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Legendary Hunting

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Mensagem por Dengel Seg 23 Set 2013 - 18:18

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E depois de tanto tempo, finalmente irei postar a Fic! Eu sei que já estava planeado há muito tempo, mas a agenda simplesmente ficou cheia da noite para o dia!

De qualquer maneira, apenas terei de fazer um aviso. Vivo e sou natural de Portugal, o que me leva a outros dois pontos. 1º - a escrita poderá ser um pouco diferente, por isso avisei-me se encontrarem alguma palavra ou expressão com a qual não estejam familiarizados, mas eu vou tentar usar palavras comuns para todos (também não devem existir muitas) 2º - o ano letivo para mim apenas começou na semana passada, por isso o calendário dos testes ou provas será diferente. Ou seja, não se surpreendam se eu disser que terei prova numa semana de férias.

Pormenores à parte aqui está o prólogo. Aviso já que os primeiros episódios (incluindo o prólogo) falarão do passado do protagonista!



Situada no extremo oeste do continente Densetsu, uma pequena vila presenciava um belíssimo e sereno dia de Sol. Essa pequena vila era conhecida em todo o continente por possuir um véu mágico, capaz de criar laços profundos entre todos os tipos de criaturas, incluindo humanos, pokémon e até mesmo plantas. E quem tivesse o menor pretexto para visitar a vila, não poderia fazer muito mais do que unicamente concordar com a afirmação.

Entre as módicas correntes de ar, que proporcionavam uma leve brisa já conhecida por todos os habitantes, a pequena vila aprazia os corações das pessoas, que retribuíam com concórdia e harmonia com toda a natureza que a rodeava. Era possível ver árvores gigantes, cujas crianças veneravam como verdadeiros titãs, pequenos arbustos, onde todo o tipo de pequenos pokémon bailava, e uma relva tão verde e tenra, que alguns seniores atreviam-se a insinuar sobre uma bênção de Arceus naquela zona. Além disso, um rio de águas puras percorria incansavelmente com uma simplicidade tão impressionante quanto a força de um Tyranitar ou o massivo corpo de um Wailord.

Mas dentro da pequena vila, por entre as modestas casas que se erguiam respeitosamente para o vasto céu, passando por velhos aprazeres, pulos jovens, e, por vezes, uma correria pacata, a magia acontecia. Nesse pequeno espaço cercado por uma extensa organização natural, sem importar o estado do tempo ou as notícias mais recentes e chocantes, todos viviam felizes. E pode até parecer uma coisa banal, mas aquela felicidade não é igual à comum, àquela que temos por receber um bom presente no aniversário. Era uma felicidade genuína, em que os lábios gesticulavam cuidadosamente, acabando por afastar-se aos poucos, revelando pequenas estruturas brancas. Este gesto, também conhecido por sorriso, era a marca da pequena vila. O que a caraterizava e tornava afamada por todo o continente. E também, o que lhe permitia gozar do nome de Union Town.

Em Union Town, os moradores são todos pacíficos, e desentendimentos são raros. Isso proporciona ainda mais amabilidade por parte de turistas para com a vila. Na verdade, muitos turistas vêm apenas para observar as enérgicas crianças a brincarem nos muitos jardins verdes. E os pais faziam questão de os acompanhar quando possível, disfrutando de um bom momento e relembrando os tempos da infância.

- Estás a divertir-te? – Perguntava um homem adulto, passando a mão pelos cabelos pretos duma criança com cerca de 10 anos, que alegremente brincava nos baloiços principais do seu jardim favorito. Esse favoritismo devia-se à sua bela e brilhante cor vermelha, que luzia com os raios de Sol.

A criança não falou. Apenas acenou divertido com a cabeça, mostrando um sorriso que os pais juraram ser o mais formoso desde que o rapaz nascera. A mãe, tocada por este simples gesto do garoto, colocou docemente as mãos sobre as costas do filho, e empurrou-o com o mesmo cuidado com que lhe tocara, dando-lhe assim impulso, para agrado do jovem.

- Amanhã é o teu aniversário. Finalmente vais visitar aquele parque de diversões que tanto querias ver! – Exclamou a mãe suavemente ao rapaz, que obrigou o sorriso a ampliar-se ainda mais.

Os pais riram-se com a cara engraçada do filho, que mais parecia uma cara de angústia, graças à felicidade que sujeitava a elasticidade da pele a passar os seus limites.

- Para com isso Jack, ainda te magoas! – Avisou a mãe entre soluços, já que o pai não conseguia parar de rir com a cara de dor do pequeno.

Assim aquela pequena família, entre todas as outras, passava o seu dia sereno na pequena vila pacata. No entanto, sem eles sequer imaginarem, algo grande aproximava-se da pequena vila. Algo que iria para sempre mudar a vida de todos eles. Algo que destruiria vidas, até. Algo que o pequeno Jack nunca esqueceria.

~x~

Já era noite. Murkrow voavam silenciosamente pelo céu estrelado, enquanto Purrloin folgavam na relva ainda fresca. Union Town parecia tornar-se uma vila totalmente diferente. Como se toda aquela alegria e entretenimento popular simplesmente se evaporasse com os últimos raios de Sol. Mas ela mantinha-se, nos sonhos de belas crianças e no ressonar quase mudo dos mais velhos.

Jack dormia, embora pensasse que isso seria impossível naquela noite devido à excitação que tinha em relação ao dia seguinte. Sonhava com aquele parque desde que o pai o apresentara numa revista certo dia. Na verdade, o pequeno sorriso que compunha o seu rosto, mesmo durante o sono, devia-se a isso.

