Quase Modernista: Poemas e só.

Obrigado Mag e Gui, Mag sua reflexão foi linda, eu mesmo não explicaria melhor que isso. Gui, como eu sempre digo, minhas inspirações para poemas surgem do nada, as vezes faço referência a uma coisa que vi a muito tempo e acabei gravando, isso até passa despercebido por mim.

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Me recuso a poer título

No meu tempo, costumava ser mais sublime
Mas por essa perda não posso penar
Sublime ainda é, mesmo que fumando

A fumaça serpentei num vortéx de lembrança
Do beijo que não dei antes e que agora não terás
Prefiro que se mantenha intacta do que desvirginar com essa fase
Afinal, é só uma fase

A fumaça ainda corre como uma maria fumaça a todo vapor
A caravela esfumaçada a todo pano carrega outra lembrança
De como fui amado por mim e de como não recebi em troca nem um cigarro
Cigarro como esse que você fuma, deitada na praia
A algumas poucas quadras da minha casa
Observo, estarrecido, o que a vida nos tornou.

O melhor, ou pior, disso tudo
é que você mora a algumas poucas quadras da minha casa



Diário

Rotina quente, quarto cansativo
Outro dia que passa, outra vida que vai
Nada do que aprende é posto em prática
A vida ainda é a melhor faculdade
Pois não há lápis que anote o que os olhos veem
Pois não há borracha que apague o que as lágrimas levam

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Ooook, hoje eu começo um projetinho que eu desejava iniciar já tem um tempo.
Se chama, "contos da breve existência"! É basicamente um dia da minha vida, contado de maneira ficcional mas intercalado com a realidade, será um dia por atualização.


Cap 1

Do ponto que começo a escrever agora não existe passado, na verdade ele não importa
Me lembro que ainda estou vivo e deitado no sofá de uma casa
O sol atravessa o cortinado, o sono entrecortado é atingido por cada lembrança da noite de sexta
Da noite sexta, a tal noite de sexta, a melhor noite de nossas vidas
Lembro do quarta garota, das garrafas e do doce de leite
Lembro que mal moro ali, que a anfitriã era minha pretendida
Como é a mesmo o nome dela? E a face?
Papos sobre política, raça, credo
Lembro do cheiro de fumaça, do sabor daquele batom
Ah, desisto não sou bom nomes
Desperto com o vulto que passa na minha frente
A Empregada!
Esquecemos dela, sempre tem aquele porém
Imagina quando ela ver aquelas garrafas!

Nossa cara tinha me esquecido da sua galeria de poemas. Cara acho que você já sabe, seus poemas e textos são muito lindos, cara, escreve muito bem. Na minha opinião esse tipo de texto é bem difícil de se escrever e precisa de muita inspiração também, enfim cara, está de parabéns, vamos ver se eu não esqueço de visitar aqui ;D Até mais.

Legal
Eu escrevia poemas para uma comunidade de poemas do orkut e o pessoal fazia cartões com eles depois...
O pessoal gostava mesmo, o meu tópico era o mais movimentado...

Parabéns pelos seus...

Wow, quantos comentários.
Que isso, Pietro, é uma honra pra mim, um membro que eu tanto prestigio gostar da minha galeria.
Muuuito Obrigado, Sally, espero que você consiga ler todos os poemas, é sempre uma honra.
Food, hmm, quem sabe um dia eu reabra minha escola de poemas. -q Vou tentar avisar sempre.
Mag, cara você é 10, k. Geralmente eu mascaro com o irreal as situações da minah vida, nessa leva de poemas minha irrealidade atingiu níveis extremos.
Obrigadinho pelas críticas.
Toshi, Muito obrigado, não pare com os seus poemas.. continua visitando.
Kabe, que bom que você gostou, eu já li seus poemas, você é bom, um dia comento na sua galeria, prometo. Continue vindo aqui.

Valeu mesmo, pessoal.

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A Hora

Minha primeira casa que dava pra rua
Meu primeiro amor que me fez chorar
Minha primeira desilusão naquele campeonato de 2001
Meu primeiro cachorro a morrer atropelado

O que deixei no passado é desagradável
E me faz querer ser tudo outra vez
Quem me dera do futuro ser mais afável
E me fazer esquecer de todo ano e mês

Se eu pudesse tomava essa poção que só me faria lembrar de esquecer.


O Minuto

Em um minuto
A bala matou A criança
O mundo girou menos que um/vinte e seis avos
Em um minuto
A noiva foi desvirginada
O câncer vitimou outra senhora
Um minuto é desprezível
Mas entre minutos e minutos desprezíveis
O mundo gira seus vinte e seis avos
E continua girando


Cap 2 - O Tempo

Me pego de olhos presos ao rio
O rio corre farfalhando, levando tempo em cada gota
Eu penso
O tempo é tão falível em se medir
é tão incongruente separar o novo do velho
Que esses valores se invertem
Afinal
Podemos ter jovens de 87 anos e velhos de 16 anos
Dos quais, eu sou um
Porque nenhum jovem de 16 anos
Se pega de olhos presos ao rio
Abominando o momento em que terá que soltar a mão da juventude
E amadurecer
E envelhecer

Bom, vamos lá.

