Naruto: Another Story
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Capítulo 23
CAPÍTULO 23
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Nunca morda um tigre, seu rato maldito!
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Nunca morda um tigre, seu rato maldito!
Enquanto a batalha envolvendo Taiki, do time treze de Konoha, contra Shizuka do time vinte e um, também de Konoha, aqueles que assistem as lutas demonstram uma certa empolgação, até mesmo Kuroi e Renji colocavam em dúvida a vitória de Shizuka.
– Eu não estou preocupada, Kouga-san. – respondeu Ayaka, olhando confiante para o garoto. – Ele é gentil e não gosta de ferir os outros, mas ele prometeu que derrotaria o Kuroi, e para isso ele deve passar pela Shizuka. Ele vai vencer todos que tiverem no caminho. – (“Você consegue mudar as pessoas, mesmo quando elas agem de forma rude com você, está sempre sorrindo.”)
O homem apenas entregou um sorriso orgulhoso, era o suficiente para ele naquele momento.
Antes do exame Chuunin ter início, Taiki, Masaru e Ayaka treinam juntos em um campo de treinamento de Konoha. Os dois garotos enfrentam a garota em uma disputa de Taijutsu, onde Ayaka consegue impor grande vantagem, até que Masaru utiliza o seu Katon: Hitodama. Obrigando Ayaka a utilizar o seu Hakkeshou Kaiten para repelir as orbes de fogo. Quando a moça parou com o giro, Taiki utilizou seu veloz Shunshin no jutsu e a rendeu.
– Não é justo! – reclamou a moça. – Era pra ser um combate de Taijutsu.
– Haha! – riu Taiki. – Mas você foi a primeira a quebrar as regras, o Byakugan é um Doujutsu! – respondeu. – E além do mais... Porque não tenta aprender algumas técnicas de ninjutsu? Não se pode vencer todas apenas com taijutsu, e se você enfrentar um lutador de longa distância, do tipo que não te deixa chegar perto, ou então enfrentar um usuário de taijutsu melhor do que você, é bom rever suas prioridades. – orientou.
– Se quiser eu te ensino a Hitodama! – disse Masaru. – É só fazer esse selo, mais esse, esse também levantar a bunda um pouquinho, soprar e swoosh! – completou.
– Não é assim que funciona... Idiota. E não acho que é desse jeito que você faz a técnica também... – pensou Taiki, suando frio. – Pra começar ela precisa saber qual é a sua natureza de chakra, pra isso nós usamos um “Chakura no kami”, um papel especial que reage ao chakra, dependendo do que acontecer com ele saberemos a natureza de seu chakra. Se for fogo o papel vai queimar e virar cinzas, se for vento ele será dividido ao meio, se for relâmpago ele vai amassar, se for terra ele vai se desfazer e virar poeira e por fim, se for água ele irá encharcar.
– Até que você sabe das coisas... – implicou Masaru.
– Mas é claro, informação também é uma ferramenta ninja.
– Certo, certo, chega vocês dois... Me dê logo esse papel. – disse a garota, já ansiosa.
– (“Não só pude aprender ninjutsu, como pude ver até mesmo o Masaru se empenhando mais nos treinamentos, ainda mais já que ele o vê como um rival. Você definitivamente vai superar essa sua fraqueza, se não conseguir sozinho, poderá contar com o Masaru, Akane-sensei e eu.”)
– Como vão indo as coisas por aqui? – perguntou Akane, de volta ao local.
– Sensei! Como está o Masaru?
– Vai ficar bem, já cuidamos daquele problema, mas o seu olho ferido... – respondeu Akane, com um sorriso seguido por um lamento.
– Entendo... Bom, quando sairmos daqui vamos ter que comprar um tapa olho bem legal, não é?
– Ayaka... Não é do seu feitio fazer piadas. – disse Akane, curiosa.
– Não é piada sensei! E além do mais, é exatamente o que o Masaru iria querer fazer.
– Ah... Sabe qual foi a primeira coisa que ele nos disse quando terminamos? "Agora vou ter que usar o hitaiate por cima do olho, igual o Kakashi-sensei". Francamente...
– Bem típico do Masaru. – disse Ayaka, sorridente.
– Isso quer dizer que o Masaru está bem, tô certo! – dizia Naruto, ouvindo a conversa.
Naruto, Sakura, Akane e Ayaka dialogavam um pouco mais, enquanto assistem a batalha de Taiki, desta vez com mais atenção, uma vez que uma das possíveis causas de preocupação já havia sido resolvida.
Taiki apenas mantinha-se calmo, estava sentado sobre o piso congelado enquanto aguardava a iniciativa de sua adversária, já enfurecida. A loira acumulou chakra da natureza do relâmpago em sua espada e em disparada partiu para o ataque. Mesmo estando com uma perna dormente, Taiki veloz como nunca escapou do ataque da garota como se tivesse sido muito fácil. Shizuka desequilibrou-se por causa do gelo e com muito esforço manteve-se de pé.
– ("Então ele usou o gelo para deslizar? Vamos ver como ele vai escapar dessa vez.") – pensou.
– ("Mais um pouco e essa dormência vai passar, parece que o anestésico não penetrou muito e por sorte acabou aliviando a dor do meu tornozelo. Se não fosse aquela ajuda da Ayaka isso poderia se complicar um pouco... Enfrentar alguém da mesma vila é mais difícil do que eu imaginei.") – anuiu o jovem.
Os olhos da garota voltaram ao seu padrão normal de cores, no caso um azul e o outro verde. O que indicava a desativação de sua técnica ocular, em contrapartida um chakra de tom amarelo percorria seu corpo desde os pés até a cabeça, podendo ser visto claramente a olho nu.
– Shizen Kanzen: Kemono Kairiki! – gritou a garota enquanto fincava sua espada no gelo e cerrava os punhos.
A técnica em questão concede ao usuário um aumento proporcional de chakra e uma força bruta assustadora, porém tudo isto por um curto período de tempo, a cada ataque feito e movimento executado o usuário perderá este aumento proporcional e quando sua força estabilizar novamente o praticante sofrerá de dores musculares, tontura e fadiga. Taiki, que tentava ganhar tempo a observou com olhos atentos, percebendo que o chakra da garota aumentou repentinamente, concluiu então que aquilo se tratava de algum tipo de último recurso.
– ("Bem na hora!") – pensou, percebendo que sua perna voltara ao normal.
Shizuka esmurrou violentamente o piso de gelo, levantando consigo uma cortina de destroços de gelo. Os fragmentos do campo de batalha eram uma mera distração, a garota passou direto em linha reta, acumulando chakra nos pés saltou e mergulhou na direção do garoto executando uma voadora.
– Que força bruta monstruosa! – disse Taiki, enquanto corria pelo gelo em altíssima velocidade, utilizando de sua habilidade natural com tal cenário.
Mesmo que o ataque de Shizuka tenha errado, novamente era erguida uma cortina de destroços, misturados entre fragmentos do piso e de gelo, um deles acertava o garoto bem no rosto, criando um corte superficial. O objetivo de Shizuka nesta altura já parecia bem óbvio, destruir a camada de gelo ao mesmo tempo que tentava atingir Taiki com toda sua força, uma vez que bastaria atingir uma única vez com aquela força monstruosa, para que a luta tivesse fim.
Kouga observa atentamente todos os movimentos que o filho executava, e parecia um tanto quando decepcionado. Cerrava os punhos e trincava seus dentes com muita raiva ao ver a atuação exagerada e sem sentido que seu filho fazia, do seu ponto de vista. Por um instante o homem fechou os olhos, segurou firme em uma das grades de proteção, e com todo o seu espírito o homem gritou.
– Seu grande idiota! O que pensa que esta fazendo, seu merdinha?! Você está no exame chuunin! Todos lutaram dando tudo o que tinham até agora e você está sendo patético, está enfrentando a elite! Em batalhas as pessoas se machucam, não pode evitar isso! Mostrar tudo o que tem é o maior orgulho que se pode dar, tanto para você quando para seu oponente! – sorriu. – Corra, avance e grite! Você não é assim, Taiki! Provocador e arrogante? Você pode não gostar de ferir os outros, mas adora lutar mais do que tudo, mesmo quando está com medo perante a alguém mais forte que você, abra seus olhos e seus ouvidos!
Ouvindo tais palavras de apoio vindas da pessoa que mais admira, Taiki por um momento congelou, não conseguiu se mover, um estranho calafrio percorria cada célula de seu corpo. Seus olhos arregalavam a medida que Shizuka se aproximava, a moça executava um cruzado de direita que causaria sérios danos na face do garoto em caso de ser atingido.
– Acabou! – gritou Shizuka.
Os tomoes de seu sharingan giravam em grande velocidade, prevendo exatamente onde o ataque de Shizuka iria acertar, o garoto curva seu corpo na direção oposta, assim evitando o ataque, imediatamente agarra o pulso da garota e então torce um dos seus braços, enquanto com o outro, o garoto impediu seu avanço e a atingiu com um chute no meio do estômago fazendo a garota voar alguns metros e cair no gelo, deslizando.
– Em pensar que eu iria precisar da sua ajuda... Velho chato. – disse Taiki sorrindo. – Certo, Nezumi-chan, agora é a hora da caça. Você gosta de kotowaza, não é? Então aí vai um original: "Você disse que um rato encurralado morde o gato, mas não havia percebido que mordeu um tigre, não é?"
A marca tatuada no peito do garoto começara a brilhar tão intensamente que era possível ver sua luz, mesmo por debaixo das roupas do rapaz. Um chakra frio envolvia o corpo do garoto, um vento gelado que despertava como se fosse o prelúdio de uma nevasca. A aura da face de um tigre das neves rugindo era emanada por aquele poderoso chakra, enquanto o garoto olhava intensamente para a garota, que o via como ser alguém maior do que ele na verdade era.
– ("Genjutsu: Sharingan!") – disse por pensamento.
Um grande e feroz tigre branco avançava na direção da garota, carregando consigo uma nevasca que destruía todo o cenário consigo. Na verdade era uma mera ilusão criada pelo Sharingan de Taiki, a garota estava imóvel e a maioria apenas imaginava que nenhum dos dois lutavam, até que o rapaz caminhou em lentos passos na direção da garota, empunhando sua espada.
– G-Genjutsu? – gaguejou a garota assustada, estava imóvel.
– Desculpe por não ter ido com tudo desde o começo... Talvez eu estivesse me segurando como o meu pai disse, sabe não é uma coisa que eu me orgulhe... Mas essa natureza pacífica que eu tenho, as vezes acaba sendo uma boa qualidade, mesmo que não ajude nas batalhas, na verdade atrapalha um pouco. – disse.
Taiki golpeou a garota com o cabo de sua espada na altura da nuca, nocauteando-a de forma instantânea, a luta acabou.
– Se houver um próxima vez, eu lhe garanto que vou ir com tudo desde o início, mesmo que não vá ter muita graça. – gabou-se, por fim piscou um dos olhos para a garota enquanto mostrava sua língua.
– Hasegawa Shizuka não se encontra em condições de continuar. Portanto, o vencedor do décimo terceiro combate é Hakuryuu Taiki! – apontou Hayate.
– Tsc... Parece que ele percebeu a grande falha da técnica da Shizuka... – dizia Kyousuke
– Falha? – perguntou Renji.
– Sim. Como ela precisa estar bem enfurecida para que possa utilizar aquela força bruta, ela acaba ficando mentalmente vulnerável a qualquer tipo de provocação. Bastou um contato visual durante aquela troca de golpes para que pegasse ela em um genjutsu, que é a sua grande fraqueza. Mas ela lutou bem, considerando o adversário.
– Não vejo a hora de acabar com ele! – disse Kuroi, ansioso.
– Muito bem Taiki! – ("Eu sabia que você ia conseguir.") – manifestou-se, Ayaka. Gritava tão alto que quase todos no recinto puderam escutar.
Visto que o juiz dera o veredicto, o rapaz subiu as escadas laterais com ar vitorioso, se não fosse pela ligeira vergonha que sentia, de ter que encarar seu pai quando estivesse lá, talvez por este motivo estivesse subindo a escada em passos tão lentos. Assim que chegou, o clima não parecia tão tenso quanto imaginou, Ayaka e Akane pareciam bem contentes e o elogiavam, enquanto seu pai Kouga, apenas desviou o olhar, como se não tivesse nada para dizer, quanto na verdade, não podia esconder o orgulho que sentia, mesmo reconhecendo que Taiki havia sido um idiota durante a batalha. Agora que todos os combates foram encerrados, Hayate pediu a presença de todos aqueles que avançaram para a próxima etapa seguirem para a arena, onde iriam receber uma explicação sobre a fase seguinte da competição. Oito ninjas de Konoha, três de Suna e um de Oto. Juntos de Hayate estavam o Sandaime Hokage, que pessoalmente faria as formalidades, Mitarashi Anko e Morino Ibiki.
– Nas rodadas finais, cada um de vocês irá colocar suas habilidades de combate em jogo. Mostrarão o poder e o controle que obtiveram em suas respectivas disciplinas. Portanto as batalhas ocorrerão daqui a um mês, para que estejam em condições físicas para darem o seu melhor, assim como poderão treinar e adquirir novas habilidades.
– Isso é tudo? – perguntou Neji.
– É claro que não. – respondeu Hiruzen. – Esse tempo também servirá para que sejam distribuídos convites para todas as nações, incluindo lordes feudais e pessoas importantes, que terão claros interesses em descobrir novos talentos, ou simplesmente o prazer de assistir um belo combate. Se gostarem da atuação dos ninjas de um vilarejo em específico, o número de trabalhos que o mesmo receberá vai sofrer um aumento significativo, e é isso o que buscamos. Como havia mencionado anteriormente, essa é a verdadeira face do exame Chuunin, uma guerra disfarçada de competição entre várias nações.
– Não acha o tempo exagerado? – retrucou Kankurou.
– Como podem ver, todos aqui que lutaram, ou grande maioria assistiram os combates até o fim, este período também servirá para que aprendem novos truques, uma vez que suas habilidades agora não são mais desconhecidas. Não se pode vencer sempre usando os mesmos truques velhos.
Anko logo se aproximou do sandaime, carregava consigo uma caixa de papelão bem simples, a única peculiaridade seria um buraco na parte superior, onde seria utilizado para a realização do sorteio que seria explicado a seguir.
– Peço que todos peguem um pedaço de papel na caixa que Anko está segurando. – ordenou.
– Fiquem todos parados, eu irei até vocês. – disse a mulher.
– Assim que todos pegarem um papel, da esquerda para a direita me digam todos os seus números, para que marquemos neste diagrama. – disse Ibiki, segurando uma caneta e folha de papel.
Como Sasuke não se fazia presente, o número que restou sem ser escolhido seria o seu número. Uma vez que todos estavam com seus números a amostra, Ibiki os anotou em um diagrama.
– Ibiki, poderia mostrar qual ninja irá lutar contra quem? – ordenou o sandaime.
– Mas é claro. – disse, virando o diagrama, onde continha os nomes dos combatentes, seguido de seus números, já formados.
Os participantes observam o diagrama com grande interesse em saber quem deverão enfrentar, talvez por acaso do destino certos combates pareciam estar ali meramente para que certas dívidas pendentes fossem acertadas. Logo no primeiro combate Naruto contra Neji, o segundo combate envolveria Sasuke e Gaara, em seguida Shino contra Kankurou, Taiki contra Kuroi, Shikamaru contra Temari e então Dosu contra Ayaka.
– ("Não esperava lutar contra ele tão cedo, melhor que isso seria impossível. Dessa vez eu lutarei usando tudo o que tenho, não vou me afobar, muito menos me conter.") – disse Taiki, que encarava seu futuro adversário, com um olhar mais serio do que seu habitual.
– ("Então eu vou lutar com aquele que parece uma múmia? Vai ser difícil lutar contra ele, se eu me aproximar aquela ferramenta que ele usa mais ser um problema...")
– Com licença, tenho uma dúvida. – apontou Shikamaru.
– Pode dizer. – disse Hayate.
– A forma que este torneio foi organizado, levando em consideração o jeito que este diagrama foi desenhado, mostra que haverão três finalistas ao fim da competição, como farão nesse caso?
– Nesse caso é bem simples, os três lutarão ao mesmo tempo, uns contra os outros. – respondeu.
– Cara, mas que saco... – reclamou.
– ("Um pouco injusto, aposto que muitos devem possuir habilidades que não se tornam muito úteis quando não se está no um contra um.") – assentiu Taiki.
Naruto era outro que não conseguia esconder sua empolgação, mesmo que estivesse nervoso. Teria a chance perfeita de se "vingar" de Hinata, enfrentando Hyuuga Neji, alguém com quem rivalizou durante a terceira fase da competição. Já Gaara, dos irmãos da areia parecia muito interessado em Uchiha Sasuke, sabendo que o mesmo não havia mostrado todo o seu potencial no combate que teve anteriormente.
Logo todas as formalidades e explicações do exame que seguiria chegaram ao fim e com isso os competidores foram para seus devidos lugares, outros inclusive, saíram do prédio da academia. Taiki se dirigiu até onde estavam Ayaka e Akane, seguro de si, com uma expressão mais vitoriosa do que antes.
– Sensei, poderia me levar até o Masaru? – perguntou Taiki.
– Claro, venha você também Ayaka. Mas me prometam que não vão deixar ele muito afobado, a condição dele ainda não está muito boa.
Juntos, os três seguiram até a enfermaria da academia, onde Masaru estava repousando, ou pelo menos era o que ele deveria estar fazendo. Assim que chegam ao local se deparam com uma cena, no mínimo inusitada. Estavam Masaru e Konohamaru, um olhando para o outro de forma ininterrupta, era algum tipo de disputa onde o primeiro que piscar os olhos perderia, qual mérito isto teria? A mera satisfação de ter vencido. Ayaka e Taiki pareciam boquiabertos, porém felizes, perceberam de imediato que Masaru estava com um olho enfaixado, logo notaram que o mesmo perdera a visão daquele lado, mas ainda assim ele parece não ter perdido seu vigor. Akane de nada se impressiona, já parecia estar acostumada com tal atitude da parte de Masaru, estava contente em ver que a relação entre o trio continuava a evoluir, mesmo neste tipo de situação. Subitamente, Konohamaru dispara a rir, alegando que o fato de Masaru estar "caolho" era uma vantagem, neste tipo de competição.
– Não me venha com essa Konohamaru! – gritou. – Eu ganhei e pronto!
– Não é justo Masaru-niichan! Com um olho só você tem metade da dificuldade, e assim só um olho fica ardendo!
– Mas é claro que só um vai ficar ardendo, não sei se você sabe, mas o outro foi torrado! – berrou outra vez.
– Tudo bem, tudo bem... Konohamaru-chan, será que poderia nos dar licença um instante? – perguntou Ayaka, afastando a briga de ambos.
– Com você pedindo assim... Não. – afirmou, e logo voltou sua atenção para Masaru.
– Eu não estou pedindo, estou mandando! Some daqui seu pestinha, antes que encha essa sua cara de pontapés! – gritou Ayaka, enquanto estrangulava Konohamaru com uma das mãos, o obrigando a sair do recinto.
– Isso não vai ficar assim...! – disse chorando. – Meu avô é o Hokage! – saiu da sala.
– ("Sutil como uma pedra...") – pensou Taiki, olhando para a garota.
– Algo errado? – perguntou Ayaka, retribuindo o olhar.
– Nada não... Só estava olhando pra você. – disse ligeiramente, desviando o olhar para Masaru novamente. – Ayaka e eu estaremos na próxima fase, e além do mais... Parece que vou lutar contra ele logo de cara, vou dar um jeito nele pra você. – disse, mudando de tom.
