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Mensagem por Micro Sáb 9 Jul 2011 - 21:10

[14+] Trovadores Trovadores

Trovador, na lírica medieval, era o artista de origem nobre do sul da França que, geralmente acompanhado de instrumentos musicais, como o alaúde ou a cistre, compunha e entoava cantigas. Normalmente, os trovadores eram homens, mas houve trovadoras (em provençal ou occitano trobairitz), também nobres. Suas correspondentes nas classes inferiores eram as jogralesas (joglaresses em provençal).
Wikipédia

Antes de mais nada, devo avisar que meus capítulos serão grandes, como os capítulos de um livro. Portanto não assustem com o tamanho deles. Obrigado.


PERSONAGENS

Spoiler:


:Prólogo:
:Capítulo 01:
:Capítulo 02:
:Capítulo 03:
:Capítulo 04:
:Capítulo 05:
:Capítulo 06:
:Capítulo 07:





::Prólogo::

"Tudo começou 30 anos atrás. Um grupo terrorista chamado Team Plasma tentou atacar nosso continente. Mas um grupo de quatro garotos, após superar todos os desafios legais e emocionantes, conseguiram derrotar o time do mal.
O castelo o qual usavam como base foi novamente selado, para que não houvesse mais nenhum problema naquela região. Mas eles se enganaram."

"22 de Agosto de 2022. Dez anos após a queda do Team Plasma, um grupo de exploradores que faziam algumas escavações próximas à Abundant Shrine, desapareceram misteriosamente. Motivo? Desconhecido até hoje. As pessoas começaram a temer aquele local, dizendo que era assombrado. Então fecharam a área, de qualquer civil."

"Mas como se isso não bastasse, 14 de Junho de 2027. Um turista de 19 anos também desaparece misteriosamente próximo ao santuário. A mídia global começou a investir na cobertura daquele local, começaram até a estudar os Elygem, como se fosse uma ameaça alienígena.
Depois de sete anos de busca, finalmente desistiram, e desistiram abrir o local novamente."

"E então, o caso mais recente. 31 de Julho de 2032. Desta vez, a vítma foi um garoto de onze anos. O pobrezinho morava nesta cidade. Ele estava brincando com seu Oshawott, quando a bola foi parar próxima ao Abundant Shrine. Nunca mais o viram."

"Desde então, as pessoas começaram a espalhar boatos sobre o local. Juntamente com a Miltank Afogada e os Cubos de Kazam, foi eleita a história mais assustadora do ano. E você? Será que você corre este risco também?"


Uma chuva de aplausos cobriu a sala. A garota de cabelos alaranjados entregou seu trabalho para a professora, a qual escreveu um B+ com seu hidrocor verde no canto da página.

-- Bem alunos. - começou a professora, para acalmar o barulho da sala. - Com este trabalho encerramos o último dia de aula. Favor esperar pacientemente em suas carteiras até que...

O sinal toca. Os garotos se jogam das cadeiras, agarram suas coisas e literalmente fogem da escola. Podia-se ver um grupo de calouros assustados, mas nada que impedisse Layla de ser a primeira a sair da construção.

Liderando os garotos das outras salas, a menina de cabelos alaranjados corria pelo corredor, e ao avistá-la se jogou pela porta principal, aterrissando na grama fofa que a esperava do outro lado.

-- ALELUIA!
-- ATÉ QUE ENFIM!
-- Ai! Acho que quebrei uma unha!

Os alunos comemoravam o fim do ano escolar de Isshu. Alguns já estavam de malas prontas para viagens, os formandos faziam peças nos calouros, e podia-se ver um Yanmega soltando vários pós coloridos pelo ar, deixando a escola ainda mais bonita do que era.
Layla encarava a grande construção amarela da qual havia acabado de sair. Então pegou em sua mochila duas Pokébolas, e lançou-as para o ar, liberando assim dois vultos arroxeados, que logo se revelaram Nidoran? e Nidoran?.

-- Até que enfim, não é Doki?

O macho concordou com a cabeça. A fêmea parecia insatisfeita com a ideia de que ela não seria instruída por um período de três meses.

-- Ah, não fique assim Dina. Ainda vamos ter muitas coisas pela frente! A vida é curta, então vamos aproveitar minha filha!

Ela afagou os dois animaizinhos, e com um sobresalto, Layla se levantou, esticou-se e cumprimentou um grupo de garotos que passava por lá. Então ela se virou, e começou a caminhar de volta para casa.

-- É ela, não é? - comentou um dos garotos. - A que se dá de difícil...
-- Não fale assim! - disse o outro - Ela perdeu um grande amigo quando era pequena. Deve ser difícil aceitar isso.
-- Mas não explica por que ainda não se interessou por ninguém...

Já longe, ela não ouvia os assuntos alheios. Mas não parava de pensar no seu ex-amigo de infância.

•••

-- Manhê, cheguei...

A menina abria lentamente a porta da casa. De longe, era possível sentir o cheiro da comida de sua mãe, que era uma das três grandes maravilhas de Umbrella Town. Seguida pelo odor, atravessou a sala, e se dirigiu para a cozinha.

-- Deixe-me adivinhar... Magikarpamol'pard?
-- Quase isso... - respondeu alegremente a mãe. - Hoje o jantar será especial.

Era uma bela dona de casa, de longos cabelos castanhos e um avental rosa, da mesma cor do pano que sempre usava na cabeça. Ela nos é familiar, de alguma maneira. Ao seu lado, um Simipour a auxiliava, lavando os talheres e a louça.

-- Oi, irmã...

Duas vozes masculinas a cumprimentaram ao mesmo tempo. Seus irmãos gêmeos, pouco mais novos que ela, fizeram um breve aceno de mão, e voltaram a assistir TV. Seus cabelos eram alaranjados, mas numa tonalidade mais vermelha que a dela.

-- Papai chegou?
-- Ainda não... por quê?
-- Quero conversar seriamente com ele sobre uma coisa...

Os irmãos se entreolharam, assustados. "Discutir algo sério? E com ele? Deve ser grave mesmo..."
Layla os ouviu, mas deu de ombros, experimentou a sopa que a mãe cozinhava e foi para seu quarto. Seus dois ratinhos a seguiram, fechando a porta ao entrarem.

•••

Com a toalha no cabelo, e vestindo um pijama listrado, ela saiu do banho, e foi jantar. Mal deu dois passos, tropeçou em algo no chão, e caiu no tatame amarelado que cobria o assoalho. Ela se levantou com dificuldades, e viu um Kecleon reaparecendo entre suas pernas.

-- Oi Kelly. - cumrpimentou.

A Keckleon deu um salto em seu colo, e com sua enorme língua, lambeu sua face, como um cachorro de estimação. Ela se sentou à mesa, onde estava a família toda reunida. Exceto o pai.

-- Ainda não chegou? - perguntou Layla.
-- Ele disse que achou algo importante nas ruínas que estão escavando e por isso só voltará na semana que vem.

