Rude Boys - Road to be a Hero
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Rude Boys - Road to be a Hero
- Sumário:
- Capítulo 00: Rude Boys - Neste post.
Capítulo 01: Rude Boys Vs. Real Hooligans.
Capítulo 02: Conflito! O equilíbrio de S.W.O.R.D.
Capítulo 03: Rocky Vs. Smokey.
Capítulo 04: Iemura Group
Capítulo 05: Daruma Ikka (Próximo capítulo)
Capítulo 06: Reunião, os cinco líderes de S.W.O.R.D
- Personagens:
- Rude Boys:
Nome: Kiyama "Smokey" Riku
Idade: 18
Ator: Kubota Masataka
Afiliações: Rude Boys - Líder
Individualidade: ??
Personalidade: Tranquilo e um pouco introvertido, estas palavras definem bem a personalidade de Riku, mas consegue se tornar uma pessoa completamente diferente quando aqueles a quem ele chama de ‘família’ estão em perigo, tornando-se impiedoso até os ossos. Seu senso de justiça foi radicalmente afetado pela maneira que viveu, acredita cegamente em sua justiça e pune todos aqueles que a confrontam.
História: Cresceu na violenta cidade de Kiba, onde vive até os dias de hoje. Órfão de pai e mãe, teve que se virar nas ruas para sobreviver, fosse roubando ou praticando boas ações, em troca de algumas moedas. Crescendo desta maneira, se envolveu em muitas lutas, o que o que o moldou em um ecxelente lutador e velocista. Consegue saltar de alturas incríveis, executar piruetas de cair o queixo em pleno ar, habilidades estas que recompensaram sua vida miserável. Despertou sua individualidade, aos cinco anos, como grande maioria daqueles que a possuem, diferente do que parece, sua individualidade não é do tipo passiva, mas sim uma que precisa ser ativada, suas habilidades técnicas de nada possuem ligação com sua individualidade, sendo elas esculpidas pela vida. Kiba fora ficando mais violenta conforme as gangues foram surgindo por toda a parte, crianças eram raptadas para se tornarem seus membros e espiões, mulheres eram violentadas e velhas senhoras sequer poderiam pensar em ir para as ruas.
Kiba era uma cidade sem lei, até determinado momento. Agora conhecido como ‘Smokey’, Riku formou sua própria gangue, os denominados Rude Boys. Tiveram o mesmo tipo de vida que Riku passou, são incrívelmente ágeis e chamam a atenção por onde passam, mas não enquanto caminham e sim enquanto ‘voam’ pelos parapeitos e marquises da cidade. Desde a sua formação, o número de gangues foi até o chão. Conseguiram a façanha de dominar um bairro inteiro, onde abrigam crianças e jovens abandonados e qualquer outra pessoa que procure um lugar para chamar de casa. Os Espíritos da liberdade, Rude Boys, finalmente chamaram a atenção daqueles que covardemente não executavam o que estava descrito na ‘lei’.
Nome: Maruyama Yudi
Idade: 18
Ator: Zen Shimada
Afiliações: Rude Boys
Individualidade: ??
Personalidade: Calmo e compassivo, mas consegue ser histérico ao ponto de ser odiado em apenas alguns minutos.
História:
Nome: Kurosawa Minori
Idade: 20
Ator: Tasuku Nagase
Afiliações: Rude Boys - Irmão mais velho
Individualidade: Constructo. Consegue criar a partir de seu corpo uma infinidade de maquinários, detidos apenas pela imaginação do usuário, algumas criações já feitas por Minori foram, espadas, garras, asas, turbinas e apêndices (caudas e tentáculos). Todavia quanto maior a complexidade dos equipamentos criados menor é seu tempo de uso, equipamentos simples podem ser utilizados por vinte minutos, equipamentos complexos podem ser usados por oito minutos. Construções que envolvem todo o corpo de seu usuário podem ser usadas apenas por quatro minutos.
Personalidade: Incapaz de mentir, Minori é uma pessoa bastante sincera. Calmo e reservado, é o mais maduro dentre os Rude Boys.
História:
Nome: Hayasa Takeshi
Idade: 17
Ator: Reo Sano
Afiliações: Rude Boys - Irmão mais novo
Individualidade: Jet. Ele pode adquirir a propulsão de um míssil! Seu corpo é rápido e flexível, pode executar rápidos movimentos em sequência e é totalmente incapaz de perder o equilíbrio! Suas únicas preocupações são as curvas, já que seus movimentos são em linha reta, podendo utilizar também de um padrão ziguezague.
Personalidade: Impulsivo e de confiança, Takeshi é um dos rapazes de confiança de Smokey, pelo qual presa muito respeito. Cumpre bem com seus deveres e por ser o mais jovem é aquele responsável por proteger as crianças que não podem lutar.
História:
- Abertura 01:
C A P Í T U L O - 00 • Rude Boys.
Este mundo é um pouco diferente daquele em que todos estão acostumados. Ninguém sabe dizer quando ou porque, mas algo aconteceu e uma mutação começou a mudar o padrão que seguia no DNA de cada indivíduo. Cientistas dizem que a resposta para esta pergunta está no espaço, provavelmente escondida nas estrelas.
No começo, eram apenas casos isolados, apareciam certas pessoas com habilidades incomuns, que eram apenas tidas na sociedade como fenômenos, mas conforme os anos foram passando este evento se tornou em uma casualidade, fora de série. Hoje pouco mais de 80% da população mundial possui alguma característica especial os diferenciando de meros humanos, alguns podem voar, outros cospem fogo e alguns simplesmente desaparecem! Entretanto algumas pessoas começaram a utilizar estas habilidades, agora chamadas de individualidades para fazer coisas ruins, com isso, aquilo que era apenas uma forma de entretenimento para filmes e desenhos animados passou a se tornar uma profissão muito bem remunerada, profissão essa que era chamada de “Herói”. Contudo, ainda existem aqueles heróis que atuam pela paz e pela justiça, ignorando qualquer tipo de pagamento. Hoje existem espalhadas pelo mundo uma grande quantidade de agencias, que de acordo com a situação, pagamento e exigência, é possível contratar os serviços de um herói ou heroína.
Kiba, Japão. Ano de 2017. Aqui começa a história do jovem Kiyama Riku, que mesmo sendo bem popular em seu meio, não pode ter o orgulho de dizer que desfruta muito bem de seus bem vividos dezoito anos, isto porque sua vida nunca foi fácil. Está lutando e fugindo de diversas adversidades desde o dia em que seus pais morreram, mas isto é uma história de alguns anos atrás, que deve ser contada em outra ocasião.
O rapaz de madeixas negras e despenteadas caminhava pelas dependências de um colégio abandonado, o local parecia deserto. Da mesma maneira que boa parte da cidade, estava coberto por pichações e outros resquícios de vandalismo. Caminhava com suas mãos enfiadas em seus bolsos, desprovido de atenção. A calmaria que sucedia-se naquele ambiente destruído, que outrora fora um ambiente escolar movimentado era um pouco irônico, talvez seja por este motivo que Riku escolheu este local, para desabafar consigo mesmo, e sofrer com leves devaneios de seu passado e do que viria de agora em diante. Por fim, chegou até uma varanda, no andar mais alto do prédio, e lá ficou por algum tempo, pensativo.
Esta cidade é um completo caos, isso desde que eu me entendo como gente. Há aqueles que dizem que nem sempre foi desta maneira, mas é dos velhos que estou falando e isso não é muito esperançoso para nós. Fiz coisas das quais me arrependo, roubei, enganei e tornei a roubar inúmeras vezes, tudo em prol da sobrevivência... Vivendo em meio há este inferno na terra, fiz amigos, não, eles são meus irmãos. Lutamos juntos todos os dias, protegemos este lugar daqueles que querem levar nossos irmãos e irmãs... Neste inferno nós somos a justiça, pois por aqui a lei covarde e excêntrica não existe. Nesta cidade ou você rouba ou é roubado, mas com a gente é diferente, tiramos daqueles que muito tem, e damos para os que não tem nada, talvez pergunte se isto é justo... Eu mesmo não sei responder, mas quero diminuir ao máximo o sofrimento de meus novos irmãos, se eles passarem pela mesma infância que eu tive, seria para mim um pesadelo.
O silêncio permaneceu naquele lugar, mesmo com a chegada de uma segunda pessoa. O rapaz na mesma faixa etária, um pouco menor, loiro de olhos negros tinha uma importante mensagem para Riku, não, para Smokey. Era assim que o chamavam.
— Smokey, Minori está de volta! — exclamou animado. — Ele diz ter encontrado pistas sobre o desaparecimento de Lilly.
Lilly é uma das mais novas de nossa família, ela tem apenas cinco anos de idade, e um dia ela simplesmente desapareceu, tudo o que fomos capazes de encontrar foram algumas canetas coloridas, que ela carregava consigo. Ela havia sido sequestrada, disto todos nós já sabíamos. Minori é como um irmão mais velho, ele é aquele que protege nosso grupo de longe, ele olha por nós de onde quer que esteja, e se encarrega de toda a ameaça que se volta contra seus irmãos.
— Minori? — respondeu, de forma tranquila, porém suspeita. — Vamos.
Nas proximidades de uma grande fábrica abandonada em uma parte isolada da cidade, está localizada um grande esconderijo, todo o bairro que o cerca é um território chamado "Estrada sem nome". Este local é guardado pelos espíritos livres e jamais será roubada. No interior da fábrica estavam vários jovens com roupas verdes, um pouco surradas, largas, dentre alguns acessórios diversos, em geral a maneira de todos se vestirem era bastante peculiar. Alguns metros acima do saguão principal existe uma ponte que ligava até um escritório. Quando a fábrica ainda operava, era por ali que o responsável ficava de olho em seus funcionários, e também, era ali que este assumia uma posição que o deixava acima dos demais, excelente para discursos. Por esta mesma ponte, Smokey caminhava cabisbaixo, ao seu lado estavam outros três rapazes, um deles era de menor estatura loiro, assim como ele próprio e os demais era bem apessoado. O outro possui o cabelo tingido em vermelho, utiliza uma faixa em sua testa. O outro, de cabelo curto, era o mais alto daqueles que estavam na ponte, utilizava um capuz. Seu nome era Minori.
— Pessoal, nosso irmão finalmente voltou. Como sabem, ele estava procurando por Lilly, que está desparecida... — tentou dizer. — Que foi sequestrada! — consertou, ele próprio, Smokey.
— Sem dúvidas... Ela está sob custódia da gangue que domina a costa de Kiba, Real Hooligans. — assentiu Minori.
Gangues... Este tipo de coisa está por toda a parte, elas transformaram esta cidade no inferno que é hoje. Existem incontáveis gangues atualmente e a cada dia que passa novas gangues são formadas, entretanto existem cinco que são terrivelmente problemáticas, entre elas: Real Hooligans. Uma gangue originária do ocidente, dizem que todos possuem motocicletas potentes e um poderoso porte físico, seu líder Hanzo, um mestiço americano, é o tipo de pessoa que nem mesmo o próprio diabo teria como companhia.
— Vamos acabar com eles chefe! — gritou uma das vozes, logo abaixo.
— Isso mesmo... Aqueles que ousam ferir nossa família... Unicamente para esses pobres coitados nós não devemos mostrar piedade. — disse Smokey, em um tom sombrio, porém calmo. — Vamos mostrar do que somos feitos, do que os Rude Boys são feitos! Agora é guerra.
A Minha gangue, Rude Boys. O que? Eu ainda não havia contado? Enfim, não acho que seja muito surpreendente que eu tenha uma, esta cidade está impregnada até os ossos. Mas não nos compare com a escória, somos diferentes dos outros, vivemos em um lado perigoso da cidade, um lugar chamado de "Estrada sem nome". Neste local, que deixe bem gravado, nós o tomamos de outra gangue, abrigamos órfãos como nós, e outros jovens que tenham sido abandonados, ou mesmo fugido. Aceitamos qualquer um que queira uma casa, desde que se sujeite ao juramento. Somos uma família, irmãos e irmãs... Não aceitamos traição. Alguns ainda esperam ansiosos pelo dia em que heróis chegarão para trazer novamente o brilho desta cidade, mas isto nunca irá acontecer, devemos utilizar nossas próprias individualidades para expurgar esta terra pervertida.
Repleto de sofrimento e angústia, mal sabia Smokey que aquilo que ele passou a negar não estava tão longe assim... Mas o motivo pelo qual estavam para vir, não eram os mais convenientes para os Rude Boys... Afinal, hoje em dia os heróis realmente são diferentes de outrora. A polícia investigativa de Tóquio estava para enviar reforços, entretanto suas razões eram diferentes. De acordo com um infiltrado, a gangue denominada Real Hooligans em breve armaria um ataque em escala nacional contra diversos bancos do país, utilizando a individualidade de alguém, que era mantida como refém. Para eliminar esta gangue seriam necessários muitos sacrifícios, então foi decidido que deveriam obter a custódia desta refém, em último caso, eliminá-la... Desta forma os sacrifícios seriam os mínimos esperados. Mas logo os monitores daquela base móvel mostraram uma breve agitação, um grande grupo estava prestes a confrontar a gangue rival, seria uma grande bagunça, eles pensaram.
— Rude Boys? O que fazem naquela área? — um dos homens perguntou preocupado.
— Rude Boys? Não são aquele grupo rebelde que age espalhando justiça por aí? — perguntou outro, este estava com óculos escuros e roupas chamativas demais para ser um policial, era um herói que foi contratado pela polícia, especialmente para esta missão.
— Justiça? Estes macacos ficam apenas saltando pela cidade, roubando dos ricos! Não aceito isso como uma forma de justiça... San Andreas, se encarregue disso! — ordenou o inspetor.
— Hai. É a minha missão.
As principais estradas que levam até a costa de Kiba estavam dominadas pelos Real Hooligans, utilizando veículos os garotos avançaram até certo ponto, quando chegaram até aquelas construções abandonadas, onde era a velha estação de petróleo, base dos Hooligans. Liderados por Smokey, Minori e Yudi os Rude Boys avançam em uma investida indireta. Infiltraram-se meticulosamente escalando os muros e grades que cercam a área, abrigaram-se nas partes mais altas e então iniciaram um espetáculo à parte.
As pessoas dizem que somos fortes, dizem que somos rápidos. Eu discordo plenamente... A vida nos tornou fortes, a vida nos tornou rápidos. Nossa experiência em fugir do perigo desde que éramos crianças foi o que transformou nossos corpos, graças à isso nós sempre estamos acima dos outros, sendo guiados pelo vento em nossos rostos, quando tiramos os pés do chão, nós voamos.
Dentre todas as gangues, os Rude Boys destacam-se no quesito mobilidade. Além de serem extremamente ágeis e, flexíveis, todos eles são exímios saltadores, como se fossem mestres na arte do parkour.
Homens grandes e fortes, com o tanto de músculo quanto de gordura armados com bastões de beisebol guardavam a entrada, quando um conjunto de sombras cambalhotavam por detrás dos mesmos, vindo dos andares mais superiores da estrutura de entrada, os garotos atingiam seus adversários bem na nuca com chutes laterais muito bem colocados. Conforme avançavam, novos adversários surgiam. Haviam homens grandes para todos os lados, os demais 'boys' lutavam contra eles e logo um caminho foi se abrindo, Smokey, Minori e Yudi se entreolharam, assentiram com um balançar de cabeça e iniciaram uma investida veloz na direção de uma porta aberta. Lilly estaria em algum lugar nas entranhas daquela base. Por onde quer que corressem havia sempre um número multiplicado por cinco de adversários, para cada um deles. Smokey correu na direção de dois deles, e quando se posicionou exatamente entre eles, executou um incrível salto mortal, e os chutava de forma simultânea, continuando o trajeto,. Minori deslizou logo à frente, correu pelas paredes, ultrapassando Smokey, derrubou com murros o elemento que estava armado, antes que o mesmo disparasse, Yudi correu em linha reta, abriu a porta e logo viu um homem bem grande, fechou novamente a porta, e quando abriu novamente o atacou pelos fundos, lhe acertando vários chutes bem nas bolas, o derrubando e abrindo espaço para o avanço de Smokey, que partira em disparada, carregando em mãos um pedaço de corda, que utilizou dos mais variados fins, como nunchakus, amarras e até mesmo chicote, outro tentou o barrar, mas o garoto cerrou os punhos, o rodeou e o agarrou por trás, lhe aplicando um "cobra twist", enforcando-o. Os rapazes se entreolhavam, quase que felizes, por estarem lutando juntos, mesmo em uma situação séria daquelas, foi quando o destino resolveu agir.
Enquanto percorriam por um longo corredor se deparam com um homem negro abaixado, o indivíduo olhava através da frecha de uma porta, trajava um tipo de armadura, luvas grandes que serviam para melhorar a potência de seus socos e um par de óculos escuros, que também faziam parte do traje. Era um super herói, ou quem sabe uma farsa?
— Hey, quem é esse palhaço? — Perguntou Yudi.
— É isso o que vamos descobrir. — indagou Smokey, o encarando com espanto.
— Acho que já vi esse cara antes... É o herói sísmico, San Andreas! — disse Minori, lembrando das feições do homem.
— Não parece muito heroico. — respondeu Smokey, com um ligeiro ceticismo.
— Rude Boys... Finalmente vieram. — levantou-se, San Andreas. Tirando seus óculos escuros.
No começo, eram apenas casos isolados, apareciam certas pessoas com habilidades incomuns, que eram apenas tidas na sociedade como fenômenos, mas conforme os anos foram passando este evento se tornou em uma casualidade, fora de série. Hoje pouco mais de 80% da população mundial possui alguma característica especial os diferenciando de meros humanos, alguns podem voar, outros cospem fogo e alguns simplesmente desaparecem! Entretanto algumas pessoas começaram a utilizar estas habilidades, agora chamadas de individualidades para fazer coisas ruins, com isso, aquilo que era apenas uma forma de entretenimento para filmes e desenhos animados passou a se tornar uma profissão muito bem remunerada, profissão essa que era chamada de “Herói”. Contudo, ainda existem aqueles heróis que atuam pela paz e pela justiça, ignorando qualquer tipo de pagamento. Hoje existem espalhadas pelo mundo uma grande quantidade de agencias, que de acordo com a situação, pagamento e exigência, é possível contratar os serviços de um herói ou heroína.
Kiba, Japão. Ano de 2017. Aqui começa a história do jovem Kiyama Riku, que mesmo sendo bem popular em seu meio, não pode ter o orgulho de dizer que desfruta muito bem de seus bem vividos dezoito anos, isto porque sua vida nunca foi fácil. Está lutando e fugindo de diversas adversidades desde o dia em que seus pais morreram, mas isto é uma história de alguns anos atrás, que deve ser contada em outra ocasião.
O rapaz de madeixas negras e despenteadas caminhava pelas dependências de um colégio abandonado, o local parecia deserto. Da mesma maneira que boa parte da cidade, estava coberto por pichações e outros resquícios de vandalismo. Caminhava com suas mãos enfiadas em seus bolsos, desprovido de atenção. A calmaria que sucedia-se naquele ambiente destruído, que outrora fora um ambiente escolar movimentado era um pouco irônico, talvez seja por este motivo que Riku escolheu este local, para desabafar consigo mesmo, e sofrer com leves devaneios de seu passado e do que viria de agora em diante. Por fim, chegou até uma varanda, no andar mais alto do prédio, e lá ficou por algum tempo, pensativo.
Esta cidade é um completo caos, isso desde que eu me entendo como gente. Há aqueles que dizem que nem sempre foi desta maneira, mas é dos velhos que estou falando e isso não é muito esperançoso para nós. Fiz coisas das quais me arrependo, roubei, enganei e tornei a roubar inúmeras vezes, tudo em prol da sobrevivência... Vivendo em meio há este inferno na terra, fiz amigos, não, eles são meus irmãos. Lutamos juntos todos os dias, protegemos este lugar daqueles que querem levar nossos irmãos e irmãs... Neste inferno nós somos a justiça, pois por aqui a lei covarde e excêntrica não existe. Nesta cidade ou você rouba ou é roubado, mas com a gente é diferente, tiramos daqueles que muito tem, e damos para os que não tem nada, talvez pergunte se isto é justo... Eu mesmo não sei responder, mas quero diminuir ao máximo o sofrimento de meus novos irmãos, se eles passarem pela mesma infância que eu tive, seria para mim um pesadelo.
O silêncio permaneceu naquele lugar, mesmo com a chegada de uma segunda pessoa. O rapaz na mesma faixa etária, um pouco menor, loiro de olhos negros tinha uma importante mensagem para Riku, não, para Smokey. Era assim que o chamavam.
— Smokey, Minori está de volta! — exclamou animado. — Ele diz ter encontrado pistas sobre o desaparecimento de Lilly.
Lilly é uma das mais novas de nossa família, ela tem apenas cinco anos de idade, e um dia ela simplesmente desapareceu, tudo o que fomos capazes de encontrar foram algumas canetas coloridas, que ela carregava consigo. Ela havia sido sequestrada, disto todos nós já sabíamos. Minori é como um irmão mais velho, ele é aquele que protege nosso grupo de longe, ele olha por nós de onde quer que esteja, e se encarrega de toda a ameaça que se volta contra seus irmãos.
— Minori? — respondeu, de forma tranquila, porém suspeita. — Vamos.
