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The Last Hope

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Mensagem por Queen Slytherin Ter 22 Set 2015 - 14:45

The Last Hope

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Autora: Queen Slytherin
Sinopse: Uma sombra se erguia lentamente no horizonte. Arceus sabia dos riscos do que ele estava prestes a fazer, mas ele preferia estes riscos, do que o caos que aquela sombra prometia trazer.
Notas: Pokémon não me pertence.


Sumário

Capítulo Zero ~ A Esperança que Faltava ~ (neste post)
Capítulo Um ~ Renascimento ~
Capítulo Dois ~ Uma Nova Vida. Um Novo Começo.



Capítulo Zero
~A Esperança que Faltava~



Arceus observava em silêncio do topo da Fortaleza do Céu.

Nenhum humano era capaz de vê-lo, mas ele era capaz de ver a todos.

Durante muitos milênios, desde o momento em que ele havia criado o mundo e designado suas crianças para criarem os continentes e a vida que os povoava, Arceus havia se mantido em silêncio e observado. Ele sempre acreditou que os humanos eram criaturas engraçadas, um tanto ingênuas e atrapalhadas em seu modo viver. Porém, quando essa ingenuidade se unia aos Pokémons, uma gama infinita de possibilidades se abria.

Arceus jamais teria vergonha de admitir: ele nunca havia esperado demais da espécie humana. Contudo, eles pareciam gostar de lhe surpreender.

No entanto, mesmo no mais lindo jardim estava sujeito a ervas daninhas.

Não demorou muito para que Arceus percebesse que nem todos os seres humanos eram dotados de uma ingenuidade construtiva. Alguns eram dotados de uma ingenuidade completamente destrutiva. Esse grupo totalmente volátil e se prendia a ideias que não faziam sentido. Enquanto alguns tentavam entender a vida, o motivo de estar ali, esse grupo dedicava-se em destruir a vida e o delicado equilíbrio que Arceus havia criado.

Durante milênios Arceus observou incapaz de interferir.

No fundo de sua alma, Arceus sabia que aquele belo mundo seria destruído pelos voláteis humanos. Ver o mundo que havia criado ser destruído lentamente, sem ser capaz de fazer nada para salvá-lo… essa deveria ser a maior das penitências.

— Arceus.

Ele se virou um pouco surpreso, deparando-se com Giratina.

Eram raras às vezes em que Giratina saia do Mundo Reverso. Normalmente, isso apenas acontecia quando algo interferia no delicado equilíbrio tempo/espaço.

— O que vieste fazer aqui, Giratina?

— Vim lhe mostrar algo, que talvez seja de seu interesse. — Pronunciou Giratina, fazendo com que um espelho surgisse em frente à Arceus.

Curioso, Arceus observou o espelho, até que ele refletiu a imagem de uma garota humana. Ela não deveria ter mais do que 15 anos, pele um pouco pálida e longos cabelos negros ondulados. Seus olhos eram grandes, de uma incomum coloração violeta, adornados por espessos cílios negros. Seu rosto era delicado, em formato de coração decorado com traços sutis, mas que não mostravam muita expressão no momento. Era quase como se ela estivesse completamente anestesiada e nada do mundo fosse capaz de fazê-la expressar algo.

— Por que uma humana seria de meu interesse, Giratina?

— Porque ela não é uma humana comum. Ela é a Campeã de sua dimensão.

Arceus estreitou os olhos ao escutar aquelas palavras.

O que Giratina estava tentando lhe dizer…

— Quando você me disse para criar as dimensões, nunca me disse como fazê-las. — Comentou Giratina, olhando fixamente para a imagem no espelho. — Eu criei 37 dimensões ao todo. 34 são iguais em sua base, mas diferentes em seus detalhes. Uma é a que apenas eu habito, mas outras duas… são diferentes de todas as demais. Uma é habitada apenas por Pokémons. A outra é habitada apenas por humanos. Essa menina pertence a essa dimensão.

Arceus encarou Giratina em silêncio, esperando que ele explicasse o que aquilo significava.

Campeão era o título final dado a um humano que havia alcançado o nível máximo, junto a seus Pokémons. Em uma dimensão onde Pokémons não existiam, deveria ser impossível para um humano se tornar um Campeão.

— Mesmo que eu houvesse feito a separação, de alguma forma, um humano sonhou conosco. Sonhou com um mundo onde os Pokémons existiam e viviam ao lado dos humanos. Devido a isso, ele criou um jogo baseado em seus sonhos. Um jogo onde treinadores imaginários capturavam e treinavam os Pokémons. Essa menina se tornou uma Campeã por meio desse jogo.

— Não compreendo o que há de interessante nessa menina. Mesmo que ela seja uma Campeã em seu mundo, que interesse eu deveria ter? Ela não sabe que somos reais. Ela não nos compreende. Ela é apenas mais uma humana.

Giratina sorriu.

Um sorriso pequeno, quase como se estivesse escondendo alguma coisa.

— Você está errado, Arceus. Sim, ela não sabe que somos reais, mas ela nos compreende mais do que qualquer outro humano. Muito mais do que os humanos de nossa própria dimensão. Seu coração está entrelaçado ao nosso, muito mais do que qualquer outro coração humano já esteve. — Declarou Giratina, seu olhar brilhando de forma carinhosa em direção à imagem, surpreendendo Arceus.

— Giratina…

— Observe-a um pouco. Talvez, ela seja a esperança que necessitávamos. — Declarou Giratina, antes de desaparecer de volta para o Mundo Reverso.

Arceus olhou para o espelho, que brilhou e começou a mostrar a jovem humana em sua própria dimensão.
~*~Continua...~*~

Notas finais do autor:


Última edição por Queen Slytherin em Sex 16 Out 2015 - 17:44, editado 4 vez(es)

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The Last Hope Empty Re: The Last Hope

Mensagem por Benitez Qua 23 Set 2015 - 13:35

Caramba, achei a ideia muito legal. Parece besteira, mas achei essa passagem muito foda "Eu criei 37 dimensões ao todo. 34 são iguais em sua base, mas diferentes em seus detalhes. Uma é a que apenas eu habito, mas outras duas… são diferentes de todas as demais. Uma é habitada apenas por Pokémons. A outra é habitada apenas por humanos."

Torço de verdade para que a fic continue, estarei aqui para ler os próximos capítulos.
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The Last Hope Empty Re: The Last Hope

Mensagem por Tsurugi Qua 23 Set 2015 - 14:37

Hey!
Gostei muito do prólogo. Além de bem escrkto e organizado, contém uma trama interessante. Gostei muito da interação entre Arceus e Giratina, dois Pokémons que teoricamente são inimigos.

Sempre pensei na possibilidade da criação de mundos pela imaginação, tendo em vista que o universo está em constante expansão e existem diversas dimensões do mesmo lugar. Se for o que eu tô pensando, a sua fic vai abordar esse tema.

Espero pelo cap 1!
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The Last Hope Empty Re: The Last Hope

Mensagem por Shiota Sáb 26 Set 2015 - 10:29

Hey, Queen o/

Primeiramente, bem-vinda ao fórum e a área de fics :3

Cara, que prólogo. Bem escrito e com uma boa descrição dos fatos. Bom, n é surpresa pra mim ver esses dois "aliados", pq pra mim Giratina nunca foi mal u.u só faz a função que lhe foi concebida. Só n entendi o motivo do Arceus não poder interferir na tal destruição, ter que apenas observar.

Faz todo o sentido isso da menina. Se um de nós, por exemplo (que provavelmente faz parte da dimensão dela auaheua), fossemos para o mundo Pokémon, eles seriam bem mais interessantes para nós do que para quem sempre viveu com eles. Se um deles viesse para a nossa dimensão, seria bem mais interessante "Pokémons sem poderes" para eles do que para a gente.