Frustrada, ela soltou um suspiro. "Terei que esperar mais ainda para ele chegar...". Após agradecer pela comida, ela devorou o jantar, que por sinal estava ótimo, e deu um aceno de mão para que a mãe a acompanhasse. Esta, que já esperava a reação da filha, pediu licensa da mesa e se dirigiu ao quarto da adolescente.
Layla a aguardava sentada em sua cama. A mãe sentou na outra extremidade. As duas ficaram se olhando por um tempo, até que a garota decidiu começar.

-- Mãe, como você sabe, eu tenho quatorze anos...
-- Sim.
-- E eu acabei de concluir o ensino fundamental...
-- Sim. - a mãe já sabia o que iria acontecer, então deu um suspiro, e completou - Continue.
-- Eu acho que já posso sair em uma jornada.
-- Não.

A garota olhou para baixo, triste. "Sabia que ela ia falar isso." pensou. Doki e Dina apareceram na porta, e atravessaram o quarto, pulando no colo de sua treinadora.

-- Por quê não?
-- Por que isso é muito irresponsável! Você ainda nem concluiu os estudos!
-- Eu volto em dois meses! Isshu nem é tão grande assim. Assim dá tempo de voltar para a escola, normalmente.
-- Mas o mundo é perigoso, minha filha.
-- Então por quê você e o papai saíram numa jornada dessas quando eram pequenos?

A pergunta da filha calou a mãe. Ela sentiu uma leve nostalgia, e ficou calada, pensativa. Os ratos olhavam para os rostos fixos das duas humanas, de modo apreensivo. O macho encarava a mãe, mostrando-se a favor desta jornada. Já a fêmea, responsável, repreendia a treinadora pelo ato infantil.
Layla pegou um jornal em sua mochila, aparentemente velho, e leu em voz alta.

-- "A Treinadora Hilda, principal combatente do Team Plasma." Não te soa familiar?
-- Eu era irresponsável naquela época. Mas eu aprendi a lição, e decidi criar uma família.
E é por isso que você não vai.


Com essas palavras, a mãe saiu do quarto.

•••

As ruas estavam desertas. E escuras. A única iluminação que havia era a dos precários postes, que ficavam nas esquinas. De vez em quando, passava-se um ou outro bêbado conversando com o amigo invisível, mas o que nos surpreende é um vulto, de vestes caras e mochila nas costas, correndo pelas sombras da cidade.
Onze, doze, treze quarteirões se passam desde que o acompanhamos. Ele se ajoelha, exausto, e se apóia com os braços em um poste. Ofegante, ele retira o capuz, revelando um belo cabelo alaranjado.
Era Layla.
Atrás dela apareciam seus dois companheiros de fuga, Doki e Dina, que ao contrário da treinadora, não estavam nem um pouco exaustos. Ao contrário, pareciam estar gostando de correr livremente por aí.

-- Hehe... -- começou ela, ofegante -- Agora que eu percebi como nossa vida era preguiçosa...

Ela se sentou, encostada no poste, e pegou uma barrinha de cereais em sua mochila. Já se faziam anos desde que houve uma grande batalha Pokémon, as pessoas começaram a aproveitar mais a tecnologia e os Pokémon se transformaram em nada mais que bichos de estimação. Houve um grande défcit na taxa de evoluções, fazendo com que mais de 50% dos Pokémon do mundo ainda permanecessem no primeiro estágio. E os Nidoran's não eram exceção.
Doki se aproximou de Layla, e tentou-lhe roubar uma mordida. Acabou machucando a mão da garota, que soltou um AI! alto e abafado. Ela então tampou a boca, e olhou para os lados, esperando que ninguém tivesse a escutado.
Então algo mais alto que seu grito soou pelo local. Um BEEP de mensagem recebida saiu de seu celular, que conseguiu ser mais barulhento que a dona. Ela apertou o botão principal, e viu uma mensagem de sua mãe. "Deus, agora phodeu." pensou.

"Mana, aqui somos nós usando o celular da mamãe, então não assuste..."

-- Ufa. - soltou um suspiro, e voltou a ler.

"...sabíamos que ia fugir, mas não sabíamos que seria hoje. Você é muito estabanada, deixou a porta da frente aberta, nem isso você sabe fazer direito?"

-- Malditos...

"Mas de qualquer jeito, 'nós não sabemos de nada'. Mande uma resposta o mais rápido possível, ok?
Te quase-amamos, Louis e Loan
"

Ela terminou de ler a mensagem, e só então se deu conta da proporção do ato que tinha tomado. Fugir de casa não era algo simples, mas ela estava destinada a fazer isso. Portanto, fechou o celular colocando-o no modo silencioso, para que outros "imprevistos" como esses não acontecessem novamente. Levantou a cabeça, e continuou a sua caminhada, em plenas 03:56 da manhã.
E Doki e Dina iam atrás.

•••

Os primeiros raios do sol começavam a aparecer.

Layla saiu da cidade pelo sul, e continuou seu caminho pela RI-014, uma das dezoito principais estradas de Isshu. Ela então abriu sua mochila, e dela tirou uma Pokébola. Ou algo que se parecia com uma. Apertou o botão do centro, e ela começou a se "abrir", igual àqueles Bakugans que toda criança tem. Com alguns Clack! e Flip! ela se transformou numa bicicleta, com direito à farol, buzina e cesta, na qual Doki e Dina se acomodaram e começaram a dormir.
Após pedalar por um bom tempo, parou em um restaurante à beira da estrada. Haviam dois carros estacionados, possivelmente eram cidadãos aproveitando o início das férias para evitar trânsito. Ela "comprimiu" sua bicicleta de volta à forma de Pokébola, o que demorou um bocado, e então entrou. Sentou-se ao balcão de carvalho e pediu um chocolate quente.

-- Você está sozinha? - perguntou a balconista, que abria a tampa de seu Rotom (na forma de forno, claro) e retirava a xícara fervente.
-- Sim. - respondeu, enquanto aceitava a chícara. - Por quê da pergunta?
-- Nada em particular... é que hoje em dia não se vê tantos jovens em jornadas... ei, olhe, começou o jornal das seis.

Ela se virou para onde a balconista apontava, e quase deixou o chocolate cair. No canto de uma das paredes havia uma televisão, que mostrava para ela um rosto muito familiar. Na legenda, estava escrito: Pesquisador descobre segredo de vinte anos atrás.

-- Então, Dr. Mogul, explique-nos que grande segredo é este, que nos amaldiçoou por tantos anos... - a entrevistadora era morena, com uma bela chapinha, digo cabeleira negra lisa. Ela quase fazia o pai de Layla engolir o microfone, de tanta ansiedade em sua pergunta.
-- Bem... - a voz era grave - estávamos quase desistindo de escavar as ruínas, quando encontramos algo que se parecia com uma câmera fotográfica digital.

