Valhalla
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Shiota
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Valhalla
Seja muito bem-vindo, caro visitante.
Acompanhe o querido Vlad em uma jornada clichê que tenta não ser clichê em uma região inventada.
Mapa da região e personagens em breve em escritório ou aqui.
As memórias são uma das coisas mais importantes de um ser vivo. Elas formam o indivíduo e permitem manter a inteligência e sabedoria. Elas carregam as histórias de cada um e perdê-las é uma das, senão a, coisa mais triste que possa acontecer a alguém. Perder um fragmento da memória, uma lembrança, é ter uma parte de si arrancada mesmo que seja ínfima ou dispensável. As memórias são a fundação da identidade, das emoções e das habilidades de um ser vivo. E justamente serem tão viscerais que as lembranças podem machucar mais do que uma lesão na carne. Pois as lembranças ruins também são partes do indivíduo e ainda nos ensinam independente das mágoas e angústias que elas nos trazem ou trouxeram.
Mas ninguém gosta de sofrer com exceção de monges e masoquistas, porém Vlad não é nenhum dos dois.
Vlad não gosta de lembranças. Não importa o quanto elas inconscientemente o ensinaram e o moldaram, elas machucam e trazer sensações desagradáveis. A dor de um estômago vazio, o gosto pútrido de água suja, o cortante frio do inverno, o medo de qualquer barulho na escuridão e o desprezo nos olhos de todos. Como ter orgulho de sua história quando ele sabe que o seu espírito é o de um rato de rua? Uma pessoa que lutou dia após dia para conseguir um pão mofado ou água suja no frio do rigoroso inverno Skaniano?
Se não fosse por seu benfeitor, Vlad estaria morto há anos. Ele se lembra em como pensou que furtar o velho corcunda seria grana fácil e o desespero segundos depois quando o velho o derrubou na neve com uma bengala. O medo que sentiu que seria espancado ou entregue para os tiras. Mas não. Ele colocou o seu cachecol vermelho em volta de seu pescoço e ofereceu uma refeição.
O Vovô Vyache o salvou. Ele pegou uma criança de rua e a adotou como seu próprio neto. Ele o ensinou a ler, escrever, contar e se defender. Ele foi a pessoa que lhe deu a sua primeira boa memória e todas as seguintes, mas agora cada uma delas machuca ainda mais do que as ruins.
Vlad sempre quis saber como ele era tão animado e bem disposto quando ele viveu por mais de um século. Hoje ele entende os motivos. Vovô Vyache sabia que morreria em breve e em vez de passar seus últimos anos de cama, ele decidiu aproveitar o máximo o tempo que teve.
O coração de Vlad sentiu um aperto e a garganta trancar por um segundo quando as imagens de seu avô deitado na cama veio a mente. Os braços tão finos como um esqueleto em pele murcha, o rosto afundado e os cabelos grisalhos quebrando ao menor toque. Mesmo em leito de morte, Vovô Vyache nunca perdeu o brilho em seus olhos e sorriu até o fim. Mesmo quando nenhum de seus filhos e netos veio se despedir, ele não demonstrou tristeza alguma.
O seu avô morreu só com a criança de rua que ele adotou ao seu lado e ninguém veio ao funeral que aconteceu ao lado do dojo. Vlad tentou não ficar indignado por nenhum amigo ou familiar vir mesmo quando o garoto enviou cartas para todos depois de achar a agenda com os contatos do Vovô Vyache. O dojo fica tão longe e tão isolado das cidades que é compreensível, porém Vlad mudou de ideia semanas depois.
— Vlad? A sua resposta?
A voz feminina e doce o trouxe de volta a realidade. Com a mente de volta ao físico, Vlad sentiu o calor confortável da xícara de café preto entre as mãos e o gosto amargo no paladar. Ele está sentado na cozinha com os cotovelos apoiados na mesa e sendo observado por três pessoas. Um homem de terno e cabelos negros com olhos da mesma cor, um adolescente da sua idade de cabelos cor de areia e olhos verdes e a mulher que o chamou, com cabelos longos e muito parecida com o adolescente por ser a mãe do rapaz.
— Eu já estou ficando cansado de repetir. — Vlad respondeu colocando a xícara na mesa. — O dojo NÃO está à venda.
Vlad queria se levantar e mostrar todas as artes marciais que o seu avô o ensinou no dojo para expulsar estes miseráveis, porém Vovô Vyache sempre enfatizou que artes marciais não devem ser usadas desta forma.
Vigaristas, isto é o que eles são. Nem um mês passou depois que seu benfeitor faleceu e seus “tios” e “primos” apareceram junto a um advogado. Eles vieram unicamente para convencerem Vlad a vender o dojo para a Feriested Resorts. Eles não foram ver o túmulo antes mesmo de dizerem a proposta.
Vlad finalmente tinha entendido o porquê recebeu o dojo de herança mesmo quando Vyache tinha filhos e netos. Vovô queria que ele protegesse o dojo e continuasse o legado. Ele não pode jamais deixar o lugar que seu benfeitor lhe deu e o lugar que proporcionou tantas coisas boas para alguém.
— Senhor Vlad, por favor, entenda. O senhor só tem dezesseis anos. — falou o homem de terno, um representante e advogado da Feriested. Ele tinha o indicador erguido. — Não tem um emprego e nem estudos. — Ergueu o dedo do meio. — Sem uma renda vai ser impossível pagar as contas e muito menos as dívidas que já estão acumuladas e nós já prometemos que pagaremos suas dívidas integralmente se vender o dojo. — Por fim ergueu o anelar. — Aceite nossa proposta enquanto somos generosos. — Vlad não conseguiu conter a expressão de raiva e o nervo saltando em sua testa.
Mas ele está certo. A aposentadoria e os benefícios de Vyache que pagava as contas e com a sua morte as coisas obviamente mudaram. Vlad nunca foi para a escola então não consegue arranjar um emprego decente. Para piorar, ele já recebeu uma carta avisando que se a situação não melhorar, o dojo será hipotecado para pagar a dívida.
Vlad está entre o abismo da hipoteca e a espada da Feriested.
— Aqui é meu lar e um lugar precioso para mim. — Vlad preferiu ignorar o que o advogado falou e respondeu sem continuar a linha de raciocínio do homem.
— Com os trinta por cento da venda, você pode ter um outro lar mais próximo da sua faixa econômica e poderá fazer lá ser o seu novo lugar precioso. — O advogado argumentou de imediato e não foi difícil mesmo para o denso Vlad entender a questão da “faixa econômica”.
Outra coisa que firmemente o motiva a não vender é justamente a divisão dos lucros. Mesmo como o dono interino legalmente, os Vaughan queriam a maior parte por serem da linha sanguínea de Vyache.
— Vovô Vyache me confiou o Dojo Vaughan—
— Vovô? Por Arceus! — O garoto da sua idade, Laine, o interrompeu com uma risada alta. — Cara, você não é neto daquele lixo, você no máximo é um vira-lata que ele achou na rua. Nos dê logo esta merda para a gente ir embora. — A risada desapareceu na frase seguinte por conta da voz carregando um grande nojo.
Desta vez, Vlad não se segurou. O punho bateu em cima da mesa de madeira com força que ecoou no dojo e as xícaras pularam antes de derrubarem o café preto. Infelizmente, Vlad pensou, não caiu em nenhum dos três. A mesa de madeira negra tinha uma pequena rachadura onde o seu punho pousou.
— Saiam. — Vlad sussurrou em um tom ameaçador, os cabelos castanhos-chocolate obscurecendo a parte superior do rosto e os olhos.
— Vlad, ignore o Laine, meu filho é um pouco... — A mulher disse um pouco assustada com a reação do garoto.
Vlad trincou os dentes. Ele nunca tinha visto os netos de Vyache, porém se todos forem como Laine, Vlad prefere não conhecer mais nenhum. O sangue borbulha sob a pele.
— Saiam. — Vlad ergueu a cabeça para encará-los. Se os olhos vermelhos-rubis pudessem queimar só com o olhar, os três virariam cinzas pela intensidade. A cicatriz em cima da giba dorsal, o meio do nariz, torna a expressão mais perigosa. — Ou eu vou fazer com que saiam.
Um silêncio desconfortável de alguns segundos durou na mesa, porém desapareceu de maneira magistral com a manobra do advogado.
— Vamos interromper os negócios por hoje. — disse ao se levantar.
— É... Voltamos no mês que vem. — A mãe de Laine concordou com a cabeça se levantando junto ao filho. — Temos horário também, a tradição da primeira captura vai começar em algumas horas nos vilarejos do fiorde... Tem certeza de que não quer que eu lhe dê um em vez? — A mulher falou virada ao filho com um tom mais doce.
— Tsc... e qual a graça se não for eu que capturei? — perguntou Laine como se fosse algo mais do que óbvio. — A lenda do futuro maior campeão de Skane não vai começar sem meu primeiro Pokémon. — Laine falou alto espreguiçando os braços e pernas. Após, olhou na direção de Vlad que continuou sentado. — Vamos logo antes que o vira-lata decida morder para chamar atenção.
— Ninguém é estúpido de morder um Trubbish, Laine. Estou preocupado, nosso “futuro campeão” não parece muito inteligente. — Largou a resposta em revés. Por sorte ou não, Laine não teve a oportunidade de continuar as alfinetadas porque o advogado e sua mãe já estavam saindo e achou melhor não ficar para trás.
Com a saída do trio, a cozinha ficou soturna. A única coisa que não deixou o lugar em total silêncio foi as gotas do café escorrendo da mesa e pingando no piso. Vlad fechou os olhos com desconforto já sentindo a enxaqueca que vai ter por conta das preocupações e frustrações.
A morte do Vovô Vyache. A família horrível de seu avô. As contas e dívidas que só aumentam. As tentativas de compras ao dojo. A falta de diploma e trabalho. O dojo na linha-bamba da hipoteca. As coisas quando Vlad se convence que não tem como piorar, elas ficam ainda mais desesperadoras do que ele imaginou. Realmente não tem como ele salvar o dojo? Ele vai ter que trair a expectativa de seu benfeitor e vender o local de descanso de Vyache ou acabar morando na rua de novo? Ele teria de começar a roubar para pagar as contas até ser preso? Um vira-lata, um rato de rua, não pode fazer nada a não ser aceitar que acabou as suas boas memórias?
O que Laine falou ecoou em seus pensamentos. Campeão de Skane. O título dado para o vencedor da Liga Valhalla e da Liga dos Deuses. Todo Campeão não recebeu um prêmio em dinheiro em valores astronômicos? Não é por essa razão que todo mundo quer ser um Campeão? Ele nem precisaria ser o Campeão, um lugar no Top 64 já deve ser o suficiente para cobrir todas ou a maior parte das dívidas do dojo.
