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Mensagem por ana Dom 21 Dez 2014 - 1:18

Lá fora...! [Lysandre e Prof. Sycamore] Orange-fleur-de-lis-md

Lá fora...! 

"Uma fanfic sobre Lysandre e Sycamore" ou "Uma outra visão sobre XY"


Lista de capítulos

1 -  Lá fora...!
2 - Espinhos cor de laranja.
3 - La Fleur de lys, crudelis, leão...
4- Um trabalho humano?


 Lá fora...! [Lysandre e Prof. Sycamore] Orange-fleur-de-lis-md


1 -  Lá fora...!




Lá fora...! [Lysandre e Prof. Sycamore] 13eb627c33

Lá fora...! [Lysandre e Prof. Sycamore] 8408a43aa9


Lá fora, a noite se desenhava num padrão melancólico de tons escuros e sons perdidos no vazio. Ah. Estamos falando sobre a noite ou sobre o passado do professor? Porque, nesse exato momento ele encarava a paisagem da janela, correndo os dedos pelo vidro e batendo levemente. Como doía.  

Doeu ver aquelas carinhas jovens mais cedo, que vieram lhe pedir novos parceiros e uma pokédex. Uma dupla de amigos, prontos para uma nova jornada juntos. Como os dois riam juntos e balançavam as jovens cabeças em conjunto. Porque ele partiu? Porque se tornou o que havia se tornado? Que mal fora tão grande para tomar Lysandre de Sycamore? O homem suspirou e abaixou a cabeça, a batendo no vidro da janela. Ele já havia superado essa lembrança há anos...

Bateu a cabeça de novo e desistiu de apreciar a beleza da noite. Certas coisas perdem o significado se você se afundar demais, ou se pensar demais nelas. O professor se jogou na cadeira e fitou por alguns momentos os diplomas e placas pendurados na parede. Nada demais servia de nada, nada mesmo. Melhor pesquisa? Sorriso do ano? Professor do mês? Apenas si, apenas se... Meteu a mão na última gaveta, aquela reservada para as coisas mais intimas, aquelas que ele queria que sumissem de vez. E de lá dentro pescou a memória que mais doía.

Era uma moldura de prata oxidada, com uma pequena lembrança metida dentro, que não poderia escapar do finito dos quatro cantos. Segura para sempre. Dentro dela, duas crianças sorriam segurando seus primeiros pokémon. A ruiva e mais comedida segurava um Margikarp brilhante, tão brilhante quanto o futuro que lhe esperava. Já a morena, abraçava com força e sorria enquanto apertava um Gible gorducho, como se tivesse medo que a pequena criatura lhe escapasse.

Mas já passou, não é? Da mesma gaveta puxou um maço de cigarros e um isqueiro, acendendo um deles. A fumaça subia e sumia em espirais no ar da sala, manchando o resto de felicidade do professor.

“Você pode procurar pelos sete mares e descobrir que o amor é uma coisa que você nunca viu”

Sycamore caiu no sono, cigarro apagado e a noite morta de fora para dentro.

Quando acordou...


Q.G. da Equipe Flare, meio da madrugada.


Lysandre jogava uma pequena esfera branca e vermelha para baixo e para cima, observando atentamente o movimento que descrevia no ar. Era a única forma de se manter calmo. Mas será que o Gyrados que resedia dentro dela gostava disso? Não sabia dizer, e na verdade, não podia se dar ao luxo de se preocupar com mais alguma coisa. Três da manhã. Eles já deveriam ter chegado... Com ele. Para cima e para baixo, onde estaria? Para baixo, para cima, ele se lembraria da infância.

Para cima e... Batidas na porta. A esfera caiu no chão. A imagem de um jovem forte vestido num terno laranja apareceu no batente, com um rosto sorridente. Nem se deu ao trabalho de se apresentar ou algo do tipo, foi direto ao ponto.

- Senhor Lysandre, chegamos com ele! Está desacordado, mas... É o nosso procedimento padrão com prisioneiros. – Assentiu.

O líder olhou fixamente para aquela face feliz. Ele está desacordado...? Não, haveria alguma coisa errada. Ele foi estritamente especifico com o pessoal que despachou para fazer aquilo. Pequenos feixes de luz refletidos pela a esfera manchavam algumas partes da sala. Detalhara o que esperava da missão. Perfeito. Metódico. Como sempre.

- Procedimento padrão...?  - Piscou. - O que vocês fizeram com ele?

- É, senhor, para os prisioneiros. – O rapaz segurou o queixo e olhou para baixo, refletindo no que acabara de fazer. – Hmm... O laboratório, sim, o invadimos... Acho que o professor acordou, eu acho... – Como ele não tinha certeza? Foi tão banal assim? – Tivemos que usar força, mas tudo bem, não é, senhor? – Com toda certeza o rapaz esperava aprovação, quem sabe uma condecoração.

- Tudo bem? É claro que... - Lysandre suspirou e se levantou. O canto de seu olhar encontrou a esfera no chão, e rapidamente a recolheu. A pousou com leveza na sua mesa e olhou novamente para o grunt. – Tudo bem!

Pôs-se a andar até a porta, e se postou perto demais do rapaz, que ainda não havia percebido de que o que havia feito fora errado.

- Senhor Lysandre? Algo que eu possa lhe ajudar?

- Tudo bem! – Num movimento rápido, o líder lhe agarrou lhe gola e em outro, bateu com as costas do rapaz na parede.

- PROCEDIMENTO PADRÃO? DESACORDADO? EU TE DOU UMA MISSÃO DE NIVEL IM-PORTAN-TE E VOCÊ, ME VOLTA RINDO ASSIM?

- M-me p-perdoe senhor! E-eu...

- ONDE ELE ESTÁ? PRESUMO QUE AINDA ESTÁ VIVO?

- n-na sala de interro-rogação...

Sem nem olhar para trás Lysandre largou a gola do rapaz, que caiu com um baque surdo no chão e saiu da sua sala. A felicidade e ansiedade de ver seu velho amigo se misturavam com a raiva, e com medo também, algo que ele não recomendaria a ninguém.

Havia duas outras pessoas de terno guardando as portas da sala. Uma dela bocejou e a outra estava quase de olhos fechados. Quanto descaso! Porém, se empertigaram quando viram que seu chefe se aproximava, tentando dizer palavras bonitas para causar uma boa impressão.

- Ele está lá dentro, senhor.

- Nós fizemos um bom trabalho, senhor!