Nas proximidades de uma grande fábrica abandonada em uma parte isolada da cidade, está localizada um grande esconderijo, todo o bairro que o cerca é um território chamado "Estrada sem nome". Este local é guardado pelos espíritos livres e jamais será roubada. No interior da fábrica estavam vários jovens com roupas verdes, um pouco surradas, largas, dentre alguns acessórios diversos, em geral a maneira de todos se vestirem era bastante peculiar. Alguns metros acima do saguão principal existe uma ponte que ligava até um escritório. Quando a fábrica ainda operava, era por ali que o responsável ficava de olho em seus funcionários, e também, era ali que este assumia uma posição que o deixava acima dos demais, excelente para discursos. Por esta mesma ponte, Smokey caminhava cabisbaixo, ao seu lado estavam outros três rapazes, um deles era de menor estatura loiro, assim como ele próprio e os demais era bem apessoado. O outro possui o cabelo tingido em vermelho, utiliza uma faixa em sua testa. O outro, de cabelo curto, era o mais alto daqueles que estavam na ponte, utilizava um capuz. Seu nome era Minori.
— Pessoal, nosso irmão finalmente voltou. Como sabem, ele estava procurando por Lilly, que está desparecida... — tentou dizer. — Que foi sequestrada! — consertou, ele próprio, Smokey.
— Sem dúvidas... Ela está sob custódia da gangue que domina a costa de Kiba, Real Hooligans. — assentiu Minori.
Gangues... Este tipo de coisa está por toda a parte, elas transformaram esta cidade no inferno que é hoje. Existem incontáveis gangues atualmente e a cada dia que passa novas gangues são formadas, entretanto existem cinco que são terrivelmente problemáticas, entre elas: Real Hooligans. Uma gangue originária do ocidente, dizem que todos possuem motocicletas potentes e um poderoso porte físico, seu líder Hanzo, um mestiço americano, é o tipo de pessoa que nem mesmo o próprio diabo teria como companhia.
— Vamos acabar com eles chefe! — gritou uma das vozes, logo abaixo.
— Isso mesmo... Aqueles que ousam ferir nossa família... Unicamente para esses pobres coitados nós não devemos mostrar piedade. — disse Smokey, em um tom sombrio, porém calmo. — Vamos mostrar do que somos feitos, do que os Rude Boys são feitos! Agora é guerra.
A Minha gangue, Rude Boys. O que? Eu ainda não havia contado? Enfim, não acho que seja muito surpreendente que eu tenha uma, esta cidade está impregnada até os ossos. Mas não nos compare com a escória, somos diferentes dos outros, vivemos em um lado perigoso da cidade, um lugar chamado de "Estrada sem nome". Neste local, que deixe bem gravado, nós o tomamos de outra gangue, abrigamos órfãos como nós, e outros jovens que tenham sido abandonados, ou mesmo fugido. Aceitamos qualquer um que queira uma casa, desde que se sujeite ao juramento. Somos uma família, irmãos e irmãs... Não aceitamos traição. Alguns ainda esperam ansiosos pelo dia em que heróis chegarão para trazer novamente o brilho desta cidade, mas isto nunca irá acontecer, devemos utilizar nossas próprias individualidades para expurgar esta terra pervertida.
Repleto de sofrimento e angústia, mal sabia Smokey que aquilo que ele passou a negar não estava tão longe assim... Mas o motivo pelo qual estavam para vir, não eram os mais convenientes para os Rude Boys... Afinal, hoje em dia os heróis realmente são diferentes de outrora. A polícia investigativa de Tóquio estava para enviar reforços, entretanto suas razões eram diferentes. De acordo com um infiltrado, a gangue denominada Real Hooligans em breve armaria um ataque em escala nacional contra diversos bancos do país, utilizando a individualidade de alguém, que era mantida como refém. Para eliminar esta gangue seriam necessários muitos sacrifícios, então foi decidido que deveriam obter a custódia desta refém, em último caso, eliminá-la... Desta forma os sacrifícios seriam os mínimos esperados. Mas logo os monitores daquela base móvel mostraram uma breve agitação, um grande grupo estava prestes a confrontar a gangue rival, seria uma grande bagunça, eles pensaram.
— Rude Boys? O que fazem naquela área? — um dos homens perguntou preocupado.
— Rude Boys? Não são aquele grupo rebelde que age espalhando justiça por aí? — perguntou outro, este estava com óculos escuros e roupas chamativas demais para ser um policial, era um herói que foi contratado pela polícia, especialmente para esta missão.
— Justiça? Estes macacos ficam apenas saltando pela cidade, roubando dos ricos! Não aceito isso como uma forma de justiça... San Andreas, se encarregue disso! — ordenou o inspetor.
— Hai. É a minha missão.
As principais estradas que levam até a costa de Kiba estavam dominadas pelos Real Hooligans, utilizando veículos os garotos avançaram até certo ponto, quando chegaram até aquelas construções abandonadas, onde era a velha estação de petróleo, base dos Hooligans. Liderados por Smokey, Minori e Yudi os Rude Boys avançam em uma investida indireta. Infiltraram-se meticulosamente escalando os muros e grades que cercam a área, abrigaram-se nas partes mais altas e então iniciaram um espetáculo à parte.
As pessoas dizem que somos fortes, dizem que somos rápidos. Eu discordo plenamente... A vida nos tornou fortes, a vida nos tornou rápidos. Nossa experiência em fugir do perigo desde que éramos crianças foi o que transformou nossos corpos, graças à isso nós sempre estamos acima dos outros, sendo guiados pelo vento em nossos rostos, quando tiramos os pés do chão, nós voamos.
Dentre todas as gangues, os Rude Boys destacam-se no quesito mobilidade. Além de serem extremamente ágeis e, flexíveis, todos eles são exímios saltadores, como se fossem mestres na arte do parkour.
Homens grandes e fortes, com o tanto de músculo quanto de gordura armados com bastões de beisebol guardavam a entrada, quando um conjunto de sombras cambalhotavam por detrás dos mesmos, vindo dos andares mais superiores da estrutura de entrada, os garotos atingiam seus adversários bem na nuca com chutes laterais muito bem colocados. Conforme avançavam, novos adversários surgiam. Haviam homens grandes para todos os lados, os demais 'boys' lutavam contra eles e logo um caminho foi se abrindo, Smokey, Minori e Yudi se entreolharam, assentiram com um balançar de cabeça e iniciaram uma investida veloz na direção de uma porta aberta. Lilly estaria em algum lugar nas entranhas daquela base. Por onde quer que corressem havia sempre um número multiplicado por cinco de adversários, para cada um deles. Smokey correu na direção de dois deles, e quando se posicionou exatamente entre eles, executou um incrível salto mortal, e os chutava de forma simultânea, continuando o trajeto,. Minori deslizou logo à frente, correu pelas paredes, ultrapassando Smokey, derrubou com murros o elemento que estava armado, antes que o mesmo disparasse, Yudi correu em linha reta, abriu a porta e logo viu um homem bem grande, fechou novamente a porta, e quando abriu novamente o atacou pelos fundos, lhe acertando vários chutes bem nas bolas, o derrubando e abrindo espaço para o avanço de Smokey, que partira em disparada, carregando em mãos um pedaço de corda, que utilizou dos mais variados fins, como nunchakus, amarras e até mesmo chicote, outro tentou o barrar, mas o garoto cerrou os punhos, o rodeou e o agarrou por trás, lhe aplicando um "cobra twist", enforcando-o. Os rapazes se entreolhavam, quase que felizes, por estarem lutando juntos, mesmo em uma situação séria daquelas, foi quando o destino resolveu agir.
Enquanto percorriam por um longo corredor se deparam com um homem negro abaixado, o indivíduo olhava através da frecha de uma porta, trajava um tipo de armadura, luvas grandes que serviam para melhorar a potência de seus socos e um par de óculos escuros, que também faziam parte do traje. Era um super herói, ou quem sabe uma farsa?
— Hey, quem é esse palhaço? — Perguntou Yudi.
— É isso o que vamos descobrir. — indagou Smokey, o encarando com espanto.
— Acho que já vi esse cara antes... É o herói sísmico, San Andreas! — disse Minori, lembrando das feições do homem.
— Não parece muito heroico. — respondeu Smokey, com um ligeiro ceticismo.
— Rude Boys... Finalmente vieram. — levantou-se, San Andreas. Tirando seus óculos escuros.
Continua...
Rude Boys Vs. Real Hooligans!
Rude Boys Vs. Real Hooligans!
- Notas:
- Como perceberam, trata-se de uma obra inspirada no anime manga Boku no Hero Academia, também peguei emprestado alguns critérios de um drama japonês chamado High & Low.
Kiba, a cidade onde a trama tem início é fictícia.
Última edição por xKai em Dom 6 Ago 2017 - 15:35, editado 13 vez(es)
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Leia!
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Fanfic: Digimon - 7 Deadly Sins
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Re: Rude Boys - Road to be a Hero
- Mostrar Tópico:
Inicialmente parece ser uma proposta interessante. Algo baseado em vez de ser no próprio universo.
Vai em frente @xKai, será algo diferente do que apresentaste ate agora!!
Good Luck
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Feartype- Membro
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Data de inscrição : 12/04/2015
Frase pessoal : Não me Chatei-em que eu nao chateio
Rude Boys Vs. Real Hooligans.
- Comentários:
- Feartype: Fala meu amigo. Agradeço muito por me dar esta força por aqui, bom sobre o projeto, ele não é algo tão original assim, é um crossover de dois universos, portanto deixo bem claro que não é original, mas a história que o envolverá será bem diferente daquela apresentada nas tramas originais, portanto haverão muitas surpresas. Esta fanfic está sendo diferente de todas as que já fiz, o grupo principal possui um objetivo bem singular, algo que eu jamais havia feito antes. O lado sombrio, porém interessante do protagonista fará com que as pessoas torçam por ele, ao mesmo tempo em que desconfiem sobre ele e suas ações, bom pelo menos espero causar esta impressão. Espero que continue aparecendo por aqui e mais uma vez agradeço pelo comentário.
C A P Í T U L O - 01 • Rude Boys Vs. Real Hooligans.
O herói que lhes fazia frente se chama San Andreas. Apesar de não ser um dos heróis mais badalados do momento, já teve os seus dias de glória, inclusive, atuando ao lado daqueles que são tidos como os melhores.
Aquele olhar desconfiado percorreu por cada fio de cabelo do trio, que apenas aguardava por quaisquer que fossem as ações do homem, que os analisava com frieza. De acordo com os boatos, seria capaz de causar tremores com um mero movimento e isto era bastante preocupante.
Aquele homem não podia estar ali simplesmente para salvar o dia, foi o que imaginei assim que o vi. Neste território a justiça é feita pelas gangues de rua, heróis raramente aparecem... O número de criminosos é tão grande em nosso meio que a maioria tem medo de se aproximar... Um ato quase que covarde, como se estivessem renegando a própria humanidade. Com isso paramos de acreditar que um dia heróis apareceriam para nos salvar.
— Se puderem esperar um pouco mais, eu terei como explicar toda a situação. — disse o herói, sabendo que não ouviriam. — Podemos recuperar juntos, a sua amiga.
— Parece que não entendeu. — disse Smokey, caminhando até sua frente, em lentos passos. — É família.
— Isto é algo que confere a nós, é nosso problema. — indagou Minori, apoiando a decisão de Smokey.
Smokey e Minori avançaram pela porta, abrindo-a de imediato. Yudi foi logo atrás, entretanto, este fez um breve gesto de respeito para com o herói e então se despediu.
San Andreas logo se lembrou das frases ditas pelo inspetor chefe, ele não parecia concordar com o que o veterano havia dito. Aqueles garotos não pareciam nada com macacos saltitantes que fazem apenas o que bem entendem, eles estavam arriscando suas próprias vidas para salvar uma garotinha, sua família... Enquanto eles, os homens da lei, pensam em sacrificá-la em caso de necessidade.... O herói jogou fora seu transmissor, com raiva de sua própria covardia. Sorriu de forma irônica, e caminhou para o interior do recinto, como se estivesse dizendo "vamos ver no que isso vai dar."
Uma sala bastante ampla, não havia muita coisa ali além de alguns computadores e monitores de segurança, mas havia pessoas. Um deles utilizava um jaleco branco, como se fosse algum tipo de cientista, outro utilizava uma roupa da moda, regata longa de cor branca, calças largas e um cano alto. Em suas mãos estava um telefone celular, parecia estar falando com alguém. Assim que os rapazes entraram o homem de regata branca logo sorriu, exibindo aquele sorriso ameaçador e um dentre de ouro maciço cintilava. Jogou o celular na direção dos garotos dizendo:
— É para você. — gargalhou.
Do outro lado da linha estava um homem de touca. Cabelos curtos e negros. Deveria ter por volta dos 1,80 de altura. Utiliza uma grande quantidade de jóias douradas em seus braços e pescoço. O homem estava dirigindo uma Harley preta com guidões bem separados um do outro. Dirigia em alta velocidade utilizando apenas uma das mãos. Atrás dele um grupo com pelo menos outras cinqüenta pessoas, todos com potentes motocicletas, em uma delas estava uma pequena menina de cabelos longos e negros, parecia bem assustada e estava visivelmente traumatizada.
— Que bela mobilização vocês fizeram, Smokey. — ironizou. — Mesmo sendo uma das cabeças da S.W.O.R.D, vocês caíram como patinhos. Assim que dominarmos a Estrada sem nome usaremos a individualidade desta menina e ficaremos ricos. Com poder e dinheiro, quem poderá contra nós? Não é mesmo, rapazes? — gritou o líder.
— Real Hooligans! — gritavam os homens e mulheres em suas motocicletas.
Em Kiba existem inúmeras gangues, entretanto existem aquelas que não necessariamente fazem coisas erradas, apesar de também possuírem algumas rixa entre si e não tolerarem invasões territoriais, estas gangues possuem um tipo de aliança. As cinco mais fortes gangues de Kiba, as iniciais de cada uma delas formam a palavra SWORD. Nós, os Rude Boys, somos o R. As outras gangues, Sannoh Rengokai, White Rascals, Oya Koukou e Daruma Ikka completam o grupo.
O telefone estava no viva voz, por isto Minori e Yudi também estavam escutando e isto os deixou visivelmente alterados. Smokey cerrava os punhos, mas sua expressão dolorosa mantinha-se em sua face, eram poucas as coisas que realmente o afetavam... Uma delas estava para acontecer naquele instante...
— Hanzo... Você cometeu um grande erro em subestimar o nosso grupo... Eu não vou te salvar. — alertou Smokey, jogando o aparelho no chão.
— Temos que nos apressar! — disse Yudi.
— Acalme-se. Takeshi ficou, ele vai conseguir ganhar tempo para nós... E além do mais, temos que nos encarregar desses caras primeiros. — explicou Minori.
— Seu merda, como se atreve a jogar o meu celular desse jeito? — reclamou o sujeito de regata.
O homem logo partiu em direção ao grupo, levantou o joelho de sua perna esquerda, que foi defendido da mesma maneira por Smokey, e então um embate de chutes e joelhas tomou início, um impedindo que o outro lhe acertasse, até que Smokey lhe acertou um soco perfurando sua defesa, no que o homem foi para trás ele foi atingido por um chute lateral na altura das costelas e foi lançado ao chão. Naquele exato instante, o líder dos Rude Boys começou a urrar de dor, tossiu vigorosamente. Em sua mão resquícios de sangue se tornaram evidentes. Aparentemente habituados com a situação, os rapazes se entreolharam e logo assumiram à frente do combate.
No mundo de hoje as pessoas não são as únicas que adquiriram individualidades... Existem casos em que até animais possuem algum tipo de poder... No meu caso foi um pouco diferente. Bacilo de Koch, a bactéria responsável pelo vírus da tuberculose... Fui contaminado por uma bactéria que possui uma individualidade parasita, eu não sou capaz de transmiti-la, mas também não sou capaz de me livrar dela. O tratamento para remoção de algo deste tipo é caro o suficiente para que eu desista de procurar por uma cura, mas no fim eu não preciso me curar... Desde que eu consiga garantir que eles viverão. Não posso morrer antes de levar uma vida digna para a Estrada sem nome.
Enquanto Yudi segurava Smokey, para que o mesmo não perdesse o equilíbrio, Minori avançava lentamente na direção do homem de jaleco, com sangue nos olhos. Ele que tem um papel protetor dentro do grupo jamais iria suportar aquela cena em silêncio. A pele de seus braços começou a elevar-se, uma camada de aço fora surgindo por de cima, envolvendo todo o seu braço direito, que agora estava maior que o esquerdo, tanto em comprimento quanto em circunferência. Aquele braço mecânico com garras afiadas se moveu de forma ágil e eficiente, capturando o homem com apenas um giro.
— Homens como vocês... Não poderão viver na Kiba que Smokey irá criar. Então faça o favor de desaparecer. — ameaçou Minori, jogando o homem contra uma das paredes do local, com força controlada para não matá-lo.
San Andreas observou toda a comoção, do fundo da sala, ele definitivamente havia tomado sua decisão, algo que contrariaria totalmente aqueles que o contrataram. Aproximou-se dos rapazes, e ignorou a condição de Smokey, percebeu que devido a personalidade do rapaz ele simplesmente diria que não havia com o que se preocupar, e realmente não havia... O ataque havia sido passageiro e ele já recobrava suas forças.
— Eu sei que não confiam em mim, mas eu definitivamente vou ajudá-los. — disse, curvando-se. — Se eu não sou capaz de salvar uma garotinha das garras de terríveis vilões como estes eu não posso me chamar “Herói”.
— Faça como quiser... Mas Hanzo, é minha luta. — disse Smokey, já recuperado, seguindo em direção à parte externa do local.
Já haviam se passado duas horas desde que os garotos haviam partido da Estrada sem Nome, para atacar a base dos Real Hooligans. Observando, da parte mais alta da velha fábrica estava Takeshi. O garoto loiro de baixa estatura logo percebeu um grande grupo de motocicletas avançando, o ronco daqueles motores era bastante audível, mesmo daquela distância toda. Assim que os viu percebeu que algo não estava certo, saltou para uma plataforma inferior, rolou por uma rampa, agarrou-se em um dos cabos de aço, e utilizando uma pochete como alça ele desceu dezenas de metros, e então começou a alertar à todos aqueles que encontrava pelo caminho, para que se preparem para a batalha. Logo encontrou "Lala", irmã de Smokey, que parecia mais preocupada com o paradeiro daqueles que foram ao ataque.
— Hey Lala, pegue as crianças que encontrar e se esconda, depressa! — avisou Takeshi, tentando perdê-la de vista.
— Espere, onde Smokey e os outros estão? — perguntou.
— Eles já devem estar voltando... Não te vi o dia inteiro, onde estava? — perguntou o jovem, curioso.
— Por aí! — respondeu emburrada, claramente escondendo alguma coisa.
Em pouco tempo as ruas da Estrada sem Nome estavam completamente desertas, seus portões de entrada completamente abandonados, isto para os desavisados de plantão. Espertos, ágeis e completamente familiarizados com o ambiente, os Rude Boys se escondiam nas sombras, estavam espalhados por todos os lados, apenas aguardando a invasão para defenderem seu forte.
Logo o som daquelas motocicletas se torna muito mais audível e então subitamente cessou. Eles chegaram. Um bando desorganizado e selvagem, com o único objetivo de dominar a área, para que ali, na região mais alta da cidade eles tenham a oportunidade perfeita para utilizar as habilidades de sua refém. O líder Hanzo, era o primeiro a deixar a moto, encarou bem os portões do bairro e logo viu grandes bandeiras espalhados, com um "R" invertido seguido da letra "B". Esta bandeira significava que estavam no território dos Rude Boys. Dois de seus homens caminharam até as bandeiras, e as incendiaram com isqueiro e um longo grito de guerra podia ser ouvido.
— Real Hooligans também começa com "R"! Vamos tomar o seu lugar e dominaremos S.W.O.R.D!
Logo aquela tropa de homens grandes, carregando consigo suas bandeiras invadem o local, parecia uma manada de elefantes, o som daqueles sapatos pesados era unicamente interrompido pelo som de suas correntes de ouro batendo umas nas outras enquanto caminhavam. Iniciaram uma retaliação, começavam a quebrar vários caixotes, derrubar barracas de comerciantes e tudo o que encontravam de imediato, até que um vislumbre de resistência surge, bem acima deles.
— Quem é que vai tomar nosso lugar mesmo? — perguntou Takeshi.
Takeshi estava sentado de costas para a comoção, estava sobre uma viga de construção que estava suspensa por um cabo de aço. Logo o garoto se levantou, segurou no cabo e sorriu para o grupo de vândalos, como se fosse um gesto de provocação, logo ele saltou em uma velocidade altíssima, colidiu contra uma parede, onde pegou um novo impulso com os pés e de uma única vez atingiu cerca de dois homens.
Como uma guerra de individualidades, aqueles que as possuem fizeram o mesmo. Real Hooligans é uma gangue reconhecida por sua força física, apenas aqueles que ou não possuem individualidade nenhuma, ou possuem individualidades físicas são aceitas, entretanto o líder Hanzo, e um dos seus principais homens possuem habilidades que fogem desta categoria.
Vários homens correram na direção de Takeshi, alguns com os punhos transformados em rochas e outros minerais duríssimos, mas o garoto se esquivou perfeitamente, lutando de uma distância bem curta, ele girava em pleno solo, como se estivesse executando algum tipo de Break dance, evitava ser atingido enquanto atingia com chutes e joelhadas os seus adversários, mesmo que o efeito surtido seja menor que o esperado.
Desde muito jovem as pessoas implicam com Takeshi por causa de sua baixa estatura. "Você não será forte com esse tamanho", "Desista", elas diziam. Mas ele não desistiu, muito pelo contrário, ele continuou seguindo adiante e usou esta limitação a seu favor... Por ele ser pequeno ele se tornou incrivelmente ágil, possui uma flexibilidade que mais ninguém possui. Apenas ele é capaz de se desdobrar em um campo de batalha desta forma, passando por vários inimigos sem sequer ser atingido. "Você é forte Takeshi", "Você consegue."
