A Busca de Hikari

Notas:

A Busca de Hikari

Prólogo

Já se passavam das 21h quando o telefone tocou. Hikari se levantou rapidamente do sofá da sala, correndo para atende-lo.

- Não, não tem ninguém com esse nome aqui, senhor. – Devolveu o telefone ao gancho, suspirando desapontada.

Já fazia mais de meses que a jovem esperava algum sinal de vida de seu irmão, Kiichi. O jovem havia saído em sua jornada ha quase dois anos e, já fazia um certo tempo que não dava notícias à sua família.
Hikari voltou o olhar para a TV. Passava um programa de auditório, totalmente sem graça. Mas ainda assim, era melhor que nada. Sentou-se novamente no sofá, empurrando delicadamente com a mão, o Nidorino que lá dormia.

- Pára de ser tão espaçoso. – disse sorrindo para a criatura, que abriu apenas um dos olhos para fita-la, dando espaço para a moça sentar.

O Nidorino foi um presente que havia ganho de seu irmão, logo que Kiichi iniciou-se em sua jornada. Dês de então, a garota e o pokémon andavam sempre juntos.
Hikari desviou por alguns instantes, o olhar da TV, voltando para algumas fotos penduradas na parede. Na grande maioria, eram fotos dela com a família.
Suspirou novamente, pegando o controle remoto e desligando o aparelho. Levantou-se e começou a caminhar em direção a escada que levava aos quartos. Antes mesmo que pudesse subir, ajoelhou-se no chão e pos-se a chorar. O Nidoniro, levantou rapidamente do sofá e correu em direção a jovem, como se tentasse consola-la. Hikari, em um gesto de agradecimento, apoiou a mão no companheiro.

- Sinto tanto a falta dele. – disse chorando ao pokémon.

Ergueu-se passando as mãos nos próprios cabelos negros, ajeitando-os. Como se tentasse se recompor. Começou a subir as escadas, sendo seguida pelo Nidorino. Caminhou até seu quarto – um quarto simples, sem muita decoração – e sentou-se no pé da cama, observando o pokémon que entrava no quarto logo atrás dela.
Percorria com os olhos verdes claro, a criatura que se aproximava. Mas nada disse. Estava presa em seus pensamentos. Sabia que precisava tomar alguma atitude.
Depois que Kiichi desapareseu, o clima da casa tornou-se vazio. Seus pais, Akio e Jihari, pareciam ter se distânciado. Nada mais era igual.
Mesmo com a ajuda da polícia, depois de todos esses meses, era como se não houvesse mais esperança.
Hikari continuou em silêncio, até que, em um movimento brusco, levantou-se da cama. O Nidorino, assustou-se com a atitude da jovem, dando alguns passos para trás. Ela então, voltou-se para o pokémon dizendo em um tom autoritário:

- Nós temos que encontra-lo.

pps o/

Seu prólogo está bom. Está no tamanho adequado para um. Achei bem triste a história, pelo menos não vi nada de clichê aí. Sua história tem pontos fortes que podem deixar o leitor preso a ela. Como eu agora ^^
Bom espero que ela consiga encontrar seu irmão.
Esse Nidorino me parece ser bem simpático.
Aguardo o cap 1, de verdade, quero ver o desenrolo da história. Mesmo que ainda no começo.

Bju ;*

Boa Noite!!

Pps adorei o prólogo da sua Fic *-*A história está muito interessante e bem original.
Sua narração e a sua descrição são muito boas e bem agradáveis à leitura ;D O tamanho do prólogo não está grande e nem pequeno, acho que está na medida certa ^^ Não percebi nenhum erro.O prólogo ficou excelente, com um gostinho de quero mais, estou muito ancioso para saber o que vai acontecer no primeiro capítulo.

Boa sorte com a fic!

Até mais.

Olá pps, gostei bastante do Prólogo, ficou bom. Erros achei apenas um que ao invés de "c", vc usou "s", na palavra "desapareceu". Mas nada que atrapalhe.

