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Mensagem por *Nina* Qui 15 Jul 2010 - 21:48

Bem, um ótimo cap como esperado! ^^

Senti pena do pobre garoto! D: Mas ele ainda tem chances de se salvar. Sua forma de narrar e descrever é muito boa, parabens! ^^
Só achei que esse cap, alem de pequeno, ficou muito vago. Tipo, teve bastante descrição e tals, mas no fim não chegou à uma conclusão. ^^"
Well, mas está ótima, e estarei aguardando o próximo cap!

Kisses! o/

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Mensagem por Magistrado Sáb 17 Jul 2010 - 22:17

Valeu pessoal. Tentei considerar os comentários reescrevendo a fan fic, assim como alonguei as partes da história. Postarei agora o segundo capítulo, e espero que gostem e comentem!

Abraços e aqui vamos nós:

-------------------------------------------------------------------------------------------------


Poeira da noite - Capítulo 2 – Lá, no início de tudo.

O som da campainha espalhou-se pela sala. “Graças a deus!”, pensou Mark, e enquanto comemorava dentro de si a chegada dos pais, seu transgressor afogava-se em dúvidas. Guardou bem rápido a pistola sacada, virou-se para os fundos da casa. Novamente escutava o soar da campainha. Não podia ser pego agora, não naquela missão. O que fazer? Arriscar tudo ou morrer na praia? Tirava ali e agora a vida do menino ou fugia? A criança o observava sem mover um músculo. O Sr. Griff já forçava a fechadura, ansioso para pôr os pés em casa. O tic tac de seu relógio prateado estrangulava sua concentração, e a cada toque moroso e ritmado das agulhas do ponteiro ele perdia uma de suas veias de raciocínio. O tinir das setas se entrelaçando era perturbadoramente amolador. Tic Tac... Tic Tac... Tic Tac. Os segundos passavam como raios lusco-fusco em meio à noite de dilúvio. Tic Tac... Tic Tac... Sua garganta estremecia-se em um nó encharcado. Tic Tac... Tic Tac... Tic Tac! De repente, veio-lhe um pensamento abstruso e distante que o fez cair na razão. Olhou ao redor. O charuto jazia sobre a mesinha de vidro. Rapidamente o recolheu e lançou-se para a porta dos fundos da residência, arrombando-a com um só golpe e saindo em disparada, soturno, por entre os jardins da amigável vizinhança do bairro.

-Pai! – Gritou o garoto Mark, finalmente livrando-se das correntes de silencio que o prendiam até aquele momento. O rosto, antes angustiado, deu lugar a uma expressão
sadia.

O Sr. Griff conseguira entrar. Usara a chave reserva que sempre escondia debaixo do tapete de boas-vindas. Tomou um susto grande quando viu em que estado o filho se encontrava. A camisa molhada, os olhos lacrimejando e as mãos trêmulas. – Pelo amor de deus, o que aconteceu aqui? – Esbravejou. As sobrancelhas saltaram e denunciaram a aflição paterna.

Mark logo pôs-se a contar tudo. Não economizou em nenhum detalhe, desfragmentando toda a história minuciosamente. Falou sobre as roupas, a conversa, o charuto cubano, e ao término, encarou o rosto do pai, Tomas, que estava confuso e abalado, sem saber no que acreditar. – Uma arma? Alguém apontou uma arma em sua cabeça? – Perguntou, agastado, e o filho o respondeu balançando a cachola em sinal positivo.

- Mark – Disse, pondo o rosto do garoto entre as mãos, e olhando-o severamente nos seus perolados olhos azuis- Você tem noção do que está me contando, não é? – O menino apenas disse que sim – Se o que você está falando realmente aconteceu, teremos de tomar providências sérias. – A criança deu de ombros, raivosa. O pai desconfiava no que ele dizia em uma hora dessas, quando ele mais precisava de suporte. Muito se pareciam em aspectos físicos, pai e filho, mas existiam em seus corações abismos infindáveis no que tange a sentimentos e personalidade. Ambos tinham olhos claros, cabelos loiros e lisos, pele campestre e um pequeno sinal localizado em uma covinha, logo abaixo do queixo, mas o espírito de Mark era calmo, tenro, relaxado e inocente, já o de Tomas caracterizava-se pela agitação, perspicácia, vigor e sagacidade. Seu filho assemelhava-se em íntimo e aspecto com a mãe, que compartilhava o amor pelo mar, os corpos celestes e o inexplorado, assim como tudo que provinha das águas e dos oceanos.

