Poeira da Noite

Pessoal do forum, talvez alguns de vocês saibam que estou atualmente escrevendo a Colony, mas esta fan fic(que foi escrita a muito tempo e já está um pouco datada), é importante para me descontrair um pouco daquele esquema "se concentrar só em uma coisa". Como meu amigo disse no tópico da Colony, cuidado com o fanatismo, e para relaxar, eu postarei esta minha fica velhinha mas que vale a pena ser levada à vida.

Espero que gostem do Prólogo ( Ela já está toda escrita )

PS1: Cuidado, pois a violência está presente e não raras vezes veremos pokemons como eles devem ser representados de verdade.

PS2: Não são em todos os episódios que os pokemons aparecem.

Aqui vamos nós:

Prólogo: Poeira da Noite

Dia 12/08/1999

-Você vai ter de me desculpar - Disse. Sacou a pistola. A mira estava fixa na cabeça da vítima. Ouviu-se o som do tiro, com o puxar do gatilho, e o corpo vitimado caiu desfalecido no chão.

A chuva era intensa. Estava escuro como a mais negra das noites,e o máximo que se poderia enxergar era o cair compulsivo das gotas de água, mas ali, na esquina da Thompson com Presidente Edson, ocorrera um assassinato. Um corpo estava estirado no chão. Um corpo de mulher, jovem, pueril, e ao seu redor poças de sangue se misturavam com lágrimas copiosas que caiam dos céus. A moça ainda remexia-se. Tateava em busca de algo para segurar, aliviar sua dor, mas tudo que encontrava era a superfície nua e fria da calçada dura. Estava morrendo, jorrava-se vermelho de sua boca, e deu seu ultimo suspiro de forma desesperada; um pedido inaudível de socorro, fadado ao fracasso. Passaram-se alguns segundos, e o corpo deu algumas convulsões, mas terminou por ceder, e finalmente deu-se o fim daquela jovem. Um sujeito observava tudo de perto. Uma glock prateada em sua mão e um charuto cubano na outra. Seus olhos examinaram a morta da cabeça aos pés, e ele partiu, sem dizer mais nada, entrando num beco escuro e tortuoso onde não mais poderia ser localizado. Era o início de algo surpreendente.

Dois dias depois:

O sol subia lento no céu. Finalmente a aurora suplantava o crepúsculo formado por aquela tormenta incessante de dois dias atrás. O pequeno Mark perambulava pela casa. A empolgação de ganhar seu primeiro pokemon era tremenda, e ele já estava decidido. Escolheria um inicial de água, pois gostava de azul, bebia muita água, adorava piscinas e seu sonho era morar em uma ilha no meio do mar. Tudo ocorria como planejado para o jovem Mark. A vizinhaça estava vazia, seus pais já haviam saído, a bicicleta estava funcionando, ele estava adiantado meia hora e o café estava servido quentinho na mesa. Já saltava de alegria quando o barulho da campainha tocando atinge seus ouvidos. Alguém batia à porta justo nesse momento especial.

Fora então Mark, andando feliz e descontraído para atender o visitante. O corredor regurgitava com o barulho de suas passadas ocas. O sol brilhava forte nesta hora, e quando o menino abriu a porta, o reflexo do astro o cegou por uns instantes. O menino cegou momentaneamente, mas o efeito estendera-se porque Mark sofria de insuficiência da Íris, o que o obrigava a usar lentes de contato durante as manhãs e tardes, e naquela manhã especial ele havia esquecido de pôr seus óculos. Enxergou tudo branco por algum tempo, e cambaleou para trás. O sol realmente estava alto no céu. Fazia calor, e os olhos de Mark estavam tão desorientados quanto seu tato. Mas em uma coisa essa jovem criança se destacava: Na sua notável audição. Seu pai costumava dizer que Mark ouvia como um cachorro, o que era obviamente uma brincadeira com o filho, mas o fato era que o garoto tinha audição realmente aguda, e nessa hora, quando a vista falhou, ele valeu-se de seu ouvido. Porém, antes de perguntar quem estava diante da porta, ele gentilmente escutou fatídicas palavras que o distraíram de todo o resto.

- Você vai ter de me desculpar.

Leagl a fanfic, mas eu gostaria de comentar uma coisa sobre as palavras que falou logo no começo, mas faço isto por mensagem privada.

A hitoria está boa, mas quando você for postar esta fanfic(sendo ela de sua autoria ou não) tente colocar acento em "pokémon", que esta sendo escrito sem acento. E colocarei um subtitulo com a idade adequada.

Nossa cara sua fic prendeu minha atenção.
Ela é bem detalhada descreve bem o que ocorre no local,e tem uma narrativa original ela já começa com um assassinato de uma mulher o que nos da vontade de ler mais por isto vou continua a leila.

HEHEHE!

Magistrado, eu tenho que te parabenizar!!!

Sim, sua fic está muito boa mesmo!