Lysandre apenas os ignorou, o que gerou algumas exclamações de indignação, e entrou na sala. Fechou a porta com força e quando se virou para encarar o interior da sala, realmente não era aquilo que ele esperava.

Lá estava Sycamore, desacordado e com os pulsos amarrados atrás das costas. Caído num canto da sala. Aquela visão foi capaz de apagar os pensamentos latentes de Lysandre, que logo correu e se ajoelhou do lado do professor. Antes mesmo que ele pudesse tentar alguma ação se pode ouvir um grunhido. E logo um outro, um gemido...  Era o homem acordando, de pouco em pouco.


Quando abriu os olhos, ele não reconheceu a sala de paredes cinzas com moveis cor de abóbora, nem a decoração minimalista e muito bem calculada. Na verdade, ele também não reconheceu a grande juba de cabelos laranja que lhe encarava. Oh.

Era ele! Lysandre! O próprio!


Sem se conter o professor tentou abraçar o velho amigo, porém impedido pelos pulsos amarrados. Confuso, ele então percebeu o que havia lhe acontecido. Fora a mando de Lysandre o ataque! Era isso. Toda aquela invasão no seu laboratório, a cotovelada que recebera na cara.

- Seus funcionários... Você deveria escolher melhores. – Suspirou.

Sem hesitar o ruivo se aproximou dele e lhe desamarrou, o que gerou um momento estranho em que o professor esfregava os pulsos e olhava feio para Lysandre.
- Err... Desculpa. Eles são mal treinados e...

- Você me faz esperar anos e depois me trata assim! Sacrébleu! – Balançou a cabeça para os lados. – Qualquer coisa, Lysandre, qualquer coisa!

- Mas, você... – Estava surpreso com a reação.

- Invadir meu laboratório no meio da noite! ME AGREDIR! Eu... Eu esperava algo mais... MAIS ADULTO! – Suspirou novamente e começou a roçar a mão nos cabelos.

- Me perdoe! – Olhou para o lado e cruzou os braços. – Eu fiquei preocupado. Eu, como um BOM líder, disse para eles serem cuidadosos. Humph... Desculpa.

- Certo, certo. Pelo o sequestro iminente e... – Encarou Lysandre. Mesmo depois de tanto tempo, ele ainda era o mesmo. Os olhos laranja, a juba ruiva, o instinto para a liderança. – Você é um idiota! – Bufou. – Vai me explicar isso, pelo menos?

O ruivo lhe olhou feio. – Eu, como líder da equipe Flare, preciso dos melhores profissionais. E você, velho amigo e velho companheiro, tão profissional e...

- Você sentiu minha falta. – Sycamore sorriu. – E você continua sendo o mesmo menino bruto que acha que força é a resposta.

- Não... Não diga essas coisas. – Virou a cabeça para o lado. – Eu, de modo perfeccionista...

- Você pode me falar mais sobre essas coisas depois de um café. – O professor se levantou e bagunçou os cabelos dele. – Ou, eu sou um prisioneiro? Foi o que seu rapazinho num terno me disse.

Sem dizer mais nada o outro também se levantou, sorrindo. Sycamore mudou nada, um pouco mais azedo, mas é isso o que a idade faz os outros.

- Você ainda tem aquele Gyrados? Eu me lembro dele.

- Tenho sim. – E ele estava dentro da esfera que ele havia jogado para cima e para baixo. – Cuido muito bem dele, para sua informação! – Rangeu os dentes.

- Certo. – Se dirigiu até a porta, mas logo depois desistiu e suspirou. – Eu achei que nunca mais ia te ver. Bem, não desse jeito, pelo menos. Você me deve uns cigarros, noites bem dormidas e... – Fitou o vazio. – Uma carreira bem sucedida por aqui.

- Aqui? Você não era o professor da região? – Riu.

- E você não era meu melhor amigo? Eu tinha condenado você à noite, a solidão da minha mente. Os pequenos períodos de tempo em que deixava as lembranças nadarem em mim.

- Você vai ser muito útil aqui, estou vendo.


Os dois velhos amigos se abraçaram, então.


Última edição por dork princess em Dom 11 Jan 2015 - 19:33, editado 5 vez(es)
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Mensagem por Gehrman Dom 21 Dez 2014 - 2:51

AAAAAAAAAAAAAAAAAAANNNNNNNAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

CARA EU JA TE FALEI QUE TU ESCREVE BEM PRA KRL? JA? UEWHAUIEHWAEAUWHE REPITO NOVAMENTE: TU ESCREVE BEM PRA KRL MDS

PERFECTWORLDSHIPPING FOI UMAS DAS MELHORES COISAS DE XY E TU DEIXOU ESSE AU SUPER BACANA AINDA MDS, COMO ESPERADO DE VOCE UAHEUHAUEH

MAS SERIO ACHEI MT LOUCO O FATO DOS MLKS SE REUNIREM E AGIREM COMO ANTIGAMENTE MSM DPS DE TANTO TEMPO TER SE PASSADO, AI S Q E BOM

MAS E BASICAMENTE ISSAE MSM, TU JA SABE MINHAS OPINIOES HONESTAS SOBRE EISSAE, FORTE ABRASSO E TE AMO

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Mensagem por Asami Dom 21 Dez 2014 - 18:57

Ana, eu achei muito bem feito, você já deve estar cansada de me ouvir elogiando a sua forma de escrever! Amei a one-shot, me deixou imaginando várias situações que os dois passaram juntos no passado, antes de tomarem caminhos tão distintos =3
Eu gostaria que esse fórum tivesse um sistema de curtidas pra eu criar várias doubles e curtir seus posts :a

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Frase pessoal : É caaaanon!


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Mensagem por Guilherme Dom 21 Dez 2014 - 21:07

tu escreve bem pra caramba, to impressionado
vou seguir essa
13/10 pra essa história gay ae
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Frase pessoal : You've met with a terrible fate, haven't you?


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Mensagem por Sakura_chan Seg 22 Dez 2014 - 20:17

Gostei da ff, vou acompanhar
A fanfic vai ter quantas partes?


Última edição por Sakura_chan em Seg 22 Dez 2014 - 22:51, editado 1 vez(es)
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Frase pessoal : Tamanho não é documento!


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Mensagem por Greed Seg 22 Dez 2014 - 22:00

Ana <3
se escreve super bem.Adorei *-*

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Mensagem por ana Seg 22 Dez 2014 - 22:22

GALERINHA CURTI MUITO SABER QUE VOCES ADORARAM (mas criticas construtivas e comentários bem escritos são recomendos e encorajados.) AQUI VAI O CAPÍTULO DOIS DESSA JOÇA:

2 - Espinhos cor de laranja.

