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Pika Pika Colony

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Caio.
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Mensagem por Magistrado Qua 14 Jul 2010 - 14:14

Bem pessoal, gostaria de explanar alguns tópicos fundamentais a respeito dessa fic. Primeiramente, o conceito da história não é de minha autoria. Pika Pika Colony era um fan fic escrita por Clone, que a abandonou sem final e não desenvolveu completamente os vários arcos e possibilidades nela presentes. Eu, munido do Google Docs e muita paciência, e também triste pelo fim da fic, resolvi reescrevê-la da forma mais "encorpada" possível. Deixe-me explicar melhor; conheci a Pika Pika Colony anos atrás, e tornei-me o fã número 1 da saga de Jimmy e suas empreitadas desesperadas na colônia dos sonhos. O problema era que mesmo na juventude eu notara a falta de descrições aplicadas por clone, assim como a pobreza de detalhes. Vejam bem, a história era brilhantemente escrita, mas muito pouco desenvolvida. Isso revoltou-me e então eu decidi pôr a mão na massa( no teclado, neste caso), e escrever a Colony da maneira que ela merece( Ao meu ponto de vista Smile ). Não foi fácil. Os capítulos eram pequenos, algumas coisas mal explicadas, mas a história compensava todos esses "acasos". Meu maior problema fora que, vendo a necessidade de dar profundidade à trama, acabei adicionando personagens como Tia Judite, Zelador Jepeto, Monitor Mirasol ( Conhecido como Paulo Ricardo), todos eles trabalhados para se encaixarem nas subtramas presentes na história da colônia. Tomei liberdades criativas e mudei muito do original, inclusive um pouco da personalidade dos "atores principais". Cada página escrita pelo gênio clone transformou-se em 3/4 páginas totalmente desenvolvidas, e que contribuíram para o entendimento do texto como um todo. A despeito da total falta de descrição inicial, o resultado alcançado fora prazeroso para mim, e desejo compartilhar aqui com todos vocês do fórum. Críticas construtivas são bem aceitas, elogios são jubilos prazerosos e xingamentos... bem, são até que aceitáveis. Sem mais delongas apresento aqui minha versão da Pika Pika Colony, sem os sprites ( Perdoem-me, mas imagens atrofiam nossa imaginação), com muito mais água para rolar, e digamos que "remasterizado".

Aqui vamos nós:

----------------------------------------------------------------------------

Pika Pika Colony.

Capítulo 1 – Fora dos limites

Era um lugar muito escuro, impossível definir onde, mas sua forma era a de um casulo oval e rochoso, assemelhando-se à uma caverna ao qual a luz do sol não mais podia alcançar. Não tinha paredes nem móveis, e o ar era gélido e penetrante. Um menino estava sentado no chão escrevendo num caderno. Ao seu redor, poças de água e alguma coisa a mais encharcavam seus bolsos e manchavam suas roupas surradas. O gotejar da chuva era constante, mas as páginas do caderno permaneciam intactas, secas como seus cabelos loiros, e a humidade não o atrapalhava em sua tarefa de escrever.