-Pai, não é possível! – Falou, enquanto tentava argumentar com o protetor a respeito de sua descrença, e mesmo rancoroso e raivoso dos atos de Tomas, o tomou pelos braços e abraçou-o, chorando e com medo, e por muito tempo os dois permaneceram sentados no carpete da sala, pai e filho, juntos, um apoiando o outro, e em meio a lagrimas e soluços, os olhos de Mark bateram de frente com o rosto de sua mãe, Sabrina, que carregava duas sacolas de plástico, uma em cada braço, compradas na feira semanal. Acabara de chegar, e notara que algo estava errado. Tomas lhe falou do ocorrido. As compras foram todas ao chão, assim como seus joelhos, e ela desesperada, em prantos, amofinada, arrastou-se à companhia do conjugue e da cria, e os três permaneceram abraçados, um com a cabeça escorada na do outro, por um período longo e difícil de se recordar

. Aqueles foram dias difíceis para a família Griff. Por muitas semanas Tomas permanecera acordado, atencioso, vigiando os arredores da casa. Foram à delegacia, prestaram queixa, e o garoto Mark fora bombardeado por perguntas, que vinham tanto do oficial de justiça quanto do pai, mas ele não tinha as palavras para respondê-las. A memória de estar á beira da morte ainda permanecia fresca em sua mente, e assim os Griff foram levando, tocando a vida, inicialmente com cautela, mas com o passar do tempo o trauma fora esquecido, abandonado, e um sorriso habitava na face de todos novamente. Compraram um Growlithe, de nome Talos, e o treinaram para proteger e pernoitar enquanto todos descansavam da exaustiva rotina diária. A vida de Mark nunca mais fora a mesma; ele deixara de ganhar seu primeiro pokemon, atrasara seus estudos em alguns meses e agora freqüentava um psicólogo em sessões bimestrais. Todos sofreram muito, mas nunca renegaram o fardo, e ao término de um ano, chegava à Mark a chance de esquecer e deixar tudo para trás, seguir em frente em busca de novas fronteiras e objetivos. Era o dia de escolher seu pokemon inicial e ir para sua jornada de treinador.


Dia 17/08/2000

Tomas, Sabrina, tio Estevão e dona Nancy aguardavam na sala. Todos estavam sentados no sofá, experimentando alguns licores exportados que foram presenteados pelo padrinho de Mark. Dona Nancy discretamente trocava sua porção por chá verde e natural. Tomas e Sabrina conversavam alegremente, como não faziam há muito, e toda aquela história de um ano atrás já havia sido enterrada em um buraco muito escuro. Talos descansava ao pé da mesa, e Mark descia correndo as escadas. Finalmente não precisaria mais ir para as irritantes seções de terapia do Sr. Manfred, que sua mãe teimava em lhe impor, e agora ganharia seu primeiro pokemon, e teria a chance de sair de casa e ver as maravilhas do mundo pessoalmente. Quem adivinharia que aventuras impressionantes ele viveria dali para frente, em sua própria jornada?

Antes de o garoto chegar, porém, seus pais ainda discutiam detalhes a respeito dessa nova empreitada – Você está certo de que Mark vai conseguir partir sozinho? – Perguntara Sabrina, receosa. Ela e Tomas pesavam prós e contras há meses. Mediam cuidadosamente na balança os fatores que beneficiariam, e alguns outros que prejudicariam a educação do filho. A mãe tinha medo dos efeitos colaterais que a ausência dos familiares poderia causar. O pai temia pela personalidade de Mark, imaginando o que a proteção excessiva do menino acarretaria. – Ele vai viajar muito, e sem companhia. É perigoso.

- Eles sempre arrumam companheiros, Sabrina. – Tomas agora argumentava, sempre com sua vivacidade característica. Bebeu mais uma dosa de licor, que lhes parecia excepcionalmente delicioso, e tornou a falar- Duvido que o professor permita algo que de cunho perigoso. Sem falar que ele vai daqui para Sacramento, e de lá para o ginásio de Cinigrado, cidade vizinha à New Bark, onde os familiares de dona Nancy moram, não é mesmo Nancy? – Perguntou, dirigindo o olhar para a velhinha, que acenou e respondeu positivamente.

- Sei que Mark vai conseguir. – Falara a doméstica. Otimista como sempre, ele confiava bastante em seu “resguardado”. – Sei disso...

-Nada vai dar errado – Falou Estevão, com o hálito forte e a boca estremecendo amarga. O conteúdo de três das cinco garrafas havia lubrificado a gasganete do embriagado e estava agora dentro de sua barriga.

De repente, enquanto todos papeavam sobre os detalhes finais e que rumo seguir, Mark aparece pulando do último degrau da escada de sua casa. -Pronto. – Falou ele, bem cuidadoso - Já fiz minha mochila, arrumei minhas coisas, peguei o dinheiro e dividi as roupas em novas e velhas. Tudo está em seus devidos lugares; escova de dente, perfume, celular e enciclopédia. Estou pronto para partir. – Concluiu, aguardando tenso pelo sinal positivo do pai.

