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Open Your Wings - Aventuras em Johto

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Mensagem por Blurose Dom 25 Set 2016 - 18:51

OPEM YOUR WINGS - AVENTURAS EM JOHTO

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Sinopse: Quebrada e sem esperanças após perder aquele que era sua única família, Lys se lança através do Véu da Morte. Ela só não esperava que alguém a estivesse observando, e desejasse lhe dar outra chance. Salva por Arceus e recendo uma nova chance de ser feliz, Lys está pronta para abrir suas asas novamente, e viver grandes aventuras no Mundo Pokémon.
Classificação: 13+
Categorias: Pokémon + HP
Gêneros: Ação, Amizade, Angst, Aventura, Mistério, Romance, Suspense, Universo Alternativo

Música Tema::

Notas Importantes:

Protagonista:

Personagens Secundários:

Pokémons Lendários Human Form:





Prólogo







Lys gemeu, abrindo os olhos lentamente, esperando ver-se deitada em sua cama no dormitório da Grifinória. Porém, assim que abriram os olhos, ela sabia que, definitivamente, não estava no dormitório… provavelmente, não estava nem mesmo em Hogwarts. Ela se encontrava deitada sobre uma plataforma de cristal transparente, que parecia flutuar em meio ao espaço sideral. Desconcertada, ela olhou para as centenas de planetas, milhares de estrelas e infinitas nebulosas que decoravam o espaço escuro.


Tentando impedir de entrar em pânico, ela tentou pensar em como havia parado ali. Lentamente, repassando as últimas coisas que se lembrava. Ao fazer isso, ela finalmente se lembrou:


Sírius… o véu… a tentativa de Voldemort de possuir seu corpo… então ela soube da maldita profecia e só… havia sido demais. Ela sabia que todos tinham um limite, até mesmo ela e, finalmente, esse limite havia sido cruzado. Ela havia perdido sua única esperança de uma família. A única coisa que ela queria, era terminar com tudo e não deixar nada para trás.


Foi por isso que ela havia fugido da escola no meio da noite, em sua última noite no castelo. Ela foi até o Gringotes e ordenou que esvaziassem todos os cofres Potter, junto com a herança de Sírius, colocando tudo em um baú, que foi anexado a um cristal negro que enfeitava o brinco que usava na orelha direita. Depois disso, ela havia rumado em direção ao Ministério da Magia, mais precisamente, a Sala do Véu da Morte. Seu plano simples e óbvio. Ela iria se juntar a sua família na outra vida e não deixaria nada para trás, para que fosse reclamado pelo Ministério corrupto após a sua morte… fosse dinheiro ou pertencesses.


Então ela atravessou o véu e foi engolida pela escuridão…


Só para então, acordar naquele lugar.


Então… é assim que é outro lado do véu. Pergunto-me se é o céu o inferno…?” Pensou, levantando-se com cuidado, olhando para todos os lados, em busca de qualquer sinal de que ela não estava sozinha.


— Nem o céu, nem o inferno. Você está no Hall da Origem, criança. — Falou uma voz masculina suave, mas que carregava um tom de seriedade e sabedoria inconfundível.


Lys se virou assustada, apenas para ver o que deveria ser o homem mais bonito que ela já havia visto, caminhando em sua direção. Ele deveria ter por volta de 1,80m ou 1,90m, e estar em torno dos seus vinte e cinco anos. Seu rosto era fino e com alguns traços aristocráticos, com uma pele era um pouco pálida, mas não tanto quanto a de Malfoy, seus cabelos era longos e lisos, escorrendo em uma cascata suave até baixo da linha de seus ombros, e seus olhos era de um vermelho rubi intenso. Ele vestia uma roupa estranha brancas com detalhes em dourado, que muito lhe lembrava das vestes bruxas, mas de uma forma muito mais sofisticada.


— Quem é você? — Perguntou, recuando um pouco, instintivamente envolvendo sua mão em torno de sua varinha.


— Meu nome é Arceus, o Alpha Pokémon, criança. Eu lhe trouxe aqui, antes que o espírito da morte a envolve-se. E você não tem o que temer. — Falou tranquilamente, parando a uma distância de cinco passos.


Lys relaxou.


Ela sabia, por experiência, que não deveria baixar sua guarda tão facilmente, mas aquele homem… Arceus… passava-lhe uma segurança e calma tão forte, que ela, simplesmente, não poderia deixar de se sentir segura.


— Você disse que me trouxe aqui, antes que eu morresse… por que…? — Perguntou, não entendendo o motivo de que alguém… qualquer um… fosse fazer isso.


Uma expressão de tristeza surgiu no rosto bonito de Arceus.


— O destino foi cruel com você, criança. Daqui, neste espaço sagrado, eu fui capaz de ver seu sofrimento… sua dor… sua solidão. Você não merecia morrer, conhecendo apenas a dor, solidão e o sofrimento.


Aquela resposta surpreendeu Lys.


Ninguém nunca se importou… ninguém nunca demonstrou qualquer tipo de preocupação com ela.


— Eu sei que é o seu desejo rever sua família, mas duvido que eles queiram ver você dessa forma. Tudo tem seu tempo, criança. Mesmo a vida e a morte. E, eu creio, que o seu tempo ainda está longe. — Falou Arceus sabiamente, aproximando-se mais três passos, e colocando a mão de forma suave sobre a bochecha da bruxa, tentando lhe passar conforto.


Arceus sempre teve um carinho especial pela espécie humana. A forma como eles poderiam fazer grandes coisas, mesmo contra todas as expectativas, sempre lhe encantou. Mesmo após a traição Damos, ele não conseguia encontrar em si o desejo de desprezar a espécie humana. Era verdade que ainda carregava ressentimento pela traição, mas seus sentimentos negativos eram voltados exclusivamente para Damos. Aquela criança humana a sua frente, contudo, só lhe despertava o desejo de proteção e cuidado. Ele podia sentir seu potencial e, esperava cheio de esperança, que ela aceitasse a oferta que estava prestes a lhe oferecer.


— Eu não quero mais ficar sozinha… — Sussurrou fracamente, lágrimas embaçando seus belos olhos verdes.


— Eu sei, é por isso que quero lhe oferecer algo.


Lys fungou, limpando as lágrimas de seu rosto. Ela odiava demonstrar suas fraquezas.


— Que tipo de oferta?


— Uma família. Uma vida de verdade, onde seu destino estará em suas mãos e apenas você poderá seu caminho.


Lys sentiu seu coração palpitar com aquelas palavras.


— Eu… como exatamente…?


Arceus sorriu de forma suave.


— Existem milhões de dimensões e mundos. Realidades que se diferem e se assemelham uma a outra. Eu sou, de certo modo, o ‘Deus’ de uma dessas realidades, pois eu criei a vida que nela habita. Se assim desejasse, posso lhe enviar para lá. Em meu mundo, eu posso lhe jurar, que todas as escolhas serão suas. Ninguém vai tentar lhe forçar a um destino que não lhe pertence.