O professor fitava a xícara de café pousada na mesa preta. As suaves ondas marrons e creme se misturavam, como duas existências que nunca deveriam ser juntas. Lysandre e Sycamore estavam de volta ao escritório decorado em negro e laranja, as cores favoritas de um dos homens ali. Aquele que estava sentado numa respeitosa cadeira de tecido fino, esperando que Sycamore se pronunciasse.

Depois daquele reencontro estranho, as lacunas do abandono e de uma amizade perdida preenchiam cada vez mais o espaço entre eles. O som de um relógio podia ser ouvido, na verdade, o único som da sala, que em lentas passadas dava a impressão do tempo passar mais devagar. Como se o universo estivesse ansioso para ver o desenrolar da situação. Por fim, Sycamore suspirou e deu um gole na xícara, um sorriso logo se formando em seu rosto.

- Très bien! Vocês fazem um bom café, ao menos. – Estava segurando o café no meio do ar, enquanto procurava as palavras para continuar. – Por onde começamos?

- Eu... Eu estava lembrando como eram bons os tempos que passamos juntos, quando... Você sabe. – Tentava manter seu porte sério e austero.

- Quando éramos jovens e as coisas eram simples, eu sei. Eu nunca me esqueci disso. – Tomou outro gole do café e baixou a xícara. – E você?

- Eu tinha planos! Grandes planos. E eles estão funcionando, você está vendo. – Começou a bater com os dedos na mesa.

Sycamore olhou para os lados, para cartazes emoldurados atrás de Lysandre, para um montinho de cartões de visita vermelhos empilhados num monte caprichado na mesa e por último olhou para o ruivo. – É. Estou vendo. – Suspirou. – Eu continuei a estudar, por aqui mesmo. Lembra quando tentei estudar megaevolução? Hehe. A comunidade cientifica é incrível. – Seus olhos brilharam quando tocou no assunto. – Pesquisas, dados, tudo muito interessante.

Lysandre tossiu. – Um dos motivos pelo o quais mandei te buscar... É por isso. Eu tenho um futuro brilhante aqui. Para nós.

- Não pense que eu te perdoei, Ly. –Pensou em todas as vezes que havia se lembrado do velho amigo nos anos anteriores. Deixou uma mão sua se pousasse sobre umas das dele, o que causou um leve rubor na face de Ly. – Mas acho que tem espaço para alguém como moi, aqui...

- Desculpas, em antemão. Foi uma falha minha. – Ele não admitia falhas, e aquela fora a pior de todas, como veio a descobrir depois.

Anos atrás, quando Lysandre e Sycamore ainda se falavam e eram jovens, acontecera o fato que quebrara o status quo da amizade.

- Já passou, mas... – Encarou o vazio por um momento e balançou a cabeça. – Não sejamos infantis.

- Eu deveria ter ido à sua formatura, foi um erro, eu te deixar. – Suspirou. – Eu deveria ter tentando conversar melhor, sei disso, deve ter sido horrível para você. Foi para mim.

No dia em que o professor se formaria na renomada Universidade de Lumiose, Lysandre deixara Kalos. A verdade é que ele fora para Sinnoh, após ouvir alguns boatos sobre uma nova equipe que pesquisava como acabar com o universo. E refazê-lo a imagem de um líder, uma nova realidade. É claro que o ruivo havia contado seus planos para Sycamore, que achara tudo uma tremenda bobagem na época. Ele não poderia largar uma carreira promissora aqui para ouvir as filosofias de bar que uma seita maluca falava.  Quando voltou para casa naquela noite, depois de receber as honrarias de melhor estudante da turma de formandos, o recém-formado encontrara uma pequena carta em cima de seu criado mudo.

“Para Augustine Sycamore, Sy, como preferir.”


Ao abrir a carta, caíram dois papeis de dentro dela. Um deles era escrito na caligrafia fina e sem erros de Lysandre e dizia “É hora de dizer adeus.” O outro era um recorte de livro que proferia “Deus reina do seu céu. Tudo está bem com o mundo.”.

Augustine olhou para os conteúdos da carta por uma hora ou duas, quem sabe? Tudo está bem com o mundo. É claro que está. Deus reina do seu céu. Tudo está bem. Após isso, ele simplesmente guardou os papeis dentro do envelope novamente, com muito cuidado. Eram as últimas palavras que seu mais velho amigo tinha para lhe dizer. Escondeu o envelope dentro de um porta retratos de prata oxidada e deixou lá. Nunca mais os leu de novo. E nunca mais se esqueceu daquela mensagem.

- Como é mesmo? – Tirou sua mão da de Lysandre e estufou o peito, falando com muita pompa. – Deus reina do seu céu. Tudo está bem com o mundo. – Completou com um riso.

- É isso o que quero dizer, Augustine, eu finalmente entendi o que essa frase significa! Nós podemos ser esse Deus. E tudo vai ficar bem com o mundo! Nós dois... De novo!

Acabando com o resto de café da xícara, Sycamore sorriu. – Eu vou precisar de mais café. E um bom motivo para largar o laboratório.

Sorrindo também, Lysandre abriu os braços, como se tentasse provar seu ponto. – Aqui, meu amigo, você pode ter todas as oportunidades que quiser. E não precisa mais entregar iniciais, nem nada do tipo. – O ruivo puxou uma pesada pasta laranja com um grande símbolo de chama de uma das gavetas da mesa.

Depositou o objeto com cuidado na superfície e o abriu, revelando um instrumento que mostrava hologramas. E assim, se pôs a explicar o incrível plano do Team Flare. Sycamore apenas balançava a cabeça e concordava com alguns pontos, bocejando em outros. Toda aquela coisa de refazer o mundo, reviver um lendário... Muito interessante. Muito, muito interessante. O “eu” cientifico do professor gritava por dentro.

- O que me diz, Sy? Está conosco?

 Parando para pensar, não tinha nada de mal na sua rotina habitual. Era divertido instruir crianças, ensina-las os primeiros passos de uma jornada. Gratificante, poder apresentar todos seus diplomas nas paredes. E ainda por cima, conviver no meio cientifico de Lumiose. - Ah. Eu gosto disso... – Apontou para o homem na sua frente.  – Pensando bem, eu posso continuar lá... E aqui com você! C'est parfait.

Soltou uma exclamação de surpresa. – O que? Você quer isso?

- Nada me impede, haha. Nada. – Deu uma piscada. – Temos um combinado? Sabe, se você for levar isso aqui a cabo, precisam de uma base central. – Levantou a xícara. – E com esse café, meu amigo, ninguém vai desconfiar de nada. Lumiose.