– Ah isso... Não se preocupem com isso... Tipo, não é que aquele idiota tenha feito de propósito. – respondeu o ruivo.
– Então acho que vou ser egoísta e fazer disso um disputa pessoal. – disse Taiki, se retirando do local em lentos passos.
– Ele não costuma se comportar desse jeito... – disse Ayaka. – Até parece que os ocorridos no exame chuunin mudaram ele.
– Você é realmente bem esperta, garotinha. – disse Kouga, entrando. – Ele não gosta de machucar as pessoas, mas ele tem um descontrole, podemos dizer que é uma boa qualidade se olharmos por outra perspectiva. – explicou.
– Descontrole? – perguntou Akane, curiosa.
– Ele adora lutar. Foi treinado por mim, no fim das contas... Ele adora correr, e treinar por aí, tal como lutar, é o jeito que ele demonstra sua liberdade, mesmo que seja preguiçoso e estabanado algumas vezes.
– Isso explica bastante coisa... Por isso ele sabe bastante coisa sobre sobrevivência e ninjutsu. – disse Ayaka, achando engraçado.
– Solitário também. O Taiki não tem amigos em nosso vilarejo, ao menos ele tinha até um certo acidente. Quando era pequeno, durante uma brincadeira inocente ele acabando machucando seus amigos e desde então passaram a evitá-lo. Não é toda criança que é capaz de utilizar ninjutsu com apenas cinco anos, é o que chamam de genialidade.
– Compreendo. – disse Akane. – Mesmo que ele seja um rapaz alegre, sempre percebi uma certa solidão.
– O mais forte sobrevive, é a lei da natureza. Observando o comportamento dos animais da montanha, foi desta forma que o Taiki passou a viver, aproveitando ao máximo sua liberdade e acreditando neste fato. – pausou. – Mas sempre que luta contra alguém, contra alguém que ele precisa ferir, acho que ele deve se lembrar dos acontecimentos passados que o levaram a ter esse medo. Como são amigos do Taiki, não tinha porque eu guardar isso para mim apenas, acredito que vão conseguir entender melhor aquele idiota, tendo isso em mente. Até qualquer hora, preciso ir falar com ele mais uma vez, sabe coisas de pai e filho. – disse, desta vez se retirando.
– Obrigado Kouga-san. – disse Ayaka, sorridente.
– Valeu tio, agora a gente sabe porque ele é tão cabeça dura. – disse Masaru.
– ("Olha quem fala...") – pensava a menina.
Taiki perambulava pelo prédio, quando deu de cara com algumas pessoas que comentavam sobre a situação de Rock Lee e de Uchiha Sasuke, dois dos participantes que estavam internados, sendo este primeiro já eliminado da competição. Como assistiu a batalha de Lee contra Gaara, Taiki estava ainda bastante chocado com o resultado final, tomando parte das dores de Rock Lee para si próprio, decidiu prestar uma visita para ele, até se deparou com Maito Gai, a caminho do hospital.
– Se não é o garoto da Akane, não pude ficar até o final por conta do acontecido com meu querido Lee... Mas acredito que tenha passado, não é? – disse Gai, forçando uma pose nice guy, um pouco que infeliz.
– Sim... O Lee foi ferido por um estrangeiro, mas meu companheiro também teve sérios danos na luta contra alguém da mesma vila... Assim como a Hinata, não é mesmo? – disse Taiki, exitando de tocar no assunto.
– Verdade... O jovem Neji deixou que assuntos pessoais de sua família interferissem em seus ideais... – pausou. – Mas não há como mudar o que já foi feito. O que se deve pensar é no porque disto ter acontecido e não tomar decisões no impulso.
– Então acha que não seria justo vingá-los? – perguntou.
– A vingança não trás nada além da morte, meu jovem aspirante a chuunin. Se você não achou justo o que fizeram com seus amigos, use seus sentimentos e descubra o que deverá fazer durante a lutar que terá pela frente. Você não vai descobrir nada sobre pessoas como Neji, Kuroi ou mesmo aquele Gaara sem antes trocar socos com eles. Mas saiba de que lutar por orgulho e por vingança são coisas que devem ser separadas, e o divisor é não outro se não você mesmo. – disse Gai, apoiando uma de suas mãos na cabeça de Taiki, enquanto despedia-se do mesmo. – Até qualquer hora meu jovem, aposto que o Lee-kun ficaria feliz em vê-lo no hospital, não acredito que ela breve rixa entre vocês tenha gerado mais do que uma simples e saudável rivalidade.
– Saudável... Rivalidade? – disse sorrindo. – ("Estarei torcendo para que seu corpo se recupere, Lee-kun.")
CONTINUA...
Um convite irresistível! Rumo ao Monte Koketsu.
– Eu não estou preocupada, Kouga-san. – respondeu Ayaka, olhando confiante para o garoto. – Ele é gentil e não gosta de ferir os outros, mas ele prometeu que derrotaria o Kuroi, e para isso ele deve passar pela Shizuka. Ele vai vencer todos que tiverem no caminho. – (“Você consegue mudar as pessoas, mesmo quando elas agem de forma rude com você, está sempre sorrindo.”)
O homem apenas entregou um sorriso orgulhoso, era o suficiente para ele naquele momento.
Antes do exame Chuunin ter início, Taiki, Masaru e Ayaka treinam juntos em um campo de treinamento de Konoha. Os dois garotos enfrentam a garota em uma disputa de Taijutsu, onde Ayaka consegue impor grande vantagem, até que Masaru utiliza o seu Katon: Hitodama. Obrigando Ayaka a utilizar o seu Hakkeshou Kaiten para repelir as orbes de fogo. Quando a moça parou com o giro, Taiki utilizou seu veloz Shunshin no jutsu e a rendeu.
– Não é justo! – reclamou a moça. – Era pra ser um combate de Taijutsu.
– Haha! – riu Taiki. – Mas você foi a primeira a quebrar as regras, o Byakugan é um Doujutsu! – respondeu. – E além do mais... Porque não tenta aprender algumas técnicas de ninjutsu? Não se pode vencer todas apenas com taijutsu, e se você enfrentar um lutador de longa distância, do tipo que não te deixa chegar perto, ou então enfrentar um usuário de taijutsu melhor do que você, é bom rever suas prioridades. – orientou.
– Se quiser eu te ensino a Hitodama! – disse Masaru. – É só fazer esse selo, mais esse, esse também levantar a bunda um pouquinho, soprar e swoosh! – completou.
– Não é assim que funciona... Idiota. E não acho que é desse jeito que você faz a técnica também... – pensou Taiki, suando frio. – Pra começar ela precisa saber qual é a sua natureza de chakra, pra isso nós usamos um “Chakura no kami”, um papel especial que reage ao chakra, dependendo do que acontecer com ele saberemos a natureza de seu chakra. Se for fogo o papel vai queimar e virar cinzas, se for vento ele será dividido ao meio, se for relâmpago ele vai amassar, se for terra ele vai se desfazer e virar poeira e por fim, se for água ele irá encharcar.
– Até que você sabe das coisas... – implicou Masaru.
– Mas é claro, informação também é uma ferramenta ninja.
– Certo, certo, chega vocês dois... Me dê logo esse papel. – disse a garota, já ansiosa.
– (“Não só pude aprender ninjutsu, como pude ver até mesmo o Masaru se empenhando mais nos treinamentos, ainda mais já que ele o vê como um rival. Você definitivamente vai superar essa sua fraqueza, se não conseguir sozinho, poderá contar com o Masaru, Akane-sensei e eu.”)
– Como vão indo as coisas por aqui? – perguntou Akane, de volta ao local.
– Sensei! Como está o Masaru?
– Vai ficar bem, já cuidamos daquele problema, mas o seu olho ferido... – respondeu Akane, com um sorriso seguido por um lamento.
– Entendo... Bom, quando sairmos daqui vamos ter que comprar um tapa olho bem legal, não é?
– Ayaka... Não é do seu feitio fazer piadas. – disse Akane, curiosa.
– Não é piada sensei! E além do mais, é exatamente o que o Masaru iria querer fazer.
– Ah... Sabe qual foi a primeira coisa que ele nos disse quando terminamos? "Agora vou ter que usar o hitaiate por cima do olho, igual o Kakashi-sensei". Francamente...
– Bem típico do Masaru. – disse Ayaka, sorridente.
– Isso quer dizer que o Masaru está bem, tô certo! – dizia Naruto, ouvindo a conversa.
Naruto, Sakura, Akane e Ayaka dialogavam um pouco mais, enquanto assistem a batalha de Taiki, desta vez com mais atenção, uma vez que uma das possíveis causas de preocupação já havia sido resolvida.
Taiki apenas mantinha-se calmo, estava sentado sobre o piso congelado enquanto aguardava a iniciativa de sua adversária, já enfurecida. A loira acumulou chakra da natureza do relâmpago em sua espada e em disparada partiu para o ataque. Mesmo estando com uma perna dormente, Taiki veloz como nunca escapou do ataque da garota como se tivesse sido muito fácil. Shizuka desequilibrou-se por causa do gelo e com muito esforço manteve-se de pé.
– ("Então ele usou o gelo para deslizar? Vamos ver como ele vai escapar dessa vez.") – pensou.
– ("Mais um pouco e essa dormência vai passar, parece que o anestésico não penetrou muito e por sorte acabou aliviando a dor do meu tornozelo. Se não fosse aquela ajuda da Ayaka isso poderia se complicar um pouco... Enfrentar alguém da mesma vila é mais difícil do que eu imaginei.") – anuiu o jovem.
Os olhos da garota voltaram ao seu padrão normal de cores, no caso um azul e o outro verde. O que indicava a desativação de sua técnica ocular, em contrapartida um chakra de tom amarelo percorria seu corpo desde os pés até a cabeça, podendo ser visto claramente a olho nu.
– Shizen Kanzen: Kemono Kairiki! – gritou a garota enquanto fincava sua espada no gelo e cerrava os punhos.
A técnica em questão concede ao usuário um aumento proporcional de chakra e uma força bruta assustadora, porém tudo isto por um curto período de tempo, a cada ataque feito e movimento executado o usuário perderá este aumento proporcional e quando sua força estabilizar novamente o praticante sofrerá de dores musculares, tontura e fadiga. Taiki, que tentava ganhar tempo a observou com olhos atentos, percebendo que o chakra da garota aumentou repentinamente, concluiu então que aquilo se tratava de algum tipo de último recurso.
– ("Bem na hora!") – pensou, percebendo que sua perna voltara ao normal.
Shizuka esmurrou violentamente o piso de gelo, levantando consigo uma cortina de destroços de gelo. Os fragmentos do campo de batalha eram uma mera distração, a garota passou direto em linha reta, acumulando chakra nos pés saltou e mergulhou na direção do garoto executando uma voadora.
– Que força bruta monstruosa! – disse Taiki, enquanto corria pelo gelo em altíssima velocidade, utilizando de sua habilidade natural com tal cenário.
Mesmo que o ataque de Shizuka tenha errado, novamente era erguida uma cortina de destroços, misturados entre fragmentos do piso e de gelo, um deles acertava o garoto bem no rosto, criando um corte superficial. O objetivo de Shizuka nesta altura já parecia bem óbvio, destruir a camada de gelo ao mesmo tempo que tentava atingir Taiki com toda sua força, uma vez que bastaria atingir uma única vez com aquela força monstruosa, para que a luta tivesse fim.
Kouga observa atentamente todos os movimentos que o filho executava, e parecia um tanto quando decepcionado. Cerrava os punhos e trincava seus dentes com muita raiva ao ver a atuação exagerada e sem sentido que seu filho fazia, do seu ponto de vista. Por um instante o homem fechou os olhos, segurou firme em uma das grades de proteção, e com todo o seu espírito o homem gritou.
– Seu grande idiota! O que pensa que esta fazendo, seu merdinha?! Você está no exame chuunin! Todos lutaram dando tudo o que tinham até agora e você está sendo patético, está enfrentando a elite! Em batalhas as pessoas se machucam, não pode evitar isso! Mostrar tudo o que tem é o maior orgulho que se pode dar, tanto para você quando para seu oponente! – sorriu. – Corra, avance e grite! Você não é assim, Taiki! Provocador e arrogante? Você pode não gostar de ferir os outros, mas adora lutar mais do que tudo, mesmo quando está com medo perante a alguém mais forte que você, abra seus olhos e seus ouvidos!
Ouvindo tais palavras de apoio vindas da pessoa que mais admira, Taiki por um momento congelou, não conseguiu se mover, um estranho calafrio percorria cada célula de seu corpo. Seus olhos arregalavam a medida que Shizuka se aproximava, a moça executava um cruzado de direita que causaria sérios danos na face do garoto em caso de ser atingido.
– Acabou! – gritou Shizuka.
Os tomoes de seu sharingan giravam em grande velocidade, prevendo exatamente onde o ataque de Shizuka iria acertar, o garoto curva seu corpo na direção oposta, assim evitando o ataque, imediatamente agarra o pulso da garota e então torce um dos seus braços, enquanto com o outro, o garoto impediu seu avanço e a atingiu com um chute no meio do estômago fazendo a garota voar alguns metros e cair no gelo, deslizando.
– Em pensar que eu iria precisar da sua ajuda... Velho chato. – disse Taiki sorrindo. – Certo, Nezumi-chan, agora é a hora da caça. Você gosta de kotowaza, não é? Então aí vai um original: "Você disse que um rato encurralado morde o gato, mas não havia percebido que mordeu um tigre, não é?"
A marca tatuada no peito do garoto começara a brilhar tão intensamente que era possível ver sua luz, mesmo por debaixo das roupas do rapaz. Um chakra frio envolvia o corpo do garoto, um vento gelado que despertava como se fosse o prelúdio de uma nevasca. A aura da face de um tigre das neves rugindo era emanada por aquele poderoso chakra, enquanto o garoto olhava intensamente para a garota, que o via como ser alguém maior do que ele na verdade era.
– ("Genjutsu: Sharingan!") – disse por pensamento.
Um grande e feroz tigre branco avançava na direção da garota, carregando consigo uma nevasca que destruía todo o cenário consigo. Na verdade era uma mera ilusão criada pelo Sharingan de Taiki, a garota estava imóvel e a maioria apenas imaginava que nenhum dos dois lutavam, até que o rapaz caminhou em lentos passos na direção da garota, empunhando sua espada.
– G-Genjutsu? – gaguejou a garota assustada, estava imóvel.
– Desculpe por não ter ido com tudo desde o começo... Talvez eu estivesse me segurando como o meu pai disse, sabe não é uma coisa que eu me orgulhe... Mas essa natureza pacífica que eu tenho, as vezes acaba sendo uma boa qualidade, mesmo que não ajude nas batalhas, na verdade atrapalha um pouco. – disse.
Taiki golpeou a garota com o cabo de sua espada na altura da nuca, nocauteando-a de forma instantânea, a luta acabou.
– Se houver um próxima vez, eu lhe garanto que vou ir com tudo desde o início, mesmo que não vá ter muita graça. – gabou-se, por fim piscou um dos olhos para a garota enquanto mostrava sua língua.
– Hasegawa Shizuka não se encontra em condições de continuar. Portanto, o vencedor do décimo terceiro combate é Hakuryuu Taiki! – apontou Hayate.
– Tsc... Parece que ele percebeu a grande falha da técnica da Shizuka... – dizia Kyousuke
– Falha? – perguntou Renji.
– Sim. Como ela precisa estar bem enfurecida para que possa utilizar aquela força bruta, ela acaba ficando mentalmente vulnerável a qualquer tipo de provocação. Bastou um contato visual durante aquela troca de golpes para que pegasse ela em um genjutsu, que é a sua grande fraqueza. Mas ela lutou bem, considerando o adversário.
– Não vejo a hora de acabar com ele! – disse Kuroi, ansioso.
– Muito bem Taiki! – ("Eu sabia que você ia conseguir.") – manifestou-se, Ayaka. Gritava tão alto que quase todos no recinto puderam escutar.
Visto que o juiz dera o veredicto, o rapaz subiu as escadas laterais com ar vitorioso, se não fosse pela ligeira vergonha que sentia, de ter que encarar seu pai quando estivesse lá, talvez por este motivo estivesse subindo a escada em passos tão lentos. Assim que chegou, o clima não parecia tão tenso quanto imaginou, Ayaka e Akane pareciam bem contentes e o elogiavam, enquanto seu pai Kouga, apenas desviou o olhar, como se não tivesse nada para dizer, quanto na verdade, não podia esconder o orgulho que sentia, mesmo reconhecendo que Taiki havia sido um idiota durante a batalha. Agora que todos os combates foram encerrados, Hayate pediu a presença de todos aqueles que avançaram para a próxima etapa seguirem para a arena, onde iriam receber uma explicação sobre a fase seguinte da competição. Oito ninjas de Konoha, três de Suna e um de Oto. Juntos de Hayate estavam o Sandaime Hokage, que pessoalmente faria as formalidades, Mitarashi Anko e Morino Ibiki.
– Nas rodadas finais, cada um de vocês irá colocar suas habilidades de combate em jogo. Mostrarão o poder e o controle que obtiveram em suas respectivas disciplinas. Portanto as batalhas ocorrerão daqui a um mês, para que estejam em condições físicas para darem o seu melhor, assim como poderão treinar e adquirir novas habilidades.
– Isso é tudo? – perguntou Neji.
– É claro que não. – respondeu Hiruzen. – Esse tempo também servirá para que sejam distribuídos convites para todas as nações, incluindo lordes feudais e pessoas importantes, que terão claros interesses em descobrir novos talentos, ou simplesmente o prazer de assistir um belo combate. Se gostarem da atuação dos ninjas de um vilarejo em específico, o número de trabalhos que o mesmo receberá vai sofrer um aumento significativo, e é isso o que buscamos. Como havia mencionado anteriormente, essa é a verdadeira face do exame Chuunin, uma guerra disfarçada de competição entre várias nações.
– Não acha o tempo exagerado? – retrucou Kankurou.
– Como podem ver, todos aqui que lutaram, ou grande maioria assistiram os combates até o fim, este período também servirá para que aprendem novos truques, uma vez que suas habilidades agora não são mais desconhecidas. Não se pode vencer sempre usando os mesmos truques velhos.
Anko logo se aproximou do sandaime, carregava consigo uma caixa de papelão bem simples, a única peculiaridade seria um buraco na parte superior, onde seria utilizado para a realização do sorteio que seria explicado a seguir.
– Peço que todos peguem um pedaço de papel na caixa que Anko está segurando. – ordenou.
– Fiquem todos parados, eu irei até vocês. – disse a mulher.
– Assim que todos pegarem um papel, da esquerda para a direita me digam todos os seus números, para que marquemos neste diagrama. – disse Ibiki, segurando uma caneta e folha de papel.
Como Sasuke não se fazia presente, o número que restou sem ser escolhido seria o seu número. Uma vez que todos estavam com seus números a amostra, Ibiki os anotou em um diagrama.
– Ibiki, poderia mostrar qual ninja irá lutar contra quem? – ordenou o sandaime.
– Mas é claro. – disse, virando o diagrama, onde continha os nomes dos combatentes, seguido de seus números, já formados.
Os participantes observam o diagrama com grande interesse em saber quem deverão enfrentar, talvez por acaso do destino certos combates pareciam estar ali meramente para que certas dívidas pendentes fossem acertadas. Logo no primeiro combate Naruto contra Neji, o segundo combate envolveria Sasuke e Gaara, em seguida Shino contra Kankurou, Taiki contra Kuroi, Shikamaru contra Temari e então Dosu contra Ayaka.
– ("Não esperava lutar contra ele tão cedo, melhor que isso seria impossível. Dessa vez eu lutarei usando tudo o que tenho, não vou me afobar, muito menos me conter.") – disse Taiki, que encarava seu futuro adversário, com um olhar mais serio do que seu habitual.
