Petição para banir o Hpy

 Introducing the Egg

Então, no melhor cenário apocalíptico que uma decadente Belo Horizonte poderia oferecer uma linda cena se derresenrolava. Este apocalipse se dava em forma de hamsters mutantes vindos do espaço sideral. Muitas baladas poderiam ser escritas sobre tal funesto acontecimento, mas nada importante o bastante para nos incomodamos com.

Enfim, a humanidade quase encontrara seu fim, embora os mais fortes tenham sobrevivido e algum tipo de vida pos-apocaliptica estava entrando nos eixos. Ainda exista a ameaça de hamsters, mas o maior monstro agora era o próprio Homo Sapiens. A cena seguinte se passa numa planície arída, onde os mais velhos clamam a existência da antiga “Lagoa da Pampulha”. Hoje um centro de maus elementos e membros da organização terrorista Lunardia.

-Caralho - O homem disse, quebrando o silencio com sua voz de clarim. Seu nome era Weegee, comandante senhor professor Rondon para qualquer um num raio de 100 km. Trajava uma cara camisa com “não prende o pinto na pia, punheteiro do karay” escrito em belas letras douradas. Sua aparência era completada por um chique cachecol que lhe chegava aos joelhos, uma mão coberta por faixas, além de seu machado que segurava fortemente com uma mão.

-Caralho – Ele repetiu para sua companheira.

-Caralho – Ela falou novamente, num tom decidido. A palavra lhes lembrava de uma sensação de alegria, ousadia e zoeira que outrora reinava em seus inocentes dias de louvor ao diabo.

Seu nome era Barcelos, the Miss e seu legado se estendia pelas sete milhas e pelos sete mares conhecidos pelo homem. O traje que trajava refletia seu estado de inabalável: Um uniforme feminino japonês. Este era seu traje escolhido e nunca questionado. Levava nas mãos sua fiel companheira: Uma AK 47.

-Caralho – Weegee falava pela última vez enquanto soltava baforadas de seu charuto cubano (made in juiz de fora). – Precisamos seguir caminho. Prefiro o norte, pois lá se fez e se criou pingu. Pingu.

-Pingu. – Falou novamente. A palavra parecia se desfazer no ar de tão doce sua pronúncia. – Bem, vamos ver o que Little John nos diz.

Neste exato instante Little John apareceu. Era pequeno esqueleto que cabia na palma da mão. E então, após o cântico provocado por sua mandíbula, Little Jonn disse sua sentença.

-O apocalipse se espalhou de norte a sul. – pausa para a música da mandíbula – Vão para a Oiapoque, lá encontraram o que tanto procuram.

Numa baforada de fumaça barata verde little John desapareceu.

-Oiapoque, lá vamos nós. – Weegee deu por encerrado a funesta aparição do esqueleto guardião.

O homem foi se embora, seguido por sua companheira, que entoava um antigo cântico de boa sorte cunhado por nossos ancestrais.

-They see me rollin'. They hatin'. Patrolling they tryin' to catch me ridin. ' Dirty. Tryin' to catch me ridin' dirty. My music so loud I'm swangin.

E assim nossos heróis partiram em busca de novas felizes aventuras nas temidas terras de Oiapoque.