[GAMEPLAY] Super Dangan Ronpa: Re 2

- rrrrrrrrrk Atenção, tripulação! A hora local é DEZ horas e ZERO ZERO minutos. Iniciando p-p-período noturno. Reduzindo iluminação na cabine para VINTE E UM porcento. Nível de oxigênio no ar atual é de DEZOITO por cento. Pressão atmosférica é de QUINZE psi. ALERTA: NÍVEL DE OXIGÊ-G-GÊNIO ABAIXO DO P-PADRÃO. tssssssssk - Tempo de vida estimado: 30 horas. Reduzindo temperatura da cabine para DEZOITO graus celsius para conservar energia e garant-tir um descanso mais c-confortável. A administração deseja um sono tranquilo para todos! tssssssssk

As luzes em todas as salas da base começam a ficar mais fracas, até chegar em um ponto aonde fica um pouco difícil ver mais do que alguns metros a frente. Entretanto, seus olhos logo vão se acostumar com esse nível de escuridão.


- C-crianças, por favor! - Monomi chama a atenção de todos que estão espalhados pelo salão de jantar. - Eu sei que vocês estão todos preocupados, m-mas é hora de d-dormir. Tentem descansar um pouco, talvez vocês consigam pensar em alguma coisa amanhã.

Subitamente, nas primeiras horas da madrugada, vocês são despertados por um anúncio:

- rrrrrrrrrk ATENÇÃO: A morte de um tripulante foi c-c-confirm-mada. Restaurando nível de oxigênio do ar para VINTE E UM por cento. A hora local é CINCO horas e TRÊS OITO minutos. O nível de oxigênio do ar se manter-rá estável por 4 horas. A administração deseja a vocês uma b-boa investigação-gação! tssssssssk

Ainda um pouco atordoados por terem sido acordados de forma tão abrupta, vocês demoram um pouco para reagir e sair da cama.

Ao saírem de seus quartos e descerem a escada até a sala de jantar, vocês se deparam com uma cena mórbida.


Os móveis estão todos em seus devidos locais, mas espalhados pelo chão há várias comidas caídas, entre elas frutas esmagadas, sanduíches que se abriram e espalharam todo seu recheio pelo chão e massas como rosquinhas e panquecas, algumas das quais também estouraram quando bateram no chão.

O chão está sujo também com gotas de sangue, que parecem ter se espalhado em uma área triangular, como se tivesse sido expelido de um ponto e a medida que as gotas voavam, elas se espalharam em forma de leque. Curiosamente, há uma pequena área bem no meio da zona de respingo que está completamente limpa.

Próximo a uma mesa, e mais ou menos alinhado com o ponto de onde aparentam ter surgido as gotas de sangue, está um corpanzil enorme jogado no chão. É o cadáver de Owen que jaz estirado no chão da sala de jantar, uma parte do alto de sua cabeça claramente afundada e vazando sangue, que suja seus cabelos loiros e forma uma pequena poça ao redor de sua cabeça, como uma auréola.

Próximo de sua cabeça, está um haltere de 10 kg, uma de suas extremidades suja de sangue.


Uma corda comprida amarrada ao meio do haltere está ligada a uma enorme cesta quebrada, que ainda tem em seu interior alguns pães e frutas amassados.

Por fim, num canto afastado da sala, apoiada contra a parede, está uma grande escada, dobrada.

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- Ahahahaha! "Corpo falso"! Vocês bastardos me vem com cada uma! - Monokuma aparece do nada, rindo ruidosamente. - É sempre divertido quando vocês encontram seu primeiro corpo!

Azami se aproxima tentativamente do corpo, tentando observá-lo com mais calma. De fato, não há nenhum sinal de respiração ou de movimento, não importa quanto tempo você olhe. A parte superior direita de sua cabeça está claramente afundada, uma depressão côncava que vai do topo de sua cabeça até a testa e a têmpora, uma óbvia reentrância em seu crânio, uma depressão, um afundamento. O sangue que mela seus cabelos e empoça o chão ao seu redor fluiu de um ferimento ainda não visível, escondido entre seus cabelos loiros. Seu olho esquerdo se encontra aberto, bem aberto, encarando o teto sem nunca piscar ou tremer. Seu olho direito foi estourado pelo impacto em sua cabeça, humor aquoso vazando de dentro do globo ocular e escorrendo pela sua face como uma solitária lágrima póstuma. Sua boca pende aberta, sua língua caída para um lado, não como em um último grito nem nada dramático assim, mais como um último suspiro. Em sua morte, ele provavelmente não teve tempo de produzir nenhum som, salvo o baque surdo do seu corpo massivo impactando-se contra o chão.

Ele está, definitivamente, morto.


- Upupupupupupupu! Seus olhos não te enganam! - O Monokuma cobre sua boca enquanto ri, antes de continuar falando: - Esse Owen não é mais! Ele parou de ser! Ele expirou e foi se encontrar com o criador! Isso é um Owen falecido! É um cadáver! Sem vida, ele descansa em paz! Foi ver a grama crescer pela raíz! Ele fechou as cortinas e uniu-se ao coro invisível! ISSO É UM EX-OWEN!

A sala então fica coberta de silêncio, com exceção da risada satisfeita do Monokuma, pelo que parecem ser vários minutos, mas na verdade não foram mais do que um punhado de segundos.


- ...Hahaha... Mas ok, sério agora. Vocês bastardos ainda se lembram do que tem que fazer certo? Aqui, deixem que eu abra a sala de julgamento para vocês.