Como se o jovem loiro tivesse realizado um golpe de inspiração, os outros rapazes imediatamente abandonam seus postos e entram no combate. Parecia um show circense, eles surgiam de vários lugares, literalmente caiam do céu. Mas isto não parecia abalar o espírito guerreiro dos Hooligans, a batalha estava bastante parelha, e agora Takeshi estava diante do líder do grupo, prestes à desafiá-lo, quando o mesmo correu em outra direção e em questão de instantes um outro integrante, provavelmente um de seus guardas se colocou entre ambos, ele seria o adversário de Takeshi. O garoto cerrou os punhos, não poderia fazer nada, além de ver o homem que escoltava Lilly, contra a sua vontade, para a parte mais alta do bairro. Perguntava para si próprio onde estariam Smokey, Minori e Yudi.
A investida ofensiva dos Hooligans continuara por cerca de outros dez minutos, quando um conjunto de arranques de motocicletas bem barulhentas tomou conta da área. As bicicletas saltavam pelos portões à dentro, eram todas elas motocicletas de performance, saltavam sobre seus inimigos um a um e após alguns atropelamentos rasantes, os quatro principais removeram seus capacetes. Eram Smokey, Minori, Yudi e San Andreas. O homem negro com traços americanos, logo estendeu sua mão direita contra o solo, causando uma vibração que foi suficientemente poderosa para derrubar um poste, isolando alguns adversários. Vendo as cicatrizes da guerra que ali acontecia, pessoas se levantando, lutando e sangrando... Smokey odiava acima de qualquer coisa assistir o sofrimento de sua família. Logo adiante notou Takeshi enfrentando um adversário no mano-a-mano, as habilidades de luta do outro pareciam de nível elevado, o que pesou em sua decisão. Caminhando com passos pesados, o líder dos Rude Boys investiu em fúria contra o brutamontes que enfrentava Takeshi. Lhe acertou primeiramente um cruzado na lateral do seu rosto, seguidamente saltou, girou e chutou a parte lateral de seu corpo, deixando o homem de joelhos.
— Peguem todos eles! — exclamou o líder.
— Vocês estão bem? — perguntou Takeshi.
— Eles conseguiram nos enganar... Mas foram descuidados com aquela provocação. — implicou Minori.
— Não vejo Hanzo, para onde ele foi? — perguntou Smokey.
— Ele foi para lá. — apontou Takeshi.
Na parte mais alta da Estrada sem Nome está localizada uma pequena região, repletas de barracos e alojamentos improvisados onde os moradores mais pobres vivem. O cheiro não é dos melhores, mas assim como grande maioria dos habitantes locais, são pessoas que batalham todos os dias em busca de uma vida melhor, mesmo que vivam de forma precária.
Smokey fora subitamente tomado por uma sensação de fúria. Acerca dos bairros mais pobres, haviam boatos de uma nova droga estar circulando por lá. Em sua mente os Real Hooligans estavam camuflando seu real objetivo, afinal, para utilizarem a individualidade de Lilly, eles já deveriam ter efetuado os roubos em diversos bancos simultaneamente... Mas se a utilizassem como método de contrabando, seria muito mais eficiente.
A habilidade de Lilly a permite transportar objetos e em alguns casos, até mesmo seres vivos, de um lugar para outro desde que possua as coordenadas exatas da localização de destino. Isto a faz uma incrível ferramenta para aproveitadores, sabendo da individualidade de Lilly nós a mantivemos segura... Seus pais foram os primeiros que tentaram utilizá-la para fins hediondos, desde então imaginamos que isto pudesse se repetir. Não se preocupe, seus irmãos irão te salvar, somos todos uma família.
Aquele olhar desconfiado percorreu por cada fio de cabelo do trio, que apenas aguardava por quaisquer que fossem as ações do homem, que os analisava com frieza. De acordo com os boatos, seria capaz de causar tremores com um mero movimento e isto era bastante preocupante.
- Explicação de individualidade #01:
- Nome: San Andreas.
Individualidade: Tremor, ele consegue causar tremores em qualquer superfície que tocar, não necessariamente terremotos. Este cara vai te deixar tremendo de medo! Mas não consegue sentir o ar salgado das regiões litorâneas por muito tempo, logo fica doente quando está perto do mar, que inconveniente!
Aquele homem não podia estar ali simplesmente para salvar o dia, foi o que imaginei assim que o vi. Neste território a justiça é feita pelas gangues de rua, heróis raramente aparecem... O número de criminosos é tão grande em nosso meio que a maioria tem medo de se aproximar... Um ato quase que covarde, como se estivessem renegando a própria humanidade. Com isso paramos de acreditar que um dia heróis apareceriam para nos salvar.
— Se puderem esperar um pouco mais, eu terei como explicar toda a situação. — disse o herói, sabendo que não ouviriam. — Podemos recuperar juntos, a sua amiga.
— Parece que não entendeu. — disse Smokey, caminhando até sua frente, em lentos passos. — É família.
— Isto é algo que confere a nós, é nosso problema. — indagou Minori, apoiando a decisão de Smokey.
Smokey e Minori avançaram pela porta, abrindo-a de imediato. Yudi foi logo atrás, entretanto, este fez um breve gesto de respeito para com o herói e então se despediu.
San Andreas logo se lembrou das frases ditas pelo inspetor chefe, ele não parecia concordar com o que o veterano havia dito. Aqueles garotos não pareciam nada com macacos saltitantes que fazem apenas o que bem entendem, eles estavam arriscando suas próprias vidas para salvar uma garotinha, sua família... Enquanto eles, os homens da lei, pensam em sacrificá-la em caso de necessidade.... O herói jogou fora seu transmissor, com raiva de sua própria covardia. Sorriu de forma irônica, e caminhou para o interior do recinto, como se estivesse dizendo "vamos ver no que isso vai dar."
Uma sala bastante ampla, não havia muita coisa ali além de alguns computadores e monitores de segurança, mas havia pessoas. Um deles utilizava um jaleco branco, como se fosse algum tipo de cientista, outro utilizava uma roupa da moda, regata longa de cor branca, calças largas e um cano alto. Em suas mãos estava um telefone celular, parecia estar falando com alguém. Assim que os rapazes entraram o homem de regata branca logo sorriu, exibindo aquele sorriso ameaçador e um dentre de ouro maciço cintilava. Jogou o celular na direção dos garotos dizendo:
— É para você. — gargalhou.
Do outro lado da linha estava um homem de touca. Cabelos curtos e negros. Deveria ter por volta dos 1,80 de altura. Utiliza uma grande quantidade de jóias douradas em seus braços e pescoço. O homem estava dirigindo uma Harley preta com guidões bem separados um do outro. Dirigia em alta velocidade utilizando apenas uma das mãos. Atrás dele um grupo com pelo menos outras cinqüenta pessoas, todos com potentes motocicletas, em uma delas estava uma pequena menina de cabelos longos e negros, parecia bem assustada e estava visivelmente traumatizada.
— Que bela mobilização vocês fizeram, Smokey. — ironizou. — Mesmo sendo uma das cabeças da S.W.O.R.D, vocês caíram como patinhos. Assim que dominarmos a Estrada sem nome usaremos a individualidade desta menina e ficaremos ricos. Com poder e dinheiro, quem poderá contra nós? Não é mesmo, rapazes? — gritou o líder.
— Real Hooligans! — gritavam os homens e mulheres em suas motocicletas.
Em Kiba existem inúmeras gangues, entretanto existem aquelas que não necessariamente fazem coisas erradas, apesar de também possuírem algumas rixa entre si e não tolerarem invasões territoriais, estas gangues possuem um tipo de aliança. As cinco mais fortes gangues de Kiba, as iniciais de cada uma delas formam a palavra SWORD. Nós, os Rude Boys, somos o R. As outras gangues, Sannoh Rengokai, White Rascals, Oya Koukou e Daruma Ikka completam o grupo.
O telefone estava no viva voz, por isto Minori e Yudi também estavam escutando e isto os deixou visivelmente alterados. Smokey cerrava os punhos, mas sua expressão dolorosa mantinha-se em sua face, eram poucas as coisas que realmente o afetavam... Uma delas estava para acontecer naquele instante...
— Hanzo... Você cometeu um grande erro em subestimar o nosso grupo... Eu não vou te salvar. — alertou Smokey, jogando o aparelho no chão.
— Temos que nos apressar! — disse Yudi.
— Acalme-se. Takeshi ficou, ele vai conseguir ganhar tempo para nós... E além do mais, temos que nos encarregar desses caras primeiros. — explicou Minori.
— Seu merda, como se atreve a jogar o meu celular desse jeito? — reclamou o sujeito de regata.
O homem logo partiu em direção ao grupo, levantou o joelho de sua perna esquerda, que foi defendido da mesma maneira por Smokey, e então um embate de chutes e joelhas tomou início, um impedindo que o outro lhe acertasse, até que Smokey lhe acertou um soco perfurando sua defesa, no que o homem foi para trás ele foi atingido por um chute lateral na altura das costelas e foi lançado ao chão. Naquele exato instante, o líder dos Rude Boys começou a urrar de dor, tossiu vigorosamente. Em sua mão resquícios de sangue se tornaram evidentes. Aparentemente habituados com a situação, os rapazes se entreolharam e logo assumiram à frente do combate.
No mundo de hoje as pessoas não são as únicas que adquiriram individualidades... Existem casos em que até animais possuem algum tipo de poder... No meu caso foi um pouco diferente. Bacilo de Koch, a bactéria responsável pelo vírus da tuberculose... Fui contaminado por uma bactéria que possui uma individualidade parasita, eu não sou capaz de transmiti-la, mas também não sou capaz de me livrar dela. O tratamento para remoção de algo deste tipo é caro o suficiente para que eu desista de procurar por uma cura, mas no fim eu não preciso me curar... Desde que eu consiga garantir que eles viverão. Não posso morrer antes de levar uma vida digna para a Estrada sem nome.
Enquanto Yudi segurava Smokey, para que o mesmo não perdesse o equilíbrio, Minori avançava lentamente na direção do homem de jaleco, com sangue nos olhos. Ele que tem um papel protetor dentro do grupo jamais iria suportar aquela cena em silêncio. A pele de seus braços começou a elevar-se, uma camada de aço fora surgindo por de cima, envolvendo todo o seu braço direito, que agora estava maior que o esquerdo, tanto em comprimento quanto em circunferência. Aquele braço mecânico com garras afiadas se moveu de forma ágil e eficiente, capturando o homem com apenas um giro.
— Homens como vocês... Não poderão viver na Kiba que Smokey irá criar. Então faça o favor de desaparecer. — ameaçou Minori, jogando o homem contra uma das paredes do local, com força controlada para não matá-lo.
- Explicação de Individualidade #02:
- Nome: Kurosawa Minori.
Individualidade: Constructo. Consegue criar a partir de seu corpo uma infinidade de maquinários, detidos apenas pela imaginação do usuário, algumas criações já feitas por Minori foram, espadas, garras, asas, turbinas e apêndices (caudas e tentáculos). Todavia quanto maior a complexidade dos equipamentos criados menor é seu tempo de uso, equipamentos simples podem ser utilizados por vinte minutos, equipamentos complexos podem ser usados por oito minutos. Construções que envolvem todo o corpo de seu usuário podem ser usadas apenas por quatro minutos.
San Andreas observou toda a comoção, do fundo da sala, ele definitivamente havia tomado sua decisão, algo que contrariaria totalmente aqueles que o contrataram. Aproximou-se dos rapazes, e ignorou a condição de Smokey, percebeu que devido a personalidade do rapaz ele simplesmente diria que não havia com o que se preocupar, e realmente não havia... O ataque havia sido passageiro e ele já recobrava suas forças.
— Eu sei que não confiam em mim, mas eu definitivamente vou ajudá-los. — disse, curvando-se. — Se eu não sou capaz de salvar uma garotinha das garras de terríveis vilões como estes eu não posso me chamar “Herói”.
— Faça como quiser... Mas Hanzo, é minha luta. — disse Smokey, já recuperado, seguindo em direção à parte externa do local.
Já haviam se passado duas horas desde que os garotos haviam partido da Estrada sem Nome, para atacar a base dos Real Hooligans. Observando, da parte mais alta da velha fábrica estava Takeshi. O garoto loiro de baixa estatura logo percebeu um grande grupo de motocicletas avançando, o ronco daqueles motores era bastante audível, mesmo daquela distância toda. Assim que os viu percebeu que algo não estava certo, saltou para uma plataforma inferior, rolou por uma rampa, agarrou-se em um dos cabos de aço, e utilizando uma pochete como alça ele desceu dezenas de metros, e então começou a alertar à todos aqueles que encontrava pelo caminho, para que se preparem para a batalha. Logo encontrou "Lala", irmã de Smokey, que parecia mais preocupada com o paradeiro daqueles que foram ao ataque.
— Hey Lala, pegue as crianças que encontrar e se esconda, depressa! — avisou Takeshi, tentando perdê-la de vista.
— Espere, onde Smokey e os outros estão? — perguntou.
— Eles já devem estar voltando... Não te vi o dia inteiro, onde estava? — perguntou o jovem, curioso.
— Por aí! — respondeu emburrada, claramente escondendo alguma coisa.
Em pouco tempo as ruas da Estrada sem Nome estavam completamente desertas, seus portões de entrada completamente abandonados, isto para os desavisados de plantão. Espertos, ágeis e completamente familiarizados com o ambiente, os Rude Boys se escondiam nas sombras, estavam espalhados por todos os lados, apenas aguardando a invasão para defenderem seu forte.
Logo o som daquelas motocicletas se torna muito mais audível e então subitamente cessou. Eles chegaram. Um bando desorganizado e selvagem, com o único objetivo de dominar a área, para que ali, na região mais alta da cidade eles tenham a oportunidade perfeita para utilizar as habilidades de sua refém. O líder Hanzo, era o primeiro a deixar a moto, encarou bem os portões do bairro e logo viu grandes bandeiras espalhados, com um "R" invertido seguido da letra "B". Esta bandeira significava que estavam no território dos Rude Boys. Dois de seus homens caminharam até as bandeiras, e as incendiaram com isqueiro e um longo grito de guerra podia ser ouvido.
— Real Hooligans também começa com "R"! Vamos tomar o seu lugar e dominaremos S.W.O.R.D!
Logo aquela tropa de homens grandes, carregando consigo suas bandeiras invadem o local, parecia uma manada de elefantes, o som daqueles sapatos pesados era unicamente interrompido pelo som de suas correntes de ouro batendo umas nas outras enquanto caminhavam. Iniciaram uma retaliação, começavam a quebrar vários caixotes, derrubar barracas de comerciantes e tudo o que encontravam de imediato, até que um vislumbre de resistência surge, bem acima deles.
— Quem é que vai tomar nosso lugar mesmo? — perguntou Takeshi.
Takeshi estava sentado de costas para a comoção, estava sobre uma viga de construção que estava suspensa por um cabo de aço. Logo o garoto se levantou, segurou no cabo e sorriu para o grupo de vândalos, como se fosse um gesto de provocação, logo ele saltou em uma velocidade altíssima, colidiu contra uma parede, onde pegou um novo impulso com os pés e de uma única vez atingiu cerca de dois homens.
- Explicação de Individualidade #03:
- Nome: Hayasa Takeshi
Individualidade: Jet. Ele pode adquirir a propulsão de um míssil! Seu corpo é rápido e flexível, pode executar rápidos movimentos em sequência e é totalmente incapaz de perder o equilíbrio! Suas únicas preocupações são as curvas, já que seus movimentos são em linha reta, podendo utilizar também de um padrão ziguezague.
Como uma guerra de individualidades, aqueles que as possuem fizeram o mesmo. Real Hooligans é uma gangue reconhecida por sua força física, apenas aqueles que ou não possuem individualidade nenhuma, ou possuem individualidades físicas são aceitas, entretanto o líder Hanzo, e um dos seus principais homens possuem habilidades que fogem desta categoria.
Vários homens correram na direção de Takeshi, alguns com os punhos transformados em rochas e outros minerais duríssimos, mas o garoto se esquivou perfeitamente, lutando de uma distância bem curta, ele girava em pleno solo, como se estivesse executando algum tipo de Break dance, evitava ser atingido enquanto atingia com chutes e joelhadas os seus adversários, mesmo que o efeito surtido seja menor que o esperado.
Desde muito jovem as pessoas implicam com Takeshi por causa de sua baixa estatura. "Você não será forte com esse tamanho", "Desista", elas diziam. Mas ele não desistiu, muito pelo contrário, ele continuou seguindo adiante e usou esta limitação a seu favor... Por ele ser pequeno ele se tornou incrivelmente ágil, possui uma flexibilidade que mais ninguém possui. Apenas ele é capaz de se desdobrar em um campo de batalha desta forma, passando por vários inimigos sem sequer ser atingido. "Você é forte Takeshi", "Você consegue."
Como se o jovem loiro tivesse realizado um golpe de inspiração, os outros rapazes imediatamente abandonam seus postos e entram no combate. Parecia um show circense, eles surgiam de vários lugares, literalmente caiam do céu. Mas isto não parecia abalar o espírito guerreiro dos Hooligans, a batalha estava bastante parelha, e agora Takeshi estava diante do líder do grupo, prestes à desafiá-lo, quando o mesmo correu em outra direção e em questão de instantes um outro integrante, provavelmente um de seus guardas se colocou entre ambos, ele seria o adversário de Takeshi. O garoto cerrou os punhos, não poderia fazer nada, além de ver o homem que escoltava Lilly, contra a sua vontade, para a parte mais alta do bairro. Perguntava para si próprio onde estariam Smokey, Minori e Yudi.
A investida ofensiva dos Hooligans continuara por cerca de outros dez minutos, quando um conjunto de arranques de motocicletas bem barulhentas tomou conta da área. As bicicletas saltavam pelos portões à dentro, eram todas elas motocicletas de performance, saltavam sobre seus inimigos um a um e após alguns atropelamentos rasantes, os quatro principais removeram seus capacetes. Eram Smokey, Minori, Yudi e San Andreas. O homem negro com traços americanos, logo estendeu sua mão direita contra o solo, causando uma vibração que foi suficientemente poderosa para derrubar um poste, isolando alguns adversários. Vendo as cicatrizes da guerra que ali acontecia, pessoas se levantando, lutando e sangrando... Smokey odiava acima de qualquer coisa assistir o sofrimento de sua família. Logo adiante notou Takeshi enfrentando um adversário no mano-a-mano, as habilidades de luta do outro pareciam de nível elevado, o que pesou em sua decisão. Caminhando com passos pesados, o líder dos Rude Boys investiu em fúria contra o brutamontes que enfrentava Takeshi. Lhe acertou primeiramente um cruzado na lateral do seu rosto, seguidamente saltou, girou e chutou a parte lateral de seu corpo, deixando o homem de joelhos.
— Peguem todos eles! — exclamou o líder.
— Vocês estão bem? — perguntou Takeshi.
— Eles conseguiram nos enganar... Mas foram descuidados com aquela provocação. — implicou Minori.
— Não vejo Hanzo, para onde ele foi? — perguntou Smokey.
— Ele foi para lá. — apontou Takeshi.
Na parte mais alta da Estrada sem Nome está localizada uma pequena região, repletas de barracos e alojamentos improvisados onde os moradores mais pobres vivem. O cheiro não é dos melhores, mas assim como grande maioria dos habitantes locais, são pessoas que batalham todos os dias em busca de uma vida melhor, mesmo que vivam de forma precária.
Smokey fora subitamente tomado por uma sensação de fúria. Acerca dos bairros mais pobres, haviam boatos de uma nova droga estar circulando por lá. Em sua mente os Real Hooligans estavam camuflando seu real objetivo, afinal, para utilizarem a individualidade de Lilly, eles já deveriam ter efetuado os roubos em diversos bancos simultaneamente... Mas se a utilizassem como método de contrabando, seria muito mais eficiente.
- Explicação de Individualidade #04:
- Nome: Lilly
Individualidade: Transposition. Ela consegue transportar itens e seres vivos de um lugar para outro, desde que possua as coordenadas do destino. Também é capaz de realizar trocas de itens por outros. Para transportar seres vivos acaba ficando muito fatigada, pois precisa transportar cada uma das células vivas do corpo de uma só vez.
A habilidade de Lilly a permite transportar objetos e em alguns casos, até mesmo seres vivos, de um lugar para outro desde que possua as coordenadas exatas da localização de destino. Isto a faz uma incrível ferramenta para aproveitadores, sabendo da individualidade de Lilly nós a mantivemos segura... Seus pais foram os primeiros que tentaram utilizá-la para fins hediondos, desde então imaginamos que isto pudesse se repetir. Não se preocupe, seus irmãos irão te salvar, somos todos uma família.
Continua...
Conflito! O equilíbrio de S.W.O.R.D.
Conflito! O equilíbrio de S.W.O.R.D.
Última edição por xKai em Sáb 1 Jul 2017 - 14:02, editado 4 vez(es)
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Re: Rude Boys - Road to be a Hero
Oes, eu estava curioso para poder ler a fiction, mas acabou que só depois de 3 dias de ter aberto o topico é que eu realmente tive tempo para ler.
Eu achei o primeiro chapter bem interessante, eu nao me lembro de ter visto alguma fiction de super hero antes, achei inedito de ter visto por aqui. As passagens de acao estao boas e fluidas, eu gostei do ritmo. Acho muito bacana mesmo, desejo-te boa sorte nesta fiction!