E então a sua mente lembrou de um detalhe importante e um balde de água fria caiu em sua cabeça... Vlad não tinha nenhum Pokémon. Vovô Vyache gostava muito deles e tinha uma equipe completa só com Pokémon do tipo Fighting, porém todos foram entregues para seus filhos... ou melhor, quase todos.
Aquela coisa maldita ainda mora no dojo. Vlad não sabe o porquê, mas os dois nunca se deram bem e foi aquele Pokémon que lhe deu a cicatriz em seu nariz; se não fosse seu reflexo rápido, ele teria perdido um dos olhos.
Ele pensou em ir atrás de um Pokémon, talvez um Rattata, porém descartou a ideia no mesmo instante. Como ele capturaria algo sem a ajuda de um Pokémon? Talvez ele até conseguisse derrotar um Rattata com socos e chutes, mas e se ele encontra um Raticate por acidente?
E se conseguisse, um Rattata não é a coisa mais segura e impressionante por aí. Se fosse fácil chegar longe com um Rattata, todos chegariam.
Acompanhe o querido Vlad em uma jornada clichê que tenta não ser clichê em uma região inventada.
Mapa da região e personagens em breve em escritório ou aqui.
Sumário
00 - Prólogo
Prólogo
As memórias são uma das coisas mais importantes de um ser vivo. Elas formam o indivíduo e permitem manter a inteligência e sabedoria. Elas carregam as histórias de cada um e perdê-las é uma das, senão a, coisa mais triste que possa acontecer a alguém. Perder um fragmento da memória, uma lembrança, é ter uma parte de si arrancada mesmo que seja ínfima ou dispensável. As memórias são a fundação da identidade, das emoções e das habilidades de um ser vivo. E justamente serem tão viscerais que as lembranças podem machucar mais do que uma lesão na carne. Pois as lembranças ruins também são partes do indivíduo e ainda nos ensinam independente das mágoas e angústias que elas nos trazem ou trouxeram.
Mas ninguém gosta de sofrer com exceção de monges e masoquistas, porém Vlad não é nenhum dos dois.
Vlad não gosta de lembranças. Não importa o quanto elas inconscientemente o ensinaram e o moldaram, elas machucam e trazer sensações desagradáveis. A dor de um estômago vazio, o gosto pútrido de água suja, o cortante frio do inverno, o medo de qualquer barulho na escuridão e o desprezo nos olhos de todos. Como ter orgulho de sua história quando ele sabe que o seu espírito é o de um rato de rua? Uma pessoa que lutou dia após dia para conseguir um pão mofado ou água suja no frio do rigoroso inverno Skaniano?
Se não fosse por seu benfeitor, Vlad estaria morto há anos. Ele se lembra em como pensou que furtar o velho corcunda seria grana fácil e o desespero segundos depois quando o velho o derrubou na neve com uma bengala. O medo que sentiu que seria espancado ou entregue para os tiras. Mas não. Ele colocou o seu cachecol vermelho em volta de seu pescoço e ofereceu uma refeição.
O Vovô Vyache o salvou. Ele pegou uma criança de rua e a adotou como seu próprio neto. Ele o ensinou a ler, escrever, contar e se defender. Ele foi a pessoa que lhe deu a sua primeira boa memória e todas as seguintes, mas agora cada uma delas machuca ainda mais do que as ruins.
Vlad sempre quis saber como ele era tão animado e bem disposto quando ele viveu por mais de um século. Hoje ele entende os motivos. Vovô Vyache sabia que morreria em breve e em vez de passar seus últimos anos de cama, ele decidiu aproveitar o máximo o tempo que teve.
O coração de Vlad sentiu um aperto e a garganta trancar por um segundo quando as imagens de seu avô deitado na cama veio a mente. Os braços tão finos como um esqueleto em pele murcha, o rosto afundado e os cabelos grisalhos quebrando ao menor toque. Mesmo em leito de morte, Vovô Vyache nunca perdeu o brilho em seus olhos e sorriu até o fim. Mesmo quando nenhum de seus filhos e netos veio se despedir, ele não demonstrou tristeza alguma.
O seu avô morreu só com a criança de rua que ele adotou ao seu lado e ninguém veio ao funeral que aconteceu ao lado do dojo. Vlad tentou não ficar indignado por nenhum amigo ou familiar vir mesmo quando o garoto enviou cartas para todos depois de achar a agenda com os contatos do Vovô Vyache. O dojo fica tão longe e tão isolado das cidades que é compreensível, porém Vlad mudou de ideia semanas depois.
— Vlad? A sua resposta?
A voz feminina e doce o trouxe de volta a realidade. Com a mente de volta ao físico, Vlad sentiu o calor confortável da xícara de café preto entre as mãos e o gosto amargo no paladar. Ele está sentado na cozinha com os cotovelos apoiados na mesa e sendo observado por três pessoas. Um homem de terno e cabelos negros com olhos da mesma cor, um adolescente da sua idade de cabelos cor de areia e olhos verdes e a mulher que o chamou, com cabelos longos e muito parecida com o adolescente por ser a mãe do rapaz.
— Eu já estou ficando cansado de repetir. — Vlad respondeu colocando a xícara na mesa. — O dojo NÃO está à venda.
Vlad queria se levantar e mostrar todas as artes marciais que o seu avô o ensinou no dojo para expulsar estes miseráveis, porém Vovô Vyache sempre enfatizou que artes marciais não devem ser usadas desta forma.
Vigaristas, isto é o que eles são. Nem um mês passou depois que seu benfeitor faleceu e seus “tios” e “primos” apareceram junto a um advogado. Eles vieram unicamente para convencerem Vlad a vender o dojo para a Feriested Resorts. Eles não foram ver o túmulo antes mesmo de dizerem a proposta.
Vlad finalmente tinha entendido o porquê recebeu o dojo de herança mesmo quando Vyache tinha filhos e netos. Vovô queria que ele protegesse o dojo e continuasse o legado. Ele não pode jamais deixar o lugar que seu benfeitor lhe deu e o lugar que proporcionou tantas coisas boas para alguém.
— Senhor Vlad, por favor, entenda. O senhor só tem dezesseis anos. — falou o homem de terno, um representante e advogado da Feriested. Ele tinha o indicador erguido. — Não tem um emprego e nem estudos. — Ergueu o dedo do meio. — Sem uma renda vai ser impossível pagar as contas e muito menos as dívidas que já estão acumuladas e nós já prometemos que pagaremos suas dívidas integralmente se vender o dojo. — Por fim ergueu o anelar. — Aceite nossa proposta enquanto somos generosos. — Vlad não conseguiu conter a expressão de raiva e o nervo saltando em sua testa.
Mas ele está certo. A aposentadoria e os benefícios de Vyache que pagava as contas e com a sua morte as coisas obviamente mudaram. Vlad nunca foi para a escola então não consegue arranjar um emprego decente. Para piorar, ele já recebeu uma carta avisando que se a situação não melhorar, o dojo será hipotecado para pagar a dívida.
Vlad está entre o abismo da hipoteca e a espada da Feriested.
— Aqui é meu lar e um lugar precioso para mim. — Vlad preferiu ignorar o que o advogado falou e respondeu sem continuar a linha de raciocínio do homem.
— Com os trinta por cento da venda, você pode ter um outro lar mais próximo da sua faixa econômica e poderá fazer lá ser o seu novo lugar precioso. — O advogado argumentou de imediato e não foi difícil mesmo para o denso Vlad entender a questão da “faixa econômica”.
Outra coisa que firmemente o motiva a não vender é justamente a divisão dos lucros. Mesmo como o dono interino legalmente, os Vaughan queriam a maior parte por serem da linha sanguínea de Vyache.
— Vovô Vyache me confiou o Dojo Vaughan—
— Vovô? Por Arceus! — O garoto da sua idade, Laine, o interrompeu com uma risada alta. — Cara, você não é neto daquele lixo, você no máximo é um vira-lata que ele achou na rua. Nos dê logo esta merda para a gente ir embora. — A risada desapareceu na frase seguinte por conta da voz carregando um grande nojo.
Desta vez, Vlad não se segurou. O punho bateu em cima da mesa de madeira com força que ecoou no dojo e as xícaras pularam antes de derrubarem o café preto. Infelizmente, Vlad pensou, não caiu em nenhum dos três. A mesa de madeira negra tinha uma pequena rachadura onde o seu punho pousou.
— Saiam. — Vlad sussurrou em um tom ameaçador, os cabelos castanhos-chocolate obscurecendo a parte superior do rosto e os olhos.
— Vlad, ignore o Laine, meu filho é um pouco... — A mulher disse um pouco assustada com a reação do garoto.
Vlad trincou os dentes. Ele nunca tinha visto os netos de Vyache, porém se todos forem como Laine, Vlad prefere não conhecer mais nenhum. O sangue borbulha sob a pele.
— Saiam. — Vlad ergueu a cabeça para encará-los. Se os olhos vermelhos-rubis pudessem queimar só com o olhar, os três virariam cinzas pela intensidade. A cicatriz em cima da giba dorsal, o meio do nariz, torna a expressão mais perigosa. — Ou eu vou fazer com que saiam.
Um silêncio desconfortável de alguns segundos durou na mesa, porém desapareceu de maneira magistral com a manobra do advogado.
— Vamos interromper os negócios por hoje. — disse ao se levantar.
— É... Voltamos no mês que vem. — A mãe de Laine concordou com a cabeça se levantando junto ao filho. — Temos horário também, a tradição da primeira captura vai começar em algumas horas nos vilarejos do fiorde... Tem certeza de que não quer que eu lhe dê um em vez? — A mulher falou virada ao filho com um tom mais doce.
— Tsc... e qual a graça se não for eu que capturei? — perguntou Laine como se fosse algo mais do que óbvio. — A lenda do futuro maior campeão de Skane não vai começar sem meu primeiro Pokémon. — Laine falou alto espreguiçando os braços e pernas. Após, olhou na direção de Vlad que continuou sentado. — Vamos logo antes que o vira-lata decida morder para chamar atenção.
— Ninguém é estúpido de morder um Trubbish, Laine. Estou preocupado, nosso “futuro campeão” não parece muito inteligente. — Largou a resposta em revés. Por sorte ou não, Laine não teve a oportunidade de continuar as alfinetadas porque o advogado e sua mãe já estavam saindo e achou melhor não ficar para trás.
Com a saída do trio, a cozinha ficou soturna. A única coisa que não deixou o lugar em total silêncio foi as gotas do café escorrendo da mesa e pingando no piso. Vlad fechou os olhos com desconforto já sentindo a enxaqueca que vai ter por conta das preocupações e frustrações.