O coração de Lys se contraiu com aquela promessa.


Seria realmente possível? Ela poderia, realmente, ter uma vida sua…


— V-você disse que eu poderia ter uma família… — murmurou de forma quase inaudível.


— Sim, há poucos dias, na Cidade de Megi, na Região de Johto, há uma mulher que me implorou muitas noites para que eu a abençoasse com uma criança. Infelizmente, seu corpo é infértil e, nem mesmo com meus poderes, eu poderia fazê-la conceber uma vida. Ela é uma mãe que implora desesperadamente por uma criança e você, minha menina, é uma criança que implora desesperadamente por uma mãe.


Lys abaixou os olhos ao escutar aquilo.


— Ela não vai querer a mim. Ela quer um bebê, eu sou quase uma mulher adulta… — era verdade, em dois anos, segundo as tradições bruxas, ela seria uma adulta.


Arceus sorriu ao escutar aquilo.


— Acredite em mim, ela vai te amar como você sempre deveria ter sido amada. Além do mais, eu pretendo de oferecer sua infância de volta.


Ao escutar aquilo, Lys ergueu os olhos surpresa.


— Minha infância…? Como…?


— Farei seu corpo regredir sete anos, dessa forma, você voltará aos oito anos. Assim, você terá dois anos para aproveitar sua vida com sua nova mãe, antes de atingir a idade marco e decidir o que deseja fazer.


— Idade marco?


Arceus lhe ofereceu um sorriso malandro.


— Da mesma forma em que seu mundo de origem, a idade marco de uma criança é aos 11 anos; em meu mundo, a idade marco é alcançada aos 10 anos. Tenho certeza de que sua nova mãe poderá lhe explicar tudo. Se você aceitar a minha proposta.


Lys mordiscou o lábio nervosamente.


Ela queria aceitar.


Em nome de tudo que era sagrado, ela queria muito aceitar aquela proposta. Mas…


— E a minha magia?


Sua magia era uma parte dela. Não havia como se livrar dela, ou renegá-la. E, infelizmente, ela sabia que pessoas comuns… pessoas que não possuíam magia… dificilmente aceitavam aqueles que possuíam. Mesmo se possuíssem o mesmo sangue.


— Oh, isso me lembra. — Murmurou Arceus, como se houvesse se lembrado de um importante detalhe.


Lys o viu erguer a mão direita, com a palma levantada para cima. Foi então que ela sentiu sua varinha escorregar por seus dedos e voar para a mão do mais homem a sua frente. Em choque, ela observou sua varinha de azevinho e pena de fênix flutuando a poucos milímetros da mão de Arceus, antes de, para seu completo horror, a madeira se desintegrar, deixando para trás apenas a única pena vermelho carmesim. Ela viu a pena transformar-se em um pequeno incêndio, antes de flutuar em sua direção. Lys ficou paralisada ao ver, lentamente, a chama entrar em seu peito.


No momento em que a chama entrou totalmente, ela sentiu-se suspirar, envolta e um calor e conforto, que ela só poderia comparar ao do dia em que havia tocado sua varinha pela primeira vez.


Lentamente, ela abriu os olhos, sem saber quando, exatamente, ela os havia fechado.


— O quê…?


— Agora, você terá um acesso mais fácil a sua magia. Tudo o que precisará fazer é se concentrar e focar em sua intenção. E você não tem que se preocupar, sobre não ser aceita. Em meu mundo, há pessoas que possuem poderes psíquicos, apesar de não serem comuns, elas são bem aceitas. Sua magia poderá passar facilmente, pela a manifestação de poderes psíquicos.


Lys suspirou de alívio ao escutar aquilo.


— Você aceita a minha proposta, criança?


Um grande sorriso, cheio de esperança e expectativa se desenhou em seu rosto.


— Sim!


Arceus sorriu satisfeito, feliz que ela tenha aceitado sua oferta.


— Neste caso, permita-me. — Falou tranquilamente, voltando a erguer a mão direita.


Dessa vez, ele conjurou uma luz rosa pálida, que voou em direção a Lys, sendo absorvida por sua garganta. Seguindo-a, houve uma luz branca e uma luz azul brilhante surgiram e voaram em direção aonde o coração de Lys se encontrava.


— O quê…?


— Apenas alguns presentes de boas vindas. Eu também quero lhe dar algo especial. — Declarou, erguendo ambas as mãos e concentrando a sua energia.


Lys observou hipnotizada uma luz dourada crescer e se solidificar entra as mãos de Arceus. Quando a luz cessou, ele segurava um ovo que era um pouco maior do que um ovo de avestruz, em um tom dourado com várias patas negras. O ovo flutuou em sua direção, parando a poucos centímetros dela, esperando que ela o pegasse. Lentamente e um pouco hesitante, Lys tomou o ovo com cuidado, ofegando baixinho ao sentir o calor que emanava do ovo.


— Tão quente…


— Este é um ovo de pokémon. Eu creio que juntos, vocês viveram muitas aventuras.


— Pokémon…? — Indagou confusa, lembrando-se que Arceus havia se apresentado como ‘Pokémon Alpha’, mesmo que ela não soubesse o que realmente era um ‘pokémon’.




— Tenho certeza de que sua nova mãe irá lhe explicar tudo. Agora, está na hora de ir. Lembre-se: seja feliz, criança.


Antes que Lys pudesse dizer qualquer coisa, ela sentiu uma forte sonolência e, antes que percebesse, ela havia caído em um sono profundo, sendo segurada pelo Pokémon Alpha.


Arceus sorriu, observando o rosto adormecido da jovem bruxa.


Ele se perguntava, como seu mundo seria alterado por aquela criança humana. Da mesma forma, ele sorria internamente, imaginando como o mundo de origem dela terminaria, agora que ele estava tomando para longe sua dita ‘salvadora’.


No final, só o tempo diria.
Continua...


Última edição por Blurose em Sex 7 Out 2016 - 23:18, editado 5 vez(es)

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Mensagem por Blurose Qui 6 Out 2016 - 14:15

Capítulo 1
Nova Família. Rumo a Uma Nova Vida.




Lys não sabia quanto tempo ela havia dormido, mas quando acordou novamente, ela se encontrou incrivelmente relaxada e confortável, deitava em uma cama de solteiro, em um quarto simples, mas aconchegante. Ela ficou confusa por um segundo, sem saber o que havia acontecido, mas logo sentiu seu coração palpitar, ao se lembrar do que havia acontecido. Arceus havia aparecido e lhe oferecido uma nova chance… uma nova vida.

Você acordou! Você acordou! — Exclamou uma voz feminina e animada, fazendo com que Lys se assustasse e se sentando na cama, olhando para os lados, em busca de quem havia falado.