– ("Então eu vou lutar com aquele que parece uma múmia? Vai ser difícil lutar contra ele, se eu me aproximar aquela ferramenta que ele usa mais ser um problema...")
– Com licença, tenho uma dúvida. – apontou Shikamaru.
– Pode dizer. – disse Hayate.
– A forma que este torneio foi organizado, levando em consideração o jeito que este diagrama foi desenhado, mostra que haverão três finalistas ao fim da competição, como farão nesse caso?
– Nesse caso é bem simples, os três lutarão ao mesmo tempo, uns contra os outros. – respondeu.
– Cara, mas que saco... – reclamou.
– ("Um pouco injusto, aposto que muitos devem possuir habilidades que não se tornam muito úteis quando não se está no um contra um.") – assentiu Taiki.
Naruto era outro que não conseguia esconder sua empolgação, mesmo que estivesse nervoso. Teria a chance perfeita de se "vingar" de Hinata, enfrentando Hyuuga Neji, alguém com quem rivalizou durante a terceira fase da competição. Já Gaara, dos irmãos da areia parecia muito interessado em Uchiha Sasuke, sabendo que o mesmo não havia mostrado todo o seu potencial no combate que teve anteriormente.
Logo todas as formalidades e explicações do exame que seguiria chegaram ao fim e com isso os competidores foram para seus devidos lugares, outros inclusive, saíram do prédio da academia. Taiki se dirigiu até onde estavam Ayaka e Akane, seguro de si, com uma expressão mais vitoriosa do que antes.
– Sensei, poderia me levar até o Masaru? – perguntou Taiki.
– Claro, venha você também Ayaka. Mas me prometam que não vão deixar ele muito afobado, a condição dele ainda não está muito boa.
Juntos, os três seguiram até a enfermaria da academia, onde Masaru estava repousando, ou pelo menos era o que ele deveria estar fazendo. Assim que chegam ao local se deparam com uma cena, no mínimo inusitada. Estavam Masaru e Konohamaru, um olhando para o outro de forma ininterrupta, era algum tipo de disputa onde o primeiro que piscar os olhos perderia, qual mérito isto teria? A mera satisfação de ter vencido. Ayaka e Taiki pareciam boquiabertos, porém felizes, perceberam de imediato que Masaru estava com um olho enfaixado, logo notaram que o mesmo perdera a visão daquele lado, mas ainda assim ele parece não ter perdido seu vigor. Akane de nada se impressiona, já parecia estar acostumada com tal atitude da parte de Masaru, estava contente em ver que a relação entre o trio continuava a evoluir, mesmo neste tipo de situação. Subitamente, Konohamaru dispara a rir, alegando que o fato de Masaru estar "caolho" era uma vantagem, neste tipo de competição.
– Não me venha com essa Konohamaru! – gritou. – Eu ganhei e pronto!
– Não é justo Masaru-niichan! Com um olho só você tem metade da dificuldade, e assim só um olho fica ardendo!
– Mas é claro que só um vai ficar ardendo, não sei se você sabe, mas o outro foi torrado! – berrou outra vez.
– Tudo bem, tudo bem... Konohamaru-chan, será que poderia nos dar licença um instante? – perguntou Ayaka, afastando a briga de ambos.
– Com você pedindo assim... Não. – afirmou, e logo voltou sua atenção para Masaru.
– Eu não estou pedindo, estou mandando! Some daqui seu pestinha, antes que encha essa sua cara de pontapés! – gritou Ayaka, enquanto estrangulava Konohamaru com uma das mãos, o obrigando a sair do recinto.
– Isso não vai ficar assim...! – disse chorando. – Meu avô é o Hokage! – saiu da sala.
– ("Sutil como uma pedra...") – pensou Taiki, olhando para a garota.
– Algo errado? – perguntou Ayaka, retribuindo o olhar.
– Nada não... Só estava olhando pra você. – disse ligeiramente, desviando o olhar para Masaru novamente. – Ayaka e eu estaremos na próxima fase, e além do mais... Parece que vou lutar contra ele logo de cara, vou dar um jeito nele pra você. – disse, mudando de tom.
– Ah isso... Não se preocupem com isso... Tipo, não é que aquele idiota tenha feito de propósito. – respondeu o ruivo.
– Então acho que vou ser egoísta e fazer disso um disputa pessoal. – disse Taiki, se retirando do local em lentos passos.
– Ele não costuma se comportar desse jeito... – disse Ayaka. – Até parece que os ocorridos no exame chuunin mudaram ele.
– Você é realmente bem esperta, garotinha. – disse Kouga, entrando. – Ele não gosta de machucar as pessoas, mas ele tem um descontrole, podemos dizer que é uma boa qualidade se olharmos por outra perspectiva. – explicou.
– Descontrole? – perguntou Akane, curiosa.
– Ele adora lutar. Foi treinado por mim, no fim das contas... Ele adora correr, e treinar por aí, tal como lutar, é o jeito que ele demonstra sua liberdade, mesmo que seja preguiçoso e estabanado algumas vezes.
– Isso explica bastante coisa... Por isso ele sabe bastante coisa sobre sobrevivência e ninjutsu. – disse Ayaka, achando engraçado.
– Solitário também. O Taiki não tem amigos em nosso vilarejo, ao menos ele tinha até um certo acidente. Quando era pequeno, durante uma brincadeira inocente ele acabando machucando seus amigos e desde então passaram a evitá-lo. Não é toda criança que é capaz de utilizar ninjutsu com apenas cinco anos, é o que chamam de genialidade.
– Compreendo. – disse Akane. – Mesmo que ele seja um rapaz alegre, sempre percebi uma certa solidão.
– O mais forte sobrevive, é a lei da natureza. Observando o comportamento dos animais da montanha, foi desta forma que o Taiki passou a viver, aproveitando ao máximo sua liberdade e acreditando neste fato. – pausou. – Mas sempre que luta contra alguém, contra alguém que ele precisa ferir, acho que ele deve se lembrar dos acontecimentos passados que o levaram a ter esse medo. Como são amigos do Taiki, não tinha porque eu guardar isso para mim apenas, acredito que vão conseguir entender melhor aquele idiota, tendo isso em mente. Até qualquer hora, preciso ir falar com ele mais uma vez, sabe coisas de pai e filho. – disse, desta vez se retirando.
– Obrigado Kouga-san. – disse Ayaka, sorridente.
– Valeu tio, agora a gente sabe porque ele é tão cabeça dura. – disse Masaru.
– ("Olha quem fala...") – pensava a menina.
Taiki perambulava pelo prédio, quando deu de cara com algumas pessoas que comentavam sobre a situação de Rock Lee e de Uchiha Sasuke, dois dos participantes que estavam internados, sendo este primeiro já eliminado da competição. Como assistiu a batalha de Lee contra Gaara, Taiki estava ainda bastante chocado com o resultado final, tomando parte das dores de Rock Lee para si próprio, decidiu prestar uma visita para ele, até se deparou com Maito Gai, a caminho do hospital.
– Se não é o garoto da Akane, não pude ficar até o final por conta do acontecido com meu querido Lee... Mas acredito que tenha passado, não é? – disse Gai, forçando uma pose nice guy, um pouco que infeliz.
– Sim... O Lee foi ferido por um estrangeiro, mas meu companheiro também teve sérios danos na luta contra alguém da mesma vila... Assim como a Hinata, não é mesmo? – disse Taiki, exitando de tocar no assunto.
– Verdade... O jovem Neji deixou que assuntos pessoais de sua família interferissem em seus ideais... – pausou. – Mas não há como mudar o que já foi feito. O que se deve pensar é no porque disto ter acontecido e não tomar decisões no impulso.
– Então acha que não seria justo vingá-los? – perguntou.
– A vingança não trás nada além da morte, meu jovem aspirante a chuunin. Se você não achou justo o que fizeram com seus amigos, use seus sentimentos e descubra o que deverá fazer durante a lutar que terá pela frente. Você não vai descobrir nada sobre pessoas como Neji, Kuroi ou mesmo aquele Gaara sem antes trocar socos com eles. Mas saiba de que lutar por orgulho e por vingança são coisas que devem ser separadas, e o divisor é não outro se não você mesmo. – disse Gai, apoiando uma de suas mãos na cabeça de Taiki, enquanto despedia-se do mesmo. – Até qualquer hora meu jovem, aposto que o Lee-kun ficaria feliz em vê-lo no hospital, não acredito que ela breve rixa entre vocês tenha gerado mais do que uma simples e saudável rivalidade.
– Saudável... Rivalidade? – disse sorrindo. – ("Estarei torcendo para que seu corpo se recupere, Lee-kun.")
CONTINUA...
Um convite irresistível! Rumo ao Monte Koketsu.
- Notas:
- Shizen Kanzen: Kemono Kairiki (Contemplação da Natureza: Força bruta da besta): Técnica utilizada por Shizuka, na qual permite que a usuária aumente muito sua força física, agilidade e reflexos por um período de tempo. Após sua utilização, sua força vai se degradando após cada movimento feito, uma vez que seu poder volte ao normal a técnica é desfeita e não pode ser reativada por algum tempo. Também acaba causando certos desconforto para o usuário, tal como náuseas, fadiga muscular e tontura.
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Leia!
Fanfic: Naruto: Another Story
Fanfic: Bleach - Bound of Souls
Fanfic: Digimon - 7 Deadly Sins
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Re: Naruto: Another Story
CAPÍTULO 24
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Um convite irresistível! Rumo ao monte Koketsu.
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Um convite irresistível! Rumo ao monte Koketsu.
Um dia se passou desde as preliminares da terceira fase do exame chuunin, começaria então um período de um mês, tempo este que os participantes restantes irão usar para refinar suas habilidades de combate para a próxima fase que será um torneio. Assim que Sasuke abandonasse o hospital já iria começar seu treinamento com Kakashi, que rejeitou o pedido de Naruto para treiná-lo, dando prioridade para o Uchiha. Naruto então acaba por ser indicado, pelo próprio Kakashi, a ser treinado por Ebisu, tutor de Konohamaru e um Jounin especial do vilarejo. Já Taiki e Ayaka, do time treze, que passaram para a fase de torneio ainda não haviam iniciado seus treinamentos.
Com sua casa bem bagunçada naquela manhã ensolarada, Taiki se prepara para tomar seu café da manhã, ainda de pijama que consiste em um short curto e uma camisa de mangas também curtas. Acabara de despejar leite sobre sua tigela de cereal, ainda sonolento, quando escuta alguém tocando a campainha de sua casa, dirigiu-se até lá ainda limpando os olhos, assim que abriu viu que tratava-se de Ayaka.
– Ayaka? – perguntou espantado. – O que faz aqui tão cedo?
– Não tem vergonha, sequer está vestido ainda. – disse de implicância. – Não vai me convidar pra entrar? Precisamos conversar...
– Bom dia para você também... – disse Taiki, abrindo espaço para que Ayaka pudesse passar. – Nem pense em reclamar da bagunça, não esqueça que eu moro sozinho aqui.
– Agora que tocou no assunto... Me lembro que assim que você se mudou eu vim aqui uma vez... E te ajudei a arrumar as coisas, parece que bagunçou tudo de novo.
Enquanto Ayaka disparava-se a tagarelar, Taiki apenas encarava a garota nos olhos, cruzando ambos os braços e batendo um dos pés no chão, de forma que fizesse a garota perceber que estava sendo chata e repetitiva.
– Aceita um cereal? – perguntou Taiki, voltando para a mesa.
– Não obrigado...
– Então tá, bom, mas eu vou comer então vai me contando o motivo da sua visita.
– Ah... Eu queria saber se você sabe alguma coisa sobre aquele "cara de múmia"... – pausou. – A luta contra o Chouji foi a segunda vez que ele mostrou suas habilidades em público para gente... Não sei se posso conseguir vencer ele em uma luta corporal, aquela ferramenta vai acabar comigo se eu chegar perto dele.
– Entendo... O tal Dosu, não é mesmo? – disse, enquanto mastigava. – Bom, aquela coisa danifica os seus ouvidos pela vibração, e consegue até mesmo vibrar através da água do seu corpo, então não tem como evitar, só por tapas os ouvidos. Para ser franco, eu não sei se é possível impedir isso de acontecer, o jeito seria manter a distância. – explicou. – Melhor você focar em ninjutsu e melhorar sua mobilidade, existe alguma técnica dos Hyuugas que possa ser usada de longa distância?
– Eu sou da ramificação secundária do clã... As melhoras técnicas são ensinadas apenas para a ramificação principal... A verdade é que o próprio Hakkeshou Kaiten é uma técnica que eu não deveria ter conhecimento, aprendi treinando com o Neji-nii... – explicou a garota, um tanto que nervosa.
– Neji? Então como ele soube essa técnica, sendo que ele também é da família secundária?
– Ele por obrigação ajuda nos treinamentos da Hanabi-sama, e por algum tempo também treinava com a Hinata-sama. Deve ter visto nosso tio utilizando algumas destas técnicas, ele é um tipo de gênio desses que não são vistos sempre.
– Eu sei que ele é seu irmão... Mas ele não me pareceu ser um tipo legal de pessoa... Tratando a Hinata daquela forma... – lamentou-se.
– Você não sabe de nada... – disse, tentando esconder sua frustração.
– Pronto, pronto, acabei! Desculpe ter demorando tanto pra comer! – disse Taiki, tentando parecer engraçado, para evitar o constrangimento da garota. – Certo, vamos para o meu quarto. – disse Taiki, agarrando a garota por um dos braços, quase que a arrastando.
Após um comentários destes, seguido de uma ação inesperada como esta, era quase que impossível para Ayaka não pensar em segundas intenções por parte do rapaz, seu rosto se avermelhara como se fosse um pimentão, travou os pés no chão e encarou o garoto com uma expressão que misturava surpresa com raiva e então o empurrou com uma força um tanto que controlada, parte dela talvez percebera que aquilo não passava de um mal entendido.
– Como assim vamos para o seu quarto? Não vá pensando que eu sou esse tipo de pessoa! – disse a garota.
– Do que está falando? – perguntou Taiki, sem saber o motivo do espanto de Ayaka. – Eu quero te mostrar uma coisa, só isso. – disse. – O que você achou que eu ia fazer? – perguntou.
– Nada! – exclamou. – Vamos para o seu quarto, é virando o corredor ali, não é?
– Isso mesmo. Hehe, para quem veio aqui apenas uma vez até que se lembrou depressa. – descontraiu.
Chegando naquele quarto, ainda bagunçado devido a recente mudança do rapaz, os adolescentes continuam a conversar sobre assuntos aleatórios, com bastante serenidade, até que o rapaz decide abrir a porta de uma estante que estava de frente para sua cama, a caixa não era muito maior que a caixa de um sapato, assim que abriu mostrou o que havia em seu interior. Coisas de bebê, uma folha de papel onde estava escrita uma canção de ninar com a letra de sua mãe, ali também estavam algumas joias e pertences favoritos da mesma. Ayaka sorriu imediatamente ao perceber do que se tratava, o garoto guardava com afinco todas as lembranças de sua mãe, mesmo que poucas, elas possuem um valor incalculável. Aquele momento parecia durar para sempre, era provavelmente a primeira vez que ele se abria desta maneira para alguém, estava nervoso, ao mesmo tempo que contente por ter alguém em que ele pudesse confiar. Os dois conversavam um pouco mais, logo percebera que já estava tarde. O garoto então se oferece para levá-la até sua casa. Feito isso, se despediu e rumou novamente para o apartamento onde está alocado, chegando lá encontrou com ninguém menos que seu pai, Hakuryuu Kouga.
– Agora que levou a namoradinha para casa finalmente poderemos conversar. – disse o homem, com um orgulho estampado em seu olhar.
– Não diga besteiras... – respondeu envergonhado. – O que o senhor quer agora? Imaginei que já estivesse de saída... – respondeu, ainda chateado com seu pai, que havia praticamente o vendido para Konoha.
– Você quer ficar mais forte, não é? – perguntou. – Eu vi claramente nos seus olhos, quando você afirmou que venceria o rapaz que deixou seu amigo... Com um ponto de vista mais singular.
– Acho que ele falaria dessa mesma forma... – imaginou a expressão de Masaru rindo de si próprio naquele momento. – Mesmo assim não é como se eu estivesse com raiva... O Masaru não parece muito abalado, eu só não acho certo...
– Porque? –retrucou Kouga. – Prefere que ele se sinta mal por estar cego de um olho? Shinobis precisam se adaptar ao mundo em que vivem e as situações que lhes são impostas... Pra isso serve o exame chuunin.
– Não é isso! – aumentou o tom, ligeiramente alterado. – Como pode alguém da mesma vila... Um antigo companheiro de turma fazer algo tão cruel? – perguntou.
– Foi um ataque infeliz... Para ser sincero eu duvido muito que o rapaz teve a intenção de cegar o seu companheiro... Mas não aja com tanta hipocrisia, Taiki. Você que levantou sua lâmina contra aquela garota em combate, mesmo que estivesse debilitado, ainda assim não fez mais do que o seu dever, assim como o outro rapaz. – explicou Kouga.
Enquanto ouvia aquele sermão o rapaz estava totalmente estático, não movia um único membro, apesar de estar se segurando e muito para contestar. Mesmo achando que seu pai estava certo, ele se esforçava muito em achar que o que pensava também estava certo, entrando assim em um conflito contra si próprio, como se houvesse uma consciência boa e outra ruim, cada uma delas lhe mostrava um caminho para seguir. Repleto de dúvidas sobre sua própria resposta, o rapaz escolhe uma terceira opção, trilharia seu próprio caminho em prol de descobrir uma resposta que saciasse suas dúvidas.
– Vou pensar melhor no assunto... E então, vou trilhar o meu próprio caminho, até a resposta. – disse o filho, com aquele olhar destemido estampado em seus olhos.
– Muito bem, nesse caso volte comigo! – disse Kouga. – Você terá cerca de um mês para treinar e se preparar para as rodadas decisivas do torneio, não é? Então vamos até o Monte Koketsu!
– Monte Koketsu? – perguntou com espanto. – É um lugar sagrado para o povo do nosso clã... Você é o único que possui aprovação para entrar naquele lugar.
– Exato... Com exceção as raras ocasiões em que os jovens de nosso clã são testados, ainda na infância... A entrada é totalmente proibida para outros fins... Entretanto, a parte que iremos visitar é ainda mais especial do que a montanha em si. Um lugar especial onde as quatro estações se juntam em um só lugar... Formando um plano aparte deste mundo, uma outra dimensão.
– Mas por que você iria querer me levar até este lugar? – perguntou.
– Para expandir seus horizontes... O mundo que você conhece não é nada... Naquele lugar você se tornará muito mais forte do que agora, mas para isso terá que conseguir o respeito dos seres que vivem naquele lugar... Criaturas orgulhosas, destemidas e poderosas... Não será tarefa fácil! Afinal, nem mesmo o povo de nosso clã que possui conhecimento desse lugar sabe o que é ser respeitado por tais entidades. – pausou. – E então, Taiki? Está disposto a sair comigo nesta viagem de aprendizado? Se você passar neste teste, eu te darei algo muito especial, uma coisa que pertenceu à sua mãe e que eu guardo até os dias de hoje como o meu tesouro mais valioso!
– Parece não me deixar com outra escolha... Mas vai ter que me ensinar um novo jutsu, como pagamento por ter me vendido! – respondeu.
– Gwaha! – gargalhou. – Sabia que isso não seria tão fácil... Como quiser então, vá pegar o que precisa que estarei te esperando aqui. – disse o pai.