O Nidorino tem cara de bonzinho *-*, Nidorinos ruleiam!! xD

A Fic parece ter uma história interessante, irei acompanhar.

Espero o Cap.1 =D

Até...^^

Não preciso dizer muito, já que boa parte do que planejava escrever já foi escrito. Só vou elogiar um pouco, gostei do prólogo, mas já li algumas estórias parecidas, mas parece que a sua tem algo de diferente vamos ver se realmente estou correto nos próximos capitulos.

Boa sorte, Pps.

______________________•Agradecimentos•______________________:

______________________•Esclarecimentos•______________________:

______________________•Personagens•______________________:

A criatura ficou imóvel. Apenas com o olhar, acompanhava Hikari andar de um lado para o outro, juntando seus pertences.
Nidorino voltou-se para a janela. Era inverno em Jinji¹. Um dos mais frios pelo qual a ilha já havia passado. E Kinma², tinha a fama de ser uma das cidades mais geladas.
Ele sabia, melhor do que Hikari, que seria loucura sair naquele frio. A previsão era de que poderia nevar até o final da madrugada. Mas sabia, melhor ainda, que nada iria parar a jovem.

- Não posso esquecer nada. – Comentou com Nidorino, enquanto jogava as coisas sobre a cama.
Depois de vinte minutos, indo e vindo, a jovem finalmente parou. Apoiou as mãos na cintura e, observou por alguns instantes a ‘pilha’ de coisas que havia feito na cama. Olhou em volta, buscando algo onde pudesse guardar tudo aquilo.
Estralou o dedo, ao ver sua velha mochila sobre a escrivaninha. Aquilo serviria para guardar tudo. Agarrou o objeto, tirando todo o material escolar que tinha dentro dela, deixando-os sobre a mesa. Correu de volta para a cama e, de forma nada organizada, começou a jogar seus pertences dentro da mochila.
Antes mesmo de terminar de guardar tudo, a jovem levantou e correu de volta ao armário de roupas. Abriu uma das gavetas e de dentro dela retirou uma pequena malha. Não para ela, e sim para o pokémon; que ao ver a jovem segurando a pequena veste, voltou as orelhas para trás, assumindo uma expressão nada contente. Estava claro que a criatura não gostava nem um pouco de usar aquilo.

- Ora, vamos. Você sabe que o frio lá fora é horrível – Dizia enquanto tentava vestir Nidorino.
O pokémon relutou nos primeiros instantes, mas logo cedeu. Sabia que não adiantaria de nada teimar com a jovem.

- Shhh. Vamos em silêncio pra cozinha pegar alguns mantimentos. – Voltou-se para a mochila, terminando de guardar o que faltava e, em silêncio, começou a descer as escadas.
Sabia que se seus pais acordassem, não a deixariam sair. Ainda mais seu pai, Akio.
Antes do incidente com Kiichi, Akio era um dos melhores treinadores de toda a ilha de Jinji. Havia vencido a liga de maneira gloriosa; quando voltou de sua jornada dedicou a vida a ensinar e aperfeiçoar técnicas de batalhas. Porém, após o desaparecimento de Kiichi, Akio havia abandonado essa vida. Abriu uma loja de computadores e deu todos os seus pokémons para amigos e alunos que confiava. Mantendo apenas o Nidorino de Hika dentro de casa.
A jovem entrou na cozinha, seguida do pokémon. Abriu o armário e começou a pegar algumas bolachas, entre outros alimentos que pudessem não estragar no decorrer de sua busca.
Nidorino voltou-se em direção à porta da cozinha. Ouviu passos de alguém descendo a escada. Mas antes mesmo que pudesse avisar Hikari, Jihari entrou na cozinha. A mulher estava com um olhar sonolento. Seus cabelos, tão negros quanto o da filha, estavam desarrumados. A jovem, tão concentrada em arrumar as coisa e sair logo da casa, nem viu a mãe.
Jihari nada disse de inicio. Fitou Nidorino com um olhar de reprovação por ele estar vestido com aquela malha, coisa que o deixava patético. Demorou à associar o que estava acontecendo.