Contudo, o descanso do pequeno Jack, em breve iria acabar. Abruptamente, o seu pai adentrou no quarto, quase arrancando a porta de madeira das paredes brancas que limitavam o quarto de Jack àquele espaço. O garoto acordou, assutado, sentindo o seu coração rebentar com o peito, desejando, gritando para sair. Mas a cara do seu pai, aquela cara terrificada desconhecida aos olhos dele, era o que mais inquietava Jack. Sem dar quaisquer respostas, o pai agarrou no filho desajeitadamente e saiu tão depressa como entrou no quarto. A sua mãe esperava-os ao fundo do corredor de paredes amarelas. Jack conseguiu ver por uns momentos uma luz avermelhada através de uma das janelas da sala, graças à porta, que estava aberta. Seria de manhã? Isso significaria que iriam ao parque. Mas porquê tanta pressa? Apressada, a mãe simplesmente retirou o filho ao pai, que não revidou, percebendo que seria mais seguro se ele fosse na frente. Jack sentiu-se um pequeno saco de batatas extremamente confuso, sem saber ao menos o motivo de toda aquela agitação.

Sem perder mais tempo, o pai abriu a porta. Jack percebeu o causador de toda aquela desordem. Era aquela luz vermelha. Não pertencia ao Sol, conforme o rapaz havia pensado. Mas como ele desejava que fosse, assim como todo aquele calor. À sua frente chamas. Como se o Inferno tivesse decidido invadir o mundo, criando um portal mesmo por baixo de Union Town. Toda a Natureza que envolvia a cidade havia mudado a sua cor para vermelho vivo, assim como um camaleão. Jack olhou para trás, procurando o seu pequeno refúgio, acreditando que ele o manteria a salvo. Quão inocente poderia ser a sua mente. Ao fundo do corredor, mesmo ao lado do seu quarto, ou talvez antigo quarto, labaredas dançavam contentes, consumindo aos poucos as paredes, como se estivessem à espera que algo as impedisse de o fazer. Jack apenas conseguiu soltar uma pequena lágrima ao ter aquela visão aterradora.

Sabendo que tudo estaria perdido se ficassem ali perplexos, o pai de Jack esforçava-se para não demonstrar o grande medo e rancor que sentia naquele momento, gesticulando o braço, pretendendo que eles o seguissem. A mãe afirmou firmemente com a cabeça, preparada para dar o pequeno passo. Seguia o marido com a vida, esperançada que ele fosse a luz que os guiasse no meio daquela tortura ardente.

De um momento para o outro, o seu marido tornou-se literalmente luz. Uma luz vermelha, tão vermelha que tornava-se até difícil de olhar diretamente. Por cima, um carvão sólido que, lentamente, transformava-se em poeira ou pedaços maiores, que caíam. A mãe seguiu um dos fragmentos. Ele caiu ao lado da cara do seu marido. A violência do impacto e a rápida carbonização das células componentes da pele tornavam impossível para a mulher distinguir o rosto do amado da árvore que lhe caíra em cima, praticamente queimada, tirando-lhe a vida.

O primeiro pensamento da mulher, foi virar o filho, impedindo-lhe de ver o estado do pai. Então, sem pensar duas vezes ou olhar para trás, correu. Correu sem parar, esperando sair dali o quanto antes. Ao passar pelos outros habitantes de Union Town, arrependia-se de ainda ter visão para tal. Homens corriam desesperados, enquanto observavam as roupas que tinham vestido arderem pelo aterrorizante vermelho. Mulheres choravam agonizadas, não crendo se a tragédia realmente estaria a acontecer. Crianças apenas ficavam paradas, presenciando os corpos da sua família serem incinerados pelas chamas devoradoras.

Jack também vivia aquilo tudo de perto. Não sabia onde estava seu pai. De um momento para o outro havia desaparecido. Teria sido colhido pelas chamas? Como poderia ter algo assim acontecido? A cabeça do menino não conseguia raciocinar direito com tudo aquilo. A única coisa que pensava era em estar no parque de diversões que tanto desejava com os seus pais, sorrindo a mais um dia, como sempre fizera. Como é que aquele paraíso se havia transformado naquilo tudo?
Uma árvore caiu na sua direção. Desta vez, o destino não lhe passaria a perna outra vez. Com um gesto rápido, a mulher retirou um pequeno objeto redondo dos seus jeans. Apenas carregando no botão central, o objeto vermelho e branco inflou e soltou uma luz vermelha. Aos poucos, a luz solidificou-se, recebendo a forma de um animal gigante e imponente. A árvore despedaçou-se assim que chocou no robusto pokémon. A mulher agradeceu e continuou a corrida para fora da vila, agora acompanhada pelo seu fiel Bastidon. Mas algo os fez parar. Algo que não esperavam de todo. Nos limites da cidade, um estranho grupo de cidadãos estava parado, volvidos para a saída. A mulher espantou-se. Porque estariam aqueles malditos parados, no meio de um incêndio, numa vila, praticamente, toda ela rodeada por árvores e arbustos? Então notou que todos eles olhavam para o mesmo local. Assustada, seguiu lentamente a linha imaginária que traçara, aspirando descobrir a causa de tanto pasmo. Foi então que viu, pairando no ar, com uma majestosidade notória, uma bela criatura voadora. Também ela ficou, por breves segundo, encarando a criatura, como se lhe desse prazer fazê-lo. No entanto, qualquer que fosse a base que a mantinha prendida ao corpo gracioso do ser, não foi suficiente para ela não reagir assim que viu movimento da sua parte. Como por instinto, agachou-se, colocando-se em posição fetal de costas para a criatura e abraçando o filho, com o desejo de acolher o filho. Quase lendo-lhe a mente, o Bastidon colocou-se entre eles e a criatura, partilhando a mesma aspiração.