Não entendi também o que Giratina tem a ver com o espaço/tempo (que são as obrigações de Palkia/Dialga, respectivamente), nem sei como ele cria sozinho (para mim, sempre foi o trio, em conjunto, onde Giratina seria o de menos importância). PORÉÉÉM, a fic é sua, então vc pode mandar a logica da Nintendo para uma dessas dimensões e explodi-la.

Bem, gostei bastante da sua ideia e espero bastante dela.
É isso, tchau e até o próximo capítulo o/

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Mensagem por DarkZoroark Dom 27 Set 2015 - 0:23

Queen Slytherin o/
Bem, eu pretendia comentar ontem, mas em decorrência da faculdade tive de adiar. Então, sem muito mais delongas, vamos ao review:
Primeiramente, devo dizer que gostei bastante da premissa da história. Sempre gostei da 4ª Geração e a mitologia profunda que está presente na mesma, portanto sempre me interesso ao ver uma estória que, ao menos a primeira vista no caso desta, tenha os lendários de Sinnoh vinculados firmemente ao enredo. Quanto a isso, devo dizer que estás de parabéns. Outro ponto que eu gostei foi da caracterização do Giratina. Não entendo porque os escritores de Fanfic tendem a torná-lo um vilão ou, ao menos, um anti-herói nas histórias, embora tenha minhas suspeitas que isso tenha haver com o décimo primeiro filme.
O conceito de criação de 37 dimensões foi outro ponto que chamou minha atenção e que achei legal e inovador. Imagino que a que possua apenas Pokémons seja a em que os jogos da série Mystery Dungeon seriam situados, o que é outro ponto que, caso seja real, curti muito. Fiquei curioso com o papel que a garota mencionada terá mais para frente na história e qual a crise que está ocorrendo para que eles necessitem de uma esperança.
Encontrei apenas um erro:

Queen Slytherin escreveu:— Mesmo que eu houvesse feito à separação, [...]
O uso de crase não era necessário neste caso.
Bem, não há muito mais que eu possa dizer, somente que espero pelo primeiro capítulo. ninja

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The Last Hope Empty Re: The Last Hope

Mensagem por Queen Slytherin Dom 27 Set 2015 - 12:19

Respostas aos Comentários:

Capítulo Um
~Renascimento~




Brigit encarava tranquilamente seu adversário do outro lado da arena holográfica.

Uchoa Roux, recentemente, um dos sete melhores TreinerFighter do mundo. Ele era um homem adulto, com seus vinte e tantos anos, alto e com o corpo musculoso, a pele era cor-de-oliva com olhos cinzentos. Seu cabelo estava cortado rente a cabeça, em um estilo militar. Ele usava uma calça camuflada verde-escuro, com um cinto de couro e correntes prateadas; uma camisa regata preta, com uma camisa jeans desbotada aberta por cima; em suas mãos, luvas de motoqueiro pretas e calçava um par de coturnos pretos. Presa na luva esquerda, Brigit podia ver claramente uma Key Stone.

Na arena holográfica, do lado que Uchoa comandava, se encontrava um grande e musculoso Conkeldurr. Em contradição, do seu lado do campo, Brigit tinha uma pequena e adorável Dedenne.

A ironia da situação, era tudo o que Brigit conseguia pensar, enquanto observava o Conkeldurr ofegante e bastante ferido. A barra de energia que flutuava sobre sua cabeça, mostrava que sua energia estava no vermelho. Em compensação, a barra de seu Dedenne estava pela metade, ainda exibindo uma tranquilizante coloração verde brilhante.

— Merda… Conkeldurr, Stone Edge!

Brigit observou tranquilamente, enquanto o corpo de Conkeldurr vários pontos de energia branca, que logo se tornaram pedras cinzentas. Um segundo depois que Conkeldurr lançou seu ataque, Brigit deslizou seus dedos sobre a mesa de metal negro a sua frente, fazendo com que ela brilhasse em azul.

— Dedenne, evasiva. Revidar com Discharge.

Dedenne saltou facilmente, evitando o ataque de Conkeldurr, antes de disparar múltiplos raios de eletricidade amarela, cobrindo toda a arena e a acertando Conkeldurr com grande facilidade. A barra de energia sobre o Pokémon musculoso desapareceu, sendo substituída por um ‘X’ preto com contorno vermelho.

— Conkeldurr não pode mais lutar, a vitória dessa rodada é de Dedenne! — Anunciou o juiz da batalha, fazendo com que os espectadores assobiassem e aplaudissem. — Incrível, senhoras e senhores! Isso é incrível! A atual Campeã Mundial, Brigit Drakarr, não está aqui para brincar. Uchoa Roux, que ascendeu no rank mundial no último mês, ganhando a sétima colocação, está se mostrando incapaz de se manter contra a Campeã! Até agora, Uchoa teve cinco de seus seis Pokémon derrotados, então Brigit ainda tem todos seus Pokémons em perfeitas condições. Será que Uchoa surpreenderá a todos com uma grande reviravolta? Ou Brigit vai manter seu título e invencibilidade?

Brigit suspirou baixinho, tentando ignorar os gritos e vivas dos espectadores.

Já fazia muito tempo que aqueles gritos e vivas não lhe causavam qualquer tipo de expectativa. Ainda mais contra um oponente que nem mesmo podia vencer seu pequeno e adorável Dedenne.

— Até que você é boa para uma pirralha. — Comentou Uchoa com claro desdém na voz.

Os olhos violetas de Brigit encararam Uchoa, que sorria desdenhoso.

Ele estava mesmo tentando aderir à estratégia de irritá-la, para fazer com que se distraísse e tomasse a decisão errada? Como aquele idiota conseguiu chegar à sétima posição?

Talvez fosse a hora de ela lhe mostrar que ser um TreinerFighter não era uma brincadeira.

— Dedenne, retorne. — Ordenou, pressionando um dos botões da mesa de batalha.

— Uou! Essa é a primeira vez durante toda a batalha, que a Campeã faz uma substituição! O que isso significa? Será que ela não quer arriscar que Dedenne seja derrotado?

Brigit ignorou o comentário sem fundamento do juiz. Seu pequeno Dedenne teria sido capaz de vencer a batalha, sem qualquer tipo de problema. Ela só queria mostrar aquele idiota que, com aquela atitude, o sétimo lugar no rank mundial era tudo que ele seria capaz de conseguir.

— Hunf… não sei o que você está tramando pirralha, mas não há como você vencer essa cara. Meu último Pokémon: Steelix!

Mesmo com a aparição da grande serpente de ferro, Brigit nem mesmo piscou. Assim como ela não se abalou ao notar o protetor de metal em sua cabeça, onde havia uma Mega Stone. Uma Steelixite.

Então, é só isso…” pensou um tanto decepcionada.

— Cresça e supera as barreiras! Steelix, MEGA EVOLUÇÃO! — Declarou Uchoa, quase socando a mesa de batalha.

Brigit observou tranquilamente, enquanto o sistema holográfico exibia um bonito show de luzes multicoloridas, antes que desaparecessem e deixassem para trás um Mega Steelix. Internamente, ela admitiu que era surpreendente as mudanças que um Pokémon sofria ao Mega Evoluir.

— Conto com você, Charizard. — Falou, pressionando o botão em sua mesa, fazendo com que o holograma de seu Charizard surgisse do seu lado da arena.
Brigit viu o olhar de raiva no rosto de Uchoa. Ela quase sorriu ao vê-lo encarar com desprezo o colar de conchas de seu Charizard, onde estava sua Mega Stone.

— APARECEU! A Campeã finalmente convoca seu Pokémon nº1 para a batalha! Será esse o fim para Uchoa?

— Charizard, responda ao ressonar de meu coração, firme nosso elo. Supere as barreiras da evolução. MEGA EVOLUÇÃO! — Pronunciou tranquilamente, retirando a Key Stone, que mantinha presa no centro do pentagrama que usava no pescoço, encaixando-a em uma entrada na mesa.

