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A Irrealidade da Vida

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A Irrealidade da Vida - Página 2 Empty Re: A Irrealidade da Vida

Mensagem por Mag Sex 22 Mar 2013 - 1:30

Respostas aos lindos comentaristas:

Spoiler:

Não sei se todos viram, mas eu criei um tópico no Escritórios de Fanfics pra minha fic, a fim de pedir umas opiniões para os leitores. Felizmente, o Weirdo e o Gui foram lá me dar um help. A partir de agora, sempre que eu for fazer algo do tipo, mas não der pra postar por aqui, irei postar lá. Link: Projeto da Irrealidade.

Aos que foram lá já sabem da novidade. O caso é que eu me revoltei com a primeira pessoa. Ela me priva de muitas coisas, então tomei outra decisão para mudar alguns rumos da fic. Os capítulos do Rodrigo, Tyler e Raquel continuarão a ser narrados em primeira pessoa, para não haver conflito. Mas qualquer outro personagem que eu introduzir na história, terá seu ponto de vista abordado na terceira pessoa. Iniciando por este, o Nohara. Ah! E este nome não é mérito meu. O parceiro Rush que me sugeriu esse nome, quando eu solicitei. Obrigado, cara.

O main post foi atualizado com a imagem dos novos personagens e, melhor, com um trecho muito intrigante de Memórias Póstumas, do Machado. Ao leitor apressado e que não esteja interessado em compreender o que ele diz, sugiro que nem leia. Mas se tem interesse, leia e releia com atenção. Quando li o livro, fiquei estarrecido por esta parte e não resisti à tentação de transcrevê-la aqui.

Ah! E meus sinceros agradecimentos aos leitores que votaram na fic no FOTM de fevereiro. Fiquei muito alegre.
4
Nohara



- Cuidado, Hypno! – Desta vez sua voz não soou tão límpida, reparou Nohara, mas aguda e desesperada.

Rodrigo levantou o tronco sobre a cabeça e o jogou. O objeto parou no meio do trajeto de acertar o pokémon, que desviou-o para o lado. Rodrigo não perdeu tempo e correu o mais rápido que pôde até o Hypno, pronto para dar-lhe um fortíssimo soco. Paralisou-se a meros centímetros de acertá-lo. A garota sorriu, despreocupada. Andou vagarosamente, se aproximando de Rodrigo com um sorriso atraente. Chegou bem perto e olhou-o de frente.

- Então é você... Nunca imaginei que fosse tão lindo. – Ela disse, sorrindo. Aproximou-se mais, roçando seu nariz no de Rodrigo. Deu um breve selinho em seus lábios e se afastou. – Mas está precisando de um banho e de se hidratar, sabia? Seus lábios estão secos, lindinho.

Rodrigo não compreendia mais nada. A menina continuou olhando-o por um tempo, meio perdida em devaneios. Depois voltou seu olhar para Nohara, intrigada.

- Mas você não parece ser do tipo dele. – Ponderou, apontando para Rodrigo. – O que está fazendo aqui?

Não recebeu resposta, mas riu consigo mesma daquela pergunta imbecil. Os dois estavam sob o seu controle, completamente travados. Hypno chiou um barulho grave, impaciente com sua dona.

- Isso não importa, não é? Preciso matar vocês de qualquer jeito... Que pena! Juro que seria mais bondosa se ele – sorriu para Rodrigo – estivesse com um cheiro agradável. – Virou-se para o Hypno. – Pode acabar com eles.

O pokémon psíquico fechou os olhos e levantou as mãos, colocando à mostra um objeto circular ligado a uma fina corda. O item balançava vagarosamente de um lado para o outro, da direita para a esquerda, do leste para o oeste. Rodrigo soltou um urro de dor e caiu no chão, mexendo-se para todos os lados, convulsivo.

O som de seu grito soou aterrador para Nohara. Não via nada exteriormente, mas sabia o que o Hypno estava fazendo. Logo Rodrigo não teria mais sanidade alguma. Aproveitou o instante de desatenção e se forçou a mexer, mas o pokémon era fortíssimo. Estava tão preso à telecinese quanto antes.

Súbito. O Hypno flutua descontroladamente e é arremessado ao chão com força. Um Growlithe furioso corre do meio da floresta e solta rajadas de fogo no pokémon estatelado no chão. De onde o pokémon de fogo saíra, outra garota veio correndo, com ódio ardente estampado na face. Ao seu lado vinha uma imponente Gardevoir.

Raquel era morena, a pele de um caramelado castanho deslumbrante. Os cabelos castanhos escuros, longos e lisos, desciam até sua cintura fina. Os olhos eram de um verde musgo puríssimo. Os lábios naturalmente vermelhos e saudáveis. Seu corpo, cuidadosamente delineado, causaria inveja a mais desejada das mulheres.

A outra assistia a cena sem reação. Seu pokémon estava impotente, sendo atacado por um Growlithe feroz. Quando deu por si não pôde desviar de Raquel. Levou um soco certeiro da morena. Caiu no chão com um gemido de dor.

- Quem é você, sua vadia descarada? - Inquiriu Raquel, furiosa.

Levantou-se e tentou correr. Deu poucos passos e foi paralisada pela telecinese da Gardevoir.

- Você não vai fugir. Porque veio matar o Rodrigo? Como sabia onde ele estava? – Encarou-a. – Agora você vai dizer tudo.

Um uivo de dor tirou sua atenção. O Hypno havia se livrado do Growlithe, que estava jogado no chão. Raquel ficou assustada, o cão de fogo ainda não havia se recuperado completamente; não podia se descuidar dele ou logo teria de ser levado ao Centro Pokémon novamente.

- Gardevoir, não tenha pena desse Hypno. – E correu até o Growlithe.

Solto do poder do Hypno, Nohara libera o pokémon da pokébola. Era um majestoso Alakazam.

- Ajude a Gardevoir, Alakazam. – Diz ele.

Gardevoir e Alakazam colocam-se lado a lado, fitando o adversário psíquico. Os três se preparam, e cada um é imerso numa concentração inabalável. Uma louca batalha mental começa a ser travada entre os três pokémon. Uma sensação de tensão envolveu a todos que assistiam.

A garota aproveitou a oportunidade, levantou-se rápido e correu em fuga. Quando ia adentrar a mata fechada, uma pedra bateu a parte que divisava sua nuca e a cabeça. Caiu no chão, desfalecida.

Rodrigo desferira o tiro certeiro, embora estivesse tontíssimo. Não resistiu muito e desmaiou em seguida.

