Pokémon Brotherhood: Championship

Ficou muito boa a fic, com os realismos sobre a lei da sobrevivencia e as personalidades dos Pokémons... só não sou muito fan de dar nome aos Pokémons, mas eh gosto, issu não se discute, hehe... certo que não vou perde os proximos capitulos, quero ler muito mais ^^

E ae, galerinha, beleza?!
Obrigado por estarem acompanhando nossa fic, comentando ou não!
E obrigado principalmente aos que comentam... São vocês q nos dão vontade de continuá-la.
Vim avisar que provavelmente esse fim de semana não terá capitulo novo... Não vejo o Crystalmaster faz tempos, e ele me mandou só parte do cap, ainda tava terminando de escrevê-lo...

E, Kaeda, não sei se com o Crys e com os outros escritores de fic é assim, mas, pra mim, nomear os pokémons ajudam um pouco a criar a personalidade deles... Tipoow, mostra que são únicos. O Jake não é um Squirtle qualquer, e sim é O Squirtle do Ed... Não digo que se você colocar um nick nos seus bichos, vai conseguir escrever melhor sobre eles, só que pra mim, isso ajuda.

Bom, galera, é isso. Vou esperar o Crys aparecer com um cap novo em mãos... Enquanto isso, vou lendo as histórias de vocês, e não deixem de tentar nomear seus bichinhos. Pode ser que ajude... :p

Obrigado novamente, e até + o/

Olá Kemaru, firmeza?

Eu começei a ler um capitulo seu por dia, mas no segundo, eu não aguentei e li ele e o terceiro! ^^

Muito boa a fan fic, detalhes, falas, história perfeitas, eu adorei como vocês descreveu o continente no prólogo!

Bem, estarei acompanhando todos os capitulos, esperando o próximo!

Um abraço e tchau! õ/

Realmente eu li apenas o primeiro e o segundo capítulo, mas pelo que eu li está muito legal a fanfic, o Ralf é um bocó xD só isso que tenho a dizer sobre ele, o que está envolvendo este Squirtle e o Edwin? o-O depois eu leio os outros capítulos mas pelo que li está muito boa parabéns para os dois (eu gostei muito de quando o Kemaru postou o capítulo, pareceu mais organizado)

Oi gente! Tô me sentindo péssimo por não poder postar o capítulo quatro ainda, mesmo tendo prometido postá-lo essa semana, mas quero avisar que o capítulo já está "pronto" falta apenas ser editado. O problema é que eu queria que uma pessoa visse esse capítulo antes de eu postasse e eu não consegui falar com essa pessoa ainda. Peço mil desculpas por não cumprir a promessa que fiz, e acho melhor eu não prometer mais nada...
Não se preocupem, a fanfic vai continuar, esperem só mais um pouco para o capítulo quatro e não deixem de ler.
Queria também agradecer a todos que lêem, os que lêem gostam e comentam e também os que lêem não gostam e não comentam. Vocês são muito importantes para dar vida a criatividade de um autor. Muitíssimo obrigado!

Olá Galera =-) vejo que muita gente tem gostado da fic neh? Realmente o Kema e o Cryss tão de parabéns, eu tenho ajudado com o que posso na fic também, inclusive peço desculpas pelo atraso nesse ultimo episódio, eu era o editor que tinha sumido xD Mas foram problemas tecnicos q ja foram resolvidos e daqui pra frente Nada de atrasos mais =-)

Go Brotherhood =-)Go ralf =-) Go toto =-)

Pokémon Brotherhood
Championship (By TF bro’s)

Capítulo 4: Aquele que te faz rir (Escrito por: Crystalmaster; editado por: Kemaru e Rafha TF’Brother)

Depois de muito caminhar e de diversas batalhas pelo caminho, Ookami e Ralf estavam finalmente chegando à Union City, mas antes tiveram que dar uma parada rápida.

- Hurricane, Rajada de Vento!
- Toto Arranhão!

Ambos os Pokémon investiram contra dois Rattatas que encontraram disputando uma toca no meio do caminho.

- Pokébola vai! – Os garotos arremessaram e capturaram os Rattatas.
-Mais um! - vibrou Ookami com a pokébola em mãos.
- Você ainda não consegue usar nenhum ataque de água não é? – dizia Ralf um pouco desapontado, enquanto fazia cafuné na cabeça de Toto. – Não tem problema.
- Vamos, eu já vejo a cidade daqui! – falou Ookami partindo em direção a Metrópole.
- Tá!

