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Mensagem por Yoshihime Qua 3 Abr 2013 - 3:19

Spoiler:

Capítulo V
Vermelho

Thomas estava encolhido, tremia por conta do medo, ouvia a respiração do Houndoom acompanhada do som de suas garras arranhando a caçamba. Precisava achar uma solução para esse problema o mais rápido possível. Meteu a mão no bolso e tirou uma pokebola, a aproximou de sua boca.

- Desculpe... Mas isso é preciso, você se vira, tenho certeza. – Murmurou enquanto apertava o botão central da bola.

Um comprido pokémon saiu da pokebola direto para fora da caçamba, era bege com algumas listras marrons espalhadas ao longo de seu corpo, muito semelhante a um furão. Assim que percebeu a presença do cão do seu lado começou a correr, o Houndoom não teve outra reação que não fosse perseguir o Furret.

– Era só um pokémon imundo. – Disse o homem enquanto se encostava à parede.

Tom só conseguiu se sentir aliviado quando o homem entrou na passagem secreta que se abrira na parede. O Garoto se levantou e desceu da caçamba, primeiro precisava encontrar seu Furret, que provavelmente estaria esperando ele na porta de casa ou na cafeteria, era um pokémon muito esperto e que acompanhava ele há oito anos.

***

Estavam sentados na mesa no grande galpão, entre enormes caixas e containeres, os três homens de ternos preto, branco e cinza. Junto deles estavam duas mulheres, uma de pele bronzeada e cabelos loiros, outra com longos cabelos negros e profundos olhos azuis.

– Hoje deveríamos receber o representante da A3, mas até agora ele não apareceu. – Disse a morena.

– Verdade, mas temos que esperar. É uma encomenda importante que ele traz, o comprador vai pagar bem. – Dessa vez quem falou foi o homem de terno preto.

Os cinco foram surpreendidos. Ouviram o som de palmas. Aproximava-se. Saindo do meio dos caixotes. Viraram-se para essa direção.

– Ótimo ver a qualidade de vocês da W24. Eu poderia espionar vocês sem nenhum problema. Esse lugar não é nada seguro. Vocês nem sequer vistoriaram o local antes de sentar essas suas bundas sujas nas cadeiras. – Era uma voz masculina, com um tom escandaloso. Foi acompanhado do som de um escarro e o cessar dos aplausos.

Um ruivo apareceu, estava na casa dos 20 anos. Tinha a pele muito branca. O rosto coberto por sardas. Seu cabelo era volumoso e muito bagunçado. Vestia um imundo macacão branco com um pequeno broche no formato de um eptagrama azul. Colocou a mão em um dos bolsos. Retirou um sanduíche meio comido envolto em plástico filme. Desembrulhou. Mordeu.

– Ma...Major O... O... Oliver. – O homem de cinza gaguejou.

Nesse momento Janet sentiu sua espinha congelar. Seu estômago revirou de nervoso. Quando entrou nesse serviço imaginava tratar com setores inferiores da chamada Aliança, mas ali estava um major, um membro da Los Siete.

O setor superior da organização secreta auto-intitulada Aliança era chamado Los Siete, era composto pelos sete mais habilidosos membros. Cinco deles eram referidos como Majores. Um como tenente-coronel e o líder como Coronel. De todos os sete apenas três tinham seus nomes conhecidos pela polícia, junto da fama de serem ótimos treinadores, com habilidades diversas, eram estes Cibele, conhecida como “Rosa do deserto”, Joffrey, chamado de “A Sombra” e Oliver, “O Rubro”. Dos outros só se conhecia as alcunhas: “O Lírio”, “O Pierrot”, “O Braço Direito” comandados pelo “O Cérebro”.

– Escutem aqui. – Oliver se aproximou. Janet viu seu rosto pálido enrubescer. Apontou para os cinco. Sua mão tremia. – Eu odeio incompetência. É algo que me irrita. – Falava pausadamente. – Eu acabaria com vocês agora mesmo e renovaria a W24. Mas a Aliança não possuí tantos membros disponíveis no momento. Vou deixar a encomenda com vocês. – Respirou fundo. Sua boca mexeu um pouco sem emitir som algum, parecia contar. – Em breve voltarei. Se vocês não mudarem, acabo com vocês! –Deu a última mordida em seu sanduíche. Jogou o plástico filme no chão. Retirou do bolso uma pokébola dourada. Colocou o objeto rudemente no centro da mesa. Saiu.

Major Oliver não era chamado de “O Rubro” por causa de seus cabelos, e sim por causa da tonalidade que seu rosto assumia quando explodia de raiva. Seu pavio curto era muito conhecido. Seu passado não. Apenas sabiam que cresceu em um orfanato de Saffron, de onde fugiu, passando a viver nas ruas. Seu gosto por sanduíches é talvez a coisa mais peculiar de sua personalidade, boatos dizem que ele conhece todas as lanchonetes da parte central de Kanto, conseguindo diferenciar o gosto de cada um. Ninguém ousava zombar disso, por amor a vida.

***

Thomas havia procurado por seu Furret em sua casa, mas não o encontrou lá. Pensou então em olhar no Café, encontrou-o na porta. Aproveitou a viagem então para tomar um cappuccino. Dessa vez sentou-se no balcão e fez o pedido.

– Rapaz, você está fedendo, andou no lixo? – Disse uma voz vinda do seu lado. Era um ruivo vestido com um macacão branco. Devorava um sanduíche.

– Por ai... Você não pode falar muito, olhe o estado desse macacão. – Tom deu uma risada descontraída.

– Olha rapaz, você deveria respeitar, esse macacão tem muita história.

– História de lixeiro, provavelmente.

Oliver bateu a mão no balcão. Seu rosto começava a corar. Olhou fixamente para Thomas. Fechou os olhos. Sua mente foi bombardeada por imagens de seu passado. Contou até dez e respirou fundo. Aqueles malditos pensamentos automáticos. Não deveria se irritar por coisa pouca assim.

– Garoto, você não sabe de nada mesmo. Por que não está comendo um desses? É o melhor sanduíche de toda Kanto. – O ruivo virou para a balconista. – Trago um desses para o garoto, por minha conta.

– Ah, obrigado, não precisava.

– Precisava, não quero uma juventude perdida.

– Mas é apenas um sanduíche.

– O melhor de toda Kanto. Trabalho em Saffron, sempre que tenho oportunidade de vir para Celadon venho, só por causa dele. Peguei uma entrega hoje que nem era minha, mas precisava de um desses.

– Você é um cara estranho. – Tom pegou seu sanduíche que acabara de ser entregue pela balconista e mordeu. – Mas isso é realmente muito bom. – Disse enquanto mastigava.

– Eu disse, – Oliver olhou seu relógio. – Bem, deu minha hora. Preciso voltar para Saffron. – Ele se levantou. – Tome um banho. – Foi até o caixa. Alguns minutos depois saiu do estabelecimento.

Thomas resolveu colocar aquela conversa na lista das mais estranhas que já teve. Mas por algum motivo achou aquele homem interessante. Arrependeu-se de não ter procurado uma forma de ampliar o contato com ele. Seu celular então tocou. Era Victoria. Lembrou-se então da batalha da Clover. Atendeu.

***

Calvin estava no quarto do Centro Pokémon da escola. Sentado em uma cadeira de metal. Olhava fixamente para o Arbok dentro de um tubo de vidro. Estavam tentando ao máximo recupera-la, há duas horas. O treinador não havia saído em nenhum momento do lado de seu Pokémon.

No quarto ainda estavam mais três pessoas. O Médico operava o aparelho de recuperação. Victoria também estava sentada em uma cadeira de metal, segurava a mão seu namorado. Encostada na parede estava Mariella olhava com um olhar de preocupação para o Pokémon. Sua perna direita balançava de ansiedade.