Kouga mantinha uma postura firme e carismática, assistindo seu filho subir até o apartamento para pegar as suas coisas, entretanto não passava de um disfarce para que o garoto não desconfiasse do que parecia estar acontecendo. O homem caminhou cerca de três passos para frente, olhou os arredores, não parecia haver nada por ali, nada que talvez uma pessoa comum não fosse capaz de ver.
– Por quanto tempo ainda pretende ficar escondido... Danzou! – perguntou Kouga, mudando sua expressão para algo mais intimidador e sombrio.
Uma silhueta distorcida emergia das sombras, caminhava vagarosamente, era possível escutar além dos passos o som daquela bengala batendo no chão com o aproximar da figura. Com boa parte do corpo coberto por ataduras, um dos braços totalmente enfaixado, o homem de bengala e cabelos pretos não era ninguém menos que Shimura Danzou, que além de ser membro do conselho de Konoha é um grande rival do atual hokage, Sarutobi Hiruzen.
– Hakuryuu Kouga... Suas habilidades de sensoriamento vão além das minhas expectativas. – disse o velho, com aquele tom provocativo.
– Não é do seu feitio desviar do assunto, Danzou. – respondeu. – Porque está vigiando o meu filho? – perguntou.
– Porque eu não deveria estar o vigiando... Creio que esta seria a pergunta a ser feita, é importante para Konoha ficar de olhos atentos quanto ao Sharingan... Afinal os Uchiha já nos traíram mais de uma vez. – disse, com tom de ameaça.
– Pode deixar, que de meu filho cuido eu. Agora me diga, Danzou. Quantos de seus homens estão nos observando neste momento?
– Agora é você quem está desviando do assunto, Kouga. – disse. – Não vou permitir que leve o garoto, não depois de todo o trabalho que foi trazê-lo. – ameaçou.
– Como eu imaginei... Então você que estava por trás disto... Não acredite que duvidei do Hokage-sama... – pausou. – Eu não dou a mínima para um homem como você, que vive nas sombras! Se ficar em meu caminho, terei que simplesmente ir adiante e passar por cima de você.
– Você sempre foi muito ingênuo, Kouga... Acha mesmo que manterá esta criança a salvo, mesmo depois do que aconteceu com a mãe? Ele carrega o destino de ódio dos Uchiha em suas veias, chegará a hora em que ele será possuído por esse poder e se tornará apenas outro traidor. Isso geralmente não acontece, com aqueles que possuem o sharingan transplantado.
No instante em que Danzou disse tais palavras, Kouga tentou se conter o máximo que pode, o homem cerrou os punhos de forma tão intensa ao ponto de fazê-los sangrarem, quando as primeiras gotas de seu sangue tocam o solo o homem investe contra o idoso com força e velocidade incomparáveis, desferindo um poderoso soco de direita no abdômen de Danzou, que sequer conseguira se proteger do ataque de alguma forma. O velho foi lançado metros a frente, com um ferimento gravíssimo em seu peito que havia sido literalmente penetrado pelo punho do pai enfurecido, a ferida começara a congelar de imediato, e aquele vapor gélido emergira das mãos do homem, que fitava em seu rosto uma expressão de repúdio pelo homem. Sem sequer perceber, já estava cercado por ninjas mascarados, eram homens de Danzou, preparados para vingá-lo, até que retornando diretamente do mundo dos mortos, o velho surge novamente, completamente ileso, suas feridas haviam desaparecido como em um passe de mágica.
– Esperem. – disse aos homens. – Não tem porque nos livrarmos deste homem agora... É possível que com essa força ele possa eliminar algumas pedras em nosso caminho. Ouviu, Kouga? Estarei deixando você levar o garoto, para que possam nos ser úteis de alguma forma, – disse Danzou.
– "Como é possível ele estar ileso... Genjutsu? Eu senti claramente... Meu punho entrou em sua cavidade torácica, deveria tê-lo arrebentado, mas é como se nada tivesse acontecido, inclusive sua roupa está completamente inalterada." – pensava Kouga, sem respostas para a solução. – Maldito... Parece que andou fazendo coisas por conta própria, não é mesmo? Não sei que tipo de técnica usou, mas não pense que é mais forte apenas por estar em maior número. – disse confiante.
Danzou sorriu sarcasticamente, e tão repentinamente quanto surgiu, se fora, levando consigo seus homens mascarados. Não haveria sequer tempo para suspirar, uma vez que Taiki descia as escadas do apartamento correndo, carregando nas costas uma mochila com sua bagagem, pronto para a jornada que teria ao seu lado.
– Pronto! Está tudo aqui pai, podemos ir? – perguntou o garoto empolgado.
– Mas é claro...! – respondeu, disfarçando todo o acontecido. – Ei, o que acha de chamarmos aquela garota pra ir junto? Aposto que posso te dar umas dicas para se aproximar dela! – descontraiu.
– Para com isso seu velho asqueroso! Já disse que não tem nada entre a gente! – negou Taiki, claramente constrangido.
CONTINUA...
Uma razão para viver. Um mundo dentro de outro!
Com sua casa bem bagunçada naquela manhã ensolarada, Taiki se prepara para tomar seu café da manhã, ainda de pijama que consiste em um short curto e uma camisa de mangas também curtas. Acabara de despejar leite sobre sua tigela de cereal, ainda sonolento, quando escuta alguém tocando a campainha de sua casa, dirigiu-se até lá ainda limpando os olhos, assim que abriu viu que tratava-se de Ayaka.
– Ayaka? – perguntou espantado. – O que faz aqui tão cedo?
– Não tem vergonha, sequer está vestido ainda. – disse de implicância. – Não vai me convidar pra entrar? Precisamos conversar...
– Bom dia para você também... – disse Taiki, abrindo espaço para que Ayaka pudesse passar. – Nem pense em reclamar da bagunça, não esqueça que eu moro sozinho aqui.
– Agora que tocou no assunto... Me lembro que assim que você se mudou eu vim aqui uma vez... E te ajudei a arrumar as coisas, parece que bagunçou tudo de novo.
Enquanto Ayaka disparava-se a tagarelar, Taiki apenas encarava a garota nos olhos, cruzando ambos os braços e batendo um dos pés no chão, de forma que fizesse a garota perceber que estava sendo chata e repetitiva.
– Aceita um cereal? – perguntou Taiki, voltando para a mesa.
– Não obrigado...
– Então tá, bom, mas eu vou comer então vai me contando o motivo da sua visita.
– Ah... Eu queria saber se você sabe alguma coisa sobre aquele "cara de múmia"... – pausou. – A luta contra o Chouji foi a segunda vez que ele mostrou suas habilidades em público para gente... Não sei se posso conseguir vencer ele em uma luta corporal, aquela ferramenta vai acabar comigo se eu chegar perto dele.
– Entendo... O tal Dosu, não é mesmo? – disse, enquanto mastigava. – Bom, aquela coisa danifica os seus ouvidos pela vibração, e consegue até mesmo vibrar através da água do seu corpo, então não tem como evitar, só por tapas os ouvidos. Para ser franco, eu não sei se é possível impedir isso de acontecer, o jeito seria manter a distância. – explicou. – Melhor você focar em ninjutsu e melhorar sua mobilidade, existe alguma técnica dos Hyuugas que possa ser usada de longa distância?
– Eu sou da ramificação secundária do clã... As melhoras técnicas são ensinadas apenas para a ramificação principal... A verdade é que o próprio Hakkeshou Kaiten é uma técnica que eu não deveria ter conhecimento, aprendi treinando com o Neji-nii... – explicou a garota, um tanto que nervosa.
– Neji? Então como ele soube essa técnica, sendo que ele também é da família secundária?
– Ele por obrigação ajuda nos treinamentos da Hanabi-sama, e por algum tempo também treinava com a Hinata-sama. Deve ter visto nosso tio utilizando algumas destas técnicas, ele é um tipo de gênio desses que não são vistos sempre.
– Eu sei que ele é seu irmão... Mas ele não me pareceu ser um tipo legal de pessoa... Tratando a Hinata daquela forma... – lamentou-se.
– Você não sabe de nada... – disse, tentando esconder sua frustração.
– Pronto, pronto, acabei! Desculpe ter demorando tanto pra comer! – disse Taiki, tentando parecer engraçado, para evitar o constrangimento da garota. – Certo, vamos para o meu quarto. – disse Taiki, agarrando a garota por um dos braços, quase que a arrastando.
Após um comentários destes, seguido de uma ação inesperada como esta, era quase que impossível para Ayaka não pensar em segundas intenções por parte do rapaz, seu rosto se avermelhara como se fosse um pimentão, travou os pés no chão e encarou o garoto com uma expressão que misturava surpresa com raiva e então o empurrou com uma força um tanto que controlada, parte dela talvez percebera que aquilo não passava de um mal entendido.
– Como assim vamos para o seu quarto? Não vá pensando que eu sou esse tipo de pessoa! – disse a garota.
– Do que está falando? – perguntou Taiki, sem saber o motivo do espanto de Ayaka. – Eu quero te mostrar uma coisa, só isso. – disse. – O que você achou que eu ia fazer? – perguntou.
– Nada! – exclamou. – Vamos para o seu quarto, é virando o corredor ali, não é?
– Isso mesmo. Hehe, para quem veio aqui apenas uma vez até que se lembrou depressa. – descontraiu.
Chegando naquele quarto, ainda bagunçado devido a recente mudança do rapaz, os adolescentes continuam a conversar sobre assuntos aleatórios, com bastante serenidade, até que o rapaz decide abrir a porta de uma estante que estava de frente para sua cama, a caixa não era muito maior que a caixa de um sapato, assim que abriu mostrou o que havia em seu interior. Coisas de bebê, uma folha de papel onde estava escrita uma canção de ninar com a letra de sua mãe, ali também estavam algumas joias e pertences favoritos da mesma. Ayaka sorriu imediatamente ao perceber do que se tratava, o garoto guardava com afinco todas as lembranças de sua mãe, mesmo que poucas, elas possuem um valor incalculável. Aquele momento parecia durar para sempre, era provavelmente a primeira vez que ele se abria desta maneira para alguém, estava nervoso, ao mesmo tempo que contente por ter alguém em que ele pudesse confiar. Os dois conversavam um pouco mais, logo percebera que já estava tarde. O garoto então se oferece para levá-la até sua casa. Feito isso, se despediu e rumou novamente para o apartamento onde está alocado, chegando lá encontrou com ninguém menos que seu pai, Hakuryuu Kouga.
– Agora que levou a namoradinha para casa finalmente poderemos conversar. – disse o homem, com um orgulho estampado em seu olhar.
– Não diga besteiras... – respondeu envergonhado. – O que o senhor quer agora? Imaginei que já estivesse de saída... – respondeu, ainda chateado com seu pai, que havia praticamente o vendido para Konoha.
– Você quer ficar mais forte, não é? – perguntou. – Eu vi claramente nos seus olhos, quando você afirmou que venceria o rapaz que deixou seu amigo... Com um ponto de vista mais singular.
– Acho que ele falaria dessa mesma forma... – imaginou a expressão de Masaru rindo de si próprio naquele momento. – Mesmo assim não é como se eu estivesse com raiva... O Masaru não parece muito abalado, eu só não acho certo...
– Porque? –retrucou Kouga. – Prefere que ele se sinta mal por estar cego de um olho? Shinobis precisam se adaptar ao mundo em que vivem e as situações que lhes são impostas... Pra isso serve o exame chuunin.
– Não é isso! – aumentou o tom, ligeiramente alterado. – Como pode alguém da mesma vila... Um antigo companheiro de turma fazer algo tão cruel? – perguntou.
– Foi um ataque infeliz... Para ser sincero eu duvido muito que o rapaz teve a intenção de cegar o seu companheiro... Mas não aja com tanta hipocrisia, Taiki. Você que levantou sua lâmina contra aquela garota em combate, mesmo que estivesse debilitado, ainda assim não fez mais do que o seu dever, assim como o outro rapaz. – explicou Kouga.
Enquanto ouvia aquele sermão o rapaz estava totalmente estático, não movia um único membro, apesar de estar se segurando e muito para contestar. Mesmo achando que seu pai estava certo, ele se esforçava muito em achar que o que pensava também estava certo, entrando assim em um conflito contra si próprio, como se houvesse uma consciência boa e outra ruim, cada uma delas lhe mostrava um caminho para seguir. Repleto de dúvidas sobre sua própria resposta, o rapaz escolhe uma terceira opção, trilharia seu próprio caminho em prol de descobrir uma resposta que saciasse suas dúvidas.
– Vou pensar melhor no assunto... E então, vou trilhar o meu próprio caminho, até a resposta. – disse o filho, com aquele olhar destemido estampado em seus olhos.
– Muito bem, nesse caso volte comigo! – disse Kouga. – Você terá cerca de um mês para treinar e se preparar para as rodadas decisivas do torneio, não é? Então vamos até o Monte Koketsu!
– Monte Koketsu? – perguntou com espanto. – É um lugar sagrado para o povo do nosso clã... Você é o único que possui aprovação para entrar naquele lugar.
– Exato... Com exceção as raras ocasiões em que os jovens de nosso clã são testados, ainda na infância... A entrada é totalmente proibida para outros fins... Entretanto, a parte que iremos visitar é ainda mais especial do que a montanha em si. Um lugar especial onde as quatro estações se juntam em um só lugar... Formando um plano aparte deste mundo, uma outra dimensão.
– Mas por que você iria querer me levar até este lugar? – perguntou.
– Para expandir seus horizontes... O mundo que você conhece não é nada... Naquele lugar você se tornará muito mais forte do que agora, mas para isso terá que conseguir o respeito dos seres que vivem naquele lugar... Criaturas orgulhosas, destemidas e poderosas... Não será tarefa fácil! Afinal, nem mesmo o povo de nosso clã que possui conhecimento desse lugar sabe o que é ser respeitado por tais entidades. – pausou. – E então, Taiki? Está disposto a sair comigo nesta viagem de aprendizado? Se você passar neste teste, eu te darei algo muito especial, uma coisa que pertenceu à sua mãe e que eu guardo até os dias de hoje como o meu tesouro mais valioso!
– Parece não me deixar com outra escolha... Mas vai ter que me ensinar um novo jutsu, como pagamento por ter me vendido! – respondeu.
– Gwaha! – gargalhou. – Sabia que isso não seria tão fácil... Como quiser então, vá pegar o que precisa que estarei te esperando aqui. – disse o pai.
Kouga mantinha uma postura firme e carismática, assistindo seu filho subir até o apartamento para pegar as suas coisas, entretanto não passava de um disfarce para que o garoto não desconfiasse do que parecia estar acontecendo. O homem caminhou cerca de três passos para frente, olhou os arredores, não parecia haver nada por ali, nada que talvez uma pessoa comum não fosse capaz de ver.
– Por quanto tempo ainda pretende ficar escondido... Danzou! – perguntou Kouga, mudando sua expressão para algo mais intimidador e sombrio.
Uma silhueta distorcida emergia das sombras, caminhava vagarosamente, era possível escutar além dos passos o som daquela bengala batendo no chão com o aproximar da figura. Com boa parte do corpo coberto por ataduras, um dos braços totalmente enfaixado, o homem de bengala e cabelos pretos não era ninguém menos que Shimura Danzou, que além de ser membro do conselho de Konoha é um grande rival do atual hokage, Sarutobi Hiruzen.
– Hakuryuu Kouga... Suas habilidades de sensoriamento vão além das minhas expectativas. – disse o velho, com aquele tom provocativo.
– Não é do seu feitio desviar do assunto, Danzou. – respondeu. – Porque está vigiando o meu filho? – perguntou.
– Porque eu não deveria estar o vigiando... Creio que esta seria a pergunta a ser feita, é importante para Konoha ficar de olhos atentos quanto ao Sharingan... Afinal os Uchiha já nos traíram mais de uma vez. – disse, com tom de ameaça.
– Pode deixar, que de meu filho cuido eu. Agora me diga, Danzou. Quantos de seus homens estão nos observando neste momento?
– Agora é você quem está desviando do assunto, Kouga. – disse. – Não vou permitir que leve o garoto, não depois de todo o trabalho que foi trazê-lo. – ameaçou.
– Como eu imaginei... Então você que estava por trás disto... Não acredite que duvidei do Hokage-sama... – pausou. – Eu não dou a mínima para um homem como você, que vive nas sombras! Se ficar em meu caminho, terei que simplesmente ir adiante e passar por cima de você.
– Você sempre foi muito ingênuo, Kouga... Acha mesmo que manterá esta criança a salvo, mesmo depois do que aconteceu com a mãe? Ele carrega o destino de ódio dos Uchiha em suas veias, chegará a hora em que ele será possuído por esse poder e se tornará apenas outro traidor. Isso geralmente não acontece, com aqueles que possuem o sharingan transplantado.
No instante em que Danzou disse tais palavras, Kouga tentou se conter o máximo que pode, o homem cerrou os punhos de forma tão intensa ao ponto de fazê-los sangrarem, quando as primeiras gotas de seu sangue tocam o solo o homem investe contra o idoso com força e velocidade incomparáveis, desferindo um poderoso soco de direita no abdômen de Danzou, que sequer conseguira se proteger do ataque de alguma forma. O velho foi lançado metros a frente, com um ferimento gravíssimo em seu peito que havia sido literalmente penetrado pelo punho do pai enfurecido, a ferida começara a congelar de imediato, e aquele vapor gélido emergira das mãos do homem, que fitava em seu rosto uma expressão de repúdio pelo homem. Sem sequer perceber, já estava cercado por ninjas mascarados, eram homens de Danzou, preparados para vingá-lo, até que retornando diretamente do mundo dos mortos, o velho surge novamente, completamente ileso, suas feridas haviam desaparecido como em um passe de mágica.
– Esperem. – disse aos homens. – Não tem porque nos livrarmos deste homem agora... É possível que com essa força ele possa eliminar algumas pedras em nosso caminho. Ouviu, Kouga? Estarei deixando você levar o garoto, para que possam nos ser úteis de alguma forma, – disse Danzou.
– "Como é possível ele estar ileso... Genjutsu? Eu senti claramente... Meu punho entrou em sua cavidade torácica, deveria tê-lo arrebentado, mas é como se nada tivesse acontecido, inclusive sua roupa está completamente inalterada." – pensava Kouga, sem respostas para a solução. – Maldito... Parece que andou fazendo coisas por conta própria, não é mesmo? Não sei que tipo de técnica usou, mas não pense que é mais forte apenas por estar em maior número. – disse confiante.
Danzou sorriu sarcasticamente, e tão repentinamente quanto surgiu, se fora, levando consigo seus homens mascarados. Não haveria sequer tempo para suspirar, uma vez que Taiki descia as escadas do apartamento correndo, carregando nas costas uma mochila com sua bagagem, pronto para a jornada que teria ao seu lado.
– Pronto! Está tudo aqui pai, podemos ir? – perguntou o garoto empolgado.
– Mas é claro...! – respondeu, disfarçando todo o acontecido. – Ei, o que acha de chamarmos aquela garota pra ir junto? Aposto que posso te dar umas dicas para se aproximar dela! – descontraiu.
– Para com isso seu velho asqueroso! Já disse que não tem nada entre a gente! – negou Taiki, claramente constrangido.
CONTINUA...
Uma razão para viver. Um mundo dentro de outro!
- Notas:
- Bom, capítulo um pouco abaixo do tamanho normal, os próximos dois capítulos também serão, pois preferi dividir estes acontecimentos em capítulos separados, o que acabou compactando tudo, mas prometo que os próximos voltarão a ter a média normal. Agradeço a todos pela leitura.
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Leia!
Fanfic: Naruto: Another Story
Fanfic: Bleach - Bound of Souls
Fanfic: Digimon - 7 Deadly Sins
Fanfic: Hunter x Hunter: The Last Hope
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Re: Naruto: Another Story
CAPÍTULO 25
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Uma Razão para viver. Um mundo dentro de outro.