A morte do Vovô Vyache. A família horrível de seu avô. As contas e dívidas que só aumentam. As tentativas de compras ao dojo. A falta de diploma e trabalho. O dojo na linha-bamba da hipoteca. As coisas quando Vlad se convence que não tem como piorar, elas ficam ainda mais desesperadoras do que ele imaginou. Realmente não tem como ele salvar o dojo? Ele vai ter que trair a expectativa de seu benfeitor e vender o local de descanso de Vyache ou acabar morando na rua de novo? Ele teria de começar a roubar para pagar as contas até ser preso? Um vira-lata, um rato de rua, não pode fazer nada a não ser aceitar que acabou as suas boas memórias?
A lenda do futuro maior campeão de Skane não vai começar sem meu primeiro Pokémon.
O que Laine falou ecoou em seus pensamentos. Campeão de Skane. O título dado para o vencedor da Liga Valhalla e da Liga dos Deuses. Todo Campeão não recebeu um prêmio em dinheiro em valores astronômicos? Não é por essa razão que todo mundo quer ser um Campeão? Ele nem precisaria ser o Campeão, um lugar no Top 64 já deve ser o suficiente para cobrir todas ou a maior parte das dívidas do dojo.
E então a sua mente lembrou de um detalhe importante e um balde de água fria caiu em sua cabeça... Vlad não tinha nenhum Pokémon. Vovô Vyache gostava muito deles e tinha uma equipe completa só com Pokémon do tipo Fighting, porém todos foram entregues para seus filhos... ou melhor, quase todos.
Aquela coisa maldita ainda mora no dojo. Vlad não sabe o porquê, mas os dois nunca se deram bem e foi aquele Pokémon que lhe deu a cicatriz em seu nariz; se não fosse seu reflexo rápido, ele teria perdido um dos olhos.
Ele pensou em ir atrás de um Pokémon, talvez um Rattata, porém descartou a ideia no mesmo instante. Como ele capturaria algo sem a ajuda de um Pokémon? Talvez ele até conseguisse derrotar um Rattata com socos e chutes, mas e se ele encontra um Raticate por acidente?
E se conseguisse, um Rattata não é a coisa mais segura e impressionante por aí. Se fosse fácil chegar longe com um Rattata, todos chegariam.
Ele precisa da ajuda dele... ou dela, Vlad não sabia exatamente o gênero. Ele tinha que criar coragem e encarar aquilo de frente e convencê-lo a ajudar. Vlad não tinha certeza se mesmo com a ajuda dele chegaria à Liga, porém as chances são bem maiores com do que sem.
— É pelo Vovô e pelo dojo. Um olho é um preço barato pelo dojo. — disse decidido, se levantando da cadeira.
Mas primeiro ele precisa limpar a sujeira da mesa e do chão. Limpar mancha de café é sempre um saco.
— É pelo Vovô e pelo dojo. Um olho é um preço barato pelo dojo. — disse decidido, se levantando da cadeira.
Mas primeiro ele precisa limpar a sujeira da mesa e do chão. Limpar mancha de café é sempre um saco.
Última edição por Netflix em Sáb 8 Ago 2020 - 21:48, editado 1 vez(es)
Netflix- Membro
- Idade : 23
Alerta :
Data de inscrição : 04/07/2017
Shiota gosta desta mensagem
Re: Valhalla
Hey, Netflix o/ (nunca achei que falaria isso)
Em primeiro lugar, seja bem-vindo de volta ao fórum e à área! Vi agora de madrugada seu prólogo e já aproveitei pra ler e, já que ainda estou por aqui, resolvi comentar logo.
Eu gosto bastante de trabalhar com e ver serem utilizados regiões originais nesse universo. Me pergunto se existe algo na região por trás dessa liga "Valhalla" em referência à mitologia nórdica, ou se é apenas um nome que você curte.
Bom, o capítulo foi bem curtinho como o esperado pra um primeiro, mas já nos mostrou um bom panorama da fic. Eu gostei da história do Vlad (inclusive me pergunto se esse é mesmo o nome dele ou uma abreviação) e do relacionamento dele com o Vyache, até me lembrou de uma música de Sérgio Reis que meu pai gosta de ouvir e que eu curto um pouco justamente por causa da história que conta KKKKKK.
E, bem, que familiares mais nojentinhos o velho tinha, né? Eu odiei tudo sobre esse Laine, sinto que ele vai servir de rival pro Vlad e acho que ele vai me fazer bastante raiva no decorrer da fic, mas às vezes a gente tem que aturar gente ruim mesmo, fazer o que. E só pra deixar claro, gente ruim não é personagem ruim, na verdade é até bom pra fic.
E acho que o que eu mais gostei em tudo até agora é a motivação do Vlad pra sair em jornada (assumindo que você disse que a fic será “clichê”), todo esse plot ao redor do Dojo foi simples, mas muito legal e bastante original até. Acredito que a fic se desenrolará em sua maior parte dentro desse “um mês” que a mãe do meliante citou, só espero que ninguém roube o dojo ou algo do tipo enquanto ele estiver fora gkaolipdkgapodksopk. Estou bem curioso pra ver qual será esse tal Pokémon que o velho deixou e, principalmente, ver como será a relação entre os dois, dada a cicatriz.
Sobre sua escrita, ela em geral é muito boa, não tive qualquer tipo de problema em ler. A única coisa que acho pertinente de pontuar é que notei que o tempo da narração estava frequentemente mudando entre pretérito e presente. Como eu disse, não me atrapalhou em nada e sinceramente eu nem ligo tanto pra isso, mas pode acabar ficando confuso alguma hora e é até mais “organizado” permanecer só em um tempo. Outros membros podem comentar melhor que eu sobre em breve, mas já recomendo dar uma atenção a isso.
Bom, por enquanto é só, aguardarei o próximo capítulo desta fanfic original Netflix o/desculpa eu tinha muito que fazer essa piadinha
Em primeiro lugar, seja bem-vindo de volta ao fórum e à área! Vi agora de madrugada seu prólogo e já aproveitei pra ler e, já que ainda estou por aqui, resolvi comentar logo.
Eu gosto bastante de trabalhar com e ver serem utilizados regiões originais nesse universo. Me pergunto se existe algo na região por trás dessa liga "Valhalla" em referência à mitologia nórdica, ou se é apenas um nome que você curte.
Bom, o capítulo foi bem curtinho como o esperado pra um primeiro, mas já nos mostrou um bom panorama da fic. Eu gostei da história do Vlad (inclusive me pergunto se esse é mesmo o nome dele ou uma abreviação) e do relacionamento dele com o Vyache, até me lembrou de uma música de Sérgio Reis que meu pai gosta de ouvir e que eu curto um pouco justamente por causa da história que conta KKKKKK.
E, bem, que familiares mais nojentinhos o velho tinha, né? Eu odiei tudo sobre esse Laine, sinto que ele vai servir de rival pro Vlad e acho que ele vai me fazer bastante raiva no decorrer da fic, mas às vezes a gente tem que aturar gente ruim mesmo, fazer o que. E só pra deixar claro, gente ruim não é personagem ruim, na verdade é até bom pra fic.
E acho que o que eu mais gostei em tudo até agora é a motivação do Vlad pra sair em jornada (assumindo que você disse que a fic será “clichê”), todo esse plot ao redor do Dojo foi simples, mas muito legal e bastante original até. Acredito que a fic se desenrolará em sua maior parte dentro desse “um mês” que a mãe do meliante citou, só espero que ninguém roube o dojo ou algo do tipo enquanto ele estiver fora gkaolipdkgapodksopk. Estou bem curioso pra ver qual será esse tal Pokémon que o velho deixou e, principalmente, ver como será a relação entre os dois, dada a cicatriz.
Sobre sua escrita, ela em geral é muito boa, não tive qualquer tipo de problema em ler. A única coisa que acho pertinente de pontuar é que notei que o tempo da narração estava frequentemente mudando entre pretérito e presente. Como eu disse, não me atrapalhou em nada e sinceramente eu nem ligo tanto pra isso, mas pode acabar ficando confuso alguma hora e é até mais “organizado” permanecer só em um tempo. Outros membros podem comentar melhor que eu sobre em breve, mas já recomendo dar uma atenção a isso.
Bom, por enquanto é só, aguardarei o próximo capítulo desta fanfic original Netflix o/
Shiota- Fanfic Mod
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Data de inscrição : 11/01/2015
Re: Valhalla
Ok, passada a piada, vamos lá kkk
Bem, devo dizer que como um prólogo, foi esperado o tamanho e os acontecimentos, de modo a posicionar a história. Eu achei interessante essa relação entre o menino e o velho, sendo realmente uma bela relação entre sensei e aprendiz, com o velho adotando o menino e basicamente o treinando para a vida e tudo o mais.
Da mesma forma que o Shiota, eu achei muito interessante a motivação para o personagem sair em jornada ser ganhar o dinheiro para manter o dojo que seu vô adotivo o deixou. Pelo que nos foi apresentado, ele nunca ligou muito para sair em jornada, mas acredito que mais pela falta de recursos do que propriamente vontade, visto que ele tem até um certo conhecimento sobre os pokémon, coisa que seu avô provavelmente deve tê-lo ensinado. Falando sobre pokémon, fiquei curioso para ver qual seria o pokémon que foi citado na narração e que inclusive chegou a ter um embate com o protagonista kkk.
Também achei a família dele extremamente babaca, em especial o tal do Laine, que conseguiu ser o pior de todos ali kkk, mas a família apenas mostrou algo real, que acontece com certa frequência no nosso mundo, mas que é algo até razoavelmente pouco usual nas fanfics; há uma outra fanfic no fórum que tem uma família um pouco perturbada, mas em assuntos diferentes kkkk. De toda forma, esse Laine ainda se superou e creio que ele deverá aparecer em breve, talvez até mesmo como rival.
Eu também gosto bastante de continentes criados pelo próprio autor porque de certa forma dá mais liberdade para o autor inovar e criar coisas de acordo com a sua imaginação. Só é mais complicado pros leitores no começo, mas com o tempo vai se encaixando kkkkk.
Quanto à sua escrita, você escreve bem e não é cansativo. Eu só tenho duas sugestões pra falar sobre a narração, a primeira é que a primeira parte acabou sendo um pouco corrida, mas acho que não foi nada tão preocupante, uma relida já daria para entender de novo. E a outra é que é meio "estranho" a narração passando do presente pro passado toda hora. Eu, particularmente, recomendaria que você deixasse somente uma e de preferência o pretérito, mas enfim, é mais uma sugestão mesmo.
Bem, então é só e boa sorte com a fic.
________________
The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
Dreams come true
Bar daora do clã dos Yu-Gi-Oh -q
Re: Valhalla
Hey, Netflix!
Bem, vou começar dizendo que eu AMO fics que se passam em regiões originais, então certamente isso já me deixou bem animada. Confesso que não conhecia a expressão Valhalla, então tive que dar um google pra me situar quanto ao nome kkkkkk. Vi que é uma inspiração nórdica, então imagino eu que sua região possua como referência os países nórdicos.