O doutor Mogul, Yanx Mogul, era um homem alto, de corpo definido, cabelos ruivos e uma aparência mais viva do que a dos outros pesquisadores, geralmente idosos ou gordos. A mistura de genes ruivos e castanhos desenvolveu uma tonalidade alaranjada, que pertencia aos seus decendentes.
Ele levantou um pacote, com uma câmera incrivelmente velha e desgastada pelo tempo. Sua cor acinzentada estava bege, e parecia que seria pulverizada pelo vento a qualquer momento.

-- E... - a entrevistadora aproximou mais ainda o microfone.
-- Após vários testes em laboratórios, descobrimos que esta câmera é de um período de aproximadamente 600 anos atrás.

Silêncio. Geralmente é esse o momento que as pessoas ficam dizendo OOOOHHHHH! e ruídos parecidos. Layla ficou boquiaberta, e realmente derramou o chocolate em cima da bancada.

-- C-c-omo assim? E o que isso tem a ver com o grupo de pesquisadores?
-- Algumas fotos salvas pela câmera mostram os desaparecidos em frente à locais do nosso continente, antes da destruição. Como por exemplo, esta, que deve aparecer na tela a qualquer momento.

A televisão mostrou uma foto da câmera, com três jovens fazendo pose em frente ao Ancient Castle. O lugar era enorme, comparado aos estudantes era o mesmo que comparar uma formiga à um Jipe 4x4.
Depois começaram a passar imagens menos interessantes do local onde encontraram a câmera: um ninho de Volcarona, na região mais funda das ruínas.

-- Nossa, o doutor Mogul é um homem e tanto. - começou a balconista, enquanto limpava a mancha de chocolate da garota.
-- Epa epa, pode parar por aí. Ele é um homem casado, pai de três filhos... - respondeu rapidamente Layla. Ela então pegou uma quantia de dinheiro e colocou sobre o balcão - Estamos indo.

Doki e Dina se levantaram, desceram do balcão e se juntaram à sua treinadora. Esta, por sua vez, montou em sua bicicleta (dois minutos para que atingisse o tamanho ideal) e partiu rumo à sua jornada.

•••

Após uma árdua e difícil subida, ela atingiu seu primeiro destino. Já era meio dia, então estava faminta, e parou para reabastecer a barriga. Ela desceu da bicicleta, desmontou-a, e atravessou calmamente uma plantação de Oran Berries, até atingir uma simples casa de fazendeiros. Lá, ela bateu na porta três vezes, recuou um bocado, e esperou atenderem.
Ouvia-se passos atrás da velha porta de madeira, a qual foi aberta, revelando em seu interior uma bondosa senhora, com leves rugas pelo rosto e um belo cabelo acinzentado preso por um coque.

-- Senhora Lílian?
-- Você... é você Layla? - perguntou a velha, assustada.
-- Sim.
-- Querido! Venha aqui! A netinha do Doutor Mogul veio nos visitar! - a idosa soltou um berro fino, e convidou a menina para entrar.

Dona Lílian era uma fazendeira nata, que aprendeu com os melhores ranchers de Almia a cultivar frutos e verduras. Era também a "Guardiã" do Fertility Shrine, visto que sua casa se localizava a menos de vinte metros do local.
Layla sentou-se à mesa, e almoçou, juntamente dos dois idosos. Eles trocaram assuntos, novidades e muita conversa nesse meio tempo. Doki e Dina estavam no curral junto dos Sawsbuck, Ursarings e Miltanks, que ajudavam com o trabalho do rancho.

-- Faz quanto tempo, hein minha filha? - O senhor tinha um leve sotaque caipira, mas nada que impedisse o diálogo.
-- Acho que cinco anos... desde que...

Ela engoliu em seco, e olhou deprimente para baixo. Os avós entenderam a reação da menina. Afinal, fora naquele local que os senhores perderam um neto, e a menina perdera o melhor amigo. Pobre rapaz, tão jovem, desapareceu da mesma maneira que os pesquisadores e o turista. Por isso aquele era sua primeira parada: visitar os velhos conhecidos e visitar o santuário da fertilidade.
O resto do almoço continuou da mesma maneira, silencioso. Depois dele, Layla mandou uma mensagem para os irmãos, sobre sua localização atual, e desejando sorte para eles. Então foi banhar-se, para retirar o suor de doze horas de fuga.

Após sair do banheiro, vestiu-se e digiriu-se ao andar de baixo, onde se despediria dos senhores e voltaria à sua jornada. Mas ao terminar de descer da escada, a porta bateu. Dona Lílian abriu-a, e do outro lado revelou sua mãe, em prantos, procurando pela filha.
Layla rapidamente se jogou na cozinha. Pegou o celular e viu, uma mensagem recebida enquanto estava tomando banho:

"Mamãe tomou nossos celulares e leu a sua mensagem, estamos indo aí. Fuja enquanto puder."

"Merda, tarde demais." pensou. "Por que fui colocar este maldito telefone no silencioso?". Rapidamente abriu a porta dos fundos, que ficava na cozinha, e saiu correndo, em direção ao santuário que ficava próximo aos estábulos. Chegando próximo do curral, rapidamente chamou pelos seus Pokémon, os quais saíram correndo com ela.
Ela então olhou para trás, e viu sua mãe, abrindo a porta dos fundos, e gritando pelo seu nome. A mulher então lançou uma Pokébola ao ar, mostrando um Unfezant, que a segurando pelos ombros, começaram a perseguir Layla.

A garota quase chegou a tocar o santuário, quando a mãe a empurrou por trás. As duas se colidiram, se empurraram e caíram na grama, com uma distância de três metros uma da outra.

-- Sua desobediente! Irresponsável! O que foi que eu disse para você?
-- Eu sei muito bem o que você disse! - rugiu a garota. A mãe se silenciou, afinal foi a primeira vez que a adolescente encarou-a de frente - Mas eu não quero ser normal! Não quero ser uma advogada chata, ou seja lá o que me oferecerem por causa da escola!

Nesse meio tempo, os gêmeos e o casal de idosos alcançaram as duas. Com a ajuda de Doki e Dina, Layla se levantou, e bradou.

-- Se quiser acabar com minha vida, ótimo. Mas ao menos me deixe realizar meu sonho, me deixe encontrar ele mais uma vez. Encontrar ele...

Ela então caiu em choro.

•••

Layla Mogul...

-- Hã?

Ó grande sonhadora, que perturbaste meu sono profundo...


Uma voz ecoava em sua cabeça. Seus olhos ainda estavam fechados, por causa da birra, mas ela logo os abriu. Ela então percebeu o que havia acontecido.
Num raio de 10m do santuário, tudo estava normal. A partir dalí, tudo estava congelado. Digo, congelado no tempo. A grama, os seres, tudo estava em preto e branco. Inclusive os parentes. Então, com excessão dela e dos Nidoran, ninguém conseguia ouvir a voz.

-- Q-quem é você?
Sou Landolos, Deus da fertilidade, dono deste santuário, que abençoa as terras de toda a Isshu.