------- Longe dali...-------

- Você devia ter trazido óculos extras... – Chris dizia a Ed sentado na grama.
- É culpa do Jake, esse bobão!- Ed olhava para seu Pokémon com olhar repreensivo.

Jake parecia não ligar nem um pouco, balançava sentado como se cantarolasse.

- Pokébolas! bolas a “benda”! Poções! Itens para treinadores! - uma voz se aproximava dos dois irmãos.
- Um vendedor ambulante! – Chris se levantou em um pulo e foi até o vendedor deixando Ed sentado com seu Squirtle.
- Olá “rrobem”, “bai” comprar alguma “coissa”? – o homem falava num sotaque engraçado e rápido.
- O que você tem de bom?
- “Yo” tenho Pokébolas, Bolas de Cura, Poções, Antídotos...
- Vou querer duas bolas de cura, por favor!- disse Chris sem deixar o vendedor terminar de falar.
- Hehe, Claro “rrobem”! Aqui está. – o vendedor dava a Chris duas bolas cor-de-rosa enquanto o garoto lhe entregava o dinheiro.
- Chris... - Ed chamava a atenção de Chris como se quisesse lembrá-lo de algo.
- Ah sim! O senhor não teria óculos, ou algo pra consertar óculos? – perguntava Chris ao vendedor. O homem então olha na direção de Edwin, que estava segurando os óculos quebrados e se atrapalhava ao ler a mensagem na tela do celular.
- Desculpa “rrobem”, “no” tenho óculos, mas posso “arreitá-los”... – O vendedor pegava uma pokébola que tinha no bolso, liberando dela um Wurmple.
- “Me de” eles aqui. Ed levantou-se e, com a ajuda de Chris, conseguiu entregar os óculos ao homem.

- “No” tenho como concertar a lente esquerda, mas com isso... – ele mostrava seu inseto soltando uma fina, porém resistente seda que ia amarrando firmemente as partes da armação que estavam quebradas. – “Bale”! Assim pelo menos “usted” pode usar os óculos no rosto.
- É, dá pra enxergar com o olho direito... Obrigado! – Ed estava um pouco desapontado e se sentia ridículo por usar óculos quebrados, mas aquilo era melhor que nada. Além do mais, o Wurmple até que tinha feito um bom trabalho...
- Oito reais, mas pensando bem, pra “ustedes”, “rrobens” simpáticos, seis!- o vendedor estende a mão esperando pelo dinheiro.
- C-Claro... – Ed é pego de surpresa, mas dá o dinheiro sem reclamar.

O vendedor recolhe seu Pokémon, despede-se dos irmãos novamente com seu sotaque diferente e vai embora repetindo a ladainha de vendedor.
- Consegue enxergar melhor agora?- pergunta Chris a Ed.
- Meio. - Respondeu o irmão maior, com um meio sorriso e apontando para o olho direito, onde a lente estava boa.
- Hah... Piada sem graça...
- É eu sei.
- Conseguiu falar com eles?
- Não, celular sem sinal... - Respondeu Ed, guardando seu telefone e se levantando. - Vamos, então?!

Os dois irmãos continuam sua caminhada com Jake e Liwe logo atrás deles.

---- Em Union City ----

- Nossa! – Ralf estava maravilhado. – Olha esses prédios! São enormes “né” Toto?
- Toto? – A típica resposta de Toto já não era mais tão estranha para Ralf.
- Incrível... – Ookami olhava ao redor e via as construções colossais da metrópole, impressionado.
- Cynda?...
- Certo! Temos que ir ao Centro Pokémon, nossos Pokémon precisam de um “check up” – lembrou Ookami.
- Ah sim, vamos.

Os irmãos pararam para pedir informações a um guarda de trânsito.

