte com a fic.

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Mensagem por Pokaabu Dom 17 Nov 2013 - 20:32

Ah, gente, vocês são tão fofos. Desculpe a demora e coisa e tal, mas eu to aqui, de novo. Não Murillo, eu não tenho câncer. (Não que eu saiba) ui! Ainda há isso, você ter uma doença sem nem saber e Black, o Wally é realmente alguém bem pessimista acerca de tudo, mas quem sabe isso não possa mudar?



Apesar de tudo, eu me sentia bem. Era uma daquelas típicas reuniões de família, sabe? Aquelas em que nem todos se gostam, mas se suportam porque a família é o mais importante, o alicerce, o bem mais precioso e todas aquelas baboseiras. Antigamente, eu realmente gostava desses momentos, especificamente quando era criança, onde as rixas familiares nem passavam pela minha inocente cabecinha. Mas depois de algum tempo, tudo começou a fazer bastante sentido. Todos se reuniam ali por um motivo central, mostrar o quanto são melhores que os outros... Pelo menos esse é o meu conceito de reunião de família, não me tome como exemplo.

 

Deixei todas minhas referências de lado nesse dia, pois ele era especial. Deixa eu te explicar, era o centenário da minha avozinha, por conseguinte, todos estavam realmente felizes, parecia que finalmente o sentimento de bem-querer mútuo era real. Eu estava literalmente largado, conversando trivialidades com um primo o qual o nome eu nem mesmo lembrava. Então, instantaneamente, me deu uma baita vontade de ir ao banheiro, quase um instinto. O banheiro na casa da minha vó fica perto da cozinha, o que é realmente estranho, banheiros não deveriam ser feitos perto de cozinhas. Eu já estava no meio do caminho, quando me atentei a um ruído estranho vindo de um dos quartos.

 

Cheguei mais perto, parecia que alguém estava chorando, com muito cuidado parei a alguns centímetros da porta. Sei que é feio espionar, mas foi mais forte que eu. Logo que encostei o ouvido, alguém começou a falar.

 

- Não é exatamente do jeito que você diz Anna, ainda é cedo para dizer o que pode ou não acontecer. – Era minha tia, sua voz parecia triste, quase um sussurro. – Ele é um garoto forte, tudo vai ficar bem, eu tenho certeza. Anna, você está me ouvindo?

 

Anna, minha mãe, chorava muito para poder responder.

 

- Me dói o coração te ver nesse estado, Anna. Todos nós vamos super isso, juntos.

 

Então minha mãe explodiu.

 

- Ele tem câncer, Vera! Câncer! Como você acha que nós vamos superar isso?! Não é um resfriado, não é uma gripe, nem qualquer doença bobinha, Wally tem câncer!

 

Eu não me lembro muito bem da minha reação, na verdade, acho que nem ouve reação. Eu simplesmente encostei-me à parede e sentei, lembrando-me da última consulta “rotineira” ao médico da minha cidade. Eu sequer sabia que o diagnóstico já havia saído. Toda aquela bateria de exames exagerada, então era isso. Coloquei minha cabeça entre os joelhos, tentando esconder as lágrimas que se formavam em meus olhos e pensando em como minha vida iria mudar daqui para frente.




IV

O trem era extremamente aconchegante, poltronas fofinhas e refeições deliciosas e o mais importante de tudo, silencioso. Era a primeira viagem como essa que eu fazia na minha vida, nunca havia ido tão longe, não por falta de oportunidade, por falta de querer mesmo. Abri a janela e um vento deliciosamente frio banhou meu rosto, ali, pela primeira vez, pude ver o quanto Hoenn era bela. Passamos por montanhas que subiam bem alto no céu e em outras partes em que a grama se estendia quase que infinitamente, como um imenso oceano verde. Eu poderia continuar naquele trem para sempre. Todavia, eu sabia que não seria assim e que, uma hora ou outra, eu teria de descer e enfrentar a realidade. Só por um momento, pensei que talvez fosse melhor deixar a realidade de lado e viver em um bom e enorme mundo de mentiras, mundo no qual ao menos eu seria feliz.
 
Atrás de mim, mamãe e papai dormiam feito crianças depois de um pote de brigadeiro. Eu nem te contei, é que ainda é bem cedo e eu sou o único acordado, fiz isso porque o nascer do sol é o melhor momento para se observar a paisagem e também pela viajem estar terminando. Eu não tinha medo do que eu iria encontrar ou como minha vida seria a partir de agora, era só uma ansiosidade natural, humana e só. Tentei cochilar mais um pouco, mas foi em vão. Pouco tempo depois o trem soltou um apito longo e um rangido ecoou pelos meus ouvidos, sim, nós havíamos chegado a Verdanturf. Aos poucos o veículo foi parando e o frio na minha barriga gradualmente se atenuando. Não, não era Verdanturf, tinha muita pouca grama pra ser, vi fotos, sabe. Virei-me e olhei para papai e mamãe, eles sorriam.
 
