Monster Racers - A Jornada dos Campeões
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Monster Racers - A Jornada dos Campeões
A Jornada dos Campeões
Olá a todos! Após muito tempo atuando na Área Criativa do site com diversas colaborações, e esta será a Fanfic a qual eu me dedicarei nesta seção do fórum. Aqui está meu porfolio na PM:
(Fanfic) Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final: Leia aqui!
(Fanfic) Pokemon Ominous Onix - A Testemunha Corrompida: Leia aqui!
(HQ) Manaphy na Terra dos Humanos: Leia aqui!
Fakedex Pokemon Mythology: Visite-nos!
(Fanfic) Pokemon Ominous Onix - A Testemunha Corrompida: Leia aqui!
(HQ) Manaphy na Terra dos Humanos: Leia aqui!
Fakedex Pokemon Mythology: Visite-nos!
Monster Racers é um jogo de corrida de monstros lançado para NintendoDS em Maio deste ano. Uma ilha cheia de estranhas criaturas é descoberta, e ao estuda-las, nota-se logo seu enorme prazer por disputar corridas uns contra os outros. Mais monstros começaram a ser vistos ao redor do planeta, e o fenômeno dos monstrinhos corredores cresceu rapidamente. Foi criada assim o Campeonato Mundial de Monter Racers, onde todos podem participar de circuitos inter-continentais para disputar o título de campeão mundial e correr contra os Star Seven - os 7 maiores corredores de todo o mundo, pertencendo cada um a seu continente.
Um jogo simples, porém muito original. Com certa de 80 monstros para se conquistar, Monster Racers foi uma aposta certeira da KOEI como colaboração aos poucos exemplares de jogos de monstros - sendo esta área completamente monopolizada pelos jogos Pokémon. Com um ótimo desenvolvimento de personagens, me inspirei nas incríveis personalidades do jogo e decidi fazer esta fanfic, que espero sinceramente que vos agrade!
Se você não conhece o jogo mas gostaria de experimentar, clique no link abaixo para baixar a ROM do jogo!
Monster Racers (U)
Rapidshare: Link 1
Hotfile: Link 1
Prólogo: Um mero acidente?
Estamos no Rio de Janeiro, Brasil. Anos 2000. Era manhã do Dia de Reis, todos ainda estavam muito felizes e animados com a virada do milênio, alguns simplesmente aliviados por não terem morrido numa falsa fúria armagedônica. Em Ipanema, as praias ainda estavam lotadas de banhistas, embalados pela alegria e pulsar dos corações movidos pelo álcool - às vezes por outras "substâncias" ilícitas. Não muito longe dali, nos arredores do Copacabana Palace, se ouvia de tudo porém sequer uma palavra em português. O Leblon estava animado, os bares nunca estiveram tão movimentados em tamanha virada do ano.
Infelizmente, a realidade era diferente do outro lado do Corcovado. O Cristo Redentor, monumento patrono e querido de toda a cidade, observava paternalmente as comunidades pobres formadas ao seu lado. Na recente comunidade de São Sebastião, a família do jovem Santos encontrava-se em festa. A noite havia sido agitada, e o jovem rapaz apenas retirou-se para dormir às 4:30 da manhã. Dormia como um anjinho em seu pequeno quarto, iluminado apenas pelos raios de Sol que invadiam o cômodo pela janela. Seus parentes, mais tarde, retornariam no horário do almoço para continuar os festejos com um farto churrasco que estava sendo organizado a dias pelos pais.
O pai de Santos, Rogério, era o líder da comunidade São Sebastião. Era respeitado por todos, e mostrava-se sábio para alguém que ainda respirava fulgores da juventude. Casara-se jovem com Fátima, assumindo seu filho com honra, ambos com 15 anos. No início foi difícil, mas mostrou-se forte e digno do cargo que lhe fora passado pelo pai como líder de sua comunidade. E seria com prazer que passaria sua vez a Santos, que crescia e tornava-se cada vez mais saudável e inteligente, por mais que o ambiente em que era criado não fosse refinado ou cheio de pompa. Santos era o maior presente que Rogério poderia ter recebido...
"Eu o amo tanto..." - pensou o pai. "Meu filho é uma benção."