- Jack, nunca te esqueças, tanto eu como o teu pai te amamos – dito isto, a mãe pegou numa outra pokébola, mantendo-a pequena desta vez. Com cuidado, colocou-a entre as mãos do filho e fechou-lhe os dedos, apertando-as com alguma pressão. – Desculpa, sei que este dia era muito importante para ti. Sabes, há muitos meninos que recebem pokémons quando fazem dez anos, assim como tu fazes hoje. Por isso, eu e o teu pai juntámos algum dinheiro, e conseguimos convencer o professor desta região a presentear-te com um pokémon para ti. Assim nunca estarás sozinho. – Neste momento, lágrimas escorriam pelos olhos da mãe, que caiam suaves e salgadas na pele quente do filho. Ela sabia que aquela era uma despedida. – Não a abras até tudo estar mais calmo. Cresce com saúde. E nunca te desesperes. A vida não foi feita para ser desperdiçada em coisas fúteis como o ódio.

Jack estava assustado como nunca esteve. Que conversa era aquela? Onde estava o seu pai? Porque estariam todos parados? Porque estava tudo a arder? O que se passava com a vila que o vira crescer?

- Mãe, o que estás a fazer? O que aconteceu? – Perguntava Jack, desconhecendo a causa da sua mãe derramar lágrimas frias sobre as suas mãos. Com um pequeno gesto, conseguiu livrar-se do aperto da mãe e espreitar pelo bravo Bastidon.

A mãe puxou-o para si imediatamente a seguir ter percebido que ele se havia soltado, mas era tarde. O pequeno conseguira visualizar a estranha forma da criatura. Quem era ela? Por que razão estaria tão arrogante à frente de todas aquelas pessoas? Estariam paradas por causa dela? E por que estaria ele a tremer depois de ter visto tal figura? Poderia estar com medo dela? Apenas por ter estabelecido algum contacto visual por menos de dois segundos?

- Não te preocupes Jack, vai correr tudo bem – assegurou a mãe, mas tanto ela quanto o filho sabiam que não era mais que a pura mentira. Uma mentira que nem falso conforto lhes conseguia proporcionar. Não depois de ter encarado tal entidade.

Reconhecendo o fim da sua vida, a mãe de Jack abraçou o menino, esforçando-se para que este não percebesse o choro, mas até o próprio rapaz chorava, não se importando com as lágrimas que escorregavam dos seus olhos. Apenas focava a enorme figura daquele Bastidon. Por algum motivo, a luz à volta daquele pokémon, aos poucos, escurecia. Do vermelho vivo, que mais depressa faria lembrar sangue que fogo, passou para um vermelho escuro, até ficar totalmente negro. Um negro que Jack prometeu nunca mais o esquecer a partir do momento em que o viu. Depois disso, apenas branco, como se o carvão tivesse virado neve. Jack havia perdido os sentidos.



Enfim, espero que tenham gostado. Ficou um pouco maior do que esperava. Acho que apenas me deixei levar xD. Só para saberem, não reli por preguiça mesmo, então é provável que tenha alguma coisa mal por aí...
Bom, tentarei postar todas as segundas, mais ou menos por esta hora.
Com o tempo, deixarei aqui e no escritório alguns dados sobre os personagens,
Comentem, deixem críticas, e sejam felizes!

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Mensagem por Pikato Ter 24 Set 2013 - 16:53

Puxa Dengel, não sabia que era Português, nunca notei seu sotaque em suas falas. Bem, devo dizer que a fic estava incrível, descreveu muito bem os cenários, dando uma vivacidade interessante, mas em algumas partes acho que detalhou as coisas de mais, ficando um pouquinho infativo, mas nada que atrapalhasse a estória.

Mas, confesso que fiquei um pouco confuso, foi muito misterioso o prólogo, detalhando a cidade sendo incendiada e as pessoas morrendo. Se sei deduzir as coisas, acho que veremos este Jack caçando este Pokémon Lendário que matou todo mundo.

Não tenho muito a comentar, porque o enredo deste prólogo baseou-se numa descrição da cidade e no ápice, as chamas devorando tudo. O que achei interessante foi a forma como você colocou as palavras, usando expressões raras, não o sotaque Português, mas o "Módico", achei bem legal esse emprego.

Enfim, esperando próximo capítulo, espero que tenha ficado feliz com meu comentário. Adeus.

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Eu não ligo se você são mais velhos e tem mais direitos que a gente. O verdadeiro valor está dentro de campo!
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Frase pessoal : Voltei^^


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Mensagem por Black~ Qui 26 Set 2013 - 21:03

Bom, vamos lá.

A fanfic é bem interessante. A história eu já sabia, só queria ver como se desenvolveria. Pra te falar a verdade eu não sou fã de prólogos grandes, mas cada autor tem um jeito de escrever, alguns preferem capítulos menores, mas outros preferem capítulos grandes, mas enfim.

O prólogo ficou bem misterioso, quer dizer, pude perceber que estava tudo sendo destruído, mas não pude perceber qual era a criatura que estava destruindo tudo. Pela descrição imaginei um Moltres, mas seria realmente ele? Mas enfim.

Olha, acho que a repetição, principalmente do nome "Jack" acabou ficando excessiva, acho que poderia ser substituída por sinônimos, ou por descrições, que acabei sentindo até falta de uma descrição do garoto, mas enfim.

Achei interessante a fic ter começado daquele jeito, com o garoto junto de seus pais brincando no parque, dando a entender que o mundo era perfeito, que todos os sonhos podiam realizar, e todas essas coisas de sempre -q, mas enfim. Também acredito que o Jack irá atrás do pokémon que causou toda essa destruição, e a história se desenvolverá em torno disso.

Erros acho que não vi nenhum grande.

Portanto é só e boa sorte com a fic.

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The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
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Mensagem por Dengel Seg 30 Set 2013 - 16:59

Hey-Yo!

Bom, irei deixar aqui o primeiro episódio da Fic. Ainda não terá nada relevante, mas adianto que aparecem novas personagens (é claro! é o primeiro capítulo, tem de ter personagens novos!) Antes disso, comments *.*


Comments:


Bom, agora passando ao que realmente importa, o capítulo!