- Onde estamos? – Perguntei, sem parecer nem um pouco preocupado.
 
Foi minha mãe que respondeu.
 
- Em Mauville. Vamos pegar um carro daqui até a Verdanturf, este trem não vai até lá querido.
 
Descemos e nossa, como estava frio. O contratempo com o clima fez com que perdêssemos algum tempo, tirando agasalhos das bolsas e coisa e tal. O doutor foi o último a sair do trem, já agasalhado por sinal. A cidade de Mauville não era o que se poderia chamar de cidade grande, mas com certeza bem maior que Petalburg. Havia um prédio que chamava bem atenção, um cassino, logo vi. As pessoas andavam apressadas para lá e para cá, todos com os olhos semi-abertos por conta da ventania. Já havíamos caminhado bastante quando vi algo que me chamou atenção, não por causa do lugar, mais pela expressão no rosto da minha mãe. Era uma escola. “É a única nas redondezas” disse o doutor, acompanhado seu olhar. “Tem certeza, não há nada mais perto em Verdanturf?” perguntou minha mãe, consternada.   “Não, é a única, infelizmente.” Disse ele. “Ah.” Terminou minha mãe e a conversa morreu. A partir daí comecei a prestar bem atenção ao caminho que eu teria de seguir até aquele colégio todos os dias.
 
Já no carro, chegamos à cidade em uma hora, mais ou menos. Também foi mais ou menos no meio do caminho que a Ralts apareceu no meu ombro e instantaneamente mergulhou dentro do meu casaco.
 
- Você sumiu, onde esteve? – Eu disse, remexendo enquanto o pokémon percorria todo meu corpo.
 
Ela resmungou, chiando, como se dissesse que se soubesse do frio nem teria aparecido. Eu sorri, não é todo dia que você leva uma briga de um pokémon. Ah, me escapou um detalhe, desculpe, mas ainda é tempo, é que nós vamos ficar na casa dos meus tios. Acontece que meus pais investiram todo nosso dinheiro no meu tratamento e não sobrou mais nada. Não que eu esteja reclamando é só que, parece um dinheiro tão mal investido, sério mesmo, nada, exatamente nada parece dar certo contra esse maldito câncer.
 
Já estava escuro quando chegamos, Verdanturf é, como eu posso dizer, mato, mato para tudo que é lado. E não me leve a mal, eu adoro isso.
 
Meu pai mesmo relutante em desgrudar suas mãos do casaco foi quem bateu na porta. Uma mulher de pijama a abriu. Minha tia, Vera, parecia muito mais velha do que eu me lembrava. Na verdade, acho que nunca parei para analisá-la de verdade. “Oh, vocês estão congelando, entrem, entrem.” Foi o que ela disse. Nós nem consideramos desobedecê-la.

E que casa bonitinha eles tinham, sério. E acho que a Ralts concorda comigo, pois foi a primeira a correr para a lareira. Era uma daquelas casas de madeira pura, antiga e decorada em cada milímetro com o máximo de cuidado. Um tipo de classicismo que ninguém enjoa. Eu olhava encantando enquanto minha mãe e minha tia começaram uma troca acirradíssima de desculpas e lisonjas.
 
- Nós iríamos buscar vocês, mas esse tempo, mudou de uma hora para outra, acredita? Está tudo tão maluco aqui...
 
Elas continuaram por alguns minutos e depois minha tia agarrou minha bochecha daquele jeito que ninguém gosta e disse: Você cresceu tanto! Clichê? Clichê... Mas eu deixei passar dessa vez e, já subindo as escadas, perguntei onde iria dormir. Minha tia disse algo como: No quarto do Zad, ou Zag, algo assim, mas ouvi quando falou: o primeiro quarto à direita. Abri a porta com um solavanco, o que foi um erro, pois já havia alguém dormindo ali, devia ser meu primo, o qual eu não lembro o nome. À direita estava a outra cama, que só podia ser a minha, troquei minha roupa por um pijama, estava exausto. Quando deitei, Ralts apareceu ao meu lado e abracei-a e adormeci.
 