Nohara olhou para os lados. Respirou fundo e ajeitou os óculos. O Hypno já tinha sido nocauteado. Estavam bem. Ainda. Olhou para a menina a vários metros de distancia, caída no chão. Depois para o Rodrigo, também desmaiado por causa do cansaço. Por fim, se virou para Raquel. Se fitaram.

- Esse moleque tem uma [palavra censurada] pontaria. – Falou.

↭ ↭ ↭


Acho que foi um capítulo bem diferente dos outros, não é? Espero que gostem.

E, sim, o narrador volta ao tempo para saciar a curiosidade do leitor. Tive essa ideia quando saí da faculdade.

Estou muito feliz com os novos leitores que a fic ganhou, mas espero que todos que lerem possam comentar. Não se intimidem pelos comentários gigantes que tem aqui. Você não tem a obrigação de fazer isso, faz se quiser. Só o fato de dizer, de forma bem sucinta, o que você achou do texto, já seria um grande incentivo.


Última edição por Mag em Seg 24 Jun 2013 - 14:44, editado 5 vez(es)

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Mensagem por Yoshihime Sex 22 Mar 2013 - 2:59

Finalmente. Ele voltou, o boêmio voltou finalmente.

Gostei da mudança de narração, e a vantagem que você vai ter ao revesar em estilos é que vai poder agradar quem gosta de primeira e de terceira pessoa. Só vai irritar aos mais puristas.

Quantos pokémon imponentes, gosta desse adjetivo pelo visto. Mas nenhum problema em repeti-lo, haha. Não vou apontar erros, porque não lembro de ter visto nenhum, juro que apontaria dessa vez, mas não achei.

Só vi que você caiu em algo que todos caem, eu mesmo acabei de cair nessa última frase. A repetição insistente do "que" em algumas partes, nada demais, mas poderia tornar a leitura mais agradável se diminuísse.

Você tinha esquecido da palavra pêndulo, mas conseguiu driblar isso facilmente, parabéns.

Quero saber mais sobre essa garota ~~~misteriosa~~~ ai.

Até o momento eu gosto de todos personagens, menos do Nohara, mas isso faz parte.

Nos vemos no próximo capítulo.

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Mensagem por Pokaabu Sex 22 Mar 2013 - 12:21

Bom capítulo, para perguntas e não respostas. Quem é a piriguete? Gostei dela. Achei que o Growlithe/Rodrigo estavam muito mais abatidos, não esperava uma recuperação tão rapida. Eu nem senti muito a mudança de narração, fluiu normalmente, assim como nos outros capítulos. Enfim, espero que não demore tanto para escrever e que o póximo capítulo seja do Tyler, já pensou ele e a piriguete juntos? delirando4

Té mais tchau

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Mensagem por Varus8 Qua 27 Mar 2013 - 19:40

Eu realmente estava desanimado nao em ler seus capítulos,pois eu ainda não tinha lido o 3 mais quando cheguei na metade dele não consegui mais parar, e minha alma pedia por mais até que cheguei no final do capítulo 4, fiquei triste choro3 ....

A história está muito boa envolvente,espero ansiosamente pelo próximo capítulo XD .
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Mensagem por Caio. Seg 1 Abr 2013 - 20:38

Meu caro Herick destruidor de ppks! Finalmente tomei coragem e vim ler sua fic.

~Rodrigo: Tudo fluiu muito bem nesse capítulo em minha opinião. A "batalha" ficou muito boa, e eu cheguei a ter pena do Growlithe. Não reparei erros, se tinha, nem percebi pela sua escrita bonita. Não sei a música que eu estou ouvindo deu um chan no capítulo ou não, mas está realmente muito bem feito. Espero saber mais dos objetivos do Rodrigo... Penso-o como um pobre ou qualquer coisa do tipo, alguém que quer ficar rico a qualquer custo.

~Tyler: Não puxarei mais saco da escrita, ok? Só vou lembrar mais uma vez que você escreve muito bem adgoiadgoiadogiadogi Enfim... Odiei o Tyler. Se esse foi o objetivo, você conseguiu. Eu fico imaginando esses riquinhos filhos da [palavra censurada], mas filhos da [palavra censurada] ao extremo mesmo (e olha que eu conheço um) que se acham muito inteligentes até vir um bombado dar facada neles. Aí eu quero ver. Espero que alguém mate esse merda antes que ele encha mais o saco hu3 Quanto a Raquel, ela parece ser bem maneira :3

~Raquel: Oh, que interessante! Um capítulo só pra Raquel, huh? E ela é rica, huh? Achei, pelo desenho, que ela fosse uma Lara Croft da vida xD Novamente, o Growlithe me deu pena :c O Rodrigo é pobre \õ/ Sabia \õ/ Com esse capítulo, fica mais evidente o que você falou sobre contar a história através de visões. Os dois primeiros Caps pareciam prólogos, na verdade. Esse ainda parece com prólogo, mas slá... Soa menos prólogo q Outra coisa... Precisava mesmo colocar a palavra macambúzio? Acredito que muita gente não a conheça, e pelo menos pra mim soa pouco interessante no quesito bonita. Se bem que macambúzio não sei por que, me lembra o nordeste e o nordeste tem charme. É, foi bom ter usado macambúzio. Mas podia usar séquiso também, se você leu essa palavra no texto que estou pensando que leu. Gostei mesmo dessa Raquel, pensamentos maliciosos :a E ah, o Growlithe me deixou macambúzio.

~Nohara: Nohara é um cara interessante, parece ser um médico bem maroto. E essa maluca do Hypno aí? Curti ela. Ela me lembra uma vadgea. Uma vadgea nordestina, uma vadgea macambúzio de Pernambuco. Faz sentido? Nenhum, eu sei. Ri alto da parte do "Quem é você sua vadia descarada?" xD Gostei ainda mais quando vi que o Nohara usa um Alakazam. Raquel é outra que me surpreende cada vez mais, Gardevoir, hein? Bem legal. Gosto bastante dele. Essa luta mental de certa forma me lembrou Eragon. Você já leu/fez alguma referência? CARA, RI MUITO ALTO da última frase do Nohara kkkkkkkkkkkkkk Enfim... Muito boa sua fic :3


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Mensagem por Grace Kelly Dom 7 Abr 2013 - 18:45

Gostei da sua fanfic, Mag, adorei a estória e a narrativa.
Coitado do Growlithe no começo da estória ):
A Raquel é um personagem muito interessante, gostei dela Smile
Triângulo amoroso, será? Machadinho na cabeça hehe
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Mensagem por Mag Qua 17 Abr 2013 - 22:00

Resposta aos gatos:

Spoiler:

Devo estar fazendo tanta mudança ao londo da fic que os leitores vão ficar loucos, mas foi necessário. A partir desse capítulo, enfim, o enredo da história está se construindo de uma forma mais concreta em minha mente. E na realidade está voltando às suas origens. O primeiro capítulo eu escrevi quando ainda estava extremamente perturbado com a leitura do livro 1984, do George Orwell. Agora, vejo que a trama tem muito a ver com ele mesmo.

