Rainbow Gallery
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Kurosaki Mud
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Qual será o tema da OS verde, do dia 30?
Re: Rainbow Gallery
Sério, adorei muito essa OS! *-* Realmente adorei a mensagem que ela passou! Como sempre, muito criativa. (= Gostei muito, fiquei com dó que ele morreu, sério. Eu imaginava outro final totalmente diferente. Anyways, parabéns pela galeria e feliz 2013.
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Muito obrigada, elazul
Sally- Membro
- Idade : 24
Alerta :
Data de inscrição : 05/03/2012
Frase pessoal : Hi there
Re: Rainbow Gallery
This is Mud for you, bitches.
Pelo amor de Deus, me fala que vai continuar a Top Chef :3333
Ah, obrigado também por me colocar na fonte da sua OS roxa. Mas foi você quem escreveu quase tudo, eu só fiz uma correçãozinha final e dei minha opinião...
Pelo amor de Deus, me fala que vai continuar a Top Chef :3333
Ah, obrigado também por me colocar na fonte da sua OS roxa. Mas foi você quem escreveu quase tudo, eu só fiz uma correçãozinha final e dei minha opinião...
Micro- Membro
- Idade : 28
Alerta :
Data de inscrição : 04/02/2010
Frase pessoal : destination unknown
Re: Rainbow Gallery
Pessoal, vou continuar usando o tópico para postar alguns curtas. Vou demorar para fazer isso, é só quando der a vontade postarei e.e. Eis um novo, de um jeito que nunca tinha escrito antes. Bem pausado e pesado, recomendo que seja maior de 13 anos para ler tudo, ok?
Contagem Regressiva
A máquina ao meu lado fazia o barulho inconstante de um cardiograma tocando. A sala branca com vasinhos de petúnia na beirada da janela, camas limpas, azevinhos pintados no teto e uma luz ofuscantemente irritante.
Esse era o cenário. Desolador, entediante. Dezenas de dias sentados, lendo um livro de auto-ajuda e esperando notícias. Não tinha um televisor, um aparelho de rádio ou sequer wi-fi. Apenas pernilongos fritados pela lâmpada me faziam a companhia.
Em três meses, o que antes era uma família, acabara. Um curto-circuito no ar-condicionado do quarto dos fundos. O incêndio foi sem precedentes. As labaredas consumiram meus pais e minha irmã. Sobrevivi. Queria ter morrido por eles.
Pelos exames, teria esse desejo realizado. Um câncer de pulmão que já estava aumentando em mim pelo uso excessivo de cigarros, cresceu com a fumaça inalada do incidente.
Sessões de quimioterapia intermináveis. Meus cabelos antes espetados não existiam mais. Pele pelada. Sem força, nem sorriso. Um jovem de dezenove anos com seu fim premeditado.
O resultado tardio enfim tinha chegado. Exatos 360 dias de contagem regressiva. Poderiam ser menos. Nada a mais. Sem cura e nem salvamento.
O fim que um ser humano idiota merecia.
Dois dias após, o hospital cedera alta.
Pensara no suicídio. Olhei para um abismo. Não teria coragem. Preferiria ter feito algo pela vida que valesse a pena.
Sei que de nada adiantaria. Apenas fechei os olhos e dei meia-volta. Se fosse para tentar algum tipo de morte mais rápida, preferiria com o jeito mais diferente.
Fui a padaria mais próxima, pedi um lanche de presunto, um isqueiro e um maço de cigarros mentolados. Após o café da tarde nas primeiras semanas do outono, acendi a causa da minha morte premeditada.
Enquanto tragava a fumaça e tossia, um Lillipup vira-lata fuçou a minha perna. Apenas observei indiferente, sentado no meio da calçada.
O cachorro mordeu a barra da minha calça. Peguei o isqueiro e acendi no rabo dele. O gemido de dor foi imediato. Não sentia dó. Mesmo assim, o idiota pulou nos meus braços.
Parecia órfão como eu. Acariciei. Pokémons sempre foram banais para mim. O único que tínhamos em casa era uma Oddish de minha irmã. Queimara no incêndio também.
Baforei a fumaça e apaguei o cigarro. Tirei as migalhas de pão da camiseta e fui comprar uma Pokébola e ração para o Lillipup.
Dormi na grama de uma praça naquela noite. As estrelas cintilavam como se vissem o futuro. Em um ano, estaria no caixão.
No dia seguinte, eu tinha decidido. Treinaria o cãozinho e venceria algumas batalhas.
Dito e feito. O que antes era incerto virou meu resto de vida.