Refletia enquanto via o filho dormindo tranquilamente, receando em desperta-lhe do sono profundo. O menino, sentindo a presença do pai, lentamente abriu os olhos, acordando de forma natural.
- Durma mais, meu filho. - disse o pai, de forma bondosa - É feriado.
- Mas pai, eu já estou de férias. - sorriu, espreguiçando-se - Faz um tempão...
O pai riu. Era inevitável: quando o filho acordava, só voltava a pregar os olhos no final do dia. Eram nove horas, Santos rapidamente tomou seu banho e vestiu-se. Foi até a cozinha da casa procurar algo para comer, quando notou que várias senhoras conhecidas da comunidade ajudavam sua mãe com os preparos do grandioso churrasco. Só de imaginar toda aquela comida pronta lhe apertou o estômago, mas desanimou ao ver que não haviam sequer migalhas do café da manhã.
- Toma, meu filho, vai comprar alguma coisa pra você na padaria! - disse Dona Zulmira, entregando uma nota amassada de 5 reais para o jovem, que reagiu sobresaltado.
- Não, Dona Zulmira, não precisa! - riu sem graça.
- Vá logo, menino, está praticamente oco! Vamos, vá comer um salgado, ou qualquer coisa.
Dona Zulmira mimava Santos desde pequeno. Amiga da família, sempre teve participação positiva na vida do casal. Era obesa, mas cheia de energia, e tinha fama de mal encarada pelos amigos da rua. Santos gostava muito dela, mas sua humildade o impedia de, às vezes, aceitar quantias tão "largas" de dinheiro que a senhora lhe dava sem pensar duas vezes.
Ao chegar na padaria, fora bem recebido pelo único funcionário que trabalhava ali. Mateus, rapaz alto e magro, um luso-brasileiro de 16 anos de idade. Atrás do balcão que exibia poucos salgados, muitos deles dormidos, o adolescente sorriu ao ver o outro. Estava atando seu avental sobre o corpo,
- Bom dia, Santos! - sorriu largamante - Feliz ano novo!
- Feliz ano novo, Mateus. Não te vejo desde o ano passado!
- ... - Mateu riu debochado - Muito engraçado. Sabe quantas vezes já ouvi isso hoje?
Santos preferiu não comentar. Enquanto Mateus aquecia um pastel-de-vento no microondas, a pesada televisão de 20 polegadas suspensa à parede mostrava o jornal da manhã. O âncora, muito sério, narrava uma reportagem importante, onde imagens de crianças correndo num gramado de forma desesperada chamou a atenção dos jovens.
- Onde é isso? Aqui? - perguntou Santos, não desgrudando os olhos castanhos da televisão.
- Não, parece que é na... Austrália, é isso.
Estava escuro, pois quando o video foi gravado, ainda era noite na Austrália. A câmera tremia, pois o cinegrafista amador também parecia agitado. Um grito de mulher, as crianças choravam desesperadas conforme a câmera virava de um lado para o outro, buscando a razão para tamanho desespero. Dentre as rochas da praia, um grande urro, como se um rinoceronte tivesse sido acordado. Algumas pedras pareciam criar vida, um corpo quadrúpede robusto, patas e uma cabeça surgem. Zoom da câmera sobre a criatura. Parecia muito assustado, e virou-se de costas e saiu correndo na direção oposta.
Santos e Mateus estavam boquiabertos. O vídeo rodou o mundo rapidamente por meio da TV e Internet, chocando a muitos. Durante o resto do dia, o assunto não haveria de ser outro além do "monstro pedra autraliano" que fez sua aparição na Grande Barreira de Corais, na Oceania. Muitos outros vídeos estariam por vir, muito mais pessoas ainda se assustariam. A houvesse quem pensasse que o Fim do Mundo estaria começando naquele momento.
Continua...
Infelizmente, a realidade era diferente do outro lado do Corcovado. O Cristo Redentor, monumento patrono e querido de toda a cidade, observava paternalmente as comunidades pobres formadas ao seu lado. Na recente comunidade de São Sebastião, a família do jovem Santos encontrava-se em festa. A noite havia sido agitada, e o jovem rapaz apenas retirou-se para dormir às 4:30 da manhã. Dormia como um anjinho em seu pequeno quarto, iluminado apenas pelos raios de Sol que invadiam o cômodo pela janela. Seus parentes, mais tarde, retornariam no horário do almoço para continuar os festejos com um farto churrasco que estava sendo organizado a dias pelos pais.