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Uma Razão para viver. Um mundo dentro de outro.
Opening 03 - Rewrite
Pai e filho caminham em meio aquele nevoeiro sob aquela bela alvorada, os primeiros raios de sol atravessavam as nuvens ainda de forma tímida, mas o suficiente para que aquele jovem destemido, que acompanhava o homem de meia idade tivesse vontade de parar por alguns instantes para admirar aquela bela paisagem que se formava em meio aquele vale rodeado com uma neblina tão fina quanto a menor das nuvens naquele céu. O mais velho o observou de longe, sem esboçar uma única palavra, o que sentia era um respeito profundo pela admiração que o filho tinha para com a natureza que lhe rodeava.
– (“Sendo você... Vai dar tudo certo. A partir daqui o treino realmente começa, e chegará o momento em que eu irei passar o bastão para você.”)
Um intervalo de dois dias logo passou, porém, este tempo não estava de todo perdido, diante daqueles olhos que ainda tinham muito o que ver, a grande montanha, chamada de Monte Koketsu ocupava todo o seu horizonte. Taiki caminhou para a rota que levaria para o vilarejo, que ficava aos pés da montanha, porém Kouga o interrompeu, puxando-o pelo braço.
– Esse é o caminho normal, não está interessado em algo que esteja mais além da imaginação? – perguntou, sugerindo uma outra alternativa.
– E por acaso existe outro caminho? – perguntou Taiki.
– Não para o vilarejo, afinal estamos indo para outro lugar, apenas continue me seguindo.
O garoto assentiu e logo continuaram a rumar pela alternativa sugerida pelo pai, uma densa floresta lhes aguardava, a mesma era muito rochosa e inclinada, de difícil locomoção, porém nada que fosse um desafio para shinobis. Havia uma bela cachoeira por aqueles arredores, e por detrás dela escondia uma gruta, que parecia ser o alvo da expedição, assim que chegaram na entrada o mais velho parou, colocou sua mão direita na cabeça do jovem e discursou:
– Daqui em diante você avança por conta própria, não vou atrapalhar o seu momento com aqueles que residem do outro lado. Voltarei em duas semanas, espero que esteja bem treinado.
– Como assim, não iria treinar comigo? – perguntou, fazendo birra.
– Haha! Do jeito que você está agora, realmente acha que seria um adversário descente de treino para mim? – gabou-se. – Você vai descobrir em breve, quando encontrar com “eles”. Até mais. – despediu-se com um Shunshin no Jutsu.
– Eles...? – perguntava Taiki, encarando aquela caverna com certo receio.
Repleto de dúvidas, o garoto entrou gruta à dentro, destemido e, ao mesmo que curioso, para saber o que ou quem residia do outro lado da passagem. A caverna em questão não parecia ser muito diferente das demais, era fria, úmida, repleta de pedras, estalactites e estalagmites, como o esperado, e claro morcegos, muitos delae, apesar de que não demonstravam nenhum tipo de hostilidade. Não levou muito até que uma luz de cegar os olhos surgia em meio àquela escuridão. O garoto tomado pelo impulso chamado instinto, correu em disparada, chegando no local onde se deparou com um precipício, o fim da caverna terminava em uma grande parede rochosa em meio a um vale gigantesco, entretendo... A paisagem era surreal, beirava o inacreditável. Aquele vale parecia ser dividido entre as quatro estações, em uma grande área circular parte era coberta de branco, outra era florida, uma outra era um pouco seca, repleta de folhas marrons e uma outra onde belas cachoeiras formam aquele tom de veraneio. Olhando para cima o garoto via o céu, mas não sabia dizer se era o mesmo céu de poucos minutos atrás, era como se de alguma forma estivesse em um mundo totalmente diferente. Taiki então mergulhou daquele paredão rochoso, após cair por dezenas de metros o jovem se recompôs em pleno ar, apoiou-se nas paredes rochosas e começou a correr para baixo, na vertical, concentrando um pouco de chakra na sola de seus pés, não levou muito tempo para que chegasse em terra firme mais uma vez. Levou algum tempo para explorar aquela área mais seca onde estava, ali haviam muitos animais selvagens, em boa parte pareciam felinos de grande porte, por isso todo cuidado parecia ser fundamental. Ao mesmo tempo o rapaz sentia uma incrível nostalgia, como se já tivesse caminhado por estas terras anteriormente. Um pouco cansado pela viagem, avistou uma árvore com uma grande sombra logo abaixo, ali também estava um amontoado de folhas secas, estas que servem como acolchoado.
Caminhando sobre duas pernas, um felino repleto de traços humanoides espreitava pela floresta de outono, talvez procurasse por uma presa. Em sua cauda branca e listrada de preto, um gizo que estava preso por um barbante emitia um som tranquilizante, criando um ambiente mais harmonioso por onde quer que passasse. O felino trajava calças de tonalidade vermelha, e uma armadura leve que deixava seus braços expostos, um par de ombreiras redondas, a esquerda possuindo o símbolo de yin-yang. Seus olhos eram de um belo tom de escarlate e sua pelagem superior lhe dava um belo “penteado”. O diferente ser farejava algo incomum por ali, seguiu seu faro e logo descobriu aquele humano deitado sobre a sombra de uma árvore. Por um breve instante seus olhos se arregalaram de espanto, mas logo em seguida seu corpo fora tomado pela curiosidade de saber quem era aquela pessoa e o que fazia ele deitado ali.
– Mas não pode ser! Um humano aqui? Quanto tempo faz desde que um deles apareceu por aqui... É como o prelúdio para uma guerra como daquela vez...
Timidamente, o tigre avançava lenta e insistentemente na direção do rapaz. Quando chegou em uma certa distância percebeu que o garoto utilizava o hitaiate da aldeia da folha, o que acabou lhe trazendo memórias antigas, de calamidade. Logo atrás do tigre bípede, um par de outros tigres, estes quadrúpedes e de colorações que mesclavam o verde e o amarelo se revelam.
– Devemos mata-lo, Kogenta-Dono? – perguntou o maior dos tigres.
– A presença de um humano é proibida neste plano... Há muito tempo eles trouxeram a calamidade para nossa terra, quase levando nossa antiga espécie a extinção... Sempre que um deles aparece algo terrível acontece. – disse a menor.
– É só um garoto... – respondeu o bípede denominado de Kogenta, com uma triste expressão.
– K-Kogenta-sama! – exclamou a tigresa, trêmula. – Se Rangetsu-sama descobrir pode acabar sobrando problemas para você.
– Você está certa... Aquele Rangetsu... Mas eu não sinto ameaça alguma nesse garoto, vou leva-lo para fora daqui, espero que respeitem a minha decisão. – respondeu o tigre.
Rodeado de tigres em observação, os olhos do garoto vagarosamente se abrem, à medida que seus braços se erguem e pernas são esticadas, em função de uma longa espreguiçada. Assim que se sentou o rapaz se impressiona com a cena, sua primeira impressão fora de medo, seguida por uma incessante curiosidade... Após ver aquilo, lembrou que uma vez fora salvo por um tigre quando se perdera nas montanhas.
– Tch... Agora isso pode acabar ficando complicado.
Disse Kogenta, quase como se tivesse sido um comando para os outros tigres, que imediatamente cercaram o garoto, enquanto o bípede se pôs à sua frente.
– Você fala... Peraí, você está de pé. – assustou-se
– Hunf... Mas é claro, não sou apenas um tigre ninja, sou um Shikigami! O que me faz ser muito E-S-P-E-C-I-A-L! – explanou, com bastante ênfase na parte final.
– Certo... Interessante, se me permite vou dar uma volta por aí. – disse o rapaz, tentando contornar a situação de forma a não mostrar fraqueza.
– Agora que você nos viu não tem mais volta. Você tem apenas duas opções: nos acompanhar até o ancião, para que ele decida seu destino, ou ser morto aqui e agora. – alertou. Acredite, não seria nada agradável para nós também... Mesmo que sejamos tigres, não somos o tipo de monstros como vocês humanos nos imaginam, matamos apenas para saciar nossa fome, e se me permite dizer, humanos não fazem parte de nosso cardápio.
– Palavra interessante essa, destino? Desculpa, mas não acredito nessa coisa, as decisões que fazem somos nós mesmos, o que acontece a seguir são as consequências... Aceitar que algo de bom ou ruim aconteceu porque já estava predestinado é o mesmo que deixar de viver! – (“Para ser honesto, não tenho bem um sonho ou algo que me faça ter mais vontade de viver, mas eu vivo justamente para descobrir aquilo que me fará seguir adiante!”)
– Gostei de você, humano. Mas isso não quer dizer que fará as coisas como deseja.
Percebendo hostilidade, Taiki rapidamente executa os selos necessários para um Shunshin no jutsu de máxima eficácia, porém é surpreendido por Kogenta que desaparece, reaparecendo seguidamente diante de seus olhos, a distância era mínima e o felino apontou as mãos para o rosto do garoto, suas garras retráteis eram ameaçadoras, e tateavam a face do garoto em tom de provocação.
– Escute aqui, você virá com a gente, e não fará nenhuma gracinha, sabe eu sou bem forte... Talvez nem aquele que vocês chamam de Hokage seria capaz de me vencer, talvez aquele macaco... Enkōō no Enma, sabe eu guardo bastante rancor daquele miserável que se veste com pele de tigre! – explicou Kogenta, ao mesmo tempo que com a intenção de intimidar o rapaz. Agora, venha logo. – mostrou o caminho.
Ignorando o fato de sequer saber de quem de fato era Enkōō no Enma, Taiki sentiu o enorme chakra do tigre branco, que muito provavelmente fora liberado de forma proposital... Percebendo a diferença de força entre eles, o garoto aceitou segui-lo, mas pensava em uma maneira de fuga, ao mesmo tempo que pensava naquilo que seu pai havia mencionado... “aqueles que residem do outro lado”. Provavelmente era uma alusão ao que estava acontecendo agora... Aquilo já podia ser parte do método especial de treinamento de seu pai, ao menos era uma das opções que o garoto pensava.
Por fim chegaram em um vilarejo, onde haviam várias pequenas cavernas, possivelmente tocas dos tigres que ali vivem. Estavam por todos os lados, diferentes tigres de espécies jamais vistas antes, grande maioria parecia ser do tipo que sabe ninjutsu, em outras palavras, invocações.
No mesmo vilarejo havia uma caverna bem maior que as demais, estava coberta com adornos dourados e entalhado nas rochas, na parte frontal da caverna o Kanji para a palavra “Sábio” era visível, ali haviam alguns guardas, e dentre eles o que mais se destacava era um tigre negro bípede, alto e com listras azuis, longos cabelos brancos e um olhar mal-encarado. Taiki caminhava ao lado de Ginba, Araiha e Kogenta, ambos se dirigiam para a caverna maior, porém o tigre negro se manifestou imediatamente, impedindo sua passagem.
– Porque trouxeram um humano até aqui? – disse o grande tigre negro em tom alto e claro. – Tirem-no daqui ou irei devorá-lo. – ameaçou mostrando seus dentes.
– Fica frio aí Rangetsu, levaremos ele até o grande sábio, ele tomará a decisão correta. – disse Kogenta impedindo o avanço de Rangetsu com um de seus braços.
– Kogenta... Como se atreve a me desafiar, eu o grande Rangetsu!
– Rangetsu-chan, está tudo bem. Deixe-os trazer a criança humana até mim. – disse uma voz que vinha do interior da caverna.
No momento em que o indomável tigre negro tornou a avançar contra o grupo, uma voz grave ao mesmo que confortante, ecoava do interior da caverna, acalmando os nervos do tigre, que então apenas olhou feio para o grupo, e os viu entrar na caverna. Cerrou seus punhos repletos de garras afiadas, e os seguiu de perto.
Ali no interior da caverna havia um grande salão, e bem no fundo estava bem escuro, mas dois grandes olhos brilhantes eram avistados em meio àquela escuridão.
– Já faz bastante tempo desde a última vez em que um humano tocou este solo sagrado... Quais ambições o trouxeram aqui, jovem humano? – perguntou novamente, aquela voz repleta de serenidade.
– Eu vim para treinar... O exame Chuunin se encaminha para sua fase final e me foi dito que este era um ótimo lugar para ficar mais forte. – disse Taiki, repleto de confiança.
– Hm... Mas isto não responde a minha pergunta. Quando me refiro a qual ambição o trouxe até aqui eu pergunto sobre um contexto maior... Porque o seu interesse em ficar mais forte? Meus olhos conseguem ver através da alma de qualquer indivíduo, para mim você já é um ser forte o suficiente... Porque esta ambição?
– (“Como assim...? Colocando as coisas dessa forma... Eu sempre me achei forte por ser filho de meu pai, mas na verdade existem muitas pessoas mais fortes por aí... Mas não é do meu desejo simplesmente superá-las... Uma ambição soa como um objetivo, uma razão para se fazer alguma coisa, no caso ser mais forte. Não consigo pensar em uma boa razão para isso... Vendo o estado atual do Masaru, seria bobagem dizer que tudo o que eu quero é dar o troco pelo que aconteceu com ele, nem mesmo o Masaru levou aquilo para o lado pessoal, porque eu deveria?”) – pensou
– Criança... Este lugar é a conexão entre o mundo físico e o espiritual, apenas corações sinceros e almas puras podem pisar neste solo sagrado. Se não consegue ser franco diante deste pequeno dilema, deve se retirar, evitando assim que algum de meus fiéis guardas faça algo imprudente. – disse novamente o sábio.
– Desculpe... Grande Sábio, não era de minha intenção ficar escondido, apenas não queria interromper. – desculpou-se Rangetsu, cerrando os punhos.
– E eu acredito em sua palavra, meu amigo. Assim como acredito no julgamento de Kogenta.
– Você está certo "Vovô-tigre", mas não é como se eu estivesse desviando do assunto aqui... A verdade é que eu sinto muita inveja dos meus amigos... Vejamos... Masaru é um idiota, mas ele se contenta com isso e tem lá seus momentos de genialidade, o que ele quer é apenas ter uma vida normal, se divertindo por aí como sempre faz, acho que é isso... Nunca conversamos o suficiente para ele falar sobre. A Ayaka... Pensando nisso eu nunca conversei com ela sobre esse tipo de coisa, também, mas ela sem dúvidas parece ter um objetivo e acho que boa parte disto envolve o irmão arrogante dela... Talvez ela queira tirar ele dessa fixação que ele tem com o destino. A Akane-sensei... Ela parece ter um objetivo... Mas acontece que ela é tímida demais para concretizá-lo. Acho que seria mais fácil se o Kakashi-sensei descobrisse? Enfim, eu não possuo um objetivo, acho que querer ser forte não é bom o bastante, então acho que lutar por um objetivo é o melhor que eu posso fazer no momento. – explicou Taiki, de coração aberto.
– Esta é sua resposta final? – perguntou a silhueta, aproximando-se.
– ("Naquele momento, Taiki se lembrou de uma frase dita por Uzumaki Naruto, durante as preliminares do exame Chuunin. Parecia ser o correto a dizer naquela situação.") – Sim, porque eu nunca volto atrás com a minha palavra. Esse é o meu jeito ninja de ser. – decidiu, com um sorriso estampado em seu rosto. – ("Nunca tive amigos, por isso minha personalidade talvez nunca tenha sido construída como um todo... Mas aqui e agora eu posso mudar o jeito como eu enxergo a mim mesmo... Parando pra pensar, o que será que os outros pensam de mim...?")
A sombra que se abrigava no fim da escura caverna, subitamente parou de se aproximar. Aquela presença assustadora agora se tornava em uma sensação quase que nostálgica, como se ali fosse sua casa.
– Kogenta, mostre para ele o estilo dos Byakkos do Monte Koketsu! – disse o ancião, antes de desaparecer nas profundezas da caverna.
– Ele não vai vir? – perguntou Taiki, curioso.
– Você é cem anos jovem demais para ter a honra de ter uma audiência com nosso ancião! Bwahaha! – gabou-se o tigre branco. – Venha, vou te mostrar as coisas por aqui novato, mas não se esqueça de que está sob a tutela do grande Kogenta-sama... Tente não me envergonhar, viu?
– Muito cuidado com que fará a partir daqui garoto... Um desvio e a espada do Rangetsu o cortará ao meio. – falou o tigre negro, indo embora.
– Ele parece forte... – suspirou Taiki.
– Ah... Rangetsu, assim como eu é diferente dos outros. Não viu nenhum outro bípede por aí, não é mesmo? Somos os últimos de uma extinta raça guerreira, não o culpe por ser orgulhoso, ele apenas não confia em humanos.
– (“Você também deve odiar os humanos, não é Kogenta...? Mas parece que sua curiosidade é maior que qualquer rancor, querer saber o motivo me faz ser um pouco como você?”) – pensou.
– Não viaja! – disse o tigre, estapeando o ombro do garoto. – Venha comigo, vou treiná-lo.
Junto de seu novo amigo, o tigre Kogenta. Taiki está prestes a iniciar um modelo de treinamento ao qual jamais havia visto antes. Kogenta o levou para um lugar afastado de onde estavam, havia um grande kaimon vermelho no topo de uma grande escadaria, passando por ele havia um pátio circular, onde iriam treinar em um combate físico, ao menos era a intenção do tigre.
– Antes de te apresentar o nosso estilo, preciso ver como você luta, pode vir com tudo o que tem, prometo não te machucar. – debochou.
– Não acha que está sendo muito otimista? – perguntou.
– Hm... Acho que está quase na hora do jantar... Acho que o treino pode esperar. – provocou o tigre.
– Tudo bem, tudo bem! Aí vou eu. – respondeu Taiki, apressado. – (“Ele fala sério... Mas porque eu não consigo sentir chakra vindo dele? Primeiro eu vou ataca-lo de frente e ver como ele se move para me bloquear.)
Assim que tocou o cabo de sua katana o rapaz logo ativou seu Sharingan, acrescentou uma pequena, mas suficiente quantidade de chakra em seus pés e acelerou contra o oponente, sacou sua lâmina e investiu mirando o pescoço do tigre. Kogenta executou um movimento simples e sereno, desviando completamente do ataque apenas movendo seu pescoço, em seguida segurou o braço de Taiki com uma de suas mãos e o encarou, com um sorriso repleto de sarcasmo. O garoto reagiu lhe acertando um chute, que foi facilmente impedido, o tigre então soltou o garoto em pleno ar, assumiu uma posição de combate e o atacou.
– Hissatsu: Kogetsukenbu!
O garoto foi golpeado com uma sequência de socos. Os punhos do atacante estavam imbuídos em um brilho branco e brilhante que em muito lembra a tonalidade da lua. O último ataque fora executado com uma de suas garras, fazendo com que parte da camisa do rapaz rasgasse, deixando a marca de sucessão de seu clã visível.
– Isso é tudo que pode fazer, criança do clã Hakuryuu? – gabou-se Kogenta. – Me pergunto se será mesmo digno de ser treinado pelo grande Kogenta-sama.
Taiki logo que recebeu o impacto do último ataque foi capaz de perceber que Kogenta controlou sua força, cada um daqueles precisos golpes era forte o suficiente para quebrar vários ossos de seu corpo, e aquele último ataque usando as garras, seria para aniquilar o adversário, já debilitado pelos golpes anteriores. Tateando o próprio peito com as mãos, para certificar-se de que não havia sido ferido, logo percebeu que aquela criatura, um tanto quanto imatura, na verdade se trata de um indivíduo com uma enorme experiência em combate.
– Kogenta-sama, eu peço desculpas pela minha imaturidade... – sentiu Taiki. – Não o respeitei da forma que devia, peço que não desista da ideia de me treinar, por favor! – argumentou o rapaz, com um brilho incomum em seu olhar.