Instantaneamente, seu Charizard foi envolvido por uma forte luz multicolorida, exibindo o mesmo show de luzes anterior. Quando a luz desapareceu, em sua frente, estava seu Mega Charizard negro.

Um pequeno suspiro escapou de seus lábios. Era estranho, mas ela estava sentindo aquela familiar sensação morna, quase como se uma pequena chama houvesse acendido em peito. Sempre que ela usava seu Charizard, – mesmo quando ele havia sido um pequeno e adorável Charmander, – Brigit experimentava a mesma sensação.

Era estranho e agradável.

— Eu sabia que você usaria o Mega Charizard. Estamos prontos para isso. — A voz de Uchoa saiu confiante e desdenhosa. — MEGA STEELIX, DRAGON TAIL!

A cauda do Mega Steelix brilha em azul claro, antes que ele saltasse em direção ao seu Pokémon,  pronto para atingi-lo.

Um meio-sorriso se desenhou nos lábios dela.

Quando Mega Evoluía, Charizard tinha o Tipo Voador substituído pelo Tipo Dragão, o que o tornava suscetível aos ataques do Tipo Dragão. Uchoa, assim como muitos TreinerFighters, sabia que Charizard era seu Pokémon principal. Em uma lógica psicológica, se derrotassem seu Charizard, então ela ficaria abalada psicologicamente e perderia completamente a disposição para batalha. Era uma estratégia até mesmo válida e lógica, contudo, só havia um único problema na estratégia.

Seu Charizard não podia ser derrotado por um simples ataque.

— Mega Charizard, use Fire Blast.

Os olhos castanhos avermelhados do Mega Charizard se estreitaram, enquanto erguia o olhar para o Mega Steelix que estava a poucos metros de lhe atingir. Com uma respiração profunda, ele abriu a boca lançando uma poderosa bola de fogo azul brilhante. Pouco antes de atingir o Mega Steelix, a esfera de fogo se transformou em um grande 大, atingindo seu alvo. Tudo o que foi ouvido a seguir, foi o rugido de dor do Mega Steelix, seguido do som de seu corpo pesado atingido o solo da arena.

Brigit observou tranquilamente, quando a Mega Evolução da serpente de aço se desfez e a barra de energia sobre sua cabeça brilhou em vermelho rapidamente, antes de ser substituída por um ‘X’ preto com o contorno vermelho.

— É O FIM DA BATALHA! — Gritou o juiz, sendo seguido por uma salva de palmas e gritos dos espectadores. — Uchoa Roux tentou seu melhor, mas a Campeã, Brigit Drakarr, mostrou que ela não alcançou seu status de invencibilidade por sorte. Em uma batalha surpreendente, Brigit revelou a habilidade de uma verdadeira TreinerFighter! Será que um dia alguém será capaz de vencê-la?

Brigit não escutava nada do que o juiz dizia.

Naquele momento, todos seus sentidos estavam alertas para o holograma de seu Charizard, que havia retornado a sua forma normal. Ela viu o grande Pokémon chama se virar, os olhos violetas – tão semelhantes aos seus próprios – encaram-na com orgulho e algo… algo que ela não conseguia descrever com palavras.
Sem que percebesse, seu corpo agiu sem seu consentimento. Seu braço se ergueu na direção de Charizard e seus dedos longos e finos estavam a poucos milímetros de tocar o espaço entre suas narinas. No instante em que seus dedos o tocaram, eles atravessaram a imagem de seu Charizard que se desfez em uma delicada chuva de prata cintilante.

Brigit sentiu uma pontada em seu peito.

Doí…” pensou, recolhendo sua mão e desconectando o PokéPlush da mesa de batalha, para então recolocar sua Key Stone no centro de seu pentagrama.

Brigit ignorou os repórteres que tentaram, de muitas formas, fazê-la se pronunciar sobre a batalha.

O que eles queriam que ela dissesse?

Que havia sido uma batalha emocionante e difícil? E que havia vencido apenas por sorte?

Ela não era cínica ao ponto de dizer tais coisas. Uchoa não havia nem mesmo sido um desafio. Ele havia batalhado de forma violenta e sem nenhuma estratégia sólida, perdendo seus cinco primeiros pokémons para um único seu. Ele não merecia ser considerado um TreinerFighter.

Tudo o que ela desejava naquele momento, era encontrar um lugar silencioso, onde ela poderia ficar até que aquela maldita dor desaparecer de seu peito. Por que sempre que ela usava seu precioso Charizard, aquela dor se fazia presente? Sempre, desde que ele era um pequeno Charmander, isso acontecia, e ela não tinha como explicar o motivo.

Apenas… doía.
\(◑ω◑)/

Arceus havia observado a aquela humana, Brigit, durante quase três horas.

Ele a havia visto batalhar no sistema holografico. A havia visto ignorar repórteres. Agora, a estava vendo sentada no chão de um deposito escuro, encolhida agarrada com o colar onde estava sua Key Stone.

Em apenas três horas ele foi capaz de ver e compreender o que Giratina havia tentado lhe dizer. Mesmo em uma dimensão onde os pokémons eram apenas seres holográficos, aquela garota havia formado um elo único e indescritível. Um elo tão poderoso, que mesmo com a distância entre suas dimensões, Arceus era capaz de sentir plenamente. Ele também foi capaz de perceber a dor que ela sentia.

Brigit amava seus pokémons, mesmo que eles não passassem de imagens holográficas.

Ser incapaz de tocá-los… de realmente estar em contato com eles… isso a feria mais do que qualquer outra coisa.

Giratina estava certo.

Com a sombra que espreitava perigosamente sobre seu mundo, talvez, aquela garota fosse a respostas para seus medos.

Arceus sabia dos perigos do que estava prestes a fazer.

Porém, ele receava ainda mais os perigos que aquela sombra agourava.

Arceus havia tomado sua decisão.
\(◑ω◑)/

Brigit respirou lentamente, finalmente sentindo a dor em seu peito aliviar consideravelmente. Ela se recostou na porta, erguendo o olhar para o teto  escuro do deposito que ela havia encontrado. Involuntariamente, a imagem de seu Charizard surgiu em sua mente, para então ser substituída pelo momento em que ele desaparecia em uma leve chuva de prata brilhante.

Ela tinha apenas seis anos, quando sua tia Blanche havia lhe dado seu PokéPlush. Ela se lembrava perfeitamente daquele dia… ela havia passado mais de cinco horas no computador, formatando todo seu perfil de treinadora, até o momento em que ela havia recebido seu ovo. Naquela noite, Brigit havia acabado dormindo sobre o tapete de seu quarto, para então acordar na manhã seguinte com o som de seu ovo chocando. Para seu deleite, havia nascido um pequeno Charmander.

A partir daquele momento, ela havia criado e treinado aquele Charmander, ao ponto que ele cresceu e se tornou o forte e invencível Charizard que hoje a acompanhava.

Foram nove anos de dedicação e determinação. Talvez, devido a todas as batalhas e competições, assim como os momentos, não fosse estranho o fato de ela ter se apegado tanto ao seu Charizard. Contudo, nos últimos meses, esse sentimento havia se aprofundado muito mais do que antes.

Mais de uma vez, ela se pegava desejando que, não apenas seu Charizard, mas todos os Pokémons fosse seres reais. Há alguns meses, ela havia lido uma entrevista com o criador dos jogos e da série, Satoshi Tajiri, onde ele afirmava sua crença que os Pokémons eram raiais, porém habitavam outra dimensão. Mesmo que muitos acreditavam que era apenas um delírio do criador dos Pokémons, ou uma forma de conseguir mais publicidade, Brigit não conseguia se impedir de acreditar nisso.