-Filho, você quer mesmo ir? – Falou Sabrina. Os olhos continham algumas poucas lágrimas enxutas.

Mark já não tinha mais dúvidas. Esperara por aquele momento durante toda sua breve vida. Iria rumo a novos horizontes, onde nenhum outro Griff jamais esteve. – Quero! – Falou, decidido.

O pai o observou orgulhoso. Dona Nancy assistia apreensiva, e tio Estevão cochilava tranqüilo no braço do sofá, demonstrando que estava vivo entre uma e outra gofada. Passaram-se alguns segundos. Mark pacientemente esperava sem esboçar qualquer reação. Tomas olhou para Sabrina. Os dois fitaram-se por alguns instantes finais. Sabrina desviou o olhar lentamente para Nancy, como quem quer o suporte, o apoio, a confirmação derradeira da pessoa que sempre a aconselhou sabiamente. A velhinha moveu a cabeça em sinal positivo. Tio Estevão abriu os olhos e tornou à vida, justo no momento de motivar o garoto em sua partida. No último relance, Tomas pronunciou-se – Mark, you are Clear to take off. – Piscou o olho esquerdo escondendo o rosto de Sabrina com a mão direita. Pai e filho eram aficionados por jogos de aviação, e a célebre frase que autorizava a decolagem das aeronaves era nada mais nada menos do que “clear to take off”. Mark deu um largo sorriso. Captara a mensagem de súbito. A hora era aquela, aonde ele finalmente iria se desvencilhar de alguns fantasmas do passado e seguir adiante. Nada o impediria de concretizar aquele momento memorável. Abraçou a todos; um por um, e partiu para a porta. Até tio Estevão estendeu a mão para cumprimentá-lo, logo antes de desmaiar em coma alcoólico. Nancy mandou beijos, Tomas bateu forte no peito, e Sabrina segurou as lágrimas que escapavam-lhe das pálpebras, acenando discretamente, e por fim, Mark se foi, não sem antes se lambuzar todo entre as lambidas reconfortantes de seu estimado Talos.

Uma comitiva de crianças caminhava pela rua. Meninos e meninas de todas as idades dirigiam-se rumo ao laboratório da cidade. Os barulhos, arcos coloridos, pipas, fivelas, balões e tudo o que se encontra em um circo acompanhavam os passos dos pequenos. Mark juntou-se a eles. Sua casa já se encontrava longe quando deu o ultimo suspiro de adeus e virou a esquina de sua alameda. Aquele era o lugar mais longe em que ele estivera por um ano inteiro, e finalmente iniciaria aquela que seria a história de sua vida, com sua tão desejada liberdade.
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Mensagem por CalrosHenrique Sáb 17 Jul 2010 - 23:48

Olá Magistrado!

Hehe... Adorei a narração deste capitulo! Sério, o suspense de sua fic está nota 11! Tic Tac... Sério, você detalhou muito bem, mostrou a agônia que o Assassino sentia... Mostrou o desespero que Mark sentiu..

Você também mostrou os efeitos psicológicos que Mark teve, o que afetou nos estudos e em sua vida...

Mas ele se esqueçe de tudo para começar a jornada! Ele não tem noção do perigo?

Bom, pelo menos, agora terá um pokémon! ^^

Olha a fic está ótima! ^^

Aguardo o próximo capitulo! =D

Um abraço, até mais! õ/

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Mensagem por Caio. Dom 18 Jul 2010 - 1:12

Cara, a parte do relógio ficou muito sinistra. Podes reparar que em momentos de tensão, quase sempre na agonia do silêncio, está lá o relógio "Tic Tac" "Tic Tac", sempre irritando.

De boa, o Mark é louco, não? Ele quase morre, a familia deixa por isso mesmo e só? Tenho o pressentimento de que esse mafioso ainda vai voltar, estou só falando. . .

Boa sorte com a fic, kora!

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Mensagem por DilwerDAr Dom 18 Jul 2010 - 11:03

Oi o//
Cacetada! O assassino não matou o Mark '-'
mas, peraí, era uma missão?
se era uma missão, então alguém contratou ele pra matar o Mark ô.õ? Tipo, morte encomendada '-'?
uhhh 'o'
mas eu posso tá errado, né XD?
e o mark teve q fazer terapia '-'. imagino como é... (minha mãe já me mandou pra psicólogo '-')
mas ele, finalmente, vai ter o pokémon dele, né?

bem, narração muito boa XD, e as partes de suspense tbm.
espero pelo próximo capítulo \M
Até
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Mensagem por Dark_Absol Dom 18 Jul 2010 - 17:59

Olá Magistrado!

Realmente bem tenso a parte do relógio. Imagine você escutando os segundos de vida que te faltam, deve ser muito agonizante.