- “Vocêsh” não são daqui não é? – Perguntou o guarda ao ser abordado pelos irmãos. Ele também tinha um sotaque diferente: chiava o “s” e o seu “r” era “arrastado” ao invés de “enrolado” como o dos irmãos.
- Isso mesmo. Por isso precisamos de ajuda para achar o Centro mais próximo. – falou Ralf carregando Toto, com um leve tom de impaciência na voz.
- “Cerrto”. Tem um centro na “rrua” 1º de “Marrço”. Ela fica há duas quadras, naquela direção. “Vocêsh“ vão “verr” uma Placa quando chegarem. – o guarda falava entre apitadas e gestos de mão. O transito na cidade grande era feroz, e qualquer coisa era motivo para buzinadas. Ralf e Ookami perambularam por algum tempo até acharem um Centro Pokémon.
- É nessa rua que o guarda disse que ficava o Centro... – falou Ralf.
- Está bem ali. – Ookami apontava para uma construção grande e bonita com uma placa onde estava escrito “Centro Pokémon”.

Os irmãos seguidos por seus Pokémon foram em direção ao Centro com deliberada pressa. Ookami já estava entrando com Flame e Toto, no entanto algo havia chamado a atenção de Ralf... Ou melhor... Alguém...



Ainda nos Pampas...

- Liwe Ataque Rápido! – ordenava Chris para o seu Pikachu que avançava velozmente contra um Budew selvagem.
- Cuidado... – Ed parecia mais preocupado com suas anotações que com a batalha.

Liwe avançava contra o Budew, mas quando chegou perto dele a grama sob suas patas começou a crescer formando uma espécie de laço.

- Evasiva Liwe! - o Pikachu esquivou bem a tempo. – Uhm... Nó de Grama...

A sementinha Pokémon continuou a atacar com sucessivos Nós de Grama que forçavam Liwe e recuar. O Pikachu parou próximo a seu treinador.

- O alcance do ataque dele é de um metro... Tenho que bolar algo para evitar esse golpe, se o Liwe for pego ele vai ficar indefeso... – pensava Chris. – Já sei! Vamos confundi-lo Liwe!
- Pika!
- Prepare um Time Duplo! – vários Pikachus apareceram de repente ao redor do Budew, eles formavam um circulo com raio de um metro.
- Avance com um Ataque rápido! – os Liwes avançaram um de cada vez contra o Budew. Ele, por sua vez, atacava, mas sempre atingia um das cópias. O golpe fora inevitável, Liwe atingiu Budew em cheio.
- Termine com a Batida! – Liwe virou sua cauda com força sobre o Budew que caiu desacordado. - Vai, Bola de Cura!

Chris jogou uma de suas bolas rosas e pegou a sementinha.

- Acho que vou te chamar de... Hummingbird! – disse o garoto olhando o Pokémon em miniatura dentro da pokébola em suas mãos e indo em direção ao irmão.
- Hummingbird?... – comentou Ed com estranheza, sem tirar os olhos do bloco de anotações.
- É!- respondeu Chris.
- Mas... HummingBIRD?! – dessa vez Ed olhava para Chris com uma sobrancelha levantada e enfatizando a última parte da palavra.
- Sim, e daí?... – Chris continuava a falar com normalidade.
- Mas, Budew é um Pokémon de planta...
- Exato!

Edwin olhava mais confuso do que nunca para o irmão, que sorria orgulhoso de sua recente captura.

- “Hummingbird” significa “Beija-flor”. - Respondeu Chris, olhando para o irmão.
- Eu sei disso, estudamos inglês juntos bobão!
- Então, Beija-FLOR! - Continuou o irmão menor, como se dissesse que aquilo era uma coisa óbvia.
- Ah, sim, claro... Esqueci que às vezes você pensa umas coisas estranhas... – Ed abaixou os olhos e voltou às anotações.
- Afinal de contas, o que você tanto escreve? – perguntou enquanto guardava a pokébola.
- Uhm? Ah! Estou fazendo um relatório para o professor Tanaka! - respondeu o garoto ruivo, animado. - Ele me demitiu, mas eu ainda vou querer o meu emprego quando nós voltarmos, então estou anotando todas as informações de Pokémon que nós capturamos. - Ed termina de escrever em uma folha e logo vira o caderno, começando a escrever na folha limpa seguinte. - Estava anotando sobre e seu budew e percebi algo curioso... Normalmente budews não aprendem Nó de Grama na natureza.
- Né? Tirei a sorte grande! – Chris estava feliz e esbanjava um sorriso confiante.
- Hehe...
- Mano... Queria te perguntar uma coisa... – Chris sentou ao lado do irmão na grama. Começou a falar em tom cauteloso, sem tirar os olhos do irmão. – Eu não sei direito o que essa história faz você sentir e também, tirando os seus Pokémon, eu não conheço muito sobre a sua jornada, mas... Eu queria saber... Qual é a história da Violet?...
Ed então parou as anotações. Ficou com o olhar fixo por algum tempo, engoliu em seco, guardou o caderno, esticou as pernas, e ficou olhando para o céu límpido
- Bem... – começou.