Contudo, se isso realmente fosse real, ela acreditava que o destino era cruel. Cruel ao fazê-la nascer em um mundo onde os Pokémon não passavam de seres holográficos.

— Se estes são vossos sentimentos, é teu desejo de renascer? — Proclamou uma voz masculina profunda, assustando Brigit para longe de seus pensamentos.

No momento em olhou ao seu redor, para encontrar o dono da voz, Brigit não pode acreditar no que havia acontecido.

Há menos de meio segundo, ela se encontrava sentada no chão de um deposito escuro, agora, contudo, ela estava sentada em meio ao universo. Era impossível acreditar, ou até mesmo pensar que era real, mas lá estava ela, sentada em meio ao nada, rodeada por estrelas e constelações.

Ela levantou-se rapidamente, tentando pensar em uma explicação racional para o que estava acontecendo, porém, nada parecia ser capaz de explicar aquilo. Foi então que sentiu um movimento atrás de si e, quando se virou, Brigit pensou que fosse desmaiar. Parado a sua frente, há pouco mais de dois metros de distância, em uma postura imponente e poderosa encontrava o Deus Pokémon, Arceus.

Por um segundo, ela teve a certeza de que alguém deveria ter ligado um sistema holográfico, apenas para lhe pregar uma peça. Contudo, diferente dos hologramas, Brigit foi capaz de sentir perfeitamente o poder que emanava daquele Arceus. Normalmente, hologramas apenas aparentavam conterem certo poder, mas ela realmente era capaz de sentir. Sentir o poder com o qual Arceus havia criado o universo e todos os seres vivos.

— Eu devo estar sonhando… — murmurou para si mesma, ainda sem ser capaz de acreditar no que via.

— Não é um sonho, pequena humana. Sou tão real quanto vós. — Declarou a voz imponente de Arceus, fazendo com que Brigit arregalasse os olhos.

Antes que ela fosse capaz de falar, Arceus a envolveu com seu poder telicinético, fazendo com que ela fosse erguida no ar, até ficar na altura de seus olhos.

— Veja o mundo que habita vosso coração. — Proclamou, fazendo com que um espelho surgisse na sua frente.

Os olhos violetas dobraram de tamanho, enquanto as imagens surgiam no espelho.

Vastos campos verdes… grandes florestas virgens… profundos oceanos… altas montanhas… em cada um desses ambientes, Pokémons selvagens corriam livremente. Pequenos Pidgeys, Rattatas, e Caterpies Nas florestas e campos. Goldeens, Margikarps e Seels nos oceanos. Absols, Braviarys e Graveles nas montanhas. Todos eles… cada um dos Pokémons que conhecia e até mesmo alguns que ela desconhecia, estavam ali.

Foi como se um balão de felicidade se inflasse dentro de seu peito e, antes que percebesse, lágrimas da mais pura alegria escorriam por sua face.

— São… são todos reais… — murmurou baixinho, erguendo a mão e tocando a superfície do espelho, ofegando ao ver que ela não havia desaparecido, como um holograma teria feito. O espelho era totalmente sólido.

— Sim. Por isso, lhe faço a pergunta: se estes são vossos verdadeiros sentimentos, é teu desejo renascer? — Declarou Arceus, observando com atenção cada pequena reação que Brigit demonstrava.

— Renascer… — repetiu, encarando o espelho quase que hipnotizada pelas imagens.

Renascer em um mundo onde os Pokémons eram reais? Era isso que Arceus estava lhe propondo.

Um pequeno sorriso de esperança cresceu em seus lábios.

Sim, ela desejava isso. Não havia nada para ela em seu próprio mundo.

Seus pais haviam falecido em um acidente de carro há três anos. Seus tios, com os quais vivia no momento, não eram pessoas ruins, mas ela não os amava ao ponto de recusar tal presente. Para ela seu mundo estava se tornando frio e sem sentido. Apenas a ideia de renascer em outro mundo… ganhar uma nova vida… já fazia com que sentisse seu corpo ser aquecido pela esperança.

— Qual é a vossa resposta?

— Minha resposta… — Em algum lugar, no fundo de sua mente, havia aquela vozinha lhe dizendo para ser cuidadosa. Dizendo-lhe que Arceus não lhe ofereceria tal oportunidade, sem desejar nada em troca. Ela ignorou essa voz. — É sim! Eu desejo renascer!

O sorriso de Arceus foi a última coisa que Brigit viu, antes de perder completamente a consciência.
~Continua...~

Notas finais do autor:


Última edição por Queen Slytherin em Dom 27 Set 2015 - 14:55, editado 1 vez(es)

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The Last Hope Empty Re: The Last Hope

Mensagem por Shiota Dom 27 Set 2015 - 14:21

Hey, Queen o/

Primeiramente, comentando sobre as notas finais, por não ter assistido os animes que você citou, o que me veio na mente foi "Sword Art Online" (embora, na fic, a imersão não é por parte dos humanos, e sim os Pokémons que "vivem" no mundo humano). Talvez, com o Pokémon GO 10 Plus a gnt chegue a esse nível. Mas seremos esperançosos.

Vai ser uma puta sacanagem de Arceus se ela não for de Kanto. Ou, pelo menos, não ganhar o charmander. Eu estou sim curioso sobre o próximo capítulo: como ela vai renascer, se vc já disse que não vai ser um bebê? Vai aparecer ali, como se sempre tivesse existido, com direito a mãe e pai? Talvez, imagino que seja como nos jogos, vai acordar em uma cama, descer e falar com a mãe, ajeitar o relógio... vamos ver. E como ela vai simplesmente sumir do outro mundo? Já que ela era a campeã, provavelmente era bem conhecida.

Achei o adversário dela bem burrinho. Sabia que ela usaria o charizard no final e reservou um pokémon com 2x de fraqueza? Pq n usou desde o começo, já que ele seria imune ao tipo elétrico do dedenne?

Achei ela um pouco... sei lá... arrogante? Fiquei com a impressão de que não vi muito da personalidade dela, mas, ao mesmo tempo, vi demais. Acho que vai ser melhor de observar isso quando ela chegar na outra dimensão.

Se eu tivesse sentado em algum lugar e Arceus me levasse para sabe-se lá onde, perguntando se eu queria renascer, eu morreria de um ataque cardíaco '--'. Sério, é inimaginável a sensação.

Não tenho muito o que dizer do capítulo, visto que ele foi 90% concentrado na batalha.

Aliás, adorei o "\(◑ω◑)/" :3 kkkkkkk

É isso, tchau e até o próximo capítulo o/
\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/\(◑ω◑)/

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The Last Hope Empty Re: The Last Hope

Mensagem por Samm Dom 27 Set 2015 - 14:36

Oii, tudo bom? o/

Eu já estava vindo comentar sobre o prólogo e tive a surpresa de você ter postado outro capítulo! Bom, começando do início então. Achei muito interessante a sua ideia pra essa história, realmente eu não me lembro de ter lido algo semelhante. Adorei as caracterizações do Arceus e Giratina, e gostei mais ainda por eles não estarem nos papéis de mocinho e vilão como sempre se vê por aí.

As 37 dimensões são uma novidade para mim. No bom sentido. Quero ver como você vai trabalhar com esse conceito, e se irá explorar mais de duas dessas dimensões, mesmo que apenas pelos trechos dos pokémons deuses.

O prólogo foi breve e direto, sua descrição é bastante agradável e a leitura foi rápida. Seu conteúdo deixou um mistério no ar, me deixando ansiosa pelo primeiro capítulo. E já que estamos falando dele...

Adorei a ideia das batalhas holográficas! Muito, muito legais. Já vi uma tirinha brincando com isso, como se num pedido pra Nintendo tornar esse sonho possível. Jogar no console é legal, mas ver o pokémon em tamanho real é bem mais. Senti os personagens totalmente imersos na batalha, como se estivessem realmente numa realidade que existissem pokémons, o que me deixou igualmente triste que a Brigit quando a luta terminou e tudo aquilo se dissolveu.