Mas eu acho que o Mark está certo. Ele deve partir em jornada, largar o passado, e não viver com medo de sofrer outra coisa do tipo (mas ainda acho que devia levar o Growlithe com ele, começar com um poke desses daria muitas vantagens).

Abraço e até a próxima!

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Mensagem por Nagre Dom 18 Jul 2010 - 19:41

Cara tua Fic é mtu boa msm.
Suspense é mtu legal eu dou nota 1000 pra sua Fic em tdo: narração, gramática, criatividade, suspense. Cara vc é punk (pra ñ fala outra coisa) e quando eu pensava que o Mark ia morrer, ele não morreu e agora ele vai partir em jornada o q nós avídos leitores podemos fazer é desejar boa-sorte pro moço.
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Mensagem por *Nina* Seg 19 Jul 2010 - 18:04

Hello Magistrado!

Puxa, esse cap me surpreendeu! Ficou muito bom mesmo! O jeito como vc descreve e desenvolve as cenas é ótimo. ^^
Pobre garoto, teve que fazer terapia. Mas esquecer o passado e seguir em frente é o melhor a se fazer agora. Gostaria que ele tivesse levado o Growlithe com ele.

Well, aguardo o próximo cap! o/
Kisses!

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Mensagem por Magistrado Qui 22 Jul 2010 - 20:46

Hey pessoal do fórum. Novamente obrigado por todos os comentários e gostaria de dizer que me esforçarei para melhorar a qualidade da fic para vocês. Uma saudação especial para todos aqueles que postaram e me incentivaram a continuar corrigindo os erros do passado. Agradecimentos também para os que leram e aproveitaram, mesmo sem comentar. ( Comentem! Smile )

Aqui vamos para nosso terceiro capítulo:

Capítulo 3 - Um ensaio quase amargo

- Se acalmem crianças! - Berrava um homem de jaleco branco, cabelo bagunçado e olhos desproporcionais. Estava em cima de uma estrutura de madeira, à frente do enorme laboratório da cidade. Tentava manipular a massa de meninos e meninas que ali se encontrava, afoita para passar pelo portão cinza do campus e escolher o primeiro pokemon.

- O professor vai atender a todos. - Falara o guarda. Vigiava e coordenava a entrada dos pequenos ao lado da porteira de ferro. Caneta na mão e bloquinho no bolso; ele anotava tudo o que ali ocorria com uma freqüência constante. Recorria às notas todos os dias de noite, antes de dormir, e por isso era sempre considerado o Guarda do Mês; o mais exemplar dos funcionários. Seu nome era Tucci, e ele ainda desempenharia um papel importante nesta história.

Mark caminhava nervoso. Já chegava às proximidades do laboratório quando notara a extensa fila que se formara à frente do portão. Estava aquele alarde, típico dos colégios primários e festanças de fim de ano. Todos empurravam-se em devaneio, uns derramando algo sobre outros, e nem mesmo o guarda Tucci controlava as rédeas da situação. A algazarra só tendia a piorar, e pelo visto o pequeno Griff passaria horas para pôr os pés no desejado piso das instalações do laboratório, mas de repente, um menino alto, de cabelos negros e olhos verdes o puxou pela manga, surpreendendo-o.

- Garoto, porque você não tenta ir por aqui? - Disse ele, apontando para os fundos da entrada, onde se concentravam poucas crianças e o muro era mais baixo. - Mark, do Bairro Casanova não é? - Indagou.

- Sim. - Respondera o miúdo dos olhos perolados. - E você deve ser? - Questionou, analisando seu interceptor. Era bem alto para os garotos da sua idade, tinha os olhos profundos, os braços longos e um pouco fortes. O que mais lhe parecia estranho é que em nada eles se assemelhavam.

-Meu nome é Nixon. - Revelou o garoto. - Mas pode me chamar de Nix. - Estendera a mão e os dois se cumprimentaram.

-Beleza, mas o que diabos você estava pensando quando me arrastou da entrada para esse fim de mundo? - Os dois se encontravam um pouco distantes da multidão naquele momento. Ambos escaparam dos olhos atentos de Tucci, pelo menos por aquela vez, e agora conversavam à sombra das copas das árvores, bem perto do muro do campus.

Nixon olhou em sua volta. Não notara presença alguma e então tornou os olhos à Mark - Tipicamente ingrato, mas se não fosse por isso você esperaria quatro ou mais horas para sequer pensar em entrar no laboratório. - As sobrancelhas saltaram. Ele se esquecera de se apresentar devidamente e iria corrigir o erro. - Eu sou Nixon da quadra de tênis, que jogava com você todos os fins de semana, pelo menos até aquele incidente que mobilizou toda a vizinhança, quando você parou de sair.