Cara, esse começo, sobre as memórias, simplesmente incrível. Eu fiquei arrepiada com tudo que você escreveu ali, sobre nós sermos, basicamente, nossas memórias. Uma discussão muito filosófica e complexa, e que deixou esse começo muito promissor.
O prólogo serviu bem o seu propósito de nos apresentar o protagonista, um pouco de seu background e o contexto da história, como ambientação e tudo mais. E que triste ninguém ter ido ao funeral . Sobre o Laine (e a família dele toda, na verdade), mal o conheço, mas já tenho ranço. Pelo visto é egocêntrico, mimado e esnobe. Fiquei esperando o Vlad meter um soco na cara dele, mas não rolou hahahaa.
Pelo visto vai ser uma história de jornada né, fico animada pra conhecer mais sobre o continente, suas rotas e cidades, e tudo mais. Gostei da motivação do Vlad pra sair em jornada, achei bem original e diferente do que estamos acostumados. Curiosa pra saber qual foi o Pokémon que o vovô deixou no dojo e creio que a dinâmica entre ele (ou ela) e o Vlad vai ser bem interessante.
Senti falta de vírgulas em alguns lugares (talvez porque eu seja muito chata com vírgulas), mas nada que atrapalhe a leitura, então nem vale a pena citar. Sobre a narração, você escreve bem e a leitura é leve, mas assim como o Shiota e o Black~ disseram, essa mudança de pretérito e presente é bem estranho. Eu também recomendaria que você escolhesse apenas um tempo pra trabalhar. No mais, boa sorte coma fic e aguardo ansiosamente pela continuação.
Alice Le'Hills- Fanfic Mod
- Idade : 26
Alerta :
Data de inscrição : 23/12/2014
Frase pessoal : The carousel never stops turning. You can't get of
Re: Valhalla
Olá meu caro serviço de streaming, tudo bem?
Dei uma enrolada para vir comentar sua fic, mas aqui estou, e devo dizer que gostei bastante do que eu li.
A história já começou me chamando a atenção pelo nome. Pelo nome "Valhalla" já fui buscando inspirações na mitologia, porém nesse prólogo só identifiquei a menção ao nome da liga e a uma "Liga dos Deuses"??? Fiquei muito curioso sobre o nome dessa liga e espero que você nos dê mais detalhes ao longo dos capítulos. Não sou muito familiarizado com a mitologia nórdica, meu conhecimento se reduz basicamente a God of War (2018), filmes do Thor e a série do Rick Riordan, mas sei que Valhalla se trata do lar dos Einherjar, os guerreiros de Odin que irão lutar no Ragnarok.
Logo, fico muito empolgado com as possibilidades que você pode trabalhar a história a partir daí, ou talvez você só tenha usado o nome como inspiração, o prólogo não deixou muito claro kkkk De qualquer forma, a fic do roberto145, O Aventureiro, também trás vários detalhes da mitologia nórdica adaptados ao mundo pokémon e eu gostaria de ver isso na sua também.
Quanto ao termo prólogo, depois de uma aula da @*Nina*, aprendi que muitos usam esse termo erroneamente, pois o mesmo se trata de um excerto PRÉVIO a história, que traga informações ao leitor e ajude a estabelecer o clima e a narrativa. Então, a menos que ocorra um salto temporal entre esse prólogo e o primeiro capítulo, esse seu prólogo seria na verdade o capítulo 1, já que conhecemos o protagonista e sua principal motivação (aqui nesse site eu achei uma explicação mais detalhada).
Falando nele, gostei muito do Vlad e da sua relação com o vovô Vyache, me lembrou a história do Goku e do vovô Gohan. Achei bem pesado a família dele não ter aparecido no funeral do ancião, mas ficou bem mais claro quando eles apareceram só para se provarem um bando de abutres, de olho na única herança que o Vlad recebeu. Achei até surpreendente o vovô deixar os pokémon de herança para os filhos, visto que eles não dão a mínima pro velho. E o Vlad parece o tipo de protagonista que eu vou amar acompanhar.
— Saiam. — Vlad sussurrou em um tom ameaçador
Nesse trecho eu já tava "ISSO AE CARALHO, DÁ UM PAU NELES, VLAD". Vai ser bem divertido ver esse estilo meio bruto dele, tipo, ele queria enfrentar os Ratatta na mão? kkkkk achei incrível. Ainda mais que ele vai ter que lidar com um certo pokémon revoltado, que já estou ansioso para conhecer.
Como você disse, será uma fic de jornada clichê, o que não vejo problema alguma, ainda mais que você introduziu vários elementos que já deixam a jornada bem menos clichê. Se minhas divagações sobre o nome Valhalla tiverem fundamento, então, terás uma fic incrível de se acompanhar.
Os outros membros já chamaram atenção para alguns erros. Realmente dei falta de algumas vírgulas, mas eu mesmo tenho SÉRIOS problemas com elas então nem vou te julgar. Ainda sim, passaram alguns errinhos de conjugação de verbo que tenho certeza que você teria notado em uma revisão. Gostei MUITO da sua escrita, bem fluída e detalhada na medida, sem excessos. Também quero te agradecer muito por ter formatado o tamanho da letra, pois eu acho as letras da formatação padrão aqui do fórum MINÚSCULAS e sempre tenho que ler as fics dando zoom KKKK (tanto que na minha eu meto um arial 14 pra tentar deixar mais agradável)
Fico no aguardo do próximo capítulo o/
Dei uma enrolada para vir comentar sua fic, mas aqui estou, e devo dizer que gostei bastante do que eu li.
A história já começou me chamando a atenção pelo nome. Pelo nome "Valhalla" já fui buscando inspirações na mitologia, porém nesse prólogo só identifiquei a menção ao nome da liga e a uma "Liga dos Deuses"??? Fiquei muito curioso sobre o nome dessa liga e espero que você nos dê mais detalhes ao longo dos capítulos. Não sou muito familiarizado com a mitologia nórdica, meu conhecimento se reduz basicamente a God of War (2018), filmes do Thor e a série do Rick Riordan, mas sei que Valhalla se trata do lar dos Einherjar, os guerreiros de Odin que irão lutar no Ragnarok.
Logo, fico muito empolgado com as possibilidades que você pode trabalhar a história a partir daí, ou talvez você só tenha usado o nome como inspiração, o prólogo não deixou muito claro kkkk De qualquer forma, a fic do roberto145, O Aventureiro, também trás vários detalhes da mitologia nórdica adaptados ao mundo pokémon e eu gostaria de ver isso na sua também.
Quanto ao termo prólogo, depois de uma aula da @*Nina*, aprendi que muitos usam esse termo erroneamente, pois o mesmo se trata de um excerto PRÉVIO a história, que traga informações ao leitor e ajude a estabelecer o clima e a narrativa. Então, a menos que ocorra um salto temporal entre esse prólogo e o primeiro capítulo, esse seu prólogo seria na verdade o capítulo 1, já que conhecemos o protagonista e sua principal motivação (aqui nesse site eu achei uma explicação mais detalhada).
Falando nele, gostei muito do Vlad e da sua relação com o vovô Vyache, me lembrou a história do Goku e do vovô Gohan. Achei bem pesado a família dele não ter aparecido no funeral do ancião, mas ficou bem mais claro quando eles apareceram só para se provarem um bando de abutres, de olho na única herança que o Vlad recebeu. Achei até surpreendente o vovô deixar os pokémon de herança para os filhos, visto que eles não dão a mínima pro velho. E o Vlad parece o tipo de protagonista que eu vou amar acompanhar.
— Saiam. — Vlad sussurrou em um tom ameaçador
Nesse trecho eu já tava "ISSO AE CARALHO, DÁ UM PAU NELES, VLAD". Vai ser bem divertido ver esse estilo meio bruto dele, tipo, ele queria enfrentar os Ratatta na mão? kkkkk achei incrível. Ainda mais que ele vai ter que lidar com um certo pokémon revoltado, que já estou ansioso para conhecer.
Como você disse, será uma fic de jornada clichê, o que não vejo problema alguma, ainda mais que você introduziu vários elementos que já deixam a jornada bem menos clichê. Se minhas divagações sobre o nome Valhalla tiverem fundamento, então, terás uma fic incrível de se acompanhar.
Os outros membros já chamaram atenção para alguns erros. Realmente dei falta de algumas vírgulas, mas eu mesmo tenho SÉRIOS problemas com elas então nem vou te julgar. Ainda sim, passaram alguns errinhos de conjugação de verbo que tenho certeza que você teria notado em uma revisão. Gostei MUITO da sua escrita, bem fluída e detalhada na medida, sem excessos. Também quero te agradecer muito por ter formatado o tamanho da letra, pois eu acho as letras da formatação padrão aqui do fórum MINÚSCULAS e sempre tenho que ler as fics dando zoom KKKK (tanto que na minha eu meto um arial 14 pra tentar deixar mais agradável)
Fico no aguardo do próximo capítulo o/
Brijudoca- Moderador
- Idade : 27
Alerta :
Data de inscrição : 28/04/2009
Frase pessoal : make brazil emo again
Re: Valhalla
Olá, Netflix! (gostei do nick kkkkk). É sempre bom ver mais gente chegando por aqui, espero que continue participando.
Sobre a fic, eu gostei do que vi, sua escrita é agradável e a história parece interessante. Gostei da motivação do protagonista, achei diferente, espero que você continue não se prendendo muito ao "senso comum" de fics de jornada, colocando esses elementos novos, pois assim a sua fic fica mais única.
Mas como já apontado pelo Briju, isso não é bem um prólogo, mas sim um capítulo, o pessoal aqui do fórum costuma errar nesse ponto. O prólogo não é um "capítulo inicial curto de introdução", ele é tipo um "antes do começo", é uma introdução ou explicação sobre algo relevante na história, algum tema que precise ser explicado ao leitor para que ele entenda a história, também pode ser uma cena de um acontecimento relevante no passado ou futuro. O capítulo 1 é o que marca de fato o início da história, e ele não deve continuar de onde o prólogo parou, pois este é algo a parte, que possui começo, meio e fim.
Agora sobre a história, achei bem triste a vida do Vlad (não consigo ler esse nome sem lembrar de vampiros kkkkkkkkkk) no começo. Fiquei curiosa para saber como ele foi parar na rua, mas não sei se ainda será abordado.
Mas ainda bem que ele encontrou o vovô Vyache que o deu um lar. Pena que já se foi. Imagino que ele deve ter resolvido adotar, pois se sentia muito sozinho, já que foi praticamente abandonado pela família.
E que família horrível essa, só querem herança. Infelizmente, não é muito diferente de várias famílias da vida real.
Acho que esse Laine ainda vai dar trabalho.
Como disse, achei interessante a motivação do protagonista de seguir jornada para conseguir dinheiro para manter o dojo.
