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Mensagem por Rush Seg 17 Jun 2013 - 23:30

VOCÊ VOLTOU *-*


Enfim cara, quanto tempo. Você sumiu mano :/ Pensei que tinha enjoado de Pokémon ou saído totalmente do fórum. Tenho que admitir que estou bem feliz em que tenha voltado. A sua obra é uma das melhores do fórum, é muito triste ver que o sedentarismo dos usuários faz com que eles não leiam coisas grandes, pois você merece muito mais comentários. 


Sua narração está divina cara, de verdade. Você andou praticando? Pois eu acho que você melhorou bastante. Seu vocabulário, rico e bonito, junto a uma descrição bem trabalhada e bolada. Não encontrei erros, só a sua bela criatividade que você fez o favor de manter neste novo capítulo.


Sinto muito a demora para comentar, eu tive que ler uns capítulos para poder recapitular todos os eventos, dei uma lida rápida, logo está tudo bagunçado em minha cabeça sobre os capítulos anteriores. Mas enfim, vamos comentar o atual.







Pokaabu escreveu: Meus pêsames, pela sua irmã, quero dizer. – Disse mais para ela do que para o próprio garoto.

- Meus pêsames pelo seu cachorrinho. – Replicou ele.





Cara, que humor negro. AUHEUAHEUAHE' Eu me senti mal por ter rido disso. É tão trágico ter um cão decapitado por um Scyther, odeio quando isso acontece. :/ AUHEUAHe' A história desse Félix é bem tensa também. Jurava que quando a Maçãnzinha se transformara numa árvore, o rapaz ia tentar beijar a moça. Pelo visto esse rapaz é mais cavalheiro do que parece.





Yuko escreveu:- Você deveria saber. Não são as piranhas que vivem na água?

Eu ri disso. Não esperava que essa mulher ia ser tão ousada num clima tão crítico. Todavia, já esperava o soco que ela iria receber. Isso foi bem clichê de filme de ação.



Enfim. Eu achei muito tenso a cena em que a Ágata se transforma. Mas foi muito bem trabalhado e descrito. Foi muito interessante.


Cara, só quero lhe dizer que você fez muita falta na área de Fan Fics. É muito bom te ver de volta, e acredite, sua Fic também fez. Você tem um ótimo talento para a escrita, e mal posso esperar por mais capítulos.


Um abraço cara, até mais. 
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Mensagem por Mag Sáb 22 Jun 2013 - 2:12

Pok, Pok, estou aqui. Desculpa a demora, eu tive uma prova de literatura na sexta que cobrava 4 obras gregas do cão, estava bem corrido mesmo. Acrescento aqui que vi que você postou "Era Uma Vez" e nem me avisou ú.u Eu preciso reler pra comentar, então hoje a tarde ou amanhã eu faço, ok?


Feliz por você ter retornado a fic depois de... o quê? três meses? É por aí. Eu não tenho tempo de reler, então espero que minha memória me ajude neste momento ahushauhsu Por enquanto está tudo certo. O capítulo foi bom pra recordar um pouco da Ágata e entender um pouco melhor essa mutação que hibrida seres humanos com pokémon, embora ainda tenha o que explicar sobre isso, não é? Quero só ver como tá o Stan depois daquela loucura toda com o Cyndaquil.


Agora a parte da Yuko... eu não lembro exatamente o que aconteceu antes, eu acho que teve uma parte em que eu estava meio desconfiado das intenções dela, não tenho certeza. Mas os trechos deste capítulo me lembraram rapidamente da ditadura e os métodos de tortura para repressão e pra que os ativistas denunciassem onde se localizavam os lideres e o que planejam, etc. Isso foi bem proposital, não é? hehe Espero que trate isso bem na fic. Eu amo esses assuntos, cê sabe né... Ah! E novamente, acho que pela terceira vez, a beleza do nada tendo como ponto de observação a água - rio, mar. Fico cada vez mais curioso.


Enfim, Pok, estou felizão que tenha voltado, espero que consiga continuar e concluir a fic, carinha!


Até mais.