Mark olhou-o por uns instantes, forçando a memória. Mesmo assim não conseguia se lembra. Talvez a palavra incidente o tivesse direcionado a outros pensamentos esquecíveis. - Da quadra de tênis?

-Isso mesmo. Sou aquele que sempre ganhava de você. - Brincou, para a fúria do amigo, mas esta fora a única forma de fazer o garoto se lembrar de quem agora o encarava. Aquele era Nix, um velho companheiro, e agora ele o convidava a pular o muro e invadir o laboratório antes de todos os outros.

-Topa? - Perguntou.

Mark refletiu. Seria muita perda de tempo esperar horas inteiras na fila e no sol quente aguardando ansioso para passar pelo portão, mas seria muita leviandade pular o muro do campus e entrar sorrateiro no laboratório pokemon. Estava indeciso sobre que caminho tomar, porém, depois de passar um bom tempo sentado e pensando, e enquanto Nix já se impacientava, Mark respondeu - Vamos nessa, mas se eu for pego pelos guardas a culpa recai completamente sobre sua cabeça.

O amigo piscou o olho e fez que sim. Seria a primeira de muitas loucuras realizadas durante esta jornada, mas infelizmente não fora bem sucedida. Mark e Nixon se posicionaram frente à parte mais baixa do muro, onde uma pequena vala e um pouco de cimento separavam complexas construções de crianças inconscientemente insanas, e o segundo garoto subiu sobre os ombros do primeiro, afim de se esgueirar pelo estreito parapeito e se lançar para o outro lado, mas no exato momento em que o menino ia saltar, eis que aparece ninguém mais ninguém menos do que o guarda Tucci para acabar com a festa.

- Alex Nixon e Mark Griff, podem crer que estão muito encrencados. - Falou, enquanto retirava o bastão em gesto ameaçador e se aproximava. Afrouxara a gola cerrada no pescoço, erguera as mangas e estralara o maxilar. Nada mais do que aquilo assustaria os indigentes meninos.

Não demorou muito para pegar os dois garotos pelas blusas e arrastá-los até a sala de detenção do campus. Ambos foram carregados por salas sem fim, sempre iguais e com um número incontável de portas amarelas. Quando finalmente foram despojados, se encontraram em uma salinha quadrada, com poucos móveis e uma mesa branca no centro, acompanhada por duas desconfortáveis cadeiras brancas. Lá Mark e Nix foram postos para esperar o "carcereiro", amarrados levemente com cordas de retenção, enquanto Tucci retornava para sua vigília no portão, não sem antes lançar um olhar estarrecedor para os dois, e que fez os ossos de Mark enregelarem até a última articulação.

-Ótimo... - Resmungou o ranzinza Griff. - É provável que o professor não nos entregue mais nenhum pokemon por causa disso, e é tudo culpa sua!

Nixon dirigiu o rosto para o amigo. Ambos foram colocados lado a lado em frente à mesa, e ficaram olhando um para a testa do outro. Num lapso, Nix pôs-se a rir em alto e bom som, para indignação do companheiro, que o fitou com puro ódio e estava prestes a tentar esganá-lo quando este falou. - Calma Mark, eu sei o que estou fazendo. Você queria entrar no campus, e agora estamos aqui dentro. - De repente se livrou das amarras com uma facilidade extrema, e prontamente libertou seu acusador. - Agora é só procurar nos corredores pela porta da sala do professor e pedir nossos pokemons. Sem estresse...

E lá se foram os dois, correndo aos troncos e barrancos atrás da sala desse tal de professor, percorrendo corredores largos e que pareciam infinitos a princípio, perambulando por escadas e rampas, vasculhando cada buraco do campus, mas eles eram sim finitos, e após muito andar ele esbarraram em uma porta enorme, com uma maçaneta de ferro incrustada na madeira e o vento do ar-condicionado escapando pela fresta no chão. Entre duas pesadas vigas laterais podia-se ler claramente em uma placa dourada "Professor Arquimedes".

- É esta! - Exclamou Mark, enquanto seu amigo já forçava a fechadura e dobrava a maçaneta devagar.

Ambos entraram em um enorme escritório. A luz era intensa. Alguns testes estavam sendo realizados no momento. Três ou quatro assistentes trabalhavam em seus computadores, e um homem trajando terno branco, descompromissado, sentava-se à frente de um balcão em espiral, que o rodeava em trezentos e sessenta graus e localizava-se no centro do aposento.