O pai de Santos, Rogério, era o líder da comunidade São Sebastião. Era respeitado por todos, e mostrava-se sábio para alguém que ainda respirava fulgores da juventude. Casara-se jovem com Fátima, assumindo seu filho com honra, ambos com 15 anos. No início foi difícil, mas mostrou-se forte e digno do cargo que lhe fora passado pelo pai como líder de sua comunidade. E seria com prazer que passaria sua vez a Santos, que crescia e tornava-se cada vez mais saudável e inteligente, por mais que o ambiente em que era criado não fosse refinado ou cheio de pompa. Santos era o maior presente que Rogério poderia ter recebido...
"Eu o amo tanto..." - pensou o pai. "Meu filho é uma benção."
Refletia enquanto via o filho dormindo tranquilamente, receando em desperta-lhe do sono profundo. O menino, sentindo a presença do pai, lentamente abriu os olhos, acordando de forma natural.
- Durma mais, meu filho. - disse o pai, de forma bondosa - É feriado.
- Mas pai, eu já estou de férias. - sorriu, espreguiçando-se - Faz um tempão...
O pai riu. Era inevitável: quando o filho acordava, só voltava a pregar os olhos no final do dia. Eram nove horas, Santos rapidamente tomou seu banho e vestiu-se. Foi até a cozinha da casa procurar algo para comer, quando notou que várias senhoras conhecidas da comunidade ajudavam sua mãe com os preparos do grandioso churrasco. Só de imaginar toda aquela comida pronta lhe apertou o estômago, mas desanimou ao ver que não haviam sequer migalhas do café da manhã.
- Toma, meu filho, vai comprar alguma coisa pra você na padaria! - disse Dona Zulmira, entregando uma nota amassada de 5 reais para o jovem, que reagiu sobresaltado.
- Não, Dona Zulmira, não precisa! - riu sem graça.
- Vá logo, menino, está praticamente oco! Vamos, vá comer um salgado, ou qualquer coisa.
Dona Zulmira mimava Santos desde pequeno. Amiga da família, sempre teve participação positiva na vida do casal. Era obesa, mas cheia de energia, e tinha fama de mal encarada pelos amigos da rua. Santos gostava muito dela, mas sua humildade o impedia de, às vezes, aceitar quantias tão "largas" de dinheiro que a senhora lhe dava sem pensar duas vezes.
Ao chegar na padaria, fora bem recebido pelo único funcionário que trabalhava ali. Mateus, rapaz alto e magro, um luso-brasileiro de 16 anos de idade. Atrás do balcão que exibia poucos salgados, muitos deles dormidos, o adolescente sorriu ao ver o outro. Estava atando seu avental sobre o corpo,
- Bom dia, Santos! - sorriu largamante - Feliz ano novo!
- Feliz ano novo, Mateus. Não te vejo desde o ano passado!
- ... - Mateu riu debochado - Muito engraçado. Sabe quantas vezes já ouvi isso hoje?
Santos preferiu não comentar. Enquanto Mateus aquecia um pastel-de-vento no microondas, a pesada televisão de 20 polegadas suspensa à parede mostrava o jornal da manhã. O âncora, muito sério, narrava uma reportagem importante, onde imagens de crianças correndo num gramado de forma desesperada chamou a atenção dos jovens.
- Onde é isso? Aqui? - perguntou Santos, não desgrudando os olhos castanhos da televisão.
- Não, parece que é na... Austrália, é isso.
Estava escuro, pois quando o video foi gravado, ainda era noite na Austrália. A câmera tremia, pois o cinegrafista amador também parecia agitado. Um grito de mulher, as crianças choravam desesperadas conforme a câmera virava de um lado para o outro, buscando a razão para tamanho desespero. Dentre as rochas da praia, um grande urro, como se um rinoceronte tivesse sido acordado. Algumas pedras pareciam criar vida, um corpo quadrúpede robusto, patas e uma cabeça surgem. Zoom da câmera sobre a criatura. Parecia muito assustado, e virou-se de costas e saiu correndo na direção oposta.