Por conta disso, o trecho do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas foi retirado do main post e substituído por trechos de 1984. Não excluo totalmente o significado da passagem anterior, que de forma resumida, tinha a ver com a busca insana que nós temos pela felicidade, mas que sempre escapa de nós. Mas o contexto da minha fic está muito mais relacionada ao livro do Orwell, então nada melhor que trocar. Se tiverem coragem, vão lá e leiam. É interessantíssimo.
Boa leitura.

5
Rodrigo

Eu estava no extremo de um campo de batalha, tendo no outro extremo o meu adversário. No centro, dois pokémon diferentes, mas igualmente majestosos, batalhavam ferozmente.

Num segundo indizível, vi-me numa sala escura, sentado numa cadeira, hipnotizado por olhos que me encaravam com puro escárnio. Eu estava sendo subornado indecorosamente. Resisti e não pareci transparecer hesitação, mas não fora suficiente.

O homem dos olhos de escárnio me dissera outra coisa, algo pior e deveras mais aterrorizante. Tremi diante de suas ameaças. De que forma? Eu não entendia, mas acreditava nele. É claro que acreditava. Observe aqueles claros olhos cheios de um escárnio penetrante, indecifrável, que provocava em mim uma sensação de opressão. Os olhos eram a própria personificação do homem.



Acordei revirando-me sem controle, com o corpo embebecido de suor, embora sentisse um frio enregelante. Uma brisa carregada com um frescor gélido soprou em minhas costas, e meus pelos eriçaram-se em resposta, a começar pela nuca, espalhando-se fio a fio pelo resto do corpo.

Estava deitado num mato rasteiro, ao lado de uma grande árvore de copa intransponível. Sentei-me devagar, apoiando as costas no tronco e encolhendo meu corpo por causa de mais uma brisa indesejada que passava. Sabia que havia acabado de acordar de um pesadelo pavoroso, e por isso eu ainda tremia involuntariamente, mas não me lembrava de nada. Lembrava-me apenas de imagens indistintas e desfocadas, sem contexto que as conectasse.

Uma poderosa luz azulada apossou-se do céu e desceu à terra, clareando por milésimos de segundos aquela noite sem lua. Tão rápido como apareceu, o relâmpago sumiu subitamente. Enquanto tremia, apoiado na árvore e tentando recobrar alguma compostura, o som estrondoso de um altíssimo trovão propagou-se pela floresta, impondo seu poder natural.

O barulho abrupto do início de uma chuva forte despertou minha mente ainda sonolenta. Olhei para cima, e em consonância uma gota d’água pingou em minha face, ligeiramente abaixo do meu olho direito. Escorreu até meus lábios, imitando uma lágrima. Então gotas sucessivas começaram a cair, e o efeito inicial de torpor desfez-se. Que merda de intransponível a copa dessa árvore era, não?

Levantei-me rápido do chão, olhando ao meu redor. Felizmente não precisei fazer muito mais. Raquel veio correndo em minha direção do meio da mata.

– Rodrigo, – gritou de longe – vem!

À minha frente, ela correu de volta para onde estava, sem se importar muito em lançar olhares para trás para verificar se eu a seguia. Considerei-me um imbecil pensando nisso, mas queria vê-la agir de qualquer forma que mostrasse que eu tinha algum valor para ela.

Acelerei o passo e segui-a o mais rápido que pude. Alcancei-a quando estava à porta do casebre. Estiquei o braço e toquei de leve a mão dela. Ela virou-se, com um mescla de susto e rancor sustentado pelo orgulho ferido estampado no rosto. Fitei-a com intensidade.

Ela fechou os olhos, virou o rosto para o lado e tentou se afastar para entrar na cabana. Continuei segurando-a. Dei um passo a frente e puxei-a junto ao meu corpo. Com a mão desocupada, envolvi seu queixo e delicado, mas com firmeza, voltei seu rosto para mim.


– Eu só acho que vocês não precisam fazer isso na chuva. Está frio. – Disse Nohara, observando-nos pela porta do casebre.

– O frio nós não estávamos sentindo, te garanto. – Retorqui, afastando-me de Raquel.

Entramos. No colchão onde outrora eu estivera, a estranha menina que nos armou uma emboscada estava deitada, desmaiada. O Alakazam e a Gardevoir estavam bem próximos dela, atentos. Do outro lado do cômodo, num canto, o Growlithe estava deitado no chão, num sono profundo.

– Ele está bem? – Perguntei à Raquel.

– Sim. Uma costela fraturada, mas já deram um bom trato nele no Centro Pokémon. Não demorará a se recuperar. – Os olhos dela brilharam intensos, enquanto olhava o cão. – Ele é um excelente companheiro, Rodrigo.

Respirei fundo. Não queria contrariá-la de forma alguma. Vi que a relutância dela quanto a mim era pura dissimulação, mas sabia do amor dela por essas criaturas. E ela também sabia do meu rancor pelos Pokémon, embora nunca se conformasse. Nem eu com ela. Como faria?

– Só saiba que eu não pretendia deixa-lo daquela forma...

– Não minta para mim, nem se iluda. Sei que você aproveitou o momento para descontar todo seu ódio nele. Mas agora quero que pare e pense, seu brutamontes. Pare e pense.

– Casal bipolar, hora de voltarmos nossa atenção para o assunto mais premente. – Nohara disse, retorcendo os lábios, desdenhoso. – Eu sei o que essa garota é e o que pretendia aqui.

– Ela pretendia me matar, isso é óbvio.

Nohara revirou os olhos, exasperado. Decidi ficar quieto.

– Preste atenção, Rodrigo. Isso pode soar estranho e ridículo, mas há um programa secreto do governo que literalmente caça as pessoas muito ‘fora do padrão’. Consegue tirar alguma conclusão disso?

– Não. – Respondi depois de algum tempo, incerto.

Ele respirou fundo.