- Hikari...O que está acontecendo aqui? - Indagou a mãe, enquanto observava o pokémon.
A jovem encolheu os ombros ao ouvir a voz de Jihari. Era o que ela temia, ser pega. Apoiou a mochila sobre a pia da cozinha e, vagarosamente, voltou-se para a mãe.

- Mãe. Ehm...Oi. – Respondeu a mãe com uma voz tremula. Tentando ficar a frente da mochila, em uma inútil tentativa de esconde-la.

- Aonde você vai?- Questionou a mãe, ainda bastante sonolenta, aproximando-se da jovem. Ao observar bem a situação, Jihari, como se tivesse levando um susto, começou a gritar com a jovem.
- Menina! Você está ficando louca?! Já perdi um filho, não vou me arriscar em outro!

Nindorino olhava para as duas, sem reação. Hikari, por sua vez, gesticulava com as mãos, como se pedisse para a mãe baixar o tom de voz.

- O que você acha que pode fazer, hein, menina? – Continuou a mãe.

- Mãe, presta atenção. Só vou até a ultima cidade pela qual Kiichi passou. Só para ter certeza.

- Ah, claro. E você acha que vai conseguir alguma coisa, por acaso? – Retrucou Jihari, cruzando os braços.

- Esperava que pudesse fazer isso com a sua ajuda. Independente do que disser, eu vou atrás do meu irmão. Cansei de não fazer nada. Sei que a polícia está ajudando, mas eu conheço Kiichi melhor que ninguém. Talvez, tendo uma visão diferente da situação, eu consigo ajudar. Por favor.... – Quando terminou de falar, Hikari levou as mãos ao rosto e pôs-se novamente a chorar.
Jihari manteve-se em silêncio, observando a cena. Caminhou em direção a filha e a abraçou, tentando consola-la. Jihari compartilhava da mesma angustia de Hikari. Queria, mais do que tudo, Kiichi dentro de casa.

- Você não pode andar sem uma licença. – Disse a mãe em voz baixa, enquanto abraçava a filha.
Ao ouvir tais palavras, Hikari cessou o choro, erguendo a cabeça para fitar a mãe. Abriu um sorriso em sua face. Um sorriso que à tempos não aparecia em seu rosto. Talvez, ainda houvesse esperança.

- Mas...Mas não há tempo. Semana passada teve a nova ‘remessa’ de treinadores. Só poderei me inscrever para uma daqui à seis meses. Isso se eu passar na prova e...- Antes que Hikari pudesse terminar, Jihari a interrompeu.

- Já devo estar louca de deixa-la sair. E ainda mais sem a licença de treinadora? Nem pense nisso! Depois que aquele grupo de delinqüentes começou a aterrorizar a ilha, andar sem a licença para ter pokémons, é pedir para ser presa. Vou falar com a professora Mimiko. Ela deve tantos favores que é o mínimo que ela pode fazer. – Soltou a filha e foi em direção ao telefone. Aguardou até que a professora atendesse e começou a falar.

Hikari apenas observava atentamente a situação. Torcendo para que a mãe convencesse a mulher a lhe entregar a licença. Afinal, era fato o que mãe avia dito sobre a suposta gangue, também conhecida como Planes.
O grupo, como a maioria dos outros que haviam surgido nesses anos, tinha em mente ter o controle sobre todos os pokémons e treinadores. E com isso, a polícia havia ficado ‘em cima’ de todo e qualquer treinador que aparecesse. Aqueles que não tivessem a licença, teria os pokémons apreendidos até que conseguisse tira-lá. E dependendo do caso, poderia até ser preso.
Depois de alguns minutos no telefone, Jihari desligou, voltando a caminhar em direção a filha.

- Vá para o laboratório da professora. Ela vai dar um jeito. – Jihari disse tais palavras, sem muito animo. Isso dado ao medo da mãe de perder a outra filha.
Hikari abriu um largo sorriso no rosto, correndo para abraçar fortemente a mãe.

- Obrigada, obrigada, obrigada. – Dizia incansavelmente enquanto abraçava Jihari.