Lysandre apertou o ombro do professor. – Vou avaliar os prós e os contras.

- Porque eu tenho a impressão de que você já aceitou?

Tudo era muito perfeito. Mas também, muito errado. 
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Mensagem por Rush Ter 23 Dez 2014 - 19:04

Ana! c:

Curti pra caramba essa história do Lysandre e do Sycamore terem sido amigos. Notei uma pitadinha de romance, mas nada foi explícito no primeiro capítulo - a não ser a mágoa contida nas lágrimas de Sycamore, ao observar a foto de quando eles ainda eram jovens amigos. Só acho que esses Flare Grunts são uns imbecis. Eu ri muito quando eles tentavam receber algum elogio de Lysandre por terem feito um "bom" trabalho. Fiquei com pena deles, mas tive certeza de que eles são uns idiotas.

O segundo capítulo ficou curto, mas bem agradável de se ler. A única coisa que eu não gostei, foi essas pitadinhas francesas do Sycamore, falando algumas frases em tal idioma. Sei lá, ele sempre fez isso, mas sempre achei desnecessário - no caso, é uma "falha" do personagem, e não da escrita.

Me pergunto o que Sycamore realmente está pensando ao concordar em participar dos planos da Lysandre. Como dito na última linha, ele sabe que isso é muito errado, então provavelmente ajudará o amigo com peso na consciência.

Enfim, curti muito. Sério. Não vi nenhum defeito e não sei como criar uma crítica construtiva, já que eu curti tudo.

Aguardo os próximos capítulos. Até mais!
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Frase pessoal : Agora você não tem mais waifu!


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Mensagem por ana Ter 23 Dez 2014 - 19:25

Rush escreveu:Ana! c:

Curti pra caramba essa história do Lysandre e do Sycamore terem sido amigos. Notei uma pitadinha de romance, mas nada foi explícito no primeiro capítulo - a não ser a mágoa contida nas lágrimas de Sycamore, ao observar a foto de quando eles ainda eram jovens amigos. Só acho que esses Flare Grunts são uns imbecis. Eu ri muito quando eles tentavam receber algum elogio de Lysandre por terem feito um "bom" trabalho. Fiquei com pena deles, mas tive certeza de que eles são uns idiotas.

O segundo capítulo ficou curto, mas bem agradável de se ler. A única coisa que eu não gostei, foi essas pitadinhas francesas do Sycamore, falando algumas frases em tal idioma. Sei lá, ele sempre fez isso, mas sempre achei desnecessário - no caso, é uma "falha" do personagem, e não da escrita.

Me pergunto o que Sycamore realmente está pensando ao concordar em participar dos planos da Lysandre. Como dito na última linha, ele sabe que isso é muito errado, então provavelmente ajudará o amigo com peso na consciência.

Enfim, curti muito. Sério. Não vi nenhum defeito e não sei como criar uma crítica construtiva, já que eu curti tudo.

Aguardo os próximos capítulos. Até mais!

eu! você! sycamore menino francês ajsoiajosijas eu acho engraçado ele usando isso, tentando parecer "sexy", sei lá.  ah, o sycamore teve tempo o bastante pra pensar nas coisas que ele se meteu em, confia em mim, mas ,.... isso fica pros p´roximos capítulos! mas obrigada pelas palavras educadas.

3 - La Fleur de lys, crudelis, leão.


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Por trás do grandes vidros, que cumpriam muito bem seu trabalho de resguardar o escritório do resto do mundo, da janela, Sycamore via algumas manchas de laranja se misturando a multidão. Como ninguém desconfiava? Sorriu para a paisagem. Era um dia normal em Lumiose: O mármore branco da cidade brilhando ao sol, vários guarda-sóis e barraquinhas coloridas reluzindo em tons berrantes, adultos atarefados e crianças, bem, sendo crianças. Além dos pokémon! Tantas espécies que conseguiram se adaptar a vida urbana, correndo, fazendo tarefas para seus donos, dormindo na calçada. E pensar que tudo aquilo iria acabar... Era assustador.
Mas fascinante. Muito fascinante. 

Já fazia um mês desde a tentativa falha-mas-ainda-bem-sucedida de sequestro feita por Lysandre, o que resultou num misto de café e base secreta da Equipe Flare em Lumiose. Pelo o lado bom ele tinha de volta toda uma amizade que o tempo lhe fez perder, além de, é claro! Todo o café que conseguisse tomar. Lados ruins?  O professor balançou a cabeça e cruzou os braços. Nada de ruim.

Do lado de fora da porta de carvalho da sala alguns passos podiam ser ouvidos, algumas vozes também. Sycamore olhou por cima de seu ombro, surpreso com o fato repentino.

- Serena, eu não acredito! Ele não vai acei- Uma voz masculina, mas ainda infantil.

- Shhhhhh! Não fala tão alto, Calem. – Feminina. E decidida.

Ouviram-se batidas na madeira das portas e cochichos, mas o professor estava achando aquilo muito engraçado e decidiu fazer os dois esperarem.   Um minuto, dois...

- Eu acho que ele não tá aí! Eu disse, foi uma ideia ruim!

- Você é uma ideia ruim. Tsc.  – Uma pausa. – Já sei. – A garota prendeu a respiração e abriu a porta, para depois as duas crianças depois se postarem uma em cada lado da porta.

Sycamore suspirou e tentou fazer algo que deveria ser uma recepção dramática e ao mesmo tempo, arrebatadora, veja só! Mas o máximo que ele conseguiu fazer foi se atrapalhar e cair de bruços em cima da sua mesa, causando um grande som de batida. Havia escorregado em alguma coisa no chão.

- Olá, crianças! – Ele sorriu, ainda na sua posição não planejada.

A menina tinha cabelos castanhos, manchados com alguns toques de dourado. Estava vestida com uma blusa preta, combinando com uma saia vermelha e chapéu também vermelho. Tinha uma expressão confiante e aparentava beirar o aniversário de doze para treze anos. Já Calem, estava numa calça e camisa simples, além de um boné. Nada de especial. Parecia meio intimidado pelo o ambiente do escritório, e receoso até certo ponto. Mesma idade da garota.

- Professor Sycamore? É você?

O garoto, mais baixo que a garota, começou a cochichar algo no ouvido dela, para apenas levar um tapa de Serena, e uma resposta em voz baixa. –... É claro que ele é o professor! Não tá vendo o jaleco? Eu só queria ser educada.