- Mais vejam só! - Disse esse desconhecido sujeito. Era careca, mas tinha tufos restantes de cabelo nas laterais da cabeça e que se prolongavam até o pescoço. Usava óculos enormes estilo fundo de garrafa, e tinha um rechonchudo bigode branco que cobria toda sua boca. - Não esperava que as crianças fossem entrar tão cedo. - Olhou os pequenos invasores por uns segundos. Nix e Mark se encararam. Tinham calculado como chegar lá, mas não o que fazer quando lá chegar. Para o alívio dos dois, Professor Arquimedes fora extremamente gentil. - Suponho que estejam aqui para escolher os seus pokemons, não é verdade? -Fora prontamente respondido, ao passo de que os garotos se postaram perto de sua mesa, atraídos pelas palavras do velho tutor. -Vamos escolhê-los então! - Pronunciou, e aquilo soou como música nos ouvido dos jovens.

Foram os três para perto de uma enorme estrutura de metal. Diversas cápsulas faziam-se notar entre espaços de alguns centímetros. Dentro de cada uma delas, que eram como esferas cinzas e entaladas no ferro bruto, estavam pokebolas vermelhas, posicionadas horizontalmente e viradas para Arquimedes. - Que belo! - Exclamou. - Que belo...

Nix e Mark deslumbraram-se tremendamente. Aquilo era o maior dos esplendores para ambos. Estar ali, naquele lugar, frente àquela enorme estrutura, antes de todos que tanto desejavam escolher um pokemon, era algo impossível de descrever. Uma rajada de vento desceu por tubos que estavam posicionados no teto, e percorreu todo o compartimento. Os cabelos de Mark tremeluziam ao vento, e seu fascínio com tantas escolhas, tantas possibilidades, era difícil de conter. Nix encarava as pokebolas pasmo, enquanto cúpula de vidro que as envolvia se abria e retraía-se para o teto. O professor olhou para ambos e falou - Agora é a hora.

Logo foi revelado para os meninos que eles não teriam a chance de escolher qual pokemon levariam do campus. O professor pusera os melhores que possuía naquelas esferas e ambos teriam de pegar uma delas, e na sorte, receber o primeiro companheiro de viajem. Nixon adiantou-se e agarrou a sua. Mark também seguiu em frente, relutante, indeciso. Olhou para todas, uma a uma; quase completavam uma centena, até que vislumbrou ao longe a pokebola que ele escolheria. Tinha algo de especial, reluzente e que instigara em seu coração o desejo aventureiro e batalhador. Ele dirigiu-se até ela, esticou o braço, pegou-a na mão e prontamente lançou-a ao chão, ávido por descobrir o que estava dentro. Da mesmo forma fez seu amigo, e a sala do professor Arquimedes encheu-se de feixes de luz que cegaram os presentes por breves instantes. Mark então abaixou-se para contemplar seu pokemon, e em meio ao raios luminosos, por um rápido milésimo de segundo, os olhos do treinador cruzaram-se com os olhos do treinado, e aquele fora um momento memorável. Mais memorável do que Mark imaginava.



Última edição por Magistrado em Sex 23 Jul 2010 - 18:13, editado 2 vez(es)
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Poeira da Noite - Página 2 Empty Re: Poeira da Noite

Mensagem por 10tino Sex 23 Jul 2010 - 0:09

Perfeito!A melhor FIC que eu já li só achei um erro, mais só notei ele pois foi na última frase.Voçe descreve perfeitamente todo o local e os acontecimentos e como são as pessoas.Na parte final voçe conseguiu descrever muito e ainda deixar suspense para que as outras pessoas, só soubessem os pokémons no próximo capítulo.

Aí vai o erro :
Mais memorável do Mark imaginava.

Nada grave apenas faltou um 'que', para que ficasse assim:Mais memorável do 'que' Mark imaginava.


Última edição por 10tino em Qua 18 Ago 2010 - 22:49, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Lefoul Sex 23 Jul 2010 - 17:52

O.O Otíma FanFic .
Vou tentar fazer muitas coisas que você fez :

-Deixar poucos Dialogos
-Explicar bem a cena
-Ter uma história involvente

Cara , esses 3 Elemnetos são os que estão faltanto na minha FanFic .....
Sua Fanfic devia servir de Exemplo ..... Ela está realmente perfeita .....

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Mensagem por Caio. Sex 23 Jul 2010 - 18:15

Magistrado, aposto que o pokémon mais inesperado de todos é o negão da glock [q]. Bem, nem tinha visto que você havia postado um novo capitulo, sorry ai.

Nossa véio, esse Nix tem um dom para ser um vândalo, não acha? Ah, eu acho Tenis um esporte legal, apesar de nunca ter praticado. Apesar de ser algo bem clichê ir pegar um pokémon no laboratório, da maneira como o fez nem deu a desejar.

Espero ancioso pelo próximo capitulo, e irei tentar ver quando você postar! ^^

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Mensagem por Dark_Absol Sex 23 Jul 2010 - 19:33

Olá Magistrado, tudo bem?