A porta do quarto se abriu. Um rapaz de óculos, com cabelos negros e pele escura apareceu, tinha 18 anos. Vestia um casaco azul e branco, com uma braçadeira de capitão branca com um “C” vermelho. Era Apolo, o capitão da equipe da escola.

– Mariella Spektor, venha comigo. – Disse.

Ela desencostou da parede. Colocou sua mão esquerda no ombro de Calvin, disse “Estarei aqui para o que precisar” e saiu pelo corredor com o capitão.

Os dois foram até uma sala em um prédio vizinho ao Centro Pokémon. Era a exclusiva do Capitão da equipe, Mariella se sentou em uma cadeira na frente de uma mesa.

– Bem, o que tenho a falar é rápido. – O rapaz abriu uma gaveta em sua mesa e retirou uma folha de papel. – Eu e os outros membros da Equipe da Academia de Ashford gostaríamos que você se juntasse a nós. Você vai ter que abandonar seu cargo em sua equipe do intraescolar. Mas é para algo maior. Nós acompanhamos seu bom desempenho desde o último ano, quando sua equipe conquistou a segunda posição, depois da última batalha tomamos essa decisão. Você aceita? – Disse colocando na mesa a folha de papel, era uma espécie de ficha.

– Eu não mereço.

– Como assim? Você é uma excelente treinadora, seus Pokémon são fortíssimos...

– Você viu o que minha Seviper fez? – Mariella colocou as mãos sobre a mesa e encarou Apolo.

– Sim, ela se mostrou incrivelmente poderosa...

– Ela quase matou o Arbok! – Mariella levantou irritada. – Aquilo foi horrível! Não se sabe nem se ela irá sobreviver! Isso para mim não é ser uma treinadora, é ser uma assassina! E se esse é o tipo de pessoa que vocês recrutam eu não quero mesmo entrar! – socou a mesa.

– Calma, garota! – Apolo parecia um pouco assustado. Fez sinal com as mãos para Mariella sentar. – Se você não quer tudo bem. Há alguém da sua equipe que você quer indicar?

– Há alguém, mas não é da minha equipe, é Calvin Berry, da Clover.

– Mas ele perdeu...

– Eu conheço Calvin há oito anos, sei melhor do que ninguém nessa escola de como ele merece essa vaga. – Mariella se levantou. Saiu da sala sem olhar para trás.

Voltou para o Centro Pokémon. Sentia a responsabilidade de ficar com Calvin, era ela a culpada por tudo aquilo, precisava estar com ele. Mas quando abriu a porta do quarto o médico já não estava mais lá. Encontrou Calvin e Victoria trocando um voraz beijo. Nem procurou mais nada. Aquela cena foi o suficiente para irritá-la. Bateu a porta com força e saiu pisando forte.

***

Mariella estava sentada em um banco virado para o lago da escola. Lágrimas escorriam pelo seu rosto. Quando alguém se sentou do seu lado.

– Quem diria, Mariella tem sentimentos. – Disse Calvin.

– É, talvez seja difícil ser a durona cem por cento do tempo. – Ela pareceu sorrir levemente. – Eu luto tanto para manter essa pose, mas talvez não seja mais do que uma cópia da Alice.

– Você não é uma cópia da Alice. Vocês são bem diferentes na verdade. Não é só por causa de suas roupas ou seu cabelo pintado, você é bem menos fútil, chantagista, convencida...

– Obrigado...

– Pelo que?

– Está sendo legal comigo, mesmo depois do que aconteceu na batalha.

– Você não tem culpa, e o Arbok já está bem. – Calvin se virou para ela sorrindo.

Mariella esticou os braços. Agarrou a gola da camisa do garoto e puxou ele para junto de si. Seus lábios se tocaram. Em seguida as línguas. Calvin parecia responder no início, mas logo parou tirando sua boca.

– Desculpa.... – Disse ela enquanto levantava e saía correndo.

Calvin respirou fundo. Levantou-se. Quando virou deu de cara com Victoria chocada. Ela estava estática. Viu uma lágrima escorendo pelo seu rosto antes que ela corresse. Do seu lado estava Thomas, que balançava a cabeça de forma negativa. Olhou para as garotas correndo.

– O que eu faço? – Perguntou para Tom. Seu rosto demonstrava confusão.

– Eu não sei, talvez comer sanduíche seja uma boa...

Notas do Autor: Está ai meu primeiro capítulo escrito esse ano. Ele é meu favorito até agora, não tem o suspense do prólogo, nem a ação da batalhas, mas é o que mais me soou sincero e com personalidade. Ao revisar ele me pareceu até certo ponto corrido. Contudo não vi o que pudesse resolver isso, acho que pode ser um reflexo da personalidade explosiva e agitada de Oliver. A segunda metade do capítulo ficou com esse caráter romancezinho adolescente. Procurei agradar aos vários tipos de leitores. Aos que gostarem do romance, esperam a resolução do triângulo amoroso. Os que gostam mais da parte “policial” da fanfic esperam para saber sobre a pokébola dourada, sobre Los Siete e a Operação Condor. Aos que gostarem de ironia fica a fala final do Thomas, e o capítulo acabou sem ele tomar banho...



Última edição por Guillerjo em Sex 5 Abr 2013 - 2:09, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Caio. Qua 3 Abr 2013 - 15:44

Cara, esse capítulo passou muito rápido, sem grandes emoções como disse, mas achei-o bem maneiro por explorar os personagens. Gostei mesmo do Oliver, aquela parte de "duvidar do sabor do sanduíche" foi hilária. O diálogo também me fez rir... Afinal... Talvez ele não seja uma pessoa tão ruim assim, né? Ou não. Vai saber.

Eu gosto de Calvin. Mariella também se mostrou personagem interessante com essa sinceridade e culpa. Quero conhecer esses elites aí agora, parecem ser maneiros :D

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Mensagem por Rush Qui 4 Abr 2013 - 0:47

Boa noite!

Tenho que admitir que fiquei atraído pela Fan Fiction por causa da imagem que você postou no main post. Se eu NÃO me engano, o autor desta imagem é/ou é um conhecido de um artista chamado 'Silver5'. Artista excelente, que desenhou, por exemplo, o lendário Rayquaza em forma realista. A melhor que eu já vi. Tá Aqui, se quiser ver.

Enfim, eu li tudo entre ontem e hoje, e não irei comentar detalhe por detalhe. Primeiramente, tenho que dizer que achei muito agradável a sua organização, na qual deixa o texto formatado numa forma muito boa de se ler - embora a narração esteja um pouco "pobre". Não gostei muito das batalhas não. Ficaram simples e esclarecedoras, sim, mas não achei muita emersão enquanto lia as mesmas. Não senti o 'impacto' ou a 'profundidade' dos movimentos e ataques.

Achei engraçado esse último capítulo, achei Oliver um cara interessante, btw. Achei muita sacanagem usar o Furret como isca, mas gostei bastante em como foi descrito e da ideia em si. Teria feito o mesmo.

Enfim cara, voltarei nos capítulos futuros, onde poderei ler e comentar com mais calma.

Um abraço, até mais.
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Mensagem por Kurosaki Lucas Qui 4 Abr 2013 - 9:32

Esse capítulo me pareceu mais como um descanso da história, para não ficar algo muito fadigado. Um dos líderes apareceu, isso foi legal, alguma revelação sobre o grupo, mas no geral, enfim, eu volto a martelar pra você tentar dar um pouco mais de emoção / ou simplesmente enrolar, na história, percorrendo melhor a narrativa e a descrição dos acontecimentos ou dos próprios personagens. A parte do Oliver foi a melhor pra mim, ali sim, eu li uma boa introdução ao personagem com todo o seu jeito e muito natural durante a ocasião, ficou bem legal. O primeiro contato amoroso de Mariella e Calvin seria muito melhor se você talvez colocasse mais sentimentos, descrevesse como a Mariella estava se sentindo depois do beijo por exemplo. Mas enfim,

Erros ortográficos eu não vi algum, só no finalzinho que eu suponho que você tenha trocado palavras. Escreveu 'casa' ao invés de 'cara'. Fora isso, não vi nenhum mesmo.