Foi então que seus olhos foram atraídos para o chão, onde uma criaturinha hiperativa pulava para cima e para baixo. Talvez tanto tempo vendo coisas sobrenaturais, foram o que haviam feito com que Lys não gritasse assustada, ao invés disso, ela olhou curiosa para a criaturinha hiperativa.

Ela deveria ter por volta dos sessenta ou setenta centímetros de altura, arredondado com a pele quase que completamente cor-de-rosa, exceto pela parte inferior que era de um tom de branco acinzentado. Ela tinha cinco chifres grossos e brilhantes na parte superior de seu corpo, que lembravam muito ramos de corais. Seus olhos eram redondos, de um bonito tom âmbar.

Espere aqui! Eu vou chamar a Siena! SIENA! SIENA!— Exclamou, se virando e saindo pela porta chamando alto, antes que Lys pudesse pensar em falar qualquer coisa.

Ela é bem energética…” pensou com um pequeno sorriso, ajeitando-se na cama.

Ao fazer isso, ela percebeu que estava vestindo um baby-doll roxo escuro, com estampas do que pareciam ser ovelhas, mas estas tinham o rosto azul e chifres pretos com listras amarelas. Olhando com um pouco mais de atenção para si mesma, ela percebeu que, assim como Arceus havia dito, seu corpo havia sido regredido para o de uma criança de oito anos.

Lys teve seus pensamentos interrompidos, quando a porta do quarto se abriu novamente, revelando uma mulher bonita, por volta dos trinta anos, com longos cabelos castanhos ondulados, que iam até a um pouco acima da linha de sua cintura, seus olhos eram de um tom cinza suave. Ela usava um vestido de verão simples azul pálido, de alças finas e calçava um par de sapatilhas azuis escuras. Atrás dela, estava a mesma criaturinha cor-de-rosa, que Lys havia visto quando acordara.

Assim que os olhos cinzentos se fixaram em Lys, um grande sorriso se desenhou no rosto da mais velha.

— Estou tão feliz que tenha acordado, querida! Como está se sentindo? — Perguntou ansiosa, sua voz sobrecarregada de preocupação e carinho.

Vendo a preocupação que ela demonstrava, Lys não poderia deixar de pensar que… talvez… aquela fosse à mulher que Arceus havia lhe dito. Que aquela pudesse ser a sua nova mãe…

— Hm… bem… eu… você é… — Lys não conseguiu terminar a frase. E se ela estivesse errada?

A mulher sorriu de forma suave, caminhando em direção à cama e se sentando perto de Lys. Com calma, ela ergueu a mão e afagou o cabelo escuro da criança.

— Sim, eu sou sua nova mãe. Meu nome é Siena, você pode me chamar assim, caso prefira. Arceus a trouxe aqui há dois dias, você tem dormido desde então. — Explicou Siena de forma gentil.

Lys sorriu amplamente ao escutar aquilo, sentindo como se toda a insegurança e medo desaparecessem de seu coração.

— Aposto que você deve estar faminta, afinal, é quase hora do almoço e você tem dormido por dois dias. Por que não toma um banho e troca de roupa? Tem algumas roupas no guarda-roupa para você. Ceci pode te levar para cozinha quando estiver pronta. — Falou animada, tendo suas palavras reforçadas, quando a criaturinha cor-de-rosa pulou para o colo de Siena.

Eu posso sim! Podemos brincar um pouco na banheira também! Vai ser divertido! — Exclamou a criaturinha, que Lys podia arriscar e dizer que se chamava ‘Ceci’.

— Hm… o que ‘Ceci’ é exatamente? Eu nunca vi nada como ela… — murmurou curiosa, olhando para a pequena criatura.

— Ceci é uma Corsola, um pokémon do duplo tipo água e pedra. — Explicou acariciando entre os chifres de Ceci, recebendo um ronronar de alegria.

— Pokémon… — mais uma vez aquela palavra que ela não conhecia.

— Sim, Arceus me disse que vocês veem de um mundo em que não há pokémons, e eu precisaria lhe explicar. — Comentou, parecendo pensar na melhor forma de explicar aquilo. Era um pouco difícil, quando você estava tão acostumada com algo, que era apenas um senso comum básico da sociedade. — Hm… acho que a melhor forma é que: pokémons são como animais, mas como superpoderes e muito mais inteligentes e sociáveis. Eles se dividem em tipos e espécies, no caso da Ceci: ela é da espécie Corsola, e do duplo tipo água e pedra.

Oh, então eles eram como as criaturas mágicas de seu mundo de origem.

Muito mais bonitos e agradáveis.” Pensou com um sorriso, erguendo a mão em direção a Ceci e fazendo um carinho sobre o chifre que ela possuía no centro de sua testa, que arrulhou em prazer.

— Ela é bonita.

Siena sorriu, parecendo feliz que Lys havia gostado da pequena Corsola.

— Tome seu banho e depois desça. Posso lhe contar mais enquanto você come alguma coisa. O banheiro é no fim do corredor. Ceci, você pode levar a Lys até lá?

Claro! — Exclamou a criaturinha energética.
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Uma hora mais tarde, Lys desceu as escadas com uma energética Ceci, completamente refrescada e vestindo uma bermuda jeans que ia até a metade de sua coxa e uma blusa verde com a estampa de uma criatura, que se parecia com um peixe azul com um par de antenas com esferas amarelas nas pontas, calçando um par de sandálias lilases. Seus cabelos estavam presos em um rabo-de-cavalo alto, com seu brinco seguro em sua orelha direita.

Chegando a cozinha, ela encontrou a mesa arrumada para duras pessoas, com Siena esperando-a. Ceci correu para a tigela com o que parecia ser algum tipo de ração, coberta com algum tipo de molho vermelho.

— Oh, a roupa ficou ótima em você! Eu não tinha certeza de como ficaria, ou se você gostaria dela. — Comentou Siena, assim que viu a morena entrando na cozinha, enquanto colocava dois pratos sobre a mesa.

Lys sorriu, olhando para as roupas que estava vestindo.

Era a primeira vez que usava roupas que eram do seu tamanho, e ela podia sentir o cheiro de roupa nova. Era óbvio que Siena as havia comprado enquanto ela dormia.

— São ótimas, obrigada… você não precisava comprar roupas novas…

— É claro que eu precisava! Você é minha filha agora, e é meu dever cuidar de você. — Falou sério, colocando as mãos na cintura, enquanto seus olhos brilhavam em determinação, mas a pose só durou alguns segundos, antes que ela sorrisse abertamente. — Venha comer. Preparei omelete recheado com arroz frito, costela de porco empanada, com molho picante. Também fiz uma salada de espinafre fresca com iogurte. Eu não sabia se você preferia suco ou um refrigerante.

— Suco está bem. — Respondeu, sentando-se a mesa e olhando para o prato a sua frente.

