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Gonryu - Os Cinco Dragões.

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Mensagem por Rush Seg 19 maio 2014 - 2:27

~>x<~


Em meio de tanta escuridão, era possível ver apenas um pontinho de luz flutuando no nada, perdido. As trevas que rodeavam a pequenina fonte de luz eram quase infinitas, como se representassem os medos de todos os seres que nem sequer haviam existido naquela dimensão sombria e espiritual.


Logo um sopro era escutado, o que levava o pequeno ponto a multiplicar-se enquanto vagava desorientado, se espalhando como um dente de leão ao vento. De repente, aquela mísera mancha cintilante já eram milhares, que transformavam as trevas do escuro total para um tom pesado de roxo com rosa, semelhante a várias nuvens contorcidas em traços semelhantes à aquarela.

O roxo parecia se acalmar de uma violenta guerra com as outras cores vívidas que lá se escondiam, fazendo com que as nuvens fossem aos poucos se tornando azuis e se abrissem num céu tão amarelo como uma folha manchada ao café. De pouco em pouco, parecia que tudo fosse uma pintura. Um fluxo eterno traçado de uma forma gentil e ao mesmo tempo cruel. Pontos escuros manchavam aquele céu de papel como se fossem pesadas lágrimas sendo derramadas por uma morte prematura.

Ouvia-se o ar sendo inalado, enchendo os seus pulmões de vida. De esperanças, sonhos. Um alívio.

Uma espécie de tigre abria os seus olhos vermelhos. Neles haviam brilho. Esperança. Uma paz que contornava em seus pelos dourados ao redor de suas órbitas oculares, se tornando brancos chegando na sua parte inferior e assim continuavam até o seu torso - mantendo a pelugem dourada na parte superior de seu corpo. Suas enormes presas cobriam sua mandíbula, como dois sabres de marfim não aparentando serem afiados como realmente eram. E seu focinho era contornado por uma espécie de pelugem azulada, com uma pequena juba tão rebelde que se assemelhava à pequenas faíscas.

Em sua nuca, uma enorme nuvem roxa se misturava ao cenário pintado. Sempre em constante movimento, como se fosse tinta caindo aos poucos nos fundos de um copo d'água, em uma sintonia tão pacífica como o ambiente em que estava, representando o equilíbrio das sete dimensões, dos dois mundos.

- Tolo.

O Tigre suspirava. Mesmo essas palavras terem sido sopradas, o som grosso de uma voz de mil homens ecoava pelo universo inteiro, fazendo com que os pequeninos pontinhos de luz vibrassem e se desorientassem, como uma pequena folha perdida ao boiar num lago após algum tipo de agitação.

O felino, que estava deitado numa gigantesca bolha, se levantava. Fazendo com que a mesma bolha - até então transparente - estourasse, se transformando em uma tinta negra que se misturava com o cenário aos poucos. Neste momento, ele jogava o seu olhar triste e profundo para o céu, vendo as nuvens revelando uma enorme lua de tinta, que iluminava ainda mais o seu corpo, tendo o seu brilho refletido pelos seus olhos vermelhos e melancólicos.


~>x<~


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~>x<~


Música Tema do IV Volume.


~>x<~


Seus olhos dourados refulgiam a luz serena e profunda de tal dimensão. Estava inerte, olhando para o enorme tigre em sua frente, que por sua vez, demonstrava calma ao sair de cima da enorme bolha em que deitava – transformando-a em uma espécie de tinta negra ao explodir, que se misturava com o cenário que ficava em constante movimento. Ryuzaki estava confuso, mas ao mesmo tempo paralisado. O zumbido de seu ouvido lentamente se dissipava, fazendo com que sua audição voltasse aos poucos ao normal. O mesmo valia para as cicatrizes em seu rosto. Os profundos cortes em seu rosto se cicatrizavam rapidamente, deixando apenas o caminho que as gotas de seu sangue escarlate haviam percorrido – misturando a coloração cintilante de vermelho rubro com o dourado de seus olhos.