Santos e Mateus estavam boquiabertos. O vídeo rodou o mundo rapidamente por meio da TV e Internet, chocando a muitos. Durante o resto do dia, o assunto não haveria de ser outro além do "monstro pedra autraliano" que fez sua aparição na Grande Barreira de Corais, na Oceania. Muitos outros vídeos estariam por vir, muito mais pessoas ainda se assustariam. A houvesse quem pensasse que o Fim do Mundo estaria começando naquele momento.
Continua...
Última edição por Kirehana Yurika - Nanda em Qui 17 Jun 2010 - 12:28, editado 9 vez(es) (Motivo da edição : editado)
Re: Monster Racers - A Jornada dos Campeões
Fanfic com uma temática nova e interessante. o prólogo mostra poucos aspectos do protagonista. Bom, as poucas passagens estão muito boas e com uma ótima narração.
Acho bem diferente a história de Monster Racers, é um game recente este non? Nunca vi e nem soube da criação de um game destes...
Boa sorte na fanfic!
Acho bem diferente a história de Monster Racers, é um game recente este non? Nunca vi e nem soube da criação de um game destes...
Boa sorte na fanfic!
Última edição por Sir Bakujirou S. em Sex 11 Jun 2010 - 13:41, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : editado)
Re: Monster Racers - A Jornada dos Campeões
opa nanda!!!Essa fic vou acompanhar muito ela grudado, monster racers é um dos meus jogos preferidos q jogo ateh hoje desde o lançamento do japonês, mais bem q eu n conheço os personagens direito XD, mais o q eu mais gostei do game foi o tigre brancoXD mais agora falando mais da fic...
perfect, nem vejo muito o q comentar das suas fic de tão perfeitas q ficam, mais eu gostei bastante do prólogo, essa mania da corrida ficou bem legal.Também achei bemlegal da história se passar na austrália(tbm n sei pq)bom.. e eh isso.tchau
perfect, nem vejo muito o q comentar das suas fic de tão perfeitas q ficam, mais eu gostei bastante do prólogo, essa mania da corrida ficou bem legal.Também achei bemlegal da história se passar na austrália(tbm n sei pq)bom.. e eh isso.tchau
Dragoning- Membro
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Data de inscrição : 24/10/2009
Re: Monster Racers - A Jornada dos Campeões
eu to jogando esse jogo a uma semana,to na africa...
muito legal essa historia,estou tentando adivinhar o monstro de pedra...(vai ter a cicade especial?)
bom trabalho nanda
adioss
muito legal essa historia,estou tentando adivinhar o monstro de pedra...(vai ter a cicade especial?)
bom trabalho nanda
adioss
________________
Mineral_Treiner- Membro
- Idade : 27
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Data de inscrição : 02/01/2009
Re: Monster Racers - A Jornada dos Campeões
Simplismente adorei a fanfic Nanda!
Está espetacular para um prólogo, com certeza esta eu acompanho xD
Quando joguei o jogo pela primeira vez já fiquei com vontade de ver o anime dele (que nunca existiu)
Tomará que essa fic seja tão boa quanto as suas outras fics
Muito boa sorte!
Está espetacular para um prólogo, com certeza esta eu acompanho xD
Quando joguei o jogo pela primeira vez já fiquei com vontade de ver o anime dele (que nunca existiu)
Tomará que essa fic seja tão boa quanto as suas outras fics
Muito boa sorte!
Última edição por Sir Bakujirou S. em Sáb 12 Jun 2010 - 1:20, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : editado)
Connoisseur Haato - Heart- Membro
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Frase pessoal : Margarida *-*
Re: Monster Racers - A Jornada dos Campeões
Capítulo 01: O Monstro da Tijuca
Um mês se passou. Todos os dias, as estranhas criaturas que começaram a brotar ao redor do mundo se tornaram o foco da atenção de todos. Percebeu-se logo que tais criaturas não eram hostis, pelo contrário: elas simpatizavam muito com humanos, principalmente os jovens. Depoimentos de australianos, europeus, norte-americanos, africanos e asiáticos relatavam seus encontro com monstros que se sentiram atraidos pelas suas figuras e lhes acompanham até hoje. Passaram a ser vistos inicialmente quase como que animais de estimação, até perceberem seus estranhos hábitos...