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Mensagem por Pokaabu Sex 28 Jun 2013 - 20:17

E aí The Pikachu, obrigado pelo comentário cara e foi poucos minutos depois que eu postei o capítulo o_o, fiquei até meio assim.

Nossa, seu Rush, assim eu fico até envergonhado, obrigado pelo comentário e espero que você comente novamente. Não acredito que você riu daquela parte, o cachorrinho dela, coitadinho.

Oi, Mag. Senti um puxão de orelha, tudo bem, eu mereço. Não vai ser fácil administrar as duas fics, mas vou tentar dar conta. Quanto a Yuko, ela ainda tem alguns segredos para revelar.


Eu fiquei meio indeciso quanto a dividir todos os capítulos em duas partes, mas vamos continuar assim e ver no que vai dar.


A Anatomia dos Pokémons

O 6º Distrito - Stan - Página 4 Ap7w

Macabros

Para os céticos, eles não existem, para os mais medrosos são um tormento, as crianças tremem ao ouvir suas histórias, resumindo, a origem desses pokémons é uma incógnita. As histórias são muitas, cada uma mais medonha e aterrorizante que a outra. A mais provável e mais aceita é que, na ganância de concluir os seus projetos, o sexto tonem tenha feito uso de magia negra e feitiçaria para a criação dos pokémons. Sacrificava crianças em animais em rituais extensos e sangrentos, diz-se que o resultado são os piores monstros que alguém pode temer encontrar. O corpo destes pokémons nunca foi estudado, por nunca terem sido encontrados, ao menos não pelo esquadrão pokémon.
Escuros

Basicamente, são pokémon de hábitos noturnos. São, em sua maioria do tipo composto, sendo o “Escuro” basicamente mais uma característica do que um tipo em si. A anatomia desses pokémons depende muito do tipo compartilhado, mas, em todos os casos, existe um fator extra que os ajudam a sobreviver na noite. Como no caso dos Umbreons, mais conhecidos como raposas da noite. Com seu pelo negro, essa espécie se camufla entre as sombras, também há uma película fina e amarelada em seus olhos, que lhe permite um tipo diferente de visão térmica.


O 6º Distrito - Stan - Página 4 Gsw5

Parte l - A segunda tarefa.

O 6º Distrito - Stan - Página 4 Fh30

Todos estavam de pé quando o palanque de madeira começou a emergir do solo. O nevoeiro gélido ainda cobria todo o terreno, enquanto o céu estava coberto por um emaranhado de nuvens negras, o que deixava o ambiente ainda mais angustiante, tudo parecia insosso e sem vida. Olhando para os lados, percebeu que poucos conseguiram passar pela primeira tarefa. Alguns participantes estavam inquietos, poucos trocavam murmúrios, mas a maioria permanecia calada. O labirinto pareceu filtrar os mais estranhos, havia de todo o tipo, deixando os mais fracos para trás. Sam se pegou perguntando o que poderia ter acontecido com os perdedores. O silêncio pairava, entrecortado pelo pio de corvos que se amontoavam cada vez mais nas árvores brancas em volta da clareira. O clima era tenso e todos pareciam senti-lo, o Hoothoot empoleirado em seu ombro apertava sus garras com força, quase rasgando sua pele, como num aviso. Mas Sam nada sentia, estava calmo, relaxado, um pouco ansioso, talvez.

Era curioso, pensou, era realmente curioso saber que depois que você abdica de tudo e não liga mais para nada, você realmente se sente livre.

A subida da estrutura cessou e o que antes era névoa e grama morta, agora abrigava duas pessoas. A primeira delas era um homem que estava sentado na beirada do palanque, ele tinhas os braços cruzados, fazendo com que seus grandes músculos se acentuassem ainda mais. A outra era uma menina, estava ao lado do estranho e usava uma roupa de gostos controversos, como uma atendente de hotel carnavalesca. Sam se pegou compenetrado em sua face, seus olhos pareciam brilhar, como se fossem feitos de vidro. Os três garotos ao lado de Sam mostravam reações diferentes, Jon parecia temeroso, enquanto Josh parecia tranquilo. Will e Stan crispavam os olhos, tentando captar algum detalhe que lhes passara despercebido. Sam ainda analisava a menina quando o homem falou.