– Ei, ei! Pare já com isso, está me deixando vermelho! – disse o tigre, encabulado. – Certo, mas acredito que por hoje isto foi o suficiente, começaremos pela manhã! – E mais uma coisa, vá se acostumando, nós gostamos de carne malpassada.
Próximo capítulo: Após treinar no monte Koketsu por duas semanas e meia, Taiki vai para a cidade a pedido de Kogenta para comprar suprimentos, quando encontra novamente com seu pai, que lhe desafia. Não perca o próximo capítulo de Naruto: Another Story! Um confronto entre pai e filho! A lâmina de dois nomes.
– (“Sendo você... Vai dar tudo certo. A partir daqui o treino realmente começa, e chegará o momento em que eu irei passar o bastão para você.”)
Um intervalo de dois dias logo passou, porém, este tempo não estava de todo perdido, diante daqueles olhos que ainda tinham muito o que ver, a grande montanha, chamada de Monte Koketsu ocupava todo o seu horizonte. Taiki caminhou para a rota que levaria para o vilarejo, que ficava aos pés da montanha, porém Kouga o interrompeu, puxando-o pelo braço.
– Esse é o caminho normal, não está interessado em algo que esteja mais além da imaginação? – perguntou, sugerindo uma outra alternativa.
– E por acaso existe outro caminho? – perguntou Taiki.
– Não para o vilarejo, afinal estamos indo para outro lugar, apenas continue me seguindo.
O garoto assentiu e logo continuaram a rumar pela alternativa sugerida pelo pai, uma densa floresta lhes aguardava, a mesma era muito rochosa e inclinada, de difícil locomoção, porém nada que fosse um desafio para shinobis. Havia uma bela cachoeira por aqueles arredores, e por detrás dela escondia uma gruta, que parecia ser o alvo da expedição, assim que chegaram na entrada o mais velho parou, colocou sua mão direita na cabeça do jovem e discursou:
– Daqui em diante você avança por conta própria, não vou atrapalhar o seu momento com aqueles que residem do outro lado. Voltarei em duas semanas, espero que esteja bem treinado.
– Como assim, não iria treinar comigo? – perguntou, fazendo birra.
– Haha! Do jeito que você está agora, realmente acha que seria um adversário descente de treino para mim? – gabou-se. – Você vai descobrir em breve, quando encontrar com “eles”. Até mais. – despediu-se com um Shunshin no Jutsu.
– Eles...? – perguntava Taiki, encarando aquela caverna com certo receio.
Repleto de dúvidas, o garoto entrou gruta à dentro, destemido e, ao mesmo que curioso, para saber o que ou quem residia do outro lado da passagem. A caverna em questão não parecia ser muito diferente das demais, era fria, úmida, repleta de pedras, estalactites e estalagmites, como o esperado, e claro morcegos, muitos delae, apesar de que não demonstravam nenhum tipo de hostilidade. Não levou muito até que uma luz de cegar os olhos surgia em meio àquela escuridão. O garoto tomado pelo impulso chamado instinto, correu em disparada, chegando no local onde se deparou com um precipício, o fim da caverna terminava em uma grande parede rochosa em meio a um vale gigantesco, entretendo... A paisagem era surreal, beirava o inacreditável. Aquele vale parecia ser dividido entre as quatro estações, em uma grande área circular parte era coberta de branco, outra era florida, uma outra era um pouco seca, repleta de folhas marrons e uma outra onde belas cachoeiras formam aquele tom de veraneio. Olhando para cima o garoto via o céu, mas não sabia dizer se era o mesmo céu de poucos minutos atrás, era como se de alguma forma estivesse em um mundo totalmente diferente. Taiki então mergulhou daquele paredão rochoso, após cair por dezenas de metros o jovem se recompôs em pleno ar, apoiou-se nas paredes rochosas e começou a correr para baixo, na vertical, concentrando um pouco de chakra na sola de seus pés, não levou muito tempo para que chegasse em terra firme mais uma vez. Levou algum tempo para explorar aquela área mais seca onde estava, ali haviam muitos animais selvagens, em boa parte pareciam felinos de grande porte, por isso todo cuidado parecia ser fundamental. Ao mesmo tempo o rapaz sentia uma incrível nostalgia, como se já tivesse caminhado por estas terras anteriormente. Um pouco cansado pela viagem, avistou uma árvore com uma grande sombra logo abaixo, ali também estava um amontoado de folhas secas, estas que servem como acolchoado.
Caminhando sobre duas pernas, um felino repleto de traços humanoides espreitava pela floresta de outono, talvez procurasse por uma presa. Em sua cauda branca e listrada de preto, um gizo que estava preso por um barbante emitia um som tranquilizante, criando um ambiente mais harmonioso por onde quer que passasse. O felino trajava calças de tonalidade vermelha, e uma armadura leve que deixava seus braços expostos, um par de ombreiras redondas, a esquerda possuindo o símbolo de yin-yang. Seus olhos eram de um belo tom de escarlate e sua pelagem superior lhe dava um belo “penteado”. O diferente ser farejava algo incomum por ali, seguiu seu faro e logo descobriu aquele humano deitado sobre a sombra de uma árvore. Por um breve instante seus olhos se arregalaram de espanto, mas logo em seguida seu corpo fora tomado pela curiosidade de saber quem era aquela pessoa e o que fazia ele deitado ali.
– Mas não pode ser! Um humano aqui? Quanto tempo faz desde que um deles apareceu por aqui... É como o prelúdio para uma guerra como daquela vez...
Timidamente, o tigre avançava lenta e insistentemente na direção do rapaz. Quando chegou em uma certa distância percebeu que o garoto utilizava o hitaiate da aldeia da folha, o que acabou lhe trazendo memórias antigas, de calamidade. Logo atrás do tigre bípede, um par de outros tigres, estes quadrúpedes e de colorações que mesclavam o verde e o amarelo se revelam.
– Devemos mata-lo, Kogenta-Dono? – perguntou o maior dos tigres.
– A presença de um humano é proibida neste plano... Há muito tempo eles trouxeram a calamidade para nossa terra, quase levando nossa antiga espécie a extinção... Sempre que um deles aparece algo terrível acontece. – disse a menor.
– É só um garoto... – respondeu o bípede denominado de Kogenta, com uma triste expressão.
– K-Kogenta-sama! – exclamou a tigresa, trêmula. – Se Rangetsu-sama descobrir pode acabar sobrando problemas para você.
– Você está certa... Aquele Rangetsu... Mas eu não sinto ameaça alguma nesse garoto, vou leva-lo para fora daqui, espero que respeitem a minha decisão. – respondeu o tigre.
Rodeado de tigres em observação, os olhos do garoto vagarosamente se abrem, à medida que seus braços se erguem e pernas são esticadas, em função de uma longa espreguiçada. Assim que se sentou o rapaz se impressiona com a cena, sua primeira impressão fora de medo, seguida por uma incessante curiosidade... Após ver aquilo, lembrou que uma vez fora salvo por um tigre quando se perdera nas montanhas.
– Tch... Agora isso pode acabar ficando complicado.
Disse Kogenta, quase como se tivesse sido um comando para os outros tigres, que imediatamente cercaram o garoto, enquanto o bípede se pôs à sua frente.
– Você fala... Peraí, você está de pé. – assustou-se
– Hunf... Mas é claro, não sou apenas um tigre ninja, sou um Shikigami! O que me faz ser muito E-S-P-E-C-I-A-L! – explanou, com bastante ênfase na parte final.
– Certo... Interessante, se me permite vou dar uma volta por aí. – disse o rapaz, tentando contornar a situação de forma a não mostrar fraqueza.
– Agora que você nos viu não tem mais volta. Você tem apenas duas opções: nos acompanhar até o ancião, para que ele decida seu destino, ou ser morto aqui e agora. – alertou. Acredite, não seria nada agradável para nós também... Mesmo que sejamos tigres, não somos o tipo de monstros como vocês humanos nos imaginam, matamos apenas para saciar nossa fome, e se me permite dizer, humanos não fazem parte de nosso cardápio.
– Palavra interessante essa, destino? Desculpa, mas não acredito nessa coisa, as decisões que fazem somos nós mesmos, o que acontece a seguir são as consequências... Aceitar que algo de bom ou ruim aconteceu porque já estava predestinado é o mesmo que deixar de viver! – (“Para ser honesto, não tenho bem um sonho ou algo que me faça ter mais vontade de viver, mas eu vivo justamente para descobrir aquilo que me fará seguir adiante!”)
– Gostei de você, humano. Mas isso não quer dizer que fará as coisas como deseja.
Percebendo hostilidade, Taiki rapidamente executa os selos necessários para um Shunshin no jutsu de máxima eficácia, porém é surpreendido por Kogenta que desaparece, reaparecendo seguidamente diante de seus olhos, a distância era mínima e o felino apontou as mãos para o rosto do garoto, suas garras retráteis eram ameaçadoras, e tateavam a face do garoto em tom de provocação.
– Escute aqui, você virá com a gente, e não fará nenhuma gracinha, sabe eu sou bem forte... Talvez nem aquele que vocês chamam de Hokage seria capaz de me vencer, talvez aquele macaco... Enkōō no Enma, sabe eu guardo bastante rancor daquele miserável que se veste com pele de tigre! – explicou Kogenta, ao mesmo tempo que com a intenção de intimidar o rapaz. Agora, venha logo. – mostrou o caminho.
Ignorando o fato de sequer saber de quem de fato era Enkōō no Enma, Taiki sentiu o enorme chakra do tigre branco, que muito provavelmente fora liberado de forma proposital... Percebendo a diferença de força entre eles, o garoto aceitou segui-lo, mas pensava em uma maneira de fuga, ao mesmo tempo que pensava naquilo que seu pai havia mencionado... “aqueles que residem do outro lado”. Provavelmente era uma alusão ao que estava acontecendo agora... Aquilo já podia ser parte do método especial de treinamento de seu pai, ao menos era uma das opções que o garoto pensava.
Por fim chegaram em um vilarejo, onde haviam várias pequenas cavernas, possivelmente tocas dos tigres que ali vivem. Estavam por todos os lados, diferentes tigres de espécies jamais vistas antes, grande maioria parecia ser do tipo que sabe ninjutsu, em outras palavras, invocações.
No mesmo vilarejo havia uma caverna bem maior que as demais, estava coberta com adornos dourados e entalhado nas rochas, na parte frontal da caverna o Kanji para a palavra “Sábio” era visível, ali haviam alguns guardas, e dentre eles o que mais se destacava era um tigre negro bípede, alto e com listras azuis, longos cabelos brancos e um olhar mal-encarado. Taiki caminhava ao lado de Ginba, Araiha e Kogenta, ambos se dirigiam para a caverna maior, porém o tigre negro se manifestou imediatamente, impedindo sua passagem.
– Porque trouxeram um humano até aqui? – disse o grande tigre negro em tom alto e claro. – Tirem-no daqui ou irei devorá-lo. – ameaçou mostrando seus dentes.
– Fica frio aí Rangetsu, levaremos ele até o grande sábio, ele tomará a decisão correta. – disse Kogenta impedindo o avanço de Rangetsu com um de seus braços.
– Kogenta... Como se atreve a me desafiar, eu o grande Rangetsu!
– Rangetsu-chan, está tudo bem. Deixe-os trazer a criança humana até mim. – disse uma voz que vinha do interior da caverna.
No momento em que o indomável tigre negro tornou a avançar contra o grupo, uma voz grave ao mesmo que confortante, ecoava do interior da caverna, acalmando os nervos do tigre, que então apenas olhou feio para o grupo, e os viu entrar na caverna. Cerrou seus punhos repletos de garras afiadas, e os seguiu de perto.
Ali no interior da caverna havia um grande salão, e bem no fundo estava bem escuro, mas dois grandes olhos brilhantes eram avistados em meio àquela escuridão.
– Já faz bastante tempo desde a última vez em que um humano tocou este solo sagrado... Quais ambições o trouxeram aqui, jovem humano? – perguntou novamente, aquela voz repleta de serenidade.
– Eu vim para treinar... O exame Chuunin se encaminha para sua fase final e me foi dito que este era um ótimo lugar para ficar mais forte. – disse Taiki, repleto de confiança.
– Hm... Mas isto não responde a minha pergunta. Quando me refiro a qual ambição o trouxe até aqui eu pergunto sobre um contexto maior... Porque o seu interesse em ficar mais forte? Meus olhos conseguem ver através da alma de qualquer indivíduo, para mim você já é um ser forte o suficiente... Porque esta ambição?
– (“Como assim...? Colocando as coisas dessa forma... Eu sempre me achei forte por ser filho de meu pai, mas na verdade existem muitas pessoas mais fortes por aí... Mas não é do meu desejo simplesmente superá-las... Uma ambição soa como um objetivo, uma razão para se fazer alguma coisa, no caso ser mais forte. Não consigo pensar em uma boa razão para isso... Vendo o estado atual do Masaru, seria bobagem dizer que tudo o que eu quero é dar o troco pelo que aconteceu com ele, nem mesmo o Masaru levou aquilo para o lado pessoal, porque eu deveria?”) – pensou
– Criança... Este lugar é a conexão entre o mundo físico e o espiritual, apenas corações sinceros e almas puras podem pisar neste solo sagrado. Se não consegue ser franco diante deste pequeno dilema, deve se retirar, evitando assim que algum de meus fiéis guardas faça algo imprudente. – disse novamente o sábio.
– Desculpe... Grande Sábio, não era de minha intenção ficar escondido, apenas não queria interromper. – desculpou-se Rangetsu, cerrando os punhos.
– E eu acredito em sua palavra, meu amigo. Assim como acredito no julgamento de Kogenta.
– Você está certo "Vovô-tigre", mas não é como se eu estivesse desviando do assunto aqui... A verdade é que eu sinto muita inveja dos meus amigos... Vejamos... Masaru é um idiota, mas ele se contenta com isso e tem lá seus momentos de genialidade, o que ele quer é apenas ter uma vida normal, se divertindo por aí como sempre faz, acho que é isso... Nunca conversamos o suficiente para ele falar sobre. A Ayaka... Pensando nisso eu nunca conversei com ela sobre esse tipo de coisa, também, mas ela sem dúvidas parece ter um objetivo e acho que boa parte disto envolve o irmão arrogante dela... Talvez ela queira tirar ele dessa fixação que ele tem com o destino. A Akane-sensei... Ela parece ter um objetivo... Mas acontece que ela é tímida demais para concretizá-lo. Acho que seria mais fácil se o Kakashi-sensei descobrisse? Enfim, eu não possuo um objetivo, acho que querer ser forte não é bom o bastante, então acho que lutar por um objetivo é o melhor que eu posso fazer no momento. – explicou Taiki, de coração aberto.
– Esta é sua resposta final? – perguntou a silhueta, aproximando-se.
– ("Naquele momento, Taiki se lembrou de uma frase dita por Uzumaki Naruto, durante as preliminares do exame Chuunin. Parecia ser o correto a dizer naquela situação.") – Sim, porque eu nunca volto atrás com a minha palavra. Esse é o meu jeito ninja de ser. – decidiu, com um sorriso estampado em seu rosto. – ("Nunca tive amigos, por isso minha personalidade talvez nunca tenha sido construída como um todo... Mas aqui e agora eu posso mudar o jeito como eu enxergo a mim mesmo... Parando pra pensar, o que será que os outros pensam de mim...?")
A sombra que se abrigava no fim da escura caverna, subitamente parou de se aproximar. Aquela presença assustadora agora se tornava em uma sensação quase que nostálgica, como se ali fosse sua casa.
– Kogenta, mostre para ele o estilo dos Byakkos do Monte Koketsu! – disse o ancião, antes de desaparecer nas profundezas da caverna.
– Ele não vai vir? – perguntou Taiki, curioso.
– Você é cem anos jovem demais para ter a honra de ter uma audiência com nosso ancião! Bwahaha! – gabou-se o tigre branco. – Venha, vou te mostrar as coisas por aqui novato, mas não se esqueça de que está sob a tutela do grande Kogenta-sama... Tente não me envergonhar, viu?
– Muito cuidado com que fará a partir daqui garoto... Um desvio e a espada do Rangetsu o cortará ao meio. – falou o tigre negro, indo embora.
– Ele parece forte... – suspirou Taiki.
– Ah... Rangetsu, assim como eu é diferente dos outros. Não viu nenhum outro bípede por aí, não é mesmo? Somos os últimos de uma extinta raça guerreira, não o culpe por ser orgulhoso, ele apenas não confia em humanos.
– (“Você também deve odiar os humanos, não é Kogenta...? Mas parece que sua curiosidade é maior que qualquer rancor, querer saber o motivo me faz ser um pouco como você?”) – pensou.
– Não viaja! – disse o tigre, estapeando o ombro do garoto. – Venha comigo, vou treiná-lo.
Junto de seu novo amigo, o tigre Kogenta. Taiki está prestes a iniciar um modelo de treinamento ao qual jamais havia visto antes. Kogenta o levou para um lugar afastado de onde estavam, havia um grande kaimon vermelho no topo de uma grande escadaria, passando por ele havia um pátio circular, onde iriam treinar em um combate físico, ao menos era a intenção do tigre.
– Antes de te apresentar o nosso estilo, preciso ver como você luta, pode vir com tudo o que tem, prometo não te machucar. – debochou.
– Não acha que está sendo muito otimista? – perguntou.
– Hm... Acho que está quase na hora do jantar... Acho que o treino pode esperar. – provocou o tigre.
– Tudo bem, tudo bem! Aí vou eu. – respondeu Taiki, apressado. – (“Ele fala sério... Mas porque eu não consigo sentir chakra vindo dele? Primeiro eu vou ataca-lo de frente e ver como ele se move para me bloquear.)
Assim que tocou o cabo de sua katana o rapaz logo ativou seu Sharingan, acrescentou uma pequena, mas suficiente quantidade de chakra em seus pés e acelerou contra o oponente, sacou sua lâmina e investiu mirando o pescoço do tigre. Kogenta executou um movimento simples e sereno, desviando completamente do ataque apenas movendo seu pescoço, em seguida segurou o braço de Taiki com uma de suas mãos e o encarou, com um sorriso repleto de sarcasmo. O garoto reagiu lhe acertando um chute, que foi facilmente impedido, o tigre então soltou o garoto em pleno ar, assumiu uma posição de combate e o atacou.
– Hissatsu: Kogetsukenbu!
O garoto foi golpeado com uma sequência de socos. Os punhos do atacante estavam imbuídos em um brilho branco e brilhante que em muito lembra a tonalidade da lua. O último ataque fora executado com uma de suas garras, fazendo com que parte da camisa do rapaz rasgasse, deixando a marca de sucessão de seu clã visível.
– Isso é tudo que pode fazer, criança do clã Hakuryuu? – gabou-se Kogenta. – Me pergunto se será mesmo digno de ser treinado pelo grande Kogenta-sama.
Taiki logo que recebeu o impacto do último ataque foi capaz de perceber que Kogenta controlou sua força, cada um daqueles precisos golpes era forte o suficiente para quebrar vários ossos de seu corpo, e aquele último ataque usando as garras, seria para aniquilar o adversário, já debilitado pelos golpes anteriores. Tateando o próprio peito com as mãos, para certificar-se de que não havia sido ferido, logo percebeu que aquela criatura, um tanto quanto imatura, na verdade se trata de um indivíduo com uma enorme experiência em combate.
– Kogenta-sama, eu peço desculpas pela minha imaturidade... – sentiu Taiki. – Não o respeitei da forma que devia, peço que não desista da ideia de me treinar, por favor! – argumentou o rapaz, com um brilho incomum em seu olhar.