Eu achei o primeiro chapter bem interessante, eu nao me lembro de ter visto alguma fiction de super hero antes, achei inedito de ter visto por aqui. As passagens de acao estao boas e fluidas, eu gostei do ritmo. Acho muito bacana mesmo, desejo-te boa sorte nesta fiction!
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Heir of Life
Confira:
Concurso participem! / Fic / One-Shots / indico uma fic que resgatei / indico Fic de meu amigo
set by ~elazul
- Spoiler:
a target="_blank" href="??"
Um novo challenge breve
CONFIRA!
Veja meus outros perfis!
Re: Rude Boys - Road to be a Hero
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- Bakujirou: E aí mano, tudo bem? Primeiramente agradeço por compartilhar de sua opinião, é sempre bom saber que de fato alguém está lendo o seu trabalho, as vezes a carência de comentários, por menor que seja, faz com que nos sintamos ignorados, levantando perguntas como "Será que alguém está mesmo lendo?" Bom, fico muito feliz que tenha lido e gostado do que leu e ainda mais contente se esta for realmente a primeira fanfic do gênero a ser postada por aqui, espero que mais pessoas sejam atraídas para essa fanfic... Eu particularmente desejo muito ir longe com esta fanfic e continuar também com outras, principalmente a de Naruto, mas parece que ninguém tem muito interesse em Naruto mais, sei lá... Fazem já uns quatro capítulos que ninguém comparece por lá e isso me desanimou um pouco, mas enfim, estou este projeto e vou me dedicar à ele por enquanto. Uma coisa sobre esta fanfic é que ela sempre contará com ação, mesmo que pouca, afinal de contas a temática de gangues praticamente me obriga a fazer isto XD Bom meu amigo, é só, espero que continue acompanhando e que goste deste segundo capítulo, até mais!
C A P Í T U L O - 02 • Conflito! O equilíbrio de S.W.O.R.D.
Em um restaurante de temática americana, localizado no movimentado distrito comercial de Sannoh se encontra a base de um dos moto clubes mais populares da cidade, e também uma das cabeças de S.W.O.R.D, Sannoh Rengoukai. Liderados por Cobra, ex-membro do lendário grupo Mugen. O objetivo deste grupo vai um pouco além de apenas defender a sua região, o grupo em si, que também é chamado por Hoodlum Squad, serve como um lugar para que Noboru, um ex-integrante, possa retornar.
Sannoh Rengoukai recentemente entrou em conflito contra o colégio Oya, por conta de seu novo membro, Chiharu. O jovem rapaz, que integrava o colégio Oya, resolveu inteirar-se o grupo de Cobra e então um conflito por Chiharu começou, entretanto após os líderes de ambos os grupos se confrontarem e resolverem seus problemas, coube ao próprio garoto decidir qual seria o seu destino, abrindo então uma espécie de trégua entre as facções.
Reunidos naquele estabelecimento com temática estrangeira, estavam Cobra e Yamato, este último que por sua vez também é um ex-integrante do lendário grupo Mugen, por sua presença, ao lado de Cobra, que Sannoh Rengoukai se tornou uma das cabeças de S.W.O.R.D. Cobra é um jovem loiro de olhos castanhos, estatura mediana e utiliza brincos em ambas as orelhas, veste uma jaqueta jeans, sobrepondo um par de camisas. Yamato é alto, forte e possui cabelos negros, gosta de se vestir bem e não abre mão de sapatos esporte e camisa social que variam entre os tons de rosa e branco. Um comilão por natureza, Yamato sequer havia percebido a presença dos outros rapazes que entravam. Tetsu, um jovem de estatura mediana, magro e com longos cabelos com dreadlocks, mora em uma casa de banhos, que também é onde trabalha. Dan trabalha em uma loja de conveniências, onde trabalham algumas garotas do grupo Ichigo Milk, um grupo feminino de amantes de motocicletas. Chiharu o novo integrante e o mais jovem deles não estava junto com os demais, desde o dia anterior ele não era visto. Fugiu no instante que em Yamato encontrou um SD Card entre seus pertences.
— Cobra, Yamato! — cumprimentavam aqueles que chegavam no recinto.
O estabelecimento estava aberto unicamente para eles, pois ainda estava recuperando-se de uma recente destruição causada pela gangue White Rascals. Yamato segurava o SD card e o encarava pensativo, imaginava se por acaso não era aquilo que os White Rascals estavam procurando, quando invadiram e vandalizaram o restaurante. Cobra, mais ao fundo, encarava Yamato com certo receio, uma vez que ele quem havia trago Chiharu para seu meio.
Tendo uma das instalações mais inusitadas para servir de base, os White Rascals se instalaram em uma grande casa noturna conhecida como Club Heaven. Todos os seus integrantes usam branco em praticamente toda a sua roupa, controlam quase tudo o que acontece durante a noite na região, e seu principal objetivo é proteger as mulheres, por elas eles fazem qualquer coisa. Seu líder Rocky, é um scouter, procura por mulheres desamparadas ou em perigo e as livra dos perigos da noite, oferecendo-as trabalho e um salário digno. Apesar de todo o cavalheirismo, os White Rascals podem se tornar em perfeitos demônios em caso de presenciarem algum tipo de violência direta, ou mesmo indireta contra o sexo oposto. Recentemente, o Red Rum que uma droga conhecida pelo nome de medicamente do futuro, apareceu em sua região, fazendo com que suas mulheres passem por inconveniências, irritando Rocky, que se dispôs a iniciar uma investigação.
Juntando os dados de sua busca, Rocky editou uma grande lista de clientes do Red Rum, mas durante uma das grandes festas que acontecem todas as noites em Club Heaven, o cartão SD onde se encontravam tais dados havia sido roubado, levantando então suspeitas à cerca de Sannoh Rengoukai, uma vez que alguns de seus membros foram vistos na festa. Como retaliação, os White Rascals invadiram o restaurante Ittokan, onde é a base dos Sannoh, e o destruiu durante sua ausência.
Era mais uma noite agitada no clube noturno. Os homens de branco liderados por Rocky estavam por toda a parte. Alguns de vigia e outros apenas curtindo. O ambiente não era lá muito diferente das casas noturnas comuns, música alta, pessoas dançando e dançarinas coreografando sobre plataformas repletas de luzes. O lugar era escuro, mas repleto de refletores e luzes coloridas por todos os lados. Rocky acabara de chegar, observara a beleza de suas dançarinas, seus dentes dourados brilhavam e em seus óculos refletiam aquele piscar contagiante da iluminação ambiente. Postou-se em seu camarote, com vista para todo o salão e então sentou, em seguida um par de mulheres sentaram ao seu lado brindando com um copo de champanhe.
— Sejam todos bem vindos ao Club Heaven! — anunciou, como de costume mostrando seus dentes dourados. — Party Time! — exclamou.
Rocky agia de acordo com sua normalidade. Acariciava as beldades ao seu redor, de forma carinhosa e de certa maneira respeitosa. As mulheres pareciam hienas famintas, que brigavam pelo mesmo pedaço de carne, que no caso seria o ilustre líder dos patifes brancos.
Logo aquele clima ficou tenso, quando Koo, o braço direito de Rocky se aproximou, sussurrou algo em seu ouvido e logo apontou para um inusitado convidado. O homem alto, forte e destemido era Yamato, braço direito de Cobra, de Sannoh Rengoukai. Tirou de seus bolsos um cartão SD e entregou para Koo, que espantado olhou imediatamente para Rocky.
— Acha que funciona desse jeito? — perguntou Rocky, se levantando. — Primeiro roubam de nós e agora simplesmente devolvem?
— Nós não roubamos isso. — respondeu Yamato.
— Mostre. — ordenou o líder.
Koo imediatamente ligou um monitor ao lado, mostrando imagens gravadas da noite anterior, ali mostrava um dos membros de Sannoh, que aparentemente estava junto de uma mulher, que logo havia sido reconhecida.
— A mulher é a irmã de Smokey. — afirmou Rocky.
— Smokey, dos Rude? — perguntou Yamato.
— Vocês destruíram o restaurante de nossa amiga por causa dessa coisa, não vão sequer me falar o que tem aí? — perguntou Yamato, percebendo que Dan, um de seus amigos também aparecia na filmagem.
— Nossas mulheres passaram por certos apuros por causa disso!
Rocky acertou uma das pernas de Yamato com sua bengala, o empurrou e seguidamente levantou sua ferramenta para outro assalto, mas desta vez fora defendida por Yamato, com as mãos segurou a arma impedindo que acertasse sua cabeça.
— Já disse que não fomos nós! Acha mesmo que eu teria vindo até aqui se fosse o caso! — respondeu, irritado.
— Bem... Que seja. — recuou Rocky. Mas agora eles terão guerra... Smokey, estou indo para te matar! — disse Rocky em um tom ameaçador.
Na Estrada sem Nome, os rapazes que acabaram de chegar se preocupavam com a segurança da pequena Lily, mas ainda haviam muitos adversários ao redor. Smokey se acalmou e fechou os olhos por alguns instantes, era como se fosse um exercício para ele, pois ficar nervoso era prejudicial para sua saúde. Minori e Yudi se postaram à sua frente, como se estivessem o protegendo, já Takeshi foi até onde estavam as crianças, para protegê-las da invasão.
— O que faremos, Smokey? — perguntou Minori.
— Vamos lutar. — respondeu Smokey, com uma feição triste, porém serena.
Seguiu em frente. Seus olhos estavam avermelhados, influência de sua doença, mas isto não era preocupante para ele naquele instante, mas sim a segurança daquela pequena e fundamental parte da família, que estava sofrendo em algum lugar. Foi naquele momento que Lala apareceu, bem diante de seus olhos, desobedecendo o que Takeshi havia lhe pedido mais cedo.
— Onii-san! — exclamou quando viu Smokey. — Onde vocês estão indo? — Perguntou.
O líder dos Rude olhou para a garota, e de forma carinhosa porém rápida, apoiou uma de suas mãos nos ombros da garota. Seguiu então sem dizer nada. Em seu olhar frio estava para despertar uma vontade assassina. Era seguido por Minori e Yudi, assim como outros rapazes que assistindo a comoção resolveram integrar-se na investida. A direção tomada por Hanzo apenas havia aberto os olhos dos rapazes, que outrora foram avisados por outras gangues de que era provável que a fonte do Red Rum estivesse bem debaixo de seu nariz.
Repleto de pequenos alojamentos, muitos deles construídos ás pressas, ou utilizando o pouco material que havia disponível. A Estrada sem Nome era como se fosse um grande lixão, tudo o que era descartado pela sociedade, de alguma forma parecia vir para cá, isto inclui também os próprios habitantes, que grande parte é constituída por órfãos, ex-criminosos e moradores de rua. Se é que existe alguma lei por aqui, é a total proibição do uso ou venda de quaisquer tipo de drogas.
Hanzo, o líder dos Real Hooligans, que almejam roubar a posição dos Rude Boys dentro de S.W.O.R.D planejavam utilizar a pequena Lilly para seus propósitos hediondos. No interior de um dos alojamentos, o maior deles, estava Hanzo. O homem de cabelos negros acariciava um enlatado, onde em seu interior estava a droga conhecida como Red Rum. Bem ali, naquela região afastada sua fábrica de Red Rum fluía a todo vapor, utilizando crianças e jovens como transportadores, para que assim não chamassem atenção desnecessária. Um de seus homens logo se aproximou.
— Chefe, parece que conseguimos mais alguns. Este lugar é realmente fabuloso! — exclamou com vigor.
A função de Lily era enviar as latas com o produto para outro lugar, onde os Real Hooligans deveriam ter algum tipo de cofre, para então iniciarem a distribuição pelas cinco áreas de S.W.O.R.D.
— Quanta ironia, não acha pequenina? — perguntou Hanzo, em tom de deboche. — Vocês aqui vivendo no meio do lixo... Tendo toda esta fortuna bem debaixo de vocês. — apontou para o grande volume de cédulas, que repousavam em uma mesa de madeira, ao lado de muitas outras latas.
A pequena que estava acorrentada ouvia em total silêncio. Ao seu lado haviam outras crianças, que também eram utilizadas como ferramentas, mas estas eram usadas apenas para a extração de diamantes, que acontecia com um sigilo, que nem mesmo seus homens de confiança possuem conhecimento.
No lado exterior dos alojamentos um pequeno grupo os aguardava. Smokey, Minori e Yudi postaram-se a poucos metros da porta do grande barracão, aguardando pelo líder dos Hooligans.
— Saia Hanzo! Sabemos que está aí! — exclamou Yudi.
Em questão de instantes dois homens atravessam pelas cortinas do barracão, eram Hanzo e seu fiel braço direito, um rapaz alto de pele branca e um curto penteado em dread. Encararam os Rude com bastante deboche, como se o fato de estarem em maior número fosse algum tipo de injustiça.
— Onde está Lilly? — perguntou Smokey, sem fazer cerimônias.
— Onde será...? — ironizou o líder rival.
Jatos flamejantes eram expulsos através dos poros das costas de Hanzo, a direção era o alojamento logo atrás do mesmo. Um incêndio começou de forma imediata. Minori e Yudi trincaram os dentes e cerraram seus punhos, não conseguiam conter sua raiva contra aquela declaração iminente de guerra. Smokey conseguiu se manter calmo, graças a uma silenciosa, porém perceptível presença do rapaz loiro, que se esgueirava acima deles em cima de vários contêineres. Tomado por um impulso instintivo Smokey correu, apontou o rosto para uma velha caixa d’água de madeira, que estava há poucos metros de altura.
— Takeshi! — exclamou.
O loiro saltou dos contêineres, correu na direção de Smokey, que abaixou e deixou que suas mãos fossem utilizadas como impulso, para a eficiente individualidade de Takeshi. Rápido como uma bala, ele voou, atingindo a base da caixa de madeira.
— Pule!
Gritou Smokey, que pegou um farrapo que achou pelo caminho, amarrou em suas mãos e avançou contra Hanzo. Takeshi saltou, amarrando um fio elétrico que estava desativado nos pés da caixa, saltando por ele enquanto agarrava-se no fio, quando caiu no chão a grande quantidade de água se lançou contra o fogo, apagando-o a medida que os destroços do grande objeto levantassem uma breve nuvem de poeira.
Smokey levantou seu punho esquerdo contra Hanzo, que ascendeu seu corpo em chamas, mas aquele velho farrapo havia protegido as mãos de Smokey, que mesmo que usasse luvas possuía as pontas de seus dedos expostas. Com um belo jogo de cintura, esquivou do soco adversário, ignorando-o por completo, retirou então o farrapo das mãos e utilizou-o contra o rapaz de dreads, que sequer teve tempo para reagir, quando percebeu já estava com um dos braços para trás, enquanto Smokey o lançava ao chão. O líder dos Rude adentrava pelo alojamento, parcialmente em chamas com o único propósito de salvar a garota que ali residia.
Passaram-se alguns longos segundos, havia muita fumaça e algumas chamas persistentes rodeavam o ambiente. A cobertura de pano do alojamento logo ia abaixo, e por entre seus destroços estava Smokey, coberto de cinzas, segurando uma garotinha desacordada em seu colo. Aquela expressão em seu olhar parecia a mesma habitual, mas estava agora preenchida de esperanças, Lilly estava salva. Yudi, Minori e os outros avançaram contra Hanzo. Quando uma parede de vidro se formou entre ambos os grupos, fazendo com que os Rude se chocassem contra a mesma. A individualidade do rapaz que o defendia lhe permitia criar e manipular o vidro.
Smokey abaixou, repousando a frágil criança no solo e novamente se pôs de pé. Olhou para trás e viu a situação em que seus amigos se encontravam, em um piscar de olhos uma densa poeira negra tomou o lugar de seu corpo, um som terrível foi ouvido e cacos de vidro eram arremessados para todos os lados como uma explosão, a barreira estava quebrada. Smokey estava na frente do jovem, com um olhar tenso, quase que assustador. Defendeu-se de uma falha tentativa de revide, segurou o braço do garoto, jogou-o para a esquerda, deixando suas costas totalmente expostas, lhe acertando então um chute com o peito do pé, bem na região das costas, inutilizando-o imediatamente. Hanzo respondeu, inflamou seu corpo e usou as chamas como propulsão para desferir socos, Smokey com uma velocidade acima do comum, evitou todos os seus ataques e o segurou pela cintura o agarrando, jogou o próprio peso para trás e então lançou o adversário contra as chamas.
— Seu maldito... O que você fez? — perguntou Hanzo, enquanto lutava para se levantar.
— Eu não tenho a obrigação de responder a sua pergunta. — respondeu.
Os rapazes todos se levantaram novamente. Ficaram ao lado de Smokey e juntos encaravam o adversário, que agora mais do que nunca, parecia estar com medo. Em uma tentativa desesperada de fuga, o homem olhou para onde estava Lilly, ainda recuperando os sentidos. Disparou na direção da garota, com a intenção de usar suas habilidades para fugir dali. Seu esforço foi inútil, logo Takeshi e Yudi o barraram.
— Nem pense nisso. — disseram.
— Eu me rendo... — grunhiu. — Me perdoem...! — desesperou-se, enquanto se afastava lentamente.
— Eu disse que não iria salvá-lo. — disse Smokey, caminhando na direção de Hanzo.
Percebendo a aproximação do líder dos Rude Boys, Hanzo disparou a correr, derrubando o que quer que estivesse em seu caminho. Yudi tentou correr em sua caça, mas fora interrompido por Smokey, que estendeu seu braço impedindo ele de ir. Enquanto fugia, Hanzo era interceptado pelos moradores da Estrada sem Nome, que logo o cercaram, ele estava totalmente sem saída. Os moradores que estavam sendo usados para seus atos criminosos, agora o puniam com um verdadeiro linchamento. Proteger sua família acima de tudo, era a política dos Rude Boys, e permitir que sua família fizesse o mesmo era a maneira de Smokey tirar todo o peso de culpa que poderiam sentir por terem sido usados. Na Estrada sem Nome as leis são feitas por aqueles que ali vivem, os visitantes que se atrevessem a mudar isto não serão perdoados, aqui a justiça é capaz de 'voar'.
Sannoh Rengoukai recentemente entrou em conflito contra o colégio Oya, por conta de seu novo membro, Chiharu. O jovem rapaz, que integrava o colégio Oya, resolveu inteirar-se o grupo de Cobra e então um conflito por Chiharu começou, entretanto após os líderes de ambos os grupos se confrontarem e resolverem seus problemas, coube ao próprio garoto decidir qual seria o seu destino, abrindo então uma espécie de trégua entre as facções.
Reunidos naquele estabelecimento com temática estrangeira, estavam Cobra e Yamato, este último que por sua vez também é um ex-integrante do lendário grupo Mugen, por sua presença, ao lado de Cobra, que Sannoh Rengoukai se tornou uma das cabeças de S.W.O.R.D. Cobra é um jovem loiro de olhos castanhos, estatura mediana e utiliza brincos em ambas as orelhas, veste uma jaqueta jeans, sobrepondo um par de camisas. Yamato é alto, forte e possui cabelos negros, gosta de se vestir bem e não abre mão de sapatos esporte e camisa social que variam entre os tons de rosa e branco. Um comilão por natureza, Yamato sequer havia percebido a presença dos outros rapazes que entravam. Tetsu, um jovem de estatura mediana, magro e com longos cabelos com dreadlocks, mora em uma casa de banhos, que também é onde trabalha. Dan trabalha em uma loja de conveniências, onde trabalham algumas garotas do grupo Ichigo Milk, um grupo feminino de amantes de motocicletas. Chiharu o novo integrante e o mais jovem deles não estava junto com os demais, desde o dia anterior ele não era visto. Fugiu no instante que em Yamato encontrou um SD Card entre seus pertences.
— Cobra, Yamato! — cumprimentavam aqueles que chegavam no recinto.
O estabelecimento estava aberto unicamente para eles, pois ainda estava recuperando-se de uma recente destruição causada pela gangue White Rascals. Yamato segurava o SD card e o encarava pensativo, imaginava se por acaso não era aquilo que os White Rascals estavam procurando, quando invadiram e vandalizaram o restaurante. Cobra, mais ao fundo, encarava Yamato com certo receio, uma vez que ele quem havia trago Chiharu para seu meio.
Tendo uma das instalações mais inusitadas para servir de base, os White Rascals se instalaram em uma grande casa noturna conhecida como Club Heaven. Todos os seus integrantes usam branco em praticamente toda a sua roupa, controlam quase tudo o que acontece durante a noite na região, e seu principal objetivo é proteger as mulheres, por elas eles fazem qualquer coisa. Seu líder Rocky, é um scouter, procura por mulheres desamparadas ou em perigo e as livra dos perigos da noite, oferecendo-as trabalho e um salário digno. Apesar de todo o cavalheirismo, os White Rascals podem se tornar em perfeitos demônios em caso de presenciarem algum tipo de violência direta, ou mesmo indireta contra o sexo oposto. Recentemente, o Red Rum que uma droga conhecida pelo nome de medicamente do futuro, apareceu em sua região, fazendo com que suas mulheres passem por inconveniências, irritando Rocky, que se dispôs a iniciar uma investigação.
Juntando os dados de sua busca, Rocky editou uma grande lista de clientes do Red Rum, mas durante uma das grandes festas que acontecem todas as noites em Club Heaven, o cartão SD onde se encontravam tais dados havia sido roubado, levantando então suspeitas à cerca de Sannoh Rengoukai, uma vez que alguns de seus membros foram vistos na festa. Como retaliação, os White Rascals invadiram o restaurante Ittokan, onde é a base dos Sannoh, e o destruiu durante sua ausência.