“Caso eu não consiga escapar daqui, eu queria deixar registrado tudo o que me aconteceu. Minha intenção em fazer isso é matar minha mãe de peso na consciência por ela ter feito o que fez. Tudo na vida tem limite, até mesmo um castigo, mas o que ela me impôs extrapolou todas as fronteiras humanas e possíveis da sacanagem”.
“Antes de começar, eu gostaria de registrar algumas coisas de suma importância e que devem ser acatadas de acordo com a minha vontade . Eu não deixarei minha bola e nem meu computador para ninguém, e desejo que eles sejam enterrados comigo, afim de que não parem nas mãos de um garoto safado qualquer. Se vocês não fizerem isso, estarão desrespeitando a vontade de alguém que já passou dessa pra melhor, e eu juro que voltarei, de uma forma ou de outra, para assombrar o infeliz que valeu-se de minha ausência negando meu desejo!”
“Dando sequência a este texto, gostaria de me apresentar ao leitor, afim de melhor explicar tudo o que ocorreu nesse curto, porém intenso, período de minha vida. Meu nome é Jimmy Kluch, tenho 13 anos e moro(ou morava) na cidade de New Bark, região costeira de Kanto. Não era lá uma grande metrópole mas eu preferia assim. Nada de trânsito, colégios pequenos e vizinhança agradável, onde todo mundo conhecia todo mundo, incluindo a ascendência de família. Peladas no campinho após as aulas eram uma constante, jogatinas de computador a tarde inteira e na minha casa praticávamos a política da boca-livre, abra a geladeira e pegue o que aguentar; resumindo, eu tinha uma vida perfeita. Uma de minhas poucas pelejas diárias era a briga caótica que se formava na hora de ir para a escola. Confesso, nunca fui de estudar, e aula de matemática para mim era o mesmo que hora do cochilo, mas minha mãe exigia que eu fosse o estereótipo de aluno exemplar, daqueles tipos que sentam na frente, não olham para os lados nem sob ameaça de morte e forçam a vista para não piscar e perder a conta de quantos poros tem o professor. Isso era insuportável e já tivemos brigas feias além da conta por esse motivo. Sem me alongar demais, pularei direto para onde essa história toda começa. As aulas haviam terminado, e como já era de praste, educadores e educandos iam comemorar da maneira que desejassem. As férias eram farras onde toda a diversão se concentrava em poucos lugares. O campinho era sempre lotado; tinhamos de dar sangue para conseguir onde pôr o pé, já na rua da escola passavam-se dias e não aparecia uma alma viva sequer, e o mesmo valia para qualquer ambiente relacionado à estudo. O fato foi que numa bela tarde desse verão, eu jogava bola no sagrado campinho quando entrei num pequeno e mínimo atrito com alguns garotos da cidade. Foi nesse fatídico dia que a minha vida mudou completamente”.

- Se meteu em confusão de novo? – perguntava minha mãe furiosa. As veias saltavam da testa em convulsão assustadora.

- A culpa não foi minha! Eles que começaram! – tentei me defender. Geralmente, em nossas discussões, ela atacava exaustivamente e eu defendia incansavelmente, até que os ânimos se acalmavam e um fosse se desculpar com o outro, e geralmente era de minha pessoa que partia essa iniciativa. Dessa forma eu domava ela tranquilamente, mas naquele dia a história foi outra.

- Os garotos disseram que você tentou acertar um deles com um pedaço de pau! – respondeu ela, com fúria renovada. Ziguezagueava pela sala. As mãos tateavam em busca de algo.

- Mas tinha sido falta! A parte em que aquele safado quase quebrou a minha perna ninguém comenta, não é? – Retruquei em vão.

“Nós estávamos na sala lá de casa. Eu sentado em um sofá enquanto minha mãe estava em pé. Seu olhar era pesado, os ombros encontravam-se arqueados e a costas, que sempre eram eretas, cediam ao estresse. Até mesmo seu cabelo, motivo de tanto zelo, estava bagunçado em um emaranhado de fios descolorados e quebrados.”

- Isso não interessa agora! Você tem se mostrado muito agressivo ultimamente. - Os olhos que antes giravam à procura de algo, agora fixaram-se na gaveta marrom que nós tínhamos ao lado da TV. - Eu sei o que vou fazer... Passar um mês sem computador não resolve. Secar a bola tão pouco. Eu vou te mandar para um lugar em que você possa aprender a se relacionar melhor com as pessoas. - Neste momento tomei conta da gravidade da situação. “Casa da tia Judite!” imaginei, mas eu seria arrastado para um inferno ainda pior – Eu vou te mandar para Pika Pika Colony! - Por fim concluiu, para minha surpresa. Aquele fora um golpe tão duro, que fiquei estirado no sofá, estupefato. Nunca passara pela minha cabeça desastre tão grande. Eu bem sabia dessa tal de Pika Pika Colony, como também conhecia as atividades de tortura lá realizadas. “Leve-me para Alcatraz mas não para Pika Pika Colony!”, brandi inutilmente.

- Tudo menos isso! Deixa-me um ano sem jogar vídeo game, proíbe de jogar futebol, mas não me manda para esse lugar! - Era a pura face do desespero. Até mesmo a estratégia espere e defenda, infalível com minha mãe, vinha falhando. Ela contentara-se com essa solução e fim de papo. Outra resolução seria tão improvável quanto impossível.

- Quando eu li o anuncio, vi que era o melhor lugar para você passar essas férias. Sua tia Judite - Sempre ela... - Já havia recomendado para eu lhe despachar, e agora com essa confusão, tomei minha decisão. Eu sei que parece desconfortável no princípio,principalmente para você que nunca foi de viajar muito, mas lá eu sei que o seu relacionamento com os outros irá melhorar bastante, e pela primeira vez você vai ter contato diário com um pokemon.