- Como esperado de uma dama! – O professor se recompôs e se sentou na sua cadeira, dando um sorriso encorajador para os dois. – O que me trás a senhorita e... Seu amigo, aqui?

Serena lançou um olhar triunfante para Calem e começou a falar. – Eu, como uma treinadora em jornada, vim lhe convocar para uma batalha! – Se poderia dizer que faíscas saíam dos seus olhos nesse momento. – E, uma batalha em dupla! Quero mostrar a Calem como um verdadeiro treinador se porta.

- Ah é? – Parou e pensou, será que valia mesmo a pena fazer isso?  Seria uma boa experiência para as crianças, sim. Aprender com um profissional! Riu. – Acho que é um trabalho meu então, ma belle! – Considerou mais uma vez a proposta por alguns segundos. – Vocês já tem algum pokémon?

Dando uma cotovelada nada discreta no seu companheiro, Serena sacou uma pokébola brilhante da bolsa. Calem seguiu seu exemplo, tirando um exemplar fosco de um dos bolsos.

- Já estamos viajando há algum tempo, professor! Eu mesma capturei nossos iniciais.

- E-ela é incrível.

- Brilhante, querida, brilhante! – Ainda rindo, o professor se inclinou sobre as gavetas de sua mesa e sacou duas pokébolas de lá. Ele havia se esquecido de coloca-las na maquina do laboratório, mas que mal fazia? Eram pokémons fortes, afinal. – Eu também tenho alguns aqui.  

Nada profissional, o professor se levantou e arrastou a mesa até um canto da sala, provendo um espaço razoável para uma batalha de pequeno porte. Sacou as duas pokébolas e as segurou com uma mão só.

- D'accord, vocês começam! – Colocou a mão livre na cintura.

- Certo! – Os dois falaram ao mesmo tempo.

- Zigs! – Da pokébola segurada por Calem surgiu um Zigzagoon de um feixe brilhante.

- É com você, Lazuli – Da outra, uma Azurill, num feixe decorado com corações e estrelas. A garota havia posto adesivos em sua pokébola.

Sycamore respirou fundo e lançou suas pokébolas com um floreiro. Um Charmander decidido e um Squirtle tímido surgiram no tapete vermelho da sala. – Estou contando com vocês.

Aproximadamente dez minutos depois o professor entregava as esferas vermelhas e brancas para a dupla, sorrindo. Estava sentando em cima da mesa, já devidamente resposta no lugar. – Crianças, vocês são ótimos treinadores! Eu quase perdi, um fato incomum. Acho que vocês merecem mais um pokémon.

- Foi uma batalha genial, professor! Eu me surpreendi muito com suas escolhas. – Serena sorria e olhava fixadamente para a superfície da nova pokébola em sua mão. – Vou cuidar bem desse Charmander! Pode acreditar!

Já o garoto, por outro lado, estava atônito com a situação. Ainda segurava seu Zigzagoon nos braços enquanto apertava o presente com uma mão. – Tem certeza de que podemos ficar com eles?

- É claro que... – Sua amiga já lhe interrompia.

- É claro que podem! É um presente, aceitem como tal. – Piscou. – Espero grandes coisas de vocês... – O olhar de Sycamore encontrou uma figura alta e robusta que esperava na porta. – Lysandre! Que surpresa, você por aqui.

- Bom... Bom dia, para vocês. – Lysandre parecia levemente surpreso de encontrar tal cena acontecendo no laboratório, mas nada que pudesse abalar sua calma habitual. – Estou atrapalhando algo?

- Não, mas você perdeu uma batalha incrível... Esses dois! – Apontou para a dupla. – Quase venceram do velho aqui!

O homem ruivo projetou seu olhar nos dois, o que deixou Serena curiosa. E então, se aproximou das crianças.

- Eu conheço o senhor de algum lugar... – Serena disse. - Isso! Lysandre, o criador do Holo Caster! A maior invenção dos últimos anos, eu soube disso! – Rapidamente colocou seu novo presente na mão de Calem e começou a procurar outra coisa na bolsa, retirando um pequeno objeto rosa- choque. – Eu tenho um! É muito, muito útil.

Ele esboçou um sorriso. – Ora, é bom saber que as crianças procuram saber dessas coisas. – Estufou o peito. – O primeiro passo para se alcançar um mundo perfeito é com a nova geração, vocês, no caso. Vejo que receberam seus pokémons e uma pokédex, também? – Ambos acenaram positivo com as cabeças. – Magnífico. É vital que esse mundo se torne melhor, antes que... Antes que nada. O agora, o presente, isso sim é importante.

- Incrível! – Calem disse, impressionado pelo os homens na sua presença. – Muito daora, mesmo. 

- Sejam os melhores que puderem. Por Kalos, pelo professor. – Falou tudo nisso num tom sério, como se fosse uma profecia.

Sycamore riu mais uma vez e se espreguiçou. – Crianças, eu preciso conversar com o senhor Lysandre agora, se vocês...

- Oh, é claro! – Tomando a pokébola de Calem, a garota começou a dizer uma torrente de desculpas, agradecimentos e despedidas, tardiamente acompanhada pelo seu amigo. – Tchau, professor! Tchau senhor Lysandre!

- Vou me lembrar de vocês! – Disse o professor, enquanto via os dois sumindo pelo o batente da porta e batendo a mesma. – Calem e Serena.

Lysandre olhou pelo o canto do olho e se permitiu sentar na cadeira que ficava a frente da mesa do professor, o que deixava os dois homens com uma distância curta entre eles.

- As crianças escolhidas por você... Eu imagino que tipo de potencial elas possuem.

- Não é o tipo que vai salvar o mundo, é? Merde. – Sycamore segurava as bordas da mesa com as mãos e olhava para o chão. – Eu teria me sentido mal se não tivesse dado a eles.

- A garota...

- Serena. Ela é decidida. – Suspirou. – E seu amigo, Calem, pode ser fraco na personalidade, mas tem uma cabeça muito boa.

O sol agora lançava grandes raios na sala, que por sua vez criavam sombras maiores ainda. Era como um jogo entre essas forças da natureza, o bem tentando fugir da tomada imparável do mal sobre ele. O relógio na parede marcava duas da tarde, em ponto.

- Augustine, se todos fossem como eles, o mundo teria chances. – Balançou a cabeça em negativo. – Eu luto pelo o bem maior. Pela perfeição.

- Eu sei, Lysandre, eu sei. – Apertou com mais força a mesa. – Mas o que te traz aqui? Deve ser estranho você aparecer aqui do nada, um cara grande e... – Riu.