A Brigit, assim como diversos protagonistas de fics espalhados por aí, é muito novinha. Quando eu tinha a mesma ou inferior idade que ela, eu achava isso simplesmente demais. Porém, quando mais nossas idades se distanciavam, mais eu achava um tanto quanto irreal alguém tão jovem ser tão poderoso. Sim, claro, existem pessoas que são realmente incríveis não importa a idade, só estou comentando que isso é muito recorrente em fanfics. Portanto, justamente por ela ser tão boa treinadora nos jogos, gostaria de ver ela mantendo esse bom nível de técnica no universo dos Pokémon, não só a velha "estratégia" do ataque-ataque-ataque, sem nenhuma habilidade de suporte.

Achei a cena do depósito muito maneira, ela tentando descobrir se aquilo era real ou não. Ai Arceus aparece e leva ela pro espaço, aquela coisa de praxe, papelada, burocracia etc etc. Ai ela oferece pra Brigit uma vida em outra dimensão e ela aceita quase que instantaneamente. Pensei "e a família dessa garota gente?!", mas logo na próxima frase eles foram mortos em prol da narrativa... OK! Problema resolvido! ^^''

Bom, acho que de comentários gerais era isso o que eu tinha pra falar. Encontrei alguns errinhos nesse capítulo, que seguem abaixo (em vermelho as correções):

"Seu Charizard não podia ser derrotado por um simples ataque."

"Em uma batalha surpreendente, Brigit (está faltando alguma coisa aqui) a habilidade de uma verdadeira TreinerFighter!"

"Normalmente, hologramas apenas aparentavam conter certo poder(...)"

"— Eu devo estar sonhando… — murmurou para si mesma, ainda sem ser capaz de acreditar no que via."

"(...) Arceus a envolveu com seu poder telicinético, fazendo com que ela fosse erguida no ar (...)"

Nenhum deles comprometeu muito a leitura, que continuou fluida e agradável como a do prólogo. E pra terminar, estou super ansiosa com o que vai acontecer a seguir! Penso que ela renascerá em Kanto, já que é lá que todo o universo de Pokémon se origina. Mas essa é só uma ideia minha. Ficarei contente com qualquer outra região, na verdade. Menos Unova. Unova é esquisita... ^^"

Abraços, boa escrita e até o próximo capítulo!

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Mensagem por Benitez Dom 27 Set 2015 - 22:46

Já ia perguntar se ela ia renascer bebê quando vi comentário no final haha.

Também acho que Kanto vai ser o destino dela por causa do Charizard, mas pelos pokémons que apareceram no capítulo Kalos faria sentido também.

No próximo capítulo quero descobrir se ela vai renascer com a memórias da dimensão dela ou se vai ser 100% vida nova no mundo poké. Se ela lembrar será que ela pode chegar a conhecer alguém na mesma situação que ela?

Estou gostando muito, continue com a fic e estarei aqui para ler os próximos capítulos.
Até o/
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Mensagem por Black~ Seg 28 Set 2015 - 22:29

Bom, vamos lá.

Apesar de eu não curtir muito essa temática religiosa do Mundo Pokémon, essa coisa Arceus x Giratina, entre outras, eu gostei bastante da fic. Como disseram, esse negócio de Arceus não ser inimigo do Giratina ficou muito bom, visto que sempre um é visto como o bem e o outro como mal, mas você conseguiu fazer com que eles trabalhassem em conjunto, gostei bastante.

Gostei também dessas 37 dimensões que o Giratina criou e tê-las separado entre uma dos Pokémons e dos humanos, e o único contato que os humanos tem com os pokémons é de maneira holográfica, assim como nos jogos pokémon. Isso foi incrível, sério. Genial. Ainda achei legal você citar o Satoshi do modo como foi inserido. Muito legal mesmo.

Como eu disse, gostei bastante dessas batalhas holográficas, foram uma coisa bem diferente de ser visto numa fanfic. Uma ideia que nunca foi utilizada numa fanfic. Achei a Brigit bem fortinha pra falar a verdade viu. Dedenne sozinho levou 5 pokémons? Mas realmente, pareceu com os jogos, onde conseguimos ganhar de alguns pokémons com apenas um, mas enfim.

Eu gostei da protagonista. Ela não ficou nem aquela mocinha bobinha, nem aquela menina arrogante. Ela mesclou os dois. Creio que ela tenha parecido arrogante, pois o homem "pediu", já que ele tinha um desdém enorme para com a garota e tudo mais. Mas ela não mostrou nada mais que isso, apenas não quis responder perguntas dos jornalistas, e não parecia surpresa em vencer tão facilmente. Mas enfim.

Aquele momento dela flutuando no Universo, conversando com Arceus foi muito bom. Seria uma confusão mental para qualquer ser humano se isso um dia acontecesse, achei bem legal o fato dela ser "escolhida" e o Arceus chamá-la para reviver no mundo pokémon, apesar de achar que ela reviver assim do nada não faz muito sentido, mas enfim huaha.

Só não entendi uma coisa: como a Brigit vai reviver no mundo pokémon se lá só vivem pokémons? Só se ela revivesse como pokémon, mas aí perderia todos os seus pokémons e não teria o objetivo do Arceus. Ela deve reviver como humano mesmo, mas vamos esperar. Eu também achei que os pais dela morreram só pra ela não ter família e assim reviver de boa; mas tudo bem, isso é chatice minha mesmo huahauha.

Enfim, imagino que seja só e boa sorte com a fic.

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Mensagem por DarkZoroark Qui 8 Out 2015 - 17:02

Queen Slytherin o/
Desculpe pela demora em trazer este comentário. Estive meio ocupado nas últimas semanas e também tenho protelado um pouco. Enfim, deixemos isto de lado e vamos ao review deste último capítulo:
Olhando por cima a princípio, devo dizer que adorei o capítulo. Após lê-lo acabei me empolgando ainda mais com o enredo da história. Dos animes que citasse admito que só conheço, jogo e assisto é Cardfight!! Vanguard. Nunca tinha ouvido falar de Angelic Layer, mas vou dar uma olhada outra hora. Enfim, na realidade a imagem que me veio a cabeça quando vi a batalha holográfica foram as cenas de abertura do primeiro episódio de No Game No Life. O jeito com que a Brigit destruiu, na falta de um termo mais apropriado, o adversário lembrou-me bastante da forma com que os irmãos principais da light-novel/anime dominam geral em qualquer jogo. É algo que eu particularmente adoro: uma protagonista que já começa a história com grande força.
Gostei bastante do conceito de uma batalha holográfica. Originalmente pensei que seria algo como SAO pela maior facilidade em se estabelecer um rank global, mas pelo visto me enganei completamente. A batalha entre a Brigit e o Uchoa - tenho certeza que já li esse nome em algum lugar - foi bem legal, apesar de apenas o final ter sido mostrado. Gostei da potência que desses ao Dedenne, visto que é um Pokémon muito mais conceituado pela sua aparência do que pela própria força - apesar de ser extremamente chato enfrentá-lo online. Fiquei confuso apenas com uma coisa: tipo, se ele tinha um Steelix na equipe porque não o enviou antes para enfrentar o roedor elétrico? Sei lá, acho meio estranho ele não ter usado um Pokémon com vantagem de tipos enquanto toda sua equipe estava sendo destruída.
Sendo honesto, fiquei com um pouco de pena da Brigit. Ter de suportar um enorme número de repórteres enquanto tudo o que quer é encontrar Pokémons de verdade. É até bonitinho, na realidade. A declaração do Satoshi dentro do universo da Fanfic foi interessante, apesar de que seria vista como uma "viagem de drogas" no mundo real. Posteriormente, a conversa com o Arceus em meio ao universo foi bem legal também. Achei meio curioso pela oferta dele ser, na realidade, de fazê-la renascer em outra dimensão. Na minha concepção seria mais fácil apenas mandá-la para lá como ela está. Enfim, estou ansioso para ver como se dará este renascimento.
Quanto a erros, encontrei apenas um:

Queen Slytherin escreveu:Ele a havia visto batalhar no sistema holografico.
"Holográfico" leva acento.
Bem, por enquanto é só. Aguardo seu próximo capítulo. ninja

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Mensagem por Kirkos Sex 9 Out 2015 - 1:28

Como a história tava no comecinho eu acabei aproveitando que tinha pouca coisa pra ler antes de começar a ler as outras fics maiores que estou devendo pra ler essa aqui.