----- De volta a Cidade... -----

- O que você está esperando? Vem logo! – disse Ookami com sua típica seriedade para Ralf que continuava parado diante da vitrina da Casa de adoções ao lado do Centro.
- Ãh? Que?- Ralf saía do seu “quase transe”.
- Se quiser agente vai ai na Casa de adoções depois, “bora” primeiro curar os nossos Pokémon. – sugeriu Ookami.
- Tá... – respondeu Ralf desviando seu olhar “dela”.

Dentro da Casa de Adoções estava a jovem e bela atendente. Ela era alta, de pele branca, cabelos escuros e tinha um jeito angelical. Estava cuidando dos pequenos Pokémon. O que Ralf não sabia, é que ela também o tinha visto.

--- De volta a Chris e Edwin -----

- Você conheceu o Kouji não é? - Começou o garoto de óculos.
- Sim, sim... O filho do seu chefe, quer dizer... Ex-chefe...
- Ele também era meu colega de turma e meu melhor amigo. Formamo-nos no mesmo ano e naquela época, como éramos jovens, decidimos sair em jornada juntos. Eu escolhi o Trent de inicial, já ele recebeu a Violet do pai.
- Nossa, receber um shiny de inicial?! Mas achei que eles fossem raros...
- Isso mesmo! O professor sabia que ele sempre gostou de Bulbasaurs, então resolveu procurar um para ele, com a ajuda de alguns contatos ele conseguiu a Violet. Ela já estava guardada com ele desde dois anos antes da gente iniciar. Depois disso, fomos viajar e conhecer o mundo. Vivemos aventuras turbulentas, capturamos muitos Pokémon, e também entramos em confusões, mas era tudo muito divertido e bom. Até que...

Ed abaixou a cabeça, deu um longo suspiro e mudou o tom. Agora tinha a voz um pouco tremida, e evitava olhar o irmão.

- Depois de a Violet evoluir, na mesma época que o ovo do Jake “chegou”, ouvimos rumores de que alguns pokémon dragões estariam chegando no Pilar Central para reproduzirem e fazerem seus ninhos. E como a gente estava perto, e os dragões são raros por aqui, resolvemos dar uma olhada. Idéia idiota! - Ed deu uma pequena risadinha e continuou – Demoramos quase um dia pra chegar ao topo da montanha, a Lindsay ficou com o ovo do Jake no pé da montanha, ela não quis ir. Ao chegarmos lá, vimos de tudo um pouco: Dragonairs e Dragonites montando seus ninhos, casais de Flygons fazendo um balé no céu, mas tínhamos de partir pra cima justamente de um ninho com três ovos, e sem ninguém por perto. - E em seguida, voltou ao tom sério na voz – Eu ainda tentei fazê-lo desistir, mas ele me convenceu e fomos pegar os ovos. Ele trazia um ovo do ninho, e eu estava com os outros dois. Enquanto estávamos fugindo, uma forte torre de fogo passou bem ao nosso lado, e quando nos viramos, havia dois Salamences nos perseguindo, voando cada vez mais rápido e mais perto do chão.

Chris arregalou os olhos, já estava se sentindo culpado por ter perguntado aquilo. Ed enxugou uma lágrima que desceu do olho direito e continuou:

- Falei pro Kouji deixar o ovo lá e fiz o mesmo com os meus, mas não adiantou, eles continuavam a vir atrás de nós. Tínhamos chegado a um penhasco então, resolvi me virar e enfrentá-los, mas assim que eu me virei, pouco antes de mandar meu Pokémon, um dos Salamences estava bem na minha frente, e me deu uma forte Cabeçada na barriga me fazendo cair, o golpe foi forte, só consegui ver Kouji sendo lançado também, antes de desmaiar. Eu me levantei algum tempo depois, em um lago da montanha, todo machucado. Fui procurá-lo... Mas já era tarde demais, pra ele...

Chris abaixou a cabeça também e pôs a mão no ombro do irmão.