- Vai menina, saí logo daqui antes que eu mude de idéia. – Respondeu Jihari , enquanto se afastava da filha, indo em direção ao rack da sala. Abriu uma das gavetas do móvel, e de lá tirou uma pokébola. A pokébola de Nidorino.
- Toma, Hikari. Talvez precise disso. – Disse a mãe, enquanto entregava a jovem, a pokébola.
- Agora se apresse. – Deu a filha um forte abraço, despedindo-se.

- Não vou te decepcionar. – Respondeu a filha, que logo após o abraço, agarrou a mochila e saiu correndo pela porta da cozinha, seguida de seu pokémon.

Jihari apenas observou a filha partir, com uma expressão séria. Tinha medo, é claro. Mas sabia que Hikari não iria falhar.

Estava frio do lado de fora. Colocou a mochila nas costas e começou a caminhar. Nidorino, logo atrás, seguia a jovem. Porém mantinha os olhos na casa de acabavam de deixar.
O laboratório não era tão longe da casa de Hikari. Apenas três quarteirões e já estavam lá.
Hikari olhava fixamente para frente cantarolando um antigo blues que ouvia quando pequena. Evitava focar o pensamento na busca. Talvez uma forma de não se desesperar.
Mais alguns minutos, e lá estava ela, parada na porta do laboratório.
As luzes da frente estavam apagadas. Sentiu um certo receio. E se Mimiko tivesse mudado de idéia? Teria que se arriscar a ir sem a licença.
Aproximou-se da porta, ainda receosa. Antes mesmo que tivesse a oportunidade de apertar a campainha, Mimiko abriu a porta. A mulher com cabelos curtos e castanhos estava com uma expressão cansada, bastante mau-humorada. Olhou para os lados, certificando-se de que não havia ninguém por perto e ordenou que Hikari e Nidorino entrassem, fazendo uma cara de indagação, ao ver o Nidorino vestido.
Sem muitas cerimônias, ligou a luz da recepção e mandou que a jovem se acomodasse em uma das cadeiras. Hikari nada disse, concordou com a cabeça e sentou, observando a mulher seguir reto em um corredor.
Aguardou alguns instantes, até que Mimiko voltou com uma licença e algumas pokébolas.
- Ahm, obrigada Mimiko, obrigada mesmo. Mas acho que essas pokébolas não serão necessárias. – Disse Hikari ao pegar a licença.

- E suponho que você vá lutar só com esse pokémon? – Indagou a professora.

- Nidorino é um bom pokémon, Mimiko. – Retrucou Hikari.

- Suponho que seja um ótimo animal de estimação! Veja bem, tá até usando roupas. Como acha que é lá fora? Acha que quando tiver que batalhar vai pegar o Nidorino no colo e sair furando teus adversários com o chifre dele? Acha que é assim que batalha? Você não tem técnica, não tem estudo, não tem nada! Nidorinos são geralmente ariscos. Olha pro teu! Parece um filhote! Sua mãe é louca de deixa-la sair. Só não nego o favor, porque teu pai nos ajudou muito com as pesquisas. Agora pegue logo essas coisas. – Disse tais palavras, forçando a jovem a pegar as pokébolas.

Hikari manteu-se em silêncio, ficou imóvel, assim como Nidorino.
Mimiko fez um gesto com a mão pedindo para que a jovem aguardasse mais um pouco. Seguiu novamente pelo corredor, voltando com outra pokébola.

- Aqui está um Emonga³. Vai ser útil. – Entregou a pokébola com o pokémon para a jovem e apontou para a saída.
Hikari, ainda quieta, caminhou em direção a porta com Nidorino logo atrás.
Já do lado de fora, Mimiko chamou novamente a atenção da jovem.

- Tó aqui, um mapa. Siga pela rota 130, para chegar a cidade de Lidjan². É a mais segura por ser asfaltada e bem iluminada. Há poucas chances de você encontrar algum pokémon no caminho. Se precisar falar com alguém, ligue para cá. Sua mãe já vai ter trabalho suficiente controlando teu pai. E Hikari...Boa sorte. – Terminou de falar e logo voltou para dentro do laboratório, fechando a porta.