- Tisc, a Stella pegou leve esse ano. – Sua voz era grossa e rouca. – Quantos passaram?

- Setenta e cinco, senhor. – As palavras da garotinha saiam agudas e robóticas, soando falsas.

O homem coçou a barba do queixo e ficou-os observando. Foi assim por um longo tempo, ninguém falava, todos estavam temerosos para o que aconteceria a seguir. Foi a menina de cabelo vermelho que quebrou o silêncio.

- Posso começar, senhor?

O homem não respondeu, continuava com o olhar fixo, sem nenhum movimento.

- Senhor?

- Oi, o quê foi? – Ele parecia atordoado, como se tivesse acabado de acordar de um cochilo. Seria aquele homem capaz de dormir de olhos abertos? – Vá em frente, comece.

A menina sem nome virou-se de frente para os outros e começou a falar.

- Olá senhores e senhoras. Parabéns por terem passado pela primeira fase do exame pokémon. – Sam não havia notado, mais ao lado dela havia uma caixa branca de porte médio, a mulher pegou-a e com um giro perfeito apontou-a para os competidores. – Por favor, quando seu nome for chamado venha à frente e tira um envelope da caixa. O envelope retirada conterá três cartões, cada item presente nesses cartões deverá ser adquirido antes do final desta semana. O competidor que concluir com êxito a captura dos três itens, só terá que se encaminhar para o barco que se encontra na encosta norte da floresta, boa sorte.

Foi aí que a cabeça dela explodiu.

- A voz dela me irrita, a vocês não? – O homem amassava os restos mecânicos do robô, que agora era só corpo. Sua caixa de som continuava a emitir suas últimas palavras: Boa sorte, boa sorte, boa sorte. – Cale a boca, boneco infernal. – Homem enfiou sem longo braço por dentro do pescoço e de lá tirou um emaranhado de fios, fazendo com que a máquina se desfalecesse e caísse no chão, inerte.

- Voltando aos trabalhos. O tio Spark vai chamar um a um aqui. Não tenham medo, eu não mordo. – Se era para rir, ninguém notou. Era possível sentir tensão pulsante de todos os competidores, até a névoa presente não parecia tão fria quanto antes.

Spark enfiou a mão no bolso da sua calça esfarrapada, tirando de lá um dispositivo vermelho, como um celular. Sam já havia visto aquilo antes, mas não se lembrava onde. O examinador parecia digitar alguma coisa, levantava as sobrancelhas em um momento e no outro estava de cenho franzido, ficou naquele jogo de gato e rato com o aparelho por um bom tempo, até que de repente falou:

- Número 370, Samuel Allen. – Sam olhou em seu peito para conferir se era realmente ele a quem haviam chamado. O Hoothoot apertou o ombro de Sam novamente e um estalo ecoou em seu cérebro. Perfeito, pensou.

Caminhou até Spark, de perto ele parecia ainda mais monstruoso, as veias dos seus músculos eram acentuadas, parecia e já havia provado ser uma dessas pessoas que se enraivecem por qualquer coisa. Sam enfiou a mão dentro da caixa e puxou o primeiro envelope que lhe apeteceu. Era uma cartinha branca e pequena, nada de mais, nada de especial. Sam virou os olhos para o homem, que olhava fixamente para o Hoothoot no seu ombro, como se pressentisse seu plano. Sam virou-se e desceu o palanque, fingindo voltar ao seu antigo lugar.

- Hoothoot, agora. – Sussurrou fraco, confiando nas habilidades sonoras do pokémon.

No começo, a sensação foi estranha. Sua visão ficou turva e sua cabeça tonteou, mas logo depois ele se sentiu como um rei. Tudo estava vermelho. Dos enormes olhos da corujinha emanava uma luz carmesim em forma circular, pulsante e constante. Todos os participantes estavam paralisados e agora o que restava era recolher o que lhe era de direito. Abriu o pequeno envelope branco e retirou os três cartões. Dois deles continham o desenho de duas plaquetas, como a que ele carregava em seu peito. Número 255 e 189. No último, o desenho de uma pena preta era o que cobria a carta, a legenda abaixo dizia: Pena de Murkrow. Essa vai ter que ficar para depois, pensou ele.