Encontrei apenas dois errinhos, que foram erro de digitação mesmo:

...A vizinhaça estava vazia...

E o outro foi no inicio, onde você esqueceu de dar um espaço depois da vírgula.


Mas sério, sua fic está ótima! Eu realmente adorei, e exijo um capitulo ainda hoje!! (Hehe... a parte do exijo é bricadeirinha... Ou será que não?)


Bem, irei aguardar o próximo capitulo.

Um abraço, té mais!

Meu, adorei sua fan fic
Muito bem narrada (consegui me ver vendo a mulher agoniar '-'... Trágico, trágico!)
O menino que adora água... Gostei dele até agora XD, me lembra a Misty.
Ahh, e o assassino que diz sua fala de efeito antes de matar '-'... Sinistro...

Bem, espero ansioso pelo próximo episódio(esqueci que é um prólogo '-'). Vê se posta logo '-' (brincadeira '-')
Até o/

Caramba, não esperava receber tantos elogios! Pessoal, obrigado pelo incentivo e prometo que postarei o próximo capítulo em breve, e como o amigo aí em cima sugeriu, sempre com uma pitada de suspense!

Vamo agora ao segundo capítulo da história ( Só para constar, os pokemons irão sim estar presentes em Poeira da Noite ^^)

Lá vamos nós:

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Poeira da Noite - Capítulo 1

-Você vai ter de me desculpar - Disse alguém. Um vulto enegrecido que jazia sob a porta da casa dos Griff, envolto pelos ráios incandescentes que vinham do sol e faziam os olhos do pequeno Mark falharem.

-Desculpar? - Fora a única coisa que saíra da boca do garoto. Um gaguejar desconcertante tomou-lhe os lábios. Estava ávido para encarar aquele vulto negro nos olhos e poder diferenciar luz e sombras. Suas pupílas faiscavam para algo identificar.

“Quem estaria tentando entrar em sua casa durante aquela fatídica manhã?”, se perguntava, mas mal podia raciocinar, pois suas doloridas pupilas recuperavam-se do baque solar, e sua distraída mente voava longe pensando em qual pokemon escolher para iniciar sua jornada.

Passou algum tempo limpando os olhos, e quando pode abri-los completamente fitou quem o esperava na porta. Era um sujeito alto, que trajava um pesado casaco de couro marrom. Um chapeu encobria seus cabelos ondulosos, um anel de ouro estava em seu dedo e combinava perfeitamente com um pingente prata atrelado ao pulso de sua mão esquerda. O bolso estava fundo, com algo dentro. Os olhos turvos por um óculos dourado. A barba recém feita, a boca seca, as costas arqueadas e os ombros curvados. A massa volumosa do casaco e seus panos envergavam a coluna robusta do indivíduo - Posso entrar? - Peguntou, enquanto escorria os dedos lentamente pelo crosta seca da porta de madeira da casa dos Griff, empurrando-a para dentro.

A criança relutou em responder. Os olhos, quando tornaram a ver, não gostaram de nada do que verificaram. Aquele homem alto, forte e intimidador erguia-se como uma torre diante do pequeno e frágil Mark, que era encoberto pela sombra formada a partir de seus rígidos braços. Sua voz era gultural, o olhar, profundo como a noite, e o estalar produzido por suas pesadas passadas no carpete limpo da morada dos Griff ressoavam na cabeça de Mark como trovões em fúria, e este homem ia se aproximando. Vinha caminhando devagar, a passos largos, arrastando suas pesadas botas de couro, dando uma passada de cada vez e entrando fundo pela sala de estar. Os móveis reverberavam ao andar daquele sujeito. Todos os outros sons belos e uniformes morriam pelo ribombar dos passos do invasor. O menino recuava, receoso, temerário, ancioso por sair dali. Talvez seus país chegassem a tempo de fazerem algo. Talvez aquele homem fosse um tio distante que Mark não mais reconhecia, ou talvez fosse qualquer outra coisa que ainda não passara pela cabeça do garoto. Dúvidas; muitas dúvidas permeavam a mente de Mark.

- Pode- Por fim falou, meio que sem pensar. Escapuliu de sua boca essas palavras involuntárias. Mas a permissão de Mark não valia mais nada, pois seu intimidador já dirigia-se rumo ao sofá quando recebeu essa aceitação. Seu pai estava fora, sua mãe fazia a feira no mercado, e a empregada dona Nancy tirava suas merecidas folgas na casa de sua filha, perto das paragens de New Bark. Só o homem e o garoto estavam ali naquele momento, e um clima tenso, terrível de suportar, instaurou-se na residência dos Griff.

Fitaram-se por uns instantes. Mark esperaria alguém de sua família chegar para tomar qualquer atitude. Ele tinha medo. Procurava agoniado por um telefone, mas por falta de sorte ou coincidência do destino seu celular estava no banheiro do quarto de hóspedes, no cômodo mais distante do longínquo segundo andar. O homem sentou-se no sofá marrom, pondo os pés sobre a mesinha de vidro que jazia à frente.