Meu comentário pessoal como leitor... A forma como Tom escapou dessa enrascada foi genial, achei muito legal e inteligente da parte dele, pensar rápido assim haha, muito inteligente mesmo. Não sei o porque, mas Oliver me cativou um pouco, mesmo parecendo ser um pouco incrédulo / arrogante, sei lá, mas ele parece ser maneiro e ter um lado mais humano. Quero conhecer um pokémon dele ahurhua. Ele e Tom bons amigos? Seria legal. Quanto Calvin x Mariella x Victoria, será interessante mesmo explorar esse triangulo, mas vou dizendo que Calvin x Mariella me dá ansiedade, sei lá, acho que eles combinariam legal. Achei muito boa a cena do primeiro beijo entre eles. Vai ser legal mesmo essa história entre eles. Mas estou mesmo ansioso pra conhecer a organização e os conflitos. No aguardo em Gui.
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Mensagem por Mag Qui 4 Abr 2013 - 22:45

Junto com o prólogo, é o melhor capítulo mesmo, Gui.

Em fim você deu uma pausa para dar atenção aos personagens. Antes, Tom para mim era só um bobalhão intrometido, mas me afeiçoei tremendamente a ele neste capítulo. Como já disseram, a decisão que ele teve para escapar do Houndoom ficou excelente, eu acho que inicialmente nunca pensaria em fazer isso. O Calvin é um personagem legalzinho, legal, mas não fiquei tão interessado nele. O Oliver... haha Estou gostando muito das manias que você insere nos personagens, é algo que eu gostaria de explorar mais também. Ele parece ser bem doidão.

Eclético como sou, já li até a Saga Crepúsculo inteira - oh, nostalgia de segundo ano -, eu me agrado por qualquer das partes do enrendo, desde que sejam bem escritas e amarradas. Acho que esse encontro casual entre o Oliver e o Tom foi uma sacada muito boa, se você explorar isso bem na fic ficará bom pra caramba, cara. Eu não achei o texto corrido, ficou bastante adequado em todas as partes com o caráter objetivo e direto da sua escrita.

Até o próximo.
'braços.

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Mensagem por Yoshihime Dom 7 Abr 2013 - 4:56

Spoiler:

Capítulo VI
Segunda-Feira


Era noite. A lua cheia brilhava no céu. Pequenos insetos rodeavam constantemente a lâmpada de um poste. O lugar estava bastante vazio, já passara da meia-noite. Calvin e Thomas estavam sentados em um banco de praça. O primeiro fumava o seu sétimo cigarro, era consumido por aflição e ansiedade. Precisava organizar seus pensamentos. Estava há horas conversando com Tom, mas não conseguia se decidir, esclarecer as coisas.

— Victoria é tão boa para mim, ela é doce, amo tantas coisas nela, o jeito que fala baixo, sua ternura, seu sorriso tímido. — Calvin suspirou. — Mas Mariella tem algo, ela mexe comigo.

— Você já repetiu isso várias vezes. Essa é sua conclusão. Não percebe? Sente-se atraído pela Mariella, mas Victoria é de quem você realmente gosta. Resolva seus problemas com ela de uma vez, temos coisas maiores para nos preocuparmos.

— Coisas maiores?

— A Operação condor. — Tom acenou com as mãos, como se aquilo fosse refrescar a memória de seu amigo.

— Ah, isso. Sabe... — Calvin jogou o que restava do cigarro no chão. — Eu e Victoria conversamos sobre. Isso é loucura.

— Como assim? Eu já disse que...

— Tom, acorde para vida. Não é assunto nosso tudo isso. Não vivemos em um desenho animado, um filme ou coisa do tipo. Esse é o mundo real, não vamos nos envolver nisso, ok?

Thomas respirou fundo. Como podia Calvin dizer aquilo? Ele pensava que eram amigos para o que fosse preciso. Aquilo pareceu hipocrisia. Enquanto se preocupava com algo realmente importante, uma organização criminosa, seu amigo vivia um dilema entre duas garotas e era ele quem deveria acordar para a vida? Calvin estava sendo egoísta como de costume. Pensava que todos estavam a seu dispor a todo momento. Mas dificilmente estaria ao dispor dos outros. Pensava ser o centro do universo. Considerava seus problemas como universais.

— Boa sorte com suas namoradas. Venha me procurar só se mudar de ideia. — Tom levantou do banco e foi embora, sem olhar para trás. Ouviu Calvin chamar por ele, mas não respondeu.

***

Era uma ensolarada tarde de quarta-feira. Calvin estava sentado em uma cadeira na sala destinada a sua equipe. Era pequena. Possuía apenas uma armário de metal, quatro cadeiras e uma mesa de madeira, além de uma enorme janela voltada para o campus. A maioria da escola estava bastante vazia, estavam todos na arena assistindo à batalha entre a Olhos Vermelhos e a 88, pelas oitavas de final, a vencedora desse confronto enfrentaria a Breeze na próxima fase. Poderia ser a Clover...

O garoto se levantou. Olhou para um porta-retrato na mesa. Uma foto dele com seus três companheiros de equipe. Allen sorria sinceramente como sempre, ao seu lado Alice forçava um sorriso, Michael segurava a aba de seu boné e ele estava bem sério. Chegou a hora de deixar a Clover, aquela foto seria substituída pela nova formação em breve. Que tipo de pessoa entraria na equipe? Talvez alguém que melhorasse ela, o que ele foi incapaz de fazer. Mas aquilo não importava, a equipe não importava, não era mais um integrante dela.

Pegou uma folha de papel que estava sobre a mesa. Checou por uma última vez. Era seu formulário de ingresso na equipe da escola. Estava todo preenchido. Ele foi indicado a fazer parte dela por Mariella. Faltava apenas uma coisa. Colocou o papel na mesa. Retirou sua braçadeira, em seguida seu casaco laranja e verde. Dobrou. Colocou-o sobre a mesa. Por cima dele colocou a braçadeira.

A porta então foi aberta. Calvin se virou. Victoria entrou, estava muito bonita. A luz do sol entrava pela janela incidindo sobre seu pequeno rosto, ela estava sem óculos seus olhos brilhavam com uma coloração avelã. Seus longos cabelos castanhos estavam bem penteados. Ela suspirou.

— Recebi sua mensagem, fale logo. — Ela desviou seu olhar. — Você está perdendo ótimas batalhas agora.

— Imaginei. Mas tenho algo importante para falar com você. — Ele se aproximou. Colocou suas mãos na cintura dela. Encarou-a. — Preciso te dizer que eu te amo, você é muito importante para mim, me faz tão bem, mas... — Inclinou-se para beija-la, contudo ela virou o rosto.

— Mas o que? — Perguntou.

— Mas Mariella mexe um pouco comigo, por isso aquilo aconteceu, talvez... — foi interrompido por um forte tapa que levou. O som do impacto ecoou pela sala vazia. A outra mão da garota empurrou ele.

— Sua cara não arde? — Foi andando de costas, virada para o garoto. — Nunca deveria ter me apaixonado por você, estava na cara que seria um babaca...

Calvin ficou um tempo parado, enquanto observava a garota partir. Passou a mão pelo lado de seu rosto que havia levado o tapa. Chutou uma cadeira próxima. Victoria estava com raiva dele agora, Thomas também, provavelmente Mariella. Abandonaria Allen, Alice e Michael na perdedora Clover.