Começou a caminhar entre os participantes, procurando as placas que deveria roubar. A primeira que achou foi a 255, estava presa no peito de uma mulher baixa e de olhos claríssimos, ela parecia despreocupada, tinha os braço cruzados e fitava o garoto sem piscar, repreendendo-o pelo roube. Retirou o broche dela e guardou-o no bolso. Andando mais para a direita achou o número 189, era de um rapaz alto e esguio, ele vestia uma roupa à lá Robin Hood e tinha um arco e flecha preso as suas costas. Ao seu lado havia dois garotos parecidíssimos com ele, a não ser por detalhes pífios, as mesmas feições, a mesma roupa, o mesmo arco e flecha nas costas. Sam pegou a plaqueta do peito do arqueiro e no mesmo momento o Hoothoot deu um pio longo e cansado, queixando-se. Mas Sam precisava de mais tempo. Correu até Jon e abriu o mais rápido que pode a mochila em suas costas, a procura de algo que poderia ajudá-lo a encontrar a pena do Murkrow. Achou três livros, descartou o Mutações e como enfrentá-las e A Anatomia dos Pokémons e ficou com o mais promissor, Pokémons Macabros e onde Habitam.

O som agudo do pio da ave ecoou novamente em seus ouvidos e ele soube que era hora de seguir em frente. Guardou os livros na sua própria mochila e correu floresta adentro, sem medo, sem arrependimentos, livre.


O 6º Distrito - Stan - Página 4 Ftvc


Sentiu uma forte tonteira, enquanto levava sua mão à cabeça, seu corpo cambaleou e ele caiu. Pelo que viu, não havia sido o único. Os participantes estavam todos murmurando e trocando segredos enquanto Jon o ajudava a se levantar. Sentia-se fraco, como se não devesse estar ali, como se aquele momento ainda não devesse ter chegado. Pôs-se de pé, Spark observava a balburdia calado, coçando a barba do seu queixo. Stan aproveitou o momento para olhar ao redor, à procura de Ágata, mas não viu nenhum sinal da menina. Sem querer, seus olhos pousaram no homem de terno que também enfrentara o horrível jogo dentro do labirinto, então a imagem da mulher a quem ele empurrara voltou de supetão a sua mente, ela estava morta, por sua culpa, ele era um assassino. Balançou a cabeça e voltou-se para Spark. Nesse instante percebeu o motivo para tantas conversas entre os competidores, Sam havia sumido.

Stan olhou para Jon. Mas o garoto deu de ombros, sem saber o que dizer. A algazarra já havia tomado proporções descomunais. Todos gritavam, alguns até já criavam princípios de discussões. O zum zum zum foi tanto que os Pikachus, que antes dormiam tranquilos na sua mochila, acordaram e pularam para fora, Pólux veio para o seu ombro e Castor para os seus braços. Spark digitava alguma coisa no seu celular estranho, indiferente a confusão que se formava entre os competidores. Stan viu os lábios do homem se mexerem, mas não conseguiu entende uma palavra sequer. Spark fechou os olhos e retorceu a boca para o lado. Stan pensou que ele iria gritar, tentando chamar a atenção de volta para si. Mas o que o homem fez foi muito menos trabalhoso e cobrou muito pouco das suas cordas vocais. O examinador retirou do bolso da calça uma cápsula pokémon, ao ver o objeto e predizendo o que aconteceria, Stan tapou os olhos. Sentiu a luz forte do dispositivo iluminar o local e uma grande lufada de vento.  Abriu os olhos e viu que a terra tremia, tanto que foi arremessado ao chão. Encolhido e abraçado aos seus pokémons ouviu o barulho das árvores se quebrando como gravetos e o som dos corvos que alçavam vôo desesperadamente. Quando olhou para cima seus olhos se esbugalharam. Um enorme dragão espreitava-o por trás de Spark, parecia ter no mínimo seis metros de altura, enquanto ele contorcia seu corpo, acostumando-se ao novo ambiente, suas escamas alaranjadas lhe saltavam para fora se sobrepondo umas as outras. O monstro abriu suas longas asas, asas essas que pareciam cobertas por veludo verde, rugiu e soltou um fogo azulado para o céu. Era lindo e aterrorizante ao mesmo tempo.