Hikari não teve tempo de agradece-la. Sabia que Mimiko não gostava da idéia, mas viu que mesmo assim, ela estaria disposta a ajudar.
Voltou o olhar para o Nidorino, que não parecia muito feliz. Isso devido aos comentários da professora. Olhou para a pokébola que estava em sua mão, contendo o Emonga.

- Mais um amigo, Nidorino. – Disse em um tom baixo de voz e começou a caminhar em direção a rota 130.

Boa Noite Pps!!

Adorei o primeiro capítulo *-* A sua narração é excelente, é muito envolvente eu só acho que vc poderia descrever mais, aí iria ficar perfeito ;D A história está muito interessante.O tamanho do capítulo está excelente, nem tão grande, nem tão pequemo.Coitado do Nidorino riram dele com aquela roupa.Achei muito engraçadas essas partes:

- Suponho que seja um ótimo animal de estimação! Veja bem, tá até usando roupas. Como acha que é lá fora? Acha que quando tiver que batalhar vai pegar o Nidorino no colo e sair furando teus adversários com o chifre dele? Acha que é assim que batalha? Você não tem técnica, não tem estudo, não tem nada! Nidorinos são geralmente ariscos.

kkkk, Vai sair furando os adversários com o chifre dele, LOL!

Correu de volta para a cama e, de forma nada organizada, começou a jogar seus pertences dentro da mochila.

Parece eu, vou jogando tudo dentro da minha mochila xD

Percebi apenas um erro mas nada de mais, está no quote abaixo:

- Mãe. Ehm...Oi. – Respondeu a (à) mãe com uma voz tremula. Tentando ficar a frente da mochila, em uma inútil tentativa de esconde-la.

Acho que nessa frase seria a com crase à, porque pelo que eu entendi a menina respondeu para a mãe.

Bom é isso, Pps só fic está excelente, tente usar mais descrição que sua fic ficará perfeita ;D Estou muito ancioso para saber o que acontecerá no próximo capítulo.

Até mais.

Pps, sua fic tá excelente ótima descrição, narração. Achei bem humorada sua Fic principalmente no momento que Mimiko disse:

- Suponho que seja um ótimo animal de estimação! Veja bem, tá até usando roupas. Como acha que é lá fora? Acha que quando tiver que batalhar vai pegar o Nidorino no colo e sair furando teus adversários com o chifre dele? Acha que é assim que batalha? Você não tem técnica, não tem estudo, não tem nada! Nidorinos são geralmente ariscos.

Mas tome cuidado com os nomes dos personagens e das cidades, para não confundir o leitor ele tem semelhanças no som e na escrita o que pode confundir, o que aconteceu comigo algumas vezes enquanto eu lia, e claro pode causar confusão com os nomes dos Pokémons em japonês.

Uma dica, simplifique o nomes dos personagens, fora isso tá excelente.

Adorei, simplesmente perfeita, narrativa nota 10, sua fanfic "trasmite" muito bem para nós, escrita muito boa, notei dois erros de pontuação, mas nada grave, enquanto ao enredo, ótimo, não houve a situação em que pega um inicial fraco, usando apenas investa, fazendo com que as batalhas da história não tenham emoção, mas com certeza na sua vou ter interesse, entrou na minha listinha, claro que irei acompanhar.

______________________•Agradecimentos•______________________:

______________________•Esclarecimentos•______________________:

______________________•Personagens•______________________:

-Não agüento mais esse lugar! – Gritou Hikari enquanto andava pela rota 130.