Era mais uma noite agitada no clube noturno. Os homens de branco liderados por Rocky estavam por toda a parte. Alguns de vigia e outros apenas curtindo. O ambiente não era lá muito diferente das casas noturnas comuns, música alta, pessoas dançando e dançarinas coreografando sobre plataformas repletas de luzes. O lugar era escuro, mas repleto de refletores e luzes coloridas por todos os lados. Rocky acabara de chegar, observara a beleza de suas dançarinas, seus dentes dourados brilhavam e em seus óculos refletiam aquele piscar contagiante da iluminação ambiente. Postou-se em seu camarote, com vista para todo o salão e então sentou, em seguida um par de mulheres sentaram ao seu lado brindando com um copo de champanhe.
— Sejam todos bem vindos ao Club Heaven! — anunciou, como de costume mostrando seus dentes dourados. — Party Time! — exclamou.
Rocky agia de acordo com sua normalidade. Acariciava as beldades ao seu redor, de forma carinhosa e de certa maneira respeitosa. As mulheres pareciam hienas famintas, que brigavam pelo mesmo pedaço de carne, que no caso seria o ilustre líder dos patifes brancos.
Logo aquele clima ficou tenso, quando Koo, o braço direito de Rocky se aproximou, sussurrou algo em seu ouvido e logo apontou para um inusitado convidado. O homem alto, forte e destemido era Yamato, braço direito de Cobra, de Sannoh Rengoukai. Tirou de seus bolsos um cartão SD e entregou para Koo, que espantado olhou imediatamente para Rocky.
— Acha que funciona desse jeito? — perguntou Rocky, se levantando. — Primeiro roubam de nós e agora simplesmente devolvem?
— Nós não roubamos isso. — respondeu Yamato.
— Mostre. — ordenou o líder.
Koo imediatamente ligou um monitor ao lado, mostrando imagens gravadas da noite anterior, ali mostrava um dos membros de Sannoh, que aparentemente estava junto de uma mulher, que logo havia sido reconhecida.
— A mulher é a irmã de Smokey. — afirmou Rocky.
— Smokey, dos Rude? — perguntou Yamato.
— Vocês destruíram o restaurante de nossa amiga por causa dessa coisa, não vão sequer me falar o que tem aí? — perguntou Yamato, percebendo que Dan, um de seus amigos também aparecia na filmagem.
— Nossas mulheres passaram por certos apuros por causa disso!
Rocky acertou uma das pernas de Yamato com sua bengala, o empurrou e seguidamente levantou sua ferramenta para outro assalto, mas desta vez fora defendida por Yamato, com as mãos segurou a arma impedindo que acertasse sua cabeça.
— Já disse que não fomos nós! Acha mesmo que eu teria vindo até aqui se fosse o caso! — respondeu, irritado.
— Bem... Que seja. — recuou Rocky. Mas agora eles terão guerra... Smokey, estou indo para te matar! — disse Rocky em um tom ameaçador.
Na Estrada sem Nome, os rapazes que acabaram de chegar se preocupavam com a segurança da pequena Lily, mas ainda haviam muitos adversários ao redor. Smokey se acalmou e fechou os olhos por alguns instantes, era como se fosse um exercício para ele, pois ficar nervoso era prejudicial para sua saúde. Minori e Yudi se postaram à sua frente, como se estivessem o protegendo, já Takeshi foi até onde estavam as crianças, para protegê-las da invasão.
— O que faremos, Smokey? — perguntou Minori.
— Vamos lutar. — respondeu Smokey, com uma feição triste, porém serena.
Seguiu em frente. Seus olhos estavam avermelhados, influência de sua doença, mas isto não era preocupante para ele naquele instante, mas sim a segurança daquela pequena e fundamental parte da família, que estava sofrendo em algum lugar. Foi naquele momento que Lala apareceu, bem diante de seus olhos, desobedecendo o que Takeshi havia lhe pedido mais cedo.
— Onii-san! — exclamou quando viu Smokey. — Onde vocês estão indo? — Perguntou.
O líder dos Rude olhou para a garota, e de forma carinhosa porém rápida, apoiou uma de suas mãos nos ombros da garota. Seguiu então sem dizer nada. Em seu olhar frio estava para despertar uma vontade assassina. Era seguido por Minori e Yudi, assim como outros rapazes que assistindo a comoção resolveram integrar-se na investida. A direção tomada por Hanzo apenas havia aberto os olhos dos rapazes, que outrora foram avisados por outras gangues de que era provável que a fonte do Red Rum estivesse bem debaixo de seu nariz.
Repleto de pequenos alojamentos, muitos deles construídos ás pressas, ou utilizando o pouco material que havia disponível. A Estrada sem Nome era como se fosse um grande lixão, tudo o que era descartado pela sociedade, de alguma forma parecia vir para cá, isto inclui também os próprios habitantes, que grande parte é constituída por órfãos, ex-criminosos e moradores de rua. Se é que existe alguma lei por aqui, é a total proibição do uso ou venda de quaisquer tipo de drogas.
Hanzo, o líder dos Real Hooligans, que almejam roubar a posição dos Rude Boys dentro de S.W.O.R.D planejavam utilizar a pequena Lilly para seus propósitos hediondos. No interior de um dos alojamentos, o maior deles, estava Hanzo. O homem de cabelos negros acariciava um enlatado, onde em seu interior estava a droga conhecida como Red Rum. Bem ali, naquela região afastada sua fábrica de Red Rum fluía a todo vapor, utilizando crianças e jovens como transportadores, para que assim não chamassem atenção desnecessária. Um de seus homens logo se aproximou.
— Chefe, parece que conseguimos mais alguns. Este lugar é realmente fabuloso! — exclamou com vigor.
A função de Lily era enviar as latas com o produto para outro lugar, onde os Real Hooligans deveriam ter algum tipo de cofre, para então iniciarem a distribuição pelas cinco áreas de S.W.O.R.D.
— Quanta ironia, não acha pequenina? — perguntou Hanzo, em tom de deboche. — Vocês aqui vivendo no meio do lixo... Tendo toda esta fortuna bem debaixo de vocês. — apontou para o grande volume de cédulas, que repousavam em uma mesa de madeira, ao lado de muitas outras latas.
A pequena que estava acorrentada ouvia em total silêncio. Ao seu lado haviam outras crianças, que também eram utilizadas como ferramentas, mas estas eram usadas apenas para a extração de diamantes, que acontecia com um sigilo, que nem mesmo seus homens de confiança possuem conhecimento.
No lado exterior dos alojamentos um pequeno grupo os aguardava. Smokey, Minori e Yudi postaram-se a poucos metros da porta do grande barracão, aguardando pelo líder dos Hooligans.
— Saia Hanzo! Sabemos que está aí! — exclamou Yudi.
Em questão de instantes dois homens atravessam pelas cortinas do barracão, eram Hanzo e seu fiel braço direito, um rapaz alto de pele branca e um curto penteado em dread. Encararam os Rude com bastante deboche, como se o fato de estarem em maior número fosse algum tipo de injustiça.
— Onde está Lilly? — perguntou Smokey, sem fazer cerimônias.
— Onde será...? — ironizou o líder rival.
Jatos flamejantes eram expulsos através dos poros das costas de Hanzo, a direção era o alojamento logo atrás do mesmo. Um incêndio começou de forma imediata. Minori e Yudi trincaram os dentes e cerraram seus punhos, não conseguiam conter sua raiva contra aquela declaração iminente de guerra. Smokey conseguiu se manter calmo, graças a uma silenciosa, porém perceptível presença do rapaz loiro, que se esgueirava acima deles em cima de vários contêineres. Tomado por um impulso instintivo Smokey correu, apontou o rosto para uma velha caixa d’água de madeira, que estava há poucos metros de altura.
— Takeshi! — exclamou.
O loiro saltou dos contêineres, correu na direção de Smokey, que abaixou e deixou que suas mãos fossem utilizadas como impulso, para a eficiente individualidade de Takeshi. Rápido como uma bala, ele voou, atingindo a base da caixa de madeira.
— Pule!
Gritou Smokey, que pegou um farrapo que achou pelo caminho, amarrou em suas mãos e avançou contra Hanzo. Takeshi saltou, amarrando um fio elétrico que estava desativado nos pés da caixa, saltando por ele enquanto agarrava-se no fio, quando caiu no chão a grande quantidade de água se lançou contra o fogo, apagando-o a medida que os destroços do grande objeto levantassem uma breve nuvem de poeira.
Smokey levantou seu punho esquerdo contra Hanzo, que ascendeu seu corpo em chamas, mas aquele velho farrapo havia protegido as mãos de Smokey, que mesmo que usasse luvas possuía as pontas de seus dedos expostas. Com um belo jogo de cintura, esquivou do soco adversário, ignorando-o por completo, retirou então o farrapo das mãos e utilizou-o contra o rapaz de dreads, que sequer teve tempo para reagir, quando percebeu já estava com um dos braços para trás, enquanto Smokey o lançava ao chão. O líder dos Rude adentrava pelo alojamento, parcialmente em chamas com o único propósito de salvar a garota que ali residia.
Passaram-se alguns longos segundos, havia muita fumaça e algumas chamas persistentes rodeavam o ambiente. A cobertura de pano do alojamento logo ia abaixo, e por entre seus destroços estava Smokey, coberto de cinzas, segurando uma garotinha desacordada em seu colo. Aquela expressão em seu olhar parecia a mesma habitual, mas estava agora preenchida de esperanças, Lilly estava salva. Yudi, Minori e os outros avançaram contra Hanzo. Quando uma parede de vidro se formou entre ambos os grupos, fazendo com que os Rude se chocassem contra a mesma. A individualidade do rapaz que o defendia lhe permitia criar e manipular o vidro.
Smokey abaixou, repousando a frágil criança no solo e novamente se pôs de pé. Olhou para trás e viu a situação em que seus amigos se encontravam, em um piscar de olhos uma densa poeira negra tomou o lugar de seu corpo, um som terrível foi ouvido e cacos de vidro eram arremessados para todos os lados como uma explosão, a barreira estava quebrada. Smokey estava na frente do jovem, com um olhar tenso, quase que assustador. Defendeu-se de uma falha tentativa de revide, segurou o braço do garoto, jogou-o para a esquerda, deixando suas costas totalmente expostas, lhe acertando então um chute com o peito do pé, bem na região das costas, inutilizando-o imediatamente. Hanzo respondeu, inflamou seu corpo e usou as chamas como propulsão para desferir socos, Smokey com uma velocidade acima do comum, evitou todos os seus ataques e o segurou pela cintura o agarrando, jogou o próprio peso para trás e então lançou o adversário contra as chamas.
- Explicação de Individualidade #05:
- Nome: Smokey.
Individualidade: Evolution. Garante-lhe a habilidade de se transportar para locais próximos, desde que esteja em seu alcance, deixando para trás uma fumaça que serve para auxiliar fugas. Consegue superar os próprios limites! É mais rápido. É mais forte, e com certeza será mais resistente! Esta habilidade contínua está sempre em constante evolução. A cada nível uma nova forma de ver o mundo é conferida. Depois que seus limites forem extrapolados sofrerá terríveis dores musculares, provenientes de longos períodos de treino.
— Seu maldito... O que você fez? — perguntou Hanzo, enquanto lutava para se levantar.
— Eu não tenho a obrigação de responder a sua pergunta. — respondeu.
Os rapazes todos se levantaram novamente. Ficaram ao lado de Smokey e juntos encaravam o adversário, que agora mais do que nunca, parecia estar com medo. Em uma tentativa desesperada de fuga, o homem olhou para onde estava Lilly, ainda recuperando os sentidos. Disparou na direção da garota, com a intenção de usar suas habilidades para fugir dali. Seu esforço foi inútil, logo Takeshi e Yudi o barraram.
— Nem pense nisso. — disseram.
— Eu me rendo... — grunhiu. — Me perdoem...! — desesperou-se, enquanto se afastava lentamente.
— Eu disse que não iria salvá-lo. — disse Smokey, caminhando na direção de Hanzo.
Percebendo a aproximação do líder dos Rude Boys, Hanzo disparou a correr, derrubando o que quer que estivesse em seu caminho. Yudi tentou correr em sua caça, mas fora interrompido por Smokey, que estendeu seu braço impedindo ele de ir. Enquanto fugia, Hanzo era interceptado pelos moradores da Estrada sem Nome, que logo o cercaram, ele estava totalmente sem saída. Os moradores que estavam sendo usados para seus atos criminosos, agora o puniam com um verdadeiro linchamento. Proteger sua família acima de tudo, era a política dos Rude Boys, e permitir que sua família fizesse o mesmo era a maneira de Smokey tirar todo o peso de culpa que poderiam sentir por terem sido usados. Na Estrada sem Nome as leis são feitas por aqueles que ali vivem, os visitantes que se atrevessem a mudar isto não serão perdoados, aqui a justiça é capaz de 'voar'.
Continua...
Rocky Vs. Smokey.
Rocky Vs. Smokey.
Última edição por xKai em Sex 28 Jul 2017 - 19:23, editado 2 vez(es)
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Leia!
Fanfic: Naruto: Another Story
Fanfic: Bleach - Bound of Souls
Fanfic: Digimon - 7 Deadly Sins
Fanfic: Hunter x Hunter: The Last Hope
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Re: Rude Boys - Road to be a Hero
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C A P Í T U L O - 02 • Conflito! O equilíbrio de S.W.O.R.D.
tenho acompanhado todas as tuas fic e, com tristeza minha, parece que paraste ou mataste algumas. principalmente a de bleach e digimon, enfim deves ter as tuas razoes.
Em relação a esta, cara, continua, a cada capitulo esta ficando melhor e até deu vontade de assistir a essa serie em que te estas a inspirar.
Que venham mais e melhores capitulos. Abraço xkai
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Feartype- Membro
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Frase pessoal : Não me Chatei-em que eu nao chateio
Re: Rude Boys - Road to be a Hero
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- Feartype: Olá Fear, obrigado por comparecer aqui mais uma vez, nem precisei te pedir desta vez : 3 Cara, sobre as outras fics não é que eu parei com elas, estou apenas dando um tempo, a de Naruto eu jamais vou abortar, é a minha favorita, além do mais o próximo capítulo dela não vai demorar muito para sair. As fanfics de digimon e Bleach eu devo retomar com elas em uns dois meses, muito provavelmente. Agora voltamos ao que interessa, que no caso é esta aqui XD Aprecio de coração que esteja gostando, é um modelo bem diferente do que eu estou acostumado, pois graças ao tema ser mais focado em brigas de gangues, existem lutas em praticamente todos os episódios, bem você deve estar se perguntando o que aconteceu com o "San Andreas", imagino -q Bem, eu não esqueci dele, ele simplesmente desapareceu em meio à comoção, de forma que ninguém tenha visto, muito em breve ele reaparecerá, a trama ainda não tomará o rumo 'super heróis' pois irá fluir tudo em seu devido tempo, por hora existem alguns empecilhos que os membros de S.W.O.R.D precisam resolver, antes que acabem por destruir uns aos outros. Bom, espero que continue companhando, e mais uma vez obrigado.
C A P Í T U L O - 03 • Rocky Vs. Smokey
A Estrada sem nome se recuperava do ataque sofrido pelo bando desorganizado algumas horas atrás, vários membros dos Rude Boys circulavam pela área mais aberta, ajudando os moradores e colocando toda aquela bagunça no lugar, enquanto outros simplesmente mantinham a vigia, se posicionaram em lugares altos, tendo assim o controle sobre sua região, não havia como ninguém entrar sem que fosse visto.
Sem saber do que houvera por aqui mais cedo, uma medida ofensiva já estava sendo executada, mais uma vez. Yamato de Sannoh Rengoukai adentrava a Estrada sem nome, estava utilizando um casaco verde e usava um capuz em sua cabeça, para desta forma se misturar com os demais, entretanto sua forma de caminhar, constantemente olhando para os lados e o fato de estar de cabeça baixa quase todo o tempo começou a levantar suspeitas. Sem que percebesse, algumas silhuetas cambalhotavam por detrás, logo se escondendo entre as sombras. Nas plataformas mais altas, que cercavam os becos acontecia a mesma coisa, vultos pareciam passar como relâmpagos, até que Yamato pareceu perceber algo, ele não havia os visto, muito menos os escutado, mas estavam lá, ele sabia disso. Olhou para trás, mas nada, apenas alguns moradores, que coletavam o lixo ou tentavam arrumar um pouco do estrago de outrora.
No ponto mais alto da Estrada sem nome, havia uma grande plataforma, praticamente um mirante urbano. Lá estava Smokey, de costas contra uma grade, apoiando-se com os braços. Estava com os olhos fechados e demonstrava estar pensativo. Sentia o vento bater em seu rosto, praticamente sem efeito sobre seu cabelo, normalmente bagunçado. Tentava colocar as idéias em dia, mas assim como muitos já percebera algo errado, seria outra invasão? Olhou para baixo, vendo ao longe a forma como os Rude se esgueiravam por aí, só podiam estar perseguindo alguma coisa. Com uma expressão insatisfeita, e até mesmo cansada o rapaz cerrou os punhos e saiu de onde estava.
Talvez por acidente um dos rapazes esbarrou em algum cano, seja lá o que tenha sido provocou um som que acaba por alertar Yamato, que no imediato em que ouviu aquele eco sua única opção foi correr em disparada, ele estava sozinho em um lugar onde não deveria estar, suas chances de sair dali se fosse pego eram nulas. Mas sua fuga causou um efeito diferente nos rapazes, que antes apenas suspeitavam de um estranho encapuzado, mas agora tinham certeza que ele não era um deles, pois correra assim que os percebeu. Começaram a saltar pelos becos, corriam ao redor dele, na parte de cima e então se deu início à perseguição. Ao longe, saltando alturas maiores, com grande precisão Smokey estava a caminho, mas os demais não tinham esta informação, continuaram perseguindo o estranho, que de maneira desesperada derrubou tudo o que estava em seu caminho, para dificultar os perseguidores de o alcançarem, canos grandes, pedaços de concreto e até mesmo pneus velhos. Quando achou que havia os despistado, olhou para frente e se deparou com um grupo familiar, Yudi, Minori e Takeshi o confrontavam, ao fundo, se aproximando deles Smokey, que acabara de chegar caminhava em lentos passos.
— Yo, Yamato. — com desdém Smokey o cumprimentou.
— Já faz um tempo. — respondeu sem alternativas.
— Você está se mudando para a Estrada sem Nome? — perguntou Minori.
— Seja bem vindo. — disse Takeshi, escondendo o deboche.
— Estou procurando uma pessoa. — respondeu. — O nome dele é Chiharu.
— Nós não o conhecemos. — afirmou Yudi, respondendo por todo o grupo.
— Ele está trabalhando nessa cidade... Aparentemente.
— Todos os que vivem aqui são parte de uma família. Se alguém entrar, eu vou ser o primeiro, a saber. — afirmou o líder.
— Mesmo que isso envolva o Red Rum? — perguntou Yamato.
— Red Rum? — questionou Takeshi.
— É a que vocês estão fabricando aqui. — disse Yamato, com uma expressão séria.
— Independente do que acontece, nós não nos aproximamos de drogas. É uma das leis por aqui. — respondeu Smokey, bem irritado.
— Ei, Smokey. — disse Minori. — Parece que Sannoh quer continuar lutando, considerando que recentemente eles invadiram o Colégio Oya. — comentou. — Então... Sem um motivo válido, você está tentando dizer que somos os próximos? — apontou para Yamato.
— De jeito nenhum eu faria isso. De qualquer jeito, Smokey traga sua irmã, garanto que ela pode nos responder algumas coisas.
— Lala?
— Se apresse e traga ela.
— Se tocar na minha família, não perdoarei você. — ameaçou o líder dos Rude, o encarando subitamente com um olhar sério.
O clima estava pesado. O grupo de Smokey encarava Yamato como uma ameaça, após muitas farpas serem trocadas naquele breve diálogo uma luta parecia prestes a começar. No meio da multidão que se aproximava para assistir a confusão, uma voz conhecida por Yamato o alertou imediatamente.
— Yamato! — gritou, era Dan um membro de Sannoh Rengoukai.
Como se fosse um relâmpago, um vulto de casaco verde correu na direção de Yamato e então saltou lhe acertando um par de pontapés, apesar de ter sentido o golpe, Yamato fora apenas empurrado para trás, como esperado de um homem com tamanha força física, ao menos era o que diziam a seu respeito. Smokey que o atacara, parou por um instante e olhou ao seu redor, havia outro. Enquanto Yudi acertava um chute, empurrando Dan para longe, um rapaz magro de cabelos longos com dreadlocks acabara de chegar e lutava contra os Rude, o jovem em questão era Tetsu, de Sannoh Rengoukai. Takeshi pulou sobre uma longa ripa de madeira por onde deslizou sutilmente, de costas, quando chegou até o rapaz e o empurrou para longe, uniu-se a Yudi e Minori e o embate começou, eram dois contra todos, os rapazes dos Rude os cercaram enquanto Smokey e Yamato se enfrentavam em uma disputa individual. Takeshi se abaixou, e uma vez, duas vezes, três vezes, com chutes baixos ele almejava os tornozelos de Tetsu, que de todas as maneiras tentava evitar, recuando e defendendo-se, com as próprias pernas. Minori saltou contra Dan, que lutava contra Yudi, lhe acertou um soco no rosto que o fez recuar brevemente, Dan logo revidou, segurando seu braço e socando-o com sua mão restante, mas fora então interceptado por Yudi, que novamente o golpeou, desta vez com um belo giro no ar seguido por um chute bem no meio das costelas, quando para deixar a situação mais desfavorável para Dan e Tetsu os outros Rude começaram a persegui-los de forma incessante. Dan e Tetsu se puseram um de costas para o outro e começaram a derrubar os Rude que se aproximavam, Dan curvou-se levantando Tetsu, que girou chutando uns cinco de uma só vez. O garoto então se levantou, bateu no peito, como se estivesse chamando mais para a briga.