Veja bem, eu tenho um preconceito com Kalos muito grandes. Eu até evito que Kalos seja mencionada na minha fic então pra você ver como eu deio essa região. Entretanto, mesmo com a menção de duas mega evoluções eu não torci a boca então meus parabéns por descontruir na cabeça de alguém o ódio por algo (outros autores tinham feito isso, mas enfim, você foi mais uma dentre tantos).

37 dimensões? Sendo que 34 tem algo em comum? Sério, eu me amarrei na ideia. A única coisa que eu acho que pecou foi que você apesar de mencionar até o criador dos jogos acabou por não mencionar a cidade da presonagem principal, mesmo que isso não seja relevante bateu uma curiosidade em mim em relação a isso. Nway, imaginei 734623874632187682754326 mundos diferentes

A mesa de jogo foi uma ideia GENIAL, me lembrou muito Yu gi oh, mesmo que eu tenha enxergado 0 coisas desse anime. Enfim, meus parabéns. O foco no sofrimento da bridgit com o Charizard foi algo maravilhoso, meus parabens por criar um drama assim tão fáci e leve e sem muita melação.

Arceus ofereceu uma coisa que ela não entendeu muito bem... Se ele ofereceu para ela renascer em outra dimensão ela claramente não virá como Bridgit e quem sabe como outra treinadora ou quem sabe até como um pokémon, me pergunto se ela encontrará os pokémons do time dela, mesmo que os mesmos sejam holográficos. Nao pude deixar de imaginar uma semelhança dos pokémons falantes com o Leon, o Kecleon Shiny da minha fic que sabe falar hahahah

Enfim, gostei da ideia e estou com algumas teorias em relação ao preço que Arceus cobrará ao atender ao pedido dela.

PS: sobre o linguajar do Arceus ser rebuscado e lembrar alguém que viveu a muuuuuuito tempo> MANO QUE GENIAL PARABÉÉÉÉNS

É só, boa sorte com a fic. A ideia é genial, trabalhe-a bem que tu fará sucesso fácil aqui (:

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The Last Hope Empty Re: The Last Hope

Mensagem por Queen Slytherin Sex 16 Out 2015 - 17:43

Respostas aos Comentários::


Capítulo Dois
~Uma Nova vida. Um Novo Começo.~



Quando abriu os olhos novamente, Brigit precisou de alguns instantes para compreender o que havia acontecido.

Confusão era uma palavra adequada para lhe descrever naquele momento.

Olhando ao seu redor, ela confirmou que não estava mais no deposito escuro. Muito pelo contrario, ela se encontrava em uma sala de estar com paredes em um tom caqui, sentada em um confortável sofá marrom avermelhado de três lugares. Em frente ao sofá, havia uma mesinha de centro feita de madeira polida e, um pouco mais adiante, havia uma televisão grande – provavelmente 24 polegadas –, uma estante com livros de várias grossuras, um armário de duras portas com alguns porta retratos sobre ele e um telefone, e uma mesa de madeira com quatro cadeiras. Mais a direita da sala, havia uma estava que levava ao segundo andar, enquanto à esquerda, separado por um balcão de tijolos a vista, havia uma cozinha de tamanho médio. De onde ela estava, era possível ver uma geladeira branca e um balcão de mármore.

Ainda um tanto zonza, ela tentando encontrar algum tipo de referencia sobre onde estava. Foi quando ela viu um jornal sobre a mesinha de centro. Pegando-o, a primeira coisa que ela viu, foi à data: “sábado, 12 de setembro de 2015”.

Brigit estranhou a data.

Antes do que havia acontecido do deposito, ela tinha certeza de que era 10 de julho – uma sexta-feira. O que havia acontecido com ela naqueles três dias?

Olhando para a página principal, ela viu cinco manchetes:


“EQUIPE ROCKET É SUSPEITA DE ATENTADOS NA CIDADE DE CELADON. (pag. 3 e 4)”
“ARQUEÓLOGO JULIAN SÓLON AFIRMA TER DESCOBERTO NOVO FÓSSIL. (pag. 5 e 6)”
“PROFº SAMUEL CARVALHO FALA SOBRE AS EVOLUÇÕES E SUAS CONTROVÉRSIAS. (pag. 10 e 11)”
“LÍDER DE GINÁSIO, MISTY, REVELA MÉTODOS DE TRATAMENTO PARA POKÉMONS DO TIPO ÁGUA”. (pag. 8)
“ESPECIALISTA EM POKÉMONS PRÉ-HISTÓRICOS FAZ GRANDE REVELAÇÃO. (pag. 13 e 14)”


Bem, ela estava no mundo em que sempre sonhou, apesar de que ela não sabia exatamente aonde. A única coisa que ela poderia afirmar, baseada nas pequenas informações das manchetes, era que ela se encontrava em Kanto.

Batidas fervorosas na porta, fez com que ela se levantasse assustada.

Hesitante, ela caminhou em direção à porta, espiando pelo olho-mágico.

Parado em frente à porta, com uma expressão de preocupação, encontrava um homem por volta dos 20 anos. Ele deveria ter quase 1,80m de altura, com cabelos castanho-claros, olhos pretos com óculos quadros e usando um jaleco branco.

Ajustando a trava de segurança da porta, ela a abriu, apenas o suficiente para que o homem a visse.

— Senhorita Brigit! Graças a Deus, você está em casa! — Falou aliviado. — Rápido! Você tem de ir para o laboratório!

— Laboratório…? O que aconteceu? — Perguntou confusa. Por que ela seria necessária em um laboratório?

— Os novos treinadores foram escolher seus iniciais, então um deles teve a ideia brilhante de ofender o Charmander! Você sabe como ele é orgulhoso… Profº Carvalho tentou acalmá-lo, mas ele não consegue contê-lo! Charmander só obedece a você!

Os olhos violetas de Brigit cresceram de espanto, a cada palavra que aquele homem – provavelmente um assistente – pronunciava.

Talvez fosse imprudência sua, mas ela não estava iria esperar.

Mais do que rapidamente, ela destravou a trava de segurança, abrindo a porta e saindo correndo.

Um pequeno sorriso se desenhou em seus lábios.

Ela estava na cidade de Pallet. Era quase irônico, mas ela não podia deixar de se sentir agradecida pelo fato. Afinal, não havia cidade que ela não conhecesse melhor, mesmo que apenas em teoria, do que Pallet. Era por isso que ela não hesitava, enquanto corria pelas ruas da pequena cidade. Ela sabia exatamente aonde o laboratório do Profº Carvalho se encontrava.

Em menos de cinco minutos, ela parou em frente de uma casa grande de três andares pintada de vermelho bordô. Havia grandes janelas quadradas em todos os andares. Contudo, antes que pudesse estudá-la com um pouco mais de atenção, uma grande explosão de chamas, que destruiu uma das janelas do segundo andar, fez com que ela agisse novamente.

Brigit avançou em direção a porta, abrindo-a e correndo para dentro. Ela não parou para analisar o lugar, ou a decoração, subindo diretamente pelas escadas e avançando pelo corredor do segundo andar. Adentrando a primeira porta, de onde gritos eram facilmente ouvidos.