– Ei, ei! Pare já com isso, está me deixando vermelho! – disse o tigre, encabulado. – Certo, mas acredito que por hoje isto foi o suficiente, começaremos pela manhã! – E mais uma coisa, vá se acostumando, nós gostamos de carne malpassada.
Próximo capítulo: Após treinar no monte Koketsu por duas semanas e meia, Taiki vai para a cidade a pedido de Kogenta para comprar suprimentos, quando encontra novamente com seu pai, que lhe desafia. Não perca o próximo capítulo de Naruto: Another Story! Um confronto entre pai e filho! A lâmina de dois nomes.
CONTINUA...
Um confronto entre pai e filho! A lâmina de dois nomes.
- Notas:
- Hissatsu: Golpe assassino.
Kogetsu Kenbu: (Punhos dançantes da lua minguante) Técnica onde o usuário golpeia o adversário utilizando seus punhos que estão encobertos por uma luz branca,
cada um dos ataques tem força o suficiente para quebrar ossos, o ataque final é feito materializando uma garra de chakra que serve para rasgar a vítima que já estará debilitada após receber este combo devastador.
Koketsu: Significa toca do tigre.
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Re: Naruto: Another Story
CAPÍTULO 26
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Um confronto entre pai e filho. A lâmina de dois nomes.
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Um confronto entre pai e filho. A lâmina de dois nomes.
Finalmente foram encerradas as preliminares para a terceira etapa do exame chuunin. De forma que seja justo para todos os participantes, foi dado o tempo de um mês até que a segunda parte do terceiro exame comece, tempo este que os participantes poderão usar para estudar seus futuros adversários e aperfeiçoar novas técnicas, uma vez que tiveram que mostrar seus trunfos na fase anterior. Kouga, pai de Taiki levou seu filho para treinar na montanha próxima ao vilarejo onde vive o clã Hakuryuu, lá o rapaz conheceu um plano totalmente à parte do mundo exterior, onde vivem criaturas um tanto quanto incomuns. Sob a tutela de Kogenta, um tigre bípede e bastante expressivo, o garoto começou um duro treinamento, visando aperfeiçoar suas habilidades e reflexos naturais.
Já havia passado duas semanas desde então...
– Uma lista de compras, como assim? – perguntou Taiki, segurando a folha de papel.
– Precisamos de alguns materiais, que só podem ser encontrados na cidade, logo é natural. Pense nisso como parte do treinamento, improvise pelo caminho, só não esqueça de trazer tudo inteiro. – despediu-se Kogenta, dando uns tapinhas nas costas do garoto, o incentivando a ir.
Perambulando por um supermercado no interior do País do Fogo, Taiki buscava pelas prateleiras da sessão de incensos, procurando pelo último item da lista. A sacola já estava cheia, comprou uma garrafa de água para se refrescar e buscou uma sombra no lado de fora, para que assim possa descansar um pouco antes de tornar a subir a montanha.
– Aquele Kogenta... Além de me fazer comer carne quase crua, ainda tenho que fazer compras para ele. – disse em voz baixa, repousando em um assento de madeira, enquanto observa as nuvens.
– As nuvens hoje parecem ótimas, não é mesmo? – disse aquela voz familiar.
– Verdade... E a brisa aqui fora está bem refrescante... – respondeu com naturalidade, até perceber a presença de seu pai.
– Yo! – cumprimentou com aquele sorriso repleto de ironia.
– Pai! O que você está fazendo aqui? – levantou-se rapidamente.
– Eu quem deveria lhe perguntar isso, não acha? Imaginei que estava treinando.
– E estava... Mas daí me mandaram fazer compras...
– Oras... Então parece que tudo vai correndo muito bem. – disse Kouga.
– Você sempre soube daquele lugar...? – perguntou Taiki, encarando seu pai.
– Aquele lugar é bem especial, eu treinei lá por um tempo... Até que me descobriram hahaha! – gargalhou. – Parece que eu não tinha um coração puro.
– Não me diga... – frisou o garoto. – Enquanto estive lá, eu comecei a pensar em coisas que antes nunca passavam pela minha cabeça... Eu sinto como se pudesse mudar o mundo agora... Eu finalmente quero buscar o meu próprio objetivo.
– Aquele lugar é mais próximo ao mundo espiritual do que qualquer outro, não me impressiona o fato de você ter se acalmado nesse ponto. Você sempre foi aplicado nos treinamentos, mas também muito apressado, talvez o seu talento em dominar jutsus rapidamente tenha o atrapalhado um pouco. – explicou. – E então, acha que consegue se vingar? – perguntou.
– Fala do Kuroi? É complicado... Não tenho qualquer sentimento de vingança e nem de raiva... Quase como se aquilo tivesse ficado para trás quando eu subi a montanha.
– Entendo, então o que acha de me mostrar um pouco do que é capaz? – desafiou o pai.
– Não acho que tenha ficado forte o bastante para te oferecer um desafio... – lamentou o rapaz.
– E se fizermos uma aposta? – perguntou Kouga.
– Que tipo de aposta?
– Se você me acertar um golpe no rosto eu prometo te dar uma coisa que pertenceu a sua mãe! – esbravejou o homem.
– Uma coisa da mamãe... – o garoto rapidamente se postou em posição de combate. – É uma promessa então!
– Vamos com calma, não podemos lutar aqui, não é mesmo? Vamos procurar por um lugar aberto no meio da floresta. – apontou o homem.
Algum tempo mais tarde, em uma floresta isolada fechada naquela mesma região o embate entre pai e filho finalmente havia iniciado. Taiki optou por uma abordagem menos direta, uma vez que conhece a força de seu pai e possui conhecimento o suficiente para saber que não terá a menor chance em uma batalha direta. Ocultava sua presença, estava escondido atrás de uma árvore há cerca de quinze metros de seu pai. Utilizando seu Sharingan o rapaz observa atentamente os movimentos de seu progenitor e mentor, o homem parecia calmo, até demais, parecia estar aguardando por uma iniciativa do garoto. Percebendo quais eram as intenções do adversário, Taiki logo iniciou com seu plano. Saltou por detrás de um grande arbusto e arremessou uma tríade de shurikens contra o adversário, escondendo-se quase que de imediato atrás de uma outra árvore. Kouga com seu ótimo reflexo percebeu o som dos arbustos e com um simples jogo de cintura desviou das estrelas, durante sua esquiva seguiu o trajeto por onde vieram, assim que saltou no arbusto viu a silhueta de seu filho correndo em meio as árvores. Sorriu ironicamente e em uma única investida passou por pelo menos seis árvores, quanto tocou os pés nos galhos de uma última para pegar o impulso final e com uma voadora repleta de força bruta o homem golpeou o rapaz que corria com a guarda aberta, entretanto o momento de impacto revelou que algo não estava certo, o corpo do garoto estourou e se tornou água, escorrendo pelo chão ao mesmo tempo em que molhava o corpo de seu agressor, foi um Mizu Bunshin no Jutsu muito bem elaborado.
– Mizu Bunshin, é? Parece que melhorou um pouco, nunca foi do seu feitio utilizar réplicas. – mencionou o homem, procurando pelo verdadeiro.
– Não é uma boa hora para elogios, não acha? – exclamou Taiki, que saltava de uma árvore próxima, enquanto executava selos manuais. – Raiton: Hanran!
Terminando de executar os selos em pleno ar, o rapaz virou as palmas das mãos contra o solo, injetando uma quantidade de eletricidade que percorreu o subsolo e emergiu como uma explosão, embora não tenha um grande poder ofensivo, a técnica serve para complementar outras habilidades e ligar-se com outras técnicas, aproveitando o fato de tanto o campo quanto seu adversário estarem parcialmente molhados, aumentando assim o prejuízo sofrido pelo alvo. Mas para a surpresa de Taiki Kouga estava intacto após receber em cheio o ataque, uma estranha corrente elétrica deslizava pelo corpo do homem, como se fizesse parte dele.
– Então sua ideia era usar o clone de água como condutor para a técnica de raiton? Até que me fez um pouco de cócegas. – provocou.
– Revestiu o próprio corpo com raiton... Assim sendo capaz de superar uma combinação de raiton com suiton? – ("Fazer isso naquele intervalo ridículo de tempo... Ele não está um pouco sério?")
– Vamos lá Taiki! Apesar de ser inteligente você não é do tipo estrategista, mas sim do tipo que parte pra cima, não é? – argumentou Kouga.
– Você está certo... – assentiu com a cabeça.
Por detrás de Kouga, o verdadeiro Taiki surge com sua espada em mãos, coberta por uma fina camada de chakra do elemento vento, para priorizar o efeito de corte da arma. Simultaneamente, o Taiki que se encontrava dialogando com Kouga explode se tornando em cinco Shurikens feitas de água, que avançam de frente para o homem, era mais uma técnica do elemento água, Mizu Shuriken Bunshin no Jutsu.
– Agora sim está parecendo mais com você! – disse Kouga, percebendo o ataque vindo por ambas as direções.
O experiente ninja priorizou o ataque principal, onde Taiki atacava com sua espada, pulando por de cima de uma das árvores, utilizando ambas as mãos o homem bloqueou o ataque da espada, fechando as mãos, e com um forte grito liberou uma onda quase invisível de chakra, que congelou as shurikens que o atacavam pelas costas, forçando-as a cair devido ao peso.
– Shirahadori?* – perguntou surpreso.
– Eu te ensinei tudo o que você sabe sobre espadas, achou mesmo que eu não saberia algo deste nível? Você é ainda é cem anos jovem demais para me acertar com essa lâmina incompleta! – disse o homem, lhe acertando um chute no estômago.
Em decorrência ao ataque sofrido, Taiki foi atirado vários metros para trás, da posição onde estava originalmente. Durante a queda bateu forte com as costas no chão o que dificultou bastante sua recuperação, levando algum tempo para que ficasse de pé novamente. Mas aquela frase dita por seu pai de alguma forma havia mexido com Taiki, o que seu pai queria dizer quando mencionou que ele jamais seria capaz de o acertar com essa lâmina incompleta? A batalha estava totalmente desequilibrada, o homem sequer havia usado alguma técnica um pouco mais expressiva, apenas suas perícias consideradas como normais, o que mostrava uma grande diferença entre as habilidades, mesmo contra o garoto que era considerado como sendo um prodígio.
– Sempre que tem uma oportunidade fica confiante de mais, esta sua arrogância mostra apenas a fraqueza! Você conhece mais ninjutsus do que a maioria dos ninjas de nível jounin, mas quando a batalha se torna mais corporal, você utiliza apenas sua agilidade para ganhar mais distância ou utilizar seus ataques com espadas focando os pontos cegos do adversário, ridiculamente previsível! – explicou. – Porque tem tanto medo de lutar na linha de frente? Você tem como aliado o Sharingan! Se usá-lo como se deve seus ataques não errarão! Sua reação aos ataques será impecável e sua agilidade ainda maior.
– E como pode um pai que vende seu próprio filho saber uma coisa dessas?!
Utilizando o Sunshin no Jutsu em conjunto com o Zanzou, sua técnica de pós-imagem, Taiki desaparece, deixando um rastro de sua própria silhueta para trás, ressurgindo por trás de seu pai, mirando em suas costas com sua espada, quando é surpreendido mais uma vez o homem que também executando o Shunshin no jutsu aparece atrás de Taiki o segura por um dos braços e mais uma vez o arremessa para longe.
– Mas uma vez atacando pelas costas, era óbvio que isto iria acontecer. Mas você está certo de uma coisa. De nada posso fazer para ensiná-lo a usar estes olhos, mas enquanto você não liberar o verdadeiro potencial de sua habilidade, principalmente com esta espada eu não permitirei que você saia desta floresta. – propôs o homem.
– Está falando da Raikou Kotetsu? – perguntou Taiki.
– Você a chama por este nome, mas na verdade não é o seu nome verdadeiro. Liberando a espada da forma que você faz, apenas metade do poder dela é liberado. Primeiro você deve saber que esta é uma espada muito especial, forjada pelo criador original das sete espadas da névoa oculta. Ela e suas outras companheiras foram criadas para destruir as originais. Uma espada que dizem ser capaz de mover tempestades, possui assim como você a dominação sobre as cinco naturezas básicas de chakra, mas do jeito que você a utiliza ainda está incompleta. Vamos, libere a espada e lute contra mim até lembrar-se do seu verdadeiro nome!
Confusão, este era o sentimento, ou melhor emoção que o garoto sentiu quando terminou de ouvir as palavras ditas por seu pai. Percebera que sua fiel companheira era ainda mais especial do que ele sempre havia acreditado, lhe dando uma carga extra de adrenalina que estava precisando para lutar contra Kouga. Seu coração palpitava como jamais havia antes, suas pernas tremiam e suor escorria por sua testa, mas não era medo e nem mesmo hesitação, era uma vontade alegria que para ele parecia absoluta. Naquele momento era como se a terra parasse de girar, seu pai e ele eram as únicas pessoas que realmente importavam, aquele momento deveria perdurar pela eternidade, era o que pensava sem pestanejar.
– Certo, a brincadeira acaba aqui. – indagou Kouga. – A partir de agora irei com a intenção de machucá-lo. – mudou o tom.
Em um instante uma explosão acontece na exata posição onde estava o homem, quando na verdade fora causada pela força descomunal utilizada em suas pernas para executar um salto que superava os quinze metros de altura. Em queda livre, o homem jogava todo o peso de seus pés para baixo, como se fosse algum tipo de golpe de vale tudo. Taiki se impressionou com o feito, mas estava longe de estar assustado com aquela demonstração de força. Os tomoes de seu Sharingan circulavam por sua pupila em uma velocidade incrível, ativando assim uma grande percepção e reflexos que o auxiliaram em uma evasiva perfeita. Executou um movimento de pés bem ágil, para saltar para longe, evitando assim que fosse pego pela segunda explosão, esta causada pela queda do homem.
– Se ficar apenas fugindo não vai conseguir nada! – gritou Kouga, com um ato de provocação.
– Como se eu fosse cair em uma provocação deste nível!
Apesar da bela frase, Taiki investiu contra o homem, utilizando sua grande agilidade, sua espada cintilava em contato com o vento, e com um simples movimento horizontal uma lâmina de vento se divide da espada, mirando atingir o homem, que já estava de pé. Com apenas um passo lateral o homem desviou do ataque, aguardando até o último segundo para isso. Agora pequenas faíscas emanavam da espada empunhada pelo jovem, que mais uma vez investiu contra o homem, segurando o cabo com ambas as mãos, na tentativa de executar um ataque com maior precisão.
– Está cheio de aberturas.
A figura paterna como um lampejo cintilou para trás do garoto onde lhe acertou um chute com de peito de pé, mirando as costelas do lado direito, fazendo o rapaz ser lançado alguns metros à frente, caindo em meio à alguns arbustos.
– Achei que já havíamos passado dessa fase... Já não tentou usar raio antes? – debochou.
Caído no chão, Taiki estava completamente derrotado, mas não fisicamente. Seu espírito de luta havia sido massacrado em questão de instantes, a diferença de habilidades era grande demais para dizer que era mero acaso. Sempre soube que seu pai era um homem forte, mas perceber que ele está lhe destruindo sem sequer mostrar suas verdadeiras habilidades era um golpe difícil de aguentar. Mesmo tendo recebido aquele golpe forte, continuava segurando sua espada com firmeza, aquela sensação que sentia toda vez que a empunhava era quase nostálgica... Foi quando lembrou de algo importante. Três anos atrás, quando ganhou a espada de presente seu pai havia dito que seu nome era "Raikou Kotetsu". Ele nunca havia lhe dado um nome, afinal ela já havia um... O garoto sorriu, enquanto se levantava aguentando o máximo que podia a dor daquele último ataque. Se escondeu atrás de uma árvore, encarou a espada por um instante e percebeu o que tinha que fazer.
Kouga aguardava em sua posição original, quando viu Taiki caminhar lentamente por detrás da árvore que estava. O rapaz parecia estar com o espírito renovado, sua expressão transbordava confiança.
– Não vai mais fugir? – perguntou.
– Não mesmo... Preciso me apressar com este treino logo... Sabe, tenho amigos esperando por mim. E também, não pense que vou usar sempre os mesmos truques.
Uma brisa forte rodeava o corpo do rapaz, abraçando sua arma com carinho, o garoto sabia que mais do que uma ferramenta aquela arma que carrega consigo há tanto tempo é uma extensão de seu próprio braço, era parte de seu corpo, o fato de não ter deixado ela cair durante os ataques sofridos apenas serviam para comprovar esta realidade. Partiu em disparada, estendeu seu braço direito e posicionou sua mão para um ataque, um chakra quase invisível fez com que a silhueta de uma garra se mesclasse com sua mão, disparando uma lâmina cortante de vento assim que o garoto rasgou o ar à sua frente.
– Juuha Shou!! – exclamou.
O ataque se dirigiu até Kouga, em alta velocidade. Percebendo que desta vez não seria tão fácil de evitar, Kouga fechou ambas as mãos e ergueu uma parede reta de terra à sua frente, bloqueando o ataque.
– Doton: Douryuuheki!
– Do jeito que imaginei que faria! – exclamou o garoto, que cintilou em alta velocidade para trás de Kouga, utilizando seu Shunshin no jutsu. – Saikaidou Kotetsu: Kaihou!
Assim que Taiki liberou sua espada, sua forma foi alterada, se transformando de uma chokutou longa para uma verdadeira Katana. Imediatamente um forte vendaval cobriu os arredores, estava bem frio e liberava relâmpagos para todos os lados, as faíscas foram o suficiente para desmantelarem por completo aquela barreira de terra que fora erguida anteriormente. Kouga ficou imóvel, um enorme sorriso surgiu no rosto do homem, Taiki conteve seu ataque antes de atingi-lo, não deixando de imaginar se aquela brecha havia sido criada propositalmente. Parecia surpreso com sua própria habilidade, observou atentamente a forma liberada daquela espada e encarou seu pai novamente.
– Eu nunca havia dado um nome para ela... Raikou Kotetsu foi o nome que você me disse que ela se chamava. Mas, Saikaidou Kotetsu é o nome que eu escolhi para ela!
– Muito bem. Esta espada se adapta ao seu usuário com uma ligação tão profunda, que apenas o seu verdadeiro dono consegue utilizar seu poder total. Agora que ela possui um novo nome, deve possuir também um novo estilo. Você a partir deste momento criará o seu próprio estilo como espadachim e se esquecerá daquele que lhe foi ensinado por mim. Cria as suas variações de técnicas e me impressione.
– Não se preocupe, esta terá sido a última vez. Afinal, você já me ensinou tudo o que podia, a partir daqui eu vou trilhar o meu próprio caminho, almejando o meu próprio sonho. – respondeu Taiki.
– E qual é a sua ambição?
– Ainda estou procurando por ela... – deu as costas, ligeiramente constrangido.
– Haha! – gargalhou Kouga. – Mas ainda é um pirralho... Er-ham! Acho que estão te esperando na montanha, não é?
– Sim, preciso levar as compras, já devem estar estranhando o meu atraso.
– Bom, se cuide... E mas uma coisa... Taiki, nunca se esqueça de buscar por este seu sonho, um dia você encontrará o que realmente busca.
– Vindo de você isso é quase um milagre. – disse caminhando em direção ao pai. – Mas que droga, você é mesmo um fracasso como pai, não consegue nem mesmo se despedir o seu filho direito? – reclamou Taiki, lentamente abraçando o pai, em uma cena no mínimo rara.
– Quando concluir seu treinamento me procure. – disse Kouga. – Te prometi uma coisa, não foi?
– Mas eu nem consegui te acertar...
– É claro que acertou, bem não foi no rosto, mas você conseguiu atingir um ponto bem mais profundo, bem aqui. – apontou para o peito. – Então se cuide, estarei em Konoha para assistir o seu triunfo. – despediu-se.