No prato havia uma omelete amarela estufada – provavelmente, por causa do recheio – sobre uma grande quantidade de molho vermelho escuro, com um pedaço de carne empanada frita em cima, cortada em tiras. Ao lado preto, havia uma tigela pequena com uma porção de salada de espinafre com uma quantidade generosa de iogurte sobre ela. Lys sentiu seu estômago roncar de fome e sua boca salivar. Tudo aquilo parecia realmente ótimo e aquela seria a primeira vez que ela poderia comer o quanto quisesse.

Siena sorriu ao ver o olhar deliciado no rosto da menina, colocando um copo de suco de laranja, antes de se sentar em frente à menina.

— Bem, o que você está esperando? Coma.

Lys não esperou que ela falasse novamente, pegando uma porção da omelete, gemendo quando o sabor da omelete e recheio de arroz frito se misturaram ao molho picante. Aquilo era delicioso! Definitivamente, a melhor comida que já havia provado. Em pouco tempo, muito mais rápido do que o normal, ela havia terminado toda a comida, ganhando um sorriso satisfeito de Siena.

— Agora que você já está alimentada, eu posso contar tudo o que você precisa saber. — Declarou Siena, atraindo a atenção dos olhos verdes-esmeraldas. — Você pode me perguntar o que quiser.

Lys pensou por um segundo, antes de lançar um olhar para seu prato vazio e se lembrar de algo, que ela deveria ter perguntado antes.

— Hm… existem animais normais aqui, ou só pokémons? — Perguntou um pouco nervosa, pensando que ela havia acabado de comer carne, sem saber de onde havia vindo.

Sua resposta foi uma risada descontraída.

— É claro que existem animais normais, caso contrario ninguém comeria carne. Eu te falei, lembra? Pokémons são muito mais inteligentes e sociáveis. Eles têm verdadeira consciência e personalidade. Ninguém poderia ser capaz de criá-los para o consumo.

Lys suspirou aliviada.

Ela podia estar ali há pouco tempo, mas ela havia gostado de Ceci e imaginar ter comido uma criaturinha como ela.

— Quantos tipos de pokémons existem?

— Hm… difícil dizer, mas eu sei que são muitos. Há vários pesquisadores e estudiosos, tentando classificar e entender o máximo possível. Eu posso te matricular na escola de treinadores, se você quiser aprender mais.

— Sim, por favor. — Respondeu com um sorriso, ela realmente queria entender mais sobre aquelas criaturinhas. Se todas fossem, mesmo que minimamente, parecidas com Ceci, ela realmente queria saber mais.

— Okay, então amanhã eu vou à escola fazer a sua matricula para o próximo semestre.

Lys sorriu com a perspectiva de poder ir a uma escola, sem ter uma ameaça anual a sua vida ou um valentão impedindo-a de fazer o seu melhor.

— Como é essa cidade?

— Bem… Megi é uma cidade agradável e fica na Ilha da Pedra Amarela, e é totalmente litorânea e tropical, por isso temos muitos turistas. O que é ótimo, já que eu tenho uma loja de Artesanato Corsola e os turistas realmente adoram isso.

— Artesanato Corsola…?

— Sim. Uma vez por ano, os chifres dos Corsolas caem, para que novos e mais fortes nasçam. Artesões de chifres de Corsola usam os chifres como matéria prima, para moldar todo o tipo de coisa: joias, esculturas, jarros… a variedade é realmente grande. Eu posso te mostrar a loja e a oficina se quiser.

Lys assentiu, antes de olhar para Ceci, que já havia terminado de comer sua ração e agora lambia todo o molho que havia ficado na tigela.

Ceci tinha cinco chifres e a troca acontecia apenas uma vez por ano… Lys realmente não achava que era algo muito lucrativo.

— Er… não é difícil? Quero dizer… Ceci só tem cinco chifres, então…

Siena riu ao escutar a pergunta inocente.

— Vem comigo, eu vou te mostrar uma coisa. — Disse, se levantando e caminhando para a porta que levava para os fundos da casa.

Sem entender, Lys a seguiu e assim que chegou do lado de fora, ofegou surpresa.

Do lado de fora da casa, havia o infinito e belo oceano azul. Olhando para baixo, ela viu que a casa havia sido construída sobre um grande recife de coral em forma de cúpula em um tom arroxeado escuro.

— Lys, por aqui. — Chamou Siena, fazendo final para que a seguisse, enquanto descia uma escada que levava para dentro do recife de coral.

Não demorou nem mesmo um segundo, antes que Lys a seguisse, descendo as escadas, que terminavam dentro do recife de coral. Lá dentro o interior era imenso, sendo ligado a outros três recifes por tuneis, o chão era de pedra, exceto por uma pequena parte que estava ocupada por água, que ligava o recife ao mar. Dentro do coral, Lys quase não acreditou, mas havia mais 30 Corsolas. Todos eram muito parecidos com Ceci, mas ela podia ver pequenas diferenças, fosse o tamanho, formato dos chifres ou cor dos olhos.

— É tradição em Megi, para os artesões, construir suas casas sobre os ninhos dos Corsolas. Assim, quando chega à época da muda, fica muito mais fácil para colhermos os chifres. Mesmo assim, é claro, cada artesão tem seu próprio grupo de Corsola. Esses são os meus. — Explicou Siena, sorrindo com orgulho para o grupo de Corsolas que lhe pertencia.

— Certo… fiz uma pergunta boba. — Murmurou, olhando com espanto para os vários Corsolas, que não pareciam se importar muito com a presença delas, continuando seus jogos ou simplesmente dormindo.

— Nenhuma pergunta é boba, querida. Que tal se eu te apresentar a eles?

— Apresentar…? Você quer dizer que, todos eles têm nomes? — Sua voz soou surpresa, encarando os mais de trinta Corsolas sem acreditar.

— É claro que sim. Eles são da família, então dar a eles um nome é apenas o esperado. Os únicos que não tem, são aqueles que ainda não chocaram.

Lys piscou surpresa, lançando um olhar confuso, antes de olhar para os lados, a procura de algum ovo.

— Os ovos não ficam aqui. Eu os deixo em incubadoras dentro da casa, até que choquem. Eu coloquei o seu ovo lá também, para que fique aquecido e seguro.

Lys arregalou os olhos e sentiu vontade de se bater.

Com tudo aquilo, ela havia esquecido completamente sobre o ovo que Arceus havia lhe dado.

Siena riu de sua expressão, antes de pegar sua mão e puxá-la para mais perto em direção aos Corsolas.

— Vamos lá, esses aqui são…
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Os dias se seguiram tranquilamente, enquanto Lys se adaptava a sua nova realidade.