"AI MEU DEUS DO CÉU, UMA LENDA ESTÁ FALANDO COMIGO" pensou, esbaforida. Doki e Dina se jogaram em seu colo, amedrontados, e ela os abraçou juntamente.
Então o ar começou a ficar coberto por uma neblina. Ela começou a ficar cada vez mais densa, até que se concentrou em uma "nuvem" na frente dela. Dela apareceu uma figura humanóide, masculina e alaranjada, que cruzou os braços e esperou uma reação da garota. Ela simplesmente se curvou, amedrontada.

Eu ouvi o desejo do seu coração.
-- Hã?
Você realmente quer ver o garoto novamente?


Ela ficou apreensiva. Estava realmente "recebendo o desejo de um gênio". Após pensar um bocado, fez que sim com a cabeça.

Entendo... então, de acordo com a profecia, que seu desejo se cumpra.

Um vulto cobriu os céus. A figura de um dinossauro, azul-escuro, com detalhes prateados, encarou a treinadora. Ele abriu a boca, e soltou um tremendo ROOOAAARRR!!!. Era possível "ver" as ondas sonoras, que atingiam a garota, e desintegraram sua essência. E a de seus Pokémon também. Dialga terminou o seu Roar of Time, e voltou a descansar pelos próximos cinco anos. O tempo voltou a correr em volta do Abundant Shrine, e todos ficaram perplexos ao ver que a garota não estava mais lá.

15 de Dezembro de 2037. Layla Mogul, quatorze anos, foi adicionada à lista de pessoas desaparecidas na Abundant Shrine.


                                                                      

Descrevi o máximo possível, lembrem-se que este não é um oneshot, só um prólogo.
Para outro capítulo sair assim, vai demorar um bocado, portanto não me apressem ok?


Última edição por Microo~ em Sáb 24 Set 2011 - 20:37, editado 18 vez(es)
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Mensagem por Tree_Thi Dom 10 Jul 2011 - 10:58

Eae cara

Nossa eu gostei dimais da sua fic. Começando pela historia que me facinou, envolve misterio que eu particularmente adoro xD

Descriçao e narraçao nem precisa falar, estavam perfeitos imaginem todo o texto em minha mente.

Ta meio grande sim, mas se as postagens nao forem muito rapidas da para acompanhar numa boa, e tambem vale a pena ler tudo isso.

É serio bem legal essa historia, grandes misterios ja se formaram em apenas um prologo, porque a mae de Layla nao qeuria que ela fosse? O que aconteceu com Layla? E esse tal amigo da Layla? Nossa sao muitas coisas, e tambem contem um pouco de humor, sem duvida esta com um grand eprojeto nas maos, aguardo o prox. cap.

Ate mais.

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Mensagem por Dream Dom 10 Jul 2011 - 12:16

Bom dia.
Uau, nossa que fic muita boa, descrição e narração maravilhosa, e ela transmiti o que o narrador que passar e me sentir com tanto medo no final, que se fosse de noite eu iria dormi de medo ^^.
Achei uma fic perfeita, e o drama instalado nela é incrível.
Bom, vou continuar lendo.
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Mensagem por Caracaca Dom 10 Jul 2011 - 12:25

ae Microondah
essa fic ta muito boa, misteriosa e eu cheguei ate a pensar que a Layla encontraria o seu amigo depois da conversa com Landolos.
perfeito.

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Mensagem por Kurosaki Mud Dom 10 Jul 2011 - 13:13

Micro!!!!!
My God, que história sensacional *.* Você me elogia, mas você escreve melhor que eu cabeção!
Amei de paixão, o enredo, a narração, descrição, não me importei com o tamanho já que realmente lembra um livro, o ritmo dos acontecimentos, tudo. Parabéns Micro ;D
Quanto a erros, avistei poucos para um capítulo gigantesco. Déficit, estava sem o I, humanoide com acento (nova ortografia), vítima, lá na primeira parte,e stava assim: vitma. E claro, Landorus, entendi o clima japonês no nome, mas se você diz Sawsbuck e Unzefant, por que dizer Isshu e Landolos?
Mas enfim, amei de verdade, pode demorar o quanto quiser que irei acompanhar, e amei os gêmeos e as piadinhas. Só mais uma coisa. O Simipour e o Kecleon são ajudantes de casa, é isso?
Inté!

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Frase pessoal : O..o


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Mensagem por TwinSeeder Dom 10 Jul 2011 - 14:58

Não sei por que o 14+, mas enfim...
Gostei muito da sua fic, ortografia muito boa, você escreve muito bem! *-*
Coitada da Layla, rs.

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Mensagem por Micro Dom 10 Jul 2011 - 17:07

Comentários:




::Capítulo 01::
[14+] Trovadores Unled1vtz.th

Era uma sala Octogonal. Nenhuma luz artificial, mas no teto havia um vitral colorido, que iluminava a única mobília do local: uma mesa, redonda, com lugar para oito assentos. Não havia ninguém no local, mas na parede estavam várias pinturas de cavaleiros com espadas e armaduras, lutando contra outros exércitos.
Então, das sombras, apareceu uma garota, de cabelos pretos e longos, e um traje preto com gravata verde. Ela colocou sua mão numa das extremidades da mesa, e debaixo dela, saiu um trono. Em seu encosto, estava cravado uma figura de um Escavalier.
Logo atrás dela, saíram outras garotas, seis para ser exato, com vestes de cores verdes, vermelha e azul. Fizeram o mesmo, colocaram suas mãos na mesa, e sentaram em seus "tronos", formando um octógono defeituoso em volta da mesa.

-- Por quê nos convocou, Trix? - perguntou uma garota de cabelos castanhos, trajando uma roupa vermelha. Em sua cadeira, estava cravada a imagem de um Galvantula.
-- Alguns informantes meus detectaram uma enorme quantidade de energia temporal, provenientes do grande feudo de tempestade. - Trix fora a garota do Escavalier. - O que nos tem a dizer, Lune?
-- Eu? - perguntou uma loira, de vestes azuis e cadeira cravada de Masquerain.
-- Dormindo novamente?
-- Desculpe... cuidar de um feudo sozinha não é fácil... Sobre o que é o assunto, mesmo?
-- Detectamos uma quantidade significativa de energia temporal, vinda de seu feudo. Para ser mais exata, próximo ao santuário.
-- Hum... iremos averiguar... por falar nisso, ouvi dizer que encontramos suspeitas de rebeliões, vindas do grande feudo de terra.
-- Não na minha área. - Afirmou uma bela ruiva de olhos verdes, vestes vermelhas e cadeira cravada com um Volcarona - Terminamos de fazer a inspeção das propriedades, ninguém mostrou relativa aversão ao modo de governo.
-- Nem na minha. - concordou a outra ruiva, de olhos castanhos, vestes também vermelhas e cadeira cravada de Crustle. - O deserto nem é tão difícil assim de ser explorado.
-- Ainda preciso averiguar isto. - disse a garota do Galvantula.
-- Sua área é lar de grande parte dos dragões. Se algum rebelde conseguir colocar as mãos neles... - disse Trix.
-- Enfim, ninguém mais tem nada a falar? - encerrou Lune, a do Masquerain.