CONTINUA...
Reabilitação! Supere o Jūken.
Já havia passado duas semanas desde então...
– Uma lista de compras, como assim? – perguntou Taiki, segurando a folha de papel.
– Precisamos de alguns materiais, que só podem ser encontrados na cidade, logo é natural. Pense nisso como parte do treinamento, improvise pelo caminho, só não esqueça de trazer tudo inteiro. – despediu-se Kogenta, dando uns tapinhas nas costas do garoto, o incentivando a ir.
Perambulando por um supermercado no interior do País do Fogo, Taiki buscava pelas prateleiras da sessão de incensos, procurando pelo último item da lista. A sacola já estava cheia, comprou uma garrafa de água para se refrescar e buscou uma sombra no lado de fora, para que assim possa descansar um pouco antes de tornar a subir a montanha.
– Aquele Kogenta... Além de me fazer comer carne quase crua, ainda tenho que fazer compras para ele. – disse em voz baixa, repousando em um assento de madeira, enquanto observa as nuvens.
– As nuvens hoje parecem ótimas, não é mesmo? – disse aquela voz familiar.
– Verdade... E a brisa aqui fora está bem refrescante... – respondeu com naturalidade, até perceber a presença de seu pai.
– Yo! – cumprimentou com aquele sorriso repleto de ironia.
– Pai! O que você está fazendo aqui? – levantou-se rapidamente.
– Eu quem deveria lhe perguntar isso, não acha? Imaginei que estava treinando.
– E estava... Mas daí me mandaram fazer compras...
– Oras... Então parece que tudo vai correndo muito bem. – disse Kouga.
– Você sempre soube daquele lugar...? – perguntou Taiki, encarando seu pai.
– Aquele lugar é bem especial, eu treinei lá por um tempo... Até que me descobriram hahaha! – gargalhou. – Parece que eu não tinha um coração puro.
– Não me diga... – frisou o garoto. – Enquanto estive lá, eu comecei a pensar em coisas que antes nunca passavam pela minha cabeça... Eu sinto como se pudesse mudar o mundo agora... Eu finalmente quero buscar o meu próprio objetivo.
– Aquele lugar é mais próximo ao mundo espiritual do que qualquer outro, não me impressiona o fato de você ter se acalmado nesse ponto. Você sempre foi aplicado nos treinamentos, mas também muito apressado, talvez o seu talento em dominar jutsus rapidamente tenha o atrapalhado um pouco. – explicou. – E então, acha que consegue se vingar? – perguntou.
– Fala do Kuroi? É complicado... Não tenho qualquer sentimento de vingança e nem de raiva... Quase como se aquilo tivesse ficado para trás quando eu subi a montanha.
– Entendo, então o que acha de me mostrar um pouco do que é capaz? – desafiou o pai.
– Não acho que tenha ficado forte o bastante para te oferecer um desafio... – lamentou o rapaz.
– E se fizermos uma aposta? – perguntou Kouga.
– Que tipo de aposta?
– Se você me acertar um golpe no rosto eu prometo te dar uma coisa que pertenceu a sua mãe! – esbravejou o homem.
– Uma coisa da mamãe... – o garoto rapidamente se postou em posição de combate. – É uma promessa então!
– Vamos com calma, não podemos lutar aqui, não é mesmo? Vamos procurar por um lugar aberto no meio da floresta. – apontou o homem.
Algum tempo mais tarde, em uma floresta isolada fechada naquela mesma região o embate entre pai e filho finalmente havia iniciado. Taiki optou por uma abordagem menos direta, uma vez que conhece a força de seu pai e possui conhecimento o suficiente para saber que não terá a menor chance em uma batalha direta. Ocultava sua presença, estava escondido atrás de uma árvore há cerca de quinze metros de seu pai. Utilizando seu Sharingan o rapaz observa atentamente os movimentos de seu progenitor e mentor, o homem parecia calmo, até demais, parecia estar aguardando por uma iniciativa do garoto. Percebendo quais eram as intenções do adversário, Taiki logo iniciou com seu plano. Saltou por detrás de um grande arbusto e arremessou uma tríade de shurikens contra o adversário, escondendo-se quase que de imediato atrás de uma outra árvore. Kouga com seu ótimo reflexo percebeu o som dos arbustos e com um simples jogo de cintura desviou das estrelas, durante sua esquiva seguiu o trajeto por onde vieram, assim que saltou no arbusto viu a silhueta de seu filho correndo em meio as árvores. Sorriu ironicamente e em uma única investida passou por pelo menos seis árvores, quanto tocou os pés nos galhos de uma última para pegar o impulso final e com uma voadora repleta de força bruta o homem golpeou o rapaz que corria com a guarda aberta, entretanto o momento de impacto revelou que algo não estava certo, o corpo do garoto estourou e se tornou água, escorrendo pelo chão ao mesmo tempo em que molhava o corpo de seu agressor, foi um Mizu Bunshin no Jutsu muito bem elaborado.
– Mizu Bunshin, é? Parece que melhorou um pouco, nunca foi do seu feitio utilizar réplicas. – mencionou o homem, procurando pelo verdadeiro.
– Não é uma boa hora para elogios, não acha? – exclamou Taiki, que saltava de uma árvore próxima, enquanto executava selos manuais. – Raiton: Hanran!
Terminando de executar os selos em pleno ar, o rapaz virou as palmas das mãos contra o solo, injetando uma quantidade de eletricidade que percorreu o subsolo e emergiu como uma explosão, embora não tenha um grande poder ofensivo, a técnica serve para complementar outras habilidades e ligar-se com outras técnicas, aproveitando o fato de tanto o campo quanto seu adversário estarem parcialmente molhados, aumentando assim o prejuízo sofrido pelo alvo. Mas para a surpresa de Taiki Kouga estava intacto após receber em cheio o ataque, uma estranha corrente elétrica deslizava pelo corpo do homem, como se fizesse parte dele.
– Então sua ideia era usar o clone de água como condutor para a técnica de raiton? Até que me fez um pouco de cócegas. – provocou.
– Revestiu o próprio corpo com raiton... Assim sendo capaz de superar uma combinação de raiton com suiton? – ("Fazer isso naquele intervalo ridículo de tempo... Ele não está um pouco sério?")
– Vamos lá Taiki! Apesar de ser inteligente você não é do tipo estrategista, mas sim do tipo que parte pra cima, não é? – argumentou Kouga.
– Você está certo... – assentiu com a cabeça.
Por detrás de Kouga, o verdadeiro Taiki surge com sua espada em mãos, coberta por uma fina camada de chakra do elemento vento, para priorizar o efeito de corte da arma. Simultaneamente, o Taiki que se encontrava dialogando com Kouga explode se tornando em cinco Shurikens feitas de água, que avançam de frente para o homem, era mais uma técnica do elemento água, Mizu Shuriken Bunshin no Jutsu.
– Agora sim está parecendo mais com você! – disse Kouga, percebendo o ataque vindo por ambas as direções.
O experiente ninja priorizou o ataque principal, onde Taiki atacava com sua espada, pulando por de cima de uma das árvores, utilizando ambas as mãos o homem bloqueou o ataque da espada, fechando as mãos, e com um forte grito liberou uma onda quase invisível de chakra, que congelou as shurikens que o atacavam pelas costas, forçando-as a cair devido ao peso.
– Shirahadori?* – perguntou surpreso.
– Eu te ensinei tudo o que você sabe sobre espadas, achou mesmo que eu não saberia algo deste nível? Você é ainda é cem anos jovem demais para me acertar com essa lâmina incompleta! – disse o homem, lhe acertando um chute no estômago.
Em decorrência ao ataque sofrido, Taiki foi atirado vários metros para trás, da posição onde estava originalmente. Durante a queda bateu forte com as costas no chão o que dificultou bastante sua recuperação, levando algum tempo para que ficasse de pé novamente. Mas aquela frase dita por seu pai de alguma forma havia mexido com Taiki, o que seu pai queria dizer quando mencionou que ele jamais seria capaz de o acertar com essa lâmina incompleta? A batalha estava totalmente desequilibrada, o homem sequer havia usado alguma técnica um pouco mais expressiva, apenas suas perícias consideradas como normais, o que mostrava uma grande diferença entre as habilidades, mesmo contra o garoto que era considerado como sendo um prodígio.
– Sempre que tem uma oportunidade fica confiante de mais, esta sua arrogância mostra apenas a fraqueza! Você conhece mais ninjutsus do que a maioria dos ninjas de nível jounin, mas quando a batalha se torna mais corporal, você utiliza apenas sua agilidade para ganhar mais distância ou utilizar seus ataques com espadas focando os pontos cegos do adversário, ridiculamente previsível! – explicou. – Porque tem tanto medo de lutar na linha de frente? Você tem como aliado o Sharingan! Se usá-lo como se deve seus ataques não errarão! Sua reação aos ataques será impecável e sua agilidade ainda maior.
– E como pode um pai que vende seu próprio filho saber uma coisa dessas?!
Utilizando o Sunshin no Jutsu em conjunto com o Zanzou, sua técnica de pós-imagem, Taiki desaparece, deixando um rastro de sua própria silhueta para trás, ressurgindo por trás de seu pai, mirando em suas costas com sua espada, quando é surpreendido mais uma vez o homem que também executando o Shunshin no jutsu aparece atrás de Taiki o segura por um dos braços e mais uma vez o arremessa para longe.
– Mas uma vez atacando pelas costas, era óbvio que isto iria acontecer. Mas você está certo de uma coisa. De nada posso fazer para ensiná-lo a usar estes olhos, mas enquanto você não liberar o verdadeiro potencial de sua habilidade, principalmente com esta espada eu não permitirei que você saia desta floresta. – propôs o homem.
– Está falando da Raikou Kotetsu? – perguntou Taiki.
– Você a chama por este nome, mas na verdade não é o seu nome verdadeiro. Liberando a espada da forma que você faz, apenas metade do poder dela é liberado. Primeiro você deve saber que esta é uma espada muito especial, forjada pelo criador original das sete espadas da névoa oculta. Ela e suas outras companheiras foram criadas para destruir as originais. Uma espada que dizem ser capaz de mover tempestades, possui assim como você a dominação sobre as cinco naturezas básicas de chakra, mas do jeito que você a utiliza ainda está incompleta. Vamos, libere a espada e lute contra mim até lembrar-se do seu verdadeiro nome!
Confusão, este era o sentimento, ou melhor emoção que o garoto sentiu quando terminou de ouvir as palavras ditas por seu pai. Percebera que sua fiel companheira era ainda mais especial do que ele sempre havia acreditado, lhe dando uma carga extra de adrenalina que estava precisando para lutar contra Kouga. Seu coração palpitava como jamais havia antes, suas pernas tremiam e suor escorria por sua testa, mas não era medo e nem mesmo hesitação, era uma vontade alegria que para ele parecia absoluta. Naquele momento era como se a terra parasse de girar, seu pai e ele eram as únicas pessoas que realmente importavam, aquele momento deveria perdurar pela eternidade, era o que pensava sem pestanejar.
– Certo, a brincadeira acaba aqui. – indagou Kouga. – A partir de agora irei com a intenção de machucá-lo. – mudou o tom.
Em um instante uma explosão acontece na exata posição onde estava o homem, quando na verdade fora causada pela força descomunal utilizada em suas pernas para executar um salto que superava os quinze metros de altura. Em queda livre, o homem jogava todo o peso de seus pés para baixo, como se fosse algum tipo de golpe de vale tudo. Taiki se impressionou com o feito, mas estava longe de estar assustado com aquela demonstração de força. Os tomoes de seu Sharingan circulavam por sua pupila em uma velocidade incrível, ativando assim uma grande percepção e reflexos que o auxiliaram em uma evasiva perfeita. Executou um movimento de pés bem ágil, para saltar para longe, evitando assim que fosse pego pela segunda explosão, esta causada pela queda do homem.
– Se ficar apenas fugindo não vai conseguir nada! – gritou Kouga, com um ato de provocação.
– Como se eu fosse cair em uma provocação deste nível!
Apesar da bela frase, Taiki investiu contra o homem, utilizando sua grande agilidade, sua espada cintilava em contato com o vento, e com um simples movimento horizontal uma lâmina de vento se divide da espada, mirando atingir o homem, que já estava de pé. Com apenas um passo lateral o homem desviou do ataque, aguardando até o último segundo para isso. Agora pequenas faíscas emanavam da espada empunhada pelo jovem, que mais uma vez investiu contra o homem, segurando o cabo com ambas as mãos, na tentativa de executar um ataque com maior precisão.
– Está cheio de aberturas.
A figura paterna como um lampejo cintilou para trás do garoto onde lhe acertou um chute com de peito de pé, mirando as costelas do lado direito, fazendo o rapaz ser lançado alguns metros à frente, caindo em meio à alguns arbustos.
– Achei que já havíamos passado dessa fase... Já não tentou usar raio antes? – debochou.
Caído no chão, Taiki estava completamente derrotado, mas não fisicamente. Seu espírito de luta havia sido massacrado em questão de instantes, a diferença de habilidades era grande demais para dizer que era mero acaso. Sempre soube que seu pai era um homem forte, mas perceber que ele está lhe destruindo sem sequer mostrar suas verdadeiras habilidades era um golpe difícil de aguentar. Mesmo tendo recebido aquele golpe forte, continuava segurando sua espada com firmeza, aquela sensação que sentia toda vez que a empunhava era quase nostálgica... Foi quando lembrou de algo importante. Três anos atrás, quando ganhou a espada de presente seu pai havia dito que seu nome era "Raikou Kotetsu". Ele nunca havia lhe dado um nome, afinal ela já havia um... O garoto sorriu, enquanto se levantava aguentando o máximo que podia a dor daquele último ataque. Se escondeu atrás de uma árvore, encarou a espada por um instante e percebeu o que tinha que fazer.
Kouga aguardava em sua posição original, quando viu Taiki caminhar lentamente por detrás da árvore que estava. O rapaz parecia estar com o espírito renovado, sua expressão transbordava confiança.
– Não vai mais fugir? – perguntou.
– Não mesmo... Preciso me apressar com este treino logo... Sabe, tenho amigos esperando por mim. E também, não pense que vou usar sempre os mesmos truques.
Uma brisa forte rodeava o corpo do rapaz, abraçando sua arma com carinho, o garoto sabia que mais do que uma ferramenta aquela arma que carrega consigo há tanto tempo é uma extensão de seu próprio braço, era parte de seu corpo, o fato de não ter deixado ela cair durante os ataques sofridos apenas serviam para comprovar esta realidade. Partiu em disparada, estendeu seu braço direito e posicionou sua mão para um ataque, um chakra quase invisível fez com que a silhueta de uma garra se mesclasse com sua mão, disparando uma lâmina cortante de vento assim que o garoto rasgou o ar à sua frente.
– Juuha Shou!! – exclamou.
O ataque se dirigiu até Kouga, em alta velocidade. Percebendo que desta vez não seria tão fácil de evitar, Kouga fechou ambas as mãos e ergueu uma parede reta de terra à sua frente, bloqueando o ataque.
– Doton: Douryuuheki!
– Do jeito que imaginei que faria! – exclamou o garoto, que cintilou em alta velocidade para trás de Kouga, utilizando seu Shunshin no jutsu. – Saikaidou Kotetsu: Kaihou!
Assim que Taiki liberou sua espada, sua forma foi alterada, se transformando de uma chokutou longa para uma verdadeira Katana. Imediatamente um forte vendaval cobriu os arredores, estava bem frio e liberava relâmpagos para todos os lados, as faíscas foram o suficiente para desmantelarem por completo aquela barreira de terra que fora erguida anteriormente. Kouga ficou imóvel, um enorme sorriso surgiu no rosto do homem, Taiki conteve seu ataque antes de atingi-lo, não deixando de imaginar se aquela brecha havia sido criada propositalmente. Parecia surpreso com sua própria habilidade, observou atentamente a forma liberada daquela espada e encarou seu pai novamente.
– Eu nunca havia dado um nome para ela... Raikou Kotetsu foi o nome que você me disse que ela se chamava. Mas, Saikaidou Kotetsu é o nome que eu escolhi para ela!
– Muito bem. Esta espada se adapta ao seu usuário com uma ligação tão profunda, que apenas o seu verdadeiro dono consegue utilizar seu poder total. Agora que ela possui um novo nome, deve possuir também um novo estilo. Você a partir deste momento criará o seu próprio estilo como espadachim e se esquecerá daquele que lhe foi ensinado por mim. Cria as suas variações de técnicas e me impressione.
– Não se preocupe, esta terá sido a última vez. Afinal, você já me ensinou tudo o que podia, a partir daqui eu vou trilhar o meu próprio caminho, almejando o meu próprio sonho. – respondeu Taiki.
– E qual é a sua ambição?
– Ainda estou procurando por ela... – deu as costas, ligeiramente constrangido.
– Haha! – gargalhou Kouga. – Mas ainda é um pirralho... Er-ham! Acho que estão te esperando na montanha, não é?
– Sim, preciso levar as compras, já devem estar estranhando o meu atraso.
– Bom, se cuide... E mas uma coisa... Taiki, nunca se esqueça de buscar por este seu sonho, um dia você encontrará o que realmente busca.
– Vindo de você isso é quase um milagre. – disse caminhando em direção ao pai. – Mas que droga, você é mesmo um fracasso como pai, não consegue nem mesmo se despedir o seu filho direito? – reclamou Taiki, lentamente abraçando o pai, em uma cena no mínimo rara.
– Quando concluir seu treinamento me procure. – disse Kouga. – Te prometi uma coisa, não foi?
– Mas eu nem consegui te acertar...
– É claro que acertou, bem não foi no rosto, mas você conseguiu atingir um ponto bem mais profundo, bem aqui. – apontou para o peito. – Então se cuide, estarei em Konoha para assistir o seu triunfo. – despediu-se.
CONTINUA...
Reabilitação! Supere o Jūken.
- Notas:
- Mizu Bunshin no Jutsu(Técnica do clone de água): É uma variação do Kage Bunshin no jutsu utilizando o elemento água, é uma técnica suplementar que além de criar réplicas feitas inteiramente de água pode ser utilizado como estopim para outras técnicas e combinações. Cada réplica possui cerca de 10% do poder do original.
Mizu Shuriken Bunshin no jutsu(Técnica do clone shuriken de água): Variação do Kage bunshin Shuriken no jutsu utilizando o elemento água. Também é a evolução da técnica Mizu Shuriken no jutsu(TYécnica da Shuriken de água). O usuário cria shurikens de água afiadíssimas que voam até o adversário, esta técnica também pode ser armada em um Mizu Kawarimi ou Mizu Bunshin no jutsu como armadilhas.
Shirahadori: É um nome próprio. É uma técnica milenar que os Samurais utilizavam, lhes permite a capacidade de parar espadas e outros tipos de lâminas fechando as palmas de ambas as mãos sobre a arma, desde que utilizada de forma correta é uma habilidade quase sempre efetiva.
Juuha Shou(Palma dilacerante da besta): Técnica em que o usuário envolve sua mão ou braço por uma vendaval e rasga o ar à sua frente, disparando uma lâmina de vento na forma de uma garra afiada.
Chokutou: É uma espada completamente reta, desde seu cabo até a ponta da lâmina, muito utilizada na China antiga;
Saikaidou Kotetsu: É um nome próprio, se for traduzido ao pé da letra seria algo como "Tigre de aço do Oeste", uma referência direta à Byakko ou Baihu da mitologia chinesa, é uma divindade protetora.
________________
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Fanfic: Naruto: Another Story
Fanfic: Bleach - Bound of Souls
Fanfic: Digimon - 7 Deadly Sins
Fanfic: Hunter x Hunter: The Last Hope
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