Caminhou até a mesa e pegou a ficha. Sua mão tremia junta com a folha. Estava cansado. Derrotas no estádio e agora fora dele. Precisava mudar essa sua vida. O primeiro passo era entrar na equipe da escola. Conseguiu isso. Era a hora de procurar a realização de seus sonhos, vencer o campeonato de Kanto pela escola, quem sabe ser contratado por um equipe e vencer o mundial. Deixaria Thomas e Victoria para trás se fosse preciso. Se eles não o queriam mais, ele não os queria mais.

***

Os sol se punha. Era o final da tarde de mais uma segunda-feira em Celadon. Três homens com ternos cinza, branco e preto carregavam caixotes até um caminhão. Aquela era uma rua deserta, mesmo naquele horário, se não fossem por algumas pessoas que circulavam, e alguns indivíduos em um ponto de ônibus lendo jornais ou conversando. O homem de preto então entrou no veículo. O de cinza colocou um último caixote e também entrou. Seguido pelo de branco que fechou a porta traseira.

O caminhão partiu. Thomas abaixou o jornal que usava para cobrir sua face. Sempre via aquilo em filmes, nunca pensara que um dia faria algo do tipo. Pegou um bloco de notas e um lápis em seu bolso. Anotou a placa do veículo. Sabia para onde iria, para Cerulean. Passou a semana investigando tudo aquilo por conta própria. Chegou a hora. No dia seguinte destruiria aquela base. O dia da Operação Condor finalmente chegara.

Notas do Autor: Quando reli esse capítulo ele me pareceu chato como uma segunda-feira. Mas ele é um mal necessário. Preciso dele para construir o que Calvin se tornará.

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Mensagem por Mag Qua 10 Abr 2013 - 23:13

Gui, desculpa de novo a demora. Já faz três dias que você postou. A facul me enrolou, mas eu também sou enrolado.

Cara, não achei o capítulo chato nem um pouco. Primeiro, porque está pequeno, então não fica cansativo de ler. Segundo, porque o capítulo está muito bem escrito. Amei várias passagens do Calvin e do Tom. Aquela interação entre a Victoria e o Calvin ficou espetacular. "- Sua cara não arde?" eu quase vibrei com essa pergunta, como te disse no faceee. Ótimo, ótimo mesmo.

Você deixou bem claro o que o Calvin virará. Eu sinceramente não imaginava uma mudança tão brusca e repentina na personalidade dele. Na realidade, essa mudança nem ocorreu ainda, é apenas um suposição adiantada. Cuidado pra não transformar ele num vingador/rebelde sem causa. O Calvin deve sentir rancor, mas até que ponto ele será capaz de manter isso é que é o problema. Às vezes a gente tenta manter a raiva por causa do orgulho ferido e, comigo, isso quase sempre dá errado. E ele é fumante. lol É o primeiro capítulo que você coloca isso ou ele já fumou em outros e eu não vi?

O trecho do Tom, especialmente quando ele dizia "Calvin estava sendo egoísta como de costume. Pensava que todos estavam a seu dispor a todo momento. Mas dificilmente estaria ao dispor dos outros. Pensava ser o centro do universo. Considerava seus problemas como universais." ficou excelente também. Reflete a hipocrisia do seu próprio pensamento, não é? Essa passagem ficou excelente exatamente pela forma como você inseriu isso, deixando que os leitores percebessem, mas de um jeito que não ficasse ridículo na mente do personagem.

Eu particularmente gostei muito do capítulo. E como você disse, ele norteará o que vai acontecer no decorrer da história.

Até.
'braço.

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Mensagem por Yoshihime Ter 23 Abr 2013 - 2:23

Spoiler:

Capítulo VII
Terça-Feira

O relógio de pulso de Thomas indicava 6:00 da manhã de Terça-Feira. Ele terminou de amarrar seu tênis. Fechou a mochila que estava aberta em cima da cama, colocara nela coisas que julgava necessárias. Saiu cuidadosamente do quarto, tentando ao máximo não fazer barulho para acordar seus pais ou sua irmã.

Saiu para a rua. Sentia frio mesmo com seu casaco. Poucas pessoas andavam pela cidade. Volta e meia um carro passava, normalmente táxis. Caminhou até o estreito beco que tanto visitara na última semana. Entrou. Um pequeno Rattata passou por entre suas pernas. Encostou-se na parede. Contou cinco palmos a partir do chão, sete da caçamba de lixo que existia ali.

— Os pactos, sem a força, não passam de palavras sem substância para dar qualquer segurança a ninguém.

O muro tremeu. Os tijolos se moveram aos poucos. Revelaram um enorme galpão. Ele entrou. A parede atrás de si fechou-se. Thomas pegou sua lanterna na mochila e iluminou o local. Passou a luz por caixotes, containeres até encontrar o que procurava: a mesa. Foi até ela. Em cima estava uma pequena caixa cúbica de madeira, trancada com um cadeado.

Tom abriu sua mochila, pegou uma marreta. Ergueu a ferramenta segurando com as duas mãos. Desceu. A cabeça acertou a caixa que rachou, mas não chegou a quebrar. O garoto respirou frustrado, tentou novamente. Mais uma vez apenas rachaduras. Guardou a marreta na mochila. Retirou uma pokébola do bolso. Apertou o botão central dela.

Um pokémon com traços galináceos surgiu, seu corpo era coberto por penas amarelas na parte superior e laranjas na inferior. Apoiava-se nas patas traseiras. Um Combusken.

— Certo, Combusken, preciso que você use o Brick Break na caixa.

O Pokémon fez um sinal afirmativo com a cabeça. Esticou o braço para o alto. Sua garra começou a brilhar intensamente. Golpeou a caixa que se partiu em inúmeros pedaços, revelando uma pokébola dourada. Pegou o objeto, percebeu que existia um pokémon dentro dela e guardou no bolso. Devolveu o Combusken para a sua pokébola.

Foi mais fundo no galpão. Passou a lanterna por caixotes e containeres. A sua ideia era simples, ele pegaria a única que restava da organização na cidade, Fen. Janet teria que ajudá-lo, afinal ela era uma policial, depois disso chamariam a polícia. Ele seria um herói.

Caminhou par ali olhando o lugar durante uma hora até que resolveu abrir um dos caixotes, olhar que tipo de coisa além de pokébolas douradas e pokémon modificados — alguns dias atrás enquanto espionava ouviu falarem algo sobre Larvitar I”s , assumiu que fosse algum tipo de modificação.

Abriu. Encontrou alguns paralelepípedos de pacotes plásticos. Retirou um pequeno canivete de seu bolso a fim de poder abrir um deles. Fez um corte e abriu com os dedos. Um pó branco escorreu pela fissura.

— Cocaí... — Nesse momento foi interrompido um uma sensação estranha que tomou seu ser. Sentiu um frio enorme em seus pés, subindo até os joelhos. Olhou para baixo, viu que estava com as pernas cobertas de gelo. Tentou mexe-las mas estavam presas ao chão. Sentiu algo tocando suas costas. Virou-se. Viu uma Colt M1911 apontada para ele. Uma mão bastante branca a segurava.

Fen vestia um curto vestido branco, meias arrastão pretas, e sapatos de salto alto de mesma cor. Segurava a pistola com a mão direita. Olhava fixamente para Tom. Atrás dela estava um enorme pokémon azul como os olhos de sua treinadora, com um grande casco e canhões nos ombros. Um Blastoise.

— Isso é Heroína, querido. — Disse ela docemente. — Vamos lá, diga, quem é você e o que faz aqui?

— Eu ach-chei... — gaguejou — que aqui fosse um galpão abandonado...

— Ah, vamos lá, nós dois sabemos que você não pode entrar aqui simplesmente, existe uma forma secreta. — Ela pressionou o cano da pistola contra as costas do garoto. — Para quem você trabalha?