Os fios de cabelos negros pareciam ser levados à um vento inexistente, bagunçando a sua franja espetada e exibindo a testa do rapaz, livrando o rosto de Ryuzaki de qualquer fiozinho de cabelo. Sua perna, no entanto, ainda estava amputada. Sabia disso, pois ainda estava com a prótese de metal, que por mais que tivesse acostumado, ainda incomodava a sua coxa direita.


- Tolo. – Raigan se pronunciava. A sua voz se assemelhava a voz de mil homens que ressonavam em tom sereno e sincronizado. Aquilo fazia Ryuzaki apenas engolir seco, sem saber o que fazer.


Gradualmente, o ambiente de aquarela começava a se movimentar mais bruscamente. As nuvens voltavam a fechar o céu de papel amarelado, enquanto a escuridão voltava a predominar, o que assustava o rapaz de olhos dourados. A imagem do Primisect então surgia no céu. Ele estava preso, é como se aquela fosse a visão do próprio Hiroga antes da explosão da base de Stephen. E como pensado, logo uma enorme explosão era vista, o que bagunçava ainda mais o universo de tinta.


- O que está acontecendo?! – Ryuzaki se perguntava, tentando se equilibrar para não ser derrubado pelo desequilíbrio que aos poucos destruía o ambiente em que estava.

- Hiroga está... Morto. – O Raikou dizia, parecendo não demonstrar nenhum temor ao que estava acontecendo. – Sempre esteve. – Continuava, caminhando em direção de Ryuzaki. – Desde que perdera tudo. Seus pais. Amigos. Crescera como uma casca oca. Desprovido de qualquer emoção. Ou era o que tentava ser.

Um enorme relâmpago rasgava o céu em dois, enquanto várias imagens eram aglomeradas na tinta, passando por uma velocidade incrível enquanto eram substituídas por outras, como se fossem páginas de um livro sendo passadas por um vendaval. 

- A dimensão sete. Este universo de tinta. É nada menos do que a mente de Hiroga. – O Raikou novamente dizia, olhando para o céu, como se estivesse tentando apresentar para Ryuzaki o local em que estava. – Uma mente conturbada, confusa e selada. Tudo isso o que você está vendo... Essas imagens, desenhos ou apenas esboços, são lembranças contidas neste universo, lembranças que assombram Hiroga todas as noites. 


Ryuzaki então fechava um pouco os seus olhos, tentando prestar mais atenção em cada imagem que surgia nos céus. Via dois adultos, provavelmente os pais de Hiroga, sendo mortos com um relâmpago. Podia ver alguns desenhos de tinta, desenhos de criança. Os desenhos eram nada menos do que o próprio Raigan-Sama. Além disso, podia ver fogo, violência, um tom pesado de roxo, e depois, por fim, uma Gardevoir. É claro que as imagens eram passadas rápidas demais. Não conseguia notar muitos detalhes. 


- Elizabeth fora a chave para esse universo. – O Raikou continuava, olhando para a Gardevoir no céu. – Ocultava os sentimentos de Hiroga. Os absorvia. Elizabeth o amava demais, a ponto de sentir todo o seu medo e ódio, confusão e compaixão, tudo em uma gama de emoções compactadas de uma vez só. 


Então a imagem se mudava para uma bela criança de cabelos compridos e castanhos. Embora fosse uma garota bonita, era evidente a tristeza em seu rosto. O vazio em seus olhos. O medo em seu ser.


- Então surgiu essa... Katherine. A única sobrevivente. A menina que fora torturada e violentada pelo demônio Hypno em sua infância. – Suspirava como se estivesse decepcionado com aquilo. 


Ao aparecer a imagem de Katherine, o universo inteiro parava de entrar em colapso. Tudo parava de se mover, ficando tudo quase inerte. Aquela imagem trazia paz, tranquilidade para a mente de Hiroga.