- Eu realmente espero. – Começou Spark, ainda olhava para o celular, mas sabia que agora todos lhe davam atenção. – Que isso não se repita. Continuando. Número 25, Albert Moscórri.

O homem chamado caminhou com cautela na direção do examinador. O dragão o seguia com seus olhos vermelhos e estreitos, deixando clara sua renúncia a aproximação. Albert aumentou a velocidade e retirou o primeiro envelope que lhe veio à mão, logo depois pulou do palanque e rapidamente se embrenhou floresta adentro, todos os participantes trocaram olhares, duvidosos. Mas a reação de Spark foi nula, mal se mexeu, apenas voltou a digitar no seu aparelho. Uma semana, pensou Stan, a partir de agora, já estamos perdendo tempo.

A voz grave chegou aos seus ouvidos sem que ele percebesse.

- Número 47, Colin Dalton.

Ninguém se mexeu, então o grito veio.

- Onde está a minha plaqueta?! – Stan virou a cabeça para a origem do barulho, no que foi acompanhado por quase todo o resto. – Foi você Connie?! Se foi você, me devolva, agora! – Stan ouviu um “Não fui eu, idiota.” Depois uma sequência de ais e gritos de dor, então o pandemônio se instaurou.

Os dois garotos iniciaram uma briga violentíssima. O rapaz que parecia ser o irmão mais velho tentava dividi-los, enquanto os outros voltavam a suas teorias e cochichos. Stan olhou para Spark, ele tinha a boca retorcida para direita e a sobrancelha contraria levantada. Murmurou alguma coisa ao seu pokémon e o dragão abriu as asas, batendo-as em um ritmo continuo, levemente, mas a tormenta que se seguiu foi arrasadora, todos seguravam-se uns aos outros, tentando não ser levados pela ventania. Stan pensou em como seria bom ser o próximo a ser chamado, pois pelo o que via, aquilo demoraria muito, mas muito tempo.


O 6º Distrito - Stan - Página 4 X8ct


Das crianças que formavam a enorme fila lateral, aquela parecia ser a mais assustada. Quando Yuko foi acordada, há poucos minutos atrás, nunca imaginaria o que a esperava. Agora já desperta, tentava procurar alguma pista, algum caminho do lugar onde estava. A lama úmida sugava seus pés e exalava um cheiro pútrido, tudo era vazio, só a escuridão reinava, anunciando o horror que estava por vir. Tabata, era esse o nome da menina chorosa que estava à frente. Desde que haviam saltado dos comboios, o homem grande e musculoso chamava um por um, os despia e os examinava meticulosamente. Tabata, ingênua por sua pouca idade, não entendia o que estava acontecendo, chorava e se negava a obedecer às ordens que lhe eram dadas.

Yuko percebia a paciência do homem se esvaindo aos poucos e a menina continuava a gritar  e a chorar, pedindo ora pela mãe, ora pelo pai, ou a qualquer parente que lhe vinha à memória naquele momento de desespero. Foi tudo muito rápido, Yuko mal piscou, ouviu um grito, um barulho oco de coisa jogada ao chão sem cuidado, e lá estava ela, estatelada no chão, muda, inerte. A garotinha Tabata já não chorava mais.

De repente, um grito reboou por todo o lugar. Yuko virava a cabeça procurando sua origem, mas nada via, porém, algo mais macabro que o mais tenebroso grito a cercava. Todos, sem nenhuma exceção, tinham uma cabeça de palhaço no lugar dos antigos rostos. Era deformado, horrendo e inacabado. As bocas que iam de orelha a orelha entoava um cântico constante: “Mi, mime, Mr. Mime, Mi, mime, Mr. Mime, Mi, mime, Mr. Mime.” As vozes se misturavam, como lamúrias de crianças insatisfeitas, era ensurdecedor. Yuko se abaixou a abraçou seu próprio corpo, cheio de lama e barro.

