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Sir Bakujirou S. escreveu:Bom, passei por aqui por curiosidade. Li o conto "Prantos", recém-postado. É uma curta rápida, mas trouxe muito bem, as imagens e algumas descrições da história em si. Só achei uma palavra que não deva se encaixar muito. Bem no final do primeiro parágrafo:

A mesma lua dava força a uma horrenda criatura, o Lobisomem. Um grande cachorro preto que corria floresta adentro bravejando seus longos e agudos uivos.

Prefira agudo no lugar de fino, que, ao que me parece, poderia ficar melhor se assim ficasse. Só tinha isso mesmo pra dizer, no mais, a one-shot é muito bem descrita o ritmo dela é singelo. Consegui quase imaginar todas as cenas.

Sür Pałttillą escreveu:Well, você esqueceu do acento em "pérolas" logo no início. Cara, acho que você fez isso muito curto, mesmo que seja um curta. Essa história ficaria bem melhor em uma OS. Por exemplo, o final poderia ter sido muito melhor explorado, mas sinceramente foi péssimo, sem o mínimo de sentimentos. O resto ficou até bom, explorando (mais uma vez) o caçado-caçador, a descrição da lua, etc. Mas o final foi muito fail véi -q

Keep with the good work.

Quero Chorar

Falo de um lugar quase impossível de ser descrito, o meu mundo sentimental. Quero muito chorar, por algo que não sei. Olho para o céu iluminado pelas estrelas vagas e sinto que deveria fazer algo, falar com alguém. Ó Deus, porque fizestes de mim um ser tão sentimental. Às vezes quero abandonar os sentimentos, mas percebo que não consigo e que é meu maior atrativo, que me quebra em pedaços algumas vezes. Não consigo me apoiar em algo, não tenho ninguém para apoiar, e quando olho para trás, perdi meus apoios por falta de sentimentos. E agora, se eu abandonar eles, eu perderei mais apoios para quando precisar? Irei perder meus amigos? Minha vida? Serei oco? Passo-me de hilário, feliz para esconder sentimentos, eu uso sentimentos para esconder dores?

Como um homem que perde seu querido e amado cachorro com o tempo, não tenho mais nada a fazer nesse reino chamado de Terra, mas penso e percebo que sou um impaciente chorão. Um impaciente que escreve para desabafar e acaba fazendo um tornado de sentimentos que são quase impossíveis de serem descobertos, até mesmo por que os passa. Solidão? Dor? Ou simples dramaturgia minha? Percebo então, que o personagem dessa história, deve finalmente mudar e aceitar a si mesmo. “Dane-se os outros!” foi o que ele pensou. Que personagem mais estranho, parece até comigo. Pura dramaturgia. Ele não quer chorar, quer se expressar.

Voltando no Tempo

Solene era a minha inocência, que se partiu no meio com a incoerência da verdade que agora tento buscar. Agora minha alma precisa de algo, algo chamado Rock And Roll. Isso é o que me move agora. Queria poder voltar no tempo para ter conhecido esse alimento muito mais antes, e ter tomado as decisões certas, com as pessoas certas. Hard Rock, Punk Rock, Grunge, Classic Rock, Rock Psicodélico... são diferentes tipo, mas só uma meta, chegar na nossa alma. Sabe, algumas pessoas criticam o Rock por ser as vezes um ritmo pesado, e por ter letras em línguas diferentes, acham o ritmo uma completa “satanice”. Saudades do tempo em que certos ritmos eram menos “diabólicos” que o Rock.

De Ramones e Sex Pistols a Nirvana e Soundgarden. Seja você um fã de Led ou Angra, e conheceu o rock tarde, aposto que você não o conheceu na hora certa. Mas isso acontece, porque Rock é humano, com erros, como todos nós. E quanto mais humano o rock é, mas ele alcança nossa alma. Não falo de errar todo um CD, e assim o CD seria considerado excelente. E sim fazer o que pode, até quando puder, sendo humano.

Sür Pałttillą escreveu:Bem, isso não é uma curta, para mim isso é um relato pessoal ou qualquer outra coisa do tipo. Não há muito o que comentar, afinal, é sua e somente sua opinião. Apenas digo que concordo, mas que não pude enxergar com clareza o objetivo deste teu texto.

