[GP]E.B.E.C: Acre Jurassica

Não é uma verdadeira história até que o herói seja reduzido a uma pilha de machucados e sangue, e que uma árvore seja quebrada com o peso do seu corpo arremessado... É só aí que a verdadeira história começa!

Me levanto, sentindo a dor perfurar cada pedaço do meu corpo, mas tudo bem, aqui vou eu, para a vitória... Limpo o sangue do rosto com as costas da mão e rio.

Esse é o grande finale, é aqui que tudo termina e começa.

Ouço a música de fundo começar. Ok, to alucinando, mas ela começa, de qualquer forma. E então, eu canto, contra aquele homem ali, Latino, o monstro. Se meu plano tiver certo essa canção vai ter tão boa que vai atordoar a pequena cabeça dele e o deixar bastante confuso. Tão confuso que atacar seria uma tarefa facil!

Eu sou feita de A-A-A-A-A-A-A-MOR!

A--A-A-A-AAIAIAIAIAI ISSO DOI DE MAIS

DIGO, A-A-A-A-A-A-AMOR!

[bolsanova cai no chão. foi uma boa canção pelo menos. alguns dentes saltam da boca dela. triste.]

Latino caminhava em passos lentos para fora de sua casa, até que ficasse sobre a calçada de concreto cheia de buracos. Uma aura azulada contornava o seu ser, enquanto ele continuava com o braço estendido para a frente. Ele escutava Shannon mas não mudava a sua expressão. A música já havia sido errada, logo o acerto de Shannon não pareceu surtir muito efeito. 





- Eu cuido de você depois, bastarda. Primeiro vou acabar com a vagabunda.




- Adeus... Bolsanova. 



Latino apontava - ainda em forma de L - para a garota. A aura azulada dominava apenas a sua mão, onde ele concentrava nos pulmões de Bolsanova. Ela sentia uma horrível dor que mais parecia uma queimação que apertava seus orgãos respiratórios, que se enchiam de algo líquido que se assemelhava a carvão em brasa. 

Ela tentava gritar de dor, mas a cada grito, mas a sua garganta se fechava e mais quente seus pulmões queimavam. Ela sentia essa substância infernal subir de seus pulmões a sua garganta, e de sua garganta, lentamente esvaziar pela a boca. Por onde passava essa substância parecia deixar horrendas cicatrizes negras-vinho que se assemelhavam muito a veias corrompidas. 

Ao chegar na boca, a substância se revelava, mostrando ser azul da mesma cor da aura de Latino. Ela saia aos montes a um som que parecia o de Bolsanova vomitando. Quanto mais força ela exercia para vomitar aquilo, mas lágrimas de desespero escorriam de seus olhos tristes e pálidos.

Uma gosma-gasosa azul-neon de aproximadamente cinco metros finalmente saía de dentro da musicista, e voava em direção da mão de Latino.






- Esse talento... Tão puro, tão cheio. Talento o qual não acho em qualquer e sim na tal. Oh, como subestimei-te desta forma?



Bolsanova caía de joelhos. Uma grande quantidade de sangue escorria de sua boca, nariz e olhos. Ela estava tão magra e pálida como um esqueleto só com sua pele. A ausência de sua alma e talento eram avassaladoras, assim como o tamanho delas próprias. Latino as roubava, deixando a garota sem nada além de ossos putrefatos. Ela dava um último suspiro.




- Eu não vou me ajoelhar diant- Vacilava, caindo de bruços ao chão gelado. Seus olhos mortos ainda tinham força de vontade a ponto de olharem para Shanon. - Me-meu raio de sol... Está em min- ...a bol-... 


Uma enorme quantidade de sangue a fazia se engasgar. Não tinha forçar nem sequer para tossir. Morria ali mesmo, em frente de sua amiga e do deus que desconhecia até então. Diante o seu inimigo. Diante a capitalização que sempre lutou contra. 

Aqui uma nobre lutadora morre, com sua dignidade? Talvez, talvez não. Só se sabe que Latino roubara-a e a absorvera, talento tão grande que era equivalente a cinco vezes o tamanho de sua portadora.






- Menos uma, sim? Quem morrerá agora? Meu poder está apenas...





- C R E S C E N D O





O roubador de almas/talentos parecia brilhar ainda mais. Várias esferas brilhantes e azuis brilhavam ao seu redor, e de cada uma delas, um forte raio laser saía em direção de Shannon e Madara. 

A policial gostosa conseguia se desviar a tempo. Mas Madara era atingido. 


Mesmo sendo um Deus, Madara recebia o dano equivalente ao talento de Bolsanova. Aquilo era o suficiente para lançá-lo voando em direção a uma casa, destruindo-a por completo. Não morreria, estaria longe disso, mas sua barriga estava aberta, e seus órgãos até então humanos, saíam dessa mesma cicatriz. 






Bolsanova está morta. 

Shanon está putississississima.

Madara está gravemente machucado, mas pode se curar.



DICA: Cuidado com o que vão usar, o Latino pode copiar.