Cara, você realmente se tornou profissional nesse negócio de suspense! Fiquei bem curioso para saber qual pokémon o Mark pegou (tomara que não seja um Pikachu '-')

Hehe, gostei do Nixon, se parece bastante com meu amigo (embora ele não goste de tênis). Esse cara ainda vai dar muita graça para fic, espero.

Até mais!

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Mensagem por *Nina* Qui 5 Ago 2010 - 2:52

Hello Magistrado!

Como esperado, muito bom o cap! ^^
Eh, o Mark mal começa a jornada e já se mete em encrenca! Vai na onda do outro... mas pelo menos no fim deu certo! xD
Estou curiosa pra saber que pokémon ele pegou.

Kisses, até o próximo cap! o/

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Mensagem por Magistrado Sáb 18 Dez 2010 - 21:24

Pessoal, faz um bom tempo que não apareço aqui, mas isso n significa que a fic está morta. Nessas férias eu irei postá-la e espero que vcs divirtam-se acompanhando essa trama muito, no melhor estilo seção da tarde, "tresloucada".

A partir desse cap eu irei comentar os posts e tirar as dúvidas de quem tiver algo para perguntar ou comentar. Vlw Very Happy É bom estar de volta.

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Capítulo 4 – Claro como o sol da Europa...

Era tarde da noite. Uma chuva caía fraca em uma esquinazinha do centro de New Bark. O restaurante Le Pettit, especializado em culinária francesa, estava fechado ao bel-prazer de dois convidados de luxo; um sujeito e sua acompanhante.

Estavam ambos sentados em uma mesa quadriculada e que localizava-se bem no centro do estabelecimento. O Le Pettit era conhecido por seus pratos finíssimos, salgados para o paladar e para o bolso, mas aquele homem não parecia incomodar-se com isso; aliás, aparentava divertir-se imaginando as cifras astronômicas que iria gastar. Estava vestindo um blazer prateado, e prateado era seu colar, e prateado era também um anel extremamente elegante que acompanhava seu dedo do meio da mão canhota.

Toda a equipe, do chief ao gourmet, prostrava-se na cozinha, preparando tudo o que os convidados pediam. Em trinta minutos, saíram da adega duas garrafas do mais caro champanhe da Europa, junto com um vinho de valor inestimável, e para petiscos, duas porções de ostras que custavam juntas o preço da fatura de um ano inteiro de serviço dos garçons. Mas o homem não se incomodava.

- Você sabia – Falou ele, dirigindo o olhar para o rosto esbelto e delicado de uma loira que sentava-se à sua frente. – que esta mesa é feita de madeira?

A mulher disse que não. Trajava um vestido vermelho, que revelava suas costas desnudas e morria em seus ombros. Exibia um poderoso decote, jubilando-se do par de seios redondos e simetricamente perfeitos, volúveis como bolas de boliche. Era a típica female-fatale que atraía os milionários de New Bark, mas até mesmo ela sentiu-se deslocada ao contemplar pela primeira fez a mansão de Lord Felton.

- Essa mesa foi feita com a madeira das melhores florestas da Espanha. Este vinho vem direto de meu acervo pessoal estocado na mais respeitável adega da Suíça. – Falou ele rindo...

Ela questionou. – Safra de 100 anos?

-150. – Respondeu ele, revolvendo o elegante bigode que destacava mais ainda seu forte maxilar. – Mas em toda a Europa, o que tenho mais estima e acho mais belo, são as curvas das montanhas da Itália. – Disse ele, deslizando as mãos por entre os quadris vastos de sua acompanhante, para seu deleite. E que curvas tinham aqueles quadris...

Os dois começaram a se agarrar ali mesmo, sem pudor. A loira estava adorando. Quem sabe não emplacaria um filho com tão poderoso soberano? Bastaria a vinda de uma criança para garantir seu futuro. Lorde Felton só foi interrompido pelo barulho de cristal com cristal, anunciado a entrada do prato principal.
Dois sujeitos carregavam um peru assado e regado a azeite sobre uma bandeja de prata. Era rodeado por frutas de todos os sabores, e os talheres que acompanharam as porções individuais já repartidas eram feitos de ouro maciço.

- Lorde Felton. – Falou-lhe um homem, pondo os pratos sobre a mesa enquanto fazia uma esparsa reverência.

Os dois se recompuseram. Ele, recolocando sua esplêndida gravata, e revolvendo seu blazer. Ela, guardando o bico dos seios que deixara escapar durante um dos acessos de curiosidade do patrão.
Quando finalmente prepararam-se para comer, ele se pronunciou, remontando à uma conversa que mais cedo, durante aquele dia, eles tiveram.

- Quero você para fazê-lo. – De repente, seu olhar que antes era leve e sarcástico assumiu um tom sério. Ele pôs então os óculos escuros folheados em ouro branco.