Todas afirmaram negativamente com a cabeça. Uma a uma começaram a se levantar, até que o pseudo-octógono estivesse completamente vazio.
A luz que iluminava o vitral formou um reflexo na parede.

•••

Em um local longe dalí, Layla retomava aos pouco a consciência. Meio zonza, levantou-se, mas bateu a cabeça em um galho baixo acima dela. Soltou alguns palavrões, e se levantou, desviando daquele incoveniente. Olhou para a frente, e viu que estava em um bosque, e não muito longe dalí, estavam Doki, Dina, sua mochila e um Keckleon.
Ela deu alguns passos lentos, e cutucou o Keckleon, que dormia pacificamente em cima dos seus pertences. Ele se levantou e esfregou os olhos com as pequenas patinhas. Então olhou para a humana, sorriu e deu uma enorme lambida na cara dela.

-- AARGH! ME LARGA!

Foi só então que ela notou quem era aquele serzinho: era Kelly, a Pokémon de estimação de seus irmãos. Pensou por um tempo, e lembrou-se do dia anterior; Kelly devia ter se agarrado, invisível, à perna dela quando recebeu o Roar of Time.
Dina aos poucos acordou, e cutucou o irmão gêmeo. Este deu alguns bocejos, e voltou a dormir. Layla então pegou sua Pokébola, e lançou no coitado. Mas, ao invés de abosrvê-lo, acertou como uma pedra, acordando o Pokémon.

-- Hã? O que aconteceu?

Ela tentou novamente, e falhou novamente, como se a Pokébola não funcionasse mais. Ela pegou as outras e viu: nenhuma deu certo. Então colocou os três Pokémon em sua mochila, e deixou o zíper aberto, para que dormissem mais e entrasse um pouco de ar.
Ela olhou para os lados, e viu o santuário, intocado como antes: a mesma pequena construção de madeira, o caminho de pedras, a fazenda dos...
Ela olhou novamente, e não achou as grandes plantações de Oran Berry, nem os estábulos, nem os Pokémon. Nem a fazenda.
Rapidamente, ela desceu a colina, seguindo o caminho de pedras, e já fora do bosque, conseguiu ter uma visão maior do lugar. E quase teve um infarto, quando não viu nenhuma cidade. Nenhuma rodovia. Nenhuma tecnologia à dois kilômetros de distância.

Ajoelhou-se, caindo aos poucos, e apoiou o corpo nas mãos. Rapidamente sacou o celular, e procurou desesperadamente por qualquer tipo de sinal.
Nada. Sem internet, sem cobertura, sem GPS. Nada.

-- Ok, que pegadinha é essa? Já podem sair, eu sei onde estão as câmeras... - blefou.

Ao longe, ela ouviu um barulho de madeira. Aproximou-se, e viu uma carroça sendo puxada por dois Ponyta. O condutor chicoteava-os sempre que diminuiam a velocidade, cansados. Ela se aproximou ainda mais, e chamou pelo homem.

-- Ei, moço!
-- Hum... olhe só essa gentalha tentando falar comigo... - gabou-se.
-- Eu ouvi, ok?

O homem nem se importou com ela, e passou por ela sem dar satisfação. Até que ele viu os dois Nidoran, e gritou, alto.

-- AH, MONSTROS! FUJA, GAROTA!
-- Perdão, onde?
-- Essas duas monstruosidades roxas!

Os gêmeos inclinaram a cabeça, com ar de dúvida. Os Ponyta soltaram uma leve risada, mas voltaram à cara triste de antes ao levarem mais chibatadas, para que fugissem dalí.
E Layla foi deixada para trás.

-- Se ele não queria falar comigo, era só ignorar, não precisava de fazer esse escândalo todo. - resmungou, enquanto cruzava os braços.

Ela pegou sua bicicleta, que ainda funcionava (graças a Deus) já que não precisava de eletricidade, e foi pedalando em direção de onde o homem tinha vindo. Ela seguiu por uma deformada estrada de terra, que de tantos buracos se assemelhava à uma pista de Motocross.

•••

Não muito longe dali, ela encontrou uma pequena vila. Era simpática, e as casas eram simples, mas tinha algo nela que lhe era estranho. Ela entrou na cidade, mais precisamente na primeira construção que viu. Era um bar abafado, com cheiros nada agradáveis e pessoas com vestes sujas e maltrapilhas. Quando ela entrou, todos a encararam, como se fosse um animal de outro planeta.
Um homem se manifestou, levantando-se.

-- Ei, gracinha, o que você faz aqui? - perguntou. Seu hálito conseguia ser pior que a de muitas latas de lixo juntas.
-- Estou perdida... - perguntou, com um pouco de insegurança.

O homem mal deixou ela terminar de responder, jogou-a na parede e retirou-lhe a mochila, num só golpe.

-- Perdida, não é? - disse, com uma cara pervertida. - Eu sei muito bem o que você quer aqui.

Antes que pudesse responder, tapou-lhe a boca, e arrancou-lhe a jaqueta de frio, mostrando a camiseta justa que usava por baixo. Doki, Dina e Kelly saíram da mochila, machucados com o impacto, e tentaram acertar o homem que abusava de sua treinadora. Mas foram impedidos por uma cobra azulada, com grandes presas e um olhar ameaçador. Era um Seviper.

-- Sou eu que mando nessa taberna aqui, gracinha. - disse o homem. - Nem tente impedir.
-- Húgor, posso cuidar desta?

Layla deixou uma lágrima sair pelo olho direito. "Então era esse o mundo perigoso que minha mãe vivia me falando?" refletiu. Se sentiu culpada pelo que disse para sua tutora, então apenas aceitou a consequência. Mas o homem nem tinha visto aquilo. Ele estava olhando para trás, encarando alguém.

-- Ela ainda é virgem. Não vai aproveitar nada se você cuidar dela. - disse esse alguém.
-- Ah cara, mesmo assim...
-- Ou você me dá ela, ou eu paro de te vender meus peixes.

Aquela foi a palavra final. Húgor largou Layla, que caiu no chão, completamente apavorada. Os três Pokémon foram para perto dela, e ela os abraçou, como uma garota confia em seus bichinhos de pelúcia. O rapaz anônimo a ajudou a levantar, e guiou-a para uma porta que estava por perto. Abriu-a, e mostrou um quarto. Entraram, e ele fechou a porta logo atrás.

•••

-- Você não é daqui, é? - perguntou o rapaz.

Layla estava assustada. O rapaz sentou-se na cama, mas não fez nada, além de começar a conversa. Ela tentou recuar, mas logo ele a interrompeu.

-- Pode deixar, não vou fazer nada. Mas se você tentar fugir, eles vão.