Mas sair em jornada e deixar o dojo sozinho não é arriscado? A família pode voltar e acabar se apossando.
Estou curiosa para saber o que vem por aí e que pokémon será esse.
É isso, aguardo o próximo cap! Uma abraço e até mais!
Sobre a fic, eu gostei do que vi, sua escrita é agradável e a história parece interessante. Gostei da motivação do protagonista, achei diferente, espero que você continue não se prendendo muito ao "senso comum" de fics de jornada, colocando esses elementos novos, pois assim a sua fic fica mais única.
Mas como já apontado pelo Briju, isso não é bem um prólogo, mas sim um capítulo, o pessoal aqui do fórum costuma errar nesse ponto. O prólogo não é um "capítulo inicial curto de introdução", ele é tipo um "antes do começo", é uma introdução ou explicação sobre algo relevante na história, algum tema que precise ser explicado ao leitor para que ele entenda a história, também pode ser uma cena de um acontecimento relevante no passado ou futuro. O capítulo 1 é o que marca de fato o início da história, e ele não deve continuar de onde o prólogo parou, pois este é algo a parte, que possui começo, meio e fim.
Agora sobre a história, achei bem triste a vida do Vlad (não consigo ler esse nome sem lembrar de vampiros kkkkkkkkkk) no começo. Fiquei curiosa para saber como ele foi parar na rua, mas não sei se ainda será abordado.
Mas ainda bem que ele encontrou o vovô Vyache que o deu um lar. Pena que já se foi. Imagino que ele deve ter resolvido adotar, pois se sentia muito sozinho, já que foi praticamente abandonado pela família.
E que família horrível essa, só querem herança. Infelizmente, não é muito diferente de várias famílias da vida real.
Acho que esse Laine ainda vai dar trabalho.
Como disse, achei interessante a motivação do protagonista de seguir jornada para conseguir dinheiro para manter o dojo.
Mas sair em jornada e deixar o dojo sozinho não é arriscado? A família pode voltar e acabar se apossando.
Estou curiosa para saber o que vem por aí e que pokémon será esse.
É isso, aguardo o próximo cap! Uma abraço e até mais!
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*Nina*- Membro
- Idade : 31
Alerta :
Data de inscrição : 27/11/2009
Re: Valhalla
- Comentários:
@Shiota
Heeey Shiota. Obrigado por ler e comentar e pelas boas-vindas.
Eu gosto de regiões originais. É meio difícil contextualizar no começo, mas espero que isso se torne mais fácil ao decorrer da fanfic. A Liga Valhalla tem um background que envolve o passado da região, porém terá de esperar um pouco para isso ser abordado.
O Vlad tem outro nome da época de rua, mas hoje ele se chama assim graças ao avô. Ainda bem que a relação dos dois ficou do teu agrado, eu escrevi com um medinho de soar forçado e tal.
É... Família a gente não escolha, não é mesmo? Infelizmente. O Laine é um dos futuros rivais, provavelmente o piorzinho por conta da relação da família e tudo mais, então espero que o odeie ainda mais nas próximas aparições dele.
A fic se desenrola ao longo do ano de colecionar insígnias e tudo mais, porém esse primeiro mês é o que separa a jornada "comum" da jornada "Vlad" de quando a família ir no dojo e ter ninguém. Ele vai ter que continuar a jornada enquanto dá um jeito de afastar os abutres de colocarem as garras no dojo. Vlad podia ter sido ligeiro e botar o suricato-vulgo-doninha de cão de guarda? Talvez, mas começar uma jornada com um Rattata pego no soco parece mais complicado do que precisa ser.
Obrigado aos elogios e mais ainda as correções. A gente melhora na base da crítica então faça sempre que puder. Eu tentei ajustar essa narração-viagem-temporal neste cap que soltei, mas se eu deixei passar algo, me avise por favor.
Volte sempre para apreciar o nosso catálogo, Shiota!
@black~
Salve Black! Eu até mudei o avatar para combinar com sua piada.
A relação do Vlad e do Vyache foi bem recebida e isso vale muito para mim. Fiquei preocupado de parecer forçado quando postei, mas aparentemente não soou dessa forma.
Dinheiro é um bom motivador, mas dinheiro para proteger o que é teu é melhor ainda. Vlad antigamente não tinha idade para sair (sair com menos de 16 anos de casa parece mais suicídio do que aventura para mim) e quando fez 16 o Vyache morreu meses depois e ele tinha que cuidar do dojo e tal então... Né. Eu espero que goste do suricato-vulgo-doninha, ela é um pouco... Volátil.
Drama, algo que toda família tem, umas piores que outras. Eu quero uma jornada clichê com um tom mais maduro nesses aspectos sociais (a família, o jeito que as pessoas olham pro Vlad depois que descobrem que ele morou na rua, etc). Espero não fazer merda no processo, mas se eu fizer, me avise por favor. E sim, Laine é um dos rivais e provavelmente o mais insuportável para vocês.
Skane foi criada por inspiração num vídeo do youtube (quando eu postar o mapa eu libero certinho o vídeo que vi, afinal o mapa eu tirei do vídeo). Eu mudei os nomes das cidades e o que é exatamente cada cidade com o que eu achei que seria melhor, porém se gostar da região, agradeça o cara. Claro, o rumo da história é totalmente outro, vale ressaltar desde já.
Obrigado as críticas, Black. Como falei ali em cima eu tentei arrumar essa viagem temporal da narração e espero que nesse não tenha ficado muito apressado o capítulo (o final ficou um pouco, infelizmente).
Ademais, obrigado por ler e volte sempre visitar nosso catálogo!
@Alice Le'Hills
Yo, Alice!
A Liga tem um motivo do passado dessa região bela que desvendaremos em conjunto e você está certa que a região tem influência da mitologia nórdica. O suficiente do que sei, eu não sou o maior dos conhecedores a respeito, admito essa falha considerando o rumo da fic :V
Que bom que a minha viagem filosófica na frente do espelho rendeu frutos, Alice kkkkkk a verdade é que eu não sabia como começar a história então apostei em um pensamento e ligar depois com o personagem. Que bom que funcionou.
A família do Vyache é podre mesmo, mas ela tem seus motivos de ser assim; não que isso justifique a cuzice deles, claro. Laine é meio estereotipado como o primeiro rival, mas ele terá seu desenvolvimento para ficar ainda pior, não se preocupe kkkkkkkkkk algum dia quem sabe o Vlad não dá um boco murro na boca dele. (Apesar que um Pokémon faria melhor, talvez? Ou um humano ter batido em vez de uma arma da natureza ter o feito é mais satisfatório?)
A dinâmica do suricato-vulgo-doninha com o Vlad vai ser confusa e esquisita, pode ter certeza. A motivação do Vlad é a que eu penso que combinaria mais comigo, eu sou preguiçoso e tal, eu nunca sairia de casa se eu não tivesse que juntar muito dinheiro para não me foder (ou eu aceitaria a desgraça, tem esse lado pessimista)
Valeu pelos pontos Alice, mas das vírgulas vai demorar um pouco para eu conseguir pegar o jeito... Elas são meu pesadelo desde o fundamental.
Obrigado por ler e continue vendo o catálogo!
@Brijudoca
Olá, meu cliente, por favor, se acomode e aproveite a série!
Confesso que também não sou o maior historiador da mitologia nórdica. Eu sei do que eu vi na cultura pop mesmo e espero que seja o suficiente para entregar algo digno. A Liga Valhalla tem inspiração no mito de Odin pegar os guerreiros e afins, porém a explicação completa aparece na história mais a frente quando aborda um pouco do passado da região. Já a Liga dos Deuses, ela é parecida com a Elite Four, mas não é a E4. Eu acho interessante do Aventureiro abordar ainda mais que os lendários da Geração X e Y são baseados na mitologia nórdica.
Esses lendários são mencionados, porém eles não fazem aparição no meu planejamento, eu acho que seria estranho um lendário de uma região dar as caras em outra. Me diga o que acha.
Cara, eu nem me toquei que tinha essas coisas, valeu por explicar. Eu dei uma editada para "Piloto" ala serie de tv, espero que cole.
Um neto adotado. Uma casa isolada da cidade. Alguém que ensina artes marciais... A diferença dos dois é um Oozaru a menos, eu acho. A família do Vyache é carniceira mesmo, não ignoram uma oportunidade de ganhar dinheiro fácil. Sobre os Pokémon entregues, tem a parte jurídica (se o Vyache desse tudo para o Vlad, o menino ia tomar uma bomba em um tribunal e ele não teria advogado para defender ele) e a parte que mesmo sendo odiado, pai ainda é pai né, ainda ama os filhos. Os Vaughan querem o dojo mesmo ganhando coisa, imagina se eles ficassem com a mão abanando.
Eu gosto de escrever o Vlad e fico feliz que você está gostando de ler sobre ele. Não apareceu muito ainda, mas ele tem o lado sério e o lado "paulada na cara" que aprendeu nas ruas que espero que dê um bom equilíbrio.
Ah, essa parte de deitar Rattata na mão foi uma coisa que eu pensei de tipo "como eles capturaram o primeiro Pokémon se não tinha nenhum para lutar por eles?" ai saiu isso. Eu acho possível alguém vencer um Rattata e os Pokémon insetos das primeiras rotas com o próprio corpo, perigoso, mas possível; os voadores não porque eles fugiriam fácil né.
Continue acompanhando que eu farei meu melhor para entregar produto de qualidade selo Netflix. Tirando as vírgulas e a narrativa-viagem-temporal, me deixa feliz que você gostou da escrita e me avise também onde estou errando e como posso melhorar.
Volte sempre ver o catálogo da Netflix!
P.S: Sim, as letras aqui são minúsculas, ainda mais comigo de grau 6 em miopia e astigmatismo. Não enxergo nem com óculos, cara.
@*Nina*
Ei, Nina, tranquilo? Eu poderia estar melhor se eu fosse estagiário da Netflix, mas fazer o que né.
Se o que escrevo te agrada, eu fico feliz. Eu digo que a fic é clichê, mas eu vou sempre tentar inovar ou quebrar algum padrão quando puder, dar uma personalidade diferente tanto a região quanto a fic.
Eu agradeço a explicação para não meter umas gafes dessas no futuro. Dei uma editadinha de prólogo para piloto, espero que esteja ok em fazer isso.
Talvez o Vlad morava na rua por que ele era um vampiro e era mais fácil atacar moradores de rua do que pessoas em suas casas? Brincadeiras a parte (e de mal gosto também), a vida nas ruas do Vlad vai ser abordada em diálogos e lembranças. Não serão sempre, mas elas estarão lá.