De toda forma, vejo que está aprendendo a escrever melhor...

Elemento Humano Na Musica

Ok. Esse texto é para quem não entendeu meu ultimo “curta” – que foi mais uma expressão de opinião. Ultimamente temos muita mudança na musica sabem. Se você pegar uma parte de bateria, você pode simplesmente editá-la e coloca-la no CD. Se você errar algo, você vai poder editar com a atual tecnologia. O que eu quis dizer é que, a musica; principalmente o rock; não pode vir com essas edições exageradas nos CDs, senão, você nunca poderá deixar sua verdadeira marca.

Sabe, você pega um CD editado e bem trabalhado nos erros, e começar a vendê-los, vai ser ótimo, vais lucrar bastante, mas não vai ser humano, pois o traço humano que deveria ter – que são os seus erros – deveriam estar lá. Excelente ou não, o CD ao menos será verdadeiro e bem mais humano que os editados. E quanto mais humano um CD se torna, mais pessoas ele pode alcançar. Nunca alcançaremos a perfeição na musica, mas o que nos faz perfeito é ser o que somos humanos e naturais. E eu acho que é assim que os Rocks de hoje em dia dever sair.

A Tristeza De Arlequim

Era para ser um dia lindo em Arlequim, todos foram para a linda casa de Carnaval, usada todo ano para o carnaval da cidade.
Nesse ano, por obrigação, todos foram. As ninfas,- belas e sedutoras, com olhos belos e castos que eram idolatrados pelos homens - o gato e o peixe – amigos de infância, ambos com o calor festivo e camarada que a todos alegrava - , a Borboleta Azul e sua filha – tímidas e gentis, com suas asas exalavam pureza e graciosidade, de forma impetuosa, que intimidavam os outros participantes da festa – o triste homem e a mão, - que eram os anfitriões da festa – eram os mancebos mais festeiros da cidade, que trouxeram a notícia que o Sol não apareceu em Arlequim. Todos ficaram tristes, até os mancebos. Todo a Arlequim estava triste.

Fusca escreveu:Tipo:
Dahora.
Arlequim foi muito bem descrito, e o primeiro texto passa uma ótima mensagem.

Sonhando Acordado

Antes de começar o conto que redijo, queria falar que ele expressa o sentimento de um personagem, que decidiu não alcançar um sonho, mas ao mesmo tempo, ele se vê nesse sonho, o que é algo meio controverso. Em segundo, peço que meus leitores tenham atenção o suficiente para aplicar isso nas duvidas de sua vida corriqueira.

-x-

Era um dia de tempestade na minha querida Inglaterra. O país que dominou durante anos a indústria mundial sendo a maior economia, agora se encontra abaixo dos EUA, e abaixo do meu conceito de bom país. Essas chuvas incessantes acalmam meu coração – eu amo o cheiro da chuva, das plantas e do chão molhado – mas ao mesmo tempo sei que várias pessoas sofrem com as cheias inestimáveis e que elas enchem o coração dos mais pobres de soberana tristeza e desespero, algo que revira a mente e cabeça de qualquer mortal que não tem para onde fugir.

O mesmo se passa comigo, não sei o que devo fazer. E quando tomei uma decisão, me senti destruído, porque não era o que eu queria, mas era o necessário. Deixar um sonho é como deixar uma vida. Então, fiz o que sempre faço nesses dias tristes e depressivos, vou para o quarto. Levantei-me da poltrona de veludo que se encontrava na varanda bem decorada e arquitetada especialmente para minha casa, e me dirigi à escadaria que ficava ao lado, e levava ao meu intimo sanatório.

Quando me preparei para descer as escadarias, dei-me com algo esquisito. Percebia-se de vista, que os degraus de mogno estavam frágeis por causa da chuva, e se eu passasse provavelmente quebraria a escada e cairia no assoalho de cimento, morrendo. Era a mesma coisa que sentia em referencia ao meu sonho. Era uma roleta russa, era isso que eu sempre soube e sempre tive medo. Se eu pisar, quebraria a madeira, e morreria ou continuaria vivo. Eu ousei continuar, coloquei um dos pés, nada aconteceu. Outro pé, nada aconteceu. Continuei andando até chegar aos últimos degraus, até que... tudo apagou.

