[Gameplay] Dungeons & Dragons

Os Goblins param de rir.








- Vocês são hilários!
- Outra dimensão? Você ouviu eles, Barik?
- Senhor Abóbora! Corta essa!

Eles paravam para respirar, cansados.


- Não sabemos onde fica esse Kansas, mas deve ser bem longe daqui.


- Vocês ao menos sabem onde estão?

- Vocês estão em Elgiria, terra dos viajantes do norte. Não há uma pessoa que queira acessar o norte sem passar pelos Picos da Tempestade que não venha em nossa terra.


- Os Picos da Tempestade é suicídio. Anualmente Goblins aventureiros se jogam nas águas profundas em busca do desconhecido, mas nunca voltam. Lendas contam que lá vivem as temíveis Hidras Medusas.


- Vocês têm algum destino ou são apenas viajantes perdidos trazidos pelo mar?

- Foi meu primo, na verdade.

O grupo ouvia atentamente as falas dos heróis, concordando com a sugestão de Evelyn de os guiar até um local de descanso. Os três Goblins então começavam a caminhar, passando pelas movimentadas ruas da cidade. Haviam seres de todas as espécies conscientes que pudessem ser imaginadas. Entretanto era possível notar a predominância de Goblins pelo ambinete.


- O norte do norte é uma área desconhecida. Quanto mais distante fica, mais impossível de acessar. Mas ao sul encontramos várias vilas como esta.


- Mas caso você vá para Balgiria, não cite que passou por aqui. As vilas se odeiam por conta dos governantes cuzões. Coisa de Goblin que não tem meleca pra comer.

Fredericardo então fazia um comentário furioso, que levava o grupo a cair na gargalhada. Por fim, após passarem por pontes rústicas de madeira sob águas cautelosas da cidade, o grupo acabava por se deparar com uma grande estrutura de pedra, gravada com letreiros coloridos um nome tenebroso para toda a população. Os Goblins se contorciam só de ler, suspirando e fazendo sinais com as mãos para manter o mal afastado.






- Você queria um lugar sinistro, você achou um lugar sinistro. Nós ficamos por aqui. Esta área da cidade é colorida demais para nós.

O Goblin mudo fechava os olhos, suspirando. O Goblin sorridente, entretanto, levava as mãos aos bolsos de suas vestimentas e jogava um saquinho com moedas para Melina.


- Usem essas moedas para pagar a noite. Deve cobrir a noite de vocês. Se estão sem destino, sugiro que procurem alguma aventura. Caso já estejam a procura de algo, falem com o Goblin Ancião. Ele é gente da boassa. Boa sorte para vocês.

Assim, o trio sumia, deixando vocês a beira de um lugar sinistro.

Pousada Pôneis Saltitantes.

Vocês entram dentro da pousada e uma trilha sonora incrível começa a tocar.





O lugar era extremamente bonito e sofisticado. A madeira rústica era limpa, sem nenhum sinal de pó. A única coisa que enfeiava o ambiente era a atendente, uma espécie de gosma rabugenta que apenas encarava o grupo, sem falar nada. Os olhos dela focavam em Melina, esperando com que ela dissesse algo.


- Hrr...