Assim que a abriu, caos foi à primeira coisa que Brigit pensou para descrever aquele lugar.

Vidro quebrado pelo chão, computadores e outras máquinas destruídas, móveis parcialmente carbonizados. Atrás de um armário de alumínio, tentando se esconder, havia duas crianças – um menino e uma menina – e um homem já aparentando certa idade, usando um jaleco branco. Junto com eles, estavam um pequeno Squirtle e Bulbasaur. Toda a sua atenção foi desviada, quando uma forte rajada de fogo cortou o ar, atingindo a parede a sua esquerda.

Brigit pulou do lado, apenas por impulso, antes de se virar para a origem do ataque.

No centro da sala destruída, encontrava um Charmander.

Não um Charmander comum, isso Brigit foi capaz de ver rapidamente.

Charmanders selvagens mediam entre 70 a 80 centímetros. Charmanders de laboratório ficavam entre 50 e 60 centímetros.

Aquele Charmander não deveria ter mais do que 40 centímetros. Sua pele era na cor padrão laranja avermelhado, e seus olhos eram azuis brilhantes.

Ele estava verdadeiramente irritado, expelindo fortes rajadas de fogo pelo laboratório.

Brigit sorriu.

Era estranho sorrir em tal situação, mas ela não conseguia deixar de sorrir.

Aquele temperamento… aquela força selvagem…

As palavras do assistente soaram em sua mente novamente: “Charmander só obedece a você!

Com passos tranquilo, como se seu mundo não houvesse mudado totalmente nas últimas 24h, Brigit caminhou até onde Charmander estava, parando a menos de meio metro de distância dele. Inconscientemente, ela sabia que todas as pessoas na sala estavam lhe observando, mas ela não estava lhes oferecendo qualquer tipo de atenção. Ela estava totalmente focada no pequeno Pokémon de fogo a sua frente.

Então Charmander se virou, a boca aberta pronto para lançar uma nova rajada de fogo, quando seus olhos se fixaram nela. Ele hesitou e fechou a boca, parecendo decidir que não queria mais atacar, então sentou no chão e cruzou os braços, quase como uma criancinha mimada que teve o doce negado.

Brigit sorriu e se agachou ao seu lado, erguendo a mão, pronta para acariciá-lo, quando ela hesitou. Por um momento, um medo absurdo preencheu seu peito, antes que ela suprimisse aquele medo e terminasse com a distância. Quando ela sentiu seus dedos contra a pele quente, Brigit não conseguiu conter um suspiro de alívio.

Era real.

Poderia parecer tolo, mas até aquele momento, tudo a sua volta, poderia ser completamente irreal.

Mas agora, sendo capaz de sentir o calor que irradiava da pele de Charmander, ela tinha certeza de que tudo era real.

— Você não pode destruir tudo, só porque alguém te ofendeu. — Sussurrou, pegando o pequeno no colo e ajeitando-o em seus braços, e levantando-se.

Charmander virou o rosto, parecendo não querer aceitar o que ela dizia.

Brigit suprimiu uma risada.

— Charmander. Olhe para mim. — Pediu, tentando manter a voz firme.

O pequeno ainda hesitou por alguns minutos, antes de erguer os olhos e encará-la com ar culpado.

— Está tudo bem. — Sussurrou, querendo que ele soubesse que ela não estava brava.

— Graças a Deus. — A voz aliada atrás de si, fez com que Brigit se virasse para finalmente encarar os outros ocupantes da sala.

O senhor de idade que ela via visto antes, que era provavelmente o Profº Carvalho, deveria ter por volta dos 50 anos. Cabelos grisalhos bem cortados, usando uma calça social preta e um suéter verde envelhecido. Ele parecia realmente cansado, quase como se houvesse corrido vários quilômetros, sem mencionar as óbvias marcas e pequenas contusões recentes que ele apresentava.

Das duas crianças não deveriam ter mais do que 11 ou 12 anos.

O menino era baixinho, por volta de 1,40m. Corpo ainda em formação, com ele cor-de-oliva, cabelos negros arrepiados e olhos castanhos. Ele usava um jeans surrado e uma camisa vermelha com a estampa de um cárneo de Marowak. A menina era um pouco mais alta que ele, por volta de 1,50m. Cabelos vermelhos presos em um coque desarrumado, pele clara e olhos verdes. Ela usava um vestido roxo simples, com um bolero de jeans azul escuro. Ambas as crianças carregavam mochilas nas costas, indicando a clara intenção de sair em jornada.

— Obrigada por ter vindo tão rápido, Senhorita Brigit. — Agradeceu o professor, se aproximando junto com as crianças e os outros dois iniciais.

— Não precisa agradecer, professor. — Respondeu prontamente, apesar de que ela não sabia exatamente qual deveria ser sua relação com aquele homem.

— Profº Carvalho, quem é ela? — A pergunta salvadora havia sido feita pelo garoto, que a encarava com curiosidade óbvia.

— Esta, crianças, é a Senhorita Brigit. Ela é uma Especialista Comportamental Pokémon e têm me ajudado aqui no laboratório nos últimos dois meses.

Brigit esperava que sua expressão não houvesse denunciado sua surpresa.

Dois meses?

Naquele mundo, ela existia há dois meses e havia passado esse tempo auxiliando no laboratório do profº Carvalho?

Isso, certamente, respondia suas dúvidas sobre a linha de tempo, apesar de que ela não sabia exatamente o que havia naqueles dois meses.

— Senhorita Brigit, esses são Alexa e Gael. — Apresentou, apontado para a garota e o garoto respectivamente. — Eles são os novos treinadores.

— Entendo. Qual de vocês pensou que seria uma boa ideia ofender o Charmander? — Perguntou, encarando as duas crianças.

Ela precisava que ninguém respondesse sua pergunta, pois quase que imediatamente, Alexa corou e desviou o olhar.

— Er… professor, o que exatamente é uma Especialista Comportamental Pokémon? — Perguntou Gael, obviamente mudando o rumo da conversa, para ajudar Alexa.

— Assim como as pessoas, Pokémons possuem diferentes e isso afeta suas habilidades de batalha e sua interação com seu treinador. Um Especialista
Comportamental Pokémon estuda as muitas personalidades e desenvolve métodos, que permite a um treinador melhorar sua interação com seu Pokémon e aumentar seu desempenho nas batalhas. Os Pokémon Sommelier usam a base desse conhecimento, para estabelecerem uma avaliação do relacionamento Treinador/Pokémon. — Explicou o professor, usando um tom profissional que fez com que Brigit se lembrasse de sua professora de física.

— Senhorita Brigit, qual é a personalidade do Squirtle?

A voz animada de Gael fez com que Brigit o encarasse por alguns instantes.

O menino a encarava com visível apreensão, como se temesse a resposta que ela lhe daria. Quando seu olhar desviou para o pequeno Squirtle ao lado do Profº Carvalho, Brigit o viu encarar o garoto curioso.

— Você escolheu o Squirtle?

Gael remexeu-se nervoso, lançando um olhar para Alexa.

— Eu… er… não tive tempo de escolher ainda. A Alexa ia escolher primeiro, mas ela acabou irritando o Charmander e…

— E ele ficou bravo e começou a destruir o laboratório. — Completou, olhando para o pequeno Pokémon de fogo em seus braços, que apenas bufou e virou o rosto para o lado, como se dissesse que aquilo não era culpa dele. — Nesse caso, você quer saber qual a personalidade do Squirtle, porque tem medo de que ela não seja compatível com a sua, e vocês não se deem bem.

Gael concordou em silêncio, um pouco surpreso com a forma como ela o havia lido tão bem.

— Isso não é certo sabia? — Comentou, abaixando-se ficar na altura dos Pokémons e estender a mão em direção aos dois inicias, em um convite silencioso para que se aproximasse.