Toda vez que se encontravam, essas criaturinhas tinham o desejo enorme de competir uma corrida uns contra so outros. Chegando a disputar até quatro monstrinhos de uma vez, as corridas se tornaram passatempos divertidos para os donos destes montros. Sua fama foi crescendo e logo cães e gatos foram praticamente esquecidos pelas crianças: todas queriam um monstro corredor - apesar deste desejo estar bem mais presentes nas classes sociais mais elevadas, que eram constantemente bombardeadas com informações destes estranhos animais.
O Brasil é um país amplo, várias espécies de monstros habitavam nosso terrotório. Estranhos, porém carismáticos tatuzinhos de casca grossa e negra e pele branca (chamavam-se Kerlupps) eram encontrados com frequencia por crianças amazonenses. Os Florwolfes estavam entre os mundos animal e vegetal: estranhos cães brancos que desenvolvem uma camada de musgo na parte superior do corpo e uma grande flor na região caudal, e corriam de costas - por serem bonitinhos, ganhavam ainda mais charme quando seus donos lhe presenteavam com coleiras. Uma mãe no nordeste brasileiro, nos arredores interioranos da Bahia, vê seu filho chegando no barracão segurando uma estranha espécie de guaxinim (Noxout):
- Olha o que eu achei na ribanceira, mãe!
- Valei-me, Nossa Senhora!!
Esses eram apenas alguns dos exemplos de monstros encontrados em nosso território. Apesar disso, na comunidade São Sebastião, a existência de monstros ao redor do mundo não causou muito impacto na vida dos moradores. Santos estudava concentrado em seu quarto, ansioso para terminar o dever de língua portuguesa e sair para jogar pelada com os amigos na rua. Tem sua concentração interrompida por palavras faladas em alta voz pela mãe no andar de baixo de sua casa. Pousou o lápis sobre o caderno e silenciosamente desceu as escadas, na ponta dos pés magros e furtivos. Ouviu a mãe discutindo com o pai.
- Rogério, eu sei que dá o seu melhor, mas a Imperatriz é uma das poucas alegrias desse povo! Gostaria que pelo menos entendesse isso!
- Fátima, sei que significa muito pra você, mas nossas despesas estão curtas! - revidou o marido, falando num tom ligeiramente mais calmo - Não só as nossas, todos da comunidade estão passando por problemas financeiros!
- É, mas a escola de samba também é importante pras pessoas! Podemos tentar organizar um churrasco, uma festa beneficiente, convidando as pessoas das outras comunidades a ajudar! Mas eu preciso do seu consentimento, Rogério, você é o líder dessa gente!...
- Não sei, Fátima... Eu não sei...
Seu pai estava sentado na borda do sofá simples da sala. Pernas abertas, uma mas mãos apoiada no joelho e a outra coçava a cabeça dolorida. A expressão derrotada nos olhos preocupou Santos. A mãe, sem dizer mais nada, retornou à cozinha, enquanto Rogério permaneceu em silêncio. Santos se aproximou do pai, sentando ao seu lado e tocando-lhe os ombros com carinho.
- Pai, não vai ter desfile esse ano?
A Imperatriz Leopoldinense era a escola de samba da comunidade São Sebastião. Estava tudo pronto para o Carnaval no final do mês, mas as despesas estavam pesando e temia-se que não se conseguisse pagar tudo. Os carros estavam pela metade, as fantasias atrasadas... Estava perfeito nos planos. Eles com certeza ganhariam o carnaval aquele ano, mas o dinheiro estava acabando... E isso doía o coração de Rogério, imaginar que sua comunidade perderia a unica chance de mostrar todo o seu potencial naquele ano. A única alegria daquele povo... Não queria arrancar-lhes a felicidade dos braços.
- ...Vai sim, filho. - Rogério sorriu sinceramente, vendo a esperança nos olhos brilhantes do filho, abraçando-o com carinho - Vai dar tudo certo...