Ter uma mãe era algo muito melhor do que ela poderia ter esperado. Siena era gentil e sempre se mostrava preocupada com ela. No começo, Siena não queria que Lys fizesse qualquer uma das tarefas domésticas, dizendo que ela deveria apenas aproveitar sua infância e fazer amigos. Depois de alguns pseudodiscussões, as duas chegaram a um consenso aceitável: Lys ficaria responsável pela limpeza e organização de seu próprio quarto, ajudaria com a louça e as duas revezariam para lavar as roupas. Elas faziam as refeições juntas, e não demorou muito para Lys aprender vários pratos diferentes que, até então, lhe eram desconhecidos. Siena também lhe ensinou a fazer a mistura básica da ração pokémon, que poderia ser facilmente modificada para ir com as necessidades de cada pokémon, assim como os molhos que usava como cobertura das rações.

Lys também conheceu a loja de artesanato de Siena, ‘Seashells’ assim como seus três empregados: as vendedoras gêmeas Grace e Sally, e o aprendiz de artesão Ryan. Grace e Sally eram alegres e um tanto maliciosas, lembrando um pouco outro par de gêmeos que Lys conheceu. Elas gostavam, principalmente, de provocar Ryan com algumas piadas maliciosas. Ryan era um rapaz tímido e gentil, provavelmente, era isso que fazia com que as gêmeas o provocassem tanto. Assim que Siena a apresentou para os três, Lys se viu sendo recebida como a ‘irmãzinha’. As gêmeas sempre lhe davam conselhos impertinentes, principalmente sobre garotos, o que era divertido de escutar, mesmo que ela jamais houve tido qualquer envolvimento romântico antes. Romance apenas não se encaixava em sua antiga vida, mas nada a impedia de encaixar em sua nova vida. Ryan era o melhor para pedir conselhos sérios, graças a sua personalidade tranquila e gentil, principalmente quando ela estava com algum receio maior.

Lys também descobriu um dos ‘presentes’ de Arceus. A habilidade de compreender a fala pokémon. Ao que parecia, pessoas normais não deveriam entender o que os pokémons falavam, como ela era capaz de fazê-lo. Por um momento, ela surtou, pensando que seria considerada uma aberração, mas todos havia lhe acalmado, afirmando que era um dom maravilhoso e que muitas pessoas morreriam para serem capazes de compreender o que os pokémons falavam. Não apenas isso, mas quando Lys se revelou uma ‘psíquica’, todos ficaram ainda mais empolgados, encorajando-a a aprender a controlar seus poderes, pois eles seriam uma boa forma de defesa.

Assim como prometido, Siena havia matriculado Lys na escola de treinadores, assim que o novo semestre havia se iniciado. Não era uma escola comum, essa foi à primeira coisa que Lys entendeu sobre essa escola. Toda a educação era voltada exclusivamente ensinar as crianças os princípios básicos para elas serem treinadores, coordenadores ou criadores. Foi assim que Lys aprendeu um pouco mais sobre aquelas criaturinhas e como as pessoas interagiam com elas. Lys então descobriu que a ‘idade marco’, era o momento em que as crianças recebiam a oportunidade de receberem uma licença de treinador e sair em uma jornada. Era quase um rito de passagem. Siena havia lhe dado ‘a conversa’, dizendo que se ela desejasse, ela poderia sair em jornada quando fizesse dez anos.

Lys ainda não tinha certeza de faria isso, mas não iria descartar a ideia, já que ela tinha certo vício em adrenalina. Ela tinha dois anos inteiro para pensar nisso. Por agora, ela só queria aproveitar a vida com sua família.
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Lys estava sentada em uma cadeira, na sala das incubadoras, terminando de polir os ovos. Era uma rotina semanal que, a cada dois dias, os ovos fossem polidos e examinados, para terem certeza de que estavam saudáveis. Às vezes era Siena que fazia isso, outras era Lys, ou as duas faziam juntas. Naquele dia, Siena estava ocupada, trabalhando em uma encomenda especial na oficina, então Lys estava cuidando da tarefa. Ceci estava com ela, olhando curiosa para os vários ovos cor-de-rosa.

Nee Lys… quando eles vão chocar? — Perguntou Ceci, olhando para a filha de sua treinadora, que estava guardando outro ovo para pegar o próximo, que o ovo que Arceus havia presenteado-a.

— Quando eles estiverem prontos. — Respondeu pacientemente, com um sorrido enquanto se sentava e começava a polir o ovo azul.

Ceci soltou um murmúrio decepcionado, voltando seu olhar para os ovos.

Lys riu da infantilidade da Corsola, antes de se voltar para seu ovo.

Ela podia rir de como Ceci ficava ansiosa, olhando para os ovos se seus irmãos, primos e filhotes de seus amigos, esperando que eles choquem logo e aumentem ainda mais a família. Contudo, Lys não era muito diferente. Ela também queria que seu ovo chocasse logo. Já fazia quase seis meses.

Lys estava tão imersa em seus pensamentos, que quando o ovo em suas mãos começou a pulsar, liberando uma luz branca, ela acabou pulando assustada.

— O quê…?!

Ah! Ele está chocando! O ovo está chocando! — Exclamou Ceci, ao ver o ovo nas mãos da morena começar a brilhar.

Lys arregalou os olhos e correu em direção à mesa, onde havia uma almoçada roxa, onde Siena havia lhe dito para colocar os ovos que estivessem chocando.

Seus olhos ficaram fixos no ovo, observando pulsar e brilhar cada vez mais rápido, até o ponto em que irradiou uma forte luz branca, que cegou Lys por um par de segundos. Quando a luz diminuiu, Lys viu sentado, no lugar onde havia estado o ovo, e parecendo um pouco confuso um pokémon azul, com o rosto que lembrava um pouco a estrutura óssea de um chacal. Ele tinha os olhos vermelhos carmim grandes, moldados por uma espécie de máscara preta.

Lys sabia que pokémon era. Ela havia estudado sobre ele na semana passada. Aquele era um Riolu, um pokémon realmente raro. Foi então que Lys sentiu… era como se sua magia começasse a ronronar e se estender em direção ao pokémon aura. Os olhos carmesins se fixaram nos seus e o pequeno Riolu a olhou com curiosidade.

Mamãe…? — Perguntou ele, sua voz era suave e infantil, mas tinha uma característica nitidamente masculina.

Lys sorriu, apoiando-se na mesa e ficando na mesma altura dos olhos do pequeno Riolu.

— Eu não sou sua mãe, mas sei que seremos grandes parceiros. Meu nome é Lys. — Falou de forma gentil, pegando Riolu no colo e erguendo-o com um amplo sorriso em seu rosto.

Riolu piscou algumas vezes, parecendo momentaneamente confuso, antes de devolver o sorriso que a morena lhe oferecia.
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Sete meses depois…


Lys sorriu de lado, observando seu adversário com atenção. Dessa vez, ela estava enfrentando um treinador por volta dos quinze ou dezesseis anos, que havia chegado à ilha durante sua jornada por Johto. Ele estava usando um pokémon que pertencia à outra região, Unova se Lys não estava enganada, um Galvantula.