“Aquilo era o fim. O crepúsculo dos deuses, a caixa de pandora, o Apocalipse, Leviathan, Tiamat, tudo de ruim que alguém já pensou, pensa, e irá pensar em dias longínquos. A casa, prédio, cidade, continente e planeta havia caído, cedido, desabado bem sobre minha cabeça. Eu lembro claramente, como se tivesse sido ontem, a minha expressão de terror e pânico. Seria enviado em uma viajem desmiolada para uma colônia de retardados que ficava na ilha da “fantasia e abraços coloridos” povoada de gente débil, para estudar e aprender costumes sobre o mundo pokemon. Adeus peladas no campinho, tardes no pc, paz e boca-livre. Minha vida estava arruinada. Ruía diante de mim e eu não podia fazer nada. Restava agora só esperar. Esperar e rezar...”

“O que de nada adiantou. A semana passou como um ráio sobre minha cabeça, e à medida que o Dia D ( o tal dia em que eu embarcaria para a colônia) se aproximava, eu me assemelhava cada vez mais com uma pedra, tanto em personalidade quanto em aspecto. Minhas manhãs eram alegres como funerais. As tardes depressivas como aulas de português, e as noites eram terríveis como programas da Xuxa. Mal posso contar quantas vezes ficava acordado no quarto, com insônia, tentando dormir ou ao menos cochilar, como eu sempre fazia nas aulas de matemática. Infinitas vezes meus olhos ficaram acesos, piscando, cintilando em meio à luz do luar. Esse foi um dos piores momentos da minha vida, e olha que muita coisa ainda viria pela frente.”

“Chegada a hora minha mãe fez o café e comemos na mesa. Ela comeu, falando francamente, pois o leite com ovos não entrava na minha garganta. Aliás, na última semana tudo era intragável como ferro para meu paladar. Ao fim da refeição, entrei no carro e para minha surpresa peguei no sono. Infeliz sono... Quando abri os olhos já estava descendo no saguão do porto, todo decorado de amarelo e azul, com tiras, arcos, panos, tecidos, balões e uma música especialmente irritante. A combinação perfeita que me afastaria dali. Em outros tempos eu teria incendiado instantaneamente a locação, só para ver o circo pegar fogo (literalmente), mas dessa vez eu tinha um cão de guarda incansável que vigiava cada passo meu. De repente soa um alarme. Faltavam menos de 10 minutos para a hora da verdade. Em um ultimo apelo tentei sair, mas fui prontamente puxado pela gola da blusa por minha mãe “Você fica aí.” disse ela, severamente, e percebi que não tinha mais volta.”

- Eu vou botar fogo no meu dormitório pra me expulsarem de lá! – Comecei - Vou estourar o motor do navio com bomba rasga-lata.

- Faça isso... Faça isso. - Dizia ela, baixinho, para si mesma. Nem eu poderia imaginar que maquinações maléficas sairiam de sua mente se eu concretizasse o que acabara de falar. Ela tinha temperamento sereno, mas também podia ser severa quando necessário. Resolví não arriscar; preferia suportar essa sacanagem toda.

- Por favor, eu gostaria de um minutinho da atenção de todos vocês! – Dissera um senhor de bigode e cabelos grisalhos. Estava sobre um palanque improvisado que acabara de ser montado. O saguão se silenciou ao seu chamado, e a música pertubadora cessou por alguns instantes de paz. - Meu nome é Johnson, e eu sou o diretor da Pika Pika Colony. - Usava um terno dolce & gabbana dos mais caros, bege, e ostentava poder e dinheiro, apesar de ser simpático. Um relógio de prata escapava-lhe das mangas, ao qual ele olhava com frequencia - É com plena satisfação que hoje vejo enorme lotação aqui no porto de New Bark - É porque ele nunca viu o campinho em dia de férias... - Agradeço aos pais pela preferência, e afirmo com convicção que nós da Pika Pika Colony não lhes decepcionare-mos. - Não conte com isso - Esta embarcação tem cômodos reservados para todos os alunos, que já preencheram suas fichas no decorrer da semana passada. Possui dois restaurantes, como os senhores pais podem ver na cartilha, e todas as instalações necessárias para uma viajem tranquila e segura em direção à nossa ilha. O navio partirá em 5 minutos, portanto peço que se despeçam de seus filhos e lhes entreguem as bagagens o mais rápido possível. Para maiores esclarecimentos contactem nossa administração que se encontra na ala leste do cáis. Pika Pika Colony, qualidade, excelência e competência. Um bom dia a todos.