– Embora eu ainda tenha poucas informações, porque como disse, é secreto, e diferente das novelas ficcionais, desvendar essas organizações não é tão simples, sei o mais relevante para o momento. – Fitou-me. – Você não está seguro, Rodrigo. Nem um pouco seguro.

– O que você está querendo dizer com isso, Nohara? – Perguntou Raquel, franzindo a testa.

– Esse órgão trabalha para o governo sob a premissa exclusiva de manter uma sociedade submissa, indiscutivelmente refém do modelo idealizado por eles, adequada ao governo e à elite. Indiretamente, dando sensação contrária à população, eles inibem o pensamento.

– Mas eu sei muito bem disso. É por querer tentar mudar essa realidade que estou aqui.

– E aí está o problema. Quando alguém manifesta claramente sua oposição diante desse poder inabalável, essa organização é imediatamente acionada. Eles precisam eliminar os possíveis problemas.

– E como eu poderia ser um problema tão grande assim? Sou só um, e ainda estou longe de ter o que preciso para conseguir meter questões na mente da população.

– Uma iniciativa inflama outras, Rodrigo. E eles precisam impedir a disseminação da oposição. Não esperam para ver se a pessoa poderá causar problema. A ínfima possibilidade já é suficiente para que eles ajam.

Estava estupefato. Tinha consciência de que vivia sob um poder ditatorial, que se camuflava descaradamente pelas raras e fracas oportunidades que nos concedia, mas também que havia um lado da própria população que se resignara àquela condição, questionando apenas aquilo que o próprio governo evidenciava como questionável. Mas o fato de haver uma organização para impedir pessoas de agirem diferente... absurdo.

– Mas... – tentei argumentar.

– Você nunca foi muito discreto, ou foi? – Interrompeu-me. – A desgraça já está feita.

– Então ela... – apontei a menina desmaiada.

– Sim. É dessa organização. E provavelmente só mandaram ela pois ainda não sabem que tem mais pessoas com você.

Um turbilhão de pensamentos incendiou minha mente. Somente agora me ocorrera a ideia de que poderia ter havido muitos outros como eu, que pretenderam colocar em prática uma infinidade de planos para acabar com esse regime. Mas foram todos mortos pelo acaso que resume a vida... Silenciados antes que pudessem acender a faísca de dúvida que contaminaria a população. Como eu nunca pensara nisso?

Pela primeira vez desde que tive a ideia de começar essa loucura, senti medo de verdade. Medo de tudo que poderia acontecer, medo de estar correndo um risco real de perder a vida. Estava jogando com algo indescritivelmente maior que eu, e nunca tinha pesado as consequências dessa forma. Antes, tinha apenas a noção de que isso era moralmente incorreto, que era melhor não envolver minha mãe nisso. Mas nunca cogitei a possibilidade de ser morto por causa disso.

– O que nós... – travei. Somente eu. – Eu. O que sugere que eu faça?

Raquel virou-me um olhar frio e duro. De pedra. Assisti vultos irreconhecíveis de vários sentimentos passando por sua mente enquanto fitei-a por alguns segundos, mas não identifiquei nada muito reconciliador. Para mim, já se tornara indiscutível a proposta de inseri-la no que eu fosse fazer.

– Sair daqui o quanto antes. Quando essa menina louca não retornar, eles virão verificar.

– Pra onde...

– Eu vou com você. – Disse Raquel.

Olhamos fixamente um para o outro, cada um com sua razão para ter raiva. Nohara nos impediu de começar outra discussão.

– Eu já pensei em tudo. Raquel, sumir de sua casa abruptamente é a pior coisa que poderia fazer. Volte pra lá e aja normalmente, depois nós conversamos. – Voltou-se para mim. – Rodrigo, saia daqui e se esconda na floresta a oeste de Canalave. Amanhã, quando o sol se pôr, nos encontraremos próximo ao porto da cidade, tudo bem?

Ele arquitetara tudo tão rapidamente que eu fiquei meio perdido ao racionalizar as informações.

– E ela? – Apontei a garota que tentara me matar.

– Não se preocupe, eu já tenho algo preparado pra ela. – Olhou para o Alakazam.

Aquele Pokémon transpassava para mim uma sensação inquietante. Não sabia explicar, mas havia uma espécie de aura entorno dele que me cativava, me instigava, me deixava ansioso. Não fora diferente desta vez, quando ele levantou os braços, os olhos brilhando brancos, e a menina desmaiada começou a flutuar no ar. Ele parecia saber o que seu treinador queria com apenas um olhar.

– Ah, pegue isso pra você – puxou do bolço uma pokébola e colocou-a em minha mão. – Cuide  dele, seu idiota. Dos dois. – Olhou para o Growlithe.

– É, cuide bem deles. – Reforçou Raquel.

– Vamos de uma vez, Raquel. – Nohara abriu a porta de madeira do casebre e saiu.

Raquel olhou incerta para a saída. Depois olhou-me com frieza. A dissimulação de sua raiva falhou no último segundo, e vislumbrei muito temor ali. Por mim e pelos Pokémon, inferi. Então saiu.

Fui até a porta e de lá observei-os afastando à passos lentos. A tempestade, antes fazendo cair uma torrente de água dos céus, transformara-se apenas num fraco chuvisco.

– Pegue logo o que você precisa daí e vá para a floreste a oeste! – Gritou Nohara de longe. – Faça o favor de não chamar atenção só desta vez, certo? – Gracejou.

Continuei olhando-os. Fora tudo tão rápido. Eu estava perdido, não tinha mais noção do que devia fazer realmente. Seguir as instruções tão meticulosas e antecipadamente preparadas por Nohara me pareceu o melhor a fazer. Mas eu estava desconfiado...

Num átimo, a menina que flutuava no ar e o Alakazam, que caminhava ao lado de seu dono, desaparecem. Pisquei os olhos com força, averiguando minha visão. Sim, eles tinham sumido mesmo. Ainda vendo-os andar, a distância tornou meu foco de visão baço, e então já não vi mais nada.

Entrei na cabana. Tinha que me preparar para a aventura do dia seguinte.

↭ ↭ ↭


Este foi, sem dúvida alguma, o capítulo mais maçante de minha fic. Conversando com o Gui pelo face, até disse que se pudesse colocar um título do meu capítulo, faria como ele, e seria a tão chata Segunda-feira. E para piorar, ele é o maior capítulo da fic (deu 2000 palavras exatamente), mas acredito que é de extrema necessidade para que a história se desenrole melhor.

Por favor, suplico-vos que comentem, mesmo que seja pra me massacrar.