Ele estava certo. Ela imaginou o que poderiam ter feito com ela se não tivesse sido "salva" por aquele estranho. Layla levantou os olhos, e viu o rapaz retirando o pano que o cobria, revelando um garoto pouco mais velho que ela, de cabelos brancos e um sorriso na cara.

-- Como você sabe que não sou daqui? E onde estou?
-- Suas roupas. E ainda está em Isshu.
-- Hã? Mas eu nunca ouvi falar deste local...
-- Você não está no lugar errado, mas sim no tempo errado.

Ela ficou assustada, sem entender nada do que ele tinha dito. Mas seus pensamentos foram interrompidos, quando tentaram abrir a porta que os separava daquela multidão de homens.

-- Abre essa porta! Roger, se você não fizer nada com ela, eu vou fazer!
-- Estava só preparando, daqui a pouco você pode entrar. - disse, mas logo depois sussurrou para ela: - Pode deixar, eu vou te tirar daqui. Mas você vai ter que fazer tudo o que eu disser.

•••

Do outro lado da porta, os homens colseguiram ouvir alguns gemidos indecentes, que aos poucos foram crescendo, até se tornarem gritos. Pouco depois, o casal saiu, com ela abraçada em seu braço, bebendo um líquido branco que estava em seus lábios.

-- Se me dão licensa, vou levá-la para casa.
-- Mas e o nosso trato? - perguntou Húgor.
-- Bem, eu fiquei com a garota e você ficou com os peixes. Não acha justo?

O homem fechou o punho de raiva. Mas não podia fazer nada, visto que Roger era o único pescador da cidade. Perder seus clientes era muito pior do que perder uma garota. Já distante do bar, a garota largou o braço do rapaz, indignada.

-- Não acredito que você me fez fazer aqueles... barulhos indecentes! Eu sou uma mulher de família, sabia?
-- Ou você fazia eles por conta própria, ou eu te forçava a fazê-los... - disse, com um sorriso na cara.

Layla enfiou um soco em seu nariz, embora estivesse grata pelo rapaz tê-la salvado. Ele não revidou, mas continuaram a andar juntos. Já estavam na praça central, alguns bons metros de distância daquele local sujo, que ela com certeza não ia voltar. Então ela fez outra pergunta.

-- E o que era aquela coisa branca?
-- Maionese.
-- Mas... eles não suspeitaram de nada?
-- Acho que não... por acaso existia maionese em 1400?
-- Como assim, mil e quatrocentos?
-- Se você ainda não percebeu, você voltou no tempo.

Ela ficou pasma. Tudo ao seu redor ficou silencioso, exceto por sua mente, raciocinando.
Ela recapitulou tudo que havia acontecido... até aquela notícia de jornal, dos pesquisadores que voltaram no tempo. Então, se ela e os pesquisadores voltaram no tempo, então ele também...

-- Kyle. - disse, sem se importar com que ouvisse.
-- Desculpe, quem?
-- Kyle. Você conhece alguém com esse nome?
-- Acho que não... mas me é familiar.

Quando ele disse isso, um sorriso iluminou a face dela. Fora o primeiro sinal dele em cinco anos. Ele sorriu de volta, mas parou em frente à algo. Ela parou de andar também, e juntos olharam para uma construção frente à praia. Era feita de blocos de pedra, e uma parte dela era aberta para o mar, como se fosse uma "garagem" para o barco de pesca.
Eles entraram, e Roger a apresentou a casa. Era bem simpática, mas tinha espaço suficiente para quatro pessoas.

-- Gostou? Eu e o Wott que fizemos. Se quiser, pode ficar aqui...
-- Wott?
-- Ah, você não o conhece ainda, certo?

Roger soltou um assobio, o qual foi respondido por um barulho que vinha de dentro da construção. "Ele já vem, está ocupado" traduziu o rapaz. Ouviu-se alguns passos no assoalho de madeira, e de uma das portas saiu uma criatura azulada, com um bigode branco e uma cauda de castor.
Ele pulou no dono, e escalou seu torso, até atingir seu ombro, onde sentou-se.

-- Wott, o Dewott. Fácil de lembrar, não?

O Dewott sorriu para a garota, a qual cumprimentou-o como se fosse outra pessoa. Doki, Dina e Kelly saíram de dentro da mochila rasgada, na qual estavam escondidos com medo do Seviper. Mas em pouco tempo os quatro Pokémon (Nidoran's, Kecleon e Dewott) ficaram amigos.
Layla estava muito séria, como se estivesse resolvendo um conflito interior em sua cabeça. Ela se sentou em um sofá de couro (feito de Tauros, como Roger a explicou) e aceitou um copo de chá de hortelã. Ela o tomou vagarosamente, enquanto o rapaz se sentava próximo a ela.

-- Roger... - Layla começou a perguntar.
-- Diga.
-- Como você sabe tanto sobre o futuro, ou presente, ou seja lá de onde eu vim?
-- Bem, eu vim de lá.

Ela calou-se. Sentiu algo como uma bicada de Peliper em seu peito. E escutou ele terminar de contar a sua história.

-- Sabe, até os onze anos eu vivi lá, com o Wott. Mas, cinco anos atrás, eu simplesmente apareci aqui. Eu tenho algumas lembranças vagas, como as receitas que minha vó fazia, ou de algumas pessoas... - ele calou-se, como se tivesse lembrado de alguém que não via a décadas.

Layla não o deixou terminar. Largou o copo que segurava e jogou-se em cima do garoto, com um beijo.
Naquele momento, o rapaz se lembrou da família, do seu nome original... da menina de cabelos alaranjados que ele tinha beijado cinco anos atrás, antes de desaparecer na fazenda de sua avó.


                                                                                                 
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Mensagem por Kurosaki Mud Dom 10 Jul 2011 - 17:28

Micro, mais um capítulo genial cara!
Amei o jeito sádico de Roger (que deve ser o Kyle) , a vinda de Kelly (eu imaginei isso, por isso perguntei no comentário anterior) e a legião das meninas do começo.
Amei o vitral também, você e suas imagens hein!
A justificativa te atrapalhou um pouco, mas não muito. O único erro foi absorveram-no, lá no começo, você escreveu abosrveram, alguma coisa assim.
Vou falar em MP com você de uma dúvida, -q
Inté e aguardo o próximo.

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Mensagem por Tree_Thi Dom 10 Jul 2011 - 21:06

Opa eae

Ae Micro muito massa esse capitulo xD Ue porque não comentou meu comentário T.T

Começando pela aquela reunião misteriosa da organização, e logo depois aquele quase abuso.
Bom descrição e narração perfeitos!

Tipo esse cap. nem foi muito grande mas de um tempo para o pessoal se antenar nos caps. ai você consegue mais leitores e fica rico ¬¬

O Roger é o rapaz la... '0' muito bom cara o drama esta muito interessante me faz quase babar em frente ao pc '-'

Bom acho que é isso, estou aguardando o prox. cap. boa sorte.