“Palavras encorajadoras do velhinho, e que me conformaram um pouco. Me despedi de minha mãe, que estava feliz como em poucas ocasiões, e fui para a sala de embarque enquanto ainda haviam poucas pessoas. Para constar, eu tinha me focado tanto em ficar, esquecer que iria viajar, e agourar a tia Judite, que me esqueci completamente de verificar as atividades da colônia. Eu não só estava indo para um lugar que eu não queria, como também estava indo sem saber o que aconteceria comigo lá, quando e com quem. Era a derrota completa, e nada podia me consolar, mas o pensamento que mais me ajudou no momento fora este: “ já que iria viajar para o inferno, tentaria fazer essa viagem o menos ruim possível”. Enquanto subia a rampa de madeira do SS Venture Colony, perguntei para um monitor quanto tempo duraria a viagem. Recebi um largo sorriso, suspeito, e soube que desembarcaríamos na manhã seguinte ( uma lástima ), e dormiríamos em alto-mar. Notícia bem-vinda para quem detesta água e tem enjôos quando está a bordo de qualquer coisa sem ser uma cama”.

“De qualquer forma segui a regra do “menos ruim possível”, e fui então procurar meu quarto na embarcação, que seria divido com outros três garotos. Custei um pouco para achar, já que meu senso em alto-mar ficava extremamente debilitado, mas no fim das contas percebi que as acomodações eram até confortáveis. Quando achei meu aposento, de número 220, me deparei com um garoto mexendo em sua mala. Tinha minha estatura, só que com os cabelos pretos, e fazia o arquétipo simpático, o que provou ser. Estava acompanhado de seu inseparável boné, e com um discreto sorriso maroto no rosto. ”

- Olá! - Disse ele, saudoso - Você deve ser um dos meus companheiros de quarto no navio, certo? – Simpático, porém óbvio. Fiquei com um pé atrás – Meu nome é Max! Prazer em conhecê-lo.

- Meu nome é Jimmy. – disse apertando sua mão. Já que estava lá, por que não fazer pelo menos alguns contatos. Se expressar, sabe?

- Acho melhor irmos lá para fora, vai ter a apresentação dos monitores da colônia. – disse o garoto, em tom sempre otimista.

- Primeiro pensei ser uma piada, mas a expressão dele permaneceu a mesma. Não movia um músculo. Quem sabe ele não seria outro infeliz que estivesse viajando sob castigo? Só o tempo diria, mas o fato é que concordei, como sempre, demonstrando minha total falta de interesse pelo lugar. - Claro... não deve ter muito o que fazer aqui.

“Pegamos o elevador principal, que era todo decorado de amarelo e com pokemons de pelúcia desenhados no teto e paredes. Monstrinhos que eu nunca havia visto na minha vida. Ao chegar no convés, parte externa do SS Venture Colony, estranhei o garoto. Ele estava perfeitamente calmo para alguém que estava viajando para além do espaço, na fronteira final. Resolvemos nos sentar nos confortáveis bancos que estavam dispostos em espiral, e aguardar até que algo acontecesse. O deck era largo e comportava muita gente, e se não fosse um navio da Pika Pika Colony, eu até consideraria a embarcação agradável. Passado alguns minutos de impaciência três monitores apareceram subindo pelas escadas e foram para o centro das cadeiras, onde erguia-se um pequeno palco. Eles iriam se apresentar para todo o mar de crianças ali presentes.”

- Vocês estão prontas crianças? – começou um dos monitores, trajado de capitão da forma mais clichê possível, e falo sério quando escrevi a palavra clichê.

- Estamos capitão! – responderam em coro a maioria da pivetada que rodeava os monitores. Alguns permaneceram calados, o que me trouxe esperanças de conviver com pessoas normais durante as benditas férias. Max, por sorte, ficou mudo como uma pedra.

- Eu não ouvi direitoooo! – continuou o velho, erguendo o chapeu e levando os mais novos à loucura. Era um êxtase inacreditável para os menores. Um mundo novo que ainda me era estranho.

- Estamos capitão! - Urraram em delírio.