— Ninguém... — O suor frio escorreu pela testa de Tom. Ele engoliu seco. Seu coração parecia explodir de tensão. Era só aquela mulher puxar o gatilho que ele morreria. — Eu só pensei... — perdeu as palavras.

— Pensou..?

— Pensei que eu podia acabar com vocês...

A mulher estourou em uma gargalhada. — Você é patético. — Disse apertando o gatilho.

Thomas fechou o olho. Ouviu o disparo. Preparou-se para a morte. Sentiu a urina quente escorrendo por sua perna por dentro da calça. Sentiu uma forte dor no braço esquerdo. Ouviu um estalo, um gemido vindo da mulher atrás de si e o barulho de algo caindo no chão.

Abriu lentamente os olhos. Viu uma marca de bala no caixote da sua frente. Olhou para seu braço esquerdo, viu o sangue escorrer por ele, havia sido pego de raspão. Olhou mais a frente e viu a Colt no chão. Virou-se para trás, Fen estava estática olhando para o lado esquerdo. Seus olhos azuis estavam bem abertos, assim como sua boca pequena.

Do outro lado do galpão estava Janet. Vestindo uma camiseta branca larga, que revelava alguns detalhes de seu sutiã rosa, shorts jeans curtíssimos, óculos espelhados estilo aviador, um chapéu panamá branco. Seus longos cabelos loiros caiam sobre seus ombros. Ela segurava um cigarro entre os dedos da mão direita. Ao seu lado estava um enorme Venusaur com a boca aberta como se bocejasse. De sua flor saíam duas vinhas, usara uma delas para golpear a mão de Fen na hora do disparo.

— Janet... — Fen ainda estava surpresa. — Mas o que foi isso?

A loira tirou algo dos bolsos de trás e mostrou, era um distintivo policial — Investigadora Janet Hasani da Polícia de Kanto. Você está presa. — Disse. Virou-se para Tom em seguida. — Garoto, eu disse para não se meter, se eu não chegasse você estaria morto agora. Essa é a vida real, não é desenho, um jogo, um filme, não pode simplesmente levantar da cama e decidir salvar o mundo.

— Engraçado. — Fen soltou uma gargalhada de deboche. — Se não quer que eu mate o garoto então venha aqui e me ajude a prender ele, nossas brincadeiras deixamos para depois.

— Isso não é uma brincadeira. — Janet deu um passo a frente. Retirou algemas que estavam guardadas na parte de trás dos shorts. — Venha.

— Janet, pare de bobeira. — Fen virou, uma lágrima escorria por sua bochecha, não queria acreditar naquilo. — Vamos prender o garoto com as algemas.

— Isso não é brincadeira, estenda as mãos e venha, pelo seu bem.

— Mas o nosso amor... — A morena juntou as mãos entre os seios. As lágrimas escorriam cada vez mais.

— Eu precisava me aproximar de algum membro para melhores informações, você, além de estar no comando aqui, é linda. — Ela suspirou. — Mas nunca senti nada realmente.

— Bem... Se é assim — Fen deu alguns passos para trás. — Blastoise, Rapid Spin!

O Pokémon tartaruga entrou dentro de seu casco e começou a girar em alta velocidade, foi deslizando na direção da investigadora e seu pokémon. Janet fez um sinal com uma das mãos, mostrando para o Venusaur os dedos indicador e médio. O Pokémon fez um sinal positivo com a cabeça e lançou uma de suas vinhas contra o casco giratório.

A vinha primeiro golpeou três vezes o casco tentando o frear, mas falhou. Então entrou em um dos orifícios do casco, começou a ser enrolada, era como um carretel de linha. O Venusaur fez esforço para trás, jogou o corpo para a direita, movendo o Blastoise giratório. Jogou o pesado casco contra a parede que rachou.

Janet fez novamente o sinal com os dois dedos. O seu Pokémon lançou suas vinhas contra Fen prendendo ela. A investigadora foi então ajudar Tom, mas quando olhou ele havia sumido.

O Blastoise estava desmaiado contra a parede, a força do impacto foi enorme, as rachaduras iam até o teto. Fen chorava enquanto Janet a algemava.

— Eu realmente te amo... — Disse — Nunca imaginei que você fosse uma cadela do governo.

— Sou boa com disfarces, vamos lá. Vamos ter mais o que conversar na delegacia. Esse lugar vai ser ocupado pela polícia em breve.

***

Thomas estava em seu quarto, arrumava sua mochila. Seus pais estavam no trabalho e sua irmã na escola. Foi guardando as coisas que levaria consigo. As palavras de Janet ecoavam em sua mente, o som do disparo, seu ferimento doía, cuidaria dele na próxima cidade. Estava decidido, finalmente partiria em sua jornada, conheceria o mundo, cresceria.

Guardou roupas, algumas ferramentas, laptop, celular, algumas pokébolas vazias, sua vara de pescar, um kit de primeiros socorros, um pacote com dinheiro que guardara nos últimos anos. No bolso da frente colocou o seu livro favorito: “A Jornada” de George Gordon. Em bolsos menores guardou suas duas pokébolas com o Combusken e o Furret, a pokébola dourada e a pistola.

Trocou sua calça e cueca sujas de urina, a calça estava um pouco chamuscada e molhada por causa dos ataques de Combusken que usara para derreter o gelo.

Saiu de casa, deixou uma pequena carta para seus pais dizendo sobre como não concordava em estudar para ser um criador, se queria realmente ser um precisava de uma jornada, assim como George Gordon, precisava conhecer o mundo, crescer, um dia voltaria para vê-los.

Pegou sua bicicleta e partiu.



Notas do Autor: tentei deixar o menos corrido possível, espero ter conseguido.



Última edição por Guillerjo em Ter 23 Abr 2013 - 4:49, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Mag Ter 23 Abr 2013 - 4:36

Nossa, cara, ficou bom o capítulo. Não achei corrido, foi só... objetivo, como seus escritos costumam ser. E que doideira, hein? Já havia me esquecido que a Fen era a parceira da Janet. Quando vi isso, fiquei embasbacado. Outra boa dissuadidora, se entende a flexão da palavra. E mais uma vez o Tom toma um tapa na cara por sua própria ignorância e egocentrismo. Achei massa quando ele mijou quente na calça, melhor do que mijar fora da privada. Estou louco para ver o que vai acontecer... fuga de casa... hum... estou sabendo... e essa pokébola dourada, que era o cerne da organização... Ho-oh... ?

Eu encontrei dois errinhos bobos de revisão. Se quiser corrigir, eles estão nuns dos últimos parágrafos, na luta entre os iniciais, os dois erros na mesma linha. Um `falou` que devia ser `falhou`e um `oficios`que devia ser `orifícios` (a vinha entrando na casca do Blastoise).

Só isso, tomara que o próximo não demore.

Até.

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Mensagem por Yoshihime Ter 14 maio 2013 - 15:18

Valeu, Mag!

Capítulo VIII
Tempos de Neblina



Já se passara um ano desde o desaparecimento de Thomas. Isso chocara Calvin completamente, por mais que tivesse optado por abrir mão da amizade e se concentrar em sua carreira, sentia falta dele.

Estava agora em um bar com seus colegas de equipe comemorando a classificação deles para as oitavas de final do Campeonato Interescolar de Kanto. Marcel, o novo capitão da equipe que assumira após Apolo se formar, dava algum discurso bêbado. Toda equipe aplaudia e gritava, eram 11 membros.

Os olhos de Calvin percorreram o bar e encontraram Mariella sentada um pouco afastada, sozinha em uma mesa, ela parecia afundar dentro de seu casaco azul e branco da equipe, havia ingressado logo após sua equipe, a Breeze, ter se consagrado campeã do campeonato da escola. Ele foi cambaleando até ela e sentou ao seu lado.