- Quem diria que um sentimento... Um pequenino e insignificante sentimento... Iria dar vida aos mortos? – O Raikou dizia em tom irônico, sem desmanchar a expressão séria de predador de seu ser. – O único sentimento de Hiroga. Amor. A única coisa que o levou para essa liga. Que fez esquecer-se de si mesmo. De Elizabeth. De seus pais, seu passado. De mim.

- De você? – Ryuzaki perguntava, recuando um passo. – Quem é você? – Por mais anormal que aquilo fosse, o demônio de olhos dourados demonstrava insegurança diante de um possível inimigo.

- Eu? – O Raikou perguntava, girando levemente a sua cabeça horizontalmente, como se questionasse tal pergunta.


Então a imagem de Katherine era queimada por um forte relâmpago que deixava um rastro de tinta negra. As nuvens voltavam a se fechar, e tudo começava a novamente entrar em colapso.


O Roxo começava a se misturar com Vermelho, e o Amarelo já não existia mais.


Imagens da morte, destruição, eram mostradas em uma quantidade e velocidade incríveis. Ryuzaki arregalava os seus belos olhos dourados ao ver morte, desespero, mortes e mais mortes. Familiares, amigos, todos mortos por um tigre dente-de-sabre que surgia junto aos relâmpagos. Estava tudo embaralhado, é como se a silhueta do quebra cabeças fosse nítida, mas suas peças em si estavam todas invertidas. Dragões azulados eram vistos atacando e matando pessoas inocentes, mas não tinham nada a ver com o Raikou. Ryuzaki inspirava trêmulo.


- Como assim?! – O rapaz perguntava aos berros. – O que isso tem a ver? E Ryuuji? Você?

Raigan ria lentamente, quase que pausadamente. 

- Você não é o único demônio daqui, Ryuzaki-Chan. Muito menos o único problemático.



~>x<~



Estavam finalmente no lado de fora. Katherine corria o mais rápido que podia, enquanto carregava Melody em um dos braços, e puxava Ryuzaki com a sua mão livre. Ela era a única que estava ciente de que deveria fugir o mais rápido dali, e era a única madura o suficiente para fazer isso. Suiguetsu corria de forma quadrupede, mesmo sendo um Crocodilo bípede. Ele acompanhava seu dono, e mesmo sendo um Pokémon ciumento e protetor, que sempre ameaçada atacar quem se aproximasse dele, não mostrava nada além de preocupação. Seu braço também estava ferido, já que o Primisect teria o atravessado com uma lança, mas o Feraligatr tinha um vigor incrível, mostrando em como havia sido bem treinado. 

Ryuzaki ainda corria olhando para trás. Eram tantos pensamentos, que não conseguia pensar em nada. Enquanto ainda corriam, uma enorme explosão ocorria naquele local, derrubando algumas árvores próximas e destruindo por completo aquela base.


- Mas que porra?! – Ryuzaki berrava, sentindo uma forte ventania causada pela explosão os derrubando, mesmo que estivessem distantes. Aquilo podia ter sido ouvida pela ilha inteira.


Katherine caía de costas, para Melody não se machucar. Ela não sentia dor, na verdade, estava arrasada demais para perceber o impacto da queda. A menina gritava, saindo de seus braços para correr em direção da explosão. A loira ficava desesperada, sabendo aquilo seria a autodestruição da base, que teria acontecido mesmo com seus pais lá dentro. Ela corria o máximo que podia, tropeçando e caindo de bruços no chão, caindo em prantos.


- Eles... Morreram. – Katherine dizia em tom baixo, se sentando. Estava com uma expressão vazia em seu rosto, mesmo que o medo tomasse conta de seus olhos, estava totalmente devastada com aquilo. 

- Como assim?! – Ryuzaki mais uma vez berrava, fazendo o Feraligatr em seu lado se assustar. Ele se levantava de pé rapidamente, graças a prótese de metal que substituía sua perna. – Eles nos sal-

- Eles nos salvaram. – Interrompia o moreno com o que ele mesmo ia dizer. Naquele momento, uma pequena gota escorria de seus olhos castanhos, fazendo com que Katherine colocasse uma das mãos em sua boca. – Os pais da menina, o Hiroga, eles nos salvaram. 