T01 C01

Negro e vermelho. Em qualquer parte que olhasse, negro e vermelho. Por vezes encarava o céu, esperando uma chuva milagrosa que limpasse aquele triste terreno, que trouxesse o verde de volta. Ou então que apenas lhe devolvesse os pais que tanto amava, apesar de nem entender direito a palavra amar. Mas o céu negava-se a satisfazer esse pedido, mesmo que ele suplicasse, deixando-o a percorrer aquele deserto de cinzas eternamente.

Jack segurava firmemente a pokébola que a mãe lhe dera. Era a única lembrança física que tinha dela. Tudo o resto eram apenas memórias que, aos poucos, se desvaneciam, indo com a leve brisa, caraterística daquela zona. Não se interessava pelo que estivesse lá dentro. Apenas queria que os seus pais estivessem com ele no momento de a abrir e deleitar-se com o novo companheiro.

Estava cansado, faminto, o seu pijama estava rasgado e queimado, e tinha certeza que aquele amargo e solitário momento em que cambaleava pelo vasto manto negro seria a sua última ação no mundo. Sentia até dó de si próprio. Uma criança de 10 anos, cheia de energia para enfrentar o mundo, cujo vocabulário muitas vezes poderia centrar-se apenas nas palavras aventura e desafio, agora oscilava entre o choro e o desmaio. Naquele momento, a única razão de continuar a andar, era o simples facto de que ainda tinha forças para arrastar as pernas.

Então, uma pequena esperança cresceu no corpo do rapaz. Com um simples e inconsciente movimento, Jack olhou em frente. Então viu-o. Já tinha ouvido falar daquele leito, mas a única coisa que realmente contemplara fora a sua água engarrafada em pequenas garrafas de plástico. O curto rio que passava no meio de Union Town, passeava alegremente aos olhos do jovem. Toda aquela água pura, que poderia salvar-lhe a vida, estava mesmo à sua frente.

Por infortúnio do pequeno rapaz, o alento que o obrigava a percorrer aquele inferno quase apagado, não era suficiente para correr ao rio para refrescar a garganta seca. Ele apenas continuou, quase a rastejar, até alcançar a margem do rio. Sem reparar nisso, Jack agradecia por aquele rio não ter sido queimado. Não sabia como poderia um rio ser queimado, mas agradeceu por não ter acontecido.

O rio parecia uma barreira mágica, dividindo o deserto de um paraíso. Da outra margem, árvores, arbustos e erva fresca eram visíveis. Ninguém diria que aquilo seria possível. Parecia um milagre. O rio deveria ter apenas 10 metros de cumprimento, e a profundidade não seria muita, pois era fácil de observar algumas plantas no fundo do rio e até mesmo um outro Finneon, mas mesmo assim, tinha impedido que um desastre assolasse um território completo.

Mas a criança não se importava com isso. Estava feliz de ter chegado até ali, mas não restava nada que o fizesse sorrir. Então caiu de joelhos, como se o que quer que o tenha levado até ali, simplesmente desaparecesse. Pouco depois, o seu corpo inclinou-se para a frente, cada vez mais rápido, até tombar na água, chapinhando algumas gotas para a margem.

Com a cara completamente na água, Jack observava o fundo do rio. Era tão límpido que conseguia contar cada pequena pedra no fundo do rio, ou quantas ramificações cada planta marinha detinha. Naquele momento, ele não esperava que algo o salvasse. Na verdade, sequer desejava que a sua mãe ou o seu pai voltassem. Tudo o que queria era que a morte iminente viesse e o conduzisse para qualquer lugar longe dali, qualquer lugar que, embora imperfeito, não o obrigasse a encarar as memórias, cada vez menos claras, mas que ainda permaneciam no seu pensamento.

Foi então que alguma coisa aconteceu. Certamente não era a vontade de respirar, ainda que esta fosse quase invencível, e a busca de felicidade há muito que o abandonara. Mas algo o puxava para fora daquele rio. Algo lhe enchia os pulmões de ar e o forçava a expelir o mesmo num grito estridente. Algo que Jack não compreendia ou imaginava existir. Era um venenoso, potente e sádico anseio por sangue. Sangue da criatura que lhe havia tirado tudo. Ele queria arrancar todos os membros da criatura, até apenas o seu coração restar. A partir daí, esmagá-lo-ia, transformando-o em pó, e logo depois voltaria a reconstruir o ser, unicamente para o aniquilar mais uma vez.

Por obra do destino, um homem caminhava intrigado pela margem do rio salva do fogo. E também por obra do destino, o homem ouviu o grito de Jack. Sem hesitar, correu em direção do grito desesperado. Ficou atónito ao perceber o pequeno garoto de cabelos pretos caído no rio, com as suas vestes chamuscadas. Poderia ser um sobrevivente? Mesmo sem ter quaisquer respostas, o homem nadou até ele.

- O que te aconteceu? – Perguntou serenamente o homem.

Infelizmente, o pequeno já havia perdido a consciência, então não poderia responder às suas respostas. Sem ver qualquer outra alternativa, pegou-lhe ao colo, retirando-o do rio. Retirou um pequeno lenço cinza do seu casaco de algodão da mesma cor, e limpou-lhe a água que encharcava o rosto do rapaz. Ele manteve-se desacordado, e o homem coçou o seu cabelo, que o percorria até aos ombros. Não via outra alternativa a não ser levar o pequeno ser consigo.

~x~

Uma pequena dor infligia na sua cabeça, o que o fez levar a mão ao olho direito, massajando a zona, numa tentativa de salvar-se dor passasse mais depressa. Com um pequeno alívio, Jack decidiu abrir o olho esquerdo. A primeira impressão foi surpresa. Estava em cima de um sofá almofadado de cor castanha. Porquê? E o seu pijama não estava mais com ele. Agora vestia uma t-shirt demasiado grande para ele e uns calções de ganga, que nele pareciam calças. Olhou então à sua volta. Onde estava? O que tinha acontecido? Aquela não era a sua casa, e claramente não estava mais na terra natal. Bem, não na parte que havia sido queimada.