— Não está feliz com nossa vitória? — Perguntou sorrindo.

— Estou, mas é que... — Ela encolheu dentro do casaco. — Eu não me sinto bem-vinda, sabe, eu recusei entrar na equipe uma vez...

— Por causa disso que eu estou aqui. Obrigado.

— Não precisa agradecer de novo, sempre faz isso, além disso depois daquilo eu arruinei, infantilmente, seu namoro.

— Já falamos muito disso. Aconteceria mais cedo ou mais tarde, só demonstrou o quanto era tênue meu relacionamento.

Mariella abaixou seu olhar calada. Encarou suas surradas calças jeans, pegou uma de suas mãos com a outra, parecia examinar minuciosamente suas unhas. Alguns momentos de tensão. Ela ergueu lentamente seus olhos. Calvin então começou a inclinar seu rosto.

Seus lábios secos se tocaram. Ele umedecendo os lábios dela e ela os dele. Suas línguas se encontraram e se enroscaram. Aproximaram-se. Calvin colocou sua mão na cintura dela, Mariella no pescoço dele. Sentiram o calor em seus corpos, logo foram obrigados a tirar seus casacos da equipe por questão de conforto. Ficaram entre beijos e carícias por um longo tempo.

***

No quarto de Calvin, Mariella se vestia. Ele continuava deitado na cama, calado.

— Não vai me levar até a porta? — Ela perguntou. Seus olhos azuis brilhavam por conta da luz que entrava pela janela, seus cabelos tingidos de negro caiam no meio de suas costas. Ela agora já vestida calçava seus tênis.

— Não tem ninguém em casa. — Ele bocejou. — Desce lá.

— Ok, eu estava pensando, seria legal se fizemos algo juntos amanhã, já que é sábado.

— Não vou poder, tenho umas coisas para fazer.

— Que coisas?

— Coisas... — ele se virou na cama ficando de costas para ela.

— Tudo bem então... — Ela suspirou. Terminou de amarrar seus cadarços. Levantou e saiu pela porta.

Quatro anos depois do desaparecimento de Thomas.


A estação final do metrô de Saffron era decadente, poucas pessoas apenas passavam por lá, sempre iam com outros objetivos. Era um enorme centro para venda de drogas ilícitas, celeiro da cultura junkie, prostituição de todos os tipos. Era suja. Pessoas podiam ser vistas caídas no chão por todos os lados, fedia a urina, e a outras secreções tanto humanas quanto de Pokémon.

Um homem caminhava por aquele lugar, seu cabelo era enrolado, curto e tingido de roxo. Usava óculos escuros, piercing na boca, nas orelhas e na sobrancelha. Sua barba estava bem feita. Vestia uma camiseta branca com uma gola U que batina no meio de seu peito, mostrando a sua tatuagem de um lírio amarelo e pregado na camisa estava um broche de eptagrama azul. Ele possuía 31 anos.

Caminhou entre aquelas pessoas degredadas, até que avistou grupo de três garotos. Mas ignorou completamente dois, só tinha olhos para um.

Esse garoto se chamava Detlef, era loiro, de pele bem branca, rosto inocente e olhos ônix, seus lábios eram avermelhados, provavelmente tinha entre 14 e 16 anos.

O homem se aproximou do grupo os outros dois garotos se afastaram por saberem do que se tratava. “O Lírio”, como era chamado, pousou sua mão no ombro do loiro e sussurrou algo em seu ouvido.

***

Oliver subia de elevador praguejando. Precisava chamar Joffrey, “A Sombra”, que estava no terraço. Por que aquela aberração não usava um celular? Seria tão mais fácil. Retirou um sanduíche embalado do bolso e começou a comer.

Finalmente chegou ao terraço. Lá de cima conseguia ver Saffron inteira, era o edifício mais alto da cidade. Era obrigado a reconhecer que Joffrey soube escolher seu ponto preferido.

Ele estava lá. Sentado na sacada fumando. Seus cabelos eram negros e despenteados. Vestia pesadas roupas pretas, jaqueta — onde estava preso o eptagrama—, calças, coturnos, camisa. No pescoço carregava uma pesada corrente de prata com um pingente de cruz ortodoxa.

— Você deveria fazer duas coisas. — Disse Oliver se aproximando. — Comprar um celular e parar de fumar. — chegou perto de Joffrey, apontou para o cigarro. — Esse troço mata.

— Não fumar faz de você um imortal? — Joffrey ergueu as sobrancelhas.

— Não! Mas preserva minha saúde.

— Cuide da sua que eu cuido da minha. — Ele desceu da sacada. — Anda, o que quer comigo?

— Reunião de emergência. As coisas estão começando a ficar prontas.

— Ótimo. — Joffrey sorriu.

***

Em uma colina próximo ao Lake of Rage, um homem tocava um alaúde. Vestia um casaco verde, um grande chapéu de mesma cor, calças marrons, sapatos pretos. Seus cabelos e seu cavanhaque eram grisalhos, ao seu lado estava um Honchkrow que acompanhava as notas com seu crocitar. Um aplauso surgiu atrás dele que se virou.

Um velho se aproximava, seus cabelos eram brancos, assim como sua barba. Trajava uma farda militar, com inúmeras medalhas presas. Ele sorria enquanto aplaudia.

— Ora, Ricardo, você continua um ótimo músico.

— Obrigado, — O músico sorriu. — George Gordon fardado, quem diria que eu veria isso de novo.

— Tempos sombrios se aproximam. Aqui isolado você provavelmente não sabe sobre o crescimento de uma organização chamada Aliança, um grande problema.

— Então por isso resolveu parar de forjar sua morte? Por causa de uma organização?

— Eu ainda não parei, poucos sabem que ainda vivo e estou assumindo como chefe do planejamento militar de Kanto-Johto.

— Honrados são eles, mas diga, qual o motivo de sua visita?

— Estamos reunindo nossos melhores profissionais. — ele sorriu. — Você é nosso melhor investigador.

— Era. Sabe muito bem que larguei essa vida há oito anos. Existem outros grandes investigadores por ai, meus pupilos, por exemplo.

— Eles estão em setores de base, mas precisamos de uma elite. Sei que você não abandou por completo essa vida, há dois anos contribuiu em segredo nas investigações do caso das três irmãs que assassinaram um rapaz em Goldenrod.

— Foi apenas para passar o tempo.

— Você ama isso, admita. — O velho sorriu. — Mas tenho outra coisa para te contar. Tudo indica que Cibele Kreuser está nessa Aliança.

— A Rosa do Deserto? — Ricardo sentiu o frio percorrer sua coluna, costelas e se alojar na sua barriga.

— Essa mesmo. — O velho manteve o sorriso em seu rosto.

Fim do Livro Um: Neblina

Notas do autor: Depois de algum tempo desaparecido voltei com a fic, através desse capítulo de encerramento do livro Um. Obrigado, quem me acompanha. Só peço uma coisa, se ler comente, por favor, vejo gente que nunca comentou aqui votar em mim no FoTM, comentem, poxa Sad mesmo que seja só a opinião sobre o rumo das coisas, e especulações.

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Mensagem por Mag Sáb 18 maio 2013 - 0:53

Ei Gui, o capítulo ficou legal. Agora eu entendo por que você disse que a história será tão grande. Tem muito mais coisa além daquele início que nos dá a sensação de desenrolar naquele contexto da organização com o Tom pequeno. Mas não, o cara fugiu mesmo de casa e a trama vai só crescendo e se envolvendo com outros personagens, etc. Quero só ver o que Tom aprendeu, como ele ficou depois desse tempo todo nas ruas... Desconfiei que ele fosse o tal do Detlef (?), mas talvez não.