- Hiroga?! – Ryuzaki se questionava, assustado. Logo ligando os pontos e caindo a ficha. Aquilo teria sido forte demais para o rapaz aguentar, fazendo com que ele caísse sentado no chão, na frente de Katherine. 


Suiguetsu ficava preocupado, mas lentamente andava em direção de Melody, que ainda estava caída, e a segurava levemente com sua mandíbula, mesmo que a criança berrasse e se debatesse pra fugir. O Feraligatr a deixava no chão então, e fungava no rosto da menina, que mesmo assustada, o abraçava. Não se conformando que havia perdido seus pais. O crocodilo azul ficava ali, sendo abraçado enquanto a menina chorava.
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Mensagem por Mathss Seg 19 maio 2014 - 18:40

Li o primeiro capítulo, esta semana procurei alguma fic para ler, além da do Lider de Ginasio de Black que eu to bem atrasado(nem lembro qual cap eu parei), ai achei a sua e gostei bastante.

A ideia foi bem interessante, mais o lado humano das coisas, e achei muito bem formado o primeiro capítulo, mas muito bem formado mesmo, o que não gostei, mas vi que você corrigiu, foi o das letras roxa, pois só o primeiro cap ta assim.

Só não gostei muito do tamanho do cap, hauhauhauahau, tive que dividir em 2 para conseguir ler todo...

O personagem principal é um "anti-herói" ou algo assim? Que pareceu pelas características dele

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Mensagem por DarkZoroark Ter 20 maio 2014 - 7:37

Rush o/
Eu podia fazer um parágrafo de animosidade pelo fato de teres voltado com a Gonryu, mas isso - além de ser estranho pra burro - vai acabar desviando do foco do comentário. Então, vamos simplificar; adorei o fato de teres retornado, ou pelo menos eu espero, a escrever esta história que, na minha opinião, é uma das melhores que já li aqui na PM. Vamos então ao review deste último capítulo:
O capítulo foi um tanto pequeno, mas não tira a qualidade da história contida dentro do mesmo. Achei interessante a explicação para a existência e o conceito da dimensão sete, local que, por mim, era o mais enigmático na história da Fanfic. Foi legal ver o Raigan mais uma vez - não sei se será a última, então não vou comentar muito sobre isso - e descobrir um pouco mais sobre ele. Pelo que eu percebi os pais do Hiroga foram mortos por um Raikou ou aconteceu alguma coisa envolvendo o Cão Lendário - pois é... Tá dose pra todo mundo nessa história.
Aliás, o fato de o Hiroga ter realmente se apaixonado pela Katherine foi algo bem inusitado. Quero ver agora o que terá acontecido com a Elizabeth - afinal, se não me engano, havias me dito na última vez que ela não teria morrido na explosão da base. A afirmação final do Raigan também foi muito interessante, mas vou esperar um pouco para ver o que ele quis dizer com "não ser o único demônio".
Outro ponto bem interessante, por sinal, é o surpreendente "instinto paternal" do Suiguetsu para com a Melody. Isso mostra que o Pokémon crocodilo difere bastante do Ryuzaki, que se preocupa com bem poucas pessoas e que deve estar pouco se lixando para a criança.
Encontrei um par de erros aqui (PS: Malz ter pego a cor errada, mas não tava com paciência de passar por todo o degradê de roxo até achar o mesmo tom que usas durante o texto):

Rush escreveu:Ela era a única que estava ciente de que deveria fugir o mais rápido dali, e era a única madura o suficiente para fazer isso. Suiguetsu corria de forma quadrupede, mesmo sendo um Crocodilo bípede. Ele acompanhava seu dono, e mesmo sendo um Pokémon ciumento e protetor, que sempre ameaçada [...]
Se não me engano, deveriam ser "quadrúpede" e "ameaçava", respectivamente.
Quanto a escrita não preciso falar nada, não é mesmo? Sempre com um padrão altíssimo, não há muito do que falar. Vou dar uma lida nos capítulos anteriores para me situar na história - só me lembro dos últimos dois ou três - e fico na espera para ver como estão os outros competidores.
Aguardo o próximo capítulo.  ninja 