-Você vai ter de me desculpar garoto - Falou novamente, sério, frio, sinistro.

Mark não sabia o que fazer. Aguardava algo acontecer. Permanecia calado, mudo como uma rocha, e tentava pensar um pouco antes de falar. - Pelo quê? - Questionou, curioso.

-Pelo que estou prestes a fazer. - Falou o homem. Remexia os bolsos atrás de algo, deslizando os dedos à procura do que estaria prestes a usar, até que pôs as gigantescas mãos sobre um objeto, e o apalpou com força. Mark começara a formar seu quebra-cabeça. Se perguntava o que estaria dentro do bolso daquele grosso casaco de couro. Sabia, porém, que coisa boa não devia ser. Começava a suar. Gotas escorriam de sua face trêmulas; as mãos revolviam-se em desespero.

- O que está prestes a fazer? - Falou, secamente. A voz falhara assim como o ar que não mais entrava em seus pulmões. A camisa começara a encharcar pelas gotas volumosas do suar do garoto.

Seu agressor o fitou por uns segundos. Os dedos longos e esguios serpentearam até o fundo do bolso, e se agarraram à algo. Subiu a mão lentamente, sempre encarando os olhos de Mark. - Vou fazer algo que já devia ter feito. - Falou. Retirou do casaco um charuto cubano entalhado em uma acomodação particular, e o colocou sobre uma pequena mesa ao lado do sofá - Vou fazer o que já devia ter feito há bastante tempo. Sacou uma glock, apontou sobre a cabeça do menino. O mundo parou naquele momento. O barulho das buzinas dos carros distantes, o soar da brisa matinal que percorria toda a sala, os trovões produzidos pelas passadas daquele gigantesco assassino. Tudo se silenciou por breves segundos de tortura. Nada restava à Mark, a não ser o tormento e a morte. O sol novamente se postou alto no céu. Sua luz prolongou-se até a casa dos Griff, estendendo seus ráios por toda a sala e prostrando-se entre o duelo do homem e do garoto ; agressor e vítima.

A luz resplandeceu na glock erguida em direção à nuca de Mark. O reflexo foi intenso. Os olhos do garotos doeram, recolheram-se, contraíram-se em movimento desesperado. Ele não enxergou mais nada. Novamente foi guiado pelos sons e barulhos do mundo, e em meio à seu nirvana cintilar, ouvira o barulho que mais ansiava; aquele som produzido pelas conchas do mar, que clama por marinheiros e viajantes e os apaixona com um amor tão forte que nunca abandona os corações daqueles que um dia o escutaram. E o soar das conchas resplandeceu nos ouvidos de Mark, grave e intenso como o acorde mais profundo do universo. Ele partiria em paz, ou pelo menos assim pensava, mas no momento derradeiro, quando o pacífico barulho das águas do mar fora cessado pelo recarregar rude e artificial da glock prateada, um outro som se fez notar, claro como as águas límpidas de um riacho; a campainha havia tocado.

Olá Magistrado!

Caramba... mais um capitulo excelente!

O unico defeito, foi que você o fez muito curto...

Sim, eu sei que muitos negarão e dirão que está cumprido, mas você detalha tanto, que dá essa impressão... Então rapaz, no próximo capitulo, além de detalhar bastante, aumente o desenvolvimento! ^^

Enfim!

Sério, eu pensei que o Mark iria ser assassinado...

Eu fiquei aguardando sem ar, o coitado ser atingido pelo tiro. Eu gostaria de parabenizar porisso também... Além de você detalhar bem, você deixa o suspense num nível muito alto, deixando o leitor sem ar, como eu fiquei!!

Bom, nada mais a comentar, só peço que aumente o capitulo da próxima vez!

Um abraço, té mais...

Perfeita, perfeita, perfeita! Acho que essa é uma das melhores fics que li! Descrição, pontuação, narração, tudo impecável. A criatividade nem se fala. "Você vai ter que me descupar", adoguei isso! Fiquei com peninha do pequenino Mark, coitadinho dele, ser torturado desse jeito. Ganhou mais uma fan! Nos vemos por ai!

AHH, gostei desse capítulo D=
eu só queria que o homem acabasse logo com isso '-', ele demora de mais...
e, não entendi o porquê do Mark n ter lutado pra se salvar '-', sabe? pensa comigo: um homem apontando uma arma pra você. Você vai facilitar o trabalho dele? Não, tipo, ele sabia onde o celular tava. poderia ter corrido até lá '-'
mas, mesmo assim, o capítulo foi bom
uhh, tocou campainha XD
o que será do assassino agora? *tira o óculos e balança o cabelo ao vento* XDD
espero pelo próximo capítulo... Ahh, e dá uma crescidinha nele '-' (achei curto ô.õ)
bem, até o//