- Desculpe por isso mano...
- Não, não é culpa sua. Agora, vamos andando! Quero chegar à cidade logo e encontrar um par de óculos descente! - Disse o garoto maior, se levantando animado e dando tapas no ombro do irmão.


----- No fim da tarde, de volta à Union City ----

- Olá! Tem alguém aqui? – Ralf adentrava à Casa de Adoções, seguido Ookami e Toto. Ao entrar, os garotos fizeram tocar uma sineta bem acima da porta, fazendo um barulho não tão alto quanto o da porta rangendo.
- B-Boa Tarde garotos! Em que posso ajudá-los? – A atendente veio até Ralf com um sorriso no rosto e um vermelho nas bochechas. Ela tinha o mesmo sotaque do guarda de transito, mas se controlava para falar igual aos garotos. Ralf achara entranho, mas ao mesmo tempo era... Uma graça.
- Oi, Eu sou Ralf, Ralf Firon, este é meu irmão, o Chad. Nós podemos dar uma olhada aqui? – O garoto estendeu a mão para cumprimentá-la. Ela ficou ainda mais corada e apertou a mão de Ralf.
- Me chamo Larissa, sou a dona desta casa, vou mostrá-la pra vocês, venham! – Larissa continuava a sorrir e isso encantava cada vez mais Ralf.

A casa era uma moradiazinha bem simples, menor por dentro do que parecia ser por fora. Repleta de pequenos quartos quase cúbicos. Era impressionante para ambos os irmãos que alguém tão jovem pudesse dar conta de administrar um lugar como aquele.

- Aqui estão os Pokémon. Eles foram abandonados por seus treinadores e... Bem... É meio difícil para alguns deles se abrirem com outras pessoas além de mim, mas se vocês quiserem dar uma olhada neles eu posso prepará-los antes. – Larissa falava com um pouco de tristeza na voz, dava pra perceber que ela se preocupava muito com aqueles Pokémon.

Ralf aproveitou a situação para tentar impressioná-la.

-Nossa, eles estão todos tão tristes... Acho que nós podemos dar um jeito nisso não é Toto?
-Toto?

Ralf agarrou seu Totodile e adentrou a salinha onde estavam os Pokémon:

- Boa Noite pessoal!- Ralf estava na frente dos Pokémon e falava com uma escova para pêlos, que ele pegou de algum lugar, usando-a como microfone. – Está noite teremos um ‘show’ especial: “O Show de Comédia de Ralf TF e do Toto”!
- Toto? - o pequeno jacaré olhava confuso para Ralf.
-... É isso ai Toto! - gritou Ralf sorrindo.
- Bem, é a primeira vez que venho a Union City, mas minha nossa o trânsito daqui é cruel! Eu e meu irmão estávamos vindo pra cá e ouvimos no rádio de uma loja: “Zonas de congestionamento em Union City:... Union City!”- Ralf aguardou a risada de sua platéia, mas ela não veio.

Uma Magby olhava admirada para Flame, que observava a cena do alto da cabeça de Ookami. O Hoppip e a Paras que estavam à esquerda dos garotos brincavam de lançar pó um no outro, a Munchlax que estava atrás da Magby dormia e roncava alto, e o Mime Jr desenhava nas paredes, usando Confusão para levitar os gizes de cera. E, no fundo da sala, havia um Tyrogue, que olhava a rua pela janela e não dava a menor atenção a qualquer um ali dentro.
Ralf se virou para seu Totodile que também continuava a olhá-lo sem rir, respirou fundo, arremessou a escova para cima e esperou.
A escova voltou e caiu direto em sua cabeça, fazendo um som cômico. Dessa vez a sala se calou. Todos os pokémon agora olhavam para Ralf, inclusive a Munchlax que acordou. Depois de alguns segundos de silêncio, a sala encheu de barulho: as gargalhadas misturadas dos Pokémon da “platéia” e até de Toto.

- Ele é um cara legal. – falou Ookami a Larissa ao ver que esta também ria.
- Ele está fazendo tudo isso só para fazer os Pokémon rirem... – dizia Larissa observando o “show” que continuava.
- É por que você quer que os Pokémon dêem risada e sejam felizes... – Ookami se virou para Larissa e a lançou um olhar “suspeito”. – Ele não liga para o que os outros pensam de ruim dele. Ele é assim: sempre alegre. Sou suspeito em falar por ser o irmão dele, mas acho que ele é uma das pessoas que mais se importa com os outros que eu já conheci.