Última edição por Mag em Ter 23 Abr 2013 - 5:40, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Pokaabu Qua 17 Abr 2013 - 23:50

Sleep Estou com sono, mas vamos lá, você sabe que eu não sou de falar muito, enfim. Boa critica ao governo, só que, como o Nohara sabe que existe uma organização? E ele sabe mesmo, ele sabe detalhes e tudo mais, acho que temos um traidor ai e acho que será uma traição por ciúmes. Eu pensei que o Rodrigo estava machucado, acho que ele deve comer alguma coisa também, considere isso, ficar com fome é muito ruim. lálá, vou dormir porque amanhã a escravidão social recomeça, xau xau. bocejo

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Mensagem por Rush Qua 17 Abr 2013 - 23:55

Rapaz Herick, olá.

sdopasefetgadgdLSJKFLADJKFLKSDNFLKZSDGZXFG4XC54GB52CXV4BHXCH56542634234234ZDGZDasfpasfgvasdgv54FOASPFDOAS`DPEDÀWLPEÀSLPDÀSCFFGZDFG4245

Esse fui eu enfiando meu punho com muita força no teclado até a pobre tecla do "F5" sair. Depois eu coloco ela de volta.



Sua. Fic. É. Muito. Boa. Pra. Caralho.

Sério, tinha me conquistado no primeiro capítulo, acabei perdendo a introdução da Raquel e do Nohara. Nome lindo esse, né? "Nohara". Ótimo gosto. Enfim, falando no diabo, eu gostei muito dele. Acho que ele é o personagem mais legal da fic. O cara intelectual é [palavra censurada]ão. Achei muito legal e interessante essa ligação que ele tem com o Alakazam, mostrando em como ambos são inteligentes o bastante a ponto de se entenderem com apenas um olhar. Achei muito peitos essa vadgea dos peitos. Sério. Peitos.

Sobre esse último capítulo em si, achei muito... Sei lá. Embora tenha repetido a palavra "escárnio" no início, eu achei ele perfeito. Na moral, imaginei um capítulo de alguma espécie de anime. Te juro, vi as cenas passarem como animações em minha mente, de tão bem como você escreve. Vejo que esse título 'provisório' se tornou o oficial, não? Eu o achei perfeito para sua obra de arte, de verdade.

Achei a cena do beijo excelente. Foi uma cena que me deu calafrios e fiquei até sem ar, imaginando o que o Rodrigo deveria ter sentido. Aquele formigar de 'Porra, agora vai'. Achei muito foda essa cena, muito mesmo. Foi a primeira vez que fiquei com raiva do Nohara, mas eu ri. Imaginei ele vendo os dois se pegando e fazendo um facepalm, pensando em algo como "Eles podem morrer e ficam compartilhando calor e desejos carnais".

Eu acho que agora a porra vai ficar séria mesmo. Acho que o que eu me apeguei tanto a esta fic, foi o duro realismo que você aprofundou neste romance, mostrando as dificuldades em poder lutar contra o governo, mesmo tendo garra - No caso o Rodrigo - e uma mente brilhante - Nohara. Me pergunto o que ele vai fazer com a peitos, já que ele se teleportou com ela pra alguma lugar alheio. Creio que ele deverá hipnotizá-la ou algo do gênero, estou certo? Enfim, sistema fdp. Achei o Rodrigo um tanto... Troglodita. E a Raquel é uma personagem que chamou minha atenção, porém não me cativou tanto como o Nohara.

Cara, tu escreve muito bem. Muito bem mesmo. To ansioso pro próximo capítulo, cara. Sou seu fã

Abraço, até mais

bro fist

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Mensagem por Yoshihime Qui 18 Abr 2013 - 0:09

Como disse não comentarei nada de zzzzzgramática

Eu estou gostando das coisas, gosto de qualquer coisa que mostre movimentos revolucionários, e existem muitas por ai, veremos como esse se sai.

Esse capítulo foi paradão, com algumas revelações bacanas sobre o enredo.

Por isso não tenho muito o que comentar, mas o beijo foi muito bem descrito.

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Mensagem por AkiraEA Dom 21 Abr 2013 - 13:43

Estou adorando a fic você escreve muito bem! Minha parte favorita foi a batalha mental no cap. 4 (cheguei a vibrar aqui XD) Quando sai o próximo capítulo hein?


Black: Fanfic trancada por inatividade. Caso queira reabri-la mande uma MP a qualquer FFM.
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Mensagem por Mag Sex 31 maio 2013 - 19:54

Gente, estou em viagem e sem internet. Consegui acessar agora e decidi postar o capítulo que acabei de escrever. Estou sem tempo para responder os comentários, mil desculpas, qualquer coisa eu edito com respostas depois. Mas mesmo assim, li todos umas 3 vezes e agradeço de coração.

Escrevendo sob perspectivas eu entendi porque o George R. R. Martin escreve uma série que completará sete calhamaços de 1000 páginas cada. Então eu criei esse Interlúdio, onde inserirei pontos de vistas de até 3 personagens, de forma que a fic não fique muito extensa. Espero que compreendam.

Edit com as respostas aos comentários:
Spoiler:

Postei a fic correndo ontem (31/05) pra não perder o FOTM de Maio. Tinha alguns erros relacionados ao nome dos pokémon (empalar um Pidgeot, KROKODIL - já que não sabia que era Krookodile, etc), já que eu não tinha internet pra conferir. Hoje (01/06) corrigi essas bobeiras. Desculpa a quem leu com elas... /:

6
Interlúdio I


Rodrigo


As ideias de tudo que poderia acontecer não paravam de me atormentar. Estava à mercê dos conhecimentos de um cara que eu acabara de conhecer, mas era a única e mais fácil alternativa que tive desde que dei a louca de ser revolucionário contra um governo que mandava matar quem o contrariava. Morrer... A possibilidade de morrer trespassava meu coração, e meus olhos vagavam ao redor, procurando não sei o quê. O que viria depois? Seria céu, inferno, o nada, sofrimento ou descanso. Unir-se à natureza... é, bem poético. Dar adeus à vida. À este pensamento, busquei a vontade de despedir-me do viver nos recônditos mais secretos da minha mente, mas parecia ser um desejo que ainda me escapava.