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Mensagem por Caracaca Dom 10 Jul 2011 - 21:41

genial Microondah
você conseguiu fazer um primeiro capitulo perfeito,to louco para ver o segundo,essa paixão e essa historia amorosa foi otima mais achei um pouco pequena (olha quem fala).

esperando novos capitulos.

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Mensagem por Juan Ftm the best Ter 12 Jul 2011 - 13:16

E aew Micro-kun como já disse pelo msn a fanfic está muito boa, ambos os capitulos, tudo bem que está grande mas como já disse quando se lê uma coisa boa, nem se precebe o tamanho, e só tenho uma duvida porque Umbrella Town, não seria... Undella Town só isso flw.

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Mensagem por Micro Qui 14 Jul 2011 - 0:03

@Mud
AWW YEAH O vitral e o reflexo foram feitos no Gimp mesmo A_A
Achei que colocando os mosqueteiros no fundo ficaria fácil de saber quem elas são... sabe, uma mesa redonda, etc e tal...


@Tree
Sorry man, esqueci mesmo de te quotar Ç_Ç
Brigado por continuar lendo, nem achei que fosse conseguir cinco leitores de primeira...


@Cara / Caca (escolhe aí o que você quer que eu te chame)
Well champz, nem pensei no romance, mas posso tentar colocar na fic. Brigado pela ideia õ//


@FTM
/o/ você comentou. Sim, era para ser Undella, mas como estava sem Net quando fiz aquela parte não conferi e acabei esquecendo de corrigir.



::Capítulo 02::

Os primeiros raios de sol batem nos olhos de Layla. Ela acorda, levanta-se lentamente, e percebe que tem algo abraçado nela. Wott segurava-a firmemente pelos bustos, enquanto roncava baixinho. A humana o pegou nos braços, calmamente, como se fosse um bebê, e lançou-o pela janela como se fosse um boneco de pano.

-- S-sua lontra tarada! - gritava, apontando para onde havia o arremessado.

Ela consertou sua camiseta, e vestiu por cima um vestido meio velho, prendendo o cabelo atrás em um coque. "Preciso me adaptar à este local o mais rápido possível." pensou. Saiu do quarto que deixaram para ela, e se dirigiu à sala principal. Nela ficava o sofá de couro de tauros, uma mesa de carvalho e alguns equipamentos de cozinha improvisados. A maior parte dela era coberta da água do mar, pois era onde o barco de pesca geralmente ficava estacionado. Havia uma grande abertura na parede, dando uma vista perfeita do horizonte, do sol tocando o mar naquele amanhecer.
Em cima da mesa estava um Magikarp assado, o qual comeu sem hesitar. Então saiu pela porta principal, e foi conhecer a simpática vila na qual estava.

Era um vilarejo de poucas casas, com duas avenidas principais que se cruzavam na praça central. Uma das avenidas terminava no mar, e a outra terminava no Abundant Shrine. Já a praça central não era nada além de uma fonte grande e um mural de avisos, onde as pessoas escreviam como se fosse uma seção "classificados" de um jornal.
Doki e Dina vinham logo atrás. A fêmea parou junto à treinadora, mas o macho continuou a correr, e se chocou com a irmã. Esta foi arremessada na fonte com o impacto. Layla rapidamente entrou na água para socorrer a pequena, que ainda não sabia nadar.

-- Doki, tenha mais cuidado com ela! - repreendeu a garota.
-- A donzela quer uma ajuda? - perguntou um rapaz, que se aproximava da cena.

Ela olhou para o lado, e viu um garoto loiro, com chapéu de palha, roupas caipiras e sardas no rosto. Em seu braço estava um Swellow, que se bicava, para retirar os carrapatos que o incomodavam. Com um aceno de mão, a ave saltou do ombro do garoto e resgatou Dina com suas grandes garras.

-- Mais um abusado? - deduziu Layla.
-- Ah, óia lá, o Roger!

O loiro apontou para Kyle, que vinha atrás dela, carregando um Remoraid de mais ou menos um metro nas costas. Estava sem camisa, para facilitar a natação, o que deixava seu corpo quase completamente à mostra.

-- Vista algo, Ky... digo, Roger. - disse, jogando uma camisa para ele. Ela se lembrou que somente ela sabia que ele se chamava Kyle, portanto na frente dos outros deveria chamá-lo de Roger mesmo.
-- Tudo jóia, Mack?
-- Beleza fiote. - respondeu-lhe o caipira. - Quem é a donzela aqui?
-- Esta é a Layla, uma amiga de infância.
-- Bezerro do mesmo celeiro, né?

Layla puxou Kyle pelo ombro, e saíram de perto da conversa, para conversarem a sós.

-- Quem é ele? – perguntou a garota.
-- Ele? É um fazendeiro, que vai construir uma fazenda próxima ao Abundant Shrine. Chegou ontem, e vai ficar conosco até que sua fazenda seja construída.
-- Agora sua casa é hotelaria por acaso?

Layla virou o rosto e encarou o loiro, que brincava alegremente com Doki e Dina. Os olhinhos da pequena estavam apaixonados pelo garoto que tinha a salvado, enquanto o irmão tentava escalar as costas do Swellow.

-- Mas você não sabe quem ele é de verdade?
-- Não... por que deveria saber? – respondeu para Kyle com outra pergunta.

De repente, a água da fonte começou a borbulhar. O fluxo de água foi interrompido, e as gotículas começaram a tomar uma forma. Uma forma humana, para ser mais exato. A forma de uma jovial garota loira usando um uniforme. Os olhos eram vagos, sem pupilas, como se aquele ser fosse vazio por dentro.

-- Testando... 1, 2, 3...

A voz que saía daquele ser chamou a atenção dos outros moradores. Todos eles se concentraram em volta da fonte, como se alguém estivesse os chamando. Mas nenhum deles parecia espantado ou surpreso, como se fosse algo normal.

-- Atenção, cidadãos do grande feudo de água. Lembrem-se que as inscrições para a guarda real estão abertas, qualquer espadachim, curandeiro, arqueiro ou guerreiro capacitado favor comparecer à construção principal para mais detalhes. Grata, senhora feudal Lune.

O “fantasma de água” se explodiu em uma nuvem de chuva, que fez com que a água da fonte voltasse a fluir normalmente. Layla e o loiro olharam para Kyle, como se ele tivesse uma explicação lógica para aquilo.

-- Me diga agora, quem é ela? – encarou Layla.
-- E quê qui ela quer cum nóis? – perguntou Mack.
-- Esqueci que vocês são novos por aqui... bem, trimestralmente a senhora feudal manda um decreto para nós, por meio das fontes, que são localizadas no centro das vilas.
-- Mas como ela faz isso?
-- Ela é um membro do Octógono, um grupo dos senhores feudais para a proteção da família real, algo assim. Cada um de seus membros ganha um Pokémon poderosíssimo para ser treinado e usado em futuras guerras que possam acontecer no reino de Unova.

Layla calou-se por um momento. Ela começou a se lembrar das aulas de história que tinha quando ainda estudava, e se lembrou disso.