_________, drogada e prostituída? A cena do trem me deu umas ideias, mas relaxa que eu não sou copiador... Gostei do cenário ali, eu já estava meio preparado pra isso, mas me remeteu diretamente praquele desenho animado que você tanto gosta, ahsuhauhsua. Seria legal se você tivesse dado mais umas informações pra ambientação do leitor. Tipo, sob todos as vertentes ficou bem claro a mensagem de que alguma coisa grande vai começar a acontecer de verdade, mas eu queria saber mais. Mas é bom que dá aquele sentimento de mistério.

Eu comecei a odiar o Calvin e a criar uma espécie de afinidade ou respeito pela Mariella... quero ver o que aconteceu com eles nesses 4 anos.

Até mais, neguinho favelado dos cabelos crespos.

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Mensagem por Yoshihime Qui 6 Jun 2013 - 0:52

Livro Dois: Tecnicolor ♡

Capítulo IX
Alvorada

A arena estava lotada, era a maior de toda Kanto. As batalhas já duravam por 6 horas, a que acontecia no momento era a décima primeira, o crepúsculo caía na cidade. A grande final do campeonato interescolar do país. O placar mostrava Academia Ashford 5 x 5 KF Clube. O duelo já tomava proporções gigantescas, o campo estava destruído. A enorme serpente cor creme encarava o dragão azul que possuía a fisionomia de um tubarão martelo.

— Milotic, acabe logo com isso, Ice Beam! – Disse a treinadora que estava no lado esquerdo da arena. Longos cabelos negros caiam no meio de suas costas. Seus olhos azuis brilhavam. Estava em seus 18 anos. Vestia seu casaco azul e branco, no seu braço estava a braçadeira com um “C” vermelho. Era Mariella Spektor, capitã da equipe da Academia Ashford.

— Garchomp, Dragon Rush! — O outro capitão era ruivo, branco e gordo. Sua face era coberta por algumas sardas. Quando gritou suas bochechas tremeram de maneira cômica. Seu casaco era vermelho e preto.

O que se deu em seguida aconteceu em segundos. O dragão começou a brilhar em azul. Saltou na direção de sua adversária como um míssil. A serpente então lançou um enorme raio ciano contra o Garchomp que a principio pareceu anular. Faíscas azuis voaram pelo campo congelando onde tocavam. Milotic então pareceu puxar ar com suas narinas e soprar com sua boca de onde partia o ataque. O raio de gelo aumentou consideravelmente seu diâmetro. O dragão começou a diminuir sua velocidade, até que parou. Era agora apenas uma estátua de gelo.

Um aplauso ecoou, seguido de vários outros, a platéia estourou em estase. Mariella sorriu com lágrimas escorrendo pelos seus olhos. Conseguiu, finalmente, em seu último ano de escola vencer o campeonato interescolar. Virou-se para sua equipe que se aproximava, não conseguia vê-los direito por causa dos olhos marejados. Mas eram as dez figuras que contribuíram para que ela ganhasse, afinal a vitória era da equipe.

Sentiu dois braços magros a envolverem, “Conseguimos”, era a histérica voz de sua irmã Alice. Apertou ela com força. Sentiu mais braços a envolvendo. Estavam todos com ela Alice, Daniella, Michelle, Rafaella, Michael, Alana, Alex, Carlo e até mesmo Calvin.

***

Na platéia o rapaz assistia aquilo batendo palmas e sorrindo. Seus olhos azuis estavam cobertos por óculos escuros wayferer, seus cabelos negros caiam pouco acima do ombro, seu cavanhaque era igualmente escuro. Quem diria, voltaria para Celadon e veria seus amigos conquistando um torneio nacional, não esperava por isso.

— Demorou, mas foi. — Disse uma garota que estava do seu lado. Tinha longos cabelos pretos e lisos, usava óculos como o dele sobre seus olhos verdes, sua pele era muito branca. Seus lábios estavam em um vermelho vivo por conta do batom. Ela se refrescava com um leque.

— Sim, mas não vou falar com eles sobre isso hoje. É dia de comemorar, não se preocupar. — Guardou um envelope em sua mochila, nele lia-se “Operação Condor II”.

— Por que será que eu sabia que isso aconteceria? — Ela suspirou.

— Luna, você me conhece muito bem. — Ele se inclinou sobre ela e beijou lentamente seus lábios.

— Sim, Tom, te conheço como ninguém. — Sorriu para ele com os braços em sua nuca.

***

A equipe da Academia Ashford comemorava o título no bar de costume, o Toca do Bagon, no balcão Mariella ria junto com Michelle, Rafaella, Carlo, um rapaz de pele escura e 16 anos, entrara na equipe nesse ano, e Alex, com 15 anos, de cabelo raspado e muitos piercings na orelha direita.

— Carlo, semana que vem eu, Calvin, Michelle, Rafa, Dani, Mike e Alice nos formamos. Você vai assumir como capitão, com sete membros faltando, vai ter um trabalhão, vou te passar a lista de competidores que vem se destacando na escola. — Ela apontava para o garoto com sua oscilante caneca de chopp.

— Vou pegar a continuação de um ótimo trabalho, capitã.

— Mariella. — Corrigiu ela, sorrindo. Virou o olhar para um canto. Calvin se enroscava aos beijos com a pequena Alana, de 15 anos e longos cabelos castanhos cacheados caindo em sua cintura. Era uma cena voraz. A capitã deu um leve sorriso e voltou para seus companheiros de balcão.

Nos fundos do bar Alice e Daniella estavam abraçadas, a primeira passando levemente seus dedos pelos ruivos cabelos da segunda, enquanto essa pousava uma das mãos na nuca e a outra na coxa da parceira. Seus lábios e línguas se tocavam incessantemente.

Fora do bar Michael sozinho fumava seu cigarro, como sempre usando boné, parecia até uma mania artificial boba de personagem de desenho animado. Uma moto então parou em sua frente. Ele parou para olhar bem quem era. Mas os capacetes impediam, era um casal.

— Por que essa atmosfera depressiva, Mike? — Perguntou o homem enquanto retirava o capacete.

Ao ver os brilhantes olhos azuis Mike congelou. Deixou o cigarro cair de entre seus dedos. Ficou boquiaberto.

— Você... — Murmurou.


Gente, por favor comentem, eu só não parei a fic porque o mag e umas pessoas de outro fórum leem, mas se continuar assim a motivação fica 0

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Mensagem por Mag Qui 6 Jun 2013 - 2:55

Vou fazer um comentário mais rápido dessa vez.

O capítulo foi bom. O sorrisinho da Mariela me fez pensar que ela aceita fazer umas boas surubas com o Calvin e mais alguéns... õ/ personagens homossexuais, não imaginava que a Alice fosse. Quanto ao final, não direi que eu fiquei extasiado de curiosidade. Na realidade, a curiosidade que a sua fic instala no leitor é mais progressiva, pois já faz uns 2~3 capítulos que ela está remoendo as grandes coisas que acontecerão mas hesita em iniciar.

Falou Gui, tomara que esse povo tome vergonha na cara e comente.

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Mensagem por Dusknoir Qui 6 Jun 2013 - 10:45

Tomei vergonha na cara pra comentar -q

Não, brincadeira, eu apenas estava lendo os capítulos que antecederam a esse, ainda não tinha lido sua fanfic, então de nada me adianta ler apenas o ultimo que você poste. Desculpe a demora...

Pelos dois primeiros capítulos me senti nas nuvens -q, sua narração e a descrição fluíram tão bem que eu praticamente me sentia ao lado das personagens, deu gosto de ler eles e de continuar lendo, quando finalizou com ''Operação Condor'' no segundo já corri para o terceiro, gosto de tramas policiais.

Não vi erros de ortografia ou gramática, nem concordância ou acentuação... Talvez a bendita da imersão tenha me distraído a tal ponto, apenas não os vi.