Larissa escutava Chad com um pequeno brilho no olhar que ficava cada vez maior.

- Ele pode até fazer essas piadas sem graça de vez em quando. – prosseguiu. – Mas sabe ser engraçado de verdade, e faz tudo isso só pra ver o sorriso no rosto das pessoas. É isso o que ele mais quer.

Chad se virou e foi em direção aporta da frente.

- Eu vou dar uma volta, talvez comprar itens... – disse Chad de costas. – Ah! E mais uma coisa... Ele é solteiro!

Esse último comentário deixou Larissa ainda mais vermelha e sem graça. Chad saiu e a porta fez barulho. A dona da Casa de adoções voltou seu olhar para o divertido rapaz que continuava a fazer os Pokémon soltarem altas gargalhadas.
Apenas um Pokémon não ria...




---------- Algum tempo depois, numa loja a alguns quarteirões dali... --------

- Super Bolas, água, salgadinhos, carne seca...

Depois de checar os itens que havia comprado para a viagem Chad vasculhou o bolso lateral da mochila e de lá tirou seu celular.

- Como eu pensei! Aqui na cidade tem sinal. Acho melhor ligar pra casa pra saber como andam as coisas...

Uma ligação depois...

- Quer dizer então que o Chris, e o Ed também saíram... – Chad falava consigo mesmo, fazendo cafuné em Flame, que estava sentado ao seu lado no banco. – Será que eles estão na cidade também?...
- Cyn da quil?!

Chad liga para os celulares de ambos os irmãos, mas os dois estão fora de área.

- Droga, eles não estão aqui... – Chad pega uma garrafa de água da mochila e toma um grande gole.
- Que sede... – O garoto então entrega a água a seu pokémon e repara em um sujeito do outro lado da rua.

Ele estava falando alto e gesticulando com uma garota ao seu lado. Após os dois saírem, Chad observou o cartaz de longe, levantou num salto e andou apressadamente para ver se era realmente o que ele pensava.
- Cynda? - Flame continuava sentado, bebendo sua água e reparando na atitude inesperada de seu treinador.
- Isso vai ser demais! – Chad se vira para Flame e fica apontando para o cartaz, animado.

“Torneio – Treinador de Elite”

O cartaz falava a respeito de um torneio que aconteceria em 10 meses, o campeão seria declarado “Treinador de Elite” seria o “garoto propaganda” da Organização Pokémon, além de ganhar um grande prêmio em dinheiro e oportunidade de participar de torneios internacionais como representante de Valkore.

- Era tudo que eu queria! Tenho de avisar aos outros sobre isso!

O garoto volta correndo para perto de seu pokémon, recolhe suas coisas e parte ligeiro dali.

-----Na Casa de Adoção...-----

- Eles riram tanto que acabaram caindo no sono. – comentava Larissa, em sussurros, enquanto cobria a Munchlax.
- São bons Pokémon, não sei como alguém abandonou eles. – Ralf, também aos sussurros, ajudava Larissa a cobrir os Pokémon.
- Eu também não... Muitos deles foram maltratados por seus treinadores antes de chegarem aqui. Esta aqui, por exemplo, tem marcas de chicotadas nas costas. Acho que por dormir demais, o dono fazia isso para mantê-la acordada. Por isso é difícil pra alguns confiarem em humanos, mas você conseguiu fazê-los rir sem que eles o conhecessem.
- É... Menos um “né”?! – Ralf se referia ao estranho Tyrogue. Ele ficou a apresentação inteira em um canto do quarto de braços cruzados, e agora dormia na mesma posição, um pouco mais afastado dos outros Pokémon.
- Não se culpe, o Tyson é... Ele já sofreu muito por causa de treinadores... O abandonaram por ter braços defeituosos. A única pessoa com que ele consegue se abrir, agora, é comigo. – dizia Larissa num tom sério.
- Larissa...
- Por favor, me chame de Lala...

Ralf sorriu
- Lala, erh, já que os Pokémon estão dormindo... Eu queria saber se por um acaso... Você gostaria de, sei lá... Dar uma volta? – perguntou Ralf meio sem jeito.