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Mensagem por Shindou Hajime Sáb 24 maio 2014 - 15:44

RUSH! Seu lindjo, achei que não voltaria com essa fic. ;_; Tu me falou há um bom tempo atrás de que iria voltar com ela, mas não o fez. u.u Mas fico feliz que finalmente Gonryu retornou, só fiquei triste porque o capítulo não mostrou se a Akari está bem. T_T

Não sei se é porque faz tempo que eu li a Gonryu, porém sua escrita me parece um pouco diferente, não sei dizer muito bem, contudo está ótimo e lindo desse jeito! Dessa vez tu explicou um pouco o que é a tal Dimensão Sete - que pra mim era a única coisa de importante que o maldito Hiroga tinha u_u - e não sei exatamente o que houve, mas a família e os amigos dele parecem ter sido mortos ou pelo próprio Raikou, ou por outro Pokémon que não foi mostrado. /hmm

Agora faz mais sentido a personalidade dele, levando em conta o que a Gardevoir fazia com os sentimentos do Hiroga, mas ainda achei sacanagem ele a ter usado para conseguir pegar a Katherine. E.E De qualquer jeito, eu apenas continuo ficando mais e mais com pena da Melody, poxa. ;____; Uma criança como ela não deveria passar por tudo isso!

Ao menos ela tem o Suiguetsu para protegê-la, e meu amigo, esse Feraligatr é MUITO casca dura, hein?! Só que infelizmente não acho que eles estejam livres, pois por mais que aquela explosão tenha sido forte, os Primisects são bem resistentes. @_@

Quero ver o que o Ryuzaki fará agora, ainda mais levando em conta que precisará proteger a Melody e a Katherine enquanto tenta sobreviver e passar pela segunda fase. Aliás, se ele fizesse dupla com o irmão, tenho CERTEZA que iriam detonar tudo, mas duvido muito que se encontrem. @_@ E falando no mesmo... ELE PRECISA SALVAR A AKARI CUSTE O QUE CUSTAR! SJKDAHSDSJDHSAUICNEJSANES

Pare de me deixar curioso e me mostre o que houve no próximo capítulo, okay?! Aí sim você pode dar atenção pros demais personagens! /apanha

No mais é isso! Gostei bastante e mais um aleluia por Gonryu ter voltado!
Keep Goin' 8D

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Mensagem por Pokaabu Dom 25 maio 2014 - 17:05

Ei Rush, que bom que tu voltou com a fic. Saudades do forum :3. Recomendo que você foque mais nas emoções dos personagens do que na descrição física, pelo menos nessa parte que parece ter uma carga sentimental muito forte a ser passada. Acho que seria legal ver como as pessoas do lado de fora veem o reality show, mas isso fica a seu critério.

Enfim, fim.

Bye carinha.

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Mensagem por Rush Ter 27 maio 2014 - 0:34

@Mathss: Muito obrigado cara! Então, sobre o tamanho dos capítulos, sinto lhe dizer, mas serão grandes sim. Uma coisa que meu amigo fez, foi ler apenas o ponto de vista do personagem preferido dele - No caso, a Katherine. - ignorando os outros. Eu não recomendo, afinal, todos os outros personagens terão importancia na história. Sim o Ryuzaki é um filho da [palavra censurada] mesmo. Muito obrigado pelo comentário, me animou bastante. Espero que continue lendo, um abraço!