Nidorino que caminhava logo ao lado, franziu levemente as sobrancelhas com o berro da jovem.
Hikari estava exausta, não era acostumada com aquilo. Cansada devido à caminhada, sentou-se no chão, observando o local.
A trilha realmente aparentava ser segura. Era asfaltada e bastante iluminada pelos altos postes de luz. Porém era cercada por uma mata fechada, algo que deixava Hikari um tanto ansiosa.
O pokémon aproximou-se da garota, sentando ao lado dela. Observava Hikari curioso, tentando entender exatamente o que se passava com a jovem.
Hikari levou as mãos ao rosto. Ficou assim por alguns instantes resmungando meia dúzia de palavrões. Tirou a mochila que carregava nas costas, colocando-a no chão há uma certa distância de onde estava sentada, para que pudesse deitar com a cabeça sobre ela. E quando o fez, foi possível ouvir o barulho das bolachas que havia posto em sua mochila, se esfarelarem.

-Aaaaaaaah, qual é?! – Resmungou Hikari.
Para Nidorino, a cena teria sido incrivelmente patética, se não fosse tão trágica.
A garota nem deu ao trabalho de se levantar. Continuou deitada, observando o céu. Não havia muitas estrelas, as nuvens já haviam coberto quase tudo. Sinal de que choveria a qualquer instante.
Pelo fato de terem parado de andar, Hikari e seu pokémon começaram a sentir o frio daquela madrugada. Nidorino em busca de calor aproximou-se da jovem, deitando-se perto dela. Cansado pela caminhada, começou a ‘cair’ no sono.
Hikari por sua vez, continuou acordada. O som do vento que passava pelas árvores, não a agradava.
Um som mais forte a fez levantar. Algo parecia ter passado entre a mata, não muito longe dali. O pokémon acordou assustado com o movimento brusco da jovem, levantando-se rapidamente.

-Tem alguma coisa ali. – Disse Hikari, apontando para a floresta enquanto ficava em pé.
Nidorino observou o local para onde Hikari estava apontado. Não via, nem ouvia nada. Ambos estavam quase se acalmando, quando novamente ouviram o barulho. Hikari abaixou-se rapidamente para pegar a mochila, abraçando-a de forma que a usasse como um escudo. Nidorino assumiu uma expressão séria, com o olhar fixado na mata.
Mais uma vez, alguma coisa relativamente grande, mexeu a mata. Um Beedrill, que sem muita cerimônia, saiu de dentro da floresta. O pokémon não havia dado atenção para Hikari e Nidorino, era como se para ele, os dois nem estivessem ali. Porém, a jovem desesperada por ‘dar de cara’ com um pokémon daqueles, jogou a mochila contra o Beedrill, gritando. O pokémon cambaleou um pouco, mais pelo movimento inesperado do que pela força com que Hikari jogou a mochila.
Nidorino arregalou os olhos, fitando a treinadora. Não acreditava que a jovem havia feito aquilo. O Beedrill por sua vez, ainda tentava se recompor da ‘mochilada’ que havia recebido.
Descontrolada e assustada, retirou do bolso a pokébola que continha o Emonga, chamando-o para a batalha.
Emonga pôs-se para fora, já encarando o adversário. O pokémon tinha uma postura autoritária. Típica de um pokémon bem treinado, como todos os outros que professora Mimiko possuía. Assumiu a posição de ataque, esperando o comando de Hikari.

-Emonga...Faça alguma coisa, qualquer coisa! – Gritou para o pokémon.
Fez-se o silêncio. Beedrill e Emonga voltaram o olhar para Hikari. Incrédulos com as palavras que ouviram. Nidorino fechou os olhos, fazendo um gesto negativo com a cabeça. Sabia que Hikari não tinha conhecimento nenhum sobre pokémons.- afinal o sonho dela era ser pediatra, não uma treinadora -, mas aquilo foi inesperado até para ele.

-O que você ta fazendo, sua louca? – Ouviu-se a voz de um rapaz.
Beedrill deu as costas, indo em direção ao mesmo. Parou ao lado do garoto, que mantinha uma expressão séria no rosto.
-Guria, você tem algum problema? Tava atacando meu Beedrill à toa? Ele só estava procurando comida, sua psicótica! – Continuou o garoto.
Emonga sem muita paciência para aquilo tudo, voltou para dentro de sua pokébola, deixando Hikari ainda mais sem graça.