Smokey ajeitou o seu casaco, caminhou em lentos passos e então correu na direção de uma parede, tomando-a como impulso para chutar o peito de Yamato mais uma vez. Ajeitara agora suas luvas e cerrava os punhos uns contra os outros, socou Yamato que desviou perfeitamente, logo executou da mesma proeza que o agressor com uma bela esquiva, girando seu corpo para baixo ele ergueu a perna esquerda e o chutou, fora defendido com outro chute. Chutou mais uma vez e novamente foi bloqueado, mas na terceira vez o golpe emplacou, empurrou Yamato, que pouco se moveu. O homem de Sannoh logo revidou, acertou um de seus braços, Smokey recuou, Yamato com muita força chutou reto, para frente. O líder dos Rude desviou e apenas observou aquele pedaço de alumínio que estava encostado ali ser retorcido pela força de seu adversário. Trocando uma briga de socos, como se fosse um sparring, ambos procuravam o momento certo, até que Smokey desviou de dois seguidos e encaixou um soco no queixo de Yamato, o segurou pelos braços e foi ao chão, enforcando-o com as pernas e o segurando fortemente com os braços, ele estava totalmente preso.
As coisas não estavam bem para o lado do grupo de Sannoh, que além de estar em menor número em território hostil, estavam sendo esmagados. Dan criou uma brecha para Tetsu avançar e juntos foram até Yamato, na tentativa de ajudá-lo para então fugir. Preso ao chão, enquanto Smokey o sufocava com uma chave bem executada, Yamato estava a mercê do adversário, quando pensou em utilizar sua individualidade para forçar Smokey a largá-lo, percebeu que os braços e pernas do atacante ficaram frouxos, Smokey congelara por um instante, começou a suar frio e largou Yamato, pôs-se de pé e começou a tossir muito, quando olhou para suas mãos, aquela mancha vermelha inconfundível estava impregnada.
Ao mesmo tempo em que estava espantado, Yamato demonstrou-se assustado, como poderia aquilo ter acontecido? Mas não podia dar bobeira, usou a situação para escapar e junto de Dan e Tetsu correu para longe daquela confusão.
— Smokey! — gritou Yudi rapidamente, seguido de Minori.
— Eu estou bem... — dizia Smokey ofegante. — Mas esses caras... Peguem eles! — ordenou.
O grupo então correu em disparada perseguição, deixando Smokey para trás. Takeshi agarrou um de seus companheiros que estava correndo e logo perguntou o que havia acontecido, quando obteve sua resposta irritou-se ainda mais, olhou na direção de Smokey e então seguiu os demais, decidido a acabar com eles.
Yamato, Dan e Tetsu que estavam em fuga, conseguiram encontrar um abrigo provisório e se viam escondidos em uma área de construção abandonada, estavam atrás de uma pilha de tijolos que estava ali de forma conveniente. Enquanto tomavam algum fôlego, Tetsu tirou um aparelho celular de um dos bolsos de sua calça e então tirou uma foto de Yamato e Dan, que tentavam observar os Rude correndo para várias direções lhes caçando.
— O que está fazendo? — perguntou Dan.
— É para colocar no Insta. — respondeu sorrindo.
— Mas que loucura, pelo menos me mostre depois. — disse Yamato.
— Já tomamos uma surra dos Rude Boys, acho que podemos ir embora. — comentou Dan.
— Não, me leve até aquela fábrica que você disse ter visto. — respondeu Yamato. — Tem uma coisa que preciso fazer.
— Você está doido? Não tem como a gente chegar lá, estão nos procurando por toda a parte. — queixou-se Dan.
— Não importa, só precisamos correr não é?
— Eu concordo com o Yamato-san... Se Chiharu é de alguma forma responsável por isso... Precisamos tirar a resposta diretamente com ele. — concordou Tetsu.
— Saco... Não tenho escolha então, mas se eles nos encontrarem vamos todos sair daqui, ouviram bem?
Tetsu e Yamato concordaram com a oferta de Dan, e esguiamente foram o seguindo, sempre utilizando a rota mais longa, mas parecia ser segura. A cada passo que davam olhavam para todos os cantos possíveis, principalmente para cima, para não correrem risco de serem pegos pelos Rude Boys, que os caçavam por todos os cantos da Estrada sem Nome.
Após algum tempo, o trio de integrantes de Sannoh Rengoukai chega em um prédio abandonado e começam a seguir por uma escada bem ingrime. Dan guiava Yamato e Tetsu pelo caminho que percorreu uma outra vez, quando perseguia uma certa pessoa até este lugar. Chegando ao local se depararam com a fábrica do Red Rum, e bem ali diante de seus olhos estava seu amigo, Chiharu. Assim que o garoto os viu ele congelou, deu um passo para trás e Yamato imediatamente foi em sua direção, o segurou fortemente pela gola de sua camisa, praticamente tirando seus pés do chão, e com bastante clareza começou com seu interrogatório.
— Chiharu! — bradou. — Você vai nos dizer porque está fazendo isso? — perguntou.
O garoto estava muito assustado, tentou desviar o olhar de todas as formas que lhe foram possíveis, mas decidiu dizer a verdade, mesmo que aquilo lhe envergonhasse muito.
— A verdade é que... Meu pai está muito endividado... Naquele mesmo dia em que eu entrei para o grupo, quando cheguei em casa ele estava sendo ameaçado por algumas pessoas, eles queriam de toda a forma o dinheiro dele, não consegui apenas assistir e me intrometi, mas eles não cediam. Foi quando aquela pessoa apareceu... Nos disse que se eu trabalhasse na fábrica do Red Rum ele arcaria com todas as dívidas. — explicou Chiharu.
— Que pessoa? — perguntou Yamato.
— Noboru... Esse é o nome dele. — disse cabisbaixo, sabendo que Yamato reconheceria o nome daquele que um dia fora seu melhor amigo. — Eles não estão sozinhos, Minori dos Rude Boys está o ajudando, pelo que sei é um segredo que nem mesmo Smokey sabe. A minha função é ajudar na fábrica e ao mesmo tempo ficar de olho nesta pessoa... Ele está roubando o dinheiro do Red Rum, utilizando um cartão de memória com uma lista de compradores para a droga. — continuou. — Eu sabia que isto significaria trair vocês, mas por outro lado, eu não tinha outro jeito de salvar o meu pai. — lamentava-se. — E quem está por trás de tudo isto é o Grupo Iemura, um dos afiliados do grande Grupo Kuryu, que pretende dominar S.W.O.R.D.
— Noboru fez mesmo isso...
— Dan-san, você encontrou com a irmã de Smokey na boate, não foi? — perguntou Chiharu. — Ela descobriu o que Minori estava fazendo, e tentou impedir, mas enquanto ele fazia transações em Club Heaven, o cartão acabou indo parar nas mãos dos Rascals... E nesta mesma noite eu o roubei... E então reportei para Noboru, assim como ele havia me pedido.
— Então... A destruição do nosso bar... Fazendo os Rascals e os Rude brigarem, foi tudo trabalho de Noboru? — perguntou Yamato.
— Provavelmente... — respondeu Chiharu.
— Você... Porque não nos contou antes? — perguntou Tetsu.
— Sinto muito... Não pensei que acabaria desse jeito.
— No fim das contas... Fomos todos controlados pelo Grupo Iemura. — reclamou Tetsu.
— Aquele idiota... — lamentou Yamato. — Vamos!
Em uma explosão de fúria Yamato avançou para o interior da fábrica, haviam pessoas trabalhando ali, e bem diante de seus olhos estava Minori, de olho nas coisas. Yamato chegou derrubando galões, quebrando mesas em um acesso imparável de raiva. Minori ficou surpreso, o susto de ter sido descoberto lhe deixou sem ação, apenas observara o braço direito do líder de Sannoh a quebrar tudo, enquanto as outras pessoas fugiam desesperadas.
— Ei, você! O que pensa que está fazendo? — exclamou Minori.
Yamato se virou contra ele, o segurou pelo pescoço e lhe socou diretamente no rosto o jogando ao chão. Se postava de frente para Minori, preparado para o que viesse.
— Só por causa de algo assim... — lampejos da destruição do bar de sua amiga e do sofrimento de seus companheiros passavam em sua cabeça.
Soltou outro grito, agarrou um amontoado de fios e os puxou de uma só vez, derrubando vários galões com a droga ainda em sua forma líquida, e então continuou devastando tudo o que pudesse encontrar naquela sala. Minori se levantou e enfrentou Yamato.
— Ei, vocês vieram para nos sabotar? Você por acaso sabe o que estou fazendo? — gritava com um desespero explícito em seus olhos.
Tetsu o empurrou enquanto gritava, e então começou a ajudar Yamato com a depredação. Chiharu e Dan olharam um para o outro, caminharam em passos lentos e então subitamente entraram no meio de toda aquela comoção, arrebentando fios, quebrando mesas, amassando latas, quebrando vidros e o que mais que estivesse envolvido com a produção do Red Rum. Chiharu pegou um pedaço de cano e começou a esmurrar os computadores e os frascos de vidro que se localizavam em estantes mais altas. Dan e Tetsu uniam forças e colocaram uma enorme prateleira abaixo. Minori visivelmente irritado, começava a exibir placas metálicas que cresciam em seus braços e pernas, fazia uso de sua individualidade para começar um embate contra os membros de Sannoh que ali estavam.
No andar debaixo, Smokey que está já recuperado acaba de alcançar os outros Rude Boys, e assim que os encontrou percebe um estranho barulho vindo daquele prédio, apenas há alguns andares acima de onde estavam. Olhou imediatamente para Takeshi, que parecia preocupado com sua saúde.
— Smokey...
— Não se preocupe, estou bem. — disse enquanto apoiava levemente sua mão direita sobre o ombro do rapaz. — Vamos!
A cena que viram quando chegaram era bárbara. Minori estava completamente parado, com o corpo parcialmente coberto por placas metálicas que continuavam a se transformar em uma espécie de armadura, e diante dele estavam quatro jovens destruindo completamente aquela sala, havia poeira e detritos espalhados por todo o ambiente.
— Quebrem as luzes! — gritou Dan, agarrado há um pedaço de concreto.
Vários dos funcionários da fábrica ilegal fugiam, quando um deles, desconhecido, passou por Smokey ele o agarrou pelo pescoço, para confirmar que não fazia ideia de quem ele era, como era possível alguém estar ali sem que ele saiba? Juntos, Takeshi e Yudi correram, tendo Smokey no centro da formação, ficaram então frente à frente com os homens de Sannoh. Quando Minori colocou os olhos em Smokey um calafrio lhe subiu pela espinha, fora pego em flagrante.
— O que está acontecendo aqui? — perguntou Smokey, com sua tradicional expressão angustiada, porém séria. — Vocês... Qual o significado disso? — se direcionou para os membros de Sannoh.
Naquele mesmo instante, um gemido agudo interrompe o início da discussão. Um homem de cabelos loiros, óculos escuros e vestes inteiramente brancas arrastava um homem todo vestido de preto, que gritava bastante. Rocky, o líder dos White Rascals havia chegado e junto com ele estavam Koo, seu braço direito e também Biito, Aizawa e Enari, membros do auto escalão de seu grupo.
— Yo, Smokey! — disse enquanto largava o homem que estava arrastando. — Eu vim para te matar. — o encarou com severidade ao apontar sua bengala contra Smokey.
— Nós entendemos um pouco da situação. — interrompeu Koo. — Qual de vocês é o Minori?
— Minori? — perguntou Smokey.
— Ele distribuiu o Red Rum. — disse Aizawa, retirando de seu chapéu vários pequenos pacotes com um pó vermelho em seu interior, e os atirava no chão.
— Minori, explique-se. — disse Smokey, encarando seu amigo com lamentação.
Minori não disse uma palavra, olhou para Smokey e manteve-se em completo silêncio.
— Eu vou cuidar desta situação. — disse Smokey, apontando para Rocky. — Não vou deixar estranhos ferirem ninguém nessa cidade.
— Não seja tão sentimental. — respondeu Koo. — Não podemos deixar isto de qualquer maneira, não depois do que aconteceu com as mulheres em nossa boate, imaginaram que elas seriam presas fáceis para o Red Rum.
— Nesse caso, estou feliz em lutar contra você. — disse Smokey.
Rocky impediu qualquer ação de Koo, utilizando sua bengala. Deu um passo a frente e se postou de frente contra Smokey, exibindo todos os dentes de ouro em sua boca.
— Vocês... Por acaso sabem onde estão agora? — ameaçou Takeshi.
— Não pense que irá para casa ileso. — disse Yudi.
— Então eu vou matar todos vocês. — ameaçou Rocky. — Você por acaso conhece a minha individualidade, Smokey?
— Não é do meu interesse, logo mais saber o que ela faz ou deixa de fazer não irá mais importar. — respondeu com desdém.
— Você vai pagar caro por estar acobertando o crime de seus homens. Por causa deste desgraçado mulheres em minha boate passaram maus bocados... — disse Rocky. — Party Time! — exclamou, como um alarme para o que estava por vir.
Sem saber do que houvera por aqui mais cedo, uma medida ofensiva já estava sendo executada, mais uma vez. Yamato de Sannoh Rengoukai adentrava a Estrada sem nome, estava utilizando um casaco verde e usava um capuz em sua cabeça, para desta forma se misturar com os demais, entretanto sua forma de caminhar, constantemente olhando para os lados e o fato de estar de cabeça baixa quase todo o tempo começou a levantar suspeitas. Sem que percebesse, algumas silhuetas cambalhotavam por detrás, logo se escondendo entre as sombras. Nas plataformas mais altas, que cercavam os becos acontecia a mesma coisa, vultos pareciam passar como relâmpagos, até que Yamato pareceu perceber algo, ele não havia os visto, muito menos os escutado, mas estavam lá, ele sabia disso. Olhou para trás, mas nada, apenas alguns moradores, que coletavam o lixo ou tentavam arrumar um pouco do estrago de outrora.
No ponto mais alto da Estrada sem nome, havia uma grande plataforma, praticamente um mirante urbano. Lá estava Smokey, de costas contra uma grade, apoiando-se com os braços. Estava com os olhos fechados e demonstrava estar pensativo. Sentia o vento bater em seu rosto, praticamente sem efeito sobre seu cabelo, normalmente bagunçado. Tentava colocar as idéias em dia, mas assim como muitos já percebera algo errado, seria outra invasão? Olhou para baixo, vendo ao longe a forma como os Rude se esgueiravam por aí, só podiam estar perseguindo alguma coisa. Com uma expressão insatisfeita, e até mesmo cansada o rapaz cerrou os punhos e saiu de onde estava.
Talvez por acidente um dos rapazes esbarrou em algum cano, seja lá o que tenha sido provocou um som que acaba por alertar Yamato, que no imediato em que ouviu aquele eco sua única opção foi correr em disparada, ele estava sozinho em um lugar onde não deveria estar, suas chances de sair dali se fosse pego eram nulas. Mas sua fuga causou um efeito diferente nos rapazes, que antes apenas suspeitavam de um estranho encapuzado, mas agora tinham certeza que ele não era um deles, pois correra assim que os percebeu. Começaram a saltar pelos becos, corriam ao redor dele, na parte de cima e então se deu início à perseguição. Ao longe, saltando alturas maiores, com grande precisão Smokey estava a caminho, mas os demais não tinham esta informação, continuaram perseguindo o estranho, que de maneira desesperada derrubou tudo o que estava em seu caminho, para dificultar os perseguidores de o alcançarem, canos grandes, pedaços de concreto e até mesmo pneus velhos. Quando achou que havia os despistado, olhou para frente e se deparou com um grupo familiar, Yudi, Minori e Takeshi o confrontavam, ao fundo, se aproximando deles Smokey, que acabara de chegar caminhava em lentos passos.
— Yo, Yamato. — com desdém Smokey o cumprimentou.
— Já faz um tempo. — respondeu sem alternativas.
— Você está se mudando para a Estrada sem Nome? — perguntou Minori.
— Seja bem vindo. — disse Takeshi, escondendo o deboche.
— Estou procurando uma pessoa. — respondeu. — O nome dele é Chiharu.
— Nós não o conhecemos. — afirmou Yudi, respondendo por todo o grupo.
— Ele está trabalhando nessa cidade... Aparentemente.
— Todos os que vivem aqui são parte de uma família. Se alguém entrar, eu vou ser o primeiro, a saber. — afirmou o líder.
— Mesmo que isso envolva o Red Rum? — perguntou Yamato.
— Red Rum? — questionou Takeshi.
— É a que vocês estão fabricando aqui. — disse Yamato, com uma expressão séria.
— Independente do que acontece, nós não nos aproximamos de drogas. É uma das leis por aqui. — respondeu Smokey, bem irritado.
— Ei, Smokey. — disse Minori. — Parece que Sannoh quer continuar lutando, considerando que recentemente eles invadiram o Colégio Oya. — comentou. — Então... Sem um motivo válido, você está tentando dizer que somos os próximos? — apontou para Yamato.
— De jeito nenhum eu faria isso. De qualquer jeito, Smokey traga sua irmã, garanto que ela pode nos responder algumas coisas.
— Lala?
— Se apresse e traga ela.
— Se tocar na minha família, não perdoarei você. — ameaçou o líder dos Rude, o encarando subitamente com um olhar sério.
O clima estava pesado. O grupo de Smokey encarava Yamato como uma ameaça, após muitas farpas serem trocadas naquele breve diálogo uma luta parecia prestes a começar. No meio da multidão que se aproximava para assistir a confusão, uma voz conhecida por Yamato o alertou imediatamente.
— Yamato! — gritou, era Dan um membro de Sannoh Rengoukai.
Como se fosse um relâmpago, um vulto de casaco verde correu na direção de Yamato e então saltou lhe acertando um par de pontapés, apesar de ter sentido o golpe, Yamato fora apenas empurrado para trás, como esperado de um homem com tamanha força física, ao menos era o que diziam a seu respeito. Smokey que o atacara, parou por um instante e olhou ao seu redor, havia outro. Enquanto Yudi acertava um chute, empurrando Dan para longe, um rapaz magro de cabelos longos com dreadlocks acabara de chegar e lutava contra os Rude, o jovem em questão era Tetsu, de Sannoh Rengoukai. Takeshi pulou sobre uma longa ripa de madeira por onde deslizou sutilmente, de costas, quando chegou até o rapaz e o empurrou para longe, uniu-se a Yudi e Minori e o embate começou, eram dois contra todos, os rapazes dos Rude os cercaram enquanto Smokey e Yamato se enfrentavam em uma disputa individual. Takeshi se abaixou, e uma vez, duas vezes, três vezes, com chutes baixos ele almejava os tornozelos de Tetsu, que de todas as maneiras tentava evitar, recuando e defendendo-se, com as próprias pernas. Minori saltou contra Dan, que lutava contra Yudi, lhe acertou um soco no rosto que o fez recuar brevemente, Dan logo revidou, segurando seu braço e socando-o com sua mão restante, mas fora então interceptado por Yudi, que novamente o golpeou, desta vez com um belo giro no ar seguido por um chute bem no meio das costelas, quando para deixar a situação mais desfavorável para Dan e Tetsu os outros Rude começaram a persegui-los de forma incessante. Dan e Tetsu se puseram um de costas para o outro e começaram a derrubar os Rude que se aproximavam, Dan curvou-se levantando Tetsu, que girou chutando uns cinco de uma só vez. O garoto então se levantou, bateu no peito, como se estivesse chamando mais para a briga.
Smokey ajeitou o seu casaco, caminhou em lentos passos e então correu na direção de uma parede, tomando-a como impulso para chutar o peito de Yamato mais uma vez. Ajeitara agora suas luvas e cerrava os punhos uns contra os outros, socou Yamato que desviou perfeitamente, logo executou da mesma proeza que o agressor com uma bela esquiva, girando seu corpo para baixo ele ergueu a perna esquerda e o chutou, fora defendido com outro chute. Chutou mais uma vez e novamente foi bloqueado, mas na terceira vez o golpe emplacou, empurrou Yamato, que pouco se moveu. O homem de Sannoh logo revidou, acertou um de seus braços, Smokey recuou, Yamato com muita força chutou reto, para frente. O líder dos Rude desviou e apenas observou aquele pedaço de alumínio que estava encostado ali ser retorcido pela força de seu adversário. Trocando uma briga de socos, como se fosse um sparring, ambos procuravam o momento certo, até que Smokey desviou de dois seguidos e encaixou um soco no queixo de Yamato, o segurou pelos braços e foi ao chão, enforcando-o com as pernas e o segurando fortemente com os braços, ele estava totalmente preso.
As coisas não estavam bem para o lado do grupo de Sannoh, que além de estar em menor número em território hostil, estavam sendo esmagados. Dan criou uma brecha para Tetsu avançar e juntos foram até Yamato, na tentativa de ajudá-lo para então fugir. Preso ao chão, enquanto Smokey o sufocava com uma chave bem executada, Yamato estava a mercê do adversário, quando pensou em utilizar sua individualidade para forçar Smokey a largá-lo, percebeu que os braços e pernas do atacante ficaram frouxos, Smokey congelara por um instante, começou a suar frio e largou Yamato, pôs-se de pé e começou a tossir muito, quando olhou para suas mãos, aquela mancha vermelha inconfundível estava impregnada.