Inferno Perdido No Fim Da Fenda Infinita Azul

É tão rápido e curto, vejo o tempo passar tão rápido. É porque aqui se tornou o inferno? Vejo pessoas voando, loucos atirando, mulheres abusadas, crianças com fome, pessoas roubadas, brigas familiares, mortes por assaltos, suicídios. Muitas infelicidades, e sabe todos nós avisamos, ou eu avisei, ou talvez, já nasci avisado.

Certo pilar no sul gélido da Austrália, que com certeza, era um dos maiores existentes no mundo – os moradores chegavam a comparar com a Torre de Babel, e alguns achavam que quem entrasse em tal, perderia a fala - era visitado sempre por um casal de jovens de quinze anos. A moça, com um corpo escultural e bem dotado, era desejada pelos mancebos da cidadezinha onde morava, o moço era alto, forte, rico, cabelos lisos e brancos como a neve.

Ambos sempre iam para lá, quando a família da moça era maltratada pelos cobradores de impostos locais. O homem acolhia sua amante com seus braços fortes, consolando-a, todas as vezes que tal acontecimento surgia. Certo dia, ele não viu mais a sua amante. Ele se dirigiu a torre, e lá viu a moça completamente desfigurada, morta, de cabeça para baixo, com um pedaço de pau enfiado nos dois pés, estrepando-a na parede do pilar. Ao seu lado uma carta.

“Alguém estava tirando o melhor de você, você estava sendo abusado por mim”.” Aqueles homens, maus faziam você perder seu tempo se preocupando comigo, e meu coração, que é um grande inferno no fim de uma fenda infinita. Talvez lhe demonstrando com certa clareza meu amor, eu teria pedido para você se afastar de mim, mas Deus fez com que eu sumisse para você.

Ó Dissimulados! Ó Dissimulados! Ó Meu Herói ! Desejo-vos graça infinita de alguém que vos ama. E saiba que, mesmo sendo uma caloteira de vidas, sempre te amei e até agora o amo, até após a morte. Eu quebrei suas correntes, pode ir herói. Você não está sendo mais abusado, e ninguém está tirando mais, o melhor de você.”

O moço então caiu em lágrimas, e percebeu que tudo era verdade. Ela roubara seu tempo, saúde e riquezas, mas ela a amava sem sombra de duvidas. Tirou as estacas da mulher e a levou ao templo que ficava no topo do pilar. Lá, ele tinha que usar seu próprio sangue, para ressuscitar somente a pessoas que ele amava. Cortou-se várias vezes, e com seu próprio sangue, escreveu um bilhete na parede. Vinte minutos depois, ele morre, e ela volta a vida. Transtornada por voltar da porta do paraíso, ela
se choca ao ler a mensagem.

“Minha cara Adelaide, não temas, o seu herói não aceita sua morte. É tão errado. Está vendo o sol que passa pela janela do pilar? Eu te vejo de lá. Não chores, não era eu o abusado, era você a maltratada. Morou na rua durante anos, quase toda a infância. Te conheci e apaixonei-me por seu cabelo branco e jovial. Nessa carta entrego lhe todos os meus bens e meu sangue que corre em suas veias ressuscitadas.

Viva, viva Adelaide. Por nossa filha que vens. Por sua vida. Pelo futuro. Pela morte final. E para amar novamente.”

Quebra Braços

A linda jovem se levantava da sua cama bordada em cetim, enfeitada com panos ali e aqui, jogou seu lençol de seda por aí, e se colocou a andar com seu vestido branco, cheio de babadinhos meigos, para uma quase-mulher, de olhos azuis e um cabelo castanho escuro até a altura da cintura. Longos cabelos. Ela caminhou até a varanda, para olhar a linda vista das florestas que decoravam o horizonte com uma cor esverdeada, e mais ao fundo, uma lua e várias estrelas que brilhavam, brilhavam forte, como se estivessem chamando a pobre coitada, que lentamente, se colocava a pular desse precipício. Aos poucos, ela já estava a um passo de cair da sacada para nunca mais poder voltar, pois as estrelas chamavam, a Lua chamava o mundo a chamava. Ela não conseguia se jogar, tinha medo de entrar de cabeça nessa queda insana, voltou para a cama, se escondeu em meio aos panos, e dormiu novamente. Para acordar depois. E depois.