-- Senhores feudais? Feudos? Quê qui é isso?

Kyle apontou para o mural de avisos, o qual tinha um mapa de Isshu. Os três se aproximaram dele, e olharam atentamente para ele.

[14+] Trovadores Unovaanime.th

-- A porção de terras da esquerda é o grande feudo da floresta, em homenagem ao mosqueteiro Virizion. A do centro é o grande feudo de fogo, em homenagem ao mosqueteiro Terrakion. E a que sobrou, à direita, é o grande feudo de tempestade, em homenagem ao mosqueteiro Cobalion.
-- Hum...
-- Cada grande feudo têm cerca de três feudos menores, sendo assim três senhores feudais. Exceto o nosso, que é comandado apenas por uma.
-- A loira de água. – concluiu Mack.
-- Então ela é forte assim? – perguntou Layla.
-- Ouvi dizer que seus pais acabaram com uma guerra inteira, usando apenas um movimento de mão. Por isso os membros do Octógono são os mais poderosos da área dos três feudos.

“Resumindo, temos que cruzar os dedos para não acontecer outra guerra.” pensou a garota.

-- Mas sabe, estou até pensando em entrar neste exército.
-- Por quê? - Layla engoliu em seco.
-- Agora que você está aqui, preciso aprender a nos defender.

A conversa foi interrompida, por passos ligeiros que se aproximavam do grupo de garotos. Wott vinha com um Remoraid de trinta centímetros na boca, o qual devorava com poucas dentadas. Ele escalou novamente o ombro do seu treinador, e sentou-se nele, apenas dando uma pausa para cumprimentar a dama e o caipira.

-- Uai sô, por quê qui ocê num disse isso antes? Eu te ajudo, fiote.
-- Ajudar com o quê?
-- Com o treino, sô.
-- Então além de plantar sementes, você sabe lutar com espadas? - criticou Layla.

Rapidamente, um vulto esverdeado apareceu atrás de Mack. Este vulto juntou as mãos, formando uma espada verde, e a entregou para o caipira, o qual a girou no ar duas vezes e fincou-a exatamente no olho do Remoraid que Wott calmamente comia.
O vulto aproximou-se da luz e revelou ser um Roserade.

-- Isso é... esgrima?
-- Quê qui a donzela chamou?
-- Lembre-se Layla, a esgrima só ganhou este nome em 1452. Você está cinco anos adiantada. - sussurrou Kyle para ela.

Wott, ao terminar de comer o peixe, limpou as patinhas na pelagem azul da perna, e pegou suas duas conchas. Uma ele entregou para o treinador, a qual virou uma bela espada branca feita de cálcio, com alguns detalhes em pérolas.

-- Vamos dançar?
-- Vamo que vamo.

Em meio à praça, os dois garotos começaram a duelar. Era realmente um Shell Blade versus um Leaf Blade. Kyle começou com um golpe iniciante na diagonal, mas Mack conseguiu defendê-lo com uma defesa de prima. O choque das duas espadas fez com que ambos recuassem um pouco, dando uma abertura para que Wott conseguisse acertá-lo com a outra espada de conchas. O caipira apoiou-se em sua espada.

-- Ei, cê num disse que pudia ter ajuda.

Roserade fez mais uma espada de folhas, e pulou em cima da cabeça de Mack. Ele tentou cravar a espada em Kyle, mas este conseguiu desviar a tempo. O Pokémon soltou um gás aromtizante no parceiro, fazendo com que voltasse à luta.

-- Aromaterapia... inteligente...

Kyle pegou Wott pelo braço e lançou-o no oponente, o qual defendeu-se novamente com a defesa de prisma. Mas então do outro lado o rapaz tentou atacá-lo, conseguindo fazer um corte de raspão em seu ombro. Mas ele se esqueceu do Roserade, e acabou levando um corte nas costas.
Kyle recuou, e Wott foi ajudá-lo. Ele cuspiu água nas mãos e fez uma espécie de argola em volta do treinador, fazendo assim um Anel de Água (Aqua Ring). Mack recuou também, e Roserade conseguiu curá-lo com Síntese (Synthesis).
Layla ainda estava paralizada, pois o primeiro encoste entre as espadas conseguiu assustá-la por um dia inteiro.

-- Hehe... se valesse mesmo...
-- Eu teria ganhado.

Mesmo esgotados, eles apertaram as mãos, rindo um do outro. As poucas pessoas que pararam para ver a luta voltaram à suas vidas normais. Foi só então, comparando os dois garotos, que Layla percebeu de quem se tratava o loiro.
Se "esta fazenda é herdada desde 15 gerações atrás" como dizia Dona Lílian, Mack Steiler era o tata(...)tataravô de Kyle.

•••

Escondido, uma pessoa assistia à batalha entre os dois garotos. Utilizando a habilidade de seu Masquerain, a senhora feudal Lune conseguia ver tudo que as suas fontes "viam".

-- Interessante... este garoto será útil em meu exército.




                                                                                                 

Por favor, não me perguntem como um Roserade aprendeu Leaf Blade.
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Mensagem por Trillian_GF Qui 14 Jul 2011 - 0:37

Uau sô que fic pra lá de legar!! ta parei.

gostei desse capitulo e ri muito com a lontra tarada. Muito organizado esse seu jeito de escrita gostei mesmo esta de parabens.
espero proximo capitulo ansiosa.


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Mensagem por Kurosaki Mud Qui 14 Jul 2011 - 1:32

Micro *.*
Capítulo genial! Meu personagem é soda! ^^
Gostei do Wott e dele no humor, e da história do Octógono.
Lune me deu medo -q
Mack e Kyle são demais lutando *.* E ele é tataravô, você consegue melhorar o bom.
Quanto aos erros, paralisante é com S, e achei outro erro lá em cima que esqueci.
E notei algumas poucas repetições, fique de olho.
É isso, xauzin fiote!

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Mensagem por Tree_Thi Qui 14 Jul 2011 - 12:03

Eaeee Microo

Genial esse cap. muito legal mesmo.

Você ta pensando em cada detalizinho não é mesmo, sensacional a historia, começando por essa divisão do continente, não sei porque mas eu adoro dividir os terriotórios e dar nomes para eles, e tem também essa organização fantástica.

Eu fiquei praticamente preso a todo o cap. não consegui nem por um momento parar de ler, e quem diria que o Mack é avo do Kyle. Humor, eu gostei e consegui ate soltar umas risadas, e já to ate sentido que esse caipira vai trazer muitos risos pela frente xD

Opa e sem falar que essa fic esta também sendo uma aula, por exemplo eu nem sabia que a esgrima só ganhou esse nome em 1452, muito bom.

Nem preciso falar de descrição e narração né? Sua experiencia ja diz tudo.
Vamos destacar os elogios : genial; muito legal; sensacional; fantástica - lol quanta coisa xP
Boa sorte e aguardo o prox cap.

Ate mais.


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