Ao mesmo tempo em que estava espantado, Yamato demonstrou-se assustado, como poderia aquilo ter acontecido? Mas não podia dar bobeira, usou a situação para escapar e junto de Dan e Tetsu correu para longe daquela confusão.
— Smokey! — gritou Yudi rapidamente, seguido de Minori.
— Eu estou bem... — dizia Smokey ofegante. — Mas esses caras... Peguem eles! — ordenou.
O grupo então correu em disparada perseguição, deixando Smokey para trás. Takeshi agarrou um de seus companheiros que estava correndo e logo perguntou o que havia acontecido, quando obteve sua resposta irritou-se ainda mais, olhou na direção de Smokey e então seguiu os demais, decidido a acabar com eles.
Yamato, Dan e Tetsu que estavam em fuga, conseguiram encontrar um abrigo provisório e se viam escondidos em uma área de construção abandonada, estavam atrás de uma pilha de tijolos que estava ali de forma conveniente. Enquanto tomavam algum fôlego, Tetsu tirou um aparelho celular de um dos bolsos de sua calça e então tirou uma foto de Yamato e Dan, que tentavam observar os Rude correndo para várias direções lhes caçando.
— O que está fazendo? — perguntou Dan.
— É para colocar no Insta. — respondeu sorrindo.
— Mas que loucura, pelo menos me mostre depois. — disse Yamato.
— Já tomamos uma surra dos Rude Boys, acho que podemos ir embora. — comentou Dan.
— Não, me leve até aquela fábrica que você disse ter visto. — respondeu Yamato. — Tem uma coisa que preciso fazer.
— Você está doido? Não tem como a gente chegar lá, estão nos procurando por toda a parte. — queixou-se Dan.
— Não importa, só precisamos correr não é?
— Eu concordo com o Yamato-san... Se Chiharu é de alguma forma responsável por isso... Precisamos tirar a resposta diretamente com ele. — concordou Tetsu.
— Saco... Não tenho escolha então, mas se eles nos encontrarem vamos todos sair daqui, ouviram bem?
Tetsu e Yamato concordaram com a oferta de Dan, e esguiamente foram o seguindo, sempre utilizando a rota mais longa, mas parecia ser segura. A cada passo que davam olhavam para todos os cantos possíveis, principalmente para cima, para não correrem risco de serem pegos pelos Rude Boys, que os caçavam por todos os cantos da Estrada sem Nome.
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Após algum tempo, o trio de integrantes de Sannoh Rengoukai chega em um prédio abandonado e começam a seguir por uma escada bem ingrime. Dan guiava Yamato e Tetsu pelo caminho que percorreu uma outra vez, quando perseguia uma certa pessoa até este lugar. Chegando ao local se depararam com a fábrica do Red Rum, e bem ali diante de seus olhos estava seu amigo, Chiharu. Assim que o garoto os viu ele congelou, deu um passo para trás e Yamato imediatamente foi em sua direção, o segurou fortemente pela gola de sua camisa, praticamente tirando seus pés do chão, e com bastante clareza começou com seu interrogatório.
— Chiharu! — bradou. — Você vai nos dizer porque está fazendo isso? — perguntou.
O garoto estava muito assustado, tentou desviar o olhar de todas as formas que lhe foram possíveis, mas decidiu dizer a verdade, mesmo que aquilo lhe envergonhasse muito.
— A verdade é que... Meu pai está muito endividado... Naquele mesmo dia em que eu entrei para o grupo, quando cheguei em casa ele estava sendo ameaçado por algumas pessoas, eles queriam de toda a forma o dinheiro dele, não consegui apenas assistir e me intrometi, mas eles não cediam. Foi quando aquela pessoa apareceu... Nos disse que se eu trabalhasse na fábrica do Red Rum ele arcaria com todas as dívidas. — explicou Chiharu.
— Que pessoa? — perguntou Yamato.
— Noboru... Esse é o nome dele. — disse cabisbaixo, sabendo que Yamato reconheceria o nome daquele que um dia fora seu melhor amigo. — Eles não estão sozinhos, Minori dos Rude Boys está o ajudando, pelo que sei é um segredo que nem mesmo Smokey sabe. A minha função é ajudar na fábrica e ao mesmo tempo ficar de olho nesta pessoa... Ele está roubando o dinheiro do Red Rum, utilizando um cartão de memória com uma lista de compradores para a droga. — continuou. — Eu sabia que isto significaria trair vocês, mas por outro lado, eu não tinha outro jeito de salvar o meu pai. — lamentava-se. — E quem está por trás de tudo isto é o Grupo Iemura, um dos afiliados do grande Grupo Kuryu, que pretende dominar S.W.O.R.D.
— Noboru fez mesmo isso...
— Dan-san, você encontrou com a irmã de Smokey na boate, não foi? — perguntou Chiharu. — Ela descobriu o que Minori estava fazendo, e tentou impedir, mas enquanto ele fazia transações em Club Heaven, o cartão acabou indo parar nas mãos dos Rascals... E nesta mesma noite eu o roubei... E então reportei para Noboru, assim como ele havia me pedido.
— Então... A destruição do nosso bar... Fazendo os Rascals e os Rude brigarem, foi tudo trabalho de Noboru? — perguntou Yamato.
— Provavelmente... — respondeu Chiharu.
— Você... Porque não nos contou antes? — perguntou Tetsu.
— Sinto muito... Não pensei que acabaria desse jeito.
— No fim das contas... Fomos todos controlados pelo Grupo Iemura. — reclamou Tetsu.
— Aquele idiota... — lamentou Yamato. — Vamos!
Em uma explosão de fúria Yamato avançou para o interior da fábrica, haviam pessoas trabalhando ali, e bem diante de seus olhos estava Minori, de olho nas coisas. Yamato chegou derrubando galões, quebrando mesas em um acesso imparável de raiva. Minori ficou surpreso, o susto de ter sido descoberto lhe deixou sem ação, apenas observara o braço direito do líder de Sannoh a quebrar tudo, enquanto as outras pessoas fugiam desesperadas.
— Ei, você! O que pensa que está fazendo? — exclamou Minori.
Yamato se virou contra ele, o segurou pelo pescoço e lhe socou diretamente no rosto o jogando ao chão. Se postava de frente para Minori, preparado para o que viesse.
— Só por causa de algo assim... — lampejos da destruição do bar de sua amiga e do sofrimento de seus companheiros passavam em sua cabeça.
Soltou outro grito, agarrou um amontoado de fios e os puxou de uma só vez, derrubando vários galões com a droga ainda em sua forma líquida, e então continuou devastando tudo o que pudesse encontrar naquela sala. Minori se levantou e enfrentou Yamato.
— Ei, vocês vieram para nos sabotar? Você por acaso sabe o que estou fazendo? — gritava com um desespero explícito em seus olhos.
Tetsu o empurrou enquanto gritava, e então começou a ajudar Yamato com a depredação. Chiharu e Dan olharam um para o outro, caminharam em passos lentos e então subitamente entraram no meio de toda aquela comoção, arrebentando fios, quebrando mesas, amassando latas, quebrando vidros e o que mais que estivesse envolvido com a produção do Red Rum. Chiharu pegou um pedaço de cano e começou a esmurrar os computadores e os frascos de vidro que se localizavam em estantes mais altas. Dan e Tetsu uniam forças e colocaram uma enorme prateleira abaixo. Minori visivelmente irritado, começava a exibir placas metálicas que cresciam em seus braços e pernas, fazia uso de sua individualidade para começar um embate contra os membros de Sannoh que ali estavam.
No andar debaixo, Smokey que está já recuperado acaba de alcançar os outros Rude Boys, e assim que os encontrou percebe um estranho barulho vindo daquele prédio, apenas há alguns andares acima de onde estavam. Olhou imediatamente para Takeshi, que parecia preocupado com sua saúde.
— Smokey...
— Não se preocupe, estou bem. — disse enquanto apoiava levemente sua mão direita sobre o ombro do rapaz. — Vamos!
A cena que viram quando chegaram era bárbara. Minori estava completamente parado, com o corpo parcialmente coberto por placas metálicas que continuavam a se transformar em uma espécie de armadura, e diante dele estavam quatro jovens destruindo completamente aquela sala, havia poeira e detritos espalhados por todo o ambiente.
— Quebrem as luzes! — gritou Dan, agarrado há um pedaço de concreto.
Vários dos funcionários da fábrica ilegal fugiam, quando um deles, desconhecido, passou por Smokey ele o agarrou pelo pescoço, para confirmar que não fazia ideia de quem ele era, como era possível alguém estar ali sem que ele saiba? Juntos, Takeshi e Yudi correram, tendo Smokey no centro da formação, ficaram então frente à frente com os homens de Sannoh. Quando Minori colocou os olhos em Smokey um calafrio lhe subiu pela espinha, fora pego em flagrante.
— O que está acontecendo aqui? — perguntou Smokey, com sua tradicional expressão angustiada, porém séria. — Vocês... Qual o significado disso? — se direcionou para os membros de Sannoh.
Naquele mesmo instante, um gemido agudo interrompe o início da discussão. Um homem de cabelos loiros, óculos escuros e vestes inteiramente brancas arrastava um homem todo vestido de preto, que gritava bastante. Rocky, o líder dos White Rascals havia chegado e junto com ele estavam Koo, seu braço direito e também Biito, Aizawa e Enari, membros do auto escalão de seu grupo.
— Yo, Smokey! — disse enquanto largava o homem que estava arrastando. — Eu vim para te matar. — o encarou com severidade ao apontar sua bengala contra Smokey.
— Nós entendemos um pouco da situação. — interrompeu Koo. — Qual de vocês é o Minori?
— Minori? — perguntou Smokey.
— Ele distribuiu o Red Rum. — disse Aizawa, retirando de seu chapéu vários pequenos pacotes com um pó vermelho em seu interior, e os atirava no chão.
— Minori, explique-se. — disse Smokey, encarando seu amigo com lamentação.
Minori não disse uma palavra, olhou para Smokey e manteve-se em completo silêncio.
— Eu vou cuidar desta situação. — disse Smokey, apontando para Rocky. — Não vou deixar estranhos ferirem ninguém nessa cidade.
— Não seja tão sentimental. — respondeu Koo. — Não podemos deixar isto de qualquer maneira, não depois do que aconteceu com as mulheres em nossa boate, imaginaram que elas seriam presas fáceis para o Red Rum.
— Nesse caso, estou feliz em lutar contra você. — disse Smokey.
Rocky impediu qualquer ação de Koo, utilizando sua bengala. Deu um passo a frente e se postou de frente contra Smokey, exibindo todos os dentes de ouro em sua boca.
— Vocês... Por acaso sabem onde estão agora? — ameaçou Takeshi.
— Não pense que irá para casa ileso. — disse Yudi.
— Então eu vou matar todos vocês. — ameaçou Rocky. — Você por acaso conhece a minha individualidade, Smokey?
— Não é do meu interesse, logo mais saber o que ela faz ou deixa de fazer não irá mais importar. — respondeu com desdém.
— Você vai pagar caro por estar acobertando o crime de seus homens. Por causa deste desgraçado mulheres em minha boate passaram maus bocados... — disse Rocky. — Party Time! — exclamou, como um alarme para o que estava por vir.
Continua...
Grupo Iemura.
Grupo Iemura.
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Re: Rude Boys - Road to be a Hero
C A P Í T U L O - 04 • Grupo Iemura
White Rascals e Rude Boys, estavam prestes a se enfrentar. Embora fosse admirável o esforço que Smokey fazia, ele estava visivelmente fadigado, naquele mesmo dia enfrentara a gangue Real Hooligans e seu líder e poucas horas depois enfrentou Yamato, braço direito de Cobra, líder de Sannoh Rengoukai. E agora enfrentava um dilema, seria Minori, um de seus companheiros mais fieis, um traidor? Minori que estava há algum tempo ausente do grupo, repentinamente retornou com uma informação sobre o paradeiro de Lily e sobre o Red Rum... Era apenas uma questão de ligar os pontos, os Real Hooligans deviam estar atrapalhando seus planos de contrabandear a droga, e assim que conseguiu uma boa informação este agiu, retornando para os Rude.
O líder dos Rude voltava a tossir com força, desta vez sem a presença de sangue, mas seus olhos estavam avermelhados e seu vigor estava se esvaindo, era improvável que este conseguisse lutar contra Rocky. Takeshi imediatamente fora ao seu encontro, serviu de apoio e o orientou a não lutar, pois poderia ser prejudicial.
— Pare com isso Smokey! Deixe que nós cuidamos disso, você não vai conseguir fazer muita coisa nesse estado, já lutou muito hoje. — dizia Takeshi.
— Mas que cena mais intrigante, agora resolveram brigar entre si? — provocou aquela voz trovejante que adentrava no recinto.
Todos direcionaram seus olhares para os homens de ternos pretos que adentravam na fábrica. Muito bem vestidos e cheios de poses, os homens encaravam os rapazes de S.W.O.R.D com um olhar de superioridade, do fundo da fileira de homens de preto, um rapaz de estatura mediana, e cabelos bagunçados de cor preta, se postava de frente para os integrantes de Sannoh, fitava um sorriso em face, o que causou um pequeno alvoroço.
— Então, realmente foi você quem fez isso, Noboru? — lamentou-se Yamato.
— Eu ainda continuo com a minha oferta para vocês. — disse Noboru, estendendo sua mão direita. — Vocês de Sannoh podem se juntar a nós, iremos retomar a área de S.W.O.R.D.
— Noboru! — trovejou Dan.
— Nos recusamos! — bravejou Tetsu.
— Noboru... Porque está fazendo isso? — perguntou Yamato. — Volte com a gente Noboru, vamos voltar a comer omerice todos juntos no Ittokan... — suplicava.
— O grupo Iemura... Me deu uma nova oportunidade. Não existe justiça neste mundo, Yamato. Quando uma tela branca é tingida de vermelho, a única cor que consegue cobrir a mancha é o preto... — explicou Noboru.
— Crianças não podem vencer adultos. — provocou um dos homens. — O grupo Iemura irá conquistar S.W.O.R.D e vocês não terão a menor chance.
A tensão aumentava cada vez mais, cansados de esperar os White Rascals resolvem se mover, percebendo que seu inimigo era o Grupo Iemura Rocky e seus homens avançam, mas o som de um aparelho celular com o toque alto o suficiente acaba por abafar toda a ação. Noboru é aquele quem atende o telefone, e após ouvir o que diziam do outro lado da linha, este apenas assente com a cabeça e com um único gesto os homens de preto recuam, e junto de Noboru deixam o local.
— Um grande mal-entendido, como podem ver. — disse Yamato. — Fazia parte dos planos deles nos jogar uns contra os outros. Assim eles conseguiram causar danos aos Rude, Rascals e até mesmo em nós.
— Vamos embora. — disse Rocky. — As mulheres em nosso clube precisam ser reconfortadas.
— Deixamos as coisas com você, Smokey? — perguntou Yamato.
— Sim. No que se diz respeito desta fábrica, acredito que seja um problema que deve ser resolvido pelas pessoas deste lugar. — respondeu.
— Entendo, então até a vista.
— Yamato. — chamou Smokey. — Considere a questão de controlar seus homens, não quero mais ver ninguém de fora aqui, a não ser que queiram ser um de nós. — encerrou Smokey.
Movidos pela ganancia, seu maior objetivo é a total dominação da área de S.W.O.R.D. Iemura Group, o mais forte grupo afiliado ao Kuryu Group. Comandados por Nikaido e dirigido por Tatsumi Iemura, eles possuem uma forte ambição de reconstruir a cidade de Kiba, que atualmente se encontra em estado devastado, pelas muitas batalhas entre gangues que viveu em sua história. Porém aqueles que vivem na cidade não gostam da ideia, muitos simplesmente se alojaram ali, sem sequer possuir uma escritura que lhes de posse de tal terreno, mas a grande maioria simplesmente se acostumou com o ambiente e desfruta da segurança que as gangues do grupo de S.W.O.R.D acabam por lhes oferecer, os tratando em grande parte como heróis. Em um mundo onde poucos foram abençoados com o desejo de lutar, basta um bando revolucionário para acender a luz da esperança que repousa dentro de cada indivíduo.
Reunidos ao redor de uma grande mesa circular, vários representantes do Grupo Iemura discutiam sobre uma maneira apropriada de punir os atos de Noboru. Falhar era simplesmente inaceitável, e além de ter falhado com seu plano de causar uma briga entre as gangues, Noboru se dirigiu pessoalmente até o local, junto com vários homens sem ter ordem direta para isso. Um homem alto, bem penteado de cabelos negros chamado Nikaido, chutava o corpo de Noboru várias vezes, o rapaz estava com o rosto bastante ensanguentado, e sempre que tentava se levantar era novamente jogado ao chão. Eles não o matariam, mas aquilo jamais passaria em branco, era o tipo de erro que deveria ficar marcado em sua memória, para que não voltasse a acontecer.
Todos os Rude Boys se encontravam reunidos ao redor de uma grande fogueira não muito distante da entrada da área chamada de Mumei Gai, vulgo Estrada sem Nome. Minori e Smokey se encontravam no meio do círculo, de longe parecia algum tipo de confraternização, mas era na verdade um ritual de despedida, de expulsão pelo desrespeito as regras. Quando de repente começara uma fina chuva, insuficiente para apagar a fogueira, mas o bastante para dar um ligeiro ar de comoção no que aconteceria a seguir.
— Desculpe pelos problemas que causei pra você pessoal... — Minori se lamentou. — Pegue Smokey, este foi todo o dinheiro que consegui, use para o seu tratamento. — ofereceu-lhe um pequeno envelope.
— Não se preocupe comigo, eu já disse. — enfatizou. — Vou usar este dinheiro para o nosso povo, para reconstruir esse lugar.
— Smokey... Tem certeza disto? — perguntou Yudi.
— As pessoas que vivem em Mumei Gai, são pessoas que não possuem outra casa... É por isso que eu realmente considero todos como sendo de minha família. Se você se desviar desta família, estará se colocando em perigo. — explicava, aproximou-se de Minori e começou a apontar em sua direção, conforme dizia: — Pulmões, fígado, pâncreas, rins e coração. — neste último, deu um pequeno e fraco golpe no meio do peito de Minori. — Todos eles deixados de lado. Esta é a regra desta cidade.
— Smokey, eu... — era interrompido.
— Se você não pode fazer isso, então desapareça imediatamente. — disse com um tom de voz mais sério, porém lamentoso. — Eu sei que você estava preocupado com a minha saúde. A fim de me levar a um bom médico. Queria encontrar maneiras de ganhar dinheiro... No entanto, você tocou em dinheiro do Grupo Iemura. Se você ficar por aqui, eles com certeza vão se livrar de você... Pessoas que vivem aqui não tem nada, incluindo nomes e identidades... Então se você deixar este lugar, eles não serão capazes de rastrear os seus passos, você poderá ter um novo nome e ser livre de novo. A maneira mais segura para você seguir adiante daqui pra frente, e abandonar a Estrada sem Nome... Por minha causa. — curvou-se para Minori. — Eu realmente peço desculpas.
Todos ali observam a cena se desenrolar, sem dizer uma única palavra. O único som presente além da voz de Smokey eram originários das chamas da fogueira em contato com os poucos pingos que teimosamente caiam dos céus. Quando Smokey por fim terminava com seu discurso, um novo acesso lhe ocorreu, tornou a curvar seu corpo e começou a tossir bastante, o que obviamente trouxe novamente preocupação para todos, esquecendo de que havia sido expulso, a força da amizade era maior do que qualquer outra coisa, Minori e os outros foram em sua direção, dar-lhe suporte como costumeiramente faziam, inclusive Lala, que estava timidamente observando de longe foi ao socorro.
No bar e restaurante Ittokan, já recuperado da depredação que sofrera pelos White Rascals, os membros de Sannoh Rengoukai estavam por dar os últimos retoques para a reinauguração do estabelecimento e juntos passaram a tarde discutindo sobre o futuro que lhes aguardava agora que Noboru havia se tornado um membro do Grupo Iemura, Cobra estava decidido que seu grupo agora não havia um propósito, se Noboru não iria voltar para eles, não havia sentido na existência de seu grupo, cujo propósito era apenas um, servir como um lugar para que seu antigo companheiro pudesse retornar.
— Parece que... — dizia com profunda tristeza. — Sannoh Rengoukai, a partir de hoje não seremos mais um grupo.
A notícia pegara a todos de surpreso, Chiharu, Dan, Tetsu, Yamato e as garotas do moto clube Ichigo Milk, que também se faziam presentes ficaram em estado de choque. A decisão de Cobra era definitiva, ninguém jamais o vira mudar de ideia, quando decide algo assim será e ponto final. Yamato, que era o mais próximo de Cobra sabia bem o quanto o líder estava sofrendo, pois assim como para ele, Noboru era insubstituível, era seu melhor amigo de infância, juntos os três haviam trilhado um enorme caminho, mesmo que Noboru tenha preferido seguir um caminho diferente, quando ao invés de se juntar aos seus amigos no grupo chamado Mugen o mesmo preferiu seguir com os estudos e cursar faculdade.
— Cobra-san... — Chiharu o chamou. — Pense em tudo o que passamos recentemente... Isso pode ser mais uma armadilha do Grupo Iemura.
— Não, vocês viram, estavam todos lá. — Yamato interrompeu. — Noboru agora pertence ao Grupo Iemura, é nosso inimigo. — Dito isto Yamato se retirou, deixando o clima mais frio do que antes.