Herdier encontrou amigos. Um Caterpie, que hoje é Butterfree. Um Floatzel. Um Torkoal. Uma Makuhita. Um Snorunt.
Ginásios ultrapassados. Em cada cidade, marcas de golpes de treinamentos. Bitucas e migalhas sempre eram jogadas no chão.
A liga então veio. Faltavam quinze dias. Ficamos em segundo lugar. O sucesso foi promissor.
Com treze dias, abandonei todos. Butterfree e Flotazel ficaram com um menino que iniciaria sua jornada. Torkoal e Makuhita escolheram uma caverna como seu recanto. Snorunt ajudou um vendedor de picolés em Lavander.
Menos o fiel amigo do homem.
Com nove dias dos 360, fumei o último cigarro de minha vida. O câncer não tinha salvação de qualquer jeito, arrependimentos não faltaram. O vício vencera a saúde.
Seis dias. Comecei uma greve de fome. Não tinha dinheiro e tudo que restava, dava de alimento ao Herdier.
Dois dias. Passei mal em Rustboto. Um homem viu e chamou a ambulância. Acordei após receber medicamentos.
A máquina ao meu lado fazia o barulho inconstante de um cardiograma tocando. A sala branca com vasinhos de violeta na beirada da varanda, camas sujas, madressilvas pintadas no teto e uma luz brilhante irritante.
Não era o mesmo hospital. Mas o mesmo destino. Olhei em volta a procura do que me preocupava. Achei nada.
Herdier seguiria seu próprio caminho. A Pokébola sumira. Ri sozinho. Olhei para o relógio de pulso que usava.
Um dia faltando. 259 passados. Fechei os olhos e nunca mais os abri.
Cinzas foram o que restou. Assim como o que sobrara dos cigarros, das chamas do incêndio, da minha família.
E um cachorro uivou naquela noite, no meio da floresta. Como um último lamento de uma vida.
Esse era o cenário. Desolador, entediante. Dezenas de dias sentados, lendo um livro de auto-ajuda e esperando notícias. Não tinha um televisor, um aparelho de rádio ou sequer wi-fi. Apenas pernilongos fritados pela lâmpada me faziam a companhia.
Em três meses, o que antes era uma família, acabara. Um curto-circuito no ar-condicionado do quarto dos fundos. O incêndio foi sem precedentes. As labaredas consumiram meus pais e minha irmã. Sobrevivi. Queria ter morrido por eles.
Pelos exames, teria esse desejo realizado. Um câncer de pulmão que já estava aumentando em mim pelo uso excessivo de cigarros, cresceu com a fumaça inalada do incidente.
Sessões de quimioterapia intermináveis. Meus cabelos antes espetados não existiam mais. Pele pelada. Sem força, nem sorriso. Um jovem de dezenove anos com seu fim premeditado.
O resultado tardio enfim tinha chegado. Exatos 360 dias de contagem regressiva. Poderiam ser menos. Nada a mais. Sem cura e nem salvamento.
O fim que um ser humano idiota merecia.
Dois dias após, o hospital cedera alta.
Pensara no suicídio. Olhei para um abismo. Não teria coragem. Preferiria ter feito algo pela vida que valesse a pena.
Sei que de nada adiantaria. Apenas fechei os olhos e dei meia-volta. Se fosse para tentar algum tipo de morte mais rápida, preferiria com o jeito mais diferente.
Fui a padaria mais próxima, pedi um lanche de presunto, um isqueiro e um maço de cigarros mentolados. Após o café da tarde nas primeiras semanas do outono, acendi a causa da minha morte premeditada.
Enquanto tragava a fumaça e tossia, um Lillipup vira-lata fuçou a minha perna. Apenas observei indiferente, sentado no meio da calçada.
O cachorro mordeu a barra da minha calça. Peguei o isqueiro e acendi no rabo dele. O gemido de dor foi imediato. Não sentia dó. Mesmo assim, o idiota pulou nos meus braços.
Parecia órfão como eu. Acariciei. Pokémons sempre foram banais para mim. O único que tínhamos em casa era uma Oddish de minha irmã. Queimara no incêndio também.
Baforei a fumaça e apaguei o cigarro. Tirei as migalhas de pão da camiseta e fui comprar uma Pokébola e ração para o Lillipup.
Dormi na grama de uma praça naquela noite. As estrelas cintilavam como se vissem o futuro. Em um ano, estaria no caixão.
No dia seguinte, eu tinha decidido. Treinaria o cãozinho e venceria algumas batalhas.
Dito e feito. O que antes era incerto virou meu resto de vida.