Vislumbre de Raquel. Sorri, e meus pensamentos existenciais sumiram e só seriam despertos quando minha mente achasse adequado lembrar, fazendo aquela incompreensível ligação entre um raciocínio e outro, e então eu voltaria a me martirizar; até lá, Raquel era o motivo do meu sorriso. Amor. Não, eu não queria poluir a nossa relação com esse sinônimo de mentira comunitário. Ah, quanta vontade eu tinha de ficar só com ela... Já temi perde-la por causa de minhas atitudes, mas agora estava mais confiante. Eu fui ao ápice quando capturei o Growlithe, e querendo ou não, ela havia aceitado esse fato.

O chiado da carne assando em demasia me despertou. Havia depenado e empalado num pedaço de pau um pequeno Pidgey que agora aquecia exposto às chamas de uma fogueira improvisada. Troquei o espeto de mão e girei o corpo do pokémon pássaro. Internamente ainda agradecia ao Nohara; duvido que tivesse conseguido pegar alguma coisa para comer na floresta sem o bendito Croagunk que ele me deixara como suporte... O Growlithe estava deitado na terra úmida do outro lado da fogueira, pela primeira vez sem me vigiar desde que ficamos sós. Ele ainda tinha medo de mim. Mas eu sempre me lembrava de não poder culpa-lo, merecia desconfiança mesmo.

Suspirei, fitando o negro céu enluarado, mas sem estrelas. Fingi esquecer a poluição e imaginei ser ela nua, despida de adornos e enfeites. Belíssima.


Nohara


E se alguma coisa houvesse acontecido? Várias imagens indesejadas passavam pela mente de Nohara, embora ele assegurara a si mesmo de que tudo correria bem. Mas não conseguia acalmar Raquel, que titubeava de um lado para o outro, fazendo a areia da praia ranger sob seus passos inquietos. O sol era nada mais que resquícios de luminosidade fugidos do mar, que teimavam em aparecer quando seu astro já devia iluminar outra parte do mundo.

– Fica calma, Raquel, ele já deve estar chegando.

– Não estou agitada por isso... – continuou andando – é que tudo que você me disse é inacreditável.

– Até agora?

Ela freou e fitou o jovem de óculos, estampando no rosto a impaciência que não conseguia mais conter.

– Você acha que alguma vez passou pela minha cabeça a possibilidade de nós sermos literalmente controlados? – Franziu a testa. – E o pior – ou talvez seja o melhor – é que você é o líder de um grupo de pessoas que se preparam secretamente para dar um golpe de estado.

– Eu não sou o líder – Nohara redarguiu incisivo –, não sou capaz de liderar algo dessa magnitude...

– Coloque a modéstia à parte agora, por favor. – Cortou-o Raquel. Estava ranzinza.

– Sou só mais um colaborador. Não saí de casa porque a melhor forma de ajudar o grupo é sendo um infiltrado, continuando a ser o filho de pais ricos que não se importa com nada.

– E você pretendia me contar isso mesmo sem conhecer o Rodrigo?

– Não. – Negou complacente. – Você precisa entender que isso é ultrassecreto, e todos os planos que temos dependem de um governo que será pego desprevenido.

Raquel fungou, contendo a exasperação. Por sorte Rodrigo apareceu, saindo do meio da mata, e veio andando vagarosamente. Seguia à beirada das ondas, assistindo a profusão de cores alaranjadas, azuis e negras que se desalinhavam no horizonte em tonalidades cadenciadas, e cada nuance exprimia a necessidade de ter sido pincelada pelas exímias mãos de uma divindade que se importava mais com as grandes belezas naturais à falha que fora o seu ser humano.

Raquel correu e o abraçou. O beijo que se seguiu foi observado por Nohara com um franzir estressado de sobrancelhas. Os músculos de sua face se contorceram ao forçar um sorriso fingido para o reencontro romântico do belo casal.

Contaram tudo detalhadamente ao Rodrigo, que rapidamente teve suas duvidas elucidadas. Acabou descobrindo que havia pessoas que tiveram atitudes semelhantes às dele ao se depararem com a realidade da sociedade que os rodeava, mas um grupo secreto conseguia encontrar algumas delas e as acolhia antes que a organização homicida do governo as matasse. Hoje essas pessoas viviam se preparando secretamente para dar um golpe de estado, mas sob um disfarce feito tão cuidadosamente que jamais seriam desmascaradas. Unir-se a eles era a única forma que Rodrigo tinha de continuar vivo agora.

Nohara observava o outro com interesse. As reações dele diante das novidades eram cautelosas; mostrava-se intrigado, mas não transparecia muito mais que isso. Parara de se mostrar tão vulnerável, inferiu. Nohara pensara que ele faria como Raquel, que ficara estarrecida quando lhe contou tudo no dia anterior, enquanto tentava usar o Alakazam para entrar na mente da moça da organização e descobriu que havia ali um bloqueio mental delicado, quase intransponível.

– Então – disse Rodrigo mais tarde, lançando um olhar peculiar em Nohara – posso deduzir que toda aquela conversa que tivemos na cabana foi uma encenação para verificar o que eu realmente tinha na cabeça?

Nohara fitou-o consternado, mas depois sorriu largamente.

– Sim. – Poderia ter dito milhares de outras coisas, ou acrescentado os motivos para ter feito aquilo, mas não quis. Rodrigo entendera.

Um silencio decaiu sobre eles. Rodrigo estava pensativo. Raquel, meio sem jeito e meio sem graça. Nohara tinha imposto a ela uma condição para que Rodrigo fosse aceito no grupo. Aquilo a deixara num impasse. Ela abriu a boca e puxou o ar para começar a falar.

– E o que faremos agora, exatamente? – Rodrigo quebrou o silencio antes dela.

Raquel olhou fixamente para Nohara, depois se voltou resignada para Rodrigo.

– Você e o Nohara vão partir, ele vai te instruir em tudo sobre esse grupo de pessoas e...

– Raquel vai substituir minha posição estratégica aqui. Nada perigoso, tudo que era complicado e envolvia relações arriscadas eu já resolvi, mas precisamos de alguém caso haja uma emergência.

– Por que você não continua, ué? – Ele indagou.

– Já passou da hora de eu me juntar ao grupo, e que oportunidade melhor que essa?

Nohara observava os dois com atenção. Viu que Raquel tinha seu foco sobre Rodrigo. Esperara que ele esbravejasse, que se exaltasse e até partisse para cima, mas permanecera impacientemente quieto. Embora um pouco triste e emburrado, claro.

– Olhem – apontou Rodrigo.

Do lado oposto ao que sol e mar haviam terminado seu beijo, levantava uma imponente lua com sua luz branca contrastando com a negritude do céu. À distancia, um grande dragão sobrevoava a cidade, e a lua mostrava a direção em que seguia.