Convite, esse, que não demorou a ser aceito, quando os dois se aproximaram correndo dela.

Brigit sorriu, acariciando um de cada vez.

A pele de Squirtle era fria e úmida. Fazia com que ela tivesse a sensação de mergulhar sua mão em um lago refrescante, em um dia ensolarado. Já a pele de Bulbasaur era mais suave e fresca, quase como se ela estivesse tocando a grama.

Era uma sensação tão maravilhosa, que Brigit não sabia expressar corretamente o que sentia.

— Durante a jornada, você vai encontrar muitos Pokémons diferentes, com personalidades únicas. Como um treinador, você deve aprender a se adaptar a essas personalidades únicas e ajudá-los a se desenvolver. Por isso, por todos os desafios e dificuldades que você, com toda a certeza, encontrará na sua jornada, seu primeiro Pokémon não deve ser escolhido com base na personalidade, mas com base no que diz o seu coração. — Terminou de falar, erguendo seus olhos violetas e encarando os olhos castanhos de Gael. — Então, Gael, qual deles o seu coração diz para escolher?

Gael a encarou surpreso por vários instantes, antes de olhar para os três Pokémons. Squirtle, Bulbasaur e Charmander retribuíram o olhar. Durante alguns momentos em silêncio, eles apenas se encararam, até que Gael sorriu e Brigit viu, mesmo que de forma quase imperceptível, um brilho de confiança e determinação iluminar seu rosto.

— Squirtle! É com ele que eu quero começar!

A pequena tartaruga voltou um guincho de alegria, antes de saltar em direção a Gael, que quase não conseguiu pegá-lo a tempo.

Brigit sorriu ao ver aquilo.

Gael parecia ser um bom garoto, um pouco nervoso e inseguro. De alguma forma, ela sabia que Squirtle seria um ótimo parceiro para ele. A pequena tartaruga era hiperativa e um tanto descuidada. A mistura de suas personalidades seria algo interessante de se ver.

— Bem, nesse caso eu fico com o Bulbasaur. — A voz de Alexa soou ríspida, fazendo com que Brigit a olhasse.

Algo naquela garota, ela apenas não sabia o que, era estranho.

Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, o Profº Carvalho chamou as duas crianças para outra sala, começando uma pequena palestra sobre suas responsabilidades, agora que eram treinadores.

Sozinha na sala, Brigit olhou para o pequeno Charmander em seus braços e sorriu, quando mesmo rosnou e esfregou seu rosto em seu braços em um gesto de carinho.

Lentamente, ela se levantou e caminhou em direção a uma das janelas quebradas, observando a bela Cidade de Pallet. Dezenas de casas simples, com jardim grandes e coloridos, um céu azul e brilhante, onde o astro rei brilhava majestosamente. Nessa paisagem, que era tão parecia com sua cidade natal, Córsega na França, Brigit foi capaz de ver as diferenças que faziam com que seu coração batesse sem doer. Bando de Pidgeys voando pelo céu, Meowths correndo pelos telhados, Hoppips flutuando com a brisa.

Internamente, Brigit sabia que ela deveria se sentir culpada por ter aceitado a proposta de Arceus.

Ela construído uma vida inteira em seu mundo. Haviam pessoas que, certamente, perceberiam seu sumiço. Ela nem mesmo sabia se Arceus havia modificado alguma coisa, para que todos lá se esquecessem dela. Porém, mesmo com tudo isso, ela não conseguia se sentir culpada.

Aquele mundo… aquela realidade onde os Pokémons eram reais… aquele era o mundo que ela pertencia.

Brigit não sabia quanto tempo ela havia ficado ali, observando o mundo ao seu redor. Ela apenas voltou para a realidade, quando viu Alexa e Gael saindo do laboratório. A cena tão teria grande importância, se Alexa não houvesse empurrado Gael no chão e gritado algo com ela, para então se virar e sair andando como se nada houvesse acontecido.

Definitivamente, havia algo de errado com aquela garota. Ela não agia como uma menina normal.

Antes que ela pudesse fazer algo, ela viu Gael se levantar do chão lentamente. A ação não teria importância se Brigit não fosse tão boa em leitura corporal. As costas estavam eretas, ombros rígidos e os punhos fechados. Seu corpo tremia apenas um pouco, mas algo lhe dizia que não era de medo. Brigit não pode deixar de sorrir, ao vê-lo se virar na direção contraria que Alexa havia seguido e caminhar a passos firmes.

Ele ficará bem”, pensou com um pequeno sorriso.

— Aah… parece que vou ter de reformar essa sala novamente. — A voz lamuriosa do Profº Carvalho a fez se virar.

O homem idoso olhava quase que desolado para a sala destruída, o que fez com que Brigit se sentisse um pouco mal por ele. Levando em consideração a personalidade impetuosa e explosiva de Charmander, aquela situação deveria ter acontecido incontáveis vezes.

— Sinto muito por isso, professor. Charmander, peça desculpas. — Mandou, lançando um olhar severo para o pequeno Pokémon em seus braços.

Charmander simplesmente bufou e virou o rosto, antes de resmungar alguma coisa baixinho, o que Brigit entendeu sendo uma tentativa contrariada de pedir desculpas.

— Não foi nada realmente, Senhorita Brigit. Costumava ser muito pior, quando você não estava aqui. Esse rapazinho sempre teve uma personalidade forte demais para o seu próprio bem. — Tranquilizou Carvalho, se aproximando de onde estavam, para acariciar o pequeno lagarto de fogo. — Eu só me pergunto o que vai acontecer com ele…

— Como assim?

— Bem… com uma personalidade tão forte, Charmander sempre causa alguns problemas e não obedece a ninguém… bem… ninguém, exceto você. Treinadores jovens, sem experiência, veem isso como um obstáculo difícil de transpor. Tenho medo de que ele seja devolvido, se um treinador com pouca confiança o escolher.

Brigit ficou em silêncio ao escutar aquilo.

Seu coração falhou uma batida, sua boca ficou seca e um súbito nervosismo preencheu seu peito.

Arceus havia lhe oferecido àquela chance.

Ele não apenas havia lhe enviado para a Cidade de Pallet, a qual ela conhecia melhor do que qualquer outra, mas havia lhe colocado em contado direto com ele… com Charmander. Não um simples Charmander, disso ela sabia.

Seu Charizard. Seu parceiro e Pokémon nº1 era exatamente como aquele pequeno Charmander. Aquela personalidade impetuosa e explosiva, havia sido o que fizera seu Charizard um Pokémon tão forte e imbatível nas batalhas holográficas. No fundo de seu coração, Brigit sabia que não havia erro.

Arceus não só havia lhe dado àquela chance, mas havia colocado seu parceiro mais precioso em seu caminho.

— Professor, se não houve nenhum problema para o senhor, eu gostaria de fazer o Charmander meu parceiro.

Carvalho a encarou com os olhos espantados, mas nada superava a expressão do pequeno Pokémon de fogo. Os olhos azuis brilhantes de Charmander estavam arregalados, repletos de um brilho de puro fascínio e incredulidade.

Brigit sorriu para o pequeno Charmander.

— Eu quero sair em jornada. Sinto que há algo muito importante que eu quero fazer. E quero muito que Charmander vá comigo. — Declarou com firmeza, encarando o homem a sua frente.

Carvalho sorriu, quase como se, no fundo, estivesse esperando que ela dissesse isso.

— Duvido que haja uma treinadora melhor para esse Charmander, do que você, Senhorita Brigit.

Brigit sorriu, para então olhar para seu Charmander. Seu.

Charmander retribuiu seu olhar, parecendo tão determinado e seguro que Brigit soube que, não importava o que fosse acontecer a partir daquele momento, eles conseguiriam.

Aquele era sua nova vida. Seu novo começo.

Sua nova chance.
Continua...

Notas Finais da Autora::

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