Uma pena que o Vyache já era muito velho, quase um monumento pré-histórico, mas os anos que passaram juntos foram felizes para os dois e é isso que importa. Ele encontrou a família que ele deveria ter tido porque a que ele tem, meus amigos, kkkkkkkk só desgraça e o Laine tem de sobra
Eu reparei que é uma duvida comum do Vlad sair em jornada quando tem a família e uma mega corporação contra o dojo, porém é mais uma decisão com a mão forçada do que pensada. Se ele ficar, ele não consegue juntar dinheiro e o dojo vai ser vendido. Se ele sair, podem tentar algo na justiça para repassar o nome por "abandono" ou invadirem o dojo para fazerem alguma coisa trash... A primeira ele perde com certeza, mas na segunda ele ao menos tem uma chance.
Obrigado por ler e volte ver meu catálogo sempre que puder. Não prometo desconto, mas venha porfavor.
Amigos da Rede Pokémon Mythology, o capítulo 2 (sim, 2, a Nina e o Brijudoca me explicaram a parada do prólogo. Valeu, vocês dois) era para ter saído semana passada, porém eu perdi o capítulo, reescrevi com ódio no coração e depois reencontrei o capítulo antigo em outra pasta. Eu nem sei se era melhor eu nunca ter encontrado a versão antiga, mas eu juntei as versões e saiu a que está. Espero que gostem.
E sem mais delongas... PULAR ABERTURA
Suricato-vulgo-Doninha
Um pequeno feixe de luz atravessou as frestas das janelas de madeira com uma precisão e conveniência fora do comum. O minúsculo quarto estava inteiramente escuro com exceção do travesseiro onde a cabeça de Vlad ficava. A mobília era simplória com só uma cama de solteiro, a cabeceira ao lado da cama e um velho armário de uma única porta. No chão ao lado do armário, a mochila preta preenchida de roupas e pertences pessoais estava pronta para a jornada.
Os segundos e minutos com a forte luz solar em cima das pálpebras era um incômodo impossível de ser ignorado e que o acordou forçadamente. Atordoado de sono, Vlad sequer teve tempo de refletir a péssima ideia de abrir os olhos quando uma parte do sol iluminava seu rosto. A sensação de queimação nas retinas o fez grunhir de dor e cobriu o rosto com a coberta.
— Eu preciso trocar as janelas... — murmurou para si em um lembrete rotineiro, pois ele dizia a mesma coisa todos os dias.
Lembrete que Vlad ignorava e ignoraria outra vez por um bem maior. O maldito feixe de luz solar era o seu despertador no final das contas. O garoto contou até dez antes de tirar a coberta do rosto e se sentar na beira da cama. Vlad não era um exemplar de homem bonito para a região. Com um metro e sessenta aos dezesseis anos e sem muitas esperanças que crescerá mais, Vlad é considerado um anão quando comparado a média nacional feminina, naturalmente menor que a masculina, que chegava a um metro e setenta centímetros. A desnutrição durante a infância ceifou qualquer probabilidade de alcançar a média masculina de um metro e oitenta centímetros.
A sorte de Vlad era que depois de ser adotado, ele passou a compensar a baixa estatura com o físico de um homem saudável. Apesar de não ter o peitoral de um fisiculturista, os braços e pernas de Vlad eram mais grossos e musculosos do que o comum na sua idade e combinado com um par de olhos escarlates e uma cicatriz no rosto, as pessoas deixaram de implicarem com Vlad por sua altura.
Levou alguns minutos até que Vlad finalmente se levantou e caminhou ao armário para se vestir. Por o dojo ficar próximo da costa, a localidade era naturalmente mais quente e Vlad se acostumou a dormir somente de cueca quando não era inverno. Vestiu o seu uniforme de treino sem pensar muito, um tradicional Karategi.
Enfim vestido, o olhar pousou sobre a mochila negra que tinha as suas roupas e produtos de higiene. Só isso, afinal uma Pokédex era cara demais para ser comprada e, até ontem, Vlad nunca viu a necessidade de ter Pokébolas. A estava quase camuflada na escuridão do quarto, e a conversa do dia anterior com os seus parentes adotivos veio a mente, o que lhe arrancou um suspiro mórbido.
Depois de ter limpado a cozinha antes que as manchas de café se tornassem uma decoração permanente, Vlad se dedicou a refletir com mais atenção no que ele faria. Vovô Vyache dizia que impulsividade era uma aliada, porém a ruína do despreparado; o ditado não fazia sentido ao jovem, impulsos e estratégias não soavam como amigas muito próximas. De todo modo, Vlad passou o resto do dia em pensamento constante até apagar de exaustão.
A conclusão foi desanimadora como um balde de água fria durante o inverno.
Primeiro que simplesmente deixar o dojo por um ano em busca de insígnias e na vaga chance de uma vaga na Liga Pokémon não era a coisa mais inteligente se considerar as possibilidades de qualquer pessoa simplesmente invadir o dojo. Ele não tinha dinheiro para contratar guardas e muito menos para um advogado se os Vaughan jogassem algum tipo de processo de Vlad “não estar mais cuidando do dojo como prometeu”. Não que ele pudesse ficar também no dojo, afinal ele só estaria esperando sentado o seu dia da forca. A sua melhor hipótese era esperar que seus parentes tivessem o mínimo de juízo ou conseguir um bom dinheiro durante a jornada para algum inconveniente futuro a respeito deles; opções péssimas, vale ressaltar, porém impossíveis de serem evitadas por ele não ter nenhum apoio.
Depois vem o segundo problema. Com a falta de televisão e internet no dojo, Vlad não sabia quase nada sobre a Liga Pokémon. Ele só tinha noção do mais básico: o fato universal de que você precisava de oito insígnias para que fosse considerado digno de participar da Liga Valhalla. Como a competição funcionava ou como alguém se classificava para a Liga dos Deuses, ele não tinha nenhuma informação. Vlad nunca ouviu sequer o nome do Campeão atual. Ele não sabia onde os ginásios ficavam, as suas tipagens e nem as formas de desafiar os líderes. Ele era extremamente ignorante e seu avô nunca gastou tempo para explicar coisas que Vlad não o perguntava diretamente.
Outro ponto era a falta de dinheiro. Comida, Pokébolas, remédios, locais de descanso. Tudo custava dinheiro. Vlad sabia que PokéCenters eram bons lugares para comer e dormir por um valor abaixo da média, porém se fossem tão baratos quanto pareciam, ele nunca teria vivido nas ruas para passar frio e fome. Então ele tinha uma preocupação extra quando fosse capturar Pokémon e desafiar ginásios.
Por fim e o ponto mais urgente... o maldito suricato-doninha amarelo. Vlad inconscientemente colocou a mão esquerda sobre o nariz, a ponta dos dedos roçou por cima da cicatriz. Vovô Vyache o apelidava de Mien, uma clara falta de criatividade em consideração ao fato do nome da espécie da suricato lutador de Kung Fu é Mienfoo.
— O que eu vou fazer? Aquele bicho me odeia. — Vlad bufou exasperado por não ter formado nenhum plano mesmo com as horas gastas pensando no Pokémon.
Vlad não entendia o porquê, mas Mien o odiava com todo o seu ser desde que ele chegou no dojo. Todos os outros Pokémon eram mais amigáveis e sociáveis com o garoto do que o suricato. Até o temperamental Primeape não foi hostil com Vlad, mas Mien insistia em querê-lo o mais longe possível. A teoria de Vlad era que Mien se sentia ameaçado com a chegada de uma criança que potencialmente pegaria o posto de “protegido”, considerando o fato que Mien era o “caçula” do dojo.
Tentar pedir ajuda para o Pokémon soava mais estúpido do que no dia anterior, porém Vlad aceitou a estupidez. A força de um Pokémon era mais importante que a lealdade no momento, mais tarde ele resolveria os problemas que surgiriam.
Desferiu dois tapas no próprio rosto, a palma e os dedos marcados em ambas as bochechas. A sensação de choque e dor serviu como uma injeção de adrenalina para botar sua rotina diária em movimento. Café da manhã e higiene pessoal precisavam ser concluídas antes de enfrentar a fera.
A casa era feita em uma mistura de madeira, bambu e pedras cinzentas. A fundação e paredes eram feitas com as pedras, janelas e a entrada de madeira e o telhado triangular era um emaranhado de bambu, cipós e folhas. A casa era pequena e com dois andares. A sala e cozinha ficavam no térreo enquanto os quartos e o único banheiro da casa no andar superior. Ela era visivelmente acabada com diversas rachaduras nas paredes e pequenos buracos nas janelas, sem contar as goteiras do telhado. Como a casa ainda não desabou era um eterno mistério para Vlad.
O Dojo Vaughan era significativamente mais largo e comprido do que a casa ao lado. A construção era facilmente reconhecida por qualquer viajante graças a sua diferente arquitetura advinda de uma cultura oriental que desapareceu há muito tempo de Skane. O dojo era o último rastro de que um povo diferente dos Vikings existiu na região. Os pilares e colunas que sustentavam os beirais do grande telhado eram madeiras em um vermelho-sangue assim como o telhado inclinado. As paredes brancas eram finas divisórias de madeira e papel Washi que permitiam facilmente a entrada da luz natural. A entrada larga e espaçosa facilmente permitiria dez adultos entrarem lado a lado e poderia ser fechada ao puxar uma porta de correr ao estilo Shoji. Graças as divisórias e a entrada, o dojo não tinha necessidade de ter janelas para iluminação natural e nem ventilação.
Uma construção única em Skane e digna de ser chamada de relíquia. Vovô Vyache dizia que os Vaughan receberam a posse do dojo durante a Era Perdida, uma época esquecida pelo homem onde divindades e calamidades caminhavam sobre a terra. Mesmo com o valor cultural e histórico, o dojo só era conhecido nos vilarejos mais próximos. Quando Vlad perguntou o porquê ninguém se importava com o dojo mesmo com suas peculiaridades, a resposta de seu avô o deixou com um gosto desagradável. “Porque o dojo não foi construído por Vikings”, ele dizia.
O terreno do dojo ficava há algumas centenas de metros das praias do oeste, o que facilitava a Vlad aproveitar o mar há qualquer momento. A calçada de pedras do dojo se conectava com duas trilhas. A primeira ia em direção à praia e aos poucos a trilha se tornava em um caminho de areia. A segunda ia em direção ao fiorde e centro da região, o caminho que Vlad teria de trilhar. De um lado, a bela vista do azul oceânico sem fim. Do outro lado, a tocante paisagem do sinuoso golfo onde o mar percorre entre as montanhas.
— Um resort com este tipo de vista... Acesso a praia... Trilhas no fiorde... — Vlad correu a vista para o lindo cenário que sempre o encantava. Não era difícil entender o porquê queriam comprar o dojo. — Só por cima do meu cadáver.