 






Última edição por Pokaabu em Sáb 21 Dez 2013 - 18:03, editado 1 vez(es)

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Mensagem por -Murilo Dom 24 Nov 2013 - 11:27

Olá! Que bom ainda escreve essa fic. Malz a demora pra comentar, mas nunca que ia deixar de ler a sua. Ah, cara agora que eu entendi o porquê de Wally sempre falar Problema. Ele ainda não sabia qual era sua verdadeira doença. Na verdade eu nem havia percebido antes, tava achando que ele já sabia. Mas não deixei de me surpreender quando ele soube a verdade. Coitado, agora que as coisas vão ficar mais difíceis. Interessante é como você ainda consegue seguir algumas partes que realmente tem no jogo. Por que em RSE nós conhecemos Wally em Petalburg e depois ele se muda mesmo pra Verdanturf pra respirar um ar melhor. Aí me vem uma dúvida. Outros personagens conhecidos vão aparecer na fic, tipo Brendan ou May. E se eu não me engano ele tem uma prima também chamada Wanda (lembro por causa do mangá). Bom, sua fic continua impecável. Estou adorando-a cada vez mais (e de certa forma acho ótimo que os caps não sejam tão grandes como a do 6º distrito XD). Boa sorte na sua fic e até!
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Mensagem por Black~ Dom 24 Nov 2013 - 12:13

Bom, vamos lá.

Esse capítulo foi legalzinho, já foi um avanço na história, com ele saindo de sua cidade para começar o seu tratamento contra o câncer, pra falar a verdade, o câncer, doença que ele só descobriu somente nesse capítulo, mas enfim.

Nem sabia que o Wally não sabia que não tinha câncer. Tipo, ele se lamentava tanto e sofria tanto, que já dava a entender que ele tinha a doença tão complicada que é o câncer, achei bem interessante mesmo isso dele não saber -q, mas enfim.

Quando fica em itálico é quando está no passado ou é um flashback né? Porque primeiro estava em itálico e era nítido que foi num tempo passado, ai depois dá a clara impressão de passagem de tempo, já na cidade de Mauville, mas enfim.

Erros vi alguns, mas nada tão gritante.

É só e boa sorte com a fic.

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Mensagem por Weird von Gentleman Dom 24 Nov 2013 - 13:45

Pokaabu,

É muito gratificante voltar aqui e constatar que, à cabeça da secção, está o teu tópico. Mas falemos da tua história.

Desde já, deixa-me dar-te os meus parabéns pelo facto de seres aquilo que, por vezes, procuro encontrar para exemplificar a palavra "criatividade", ao meu público. É isto mesmo: pegar na matéria prima mais óbvia que haja e moldá-la, com tal engenho, que deixa de ser aquilo que era inicialmente e passa a ser algo artistico, belo e sobretudo interessante. A tua matéria prima foi do mais óbvio que pode haver, mas que nunca ninguém se lembra que existe: um personagem acessório que aparece muito rapidamente no jogo e de quem ninguém quer saber para nada, chegando mesmo a ignorá-lo. Pegaste nele e moldaste-o à tua maneira, ou melhor dizendo, à maneira da tua imaginação, e criaste um personagem principal cheio de sentimento.

E com cancro (= câncer)! Meu deus, o cancro é do mais forte, assustador, vibrante e sensibilizante para uma história ter. Juntar um personagem altamente criativo com um elemento destes é criar a intriga perfeita! Mais um ponto critivo e original em que pensaste.

Não me vou alongar mais, até porque para o fazer ou teria de te continuar a elogiar (o que se tornaria extremamente repetitivo hahaha), ou então teria de falar de aspetos mais in story, que não interessam para nada, porque isso toda a gente faz bem e não constituem qualquer tipo de elemento diferenciador. Meu caro amigo, uma vez que o personagem esteja criado, o resto são peanuts, por isso...

Mais uma vez parabéns pela originalidade e até breve!

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Mensagem por Caio. Dom 24 Nov 2013 - 17:27

Confesso que o comentário do Weird me chamou a atenção, comentários dele são lendários por aqui. Então, vi que você era o escritor. "Não pode ser tão ruim", pensei. Mas você se superou. Sério. Essa fic é uma... coisa maravilhosa *-* Eu adoro o Wally, sempre achei ele um personagem muito interessante, a típica criança dócil, fofinha, que encontra-se delirando numa forte febre, com os olhos caídos etc. Sim, esse é o Wally que eu imagino. Aí pronto. Você escreve bem + personagem legal + comentário do Weird = fic completa. Sério, está ótimo.

Achei bem interessante a parte que você falou de tomar banho em magma, porque magma realmente contém alguns elementos radioativos... Eu acho -q Deve ser horrível a situação. Não imaginava ele com câncer, mas sim com algo como uma doença respiratória [palavra censurada] [palavra censurada], provavelmente por causa do jogo onde diz que "os ares de verdantuf iriam lhe fazer bem".

Essa menina que foi esmagada pela árvore... É uma situação horrível. Parece ser aquela ótima amiga que sempre te apóia em todos os momentos, e vê-la acometida por um mal tão intenso... É muito mau agouro mesmo, putz -q

Espero mais ;p

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