Curti esses últimos poemas, o primeiro mostrando o cara tentando melhorar e não lembrar das coisas ruins que o aconteceu no passado e tals. O segundo foi bem reflexivo, mostrando o tanto de coisa que acontece em um espaço de tempo que consideramos "miserável". O último eu não entendi muito bem, aposto que fui mais um dos seus poemas "enigmáticos" -q.

Mas enfim, é só e boa sorte com a galeria.

Obrigado, amores.

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1973

Presos a uma rocha
São raramente lembrados
Mal nutridos e inoculados
Continuam vivos
Ávidos por vida
Só lhes restou isso a lutar
E não irão morrer
Não precisam de água
Não precisam de corpo
Precisam desse legado
Para transcenderem
Para viverem mais 112 anos
Lendas não nascem, Lendas efundem.

Paradoxo 1

Imagina se descobrissem essa inversão de sentido
Imagina quando descobrirem que Jesus era cataléptico
Não direi que contam as mesma mentiras diárias
Mas nas circunstâncias aninhadas nesse caos instável
É fácil de admitir que o ser humano passou adotar a autoridade com verdade
E esqueceu de que a verdade é autoridade

Cap 3 - Em você, em dobro

Vingança é doce
É egocêntrica
Quem me dera de minha máscaras caírem
Como eu já preditava
É impossível partir um coração quebrado
E isso é deliciosamente satisfatório

Não nego as lágrimas
Mas não admito a dor
Da mesma forma que não admito essa cara amarrada
Eu escolhi me vestir assim
Porque viver em trapos é monótono demais
E retomar sua fronte
Exige muita, muita movimentação.

É uma complicação enorme falar sobre poemas, de três de uma vez, oxi, vou me poupar desse trabalho, eu faria ensaios tediosos sobre eles, quem saiba não faça sobre algum seu. Mas eu não queria deixar em branco minha passagem por aqui como deixei em muitos posts anteriores, gosto deles, mas um verso em especial foi excelente "Imagina quando descobrirem que Jesus era cataléptico", só lembro de "Já ouvires falar em catalepsia?"

oi gui, obrigado, espero que continue acompanhando.

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Cap 4 - O Final de nós não é o fim do mundo

Eu vi, fingi que não, mas vi
Não queria ter visto, porém.
Mesmo com dez mil ao meu lado
[e uma contra mim
Estou em desvantagem
E não tenho onde correr
As imagens propagam na minha mente
Não tenho saída de mim mesmo
[escapar por essa roupa que uso debaixo da pele nunca funciona

São três da madrugada, eu vivo por lá na madrugada
Meu conformismo se tornou uma cápsula
A única coisa que não me resta é tudo
Por preciso de cápsulas
Para me proteger de tudo que sai de mim

O conformismo exagerado, a coragem incomplexa
Me deito, infeliz, desgraçado
Porém, palavras criadas ou talvez lidas
Dançam ensandecidas
"De tanto escrever a mesma estrofe
Perdi a chance de criar o poema perfeito"
Essa dita, pequena e cheia de significado
Ainda dança na minha mente
Quando eu adormeço
As Três e Dezessete da Madrugada

Ah Madrugada! Eu vivo por lá..
Quantas mágoas já deixei para ti
Quantas histórias já contei a ti
Quantos amores vistes perder
Quantas dores vistes nascer
Mas, sozinha, impera na escuridão
E voltará amanhã, e novamente amanhã
Perderei a sanidade
Mas não perderei a obscura e resplandescente
Madrugada.

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Well, Assim como Dirceu tinha Marília, eu também tenho minha musa pra quem noventa por cento dessas poesias são dedicadas, nossa 'lovestory' é complicadíssima e, recentemente(melhor dizendo, sábado de madrugada), a gota da água aconteceu, ela pegou um cara mesmo depois de uma conversa hiper séria entre nós, eu me senti um poeta Byroniano a ponto de passar uma corda no pescoço, haha. Esse poema de certa forma relata esse fato, assim como os outros três capítulos, foi adorável escrever sobre minha imprevisível vida.
Agora é bola pra frente e tentar esquecer minha amável pequena. Esse provavelmente é meu último poema nessa galeria por um bom tempo, já que vou iniciar um projeto de poesias visuais, espero que receba ao menos um comentário neste poema, em vista de que ele é profundamente essencial. Não sei se continuarei com esta galeria, mas meu poemas estão aqui para a posterioridade.
Foi um prazer, cavalheiros.

Nossa... Captei a mensagem muito bem pelo poema, o nome dela era Brenda, certo? Lembro de ter visto algo assim... Boa sorte com isso, cara :s
Enfim, ficou ótimo. Adorei a forma como você ''conversou'' com a madrugada (foi isso que aconteceu, né? araurhaurhaeuh), poema perfeito mesmo. Vou acompanhar :/