Com um dar de ombros para ajustar a posição da mochila preta nas costas, Vlad caminhou para a única entrada do dojo. Não foi uma surpresa ver o dojo aberto, as únicas vezes que a entrada estivera fechada foram em dias de tempestade e nas raras ocasiões que ninguém, humano ou Pokémon, ficava no dojo. O interior da construção era simplório, um grande espaço vazio pavimentado com tatames surrados. Além do tatame, a única decoração do dojo era um pequeno templo encostado na parede paralela a entrada.
“A alma do dojo é o templo que encara a entrada”. Uma superstição tradicional de seu avô. Antes da morte de Vyache, o templo de um metro de altura por dois de largura carregava algumas miniaturas de Pokémon feitas de argila, velas aromáticas com as cores similares ao espectro do arco-íris e papéis amarelados com escrituras e desenhos que explicavam os movimentos necessários para aplicar as técnicas corretamente. Após a morte do antigo mestre, Vlad colocou um enrolado cachecol vermelho ao lado de uma modesta urna cilíndrica de cor branca. No dia do funeral, a ideia de colocar as cinzas de seu avô no templo dentro do dojo pareceu muito boa e simbólica.
— Mien? Você ‘tá aí? — entonou antes de entrar e os olhos se desprenderam do templo para observar o recinto.
Uma criatura similar a família dos Herpestídeos estava parada há bons metros longe do templo. Era um Pokémon amarelo e bípede. Tinha orelhas redondas no topo da cabeça, olhos vermelhos e um nariz rosado com um bigode de cada lado. Os braços são vermelhas em um aspecto que lembrava mangas folgadas, porém as mãos são amarelas. Os membros inferiores são inteiramente vermelhos. No peito do Pokémon, próximo ao pescoço, tinha uma faixa vermelha, e a forma que seu pelo amarelo cai sobre suas coxas fazia parecer que o Mienfoo vestia uma túnica marcial. Por fim, curta cauda amarela possui a sua ponta na cor vermelha.
Não foi surpresa para Vlad que ele foi ignorado pelo suricato, porém ao menos o Pokémon sabia de sua presença. Uma variável a menos de ser atacado sob a desculpa de “ter se surpreendido” ou “agir em defesa contra um invasor”. Agora só precisava anular as possíveis outras razões além de “eu te ataquei porque eu realmente te odeio”.
As patas de Mien moveram-se de maneira circular e desenhavam no ar o símbolo do infinito. Vlad não podia negar que sentia uma estúpida inveja dos Pokémon lutadores pela facilidade em aprenderem qualquer técnica marcial. O suricato praticava com disciplina e dedicação ardentes nos olhos. Vlad não ousou interromper o treinamento, convencê-lo após atrapalhar seria mais difícil do que o necessário.
Vlad não contou, porém tinha certeza de que o Pokémon deu mil socos e mil chutes antes de parar, se virar para o templo e fazer uma reverência. Hábitos não morrem facilmente.
— Mien, precisamos conversar.
A mudança de atitude era sempre incrível de presenciar. O educado Pokémon curvado para o local de descanso de seu mestre desapareceu para uma criança rebelde e desinteressada. Ninguém entendia Pokémonês, mas a expressão apática e os ombros caídos do suricato amarelo deixavam óbvios o que ele pensava a respeito de uma conversa.
O Pokémon se virou na direção de Vlad com uma mão nas costas e outra na frente do corpo em uma postura de combate desvantajosa. Era provavelmente uma provocação do tipo “eu posso varrer a sua cara com uma pata só”. Alguns anos atrás, Vlad provavelmente teria respondido, mas hoje as coisas precisavam ser diferentes. Por isso que ignorou.
— Você sabe que o dojo... ‘tá com problemas. Se continuar assim, o dojo vai ser vendido. — Dizer aquelas palavras na frente das cinzas de Vyache pareceram mais dolorosas que o normal. — Eu... É uma merda ter que admitir, mas eu não consigo proteger o dojo do vovô. Não sozinho. — Ele cerrou os punhos e respirou fundo. — Me ajude com a Liga para eu salvar o dojo, Mien.
As feições similares a um rato contorcidas em raiva ou angústia, Vlad não sabia dizer direito, eram realmente assustadoras. Os olhos vermelhos róseos cruzaram com os olhos rubis de Vlad. O garoto não precisou de algum tipo de link telepático para entender que Mien não o tinha em consideração, porém o suricato-vulgo-doninha não queria perder a sua casa e a vida que tinha ali. Será que se Vlad colocasse Laine e sua mãe trancados em um quarto com Mien aconteceria um homicídio? Na verdade, seria considerado crime se Mien matasse os dois? Não é como se o Pokémon fosse de Vlad, ao menos ainda, e o dono já morreu...
Vlad balançou a cabeça para afastar aqueles pensamentos potencialmente perigosos e voltar ao que é realmente importante.
— Olha, se não quer fazer isso por mim, faça pelo vovô.
Era uma jogada covarde dizer aquilo, mas ele precisava da ajuda de Mien e o laço do Pokémon com Vyache era o jeito mais eficaz que tinha em mente. O seu avô criou o Mienfoo desde que ele era um ovo. Se Vyache era um avô para Vlad, o velho era a mesma coisa que um pai para o Pokémon.
Mien não o respondeu de imediato. A doninha-vulgo-suricato encarou o templo nos fundos do dojo por um minuto inteiro, pensativo. Finalmente, o Pokémon acenou afirmativo com a cabeça.
Vlad não regozijou abertamente de Mien aceitar a proposta. Era óbvio que ele não queria sair do dojo.
— Obrigado. — Mesmo assim, no mínimo, ele tinha que agradecer.
O garoto caminhou até o templo e bateu as mãos juntas na frente do rosto e fez uma reza silenciosa. Ele voltaria o mais rápido possível com o dinheiro para manter o dojo. O legado Vaughan não morreria por culpa de filhos e netos ingratos. Não enquanto Vlad e Mien vivessem.
Com o fim da oração, ele podia começar a jornada. Os seus olhos focaram na urna que carregava as cinzas de seu benfeitor e deslizou para o cachecol vermelho, o mesmo que Vyache colocou em si quando o conheceu. O cachecol estava surrado e desbotado, porém Vlad o pegou nas mãos e ainda sentia o calor confortável e a maciez apesar de seu estado decadente.
— Vamos indo. — Vlad anunciou e jogou o cachecol em volta do seu pescoço.
Pela primeira vez em décadas, o Dojo Vaughan fechava as suas portas por tempo indeterminado. A dupla caminharia com esse sentimento de dever até o Vilarejo de Skjolden, porém uma pergunta crucial para o relacionamento de Vlad e Mien foi feita assim que fecharam o dojo.
— Aliás, Mien, onde está a sua Pokébola? — indagou. Ele já tinha visto o seu avô recolher seus outros Pokémon para os dispositivos redondos menos Mien que sempre teve o privilégio de ficar livre. Porém andar por cidades com um Pokémon ao seu lado atrairia problemas que poderiam ter sido evitados com o Mien na esfera vermelha e branca.
Os dois trocaram olhares e Vlad não gostou da confusão aparente no Mienfoo. A cabeça do Pokémon se inclinou um pouco para o lado e as sobrancelhas redondas se torceram. Não era difícil perceber que Mien não entendeu o porquê ele queria saber de sua Pokébola. Uma certa preocupação aflorou no coração de Vlad ao ver a reação. Era como se...
— Você tem uma Pokébola, não é? — Desta vez, a pergunta veio com receio. O balançar de cabeça de um lado ao outro foi uma resposta que ele não imaginava minutos antes. — ‘Cê ‘tá me tirando...
As coisas começaram a se montar como um quebra-cabeças. Vyache não capturou o Mienfoo, só o acolheu em sua casa. Por isso que Mien não foi entregue para os parentes de seu avô. Em teoria, Mien nunca foi Pokémon de Vyache e, logo, não poderia ser herdado por eles. As atitudes da doninha também faziam mais sentido agora, pois Mien era um Pokémon treinado, porém não era domesticado como os outros de seu avô que ficavam em Pokébolas.
Vlad não sabia se ria ou se chorava. O Pokémon com que ele começou a jornada era um Pokémon selvagem. O que o garoto não faria para ter uma Pokébola sobrando a sua disposição.
Netflix- Membro
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Re: Valhalla
Hey, Netflix!
Eu gosto muito dessa pegada mais realista, com essa preocupação com gastos que a jornada pode trazer, como comida, remédio, estadia, etc. Apesar de eu, pessoalmente, usar muito pouco (ou quase nada) desse realismo nas minhas histórias, eu curto muito acompanhar histórias assim.
Então quer dizer que o Pokémon que o vovô deixou era um Mienfoo?? Eu gosto muito desse bichinho e acho ele até um pouco esquecido no churrasco, então fiquei bem feliz em ver ele sendo usado aqui hahahaha. Também gostei de como você nomeou o capítulo de "suricata-vulgo-doninha" fazendo referencia a ele. Pelo visto a relação deles vai ser mesmo bem complicada, né? Lembra um pouco o Pikachu com o Ash no começo do anime hahaha. Quero muito ver como essa dinâmica vai se desenvolver, principalmente depois da chantagem emocional que o Vlad fez com ele hahahaha. Aliás, a revelação do final de que o Mienfoo nunca havia sido capturado me pegou de surpresa hahahaha. Talvez isso explique o temperamento difícil dele e me pergunto se o Vlad vai capturá-lo.
Bom, foi um capítulo pequeno, então não desenvolveu tanto a história assim além de servir pra dar início à jornada do Vlad e do Mien. Porém, apesar disso, foi muito bem escrito. Já falei antes e volto a repetir: sua descrição é muito boa e na medida certa, o que deixa o texto super leve e gostoso pra quem lê. Encontrei alguns errinhos, que provavelmente foram de digitação, mas nada que atrapalhasse muito a leitura. Apenas um, de concordância, me chamou um pouco mais de atenção:
"[...] uma clara falta de criatividade em consideração ao fato do nome da espécie da suricato lutador de Kung Fu é Mienfoo"
Como você utilizou "ao fato de", o verbo deveria vir no infinitivo ("ser").
No mais, gostei do capítulo e estou ansiosa para acompanhar a continuação. Até a próxima e boa sorte com a fic!
Alice Le'Hills- Fanfic Mod
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Frase pessoal : The carousel never stops turning. You can't get of
Re: Valhalla
Eaeee Netflix
Como esse capítulo acabou sendo mais breve, meu comentário também será haha Quando comentei o capítulo passado eu dei risada do Vlad imaginando deitar um Ratatta no soco e essa semana mesmo surgiu uma fic nova aqui no fórum (Good Omens) que o autor trouxe justamente essa ideia de capturar o rato sem ter um pokémon pra ajudar, porém de uma forma super engenhosa e divertida kkkkk
Mas aparentemente não será o caso do nosso protagonista aqui (ou será? risos). O Mienshao é um dos pokémon mais daoras que Unova nos trouxe, porém como a Alice disse, vive esquecido no churrasco. Então fiquei contente de conhecer a o Suricato-vulgo-Doninha de personalidade forte. Acaba que logo de cara deu pra perceber que ele e Vlad possuem mais em comum do que imaginam, o que provavelmente ajudará a construir a relação dos dois, partindo de um ódio mútuo pra uma provável amizade? Esperemos que sim haha
A sua narração descritiva nesse capítulo foi impecável. Adorei a forma como você imaginou o dojo e a paisagem no entorno, justificando inclusive o porquê de ter uma construtora desesperada pra transformar tudo num resort (admito que eu ia gostar de me hospedar num lugar assim haha).