Tyler


Era hora. O cheiro do sangue era insuportável mesmo com os panos que eu usei para limpar a cerâmica lisa e branca do salão de batalhas. Desisti, já estava muito tarde pra fazer aquilo, e de que adiantaria mesmo? Meus pais veriam de qualquer forma. Era até engraçado.

Estirado no chão, no canto da parede para onde eu o arrastara, estava o corpo do moleque que havia me atormentado todo o ensino médio e que tivera a infeliz ideia de tentar retribuir o que eu fizera com seu Magmortar na semana anterior. Eu já imaginava que isso aconteceria, mas o fato de ele vir sozinho foi uma surpresa – sempre andava em grupo e, admito, seus companheiros reunidos eram a maior ameaça. Tive pena no início, mas quando ele, completamente alucinado, tirou do bolço uma arma ao invés da pokébola, minhas entranhas arderam em ódio. Meu grande crocodilo entrou na frente no momento exato do disparo, recebeu o tiro em meu lugar e avançou na direção do garoto, arrancando com sua boca, além da arma, os dois antebraços dele. Abrupto. Então terminar de mata-lo foi minha única saída quando ele começou a gritar de dor como um louco desvairado.

Seus cotos ensanguentados sujaram minha roupa inteira enquanto estrangulava-o na tentativa de leva-lo a óbito mais rápido. No calor do momento, não pensei em mais nada, apenas corri com o intuito de fazer com que ele parasse de gritar. Arrependo de não ter ordenado o Krookodile a terminar o que tinha começado. E eu sinceramente nunca tinha pensado que as coisas acabariam assim para o moleque; nem queria aquilo, embora o odiasse.

Em silencio, peguei todos os meus pertences úteis no meu quarto, enfiei-os numa mochila com cuidado criterioso, e saí de casa com tranquilidade. Não queria acordar meus pais, menos ainda por causa de vacilados que o desespero nos faz cometer. O que aconteceu lá dentro, no salão, fora uma boa lição.

Tomando notas de que não estava sendo observado, liberei meu Drudiggon da pokébola, montei-o e parti para meu último destino naquela cidade pacata. Afinal, a tragédia tivera algum beneficio se olhada sob o ponto de vista do que importava para mim. Me obrigara a fugir de casa antes do que eu esperava, e isso não é lá coisa má; pelo contrário, é muito bom. Sorri. Em resposta às graças da minha vida, avistei o porto controlado por meu pai.

Quando estava mais próximo, vi três vultos na praia, não muito longe do meu destino. Franzindo a testa e apertando os olhos, tentei identificar quem eram. Àquela hora da noite o mar não costumava receber visitas do povo de Canavale.

Ah! Coisa mais engraçada. Era meu fruto proibido e sua medíocre paixonite. Alguém mais os acompanhava, mas fiquei tão desvairado com o amontoado de acasos que confabulavam para me privilegiar com oportunidades, que não lhe dei atenção. Desci rascante sobre as costas do meu dragão, e não só a terra tremeu quando ele pousou na frente do trio.

– Que encontro irônico esse, não é? – À perguntas retóricas, aprendi que não devo esperar respostas. – Druddigon, mata ele.

Meu dedo apontando Rodrigo fez do movimento do dragão algo incomparavelmente rápido. Tive esperança de que esse ataque seria tão certeiro que tudo acabaria ali. Mas Raquel fora ágil. Um imenso dragão chinês azul interceptara o ataque do meu pokémon. Os dois iniciaram uma luta tresloucada, e jurei que seus rugidos despertariam toda a cidade. Tirei do bolço outras duas pokébolas, Garchomp e Krookodile se colocaram lado a lado.

- Matem ele!

Os dois avançaram. Sem que eu pudesse ver de onde veio, um vigoroso Croagunk apareceu e desferiu um fortíssimo golpe no Garchomp, que voou alguns metros, arrastando-se pela areia. Sapo e crocodilo iniciaram outra luta feroz. Garchomp levantou-se, recuperado, e não deu atenção à luta, foi direto ao alvo.

Com a extensão afiada de seu braço brilhando intensamente, correu incontrolável. Vi em câmera lenta a cena comovente de um pequeno Growlithe enfaixado, rosnando com ferocidade e saltando em defesa de Rodrigo. A última que realmente vi naquele dia.

Senti as garras frias do tempo penetrando a minha carne com tranquilidade comedida, a mandíbula de incontáveis dentes pontiagudos dilacerando meus ossos até o tutano profundo. Minha cabeça debulhou-se em grasnados de terríveis corvos famintos, o ar entrou ardente por minhas narinas, mas em meus pulmões chegaram como fogo e enxofre. Derreti enregelado. Os vultos negros eram o avesso do sentido. A vida esvaía-se por meus poros. Gritei como o louco que nunca fui.

A imagem de um Alakazam pairava sobre tudo.

No outro dia acordei morto.

↭ ↭ ↭

Eu não sei mais o que pensar do Tyler. Esse personagem está me surpreendendo, sem brincadeira. Dos três aí, foi o que saiu mais espontaneamente, e achei que guardou a melhor parte deste capítulo. O que pensam dele?


Última edição por Mag em Dom 2 Jun 2013 - 1:18, editado 3 vez(es)

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Mensagem por Yoshihime Sáb 1 Jun 2013 - 2:33

Agrupar os capítulos foi uma boa, impede que você tenha que postar um curto e vazio só pelo fato de ser necessário.

Dos 3 dessa postagem meu favorito foi o do Rodrigo, nele você trabalhou bem com uma simultaneidade por meio de um fluxo de consciência.

Vi referência ao panteísmo ali, e a Krokodil, a propósito, o maior erro do capítulo está aqui, você não deixou claro que pokémon recebeu esse apelido, podem ser de diferentes famílias como um Krookodile ou um Geraaligatr.

O final do capítulo foi ótimo, consegue me deixar ansioso para saber o que acontece em seguida, apesar de eu não ver nada demais no Tyler, além de um mimado revoltadinho e assassino. Não é um tipo de personagem que me agrede. Mas fluiu bem.

Desculpe pelo comentário meia-boca, mas estou com sono.

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Mensagem por laser queer Dom 2 Jun 2013 - 9:52

Cara.

CARA.

Tudo bem, já estava na hora de sair do computador, mas não pude resistir a necessidade de comentar. Eu realmente não sei comentar, mas o Rush disse tudo, então acho que não tem problema dessa vez.