- Se eu pudesse ajudar de alguma forma... - disse, aquecendo-se ao corpo forte do pai.
- Oras, você é menino ainda! Não teria como arranjar dinheiro, Santos. - Rogério riu - Não se preocupe, nós vamos desfilar esse ano sim... Vá brincar com seus amigos, vá.
Logo esqueceu do que havia acontecido. A bola escalpelada rolava livre pela rua mal esfaltada, onde os meninos de pés descalços brincavam sem reclamar com alegria. Empolgado, Santos enterrou seu pé com toda a sua energia na pelota, fazendo-a voar muito alto e muito longe. Quem passava na rua se admirou com a força do chute. Mas ela voou longe demais, e ultrapassou a cerca que circundava os primeiros metros de mata fechada da Floresta da Tijuca, a maior reserva florestal do país - ou mesmo da América Latina. Os meninos ficaram, por muito tempo, encarando o lugar onde justamente a bola deu de cair. Silênciosos, e sem reação.
- Iih, Santos. - comentou Formiga, amigo de Santos; Era o menor da turma, e falava sempre de forma muito calma - Olha onde você jogou a bola!
- Os guardas não vão devolver! - disse Raimundo, outro colega de Santos - Pior que essa era a única que eu tinha!
- ... Eu vou tentar pegar.
Que diabos aquele Santos estava falando? Não teria como ele atravessar aquela cerca enorme. Mas prometeu que voltaria com a bola, e teve o apoio dos colegas. Sabia de uma passagem cavada por baixo da cerca, e apesar do seu corpo magro ter dificuldades para passar pela pequena abertura, ele conseguira chegar ao outro lado.
A mata era íngreme e fechada. O clima úmido e abafado não incomodou o moreno acostumado àquele calor avassalador. Ás vezes precisou apoiar-se em pedras longas para subir, e ainda não havia encontrado a bola. Teria chutado com tanta força assim? Começava a se sentir feliz por ela não ter sido aparada, poderia até atravessar a barriga magra do goleiro!
Encontrou a bola! Porém ouvira um barulho estranho. Parecia o assoviar de um flautim. Já havia encontrado a pelota, então investigaria a fonte daquela linda melodia. Encontra-se numa vasta lagoa de rara beleza, no meio da floresta, com uma enorme clareira na qual o Sol banhava com seus raios luminosos.
Viu algo grande submergindo da água. Tinha todos os motivos para ter medo, sair correndo, mas não o fez. Sentiu uma atração pela criatura. Era grande, tinha traços de mamíferos aquáticos. Apoiada sobre as patas traseiras, deveria ter mais de 2 metros de altura. Sua pele era branca e azul ciano, tinha um olhar bondoso e gentil que atraiu e atiçou a curiosidade do jovem brasileiro. Tinha um par de asas nos ombros, grandes o bastante para poder levantar seu corpo esguio do chão.
O rapaz se aproximou. A criatura, sem mexer os lábios, balbuciou algumas palavras.
- Olá, jovem Santos.
Um pouco receoso, o rapaz respondeu, engolindo seco. Mal piscava os olhos diante de um ser tão belo.
- Olá... Você é um monstro, certo?
- Corretamente. Há muito espero alguém de valor para me manifestar.
- Valor? - sua humildade o reprimiu - Mas... Muitas pessoas aparecem aqui todos os dias. Por que você apareceu justo para mim? Quero dizer... - confundiu-se - Eu não sei nem o seu nome...
- Eu sou um Flyptid. E apareci para você porque as pessoas que frequentam esta floresta abençoada não são dignas da minha aparição... Me cobiçarão e me caçarão, mas nunca me encontrarão.
- Nossa... Flyptid, você é tão bonito! Nunca havia visto um monstro como você! Pra falar a verdade... Você é o primeiro que eu vejo.
- Eu sei, Santos. Eu esperei tanto por esse momento...
A criatura fechou os olhos com alegria, parecia muito feliz.
- Me leve com você, Santos. Por favor, eu lhe rogo. - disse, educadamente.
- Mas, Flytid! E-eu não tenho como sustentar você! Quero dizer, você é grande, e nós mal podemos criar um cãozinho, quem dirá!...