O local onde estava tinha paredes de cor tijolo, e não era muito grande. Para além do sofá onde estava sentado, existia uma pequena mesa quadrada de vidro transparente à frente do sofá, duas estantes preenchidas com livros e uma semelhante com garrafas de bebidas alcoólicas e copos para as mesmas, uma outra mesa de madeira com uma simples cadeira do mesmo material e ainda um cadeirão castanho ao lado do sofá. Estava claro que aquela seria uma sala para receber visitas.

Era possível ver que aquela não era a única sala, pois conseguia visualizar outro compartimento com um ecrã gigante, pelo menos era gigante para Jack. No entanto, este ecrã a única coisa que conseguia ver do outro compartimento.

Esquecendo tal pormenor, a sua pokébola tinha desaparecido. Havia perdido a única recordação física que tinha dos seus pais. Mas ele não se lembrava de largá-la, mesmo quando desmaiara. Nesse caso, apenas aqueles que o trouxeram até ali a poderia ter em posse. Levantou-se, mas uma tontura atacou-o, obrigando-o a sentar-se outra vez. Depois de tanto tempo sem comer ou beber água potável, o seu corpo não iria aguentar mais.

Foi então que uma mulher ruiva entrou na sala. Era a mulher mais linda que Jack alguma vez vira. Mais linda até que a sua mãe. Vestia calças de ganga justas e um casaco de cabedal preto, condizentes com as botas do mesmo material e cor. O rapaz ficou corado num instante. Não pela sua beleza, apesar de ser estonteante, mas porque pretendia sair dali, e aquela mulher poderia ser um impedimento.

Contudo, a cara da bela parecia um festival de emoções, tudo, menos maléficas. Primeiro ficou paralisada. Como se não estivesse à espera que um rapaz de 10 anos estivesse naquele sofá. De seguida sorriu exageradamente, demonstrando o seu entusiasmo. Correu até ao jovem e ajoelhou-se à sua frente, encarando-o com uma exaltação impressionante. Por último, virou-se para o compartimento onde estava o ecrã.

- Kellgum! Tens de ver isto! O miúdo que salvas-te no rio acordou! – Clamou ela alegre. – E é giro!

Naquele instante, Jack era totalmente oposto à mulher. Se ela parecia repleta de felicidade, ele estava extremamente desaprazido. Tinha de sair dali o mais rápido possível, mas o seu corpo mal se conseguia mexer graças à fraqueza. Para aumentar o infortúnio, um homem saiu da sala do grande ecrã e entrou na divisão onde estavam. Ele era alto, com um cabelo comprido e negro capaz de fazer inveja a algumas mulheres. Trajava uma camisa de seda branca e calças de ganga. Por algum motivo estava descalço, mas essa não era a maior preocupação do garoto.

Kellgum aproximou-se e sorriu. Poderia aquele ser um sorriso irónico, ou apenas uma tentativa falhada de amenizar o ambiente?

- Olá. Como te chamas? – Perguntou Kellgum, parecendo despreocupado enquanto sorria.

Jack hesitou. Já tinha idade para saber que deveria ficar calado nestas ocasiões. Mas aquele homem parecia ser bom, e não o tinha magoado ou algo do género. E o seu nome não iria destruir o nome.

- Jack, senhor – respondeu o rapaz, tentando perceber quais as verdadeiras intenções do sujeito.

O homem sorriu. Realmente, apenas pretendia criar uma boa relação com ele, o que o fez acalmar. De seguida, Kellgum sentou-se ao seu lado, ignorando a mulher, que continuava pasmada, encarando o moreno. A sua postura era rigidamente direita, evidenciando respeito para com o pequeno, assim como fascínio pelo mesmo.

- O meu nome é Kellgum – disse ele calmamente. – Esta mulher é Mary.

Jack olhou para a mulher, que acenou energeticamente, sem nunca mexer um milímetro os seus olhos castanhos.

- Olá! – Exclamou ela. Sem dúvidas, ela era a mais estranha dos dois.

- Desculpa-me pelo seu comportamento – pediu Kellgum, um pouco constrangido pela conduta da sua amiga e percebendo um igual constrangimento por parte do jovem. – Ela apenas gosta muito de crianças. Quando vê uma, ela fica… alterada. Mas não te preocupes, ao contrário do que parece, não é maluca.

Mary não gostou do comentário de Kellgum, e olhou-o com cara maligna, o que o fez rapidamente arrepender de ter dito aquilo. No entanto, nunca parou de sorrir. Jack não se sentia assim tão inteirado na conversa, apesar de também ser sobre ele. Afinal quem eram aquelas pessoas?

- Desculpa perguntar-te isto, Jack, mas o que fazias deitado no rio com aquele pijama queimado?

O menino ganhou esperança com aquela pergunta. Provavelmente o incidente já seria notícia, e poderia ganhar alguma pista que o levasse ao seu objetivo: aquele ser que lhe roubara tudo em segundos. Então, Jack contou tudo. Explicou que acordara já com o incêndio começado, falou sobre o repentino desaparecimento do pai, da correria que fizera com a mãe, do espanto de todas as pessoas com uma estranha criatura e de uma escuridão total, que nunca havia sequer imaginado. Depois disso, acordou entre cinzas. Caminhou durante dois dias seguidos, parando apenas por um par de horas por dia para dormir graças ao cansaço. No final, encontrou o rio, e Kellgum encontrara-o a ele.

Kellgum e Mary fiaram boquiabertos com a história do rapaz. Só o fato de estar ali, naquela sala, a conversar com ele, era impossível. Era a prova de que milagres realmente acontecem. Afinal, ele era o único sobrevivente, e ainda conseguira suportar dois dias inteiro de intensa caminhada, sem ajuda ou mantimentos.

Mary levantou-se, colocando a mão na boca. De seguida mirou para Kellgum, que lhe conseguira ler os pensamentos.