-Mas essa coisa me saiu do meio do mato! Como você quer que eu reaja? –Indagou a jovem, enfurecida.

-Feito um ser humano normal. O que acha disso? – Retrucou o rapaz.
Hikari ‘bufou’, cruzando os braços. Desviou o olhar para o chão. Estava frustrada com ela mesma.

O garoto ficou quieto por alguns instantes, apenas observando a jovem. Voltou o olhar para o Beedrill, que o encarava esperando alguma reação.
-Guria, acho que você precisa descansar um pouco. – Comentou enquanto fazia Beedrill voltar para a pokébola.

-Nem me fale. Queria muito uma cama quentinha... – Disse Hikari, em um tom bastante desanimador.

-Por que você não vai para a cidade de Lidjan e dorme um pouco? – Comentou o jovem, enquanto se aproximava de Hikari.

-Bom, é para lá que eu estou tentando ir. Mas esse lugar não chega nunca!

O rapaz concordou com a cabeça, sorrindo do comentário feito pela jovem. Esticou a mão para cumprimenta-la, apresentando-se.

-De qualquer forma, meu nome é Kaioro. E você é...?

-Hikari. – Respondeu, erguendo a mão para cumprimenta-lo.

-Bom, Hikari, se te serve de consolo à cidade está a uns cinco minutos daqui. Estou indo para lá. Se quiser me acompanhar... Conheço uma pousada que não é muito cara e tem desconto para treinadores. – Disse tais palavras apontando para o caminho que deveriam seguir.
Hikari nada disse, apenas concordou com a cabeça. Começando a caminhar junto com Kaioro.
O garoto mostrava-se entusiasmado com tudo aquilo. O rapaz de olhos azuis e cabelos castanhos estava bem vestido. Suas roupas não pareciam muito confortáveis para uma jornada. Mas ele não parecia se importar.
Caminhava um pouco à frente de Hikari, que não dizia uma palavra se quer. O silêncio entre os dois tornava-se incomodo até mesmo para Nidorino.
Em uma tentativa de ‘quebrar o gelo’, Kaioro dispôs-se a falar.

-Será que iremos nos enfrentar na liga?

-Não vou para lá. – Respondeu Hikari.

-Não? Mas então... Vai fazer o que? Virar criadora, só? – Disse Kaioro curioso, observando a menina que andava cabisbaixa ao seu lado.

-Também não.

-Então eu não entendo o porque de você ir até Lidjan. Lá não tem nada que possa lhe interessar.

-Estou atrás de meu irmão. Ele sumiu faz alguns meses. – Explicou Hikari, sem muito interesse em continuar a conversa.
Kaioro não disse nada, apesar de curioso. Ficou em silêncio, voltando o olhar para o caminho que seguiam.
Logo a frente já era possível avistar as luzes da cidade.
O silêncio permaneceu até os treinadores se aproximarem da suposta pousada.
Estava uma bagunça. Pessoas falando alto, andando de um lado para o outro e discutindo. Hikari e Kaioro se entreolharam, interessados no que poderia estar acontecendo. Aproximaram-se de um menino sentado a frente da porta do estabelecimento, questionando-o.

-Olá, boa noite. É...O que aconteceu por aqui? – Perguntou Hikari, curiosa.

-O time Planes. Eles entraram aqui e levaram os pokémons de um monte de gente. – Disse o menino, gesticulando rapidamente com as mãos.

-Mas ninguém os viu entrando? – Questionou Hikari.

-Não. Eles usam uma abordagem diferente. Não tavam usando uniformes, e disseram que já estavam hospedados aqui... A recepcionista acreditou...
Hikari franziu as sobrancelhas, voltando o olhar para Kaioro, que balançou a cabeça de forma negativa. Como se dissesse a garota, que não fazia idéia do que estava acontecendo.
A jovem olhou curiosa para o local. Passando pelo menino, entrou na pousada sendo seguida por Kaioro e Nidorino. O local já estava vazio. Todos os funcionários e hospedes estavam do lado de fora.
O local não era muito grande. Logo de cara, estava o balcão; do lado esquerdo ficavam algumas poltronas e uma mesa de centro; do direito um corredor que dava nos quartos.As poltronas estavam viradas, vasos quebrados, tapetes e cortinas estavam rasgadas.