- Agora comemos; mais tarde eu sou toda sua...

Ilring Felton arregalou as suíças douradas que desciam como labaredas de ambos os lados do queixo. – Sabe do que estou falando. – De repente, sua postura que era antes amistosa como o sorriso de uma criança, transformou-se repentinamente em caráter esculpido de um velho rei de pedra. Imponente e imutável – Não me negue isso...

A loira sabia controlar seu jogo. Debruçou-se sobre a mesa, revelando um pouco mais do decote exuberante. – Quando você rolava comigo na cama meu amor, como um amante apaixonado, não ficava me pressionando. Aliás – Falou, soltando um risinho. – Me pressionava de outra forma...

- Olhe bem nos meus olhos mulher... – Disse ele, e dessa vez o peso de seu olhar era terrível de suportar. Era como se uma montanha estivesse desmoronando sobre a lombar frágil daquela sedutora acompanhante. – Se você não fizer o que pedi, eu mandarei pessoalmente os rapazes tomarem conta da sua família, e eles vão matar a todos, lenta e dolorosamente. Depois eu irei até seu apartamento, irei te estuprar, te foder tanto que no final vai ter um buraco de dois quilômetros no meio das tuas pernas, e pra terminar, vou enfiar minha mão tão forte no teu rabo que cada vez que tu fores respirar ou virar o pescoço vai sentir o gosto do metal do meu anel bem no fundo da tua garganta. – Estava agora com as mãos sobre a mesa, vermelho e ensandecido. A mulher o olhava fixamente. – Fui claro?

Ela hesitou por alguns instantes. Desviou o olhar, pensou um pouco, bebeu do champanhe e por fim respondeu – Claro como o sol da Europa, meu amor. Claro como o sol da Europa...

Escritório do Professor Arquimedes

Uma luz incandescente fulgurou por todas as paredes. Mark demorou alguns instantes para recobrar a visão. Ao olhar para o lado, deparou-se com seu amigo, Nix, só sorrisos. Estava abraçado a um Larvitar, e os dois aparentavam ser conhecidos de longa data.

Professor Arquimedes estava logo ao lado, ansioso para ver o que o menino achara de seu Pokémon, mas Mark não via Pokémon algum na sala, isso até que seus olhos chocaram-se com um ser pequenino que rolava no chão, esbaldando felicidade. Tinha uma pequena barbatana, que se assemelhava a uma crista, e media pouca mais de meio metro, no máximo.

De repente, algo começa a vibrar em seu casaco verde. Feixes de luz escapuliram pelo seu bolso, até que ele sacou sua Pokedex.

Uma voz robótica, rouca e seca como os roncos de tio Estevão iniciou sua descrição minuciosa daquele pequenino Pokémon. – Gible, um Pokémon peixe. Alguns vivem nos trópicos, e para evitar o frio movem-se para cavernas térmicas. Atacam usando a boca, e mordem aqueles que invadem seus territórios.

- Um Gible?! – Por fim falou, em um misto de espanto e surpresa.

Nix então olhou-o nos olhos. Podia-se ver a alegria do jogador de tênis, mas podia-se ver também sua aparente preocupação. Os primeiros garotos a adentrarem o campus deviam estar naquele momento se dirigindo para a sala do professor Arquimedes. Se o guarda Tucci estivesse com eles, tudo estaria perdido. Foi então que falou – Mark, meus parabéns. Pegamos dois excelentes Pokémons, mas agora precisamos ir.
O professor não pareceu nada surpreso com seu longo suspiro. – Ahhh os jovens e seus ímpetos... Sempre querendo andar antes de engatinhar. Acreditem ou não, crianças, eu já tive a idade de você e sei como se sentem nesse momento, mas agora precisamos passar por alguns procedimentos.

Mark não dava atenção à discursão. Seus olhos perolados mantinham-se fixos no Gible que ainda deleitava-se no chão frio. Nada para ele era agora mais importante.

-Mark? O que você acha sobre o assunto? – Perguntou o garoto Nix, mas não obteve resposta.
De repente ouve-se o barulho de passos no corredor. Dessa vez o jovem Griff, escapando do choque inicial, deu-se conta da enrascada em que poderia se meter. Rapidamente lançou sua pokebola ao chão, recolhendo Gible. Nixon fez o mesmo com seu Larvitar. Ambos agradeceram o professor, apartando suas duas mãos ao mesmo tempo. – Não nos esqueceremos de você – Falaram em uníssono.
Logo deram as costas para o pobre velho, que jazia um pouco aturdido. Tudo acontecia muito rápido, até que a porta que estava diante deles, a mesma que usariam para sair, se abre pelas mãos roliças do legítimo Italiano chamado Tucci.

- Onde vocês pensam que vão? – Questionou ele.
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