— Galvantula, Gastro Acid!

Galvantula saltou no ar, separando seus pedipalpos, para então expelir um líquido pegajoso na direção de Riolu.

Protect! — Ordenou Lys, sem tirar do campo de batalha improvisado na praia.

Riolu ergueu uma cúpula de energia azul brilhante em volta de seu corpo, protegendo-se do ácido, quando este bateu contra a cúpula de energia.

— Tsk… temos de incapacitá-lo… Galvantula, Electroweb!

Aterrissando no chão, Galvantula liberou uma faísca de energia elétrica amarela, disparando-o na direção de Riolu. Lys amaldiçoou baixinho, quando viu a cúpula de energia em volta de Riolu se desfazer, deixando-o exposto ao ataque. Ela sabia que não daria tempo para lhe dar uma ordem de evasiva. A faísca se abriu e se expandiu a pouco mais de um metro de distância de Riolu, formando uma teia de aranha eletrificada, para então envolver o pokémon aura.

Riolu soltou um grito agudo, quando sentiu seu corpo ser eletrocutado. Lys tremeu, precisando cerrar seus dentes para não gritar de dor, junto com Riolu. Ao que parecia, aquele era outro ‘presente’ que Arceus havia lhe dado. Ela podia sincronizar perfeitamente com Riolu durante uma batalha, ao ponto de que ela era capaz de sentir a mesma dor de seu pokémon. Ela havia aprendido a conter-se, pois quando seus adversários descobriam que ela sentia o dado de seu pokémon, sempre os fazia ser hesitante e logo eles acabavam entregando a batalha.

— Acalme-se Riolu, destrua a teia com Blaze Kick!

Riolu abriu os olhos lentamente, tentando suprimir a sensação de dor, concentrando sua energia em sua perna direita, fazendo com que ela fosse envolvida em chamas carmesins. Com um movimento rápido, ele atingiu a teia com a perna envolta em chamas, fazendo com que ela explodisse em um pulso de faíscas elétricas e brasas vermelhas.

— Isso! — Lys exclamou aliviada, livrando-se da sensação de ser eletrocutada. — Agora, vamos terminar com isso, Riolu! Stone Edge!

— O quê…? — Engasgou o treinador de Unova, não acreditando no comando que Lys havia dado. Um Riolu não deveria ser capaz de usar aquele movimento!

Um sorriso malicioso se desenhou no rosto o pequeno chacal, antes dele socar o chão, fazendo com que pilares de rocha luz azul brilhante brotarem em linha reta, em direção a Galvantula, arremessando o pokémon aranha elétrica no ar.

— Finalize com Blaze Kick!

Riolu saltou atrás de Galvantula, envolvendo sua perna direita em chamas, antes de chutá-la em direção ao solo novamente, fazendo com que uma nuvem de poeira se erguesse e ocultasse Galvantula por um momento. Pousando em frente a sua treinadora, o pequeno chacal ergueu os olhos, mantendo-os fixos na direção onde seu adversário havia sido arremessando, observando-o com ansiedade a cortina de poeira se dissipar.

Quando ela se dissipou, todos foram capazes de ver Galvantula inconsciente e com seu pelo um tanto chamuscado. Diante da vitória, Lys e Riolu soltando um grito entusiasmado, correndo para se abraçar, enquanto o treinador de Galvantula suspirava em aceitação, retornando o pokémon derrotado.

— Você foi maravilhoso, Riolu. Estou muito orgulhosa de você. — Parabenizou alegre, cheia de orgulho com o quão forte Riolu havia se tornado nos últimos meses.

Enquanto comemoravam mais uma vitória, Lys sentiu uma estranha mudança de energia em Riolu através do vínculo que compartilhava. De repente, Riolu teve seu corpo envolto em uma luz azul perolado brilhante. Rapidamente, Lys soltou o pequeno chacal, se afastar e observado com espanto, enquanto o corpo de Riolu crescia e se expandia. Ela podia sentir o vínculo aumentando e se tornando mais forte. Quando a luz se foi, Lys não estava mais encarando seu pequeno Riolu. Ele havia crescido, se tornando tão alto quanto ela mesma. A parte superior se suas mãos haviam ganhado um grosso espinho de metal cinzento, suas orelhas haviam crescido mais longas e pontiagudas, a pelagem em seu tórax havia se ganhado um tom cor-de-palha e outro espinho de metal grosso despontava do meio de seu tórax. Seus quadris estavam mais largos, com músculos mais fortes, atrás de sua cabeça, havia quatro apêndices pretos.

Era a primeira vez que Lys algo assim, mas ela sabia o que era.

Riolu havia evoluído.

Ele havia se tornado um orgulhoso e forte Lucario.

Lucario piscava confuso, olhando para si mesmo, tentando entender o que havia acontecido.

Eu… evolui…? — Murmurou o pokémon aura, sua voz soando muito mais grossa e firme, do que quando era um Riolu.

Lys sorriu com isso se aproximando e abraçando-o com força.

— Estou muito orgulhosa de você, Lucario. — Declarou feliz.

— Eu também estaria orgulhoso se tivesse um pokémon tão incrível. — Comentou o treinador que ela havia enfrentado, se aproximando dos dois. — Seu Lucario é realmente forte. Você o treinou muito bem.

Lys sentiu-se corar com o elogio.

— Obrigada, mas Lucario merece a maior parte dos créditos. — Afirmou, olhando nos olhos cor-de-rubi do pokémon chacal.

— Tenho certeza disso. Você pretende competir na liga desse ano? Seria incrível ter você como adversária em uma batalha oficial. — Comentou, parecendo realmente animado.

— Er… eu ainda não posso competir na liga. Tenho só nove anos. — Respondeu um tanto envergonhada. Não era a primeira vez que seus adversários lhe perguntava aquilo. Parecia com toda a boa alimentação e exercícios que fazia, seu corpo estava crescendo realmente rápido e saudável, muito diferente do que havia sido antes. E o fato dela ser muito mais madura do que o esperado de uma criança, apenas contribuía para que todos pensassem que ela estava mais velha.

— Oh… er… é uma pena. Talvez no próximo ano?

— Claro!
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Fazia um mês que Lucario havia evoluído e agora que havia atingido o próximo estágio, ele se demonstrava ainda mais determinado para ficar mais forte. Lys havia tido de aumentar o ritmo de treinamento, não que ela realmente não apreciasse isso. Ela também queria ficar mais forte, principalmente depois de ter decidido que sim, ela sairia em uma jornada quando completasse dez anos. Siena havia ficado muito feliz e afirmado que estaria torcendo por ela a cada segundo, mas quando as gêmeas perguntaram o que ela iria fazer (desafiar ginásios, ou participar de Concursos Pokémon), Lys havia surpreendido a todos, afirmando que faria os dois.