- Ohhh... vive num abacaxi e mora no mar... ( Piada fora de contexto leitor, mas eu tinha de fazer isso. Está muito frio aqui onde escrevo este relato, e rir, o que não faço com muita frequência nesses últimos tempos, me faz bem. Eu sei, parece loucura, mas é a mais pura verdade, assim como tudo que eu vou escrever neste caderno )

“ Esta apresentação dos monitores valeu a pena( ou melhor, não foi uma perda total de tempo), pois eu pude observar mais ou menos com quem eu iria me relacionar dali pra frente. E da mesma forma que eu fui parar naquele barco, outros poderiam ter histórias semelhantes, e isso era uma das poucas coisas que me motivava a continuar respirando e não furar meus pulmões.”

- Muito bem criançada, o navio esta partindo! – anunciou a monitora, ao som estridende de turbinas e hélices girando, e acredite, as pás faziam muito barulho para quem estava no deck. A monitora era um companhia especial; loura, alta, encorpada, e o que tinha de estúpida tinha de gost... bonita. (Inclui-se aí comissão de frente, garagem, etc...)

- E agora pedimos que vocês achem seus dormitórios e arrumem suas coisas. Como todos sabem passaremos a noite em alto-mar, e não queremos ninguém cansado quando desembarcarmos na Pika Pika Colony – começou o outro monitor, de forma mais afeminada impossível. – Dentro de uma hora, começaremos a animação da viagem e atividades planejadas. Quem precisar de ajuda, é só chamar. Estaremos no terceiro andar, ao lado do restaurante Noite em Cinawood. Bye Bye! - Exalava purpurina rosa quando falava...

“ Ao termino da mini-apresentação da paquita, todos dirigiram-se aos seus respectivos quartos. Eu ia puxando assunto com Max, para ver se extraía alguma coisa da laranja. Queria dividir o pessoal em duas classes: Desmiolados e Normais. Max poderia ser incluído na classe dos normais. A propósito, ao contrário do que todos podem pensar, eu sou uma pessoa como qualquer outra. Faço amigos, não me descontrolo fácil, o problema era que o infeliz quase quebrou minha perna e eu estava indo para o lugar que eu menos queria visitar no mundo, pior que a casa da tia Judite ( e isso é um feito e tanto).”

- Você não me parece muito desconcertado por estar embarcando. – Comentei. A hora seria aquela para esclarecer todas as minhas dúvidas.

- Por que estaria? Eu estou indo por vontade própria. – respondeu Max. Desmiolados 1 ponto!

“Nem perguntei a razão/motivo/sandice. Mas ele fez questão de me explicar.”

- Na verdade, eu sou um treinador pokémon - Menos mal - e estou para conseguir conquistar minhas 8 insígnias da liga de Kanto, pois faltam somente 3. Por mais que essa colônia pareça idiota - Menos mal ainda -, ela oferece uma ótima estrutura para quem deseja aprender sobre pokémons. Isso para mim vai ser muito importante na disputa do Índigo ano que vem. - Eu não tinha a mínima noção do que era Índigo, mas devia ser importante.

-Entendi. – Disse, meio que mentindo. – Então provavelmente os outros garotos na embarcação também são treinadores com o mesmo intuito? - As coisas começavam a melhorar um pouco.

- Provavelmente não só os mais velhos, mas os mais novos podem estar aqui para se tornarem treinadores pokémon no futuro. – disse Max, tentando me provar algo. – Você vai acabar aprendendo muito sobre seus pokémons.

- Max, eu não tenho pokemon e nem me interesso pelo assunto. - Disse, meio estilo “curto e grosso” - Me interesso é por futebol, e acho que não tem campo nessa Pika Pika Colony.

“Max olhou atônito para mim. “Me lasquei” foi a melhor coisa que eu pensei, pelo que ele expressou na hora. Eu podia ser a única pessoa da colônia inteira que não possuía um pokemon, e isso, tirando o fato de que eu odiava o lugar, não era muito reconfortante. Se ao menos eu tivesse lido as cartilhas dadas pelo velho bigodudo, ao invés de me amarrar na cama, algumas coisas seriam diferentes. Mesmo assim eu me tranquilizei. Provavelmente passaria o dia dormindo mesmo, então isso não me afetaria em quase nada. Voltamos então para o dormitório, mas ao entrar eu tomei um puta susto. Um sujeito de cabelo vermelho ( você não leu errado) trajando capa negra, presa à cintura por um sinto de couro e com aparência tão estranha quando a do Edward Mãos de Tesoura estava sob uma das camas, remexendo sua mala.”