Lala não ficou surpresa com o pedido, mas mesmo assim corou. E disse no mesmo tom sério e um pouco sem graça:
- Desculpe, não posso deixar esta Casa. Mesmo que eles estejam dormindo, preciso estar aqui caso algo aconteça.

Ralf abaixou a cabeça, envergonhado por ter feito tal pedido em tais condições.
 Vem comigo! – Lala, no seu tom animado de antes, puxou Ralf pelo braço e o levou a um setor da casa que ele não tinha visto antes. Era uma espécie de quintal. Lala sentou-se num banco um pouco velho logo ao lado da porta e fez um gesto para que Ralf se sentasse ao seu lado.

Ralf sentou sem falar nada, observava a confusa paisagem. O quintal parecia velho, mas tinha cheiro de limpeza. A grama era pouca e o chão era quase todo de terra batida. A cerca, alta e de madeira, dava para os fundos de outra casa. Havia alguns vasos de planta espalhados, uma bola de borracha jogada no chão e uma mangueira enrolada em uma torneira para os Pokémon brincarem. Mas o que mais impressionou Ralf foi o céu. Dele a Lua cheia, jogava raios prateados diretamente no quintal dando a ele uma coloração celestial.

- Lugar legal... – Ralf comentou desajeitadamente ao olhar o rosto de Lala que se misturava com a luz da lua numa figura perfeita.
- Já que não podemos sair, achei que poderíamos pelo menos ficar ao ar livre... – disse Lala com seu sorriso de volta ao rosto. – Eu nunca vi ninguém como você antes...

Ralf fez cara de surpresa, e então Lala percebeu o que tinha dito, corou e voltou a falar meio sem graça.
 Q-quer dizer, você tem um bom coração... Chegar do nada só para fazer os outros mais alegres! Nunca conheci ninguém assim. – dizia Lala olhando para as mãos.

Ralf sentou um pouco mais perto de Lala.
- Eu conheço uma pessoa assim também...
- Quem? – perguntou Lala confusa.
- Você. – a resposta de Ralf fez Lala levantar o rosto com os olhos arregalados.
- Você é muito linda Lala... – a dona da Casa de Adoções estava completamente vermelha. Foi ai que percebeu o quanto seu rosto estava perto do de Ralf...
Fechou os olhos, ele também. Não havia som nenhum, além da respiração atrapalhada de ambos. Cada vez mais perto um do outro até que...

CRAAASSSHHHH!!!

- O que foi isso? – Ralf virou sua cabeça na direção da porta.
- Os Pokémon! – Lala correu desesperadamente para ver se seus bichinhos estavam bem. Ralf, por sua vez, foi para a frente da casa, de onde viera o barulho.
Ao chegar, o rapaz se atrapalha ao desviar dos pedaços de vidro quebrado no chão e quando desvia o olhar para a casa, percebe de onde este vinha: uma janela quebrada.
- Ralf, é o Tyson, ele sumiu! – dizia Lala em pânico. – Por favor, traga ele de volta!
- Calma, eu vou procurá-lo. – Ralf correu para onde os Pokémon dormiam e acordou Toto. – Vem amigão, temos trabalho a fazer!
- Toto? – Toto acordava esfregando o olho.
- Tome, essa é a Pokébola do Tyson. – Lala entregava a Ralf a esfera avermelhada. – Por favor, tome conta dele! Ele já passou por muita coisa ruim, mas eu sei que você pode fazê-lo melhorar.
- Não se preocupe, eu vou voltar e vou trazê-lo comigo. – dizendo isso Ralf e Toto saem pela porta e o silêncio toma conta da Casa de adoções novamente.
- Ele não vai voltar... – murmurava Lala.

---------- Nas ruas da cidade...-----------

Diferente da calmaria da Casa de Adoções a cidade estava movimentada e barulhenta Mesmo sendo noite, a cidade parecia não dormir.

- Rápido Toto, ou vamos perdê-lo de vista!
- Toto to! – Toto corria desengonçadamente, tentando acompanhar o ritmo de seu treinador. Ambos perseguiam o Tyrogue que, apesar de não poder mexer direito os braços, corria e desviava das pessoas e camelôs com uma rapidez incrível, parecia estar perseguindo alguém...
- Temos que fazer alguma coisa pra pará-lo... – Ralf tentava imaginar um modo de alcançar Tyson.
- Se o Toto pudesse usar o Jato d’água seria mais fácil... – pensava. – Um beco! Ótimo, podemos deixá-lo encurralado!
- Toto voltar! – Ralf chamava seu Totodile para a Pokébola. – Agora é só mirar bem...