Mas que belo plot twist esse no final hein? Explicou bem porque o bicho acabou não virando herança e ainda criou um belo problema pro Vlad resolver. Afinal, como ele vai usar o pokémon em batalhas oficiais se ele nem é oficialmente seu? Imagino que o bichão não vai deixar ser capturado assim de mão beijada haha Talvez voltemos ao plano do Ratatta no fim das contas.
Por hoje é isso, fico no aguardo do próximo capítulo o/
Como esse capítulo acabou sendo mais breve, meu comentário também será haha Quando comentei o capítulo passado eu dei risada do Vlad imaginando deitar um Ratatta no soco e essa semana mesmo surgiu uma fic nova aqui no fórum (Good Omens) que o autor trouxe justamente essa ideia de capturar o rato sem ter um pokémon pra ajudar, porém de uma forma super engenhosa e divertida kkkkk
Mas aparentemente não será o caso do nosso protagonista aqui (ou será? risos). O Mienshao é um dos pokémon mais daoras que Unova nos trouxe, porém como a Alice disse, vive esquecido no churrasco. Então fiquei contente de conhecer a o Suricato-vulgo-Doninha de personalidade forte. Acaba que logo de cara deu pra perceber que ele e Vlad possuem mais em comum do que imaginam, o que provavelmente ajudará a construir a relação dos dois, partindo de um ódio mútuo pra uma provável amizade? Esperemos que sim haha
A sua narração descritiva nesse capítulo foi impecável. Adorei a forma como você imaginou o dojo e a paisagem no entorno, justificando inclusive o porquê de ter uma construtora desesperada pra transformar tudo num resort (admito que eu ia gostar de me hospedar num lugar assim haha).
Mas que belo plot twist esse no final hein? Explicou bem porque o bicho acabou não virando herança e ainda criou um belo problema pro Vlad resolver. Afinal, como ele vai usar o pokémon em batalhas oficiais se ele nem é oficialmente seu? Imagino que o bichão não vai deixar ser capturado assim de mão beijada haha Talvez voltemos ao plano do Ratatta no fim das contas.
Por hoje é isso, fico no aguardo do próximo capítulo o/
Brijudoca- Moderador
- Idade : 27
Alerta :
Data de inscrição : 28/04/2009
Frase pessoal : make brazil emo again
Re: Valhalla
Bem, vamos lá kkk.
Bem, eu gostei desse capítulo. Não foi dos maiores, nem tampouco dos mais movimentados, mas ele foi muito interessante na proposta dele e serviu para dar um pontapé inicial na história e também pra explorar mais do protagonista e da relação dele com o tal do pokémon.
Falando no bicho... Falaram acima que ele é esquecido no churrasco e concordo. É tão esquecido que eu tava achando que Mienfoo era a evolução, quando na verdade é a pré kkkk, mas de toda forma é um bom bichano e gostei de você tê-lo escolhido para a história, pois de fato ele combina muito bem em ser algo relacionado a dohos, visto que ele é o pokémon das artes marciais.
E que plot twist no final hein kkk. Então o pokémon na verdade nunca foi capturado pelo velhinho? Quem diria. De toda forma, achei até que pareceu que o Vyache era o típico vovô bonzinho mesmo, ou seja, viu o bicho e falou "ah chega aí a casa é sua" kkkkk e acabou só adotando mesmo, sem capturá-lo. Será que isso é o que explica ele ser assim tão violento? Se for o caso, gostei dessa "diferenciação" que você trouxe, ao fazer com que ele ser adotado não necessariamente o faria ser um pokémon dócil, visto que teria que ser pelo método "oficial".
Bem, considerando que a premissa pro cara sair em jornada é o dinheiro, é interessante perceber a importância que você deu a ele. De fato, ultimamente as histórias de jornada têm tomado esse cuidado, mas eu gosto sempre de elogiar, pois é algo que traz uma realidade a mais à história e curti você ter usado isso para mostrar que sair em jornada não é um mundo colorido de fantasia da Poliana.
Eu também curti bastante a descrição que você fez. Pelo que você descreveu realmente é um local paradisíaco; imagine você morar próximo tanto de uma praia quanto de um fiorde? Ele caminhando em direção ao dojo me fez pensar que num cenário desses ninguém se estressaira no caminho ao trabalho kkkk. Ademais, curti também a explicação que você deu referente aos estilos arquitetônicos da cidade e a diferenciação entre os povos que lá habitaram e também essa ser possivelmente uma das causas do povo da cidade não gostar do dojo.
Bem, erros vi um ou outro, mas nada que eu queira destacar.
Então, é só e boa sorte com a fic.
Bem, eu gostei desse capítulo. Não foi dos maiores, nem tampouco dos mais movimentados, mas ele foi muito interessante na proposta dele e serviu para dar um pontapé inicial na história e também pra explorar mais do protagonista e da relação dele com o tal do pokémon.
Falando no bicho... Falaram acima que ele é esquecido no churrasco e concordo. É tão esquecido que eu tava achando que Mienfoo era a evolução, quando na verdade é a pré kkkk, mas de toda forma é um bom bichano e gostei de você tê-lo escolhido para a história, pois de fato ele combina muito bem em ser algo relacionado a dohos, visto que ele é o pokémon das artes marciais.
E que plot twist no final hein kkk. Então o pokémon na verdade nunca foi capturado pelo velhinho? Quem diria. De toda forma, achei até que pareceu que o Vyache era o típico vovô bonzinho mesmo, ou seja, viu o bicho e falou "ah chega aí a casa é sua" kkkkk e acabou só adotando mesmo, sem capturá-lo. Será que isso é o que explica ele ser assim tão violento? Se for o caso, gostei dessa "diferenciação" que você trouxe, ao fazer com que ele ser adotado não necessariamente o faria ser um pokémon dócil, visto que teria que ser pelo método "oficial".
Bem, considerando que a premissa pro cara sair em jornada é o dinheiro, é interessante perceber a importância que você deu a ele. De fato, ultimamente as histórias de jornada têm tomado esse cuidado, mas eu gosto sempre de elogiar, pois é algo que traz uma realidade a mais à história e curti você ter usado isso para mostrar que sair em jornada não é um mundo colorido de fantasia da Poliana.
Eu também curti bastante a descrição que você fez. Pelo que você descreveu realmente é um local paradisíaco; imagine você morar próximo tanto de uma praia quanto de um fiorde? Ele caminhando em direção ao dojo me fez pensar que num cenário desses ninguém se estressaira no caminho ao trabalho kkkk. Ademais, curti também a explicação que você deu referente aos estilos arquitetônicos da cidade e a diferenciação entre os povos que lá habitaram e também essa ser possivelmente uma das causas do povo da cidade não gostar do dojo.
Bem, erros vi um ou outro, mas nada que eu queira destacar.
Então, é só e boa sorte com a fic.
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The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
Dreams come true
Bar daora do clã dos Yu-Gi-Oh -q
Re: Valhalla
Olá, Netflix! Que bom que não desistiu da fic.
Esse cap foi curtinho e não aconteceu muita coisa. Mas gostei de toda a ambientação que você deu no começo, sobre a história do dojo e toda a bela paisagem que o cerca. Mas devo dizer que achei um exagero essa média de altura da população aí, 1,70 m e 1,80 m. Mas que povo alto! kkkkkkk
Estou gostando de ver você abordando essa questão da dificuldade financeira e de todos os problemas que podem acontecer tanto se ele ficar como se ele sair em jornada. Isso traz mais realismo à fic e mostra que você pensou em todos os detalhes.
Eu adorei o jeito do Mienfoo. Toda a personalidade que você deu a ele, de ser disciplinado, só que ao mesmo tempo não, já me conquistou. Ainda mais que não é uma espécie muito utilizada. E que surpresa essa revelação no final de que ele não é oficialmente um pokémon do vovô Vyache. Mas pelo menos isso possibilitou que ele não fosse herdado pela família. Vamos ver se ele vai se deixar ser capturado, apesar de que está com cara que não. Aliás, não sobrou mais nenhum pokémon além dele?
Os segundos e minutos com a forte luz solar em cima das pálpebras era um incômodo impossível de ser ignorado e que o acordou forçadamente. Atordoado de sono, Vlad sequer teve tempo de refletir a péssima ideia de abrir os olhos quando uma parte do sol iluminava seu rosto. A sensação de queimação nas retinas o fez grunhir de dor e cobriu o rosto com a coberta.
Viu, isso prova que ele é um vampiro, típico de vampiros não gostarem do sol.
Bom, é isso, aguardo do próximo capítulo.
Um abraço e até mais!
Esse cap foi curtinho e não aconteceu muita coisa. Mas gostei de toda a ambientação que você deu no começo, sobre a história do dojo e toda a bela paisagem que o cerca. Mas devo dizer que achei um exagero essa média de altura da população aí, 1,70 m e 1,80 m. Mas que povo alto! kkkkkkk
Estou gostando de ver você abordando essa questão da dificuldade financeira e de todos os problemas que podem acontecer tanto se ele ficar como se ele sair em jornada. Isso traz mais realismo à fic e mostra que você pensou em todos os detalhes.
Eu adorei o jeito do Mienfoo. Toda a personalidade que você deu a ele, de ser disciplinado, só que ao mesmo tempo não, já me conquistou. Ainda mais que não é uma espécie muito utilizada. E que surpresa essa revelação no final de que ele não é oficialmente um pokémon do vovô Vyache. Mas pelo menos isso possibilitou que ele não fosse herdado pela família. Vamos ver se ele vai se deixar ser capturado, apesar de que está com cara que não. Aliás, não sobrou mais nenhum pokémon além dele?
Os segundos e minutos com a forte luz solar em cima das pálpebras era um incômodo impossível de ser ignorado e que o acordou forçadamente. Atordoado de sono, Vlad sequer teve tempo de refletir a péssima ideia de abrir os olhos quando uma parte do sol iluminava seu rosto. A sensação de queimação nas retinas o fez grunhir de dor e cobriu o rosto com a coberta.
Viu, isso prova que ele é um vampiro, típico de vampiros não gostarem do sol.
Bom, é isso, aguardo do próximo capítulo.
Um abraço e até mais!
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*Nina*- Membro
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