- Saudações nobres treinadores. Infante Fonzie Forensis Liberi II diante de vós ( quem em sã consciência daria este nome para seu próprio filho?). -Falou ele, com voz gutural, tenor como Pavarotti. Curvou-se até o chão, e a capa deslizou sobre sue ombro em movimento ensaiado. Desmiolados marcam o segundo ponto.

- Hahahahah - Não conti a risada. Quem nos dias de hoje tem II no nome? O imperador da Dinamarca? Max permanecia petrificado, mas mesmo assim estendeu a mão em movimento amistoso e foi comprimentado. Fiz o mesmo, afinal o sujeito era completamente louco e o melhor seria não contrariar.

- Venho da Criméria ( isso é um país?) em busca de treinamento nesta colônia. Qual seria o nomes de vós? - Tornou a falar, enquanto juntava suas coisas de forma organizada e singular.

- Me chamo Jimmy - Falei, ainda cauteloso. Tentava entender o que a palavra Criméria significaria. Parecia nome de comida...

- Meu nome é Max - Sussurrou meu companheiro de quarto. Nem eu nem ele acreditávamos no que estava à nossa frente. Justo em nosso quarto teríamos um sujeito tão... atípico.

- Nobres cavalheiros, se me derem licença pretendo arrumar meus pertences para a próxima aurora, ao qual espero que seja proveitosa para todos nós. - Falou e deu de ombros, mostrando-nos as costas. A capa o cobria o tempo todo, fizesse chuva, fizesse sol.

“Repetindo aqui uma das máximas imutáveis da humanidade: Tudo pode ficar pior, e enquanto eu e Max nos juntamos à Fonzie para arrumarmos nossas coisas, um terror inigualável bateu em nossa porta, frenético, imparável e louco, louco, louco como lebres em março”

- E ai galera!! – urrou a peste, de nome Pete. Todos nós viramos. – Tudo de boa com vocês? - Sua lingua balbuciava com rapidez tremenda. Era impossível fazer linguagem labial. Desmiolados marcavam um strike!

Ah não, outro - Dissera Max baixinho. Ao mesmo tempo muitas coisas passavam em minha cabeça. Estava em um terrível dilema; Me jogava no mar para morrer afogado ou me suicidava eletrocutado na casa de máquinas? Apesar desse reconhecimento rancoroso, acenei discretamente com a mão enquanto Fonzie o reverenciava de forma completamente estranha.

O pior foi que mal nos conhecíamos e o infeliz pôs-se a falar- Caramba vei! Eu não acredito vei! Que agente ta indo mesmo vei! É muito emoção vei. – Escutava as batidas do coração como se ele estivesse fora do minúsculo corpo de Pete. Movimentos roucos e ritmados. – Essas férias vão ser demais vei! Sem noção vei!

- Se acalma! Respira garoto! – Falei. Já estava enfezado por tanta badalação. Queria era dormir logo e pronto, sem falar que a única palavra que Pete pronunciava e era por mim compreendida era vei. - Por que você não nos diz seu nome?

- Meu nome é Pete meu! P-E-T-E, Pete! É um prazer muito grande conhecer todos vocês! – continuou o garoto, tagarelando sem parar. – Eu não acredito que minha mãe finalmente deixou eu vir para essa colônia de férias! Eu sempre sonhei com isso!! Sonhei sim! Sonhei! - E eu sonhava em esquecer aquele garoto.

“O mundo realmente é um lugar muito estranho. Enquanto aquilo era o inferno de ferro para mim, o abismo do crepúsculo mais fundo de um buraco negro do espaço, era também o paraíso para aquela máquina de falar movida por 220 volts, e enquanto eu imaginava se o garoto respirava ou se alimentava na tomada, Max se ofereceu para ajudá-lo”

- Calma, deixa que eu te ajudo a arrumar suas coisas. Você não vai querer perder nenhuma atividade do navio, não é? - Para quê falar em atividades nesse momento!?

- Claro que não! Claro que não! Mas é claro que não!! – disso Pete. – Vou arrumar minhas coisas agora mesmo! Não devo levar mais que cinco minutos!! - Peça única esse garoto viu. Talvez um dos motivos que futuramente melhoraram meu humor tenha sido o positivismo 100% inabalável desse meu “amigo eletrônico”.