Flyptid riu da ingenuidade do rapaz, que calou-se. Acalmando-se, olhou para Santos com carinho.
- Santos, eu não preciso de nada além de um pouco de água... E juntos, eu prometo que traremos prosperidade à sua família e comunidade.
- Mas, como?... Talvez a gente nem desfile no Carnaval desse ano, estão todos tão preocupados... Eu só queria poder fazer algo por eles.
- Vai tudo dar certo, Santos... Confie em mim. Me deixe ser seu amigo.
Um amigo. Santos sentiu que a majestosa criatura o compreendia. Flyptid abaixou sua cabeça, e Santos a alisou com carinho. Estava selada a união entre o jovem da comunidade São Sebastião e a estranha criatura da Floresta da Tijuca, que por tanto tempo, lhe esperou pacientemente.
Continua...
Re: Monster Racers - A Jornada dos Campeões
Continue! Agora que jogo o jogo, a fan fic fica ainda mais interessentante... vou pegar um flyptid! *-*... lindo! magestoso! mal posso esperar pelo proximo capitulo, vai lá! õ/
Última edição por Sir Bakujirou S. em Qui 17 Jun 2010 - 19:47, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : editado)
A3- Membro
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Alerta :
Data de inscrição : 15/10/2009
Re: Monster Racers - A Jornada dos Campeões
Nossa, este capítulo foi muito legal!
Tomará que Santos encare altas aventuras com este Flypid *-*
Continue assim Nanda.
Eu tive pena, do pessoal do bairro de Santos, são tão pobrezinhos... ainda querem desfilar na escola de samba xD
Tomará que consigam sair desta crise maldita XD
Continue Nanda, continue!
Tomará que Santos encare altas aventuras com este Flypid *-*
Continue assim Nanda.
Eu tive pena, do pessoal do bairro de Santos, são tão pobrezinhos... ainda querem desfilar na escola de samba xD
Tomará que consigam sair desta crise maldita XD
Continue Nanda, continue!
Última edição por Sir Bakujirou S. em Sáb 19 Jun 2010 - 14:25, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : editado)
Connoisseur Haato - Heart- Membro
- Idade : 27
Alerta :
Data de inscrição : 12/09/2009
Frase pessoal : Margarida *-*
Re: Monster Racers - A Jornada dos Campeões
Nanda, a Deusa das Áreas Criativas da PM (desenho e texto).
O que esperar? Está tudo ótimo, sua Fic é definitivamnete a melhor Fanfic da parte "Outras Fanfics".
Está tudo ótimo, ortografia, gramática, enrendo e adorei o monstro do Santos:
Que me perdoe Dewgong, mas essa é a criatura marinha mais bonita que já vi, nossa, é... demais.
A sua Fic está ótima, estou aguardando ansioso mais capítulos.
O que esperar? Está tudo ótimo, sua Fic é definitivamnete a melhor Fanfic da parte "Outras Fanfics".
Está tudo ótimo, ortografia, gramática, enrendo e adorei o monstro do Santos:
Que me perdoe Dewgong, mas essa é a criatura marinha mais bonita que já vi, nossa, é... demais.
A sua Fic está ótima, estou aguardando ansioso mais capítulos.
Última edição por Sir Bakujirou S. em Seg 21 Jun 2010 - 21:35, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : editado)
.Korudo Arty.- Membro
- Idade : 26
Alerta :
Data de inscrição : 25/09/2009
Re: Monster Racers - A Jornada dos Campeões
Tópico trancado a pedido da autora.
Motivo: dedicatória ao "Pokémon Banchou", tendo seu tempo reduzido
Clink Clonk~~ ♪
Motivo: dedicatória ao "Pokémon Banchou", tendo seu tempo reduzido
Clink Clonk~~ ♪
________________
Opa... Acho que voltei. -q
MENTIRA VOLTEI BODEGA NENHUMA
TO AQUI SÓ DANDO UNS ROLÊ
ABS
Kameyo Venin- Membro
- Idade : 31
Alerta :
Data de inscrição : 28/03/2010
Frase pessoal : Vou bater no Rush -q Pq a vid4 é lok4
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