Em um grande prédio na capital, estavam reunidos os homens do grupo Iemura. Naquela sala repleta de requintes arquitetônicos vários homens de ternos pretos sentavam-se um após o outro, nos assentos disponíveis naquele longa mesa dourada. Noboru estava bem ali, de pé sobre um dos líderes do grupo, quando uma agressão súbita desencadeou-se. Nikaido, o líder dos homens de Iemura lhe acertou um golpe rasteiro que lhe derrubou e então cerca de quatro homens começaram com uma covardia sem limites, o esmurravam cruelmente enquanto estava indefeso no chão, sua face ensaguentada e gritos eram como se fosse música para os ouvidos do líder, Iemura que presenciou toda a cena, o ancião fez então um gesto para que retirassem o rapaz dali, e que mais tarde pensariam em uma punição que lhe fosse mais adequada.
— Graças à este tolo nossos inimigos estão em alerta. — dizia em tom frio, mas intimidador. — Vamos usar o Hyuga. — avisou.
— Aquele homem? — Não está pensando em soltá-lo, está? Ele é perigoso mesmo estando atrás das grades. — dizia um dos conselheiros.
— Hinata Norihisa... Ele carrega consigo um ódio que irá destruir S.W.O.R.D, aquele grupo... Formado unicamente para vingar a família de vandâ-los, os Hyuga... Daruma estará de volta!
— O nome dele está mesmo certo? — perguntou outro conselheiro.
— Ele assumirá o nome de sua família quando sua vingança por bem sucedida. — disse Nikaido. — Foi o que lhe garantimos. — sorriu irônicamente.
— Então usaremos o Hyuga para acabar com S.W.O.R.D... Mas ele é um problema, por isso quando acabar, ele também será cortado. — indagou Iemura.
A noite chegara na área de S.W.O.R.D, trancafiado na única prisão da região, estava um homem de cabelos negros, bastante bagunçados. O homem segurava uma faca em mãos e cuidadosamente talhava na parede uma mensagem, quando a cela que o trancafiava fora aberta, sem ninguém estar de guarda. Um sorriso macabro percorreu a face do homem, que deixou o recinto, não sem antes fincar a faca na parede, como um ponto final para a mensagem.
Em uma região mais isolada, dentro da área de S.W.O.R.D, um grande templo japonês estava erguido. Haviam estatuetas chamativas por toda parte. Todo o ambiente era bastante clássico. Muitas pessoas se reuniam ali, todos vestiam roupas vermelhas, as vestes eram sempre largas, bandanas, bonés e vários acessórios de beisebol, e outros artigos esportivos faziam parte da vestimenta exagerada desta gangue. Todos carregavam sombrinhas vermelhas de bambu, para protegerem-se da chuva, quando todos abriram caminho, para alguém que carregava uma sombrinha de cor azul, ele seguia pelo caminho feito pelos demais, na porta do templo um homem grande de cabelos brancos estava sentado, como se estivesse esperando por ele. O de sombrinha azul finalmente chegou até a porta do templo, passando pelas escadas e então sentou-se em uma almofada ao lado do homem que ali estava.
— Finalmente a nossa hora chegou, hein Hyuga? — dizia sorrindo o homem de cabelos brancos, enquanto fumava seu cigarro de forma desleixada.
— Vamos dominar S.W.O.R.D? — Perguntou Hinata, assim que se sentou o sorriso doentio em seus olhos avermelhados pelo vício em sua vingança.
— Daruma, está de volta! — gritavam todos.
No ponto mais alto de Mumei Gai, Smokey repousava, estava recostado em uma grade, de costas para a paisagem que refletia todo o seu território, era seu local preferido para ficar sozinho e desfrutar de momentos de reflexão. Quando subitamente, uma figura familiar vem em sua direção, quebrando totalmente o clima do ambiente. Um homem de pele negra, chamativos óculos escuros de cor amarela e trajava também um tipo de armadura, tudo muito americano, era San Andreas, o herói sísmico. Sorridente, veio até Smokey com um comprimento, que fora respondido com um silencio hostil.
— Imagino que saiba onde está. — afirmou o líder.
— Que medo, que medo... — descontraiu. — Imagino que suspeite de mim, não o culpo, já que desapareci repentinamente, quando havia dito que os ajudaria.
— Deve ter suas razões, agora a não ser que tenha vindo para ficar, sugiro que se retire. — respondeu mais uma vez, sem sequer olhar para o homem. — Não é um bom dia.
— Tudo deu certo, não foi? Recuperou a garota, derrotou os Real Hooligans... — fora interrompido.
— E perdi um importante companheiro... — disse. — Então, por favor, se retire.
— Como quiser, mas ainda assim devo lhe dizer algo importante, considere como um agradecimento por ter me ajudado.
— An?
— Não confiem na polícia... Saigo, o detetive que havia me contratado... Descobri que ele está trabalhando para o Iemura Group. Eles usarão de todos os meios para incriminarem quem puder... Sem uma licença de herói, vocês não podem utilizar suas individualidades para... bem, fazer justiça com as próprias mãos, imagino. Em todo o caso, pegue. — disse San Andreas, jogando até Smokey um tipo de cartão. — É um pouco longe, fica em Tóquio. Mas é a melhor academia de heróis que podem encontrar, independente se querem ou não tal título, a verdade é que vocês precisarão de uma licença... — despediu-se. — Ah... Mas uma coisa. Daruma está de volta... Saigo soltou aquele... Norihisa Hinata, remanescente do antigo grupo Hyuga, que foi desmantelado por Mugen... Eles provavelmente planejam se vingar de S.W.O.R.D, lhes desejo o máximo de cautela.
Dito isto, San Andreas virou-se de costas e foi embora, deixando Smokey para trás, ainda mais pensativo do que anteriormente. O líder dos Rude possui informações sobre o envolvimento de Mugen com o Grupo Hyuga, assim como o que motiva a vingança que tanto buscam, mesmo que parecesse algo trivial, sentia o desejo e contar tudo para seus familiares, para poderem se defender do perigo que se espreitava. Mal sabia Smokey, que Daruma, ou parte do grupo já invadira Mumei Gai, com pouco mais do que vinte capangas, homens de roupas vermelhas já entravam pelo território.
O líder dos Rude voltava a tossir com força, desta vez sem a presença de sangue, mas seus olhos estavam avermelhados e seu vigor estava se esvaindo, era improvável que este conseguisse lutar contra Rocky. Takeshi imediatamente fora ao seu encontro, serviu de apoio e o orientou a não lutar, pois poderia ser prejudicial.
— Pare com isso Smokey! Deixe que nós cuidamos disso, você não vai conseguir fazer muita coisa nesse estado, já lutou muito hoje. — dizia Takeshi.
— Mas que cena mais intrigante, agora resolveram brigar entre si? — provocou aquela voz trovejante que adentrava no recinto.
Todos direcionaram seus olhares para os homens de ternos pretos que adentravam na fábrica. Muito bem vestidos e cheios de poses, os homens encaravam os rapazes de S.W.O.R.D com um olhar de superioridade, do fundo da fileira de homens de preto, um rapaz de estatura mediana, e cabelos bagunçados de cor preta, se postava de frente para os integrantes de Sannoh, fitava um sorriso em face, o que causou um pequeno alvoroço.
— Então, realmente foi você quem fez isso, Noboru? — lamentou-se Yamato.
— Eu ainda continuo com a minha oferta para vocês. — disse Noboru, estendendo sua mão direita. — Vocês de Sannoh podem se juntar a nós, iremos retomar a área de S.W.O.R.D.
— Noboru! — trovejou Dan.
— Nos recusamos! — bravejou Tetsu.
— Noboru... Porque está fazendo isso? — perguntou Yamato. — Volte com a gente Noboru, vamos voltar a comer omerice todos juntos no Ittokan... — suplicava.
— O grupo Iemura... Me deu uma nova oportunidade. Não existe justiça neste mundo, Yamato. Quando uma tela branca é tingida de vermelho, a única cor que consegue cobrir a mancha é o preto... — explicou Noboru.
— Crianças não podem vencer adultos. — provocou um dos homens. — O grupo Iemura irá conquistar S.W.O.R.D e vocês não terão a menor chance.
A tensão aumentava cada vez mais, cansados de esperar os White Rascals resolvem se mover, percebendo que seu inimigo era o Grupo Iemura Rocky e seus homens avançam, mas o som de um aparelho celular com o toque alto o suficiente acaba por abafar toda a ação. Noboru é aquele quem atende o telefone, e após ouvir o que diziam do outro lado da linha, este apenas assente com a cabeça e com um único gesto os homens de preto recuam, e junto de Noboru deixam o local.
— Um grande mal-entendido, como podem ver. — disse Yamato. — Fazia parte dos planos deles nos jogar uns contra os outros. Assim eles conseguiram causar danos aos Rude, Rascals e até mesmo em nós.
— Vamos embora. — disse Rocky. — As mulheres em nosso clube precisam ser reconfortadas.
— Deixamos as coisas com você, Smokey? — perguntou Yamato.
— Sim. No que se diz respeito desta fábrica, acredito que seja um problema que deve ser resolvido pelas pessoas deste lugar. — respondeu.
— Entendo, então até a vista.
— Yamato. — chamou Smokey. — Considere a questão de controlar seus homens, não quero mais ver ninguém de fora aqui, a não ser que queiram ser um de nós. — encerrou Smokey.
Movidos pela ganancia, seu maior objetivo é a total dominação da área de S.W.O.R.D. Iemura Group, o mais forte grupo afiliado ao Kuryu Group. Comandados por Nikaido e dirigido por Tatsumi Iemura, eles possuem uma forte ambição de reconstruir a cidade de Kiba, que atualmente se encontra em estado devastado, pelas muitas batalhas entre gangues que viveu em sua história. Porém aqueles que vivem na cidade não gostam da ideia, muitos simplesmente se alojaram ali, sem sequer possuir uma escritura que lhes de posse de tal terreno, mas a grande maioria simplesmente se acostumou com o ambiente e desfruta da segurança que as gangues do grupo de S.W.O.R.D acabam por lhes oferecer, os tratando em grande parte como heróis. Em um mundo onde poucos foram abençoados com o desejo de lutar, basta um bando revolucionário para acender a luz da esperança que repousa dentro de cada indivíduo.
Reunidos ao redor de uma grande mesa circular, vários representantes do Grupo Iemura discutiam sobre uma maneira apropriada de punir os atos de Noboru. Falhar era simplesmente inaceitável, e além de ter falhado com seu plano de causar uma briga entre as gangues, Noboru se dirigiu pessoalmente até o local, junto com vários homens sem ter ordem direta para isso. Um homem alto, bem penteado de cabelos negros chamado Nikaido, chutava o corpo de Noboru várias vezes, o rapaz estava com o rosto bastante ensanguentado, e sempre que tentava se levantar era novamente jogado ao chão. Eles não o matariam, mas aquilo jamais passaria em branco, era o tipo de erro que deveria ficar marcado em sua memória, para que não voltasse a acontecer.
Todos os Rude Boys se encontravam reunidos ao redor de uma grande fogueira não muito distante da entrada da área chamada de Mumei Gai, vulgo Estrada sem Nome. Minori e Smokey se encontravam no meio do círculo, de longe parecia algum tipo de confraternização, mas era na verdade um ritual de despedida, de expulsão pelo desrespeito as regras. Quando de repente começara uma fina chuva, insuficiente para apagar a fogueira, mas o bastante para dar um ligeiro ar de comoção no que aconteceria a seguir.
— Desculpe pelos problemas que causei pra você pessoal... — Minori se lamentou. — Pegue Smokey, este foi todo o dinheiro que consegui, use para o seu tratamento. — ofereceu-lhe um pequeno envelope.
— Não se preocupe comigo, eu já disse. — enfatizou. — Vou usar este dinheiro para o nosso povo, para reconstruir esse lugar.
— Smokey... Tem certeza disto? — perguntou Yudi.
— As pessoas que vivem em Mumei Gai, são pessoas que não possuem outra casa... É por isso que eu realmente considero todos como sendo de minha família. Se você se desviar desta família, estará se colocando em perigo. — explicava, aproximou-se de Minori e começou a apontar em sua direção, conforme dizia: — Pulmões, fígado, pâncreas, rins e coração. — neste último, deu um pequeno e fraco golpe no meio do peito de Minori. — Todos eles deixados de lado. Esta é a regra desta cidade.
— Smokey, eu... — era interrompido.
— Se você não pode fazer isso, então desapareça imediatamente. — disse com um tom de voz mais sério, porém lamentoso. — Eu sei que você estava preocupado com a minha saúde. A fim de me levar a um bom médico. Queria encontrar maneiras de ganhar dinheiro... No entanto, você tocou em dinheiro do Grupo Iemura. Se você ficar por aqui, eles com certeza vão se livrar de você... Pessoas que vivem aqui não tem nada, incluindo nomes e identidades... Então se você deixar este lugar, eles não serão capazes de rastrear os seus passos, você poderá ter um novo nome e ser livre de novo. A maneira mais segura para você seguir adiante daqui pra frente, e abandonar a Estrada sem Nome... Por minha causa. — curvou-se para Minori. — Eu realmente peço desculpas.
Todos ali observam a cena se desenrolar, sem dizer uma única palavra. O único som presente além da voz de Smokey eram originários das chamas da fogueira em contato com os poucos pingos que teimosamente caiam dos céus. Quando Smokey por fim terminava com seu discurso, um novo acesso lhe ocorreu, tornou a curvar seu corpo e começou a tossir bastante, o que obviamente trouxe novamente preocupação para todos, esquecendo de que havia sido expulso, a força da amizade era maior do que qualquer outra coisa, Minori e os outros foram em sua direção, dar-lhe suporte como costumeiramente faziam, inclusive Lala, que estava timidamente observando de longe foi ao socorro.
No bar e restaurante Ittokan, já recuperado da depredação que sofrera pelos White Rascals, os membros de Sannoh Rengoukai estavam por dar os últimos retoques para a reinauguração do estabelecimento e juntos passaram a tarde discutindo sobre o futuro que lhes aguardava agora que Noboru havia se tornado um membro do Grupo Iemura, Cobra estava decidido que seu grupo agora não havia um propósito, se Noboru não iria voltar para eles, não havia sentido na existência de seu grupo, cujo propósito era apenas um, servir como um lugar para que seu antigo companheiro pudesse retornar.
— Parece que... — dizia com profunda tristeza. — Sannoh Rengoukai, a partir de hoje não seremos mais um grupo.
A notícia pegara a todos de surpreso, Chiharu, Dan, Tetsu, Yamato e as garotas do moto clube Ichigo Milk, que também se faziam presentes ficaram em estado de choque. A decisão de Cobra era definitiva, ninguém jamais o vira mudar de ideia, quando decide algo assim será e ponto final. Yamato, que era o mais próximo de Cobra sabia bem o quanto o líder estava sofrendo, pois assim como para ele, Noboru era insubstituível, era seu melhor amigo de infância, juntos os três haviam trilhado um enorme caminho, mesmo que Noboru tenha preferido seguir um caminho diferente, quando ao invés de se juntar aos seus amigos no grupo chamado Mugen o mesmo preferiu seguir com os estudos e cursar faculdade.
— Cobra-san... — Chiharu o chamou. — Pense em tudo o que passamos recentemente... Isso pode ser mais uma armadilha do Grupo Iemura.
— Não, vocês viram, estavam todos lá. — Yamato interrompeu. — Noboru agora pertence ao Grupo Iemura, é nosso inimigo. — Dito isto Yamato se retirou, deixando o clima mais frio do que antes.
Em um grande prédio na capital, estavam reunidos os homens do grupo Iemura. Naquela sala repleta de requintes arquitetônicos vários homens de ternos pretos sentavam-se um após o outro, nos assentos disponíveis naquele longa mesa dourada. Noboru estava bem ali, de pé sobre um dos líderes do grupo, quando uma agressão súbita desencadeou-se. Nikaido, o líder dos homens de Iemura lhe acertou um golpe rasteiro que lhe derrubou e então cerca de quatro homens começaram com uma covardia sem limites, o esmurravam cruelmente enquanto estava indefeso no chão, sua face ensaguentada e gritos eram como se fosse música para os ouvidos do líder, Iemura que presenciou toda a cena, o ancião fez então um gesto para que retirassem o rapaz dali, e que mais tarde pensariam em uma punição que lhe fosse mais adequada.
— Graças à este tolo nossos inimigos estão em alerta. — dizia em tom frio, mas intimidador. — Vamos usar o Hyuga. — avisou.
— Aquele homem? — Não está pensando em soltá-lo, está? Ele é perigoso mesmo estando atrás das grades. — dizia um dos conselheiros.
— Hinata Norihisa... Ele carrega consigo um ódio que irá destruir S.W.O.R.D, aquele grupo... Formado unicamente para vingar a família de vandâ-los, os Hyuga... Daruma estará de volta!
— O nome dele está mesmo certo? — perguntou outro conselheiro.
— Ele assumirá o nome de sua família quando sua vingança por bem sucedida. — disse Nikaido. — Foi o que lhe garantimos. — sorriu irônicamente.
— Então usaremos o Hyuga para acabar com S.W.O.R.D... Mas ele é um problema, por isso quando acabar, ele também será cortado. — indagou Iemura.
A noite chegara na área de S.W.O.R.D, trancafiado na única prisão da região, estava um homem de cabelos negros, bastante bagunçados. O homem segurava uma faca em mãos e cuidadosamente talhava na parede uma mensagem, quando a cela que o trancafiava fora aberta, sem ninguém estar de guarda. Um sorriso macabro percorreu a face do homem, que deixou o recinto, não sem antes fincar a faca na parede, como um ponto final para a mensagem.
" MUGEN ESTARÁ ACABADA, QUANDO OS DEMÔNIOS VINGATIVOS ATACAREM... S.W.O.R.D CAIRÁ! "
Em uma região mais isolada, dentro da área de S.W.O.R.D, um grande templo japonês estava erguido. Haviam estatuetas chamativas por toda parte. Todo o ambiente era bastante clássico. Muitas pessoas se reuniam ali, todos vestiam roupas vermelhas, as vestes eram sempre largas, bandanas, bonés e vários acessórios de beisebol, e outros artigos esportivos faziam parte da vestimenta exagerada desta gangue. Todos carregavam sombrinhas vermelhas de bambu, para protegerem-se da chuva, quando todos abriram caminho, para alguém que carregava uma sombrinha de cor azul, ele seguia pelo caminho feito pelos demais, na porta do templo um homem grande de cabelos brancos estava sentado, como se estivesse esperando por ele. O de sombrinha azul finalmente chegou até a porta do templo, passando pelas escadas e então sentou-se em uma almofada ao lado do homem que ali estava.
— Finalmente a nossa hora chegou, hein Hyuga? — dizia sorrindo o homem de cabelos brancos, enquanto fumava seu cigarro de forma desleixada.
— Vamos dominar S.W.O.R.D? — Perguntou Hinata, assim que se sentou o sorriso doentio em seus olhos avermelhados pelo vício em sua vingança.
— Daruma, está de volta! — gritavam todos.
No ponto mais alto de Mumei Gai, Smokey repousava, estava recostado em uma grade, de costas para a paisagem que refletia todo o seu território, era seu local preferido para ficar sozinho e desfrutar de momentos de reflexão. Quando subitamente, uma figura familiar vem em sua direção, quebrando totalmente o clima do ambiente. Um homem de pele negra, chamativos óculos escuros de cor amarela e trajava também um tipo de armadura, tudo muito americano, era San Andreas, o herói sísmico. Sorridente, veio até Smokey com um comprimento, que fora respondido com um silencio hostil.
— Imagino que saiba onde está. — afirmou o líder.
— Que medo, que medo... — descontraiu. — Imagino que suspeite de mim, não o culpo, já que desapareci repentinamente, quando havia dito que os ajudaria.
— Deve ter suas razões, agora a não ser que tenha vindo para ficar, sugiro que se retire. — respondeu mais uma vez, sem sequer olhar para o homem. — Não é um bom dia.
— Tudo deu certo, não foi? Recuperou a garota, derrotou os Real Hooligans... — fora interrompido.
— E perdi um importante companheiro... — disse. — Então, por favor, se retire.
— Como quiser, mas ainda assim devo lhe dizer algo importante, considere como um agradecimento por ter me ajudado.
— An?
— Não confiem na polícia... Saigo, o detetive que havia me contratado... Descobri que ele está trabalhando para o Iemura Group. Eles usarão de todos os meios para incriminarem quem puder... Sem uma licença de herói, vocês não podem utilizar suas individualidades para... bem, fazer justiça com as próprias mãos, imagino. Em todo o caso, pegue. — disse San Andreas, jogando até Smokey um tipo de cartão. — É um pouco longe, fica em Tóquio. Mas é a melhor academia de heróis que podem encontrar, independente se querem ou não tal título, a verdade é que vocês precisarão de uma licença... — despediu-se. — Ah... Mas uma coisa. Daruma está de volta... Saigo soltou aquele... Norihisa Hinata, remanescente do antigo grupo Hyuga, que foi desmantelado por Mugen... Eles provavelmente planejam se vingar de S.W.O.R.D, lhes desejo o máximo de cautela.
Dito isto, San Andreas virou-se de costas e foi embora, deixando Smokey para trás, ainda mais pensativo do que anteriormente. O líder dos Rude possui informações sobre o envolvimento de Mugen com o Grupo Hyuga, assim como o que motiva a vingança que tanto buscam, mesmo que parecesse algo trivial, sentia o desejo e contar tudo para seus familiares, para poderem se defender do perigo que se espreitava. Mal sabia Smokey, que Daruma, ou parte do grupo já invadira Mumei Gai, com pouco mais do que vinte capangas, homens de roupas vermelhas já entravam pelo território.
Continua...
Daruma Ikka.
Daruma Ikka.
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