Lys apenas não podia escolher apenas um.

Batalhas eram incríveis, e lhe davam uma injeção de adrenalina incrível, mas os concursos também eram fascinantes. Exibir e mostrar a todos o quão fortes e bonitos seus pokémons eram seria tão incrível quanto provar a força deles em batalhas comuns.
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Lys estava sentada no sofá da sala, seus cabelos negros úmidos do banho, enquanto vestia um vestido de meia estação amarelo claro. Sentado no chão, de costas para ela, estava Lucario, ele tinha os olhos fechados, apenas aproveitando a atenção que sua treinadora lhe dava, enquanto escovava seu pelo. Ambos estavam completamente relaxados, enquanto aproveitavam a companhia um do outro. Eles haviam passado toda a manhã treinando na praia até seus músculos doerem. Agora, tudo o que eles queriam, era aproveitar o restante do dia de forma tranquila.

Porém, esse momento dos dois foi completamente interrompido, quando Ceci e mais três Corsolas (July, Kaito e Ben) entraram correndo na sala, parecendo aflitos.

Lys! Lys! Rápido! — Exclamaram os três juntos, assustando a morena e o pokémon aura com ela.

— Ei, calma, vocês quatro. O que aconteceu? — Perguntou, levantando-se do sofá, largando a escova e indo até os pokémons corais.

Um pokémon ferido apareceu no ninho! Ele está muito mal! — Falou Ceci aflita, pulando de forma agitada.

Os olhos esmeraldas de Lys se arregalaram, antes dela correr em direção ao armário de remédios, puxando a maleta de primeiros socorros com medicamentos para pokémons, e correu para ir até o ninho dos Corsolas. Lucario não esperou uma ordem, antes de correr atrás de sua treinadora.

Chegando ao ninho, eles encontraram uma verdadeira confusão no ninhos, todos os Corsolas estavam agitados, ao redor da entrada de água que ligava ao oceano. Flutuando na água, havia um pokémon peixe lilás claro, coberto de manchas escuras e irregulares, com olhos grandes e lábios rosados. Suas barbatanas e caudas eram azuis claras e eles estava coberto de hematomas e ferimentos recentes. Lys reconheceu a espécie, era um Feebas.

— Certo, tomo mundo se afastando! Eu preciso de espaço para cuidar dele! — Exclamou, sua voz soando autoritária, fazendo com que todos os Corsolas se afastassem e deixassem que ela chegasse até o Pokémon ferido.

O Feebas, ao ver sua aproximação, tentou recuar, lançando um olhar de medo em direção a Lys.

— Shh… está tudo bem, lindinho. Eu não vou te machucar, só quero te ajudar. — Afirmou, ajoelhando-se a beira d’água, estendendo as mãos na direção do Feebas.

O pokémon peixe piscou, olhando-a com um pouco se surpresa e confusão.

Lindinho…? Eu…? — Questionou o pokémon, sua voz soando um pouco fraca e nervosa, mas definitivamente masculina.

— Sim, você. Quem mais seria? Vem aqui, para que eu possa te ajudar.

Lentamente, Feebas se aproximou da humana, seus olhos atentos e nervosos, enquanto deixava que ela tratasse seus ferimentos.

Demorou alguns minutos, antes que Lys fosse capaz de tratar todos os ferimentos. Levaria alguns dias, mas Feebas ficaria bem. Depois de tratar de todos os ferimentos, ela subiu e preparou uma porção de ração pokémon, com um pouco mais de vitaminas e proteínas, que ajudariam na cura dos ferimentos do pequeno pokémon, cobrindo tudo com um molho roxo escuro, que era feito com bagas bluk e wiki.

Depois de comer, quase que de imediato, Feebas adormeceu, pensando que aquela humana era muito agradável e não seria ruim ficar por ali durante algum tempo.
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Lys suspirou, sentindo a brisa do mar acariciando seu rosto.

Em menos de um mês, ela completaria dez anos. Ela sabia que teria de esperar até abril do ano seguinte, já que os treinadores só podiam receber a licença em abril. Ela havia terminado a escola no mês passado, sendo declarada a melhor aluna de sua turma. Os professores haviam lhe parabenizado e lhe desejado sorte em sua futura jornada. Sua mãe, junto com as gêmeas e Ryan, haviam feito uma grande festa para comemorar sua formatura.

Agora, tão perto de se tornar uma treinadora cadastrada, Lys não conseguia deixar de parar de pensar em como a sua vida havia mudado naqueles últimos dois anos. De uma garota presa a uma profecia suicida, ela havia se tornado uma menina realmente feliz e livre para seguir seu caminho como bem entendesse. Ela havia ganhado uma família, um grande companheiro leal em Lucario e um novo amigo em Feebas, com quem ela havia acabado desenvolvendo um vínculo muito semelhante ao que ela tinha com Lucario. Logo ela sairia com eles, para explorar o mundo e descobrir seus próprios limites.

Foi por isso, para pensar em tudo isso, que ela havia decidido sair para pescar. Ela havia ido até uma parte isolada da praia, se sentado sobre um conjunto de pedras altas a beira mar e preparado sua vara de pesca. Lucario estava deitado confortavelmente atrás dela, com os olhos fechados, aparentando estar dormindo. Algo que Lys sabia que era muito longe da verdade.

Desde que havia evoluído, Lucario havia se tornado muito melhor em dominar a aura e, mesmo com os olhos fechados, ele era capaz de ver o mundo ao seu redor por meio do uso da aura.

Lys estava tão imersa em seus pensamentos, que quando sentiu a linha de sua vara ser puxada, acabou se assustando e quase soltando a vara.

Ela se levantou rapidamente, segurando a vara com firmeza, começando a enrolar o carretel. Lucario abriu os olhos ao ver a agitação de sua treinadora, correndo para o seu lado de forma ansiosa.

Pegou um? — Indagou, olhando cheio de expectativa para a água.

— Sim… hm… e ele não parece que vai desistir facilmente. — Respondeu, lutando para trazer o pokémon para fora da água.

Com um puxão mais forte, ela finalmente conseguiu puxar o pokémon de dentro d’água, revelando um pequeno cavalo-marinho azul turquesa, com uma barbatana dorsal branca e olhos violetas.

Era um Horsea.

Assim que viu o pokémon, Lys sentiu a ligação. Ela podia sentir, perfeitamente, o potencial oculto naquela pequena criaturinha. Assim como ela era capaz de sentir que, juntos, eles seriam capazes de atingir um potencial inimaginável.

Sorrindo de lado, ela retirou a pokébola de Feebas de dentro do bolso de sua bermuda.

Você não vai me usar? — Questionou Lucario, sua voz cheia de ciúme. Apesar de se dar bem com Feebas, ele ainda não gostava do fato de que, algumas vezes, Lys escolhesse usar o pokémon peixe do que ele.