- Kellgum, esta criatura… Ela é o pokémon lendário que apanhámos no radar no outro dia, certo?

- Sim – disse Kellgum secamente.

Jack olhou para os dois, confuso. Que conto era esse de pokémon lendário? Havia sido ele quem atacara a sua vila? Então, eles sabiam quem era a criatura? Mas como? Era realmente possível saber algo assim? A cabeça de Jack não parava de formular perguntas às quais não tinha qualquer tipo de resposta. Quem raio eram aqueles dois?
´
- Esperem, vocês apanharam um pokémon lendário?

- Não. Apenas recebemos um sinal poderosíssimo num dos nossos radares – explicou Kellgum, ainda espantado. – Normalmente, um sinal assim pertence a um dos pokémons lendários. Infelizmente, não conseguimos perceber que pokémon é apenas usando o sinal. Além disso, o sinal desapareceu imediatamente após o incêndio ter começado, não sabemos onde ele está de momento.

O garoto ficou um pouco desanimado naquele momento. Poderia ter perdido a possibilidade de uma vida de encontrar o ser que lhe havia feito aquilo. Mas agora sabia que era um pokémon lendário. Apesar disso, havia ainda uma pergunta que Kellgum não tinha respondido.

- Mas, como é que vocês sabem que era lendário? Quer dizer, quem é que tem radares que descobrem pokémons lendários?

O homem sorriu ao ouvir a pergunta. Na verdade era algo que ele queria responder desde que o descobrira. Apenas esperava que o garoto fizesse a pergunta. Finalmente iria ter a chance de se revelar

- Na verdade, Jack, há um grupo de pessoas que têm acesso a esses equipamentos – respondeu Kellgum, sorrindo graças à excitação. - Eles são chamados caçadores pokémon, ou apenas Hunters.





E é isso. Antes de mais, o capítulo não ficou com o mesmo tamanho do prólogo. O prólogo é que ficou tão grande que adquiriu quase o mesmo número de páginas do capítulo! Mas eu não sou maluco, passo a explicar: como viram, a vila ficou mesmo reduzida a cinzas e não, não se vai recompor. Mais para a frente explicarei o que acontecerá com ela. De qualquer maneira, é esta a explicação pela exagerada descrição da vila. Desta vez reli, por isso não poderei escapar ao erros que estiverem presentes xD E é só. Mais para a frente postarei biografias e o mapa legendado. Por agora, irei apenas focar o passado de Jack. É só, deixei comments ethumbsup!!

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Mensagem por Black~ Sáb 5 Out 2013 - 16:18

Bom, vamos lá.

Esse capítulo realmente ficou menor que o prólogo, o que eu acho até melhor, pois não fica tão cansativo de ler. Mas é como eu já disse, cada autor tem uma maneira de escrever e tem um tamanho próprio de capítulos né, mas enfim.

Nesse capítulo pudemos perceber o primeiro "andar" da história, com os caras se revelando os caçadores. Você disse no escritório que o Jack seria um caçador. Tudo já está dito, acredito que ele será tipo um "aluno" do casal, e que depois se torna melhor que eles -q.

Achei interessante que eles tenham um radar que detecta o movimento dos pokémons. É uma pena não ter revelado qual pokémon que é, você está mesmo a fim de manter esse mistério -q. Acredito que a fic dará um salto no tempo e essa história do lendário ficará meio de lado, até que finalmente Jack o encontra novamente -q, mas enfim.

Mesmo o cara se apresentando todo felizmente, ainda os achei bem estranhos. A mulher deu pistas de que realmente não era alguém com uma sanidade mental boa, mas sei lá, ainda não fui com a cara desse homem -q.

Eu acho que a repetição está bem excessiva, não só dos nomes, como também outras palavras, por exemplo teve uma hora que você repetiu várias vezes a palavra "sofá", não foi a única, tiveram mais, a leitura fica meio cansativa com essas repetições, sabe? Tente evitá-las. Troque por sinônimos e por descrições das coisas, mas enfim.

Erros não vi nenhum que prejudicasse a leitura.

Portanto é só e boa sorte com a fic.

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Legendary Hunting Empty Re: Legendary Hunting

Mensagem por Dengel Seg 7 Out 2013 - 18:09

Hey-Yo!

Já é segunda-feira, por isso é dia de Fic! A semana foi um pouco pesada, mas consegui escrever mais ou menos como queria. De qualquer maneira, antes de tudo:


Comments:

E aqui está o tão afamado capítulo xD


T01 C02

Jack permanecia ainda sentado naquele sofá de estofos castanhos, perseguido pelos olhares daquela estranha mulher e pelos sorrisos um tanto constrangedores do indivíduo. Ainda desconhecia o porquê de estar ali. Supostamente, estaria morto, mas aquele lugar, ou melhor, aquela companhia mais parecia proveniente do inferno do que propriamente do paraíso. Para piorar, a sua pokébola continuava desaparecida, e sequer conhecia o seu conteúdo. Não podia relaxar num momento daqueles, pois um ato vertiginoso de um dos dois seres desconhecidos poderia ser o seu fim. Mas o maldito homem apelidado Kellgum não se parecia minimamente com os bandidos que, de vez em quando, conseguia visualizar na televisão. Pelo contrário, se aquilo fosse um filme, mais depressa o sujeito faria o papel de velho bondoso, apesar da tenra idade. Além disso, tinha captado a sua atenção com uma conversa deveras invulgar: caçar pokémons lendários! Em que mundo seria isso possível?

- Estou a dizer-te jovem, há de facto uma maneira de rastrear pokémons lendários – anunciou Kellgum, já levantado, orgulhoso do seu trabalho, ou, pelo menos, da maneira como o mesmo se desenvolvia. – Não podemos saber qual é o pokémon que conseguimos encontrar nos radares, mas essa é a parte divertida. - O homem ia falando com mais exaltação. - Todo aquele mistério, o cheiro a aventura e a perigo, a ambição de ser o primeiro a encontrar qualquer novo ser! Tudo isto faz do nosso trabalho de Hunters o melhor do mundo. Não. Isto nem é trabalho. É uma atividade que nos faz libertar deste pequeno corpo humano e eleva-nos para o lado das descomunais divindades!