- Ah. Isso? – Virou seu rosto para o do professor. – Encontrei Diantha num café.

- Diantha? É uma lady, aquela lá. Fina em todos os sentidos. – A voz dele se encheu de admiração. – Já a conheci.

- Pois bem, eu conversei justamente sobre isso com ela. Falei-lhe sobre juventude eterna, sobre manter o bem do mundo... Mas, ela recusou minhas visões. – Suspirou. – Acho que ela não entende os problemas reais, não vivendo do jeito que vive.

- E o que é que a gente faz?

Os dois homens permaneceram calados naquele conjunto estranho, em que ninguém dizia nada, mas ambos se entendiam perfeitamente. Anos de confiança anteriores resultaram nisso. Olhavam nos olhos um do outro, entendendo as duvidas e as lacunas que as opiniões diferentes criavam.

- Ly. – Sycamore sorriu aquele sorriso caloroso outra vez. – Feche os olhos, Ly.

O líder sentiu seu rosto se esquentando aos poucos, mas acatou a sugestão de Augustine.

- C’est parfait! – E naquele momento, o professor segurou o queijo de Lysandre com uma de suas mãos delicadas, mas ainda sim fortes. Seu coração batia rápido, tentando conjurar todos os anos de flertes bem e mal sucedidos com as diferentes mulheres que havia encontrado pelo o caminho. Sua mente estava nublada pela as emoções iminentes. Aproximando seu rosto do ruivo, Sycamore suspirou as palavras “Ly” e lhe deu um beijo.

Um beijo macio e quente. Como o sol que entrava pela janela. Lysandre retribuiu o ato da melhor maneira que pode, amando todos os pedaços daquele momento mágico. Sentia seu coração aquecido, do mesmo jeito que suas faces ficavam mais e mais vermelhas a todo o momento, tornando aqueles segundos puros e perfeitos, como todos devem ser.

Mas, o equilíbrio foi desfeito, uma pena!

Sycamore olhava com olhos doces o seu... Amigo? Algo há mais, mas sem certeza do que era exatamente. Disse-lhe com a voz mais amorosa de todas. – Por do sol.

O ruivo se esqueceu de quem era e o que fazia ali. Piscou os olhos e tocou a bochecha, sentindo uma felicidade se irradiando pelo corpo. – P... Por do sol?

- Beijar você. É quente, mas não muito. É... Perfeito. – Sorriu.

Lysandre então se levantou e abraçou Agustine com toda a força que tinha, de um jeito, um jeito... Morno. E gostoso.

- Augustine...

- É por isso que você gosta tanto de laranja? – E retribuiu o abraço, sem pensar duas vezes.


Última edição por dork princess em Ter 23 Dez 2014 - 20:20, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Rush Ter 23 Dez 2014 - 20:07

Cheguei de novo AUEHAUE'

Gostei demais desse capítulo. Adorei o Calem e a Serena, principalmente a relação entre eles. Me pergunto como a Serena fez a proeza de perder para um Squirtle e um Charmander mesmo usando um Azumarill. UAEHUAE'

Ainda assim eu não sou fã dessas frases em francês do Sycamore, mesmo sabendo que é parte do seu personagem. :c

Enfim, eu amei esse capítulo pela personalidade de todos personagens. Serena, Calem, Sycamore, Lysandre... Ficaram muito bem definidas e perfeitas. Sobre a cena de beijo, eu achei muito linda e muito bem detalhada. Ficou perfeita mesmo.

A única coisa que eu odiei, foi a Diantha. Mesmo ela nem tendo aparecido, eu odeio essa mulher. AEUHASUEA

É isso, aguardo o próximo cap. *u*


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Mensagem por Asami Qua 24 Dez 2014 - 19:03

Ver Serena e Calem na sua fic não tem preço, você os fez muito bem <3 Ganharam vida de uma forma esplêndida na sua narração! Estupendo!

E esse fim ai, meu OTP depois de Korrasami rs

Obrigado por ter atendido meu pedido e ter colocado um pouco de "clichê" < 3

Esperando mais capítulos!!!

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Mensagem por Bakujirou Dom 4 Jan 2015 - 1:16

Oes. Como eu disse, noutro dia, ia marcar um horario livre pra poder vir ler a fiction e assim, postar sobre o que li. Bom, estou um pouco enferrujado nisso, mas bem, vamos ver.
Gostei da forma como usa as imagens, a formatacao e as apresentacoes da fiction.

No chapter 1 eu reparei em algo que senti uma falta, de nivel substancial (ou leve), pois eu me sentia perdido, por mais que estivesse situado. Entrecortado entre os paragrafos, notei uma anotacao de rodapé ao lado direito, usado pra designar a mudanca de uma cena ou de local. Senao me falha a memoria, recurso usado principalmente em quadrinhos /HQ e etc. Eu achei isso muito bom. -Sqn.

Eu reparei que ele nao fora usado no chapter 3, quando ocorreu uma mudanca de scenes no fim do chapter 2 pro 3. Sim, tem uma clara evidencia no comeco do primeiro paragrafo, mas o recurso de situar tempo/espaco fora abandonado, assim, sem aviso. Eu percebi que isso estava REALMENTE faltando.

O conteudo em si. O chapter 1, estava muito bom, gosto das formas como foi apresentado as cenas e como Sycamore tentava se animar fumando um pouco de noite e tals.
Hm. Chapter 2 foi importante em mostrar as intencoes de Lysandre e seus planos para o futuro de Kalos (ou do planeta todo?). Eu já percebi algumas nuances do sentido da relacao entre os dois ali mesmo, na forma como os dois se comunicavam.
Chapter 3 foi um pouco quebra-clima. Mas foi bom, para amarrar alguns fatos que temos no ingame do XY, os presentes de Charmander, Squirtle (talvez tambem existisse um Bulbasaur junto?) e tudo o mais. Foi uma aparicao bem rapida, mas seguida de uma interessante cena romantica depois disso. Gosto de como joga/brinca com as cores, a ambientizacao. Pero. Algo ainda falta pra ilustrar isso, os ruidos. Fez um bom trabalho com a descricao de tato (o calor) e da visao (luzes), mas faltava a audicao (sons). E nao, nao estou me referindo a colocar a soundtrack de batalha, claro, que foi usado numa scene de batalha. To me referindo com construir a cena com alguma descricao de sons que estavam sendo ouvidos. Pulsar do sangue no coracao? Ou de aves anunciando o fim do dia e a chegada do crepusculo? Grilos? Bom, minha unica critica, seria isso.