— É um campo d’água, Lucario. Você não seria capaz de se movimentar nesse campo. Você não tem que ter ciúme. — Afirmou, rindo da postura ciumenta do tipo luta/aço. — Feebas, vamos lá!

Feebas saiu de sua pokébola, pulando para a água e encarando o pokémon que Lys queria enfrentar.

Horsea inflou sua bochechas, antes de disparar um forte jato d’água na direção de Feebas.

— Feebas, salte para desviar e use Scald!

Feebas bateu sua cauda contra a água, ganhando impulso e saltando para o céu, desviando do ataque de Horsea, antes de inflar suas próprias bolsas d’água, liberando um jato de água escaldante em direção ao pokémon dragão. Horsea arregalou os olhos, não esperando aquele ataque e soltando um grito de agonia, ao ser atingido pela água fervente.

Quando o ataque parou, Lys sorriu de lado ao ver o corpo, anteriormente azul turquesa, de Horsea ganhar a coloração vermelha ardente. Scald era um ótimo ataque, pois causava uma condição de status que lhe favorecia.

— Rápido, acerte-o com Hidden Power!

Anéis de perolas de energia branca surgiram ao redor de Feebas, antes que ele as enviasse contra Horsea. Devido a forte dor causada pelo ataque anterior, pequeno dragão não foi capaz de desviar do ataque, sendo atingido pelas pérolas de energia, caindo sobre a superfície da água e sendo incapaz de se mover.

Aproveitando a oportunidade, Lys lançou uma pokébola em direção ao pequeno Horsea, capturando-o. Retornando Feebas para sua pokébola, com um pequeno sussurro de agradecimento, ela convocou a pokébola de seu mais novo amigo e olhou para Lucario, que agora estava com uma expressão irritada e de braços cruzados.

— Você ainda está bravo que escolhi usar o Feebas? — Questionou, arqueando uma sobrancelha para o pokémon aura.

Hunf… você capturou outro pokémon! Isso quer dizer que vou ter de te dividir com ele também! Sem mencionar, que agora, você vai me usar menos ainda nas batalhas!

Lys tentou. Ela realmente tentou ficar séria. Mas ver Lucario fazer birra, por algo assim… era simplesmente demais para que ela. Lys começou a rir abertamente, o que só fez a expressão de desagrado de Lucario se intensificar.

— Você sabe que não precisa ter tanto ciúme. — Afirmou, abraçando Lucario, e lhe dando um beijo na testa. — Você é meu primeiro parceiro e sempre vai ser o mais especial para mim. Mas você sabe que eu vou ter de capturar mais pokémons. Nós dois queremos participar da Liga e no Grande Festival no próximo ano. Para isso, eu tenho que ter vários pokémons fortes.

Se fosse só nós dois, ainda assim, conseguiríamos… — murmurou Lucario, abraçando sua treinadora e escondendo o rosto no peito dela.

Lys suspirou ao escutar aquilo. Às vezes, Lucario agia ainda mais infantil, do que quando havia sido um Riolu bebê.

— Lucario, você é forte. E vai se tornar ainda mais forte. Mas isso não quer dizer que seja invencível. O mundo é enorme e sem haverão pessoas mais fortes do que nós… treinadores mais fortes e experientes. Não podemos vencer a Liga ou Grande Festival sozinhos.

Lucario não respondeu nada, mas continuou abraçando Lys mais apertado.

Lys apenas sorriu a continuou abraçando aquele que seria sempre seu melhor amigo e parceiro mais precioso. Ela queria dar a ele a certeza de que, nada e nem ninguém, poderia substituí-lo.

Nunca.
{⟡OPENYOURWINGS⟡}

Lys e Lucario estavam no porto de Megi, Siena, as gêmeas e Ryan estavam ali.

Finalmente. Depois de mais de dois anos, Lys estava saindo em sua jornada. Ela teria de viajar de barco, até a cidade de New Bark, onde ela iria encontrar o pesquisador pokémon, Profº Elm, que faria seu cadastro e lhe daria sua licença oficial, assim como sua pokédex.

Agora, ela estava no porto, pronta para ir embora e se despedindo de sua família. Era difícil de acreditar que eles só haviam sido uma família por pouco mais de dois anos.

— Se cuide. Lembre-se de nós ligar sempre que possível. E não deixe de se alimentar direito. — Afirmou Siena, tentando conter as lágrimas.

— Eu prometo mãe. — Respondeu, dando um abraço forte na mulher que lhe acolheu e lhe deu mais do que qualquer outra pessoa havia lhe dado.

— E não se esqueça de falar…

— De todos os garotos bonitos…

— Que encontrar! — Falaram as gêmeas ao mesmo tempo, fazendo com que Lys risse.

— Não vou esquecer meninas. E caso eu encontre com o Will da Elite 4, eu prometo pegar autógrafos e perguntar o que ele acha de gêmeas. — Afirmou sorrindo de forma matreira.

Sally e Grace soltando um grito de felicidade, antes de abraça-la ao mesmo tempo.

— Você é a melhor pseudoirmã mais nova do mundo! — Gritaram as duas juntas, arrancando mais um par de risadas da morena.

Desvencilhando-se das gemas, Lys se voltou para Ryan que tinha um sorriso gentil em seu rosto.

— Aqui, eu comprei uma coisa para você. Para te dar sorte durante a sua viagem. — Falou, tirando uma pequena caixa retangular de veludo azul escuro de seu bolso, estendendo-a para Lys.

— Oh… er… obrigada, Ryan… não precisava… — Agradeceu envergonhada. Ela ainda não estava acostumada a pessoas lhe dando presentes assim.

Pegando a caixa e abrindo-a, ela não pode deixar de suspirar ao ver o lindo broxe de Asa Prateada.

— Como…?

— Liguei para um velho amigo, que é artesão de joias na Ilha da Rocha Prateada. Estou feliz que tenha chegado a tempo. — Explicou com um sorriso satisfeito. — Dizem que a Asa Prateada trás sorte e proteção para aqueles que a usam, e como seu sei que você pode encontrar vários perigos na sua jornada, só queria te dar um bom amuleto de boa sorte.

Lys sorriu agradecida, prendendo o broxe em sua jaqueta.

— Obrigada, Ryan.

O som alertando que o navio estava prestes a partir atraiu sua atenção. Lys olhou para o navio, trocou um olhar com Lucario que acenou em silêncio, para depois olhar para sua família.

— Temos que ir. Vou ligar assim que chegar ao laboratório do Profº Elm. — Falou, com um último sorriso, antes de correr em direção ao navio com Lucario.

Siena, as gêmeas e Ryan sorriam para ela, acenando um última vez. Eles sabiam que demoraria muito, até o dia em que se veriam novamente. Mas todos entendiam que esse era um momento importante. Era o momento em que Lys começaria a descobrir sobre si mesmo e sobre o mundo.
Notas finais::

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