Sentiu algo a deixando, libertando-a. Tudo girou e ela abriu os olhos.

- Pare! – A voz chegava aos seus ouvidos aos poucos. Estava tonta, com fome, com sede, fraca. – Vai matá-la. Não que... que... remos que isso aconteça, não agora, quando já chegamos tã... – Ela fungou. - tão longe.

Yuko levantou o rosto e tentou fixar o olhar. Viu a poça de lágrimas que inundava o chão de madeira, Tabata estava de costas para ela, relutante em mostrar o que seriam a prova de seu pranto, olhos inchados e vermelhos. Ela havia, naqueles pouco instantes de confronto com o passado, voltado a ser a menina dos pesadelos de Yuko.

Tabata preparava-se para sair, andava sem olhar para trás, quando Yuko teve um assomo de reação.

- Co... como foi? – Perguntou ela fracamente.

Tabata parou, esperando o final da pergunta, que não veio.

- Como foi o quê?

- Matá-lo, Huck, como foi a sensação. – Cuspiu as palavras, não medindo as reações da pergunta inconsequente.

A mulher se virou, seus olhos estavam inchados e com uma bolsa de olheiras roxas que cobriam quase toda sua bochecha. Tinha a face de um demônio.

- Minha querida, vamos ver, como posso resumir para você? Um sentimento que tão doce criaturinha nunca poderia pensar em ter. Vingança! – A palavra saiu pausadamente, como se o prazer por pronunciá-la pudesse ser prolongado. – Te digo, a vingança é o melhor, o mais intimo dos sentimentos humano. Viva por você, lute por você e mostre aquelas pessoas que te humilharam e te machucaram que tudo nessa vida tem um preço.

Com isso a mulher fechou a porta de metal da cabine com um estrondo. Yuko estava sozinha novamente, com sua única companheira, a escuridão. Tentando viver por si, tentando lutar por si.





Bom galera, a fan fic ta chegando na metade da história, já tenho um final em mente há bastante tempo e, por enquanto, tudo está caminhando bem. A Anatomia dos Pokémons terminou e ficou mais para: Como so pokémons nasceram e seu habitat. Mas foi legal. No próximo já começa os Pokémons Macabros e onde Habitam, que eu estou bastante ansioso para escrever. Até a próxima.

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Mensagem por Mag Dom 7 Jul 2013 - 3:18

Caraca, Pok, esse capítulo me fez perceber o quanto você melhorou... Não sei se estou desacostumado com a tua escrita, mas a narração desse capítulo está excelente, de uma forma que eu não me lembro de ter lido algo desse nível escrito por você.

Destacaria aqui, sem duvidas, a primeira parte do capítulo, o Sam. E já acrescentaria: se você não voltar a mostrar o lado pelo qual eu me apaixonei pela Ágatha, minha preferencia vai se voltar para ele. Esse POV dele ficou simplesmente incrível, fantástico. A maneira com a qual você fez ele realizar o plano dele, e, melhor fazendo referência a um pensamento dele lá do início "Era curioso, pensou, era realmente curioso saber que depois que você abdica de tudo e não liga mais para nada, você realmente se sente livre.". Quando eu terminei de ler a parte do Sam, dei uma subidinha pra reler isso. Muito bom, carinha.

Gostei também da POV do Stan, a narrativa também estava boa, embora ele não seja um personagem que tenha me marcado ainda. Veremos, não é, afinal eu só estou me interessando mais pelo Sam agora, que ele vem mostrando sua peculiaridade, ou ainda, seu desenvolvimento dentro do enredo. No capítulo da Yuko, no entanto, eu diria que fiquei bem perdido... agora, isso foi proposital ou não? Eu passei os olhos novamente pra tentar entender, mas não deu certo. Agora é saber se você tinha a intenção de provocar essa confusão.

Ah, com relação a dividir os caps em POVs, eu dou total apoio, faça da forma que quiser.

Desculpe novamente por demorar tanto a ler, isso se chama vagabundagem. Surprised 

Tchau Pok, até o próximo!


Black: Fanfic trancada por inatividade. Caso queira reabri-la mande uma MP a qualquer FFM.

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