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Mensagem por Black~ Dom 11 Jan 2015 - 14:07

Bom, vamos lá.

Bem, meu conhecimento sobre XY se resume à temporada do anime, que eu assisti somente até o episódio 26, então não sei muito sobre os jogos, pois nunca joguei, mas enfim. De toda forma, curti bastante a história, todo o desenvolvimento dos personagens e tudo mais.

Pelo que conheço do Sycamore, ele tá bem parecido mesmo, um professor bem relaxadão, tudo bem que no jogo ele não seria um viciado em café nem em fumar, mas enfim, tá bacana de toda forma. Achei bacana o fato de ele e o amigo terem algo mais que uma amizade.

Falando nesse "algo mais", eu curti bastante a cena do beijo, foi uma coisa bem trabalhada, não simplesmente "ele foi lá e o beijou, pronto", mas teve todo o detalhe e tudo mais, ficou uma cena muito boa mesmo.

Não vi nenhum erro que fosse prejudicial à leitura.

É só e boa sorte com a fic. No próximo capítulo comento sobre o capítulo em si -q.

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Mensagem por Caio. Qua 14 Jan 2015 - 19:08

Très bien, très bien, mon petit chéri. Français est une belle langue, n'est ce-pas? Mais le fleur de lys n'est pas belle comme est les fleurs du mal, oui?  Haha, francês é engraçado. Achei legal que você misturou francês a fic, se bem que era algo inevitável por causa da sexta geração, né? hm Eu gostei. Tem errinhos de português aqui e ali, mas achei interessante essa visão meio diferente (por enquanto, espero que continue assim) da que aconteceu no jogo. Francamente, nunca pensaria em Lysandre e Sycamore como um casal, se bem que esse y em ambos os nomes não me engana não, ainda mais formando LySy... Lys, oui? xD Mas é pena só que o Lysandre é feião e usa aquele corte exótico, ele podia ser um ruivinho que estaria melhor... E eu curti o Sycamore dando uma de... homerengo (?). Podia fazer mais cenas bonitinhas e poéticas como aquela do final do capítulo quatro.

E essa música de Eterna aí, ai...

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Mensagem por ana Ter 14 Abr 2015 - 20:32

Obrigada pessoal! Caio, eu acho que eu consegui fazer pelo menos uma cena igual ao final do capítulo três.... Baku, muito obrigado pelos elogios!!! Eu tentei melhorar nas coisas que você apontou, bem, foi o melhor. Muito obrigada também Jet!!

(podem ignorar isso aqui e ir direto ao capítulo).

É meio estranho postar um capítulo novo depois de quatro meses... Eu não sou mais a ana que postou essa fanfic ano passado, não mesmo, acho que minha visão sobre a vida e o amor até mudou um pouco, quem sabe? Se sim, obrigada a Mori, querida, que sempre está aqui comigo mesmo quando eu não mereço. Acho que é por isso que o relacionamento deles tá mais explicito, nesse, não vou pedir desculpas por escrever romance. Uma nota interessante, é que, lembram o Bulbasaur do ultimo capítulo? Ele vai fazer uma reaparição, esperem! Foi divertido escrever esse capítulo, algumas partes eu escrevi lá atrás em janeiro, é tão estranho ver minha escrita de tempos atrás, mesmo que seja um tempo curto. Espero conseguir terminar dessa vez... Acho que é isso. Aproveitem. 

Com carinho, da ana!

ps: desculpa pelos gorillaz, mas se não fossem por eles, esse capítulo não existiria.
ps²: para os curiosos, eu escrevi esse capítulo ouvindo To Binge & Empire Ants


Oh, alegres somos nós, o sol veio novamente para lhe segurar
Navegando para longe das melancolias da semana
A oração polifônica está aqui, está tudo ao seu redor
Está tudo ao seu redor aqui.

4 - Formigas do império


 
Mais ou menos nove e meia da manhã, num apartamento de Lumiose, algumas semanas depois do último capítulo.

O cheiro suave de algum tipo de flor enchia o ambiente, embalado pelo o som da rua lá fora e a luz fraca que lhe passava pelas pálpebras fechadas. A cabeça de Sycamore ainda estava pesada de sono. Com um beijo visível nos lábios, ele procurou às cegas a mão do seu amado, a única coisa que lhe importava no momento. Ao tatear o lençol macio ele nada encontrou, apenas o toque macio de algodão na ponta dos dedos. Estranho. Deu mais alguns momentos a emboscada e chamou numa voz sonolenta:

- Ly? Você está aí? – Bocejou. – Lysandre?

Não obteve nenhuma resposta. As linhas da sua mente estavam borradas em tons de romance, mas tinha certeza de que Lysandre estava ali, agora mesmo. O professor abriu os olhos vagarosamente e encarou o teto branco. Já era de manhã, pelo visto. A lembrança da noite anterior voltou a sua mente. Sycamore se sentou na cama e passou a mão pelos cabelos bagunçados. Agora estava sozinho em seu apartamento, pelo visto, apenas ele e seus pensamentos.

Mas não era uma grande surpresa para ninguém o homem ruivo ter ido embora cedo, deixando o outro a deriva. Mesmo se tentasse, não conseguia ficar com raiva dele. Com toda certeza não queria se atrasar para o outro, ou mais engraçado ainda, estava com vergonha de encarar o professor, logo de manhã. Este se levantou rindo e pensando no idiota que escolhera para amar. Lá fora já era outro dia, uma manhã quente e cheia de alegria para todos. Ao espiar pela borda de uma xícara de café, a visão de um céu azul pela janela transparente não consiga falhar em melhorar seu humor.

Maior surpresa ainda foi achar um bilhete dentro do bolso de uma das suas camisas roxas... Perfeitamente sutil.

“Preciso te mostrar algo, Agustine. Digo, preciso da sua ajuda. Vou estar aí ao meio dia, em ponto. Até mais...
Lysandre.”

- Você é mesmo um idiota, não? – Dito isso o professor enfiou o pedaço de papel laranja dentro da camisa e saiu para o trabalho, pasta em baixo do braço e tudo mais.
 
Uma da tarde em ponto, arredores da Rota 11.


Mesmo que ele ainda não soubesse o que fariam lá, Augustine Sycamore assumiu o comando da operação, ao custo da eficiência habitual de Lysandre. Até tomou o mapa do líder e tudo mais, que convencido.