O Tyrogue continuava em disparada quando uma Pokébola “voou” sobre sua cabeça. A esfera vermelha liberou Toto de dentro de si, que por sua vez agarrou Tyson e os dois rolaram para um beco.
Ralf alcançou os dois a tempo de ver Toto ser jogado pra trás por uma poderosa Frustração.

-Toto! – exclama Ralf para seu Pokémon que estava no chão. – A força dele também é muito grande...

Tyson voltava a avançar contra Toto e o atingiu com os ombros em outro golpe Frustração.

-Toto Raiva!

O Totodile de Ralf foi até Tyson e tentou atingi-lo com suas garras em um estado de fúria, mas Tyson desvia com facilidade pulando para os lados. Aproveitando que Toto baixara a guarda Tyson o atinge com uma investida.

- Ele é muito rápido, e muito forte, mas... – Ralf observava Tyson atentamente. – Os braços dele... Eles são mais lentos que o resto do corpo...
- Toto levanta cara você consegue! – Ralf apóia seu Pokémon

Toto se levanta com dificuldade. Tyson tenta fugir passando pelo seu lado.
- Agora garoto, Morda!

Toto salta sobre Tyson impedindo sua passagem e morde o seu braço. O Tyrogue dá um grunhido de dor que faz Toto o soltar. Aproveitando essa oportunidade Tyson dá um chute no estômago de Toto com a força da Frustração.

- Que chute!...
Toto cai perto de Ralf

- Toto! – Ralf fica de joelhos próximo a seu Pokémon para ajudá-lo e então percebe que ele está envolto em uma aura azul marinha. – O que?...

Toto levanta mais determinado que antes. A aura parece ter lhe dado mais poder. Tyson encarava Toto como se dissesse: “Pode vir, você não vai me vencer”, este, por sua vez, também o encarava com certa hostilidade.
Tyson corre na direção de Toto...

- Toto use a... – antes que Ralf pudesse dar a ordem Toto lança um poderoso canhão d’água pela boca, surpreendendo tanto seu treinador quanto Tyson.

O golpe atinge o Tyrogue em ação e o joga contra a parede com força.

- J-jato d’água... Jato d’água! Toto você conseguiu usou um golpe de água!
-Toto? – o Totodile continuou com sua expressão vazia de sempre, como se nada tivesse acontecido...
- Ty... T... – Tyson tentava se levantar.
- Você não vai fugir dessa vez. Volte pra sua Pokébola! – Ralf arremessa a Bola de Tyson e consegue recolhê-lo.
- To... – Toto estava ofegante.
- Você também está cansado “né” Toto? Volte! – Ralf chama seu Totodile de volta para a Pokébola. – Nossa! Essa foi por pouco. Agora, como eu volto?

Ralf não tinha percebido, mas estava perdido. Virou-se para sair do beco e por uma fração de segundo notou uma sombra os espionando. Ralf foi até a rua apara checar, mas o vulto havia desaparecido...

- Será que... – Ralf olha para a Pokébola de Tyson, pensativo.
- Ralf!
- Uhm?... Ookami?

Chad vinha do outro lado da rua e estava surpreso por encontrar o seu irmão andando sozinho pela cidade.
- O que você está fazendo aqui? – pergunta Chad a seu irmão.
- Longa história.
- Tudo bem, o que interessa é que...

Chad conta a seu irmão sobre o torneio e sobre Ed e Chris também estarem em viagem. Os dois passam a noite em um Centro próximo de onde eles estavam, e partem na manhã seguinte.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Espero que tenham gostado! Agora um "spoilerzinho":

No próximo capítulo de "Pokémon Brotherhood: Championship":

O Ralf e Ookami seguem viagem de volta à Área de Pampas e no caminhos são atacados uma espécie de máquina que tenta roubar seus Pokémon, no entanto alguém aparece para ajudá-los. Quem salvará os irmãos? Que máquina estranha será essa? Para saber o que vai acontecer e conhecer um pouco mais sobre os nossos heróis não perca o próximo capítulo:

"Juntos"