Um pedaço da parede num canto afastado da sala de jantar se destaca, afundando para dentro e revelando uma passagem. Além da porta escondida, há uma sala espaçosa, esquisita, com vários pódios em seu centro arranjados em círculo, carpetes vermelhos espalhados pelo chão, belas cortinas penduradas ao longo da parede circular e algum tipo de trono, numa posição de vantagem para assistir a tudo que acontece dentro da sala. Esse aposento parece completamente dissonante dos ambientes estéreis do resto da espaçonave (com exceção dos dois quartos com os azulejos aonde vocês estiveram antes).


- Upupu... Bonito, não é? Eu mesmo escolhi as cortinas. - Monokuma sorri para si mesmo. - Agora vamos ao trabalho, rápido, rápido. A vida de vocês está em jogo! Quando acharem que já recolheram todas as pistas, se reúnam na sala do julgamento e ele terá início. O seu limite de tempo é quatro horas.

Imediatamente após terminar de falar, o Monokuma relaxa seus ombros. Para os mais perceptivos, parece que ele disfarçou um suspiro de cansaço. Ele então se encosta na parede atrás dele, cruza os braços e fica encarando vocês no centro da sala.

Blair estava no canto da sala de braços cruzados e segurando algumas lágrimas, enquanto tentava organizar seus pensamentos. O que ela queria era cair de joelhos e chorar. Era impossível acreditar que o garoto que ela conhecia há tanto tempo e tinha um medo bobo dela agora estava morto. Porém, ela sabia muito bem que chorar não resolve nenhum problema, é necessário tomar uma ação. Ela anda com passos rápidos até Clem. Se abaixando do lado do garoto, ela bota as mãos em seus ombros e tenta fazer seu melhor para acalma-lo.

- Clem, chorar não vai dar em nada. P...Precisamos ser fortes.... Se algum de nós matou ele mesmo... Não podemos deixar isso passar. Temos que achar o culpado. - Ela respira fundo.

- Eu vo tentar fazer o que posso... Mas, to aqui se você precisar de algo. - Ela vai até o cadavér.

- Merda. - Ela sente suas mãos tremendo enquanto olha para o grande cadavér de Owen. - Merda! - Ela considera ir até a Azami, mas descarta a ideia e só dirige a palavra até a garota.

- Acho que sim. Não pode ter sido uma morte acidental. Ele era um prodigio... É o que ele costumava dizer. - Blair vai até a cesta caída e começa a procurar nela ou perto, depois, ela vai investigar a escada.

Saia com dificuldade de meu quarto, havia passado a noite em claro, utilizando de forma majestosa o banheiro. Vomitando. Havia passado muito mal, minha cabeça girava enquanto caminhava pelos corredores interessado pelo anuncio de algumas horas antes. Me dirigi ao ponto central da estação, aonde todos iriam no inicio de cada dia, a sala de jantar. Adentrando o ambiente fui saudado por sangue. Muita comida se encontrava jogada pelo local e eu a ignorava da melhor maneira possível, minha atenção mantendo-se fixada do corpanzil do jovem no meio de uma poça de sangue. Owen estava caído no chão, sua cabeça - eu percebi ao me aproximar - estava amassada. Por pressão de meu lado inconsciente, me aproximei do corpo de meu amigo para verificar seus batimentos e minhas mãos gelaram quando encostei no corpo de meu colega, não haviam batimentos. Aquele que eu considerava o mais inteligente entre todos nós e que eu achava que poderia nos guiar em tempos de crise estava morto.


Tremendo eu me afastei, alguns segundo foram o bastante para preparar minha mascara. Deixaria para lamentar sua morte em outro momento, eu só podia pensar na raiva que eu sentia sabendo que uma das pessoas mais importantes para mim estava morta e que - mesmo doendo, sabia ser verdade - um dos presentes nesta estação havia sido responsável. Um daqueles em quem eu mais confiava era um assassino de sangue frio. Sem esboçar mais nenhum sentimento indireto minha postura e começo a analisar a cena a minha frente, uma escada, um haltere, muita comida, e um corpo. De alguma forma uma cena daquilo de poderia ter ocorrido começou a se formar em minha mente, um palpite levando a outro minha mente trabalhava a mil, mas eu parava meu pensamento, eu precisa me focar em fatos. Me aproximava do corpo de Owen, esperando que algo nele pudesse me dar uma pista.

Blair examina a cesta jogada no chão. Uma corda comprida, de pelo menos uns 3 ou 4 metros liga sua alça com o haltere ensanguentado. Há algumas maçãs e muffins amassados dentro da cesta. Ela está apoiada com sua lateral no chão, mas curiosamente o lado dela que quebrou é o que está para cima. Parece que a cesta quebrou antes de cair no chão.

Quanto a escada, ela está apenas encostada em uma das paredes, dobrada. É uma escada muito grande mesmo, provavelmente se você subisse até o topo, poderia alcançar até mesmo o teto alto do salão de jantar.

Enquanto Blair investiga a escada, Seiji vai até o corpo de Owen. Investigando mais de perto, parece que ainda há restos de comida na boca dele.

Eca.

De rabo de olho, vocês conseguem ver Monomi relutantemente entrar na sala.


- Aiaiai... Coitadinho do Owen... Que maneila tliste de moller, uma almadilha tão cluel... Ele lealmente não melecia isso... - Ela se lamenta.


- Ei ei, não tem pra quê ficar triste! Pelo menos desse jeito ele não teve que sentir dor.

- S-sim, acho que você está celto.


- E desse jeito não tem graça nenhuma! - Monokuma bate o pé no chão. - Bastardos! Da próxima vez deixem a vítima sofrer mais um pouco!


- Se é que vocês vão conseguir resolver esse caso... Upupupupu!