- Você tem certeza de que estamos no lugar certo? – Lysandre perguntou enquanto estava com ambas às mãos na cintura- um comportamento devidamente apropriado do professor- e olhava para os lados da estrada. Não obteve uma resposta imediata, apenas um murmuro sem fundamento de Sycamore, que estava metros atrás do outro homem. – Hã, é claro, é claro... – Parou de falar e suspirou.

O sol estava quente e era meio difícil olhar para o céu sem sentir um incomodo no olhar. Tudo era tão limpo e claro que era difícil acreditar que o mundo era um lugar ruim, assim como os autores fazem parecer. Bem, pouco importava o que as tragédias antigas tinham a dizer, certo?

 O professor estava ajoelhado, observando uma família de Persians na sua rotina habitual. O porte magro e a sede por conhecimento estavam lá, é claro. Suas mãos tocavam o chão e ele se sentia feliz ao ter o material entre os dedos. A habitual camisa roxa escura lhe caía muito bem, mas- o rosto suado, a barba por fazer, os joelhos manchados de terra e grama, as mangas brancas roladas até os cotovelos – conservava uma aparência comparável a de um estudante. Ele por sua vez se sentia bastante feliz em poder observar pokémons em seu habitat selvagem.

O ruivo, seus cabelos brilhando ao sol e se mexendo ocasionalmente devido a brisa leve, se virou de costas e balançou a cabeça ao presenciar a cena. Não havia notado que Sycamore havia... engajado numa observação cientifica! Um sorriso se esboçou no seu rosto, o livrando da carranca habitual. Era bonito, como o professor havia lhe dito repetidas vezes antes. Trajando a roupa mais casual possível para alguém como ele- Lysandre vestia uma camisa laranja, sem gravata é claro, precisamente passada e sem vincos, além de abotoada nos pulsos. Uma calça preta também e a aura de autoridade que apenas Sycamore era capaz de quebrar.

Dando passadas leves, ele se aproximou do professor e se postou do seu lado, cruzando os braços. Augustine estava tão absorvido na pequena família de felinos que nem notara tal coisa. Lysandre começou a falar. –Augustine– Deu um pigarro.

- Sim, Lysandre? – Ele respondeu sem dar muito atenção a ele.

- Quando eu disse que nós íamos numa missão importante, é porque nós vamos numa. – Rolou os olhos. – Não para você... Brincar de explorador.
O professor riu e se levantou, fazendo questão de apertar o ombro dele com uma mão suja. – Ora, ora, ora, não tenho mais liberdade, é isso? – Deu um sorriso desbocado. – Ly, eu pensei que você gostasse das coisas bonitas da vida.

- É por isso que estamos aqui... – Pensou melhor. - e é por isso que o time Flare está aqui! – Olhou feio para seu ombro, mas não teve coragem de tirar a mão dele de lá.

- A equipe dos dois exploradores do Time Flare... Me parece promissor! – Deu um beijo na bochecha de Lysandre e deslizou a mão que estava no ombro dele para baixo, dando a deixa perfeita para um abraço, que aconteceu. – Meu Ly não está com raiva do pobre Augustine, está?

Lysandre sentiu seu rosto se colorir de vermelho e tentou esconder a reação. – Eu não estou, Augustine... É que... É que... – Desistiu e abraçou o homem com força. Logo engataram um beijo e tudo ficou bem.

A família de Persians deixou a cena, mas, tudo estava tão morno e perfeito... O que remetia ao primeiro beijo deles, algumas semanas atrás. Perfeito. Lysandre recolheu o mapa da região, que Sycamore havia deixado no chão e encaixou o papel na mão do professor. – Agora, já demos nossa pausa! Vamos continuar, certo?

- Se você pede, senhor Lysandre. – Sycamore fez um sinal de sentido e rindo olhou para o mapa, em busca de instruções. Apontou para frente. – Estamos na rota onze, então... Me siga!

O ruivo suspirou e eles recomeçaram a caminhada.

Algumas pedras realmente interessantes que ficam perto da cidade de Geosenge, algum tempo depois.

- Aqui, estas pedras são realmente interessantes! E ficam perto da cidade de Geosenge. – Apontou para uma mancha colorida no mapa. -... O que viemos fazer aqui?

Na grama baixa e fofa uma série de pedras se desenhava, num padrão circular. Suas pontas apontavam para o céu, numa figura que lembrava pequenas adagas tentando perfurar a imensidão da existência. Cada uma dessas tinha pelo menos um metro de comprimento, algumas mais e outras menos. O fato interessante é que alguns brilhos de cores diferentes se destacavam na monotonia cinza que era iluminada pelo sol. O vento uivava, fazendo um barulho quase assustador.

Se dando por satisfeito, Lysandre puxou um saquinho do bolso e limpou a garganta. – Se não estou enganado, você é um grande entusiasta da Mega Evolução, correto?

- Eu gastei uma boa parte da minha jeunes estudando isso. – Guardou o mapa num bolso e olhou curioso para o objeto nas mãos do outro homem. – Ly, o que é isso aí?

Como resposta ele puxou cuidadosamente do saquinho uma pedra verde brilhante, com um símbolo de chama impresso.- Isto aqui é uma Venusaurite, como um dos meus pesquisadores gosta de chamar. – Ele ofereceu a pedra para o professor, que parecia indignado.

- Eu cunhei esse nome! – Ele olhava incrédulo para a pedra na sua mão. – Pera, pera, pera, isso aqui... – Transferiu o olhar do objeto para Lysandre. – Foram vocês que roubaram elas? Desapareceram de um dia pro outro do laboratório, anos de trabalho!

“Ah. AH. Oh deus...” Lysandre pensou enquanto tentava montar alguma desculpa. – Não me foi informado de que foram roubadas, digo, meus cientistas... – Num impulso ele entregou o saco para Sycamore.

- Você é o líder deles, aposto que foi você quem teve a ideia... – Parou a frase ao meio ao ver que estavam todas lá, as pedras que pesquisara com tanto empenho com sua equipe, agora ele examinava uma a uma. – Francamente, Sy, seus funcionários precisam tomar mais cuidado. Uma das assistentes passou semanas indo num terapeuta!

- Me desculpe, Augustine, mas era necessário. – Soltou um pigarro. – Usando dos seus objetos de pesquisa, nós descobrimos uma mina dessas. Bem aqui.

- Uma... Mina?

- Exato! E eu preciso que você me ajude com isso... Já que se comprometeu a causa pelo bem maior.

- Tá bem. – Sycamore suspirou. – Mas essas aqui ficam sobre minha supervisão.

- Claro... – Lysandre soltou uma risadinha. 

Seria uma missão divertida.
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