“É, aquele fora um longo dia. Terminei de arrumar as tralhas e deixei o quarto, para minha própria surpresa. Os meninos iriam se encontrar no convés mais tarde, e eu resolvi dar uma chance ao lugar e ir também. Já não tinha mais jeito; eu estava indo para a Pika Pika Colony, e no primeiro dia, eu já havia conhecido um sujeito da Criméia, um menino elétrico, um trio de monitores completamente anormais e outras trocentas maluquices. Enquanto caminhava para o convés, imaginava o que essas infames férias me reservariam. Mal sabia eu que que era muita coisa.”

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Mensagem por Caio. Qua 14 Jul 2010 - 14:24

Nossa, eu me lembro muito bem dessa fic, ela é realmente incrivel. É realmente que ele tenha abandonado a fic, pois era algo impressionante, com a critividade a toda.

Se eu me lembro, ela foi postada no Fórum da Myutsu, né? (nem lembro mais como escreve). É uma real pena que a maioria desses fóruns/sites fecharam, alguns tinham conteudos incriveis.

Voltando a falar da fic, acho que sua idéia foi ótima, realmente. Queria mesmo relembrar os bons momentos que tive lendo essa fic. Para provar que já li, lembro até do autor falando num tópico da Myutsu:

"Eu vou ir numa corrida de F1. Vou levar uma plaquinha escrita 'Pokémon Pika Pika Colony' e todo mundo vai ver".

Realmente, bons tempos. Lembrou-me perfeitamente do Pete, principalmente quando ele come os bolinhos e fica atômico véi! Pobre Jimmy, preso com vários idiotas e gente doida. É, pobre, véi! Sério, sempre adorei muito essa fic. Você a deixou com um tom bem mais doce, mas estigante, até mesmo um pouco mais divertido, mas balanceado. Está perfeita para ser devorada (Q).

Encontrei alguns errinhos, mas não sei se posso considerar erro proposital ou não. Um deles é no caso, na palavra Restaurante Cinawood. O certo não seria Cianwood? Acho que de erros percepcíveis foi só isso mesmo.

Boa sorte tentando re-fazer essa fic incrivel.
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Mensagem por Kurosaki Mud Qua 14 Jul 2010 - 23:14

Uou, ela voltou, véi!
Lamento que Clone largou ela, mas depois que o site fechou e ele não postou mais eu me perguntei: Qual será o destino dessa brilhante fic? Me lembro de grande parte, aquele pokémon que começa com T, os rivais, a disputa por prêmios, MY PRECIOUS. Ainda bem que você irá continuar com ela. Espero que você consiga prosseguir adiante e não abandoná-la, e quando eu li ela, eu era menor e por isso não comentava, mas a partir de hoje, eu vou passar a comentar, e notar os detalhes e melhorias feitas por você.
Aguardo o próximo capitúlo véi.
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Pika Pika Colony  Empty Parabéns!

Mensagem por Alchemisia Sáb 24 Jul 2010 - 14:02

Cara, genial mesmo essa sua remasterização... até hoje eu rio quando lembro do incidente com a Kyrlia... genial mesmo. Continue com esse projeto, que eu continuo lendo! Smile
A propósito, como vocês devem ter percebido, essa fic era escrita no falecido Myutsu, junto com a Pokémon Destiny e tantas outras geniais. Alguém sabe onde posso encontrar a velha versão da Pika Pika Colony, da Destiny tipo, alguém?
Novamente, deixo meus parabéns pela sua íncrivel versão melhorada
Abraços,
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Mensagem por ~Draco Leone Qua 28 Jul 2010 - 11:36

hã, legal a sua iniciativa, mas, se voltar alguns folhas de fic encontrara um tópico da pika pika colony, ele estava reescrevendo e ja tem alguns dos primeiros episódios: https://pokemonmythology.forumeiros.com/fanfics-pokemon-f28/pika-pika-colony-t5963.htm?highlight=colony
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Mensagem por Rawr Qui 29 Jul 2010 - 16:06

Magistrado escreveu:mas as páginas do caderno permaneciam intactas, secas como seus cabelos loiros, e a humidade não o atrapalhava em sua tarefa de escrever.

só essa coisinha que eu achei de incomum mesmo. O certo seria "umidade" e não "humidade". Fora isso, a fic é excelente!
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