Jack mirava o caucasiano admirado. Aquela tarefa não parecia muito difícil, apesar da referência ao perigo, e realmente sempre fora aventureiro. Talvez não àquele nível, mas certamente tinha tido as suas doses de aventura em alguns dias de verão. Mary detinha uma opinião diferente.

- Calma rapaz. Ser Hunter não é coisa acessível a qualquer um. – Jack pensou que a bela se dirigira a ele, mas Kellgum fez uma careta ao perceber que o comentário era, na verdade, para ele mesmo. – Eu não sou Hunter, sou uma caçadora de tesouros. Mas já fui muitas vezes nessas “caçadas”, e sei os riscos e inconvenientes que a função tem.

Kellgum olhou para a mulher ruiva com um tanto de desfavor, percetível até para o pequeno rapaz, mas ela pareceu não se importar com a sua reação, piscando-lhe rapidamente o olho. Coçando os seus cabelos compridos, o homem sentou-se outra vez ao lado de Jack, e olhou para ele com um pequeno brilho nos olhos.

A criança não ficou amedrontada com esta aproximação, mas estava receoso para perguntar uma coisa a mais ao indivíduo. Através da sua pequena discrição do que era ser Hunter, parecia prometer inúmeras heroicidades no seu futuro, no entanto, existia algo que ainda lhe atormentava.

- Mas vocês são pessoas más!

Kellgum e Mary ficaram perplexos perante tal acusação. A mulher, que até então permaneceu levantada, obrigou as pernas a dobrarem-se, sentando-se no cadeirão castanho, paralelo ao sofá. Já ele passou as mãos pelos seus longos cabelos negros, admitindo um certo nervosismo ao ouvir aquilo.

- Mas porque é que dizes isso? – Perguntou a ruiva, parecendo extremamente abalada ao ouvir aquilo.

Jack hesitou. Ouvira numerosas vezes acerca de indivíduos que roubavam pokémons para os venderam pessoas menos recomendáveis. Além disso, tanto um como o outro poderiam fazer alguma coisa, se ele percebesse que estavam a planear algo.

- Eu sei que as pessoas que caçam pokémons são mãos! Apenas querem os pokémons para os venderem e depois usam o dinheiro para coisas más! – O moreno ficou um tanto ofegante, enquanto observava assustado a caçadora, que mantinha o olhar de espanto.

O Hunter coçou o corpo cabeludo, mais uma vez. Por vezes perguntava-se quando arranjara tal tique. Abriu a boca, parecia preparado para dizer qualquer coisa, mas arrependera-se, e voltara a fechá-la. Era um pouco difícil explicar exatamente o seu trabalho. Com algum esforço, encontrou uma maneira simples.

- De facto, algumas pessoas usam os pokémons como forma de obter dinheiro. É claro que isso está errado, e nós não fazemos tal coisa. – Kellgum ficou contente ao ver o moço boquiaberto. Era isto que ele queria, confusão. Era sinal que ele estava a conseguir diferenciar as coisas. – Na verdade, o nosso trabalho como Hunters baseia-se no flanco científico. O único motivo pelo qual perseguimos e capturamos alguns pokémons é para adquirir mais informações sobre eles. Afinal, ainda conhecemos muito pouco sobre estas criaturas que nos rodeiam desde sempre. Hoje em dia existem maquinismos como a pokédex, mas uma grande parte desse engenho é possível graças a nós. Também já realizei alguns trabalhos em prol de ajudar espécies em vias de extinção. Por isso, como podes perceber, nós ajudamos pokémons, capturando alguns inclusive, numa tentativa de recolher dados e aprender mais sobre estas magníficas criaturas!

O jovem pareceu ficar agradado com o esclarecimento. Na verdade, ficou extraordinariamente interessado no negócio. Não iria dar muita confiança àqueles dois estranhos, mas certamente usaria os conhecimentos para encontrar e derrotar o pokémon que lhe havia destruído a vida. Com o treino e preparação certos, teria capacidade para completara a sua vingança.

- Desaconselho-te já dessa ideia – anunciou Kellgum severo. Jack olhou-o surpreendido, e até a mulher parecia não estar a compreender aquela súbita mudança no comportamento. – Viver uma vida em busca de vingança, que não passa de puro veneno, é mortífero. E desejar dor a um pokémon, seja ele lendário, perigoso ou simplesmente comum, é algo imperdoável e repulsivo. Em outras palavras, é algo que não deves fazer, e que eu não quero que faças. Estarei disposto a ensinar-te o básico sobre ser um verdadeiro Hunter, mas não irei acolher um discípulo que procura vingar-se de qualquer ser.

O maldito lera-lhe os pensamentos? Sem dúvidas era o mais anómalo entre os dois, mesmo com o pequeno distúrbio da mulher. No entanto, as palavras não lhe diziam nada. O seu objetivo havia sido delimitado a partir do momento em que soltou aquele grito no rio, o mesmo que o levara até àquele local. Olhou-o nos olhos. Ele era pequeno, e tinha consciência disso. Mas também estava ciente da sua determinação. Certa vez perguntaram-lhe o que desejava ser quando crescesse. Finalmente tinha obtido uma resposta.

- Eu admito que estava errado. Vocês não são más pessoas. Pelo menos da maneira que eu pensava. - Mary soltou um pequeno sorriso. Detestava ser odiada por crianças. Contudo o rapaz permanecia sério. – Mas já me decidi. Mesmo sem a vossa ajuda, irei tornar-me um Hunter. Aliás, nem preciso de me tornar um Hunter. Vou ficar forte e vou procurar o pokémon que atacou a minha vila. – Jack não hesitava um pequeno segundo. Estava seguro no que dizia e no que pensava. Tencionava levar o inferno ao mesmo ser que lhe dera a conhecer a destruição massiva das coisas que amava. – Eu vou apanhá-lo!