-Olha, Hi. Acho que isso é trabalho da polícia. – Disse Kaioro enquanto olhava a recepção da pousada, praticamente destruída.
Hikari torceu o canto da boca ao ouvir Kaioro chamá-la de ‘Hi’. Muita intimidade da parte dele, mas não disse nada. Tornou a olhar em volta, observando a situação que se encontrava o local.
Nidorino farejando alguma coisa,foi em direção a uma porta que ficava atrás do balcão da recepção. Parou em frente dela e, em uma tentativa de chamar a atenção de Hikari, começou a ‘raspar’ o batente da porta com uma das patas dianteiras.

-O que temos aí? – Disse Hikari aproximando-se do pokémon.
Hikari abriu lentamente a porta. O local era como se fosse um depósito. Havia algumas estantes com produtos de limpeza, vassouras e rodos apoiados na parede.
A jovem entrou no lugar, procurando o interruptor para acender a luz. Antes que conseguisse encontra-lo, um homem alto, de pele clara e de cabelos e olhos negros a empurrou, tentando abrir passagem para fugir do local.
Hikari que não estava preparada para aquilo, caiu no chão e Nidorino foi direto em direção à garota, para ver se ela estava bem.
Kaioro, que estava do outro lado levantando poltronas caídas; viu a cena e correu em direção ao homem. Jogou-se contra ele, fazendo com que ambos caíssem.
Sem perder tempo, mas ainda atordoado com a queda, Kaioro se levantou, chamando seu Charmeleon para a batalha.

-Quem é você? – Indagou Kaioro em um tom autoritário.
O homem levantava-se vagarosamente. Mantinha um sorriso sarcástico estampado no rosto. Pegou de seu bolso uma pokébola e antes mesmo de tomar alguma atitude, retrucou.

-Garoto, você realmente acha que pode me impedir.

-Cara, cê tava escondido dentro de um armário. Não tem o que argumentar. – Respondeu Kaioro, em um tom irônico.

O homem cessou o sorriso, demonstrando que as palavras de Kaioro o afetaram. Ficou claro que ele fazia parte dos Planes. Da pokébola que tinha em mãos, chamou para batalha um Zigzagoon.

-Charmeleon use flamethrower – Ordenou Kaioro ao pokémon, sem hesitar.
Charmeleon puxou o ar com força, como se fosse gritar. Mas ao abrir a boca, expeliu uma enorme rajada de fogo, acertando o Zigzagoon adversário que envolto em chamas, recuou para trás.

-Sozinho você é indefeso. – Zombou Kaioro.
O homem se preparava para ordenar um ataque ao seu Zigzagoon. Mas com o barulho que estavam fazendo com a batalha, as pessoas ao lado de fora começaram a entrar. Antes que pudesse ser pego, o homem fez retornar seu pokémon a pokébola e correu em direção à janela, saltando para fora do lugar.
Alguns dos treinadores que chegaram a tempo de ver a cena, correram para fora em uma tentativa de alcançar o membro do time Planes.
Kaioro por sua vez, apenas retornou Charmeleon à sua pokébola e olhou em volta, buscando por Hikari.
A garota estava assustada, ainda sentada no chão abraçando seu Nidorino. Mantinha os olhos fixos em Kaioro, mas nada dizia. O garoto abriu um leve sorriso no rosto ao vê-la. Aproximou-se dela e estendeu a mão para ajuda-la a se levantar.
Já de pé, Hikari sorriu sem jeito, como uma forma de agradece-lo. Não só pelo fato dele ter ajudado ela a se levantar, mas pela atitude que havia tomado em relação a tudo.

- Venha, vamos para o centro pokémon. Não tem luxo, mas da pra dormir por lá. – Comentou Kaioro enquanto começava a andar para fora da casa com Hikari e Nidorino.