Herdier encontrou amigos. Um Caterpie, que hoje é Butterfree. Um Floatzel. Um Torkoal. Uma Makuhita. Um Snorunt.
Ginásios ultrapassados. Em cada cidade, marcas de golpes de treinamentos. Bitucas e migalhas sempre eram jogadas no chão.
A liga então veio. Faltavam quinze dias. Ficamos em segundo lugar. O sucesso foi promissor.
Com treze dias, abandonei todos. Butterfree e Flotazel ficaram com um menino que iniciaria sua jornada. Torkoal e Makuhita escolheram uma caverna como seu recanto. Snorunt ajudou um vendedor de picolés em Lavander.
Menos o fiel amigo do homem.
Com nove dias dos 360, fumei o último cigarro de minha vida. O câncer não tinha salvação de qualquer jeito, arrependimentos não faltaram. O vício vencera a saúde.
Seis dias. Comecei uma greve de fome. Não tinha dinheiro e tudo que restava, dava de alimento ao Herdier.
Dois dias. Passei mal em Rustboto. Um homem viu e chamou a ambulância. Acordei após receber medicamentos.
A máquina ao meu lado fazia o barulho inconstante de um cardiograma tocando. A sala branca com vasinhos de violeta na beirada da varanda, camas sujas, madressilvas pintadas no teto e uma luz brilhante irritante.
Não era o mesmo hospital. Mas o mesmo destino. Olhei em volta a procura do que me preocupava. Achei nada.
Herdier seguiria seu próprio caminho. A Pokébola sumira. Ri sozinho. Olhei para o relógio de pulso que usava.
Um dia faltando. 259 passados. Fechei os olhos e nunca mais os abri.
Cinzas foram o que restou. Assim como o que sobrara dos cigarros, das chamas do incêndio, da minha família.
E um cachorro uivou naquela noite, no meio da floresta. Como um último lamento de uma vida.
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Kurosaki Mud- Membro
- Idade : 30
Alerta :
Data de inscrição : 24/06/2010
Frase pessoal : O..o
Re: Rainbow Gallery
Poxa, achei muito bacana. Tratando de um tema delicado que é tempo antes de um morte certa, mostrando uma motivação única para o treinador. Original pra caramba. O estilo narrativo está muito agradável. É direto e bem pontuado.
A amizade com o pokémon até o último momento...
Só acho que no final você errou um digito, primeiro disse 360 mas em seguida escreveu como se fossem 260, dá uma olhada lá. Posso estar louco.
A amizade com o pokémon até o último momento...
Só acho que no final você errou um digito, primeiro disse 360 mas em seguida escreveu como se fossem 260, dá uma olhada lá. Posso estar louco.
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assinatura por Slip
Yoshihime- Membro
- Idade : 29
Alerta :
Data de inscrição : 05/09/2009
Frase pessoal : -
Re: Rainbow Gallery
Bom, vamos lá.
Gostei dessa one-shot, só não achei tão "pesada" quanto imaginei que fosse antes de ler. Mas enfim.
Achei legal o protagonista estar morrendo e depois "viver o que não pôde viver", no fim ainda é uma espécie de déjà vu do que acontece no começo, com ele no hospital, a maquininha fazendo o barulho e talz. Bem legal mesmo.
O moleque era bem sem coração né? Coitado do Lillipup -q. Mas um cara perder toda a família não é nada legal também, mas enfim '-'.
Erros eu vi um ou outro, de "destaque" somente o que o Guillerjo citou, que em vez de você colocar 359, você colocou 259, mas não é nada que seja tão sério assim.
Acho que só e boa sorte com a galeria.
Black: Tópico trancado por inatividade. Caso queira reabri-lo mande uma MP a qualquer FFM.
Gostei dessa one-shot, só não achei tão "pesada" quanto imaginei que fosse antes de ler. Mas enfim.
Achei legal o protagonista estar morrendo e depois "viver o que não pôde viver", no fim ainda é uma espécie de déjà vu do que acontece no começo, com ele no hospital, a maquininha fazendo o barulho e talz. Bem legal mesmo.
O moleque era bem sem coração né? Coitado do Lillipup -q. Mas um cara perder toda a família não é nada legal também, mas enfim '-'.
Erros eu vi um ou outro, de "destaque" somente o que o Guillerjo citou, que em vez de você colocar 359, você colocou 259, mas não é nada que seja tão sério assim.
Acho que só e boa sorte com a galeria.
Black: Tópico trancado por inatividade. Caso queira reabri-lo mande uma MP a qualquer FFM.
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The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
Dreams come true
Bar daora do clã dos Yu-Gi-Oh -q
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