Outra coisa que gostei foi a batalha das serpentes, Seviper x Arbok. Adoro esses pokémon e sempre me imaginei vendo uma batalha entre as duas, seu capítulo me proporcionou isso, talvez eu imaginasse demais, mas creio que me satisfez. Parabéns, só senti pena da Arbok...

Quanto a essa pokébola dourada, tem algo relacionado com aquela do anime? Se não me engano ela apareceu durante a temporada das Ilhas Laranja... Estou curioso.

Não pare com a fic, se parar vou mandar a policia atrás de você... Sério.

Até o/


Black: Fanfic trancada por inatividade. Caso queira reabri-la mande uma MP a qualquer FFM.
Black: Fanfic reaberta a pedido do autor.

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Mensagem por Yoshihime Sex 12 Jul 2013 - 13:57

Brigado pelos comentários, feras. Não vou responder as perguntas, porque podem ser spoilers... Mas enfim, depois d eum tempo volto, finalizando a parte boring da fanfic, finalmente as coisas vão ficar interessantes, peço que depois de ler comente nem que seja um "legal" ou "lixooo"


Capítulo X
Convite pt. 2


 
Três pessoas estavam sentadas em um banco de praça, uma delas fumava, era Michael, usava seu tradicional boné. No meio Thomas, com seus negros cabelos despenteados, uma camisa preta levemente justa, luvas nas mãos, coçava seu cavanhaque. Do lado dele estava Luna, uma morena de pele clara, seus vermelhos lábios estavam levemente separados revelando um discreto e charmoso diastema, seus olhos verdes olhavam para a lua.
 
— Todo esse tempo... Vi tantas coisas, Mike, você não faz ideia, mas enfim, — Tom sorria enquanto falava. — como estão as pessoas?
 
— Bem... — Michael suspirou. — Não sei por onde começar... Quatro anos... É muita coisa. — ele coçou a cabeça e se calou por uns instantes como se procurasse o que dizer. — Allen saiu da escola há um ano, foi estudar aviação, se casou com uma garota órfã, moram nos arredores de Fuschia.
 
— Nossa! — Exclamou Tom. — Quem diria... Mas bom que morem por ali...
 
— Por quê?
 
— Digamos que quando sair de Celadon eu tenho coisas para resolver em Fuschia. Mas diga, e o Calvin?
 
— Ele... Não sei como descrever, — levou as mãos ao rosto — é como se eu não entendesse mais qual é a dele. Ele não fala direito comigo há um tempo, só coisas relacionadas à nossa equipe, assim é com o resto todo. Mas sempre o vejo com uma garota diferente, ou sozinho.
 
— Mas e a Victoria?
 
— Acho que nunca mais se falaram desde que terminaram, ou seja, desde que você fugiu. Eu para falar a verdade não a vejo há um ano, ela foi transferida para uma escola de Goldenrod, a Old Yellow Bricks, ganhou bolsa de pesquisas lá, aquela garota é genial.
 
— Nossa... — Tom deu um sorriso de desconforto. — Eu tinha esperanças de chegar e encontrar tudo bem, sabe? Essas esperanças infantis que criamos, passei por quatro anos imaginando que eles haviam se acertado, que o Calvin continuava o meu amigo de sempre. Mas e Mariella?
 
— Genial. — Michael sorriu. — Se não fosse por ela acho que não ganharíamos hoje, ela treinava cada um de nós e nossos pokémon, ela nos mostrou o caminho da vitória. Ela e Calvin tiveram algo sim, durante um tempo depois que você partiu, mas ele se mostrou um completo idiota.
 
— Alice?
 
— Colando o velcro.
 
— Sério? — Tom começou a rir, era engraçado, porque Alice sempre tentava ofender sua irmã a chamando de lésbica, mas no fim ela que era enrustida. — Engraçado.
 
 — Mas e você Tom, por onde andou? E desculpe a pergunta... Quem é ela? — apontou para Luna.
 
Ele deu um leve sorriso e abraçou a garota que estava do seu lado. — Essa é minha garota Luna Gordon. — Sorriu.
 
— Gordon?
 
— Sim. Talvez coincidência. — mantinha o sorriso. — Ah, sim Michael, tenho um convite para lhe fazer. Antes de te contar por onde andei. — Ele pegou um envelope em sua mochila.
 
***
 
Já era quase manhã, os primeiros raios do sol se esgueiravam entre nuvens e prédios. Calvin vinha caminhando. Fumando um cigarro, com uma das mãos enfiada no bolso do casaco. A medalha de campeão pendia ainda em seu pescoço. Avistou a sua casa e na frente dela estava alguém sentado na calçada. Era Thomas, ele sorriu.
 
— Tom? — Calvin parou, boquiaberto.
 
— Sim. — Disse ele levantando e abrindo os braços.
 
O rapaz loiro pareceu relutar por um segundo, dois, três, quatro, cinco... Ele então deu passos a frente e abraçou seu antigo amigo. Batendo um as palmas das mãos nas costas do outro.
 
— Por onde você esteve, seu maldito? — Calvin perguntou.
 
— Descobrindo o mundo, descobrindo o mundo.
 
— Está tudo tão fodido, cara.
 
— Vamos resolver isso, mas antes, tenho um convite a lhe fazer.
 
***
 
A manhã já estava em sua metade quando Thomas encontrou Luna na porta do tradicional café que costumava freqüentar. Os dois subiram na moto dela e partiram para a casa dele.
 
Quando avistou seu antigo lar sentiu algo estranho, como se estivesse reencontrando um bem que havia perdido. Mas a casa sempre esteve lá, não fora perdida, só deixada. Quatro anos se passaram, ele se perguntava se seus pais ainda estavam lá, se a sua chave ainda funcionava, era tentar.
 
A chave não entrou. Tentou mais algumas vezes, mas não conseguia. Foi dominado por uma aflição momentânea.
 
Luna então tocou a campainha.
 
Depois de alguns segundos alguém abriu a porta. Era um idoso, baixo, vestido com um roupão. Thomas nunca tinha o visto antes.
 
— Pois não? — Disse o velho.
 
— Estou procurando os Smith...
 
— Ora, os Smith se mudaram daqui há dois anos.
 
Aquela notícia entrou na mente de Thomas aos poucos, ele pensou que depois de quatro anos nada poderia mudar muito... Esperanças infantis que criamos, mas ele esquecia de perceber que se ele mudou se movendo os outros podem mudar parados. Agora não sabia mais onde encontrar com sua família, sentia falta deles, por mais que seus pais fossem ausentes e sua irmã uma Pokeativista chata.
 
— Você sabe para onde eles foram? — Tom perguntou.
 
— Não mesmo, eu comprei esse imóvel, apenas, não me interessa para onde foram.
 
— Muito obrigado. — Thomas pegou Luna pelo braço e saíram, se virando de costas para a casa e foram até a moto. Algumas lágrimas escorriam pelo rosto dele.
 
— Vamos encontrá-los, Tom. — Disse ela, acariciado o braço dele.
 
— Sim... Mas eu tinha esperanças de que... — Ele suspirou, prendendo as lágrimas, engoliu seco. — Temos mais duas pessoas pra chamar, partiremos logo depois de amanhã em direção a Fuschia. Se aquelas informações estiverem corretas eles levam o I’’s para lá daqui a três semanas, precisamos chegar antes disso.
 
***
 
Um grupo de pessoas cercava um espaço aos arredores de Fuschia. A polícia isolava o perímetro com fitas. Jogados na grama estavam três corpos, intactos, sem qualquer ferimento externo, eram duas mulheres e um homem, seus olhos estavam bem abertos assim como suas bocas, pareciam demonstrar espanto.
 
Em uma árvore próxima estava pichado em uma substância florescente “O Pierrot manda lembranças”.

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