Os dois adultos ficaram pasmados, ainda que de maneira diferente. Para a bela, existiam dúvidas sobre se fosse realmente possível um humano tão pequeno proferir tais palavras e deter um sentimento assim tão grande, capaz de desafiar tudo. Ele não imaginava sequer como sair daquela casa, mas já estava disposto a ir contra o mundo, ou melhor, contra um pokémon lendário.

Mas para Kellgum, o espanto tivera outro significado. Na verdade, estava extasiado. Sentia o seu sangue fervilhar. Toda aquela emoção reunida na pequena entidade lembrava-o dos seus dias em que era adolescente e apenas pensava em aventurar-se pelo mundo, ambicionando enormes feitos. De imediato, agarrou a mão do menino e centrou-se nos seus olhos castanhos.

- Jack, eu vou dizer-te uma coisa. Não sei porquê, mas a tua ousadia moveu-me. Irei treinar-te, sem dúvida – os pequenos globos dos dois brilharam, como se estivessem sintonizados naquele momento. – Contudo, não permitirei que te foques na vingança. Enquanto estiveres comigo irá aprender a caçar pokémons com o objetivo de proteger cada um deles, assim como a humanidade.

O rapaz recusou, mas Kellgum decidiu resolver esse pormenor mais tarde. Queria concentrar-se no treino dele e torna-lo seu sucessor como Hunter. No entanto, Mary não concordou com a ideia.

- O quê? Eu percebo que o tenhas salvado, afinal, ele é bonito. Mas daí a querer ensiná-lo a ser Hunter vai uma grande diferença! O rapaz mal se aguenta em pé!

- Isso é porque está com fome. Comes-te alguma coisa desde que saíste de casa?

Jack ia responder, mas o seu estômago fez um pequeno barulho nesse momento. Na verdade, ele não avistava qualquer ser vivo desde que o incêndio acabara. E pensar em comida, trouxe a fome e a fraqueza de volta, dando-lhe uma leve tontura.

A ruiva pegou então no telefone e olhou para o Hunter.

- Vou ligar às autoridades. Infelizmente, não o podes adotar assim, como se fosse um pokémon abandonado. Temos de reportar isto a alguém, e… - Uma pequena lágrima formou-se no canto do olho da mulher, o que causou algum interesse no companheiro. – O Jack terá de partir.

Definitivamente, Kellgum não esperava que a partida do rapaz causasse tal sentimento na jovem. Mesmo assim, demonstrou-se contra a ideia.

- Não. Também eu estou motivado a treiná-lo – o Hunter lançou um sorriso esperançoso ao menino, que retribuiu com o mesmo gesto.

Após isso, ele levantou-se e entrou no compartimento do ecrã gigante. Demorou apenas um minuto até voltar com um objeto brilhante na mão. Entregou-o cuidadosamente a Jack, que ficou a olhar para ele durante um bocado. Estava com dúvidas sobre o que fazer. Então Kellgum aproximou a boca do seu ouvido.

- Para seres um verdadeiro Hunter, precisarás de companheiros – sussurrou baixo.

Ele assentiu. O seu desejo de descobrir o que estava dentro juntamente com os pais não poderia ser realizado. Na verdade, a simples ambição de os ver estava destruída para sempre. Mas não desperdiçaria a última lembrança que tinha dos progenitores.

Pela primeira vez desde que chegara naquela casa, os seus pensamentos não eram de vingança, confusão ou ódio. Desta vez sentia-se quente, como quando a sua mãe o salvava de um melancólico pesadelo. Apenas por segurar aquele objeto redondo, sentia-se seguro e confiante, mesmo sem saber, exatamente, o seu conteúdo. Então, decidido, Jack agarrou a pokébola com mais força, transmitindo todos os seus sentimentos para ela e lançou-a ao ar, esperando o seu primeiro pokémon e, futuramente, melhor companheiro.




E é só. O final não foi exatamente como queria, e o tamanho também ficou um pouco reduzido. De qualquer maneira, este é um dos mais importantes, porque explica o conceito de Hunter e mostra como é que Jack se uniu aos Hunters. Pouco mais há a dizer, por isso comentem e comentem mais!

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Mensagem por Black~ Sáb 12 Out 2013 - 10:57

Bom, vamos lá.

Esse capítulo foi legalzinho, de fato, mostrando o conceito de Hunter, e o "alistamento" do Jack na equipe de Hunters. Como eu já tinha dito, pensei que o jovem fosse esquecer do lendário com o tempo e depois encontrá-lo, mas parece que ele vai treinar para já se encontrar com o lendário.

Achei estranha a atitude da Mary em querer ligar para as autoridades para irem buscar o garoto. Porque tipo, cita que ela é fanática por crianças, acho que tendo uma na casa dela ela não tomaria tal atitude, mas não sei né -q, mas enfim.

O Kellgum parece que de fato adotou a criança como se fosse um filho, pois demonstrou impaciência ao ver a mulher tentando ligar para as autoridades. O Jack também parece ter gostado um pouco do homem, vamos esperar pra ver melhor essa relação.

Foi legal esse suspense no final, não revelando o pokémon, apenas mostrando o Jack pegando a pokébola e lançando-a pro alto, saindo o pokémon. Fico pensando qual deve ser o pokémon. Não tenho nenhum palpite, afinal não foram dadas muitas informações sobre ele -q, mas enfim.

A repetição ainda continua um pouco, diminuiu um pouco em relação aos outros capítulos, mas ainda continua, tome um pouco mais de cuidado em relação a isso. No mais, erros, não pude perceber nenhum que prejudicasse a leitura.

Enfim, é só e boa sorte com a fic.

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