Essa foi simplesmente a melhor fic Pokémon que já li em toda a minha vida. Sem exageros. Eu costumava procurar por elas na internet, mas desisti no momento em que percebi que era impossível inovar usando Pokémon como tema. Quer dizer, já havia lido tantas que, ao olhar dos pobres autores, parecia ser um material novo, mas na verdade era "só mais uma jornada comum vista por um lado mais realista", que, com o tempo, realmente tive certeza de que minhas expectativas para uma fanfic Pokémon inovadora morreram.

E eu estava completamente errado.

Você não deixou que o tema lhe limitasse, pelo contrário, conseguiu inovar algo que eu considerava o cúmulo do clichê. Não estou desmerecendo as outras atuais fanfics Pokémon, principalmente da PM, principalmente porque, pelo que eu me lembre, nunca cheguei a ler uma de verdade, mas acho que posso dizer que "A Irrealidade da Vida" me fez dar outra chance a estórias de mesmo tema.

A sua narração é perfeita. Sério, nunca vi melhor. Até comentei com uma amiga minha que também escreve muito, e ela ficou surpresa. Mas isso, é claro, você já deve saber. O que mais me surpreendeu mesmo foi a sua capacidade de conseguir encaixar tão bem as cenas, e as colocar em uma ordem perfeita. Depois de ler, posso dizer que elas não poderiam estar em outra ordem. E cara. Aquela cena de beijo, serião... Fiquei muito arrepiado. Não consigo pensar em um lugar da estória melhor para o primeiro beijo. E a captura do Growlight?! Poxa, muito legal mesmo. Você conseguiu trazer Pokémon a realidade sem que ficasse algo chato e maçante, mas acho que poderia dar mais importâncias às mortes. Sei lá, parece que é fácil demais para uma criança matar alguém. Ainda mais outra criança. Por mais que tente mostrar um lado sombrio que os personagens são obrigados a assumir pela sua própria realidade, acho que dá pra você dificultar um pouco mais os assassinatos. Nunca consegui visualizar tão bem uma cena só de ler uma fic como quando li a sua. Os personagens, enredo, cenas, tudo foi muito bem pensado. Só queria que o Growlight perdoasse o Rodrigo, ele não fez por mal, poxa. ç.ç

Espero mesmo que eles consigam alcançar o seu objetivo, no final das contas. Se bem que um final trágico não seria nada mal para algo tão realista. q

Quanto ao último capítulo, faço das do Gui, as minhas palavras. Você me deixou bem ansioso para saber o que acontece agora. Então, hm, trate de postar o próximo capítulo, quero muito saber o que vai acontecer agora com esse outro mano. Pode ser um exagero, mas ele é a nova Dolores Umbridge. q

Mas creio que isso é bom. Quer dizer, um bom vilão mesmo é aquele que todos odeiam. Ou que amam muito. Se conseguiu um dos dois, provou que sabe mesmo construir personagens. Quer dizer, ainda não sei se ele é vilão, mas é tão insensível que espero que ele morra do pior jeito. u.u
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Mensagem por Rush Dom 2 Jun 2013 - 13:43

MAAAG.

Cara, tenho que admitir que fiquei um tanto decepcionado com o tamanho do capítulo. Sei lá, você demorou quase um mês pra postar, pensei que ia sair algo gigante, mas ficou bem pequeno até, para os teus padrões. De qualquer forma, o mesmo foi muito bom, ótimo como sempre. Fiquei muito surpreso quanto o final, já que você não me passa spoilers. :/ UAHEUAHE'

Primeiro, vou comentar as partes que não gostei muito não, mas é frescura minha. Primeiro, só rejeitei essa cena:

Raquel correu e o abraçou. O beijo que se seguiu foi observado por Nohara com um franzir estressado de sobrancelhas. Os músculos de sua face se contorceram ao forçar um sorriso fingido para o reencontro romântico do belo casal.

Mesmo sendo um sorriso artificial e contra a sua vontade, eu achei ele muito desnecessário. Quer dizer, não vejo o Nohara como um cara que se importe com as pessoas alheias, a ponto de fingir estar feliz por eles. Não consegui imaginar ele construindo um sorriso por algo que não lhe agrade, logo pensei que o rapaz iria ficar sério com tudo isso, sem se importar se iria parecer um cara desagradável ou não.

E outra coisa... Você disse que Nohara emprestou um Croagunk pro Rodrigo e tal. Tudo bem, mas no final, o pequeno sapo fez o Garchomp voar alguns metros? Achei bem confuso por causa da diferença de peso e tamanho dos dois Pokémons. Mas de qualquer forma, você quis dizer que era sua evolução, o Toxicroak?

Enfim. Acho que está tudo bem bolado. Estou curioso para conhecer esse grupo de "rebeldes" que se esconde, apenas aguardando o tempo certo. Tenho certeza que muitos personagens bem feitos irão ser introduzidos. *-* Falando nisso, o Tyler morreu cara? Sério? Espero que tenha sido apenas algum ataque pirocudo do Alakazam que tenha o deixado em alguma espécie de coma temporária, pois eu acho que esse moleque tem MUITO para mostrar. Tanto que se não fosse pelo Nohara ali, o Rodrigo e a Raquel estariam mortos.

Krookodile, sério? Odeio esse bicho. AUEHUAHEUAE' Mas na cena que fora descrita para arrancar os dois membros do bully, só imaginei ele ou um Feraligatr, já que ambos são crocodilos e famosos por suas fortes mordidas. De qualquer forma, tu fez um ótimo uso dele.

Sobre o clima e a atmosfera do capítulo, está tudo perfeito como sempre. Você fez o realismo dos personagens ser cada vez mais intenso a cada respiração de desespero, medo ou felicidade deste momento pesado que estão passando. Fico com pena da Raquel, sei lá, na minha cabeça ela é uma menina muito... Sei lá. Não sei se irá aguentar a pressão. Tenho certeza que o governo vai acabar usando o corpo - o controlando, seu pervertido - para trair o grupo, ou até localizá-lo. Isso se o Nohara for confiável, né?

Acho confuso você mudar a narração de primeira pessoa para terceira pessoa, mas fica bem legal. Você explora bem a visão do narrador e de cada personagem.

É isso cara, capítulo dengoso demais. Fiquei triste pelo Tyler, achei tudo tão rápido e confuso... Creio que seria assim na vida, né? Uma hora tchu, e na outra hora tcha. Aguardo desde já próximo capítulo. Espero que não tenha matado o Growlithe nem o Tyler. Um abraço cara, até mais. Não desista, por favor, e poste mais rápido. AUEHAUE'
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