@DarkZoroark: DZ, muito obrigado mesmo! Fico muito feliz em saber que você, o um dos comentaristas mais antigo da fic, voltou na "reinauguração" dela! Hahaha! Muito obrigado mesmo, fiquei muito feliz com a sua reação. Sobre o Raigan, eu lamento, mas provavelmente essa será a sua última aparição mesmo, assim como a dimensão sete em si. Serão citadas, assim como o ato "heroico" de Hiroga. Se quiser, eu irei tentar explicar o que realmente aconteceu antes mesmo de postar o próximo capítulo. Sobre o Suiguetsu e a Melody, eles são dois personagens que serão perfeitos juntos. <3 É a única coisa que eu me recusei em mudar na história. Muito obrigado pelo comentário. Fiquei muito feliz mesmo em ver que você não tinha se esquecido da velha e caquética Gonryu. Eu te lovo demais. <3

@Shindou Hajime: Cara, palavras não expressam o que eu senti quando eu vi que a Gonryu fez você ressucitar. Na boa. Você é um dos meus melhores amigos do fórum, e possui uma das minhas fics preferidas. Quando eu vi que as duas coisas voltariam a fazer parte da minha rotina novamente, eu fiquei feliz bagarai. E Melody e Suiguetsu, na minha opinião, são os meus personagens preferidos. Eles são lindos juntos e pqp, uma menininha inocente com um Feraligatr fodidamente grande como guarda costas. Hahaha! Muito obrigado cara, muito obrigado mesmo. Fiquei feliz demais quando eu vi que você voltou ao fórum. Continue aqui e não suma, ok? Valeu cara <333

@Pokaabu: MEUS DEUS CARA. EU NÃO ACREDITO QUE TO VENDO VOCÊ DE NOVO. Ç.Ç Sim sim sim, a cada capítulo eu estou tentando focar mais e mais no sentimento dos personagens. Você sabe que isso foi, praticamente, sempre o foco da fic. Pelo menos o que eu tento, né? Enfim, fiquei muito muito muito muito muito feliz em ver você ressucitando também. Por favor, cara, volte com suas duas fics. O Sexto Distrito e Wally, duas fics lindas, fodoonas demais. Duas fics que eu era fã e sempre lia, e se você voltar, vou comentar em todos os caps no mesmo dia em que eles serão postados, serío mesmo. Muito obrigado cara, fico feliz demais em ver você aqui. Só falta o Herick agora para os fan fictioners se reunirem haha. Um abraço cara, valeu <33333




~>x<~




O que dizer? Fiquei feliz demais em um rosto novo e outros três antigos aqui novamente. Fico muito feliz que não tenham desistido da Fan Fic, assim como eu acabei não desistindo. Eu irei escrevê-la até o final, mas creio que ela ficará MAIS pesada ainda. Não pelo simples fato de querer botar fogo no circo, e sim de mostrar que os personagens são HUMANOS. E que como HUMANOS, eles MORREM. Não importa quem e como, eles morreram se vacilarem, e para eles, como o grande mestre Herick me disse uma vez, para eles mesmos, no fundo do coração deles, ELES que são os protagonistas. Então vejam, não é porque um personagem é querido por mim, que ele será querido por outro personagem.

É isso. Espero que compreendam. Sangue gera sangue. Quem fere com ferro, com ferro será ferido. 




~>x<~




A noite mais uma vez dominava. A escuridão tomava conta da floresta presente na enorme ilha de Genki, o território onde a competição se passava. As folhas presentes nos inúmeros galhos dos milhares de árvores ali bloqueavam quase todo resquício de luz vinda das duas enormes luas que embelezavam o céu obscuro e poderoso.

Ryuzaki estava sentado em uma grande rocha que media, pelo menos, uns dois metros de altura. O vento batia em seu rosto, bagunçando os seus fios de cabelo negros, enquanto os pequenos raios de luz que vinham da lua e das estrelas eram absorvidos pelos seus olhos dourados. Parecia que as suas íris produziam a sua própria luminosidade.

Em frente do rochedo em que repousava - ainda de guarda -, estava uma fogueira não muito grande, mas forte o suficiente para mantê-los aquecidos durante uma álgida noite naquela ilha impiedosa e sem esperança ou expectativa. Ao redor do fogo, Katherine estava sentada, enquanto encostava-se a um tronco de árvore caído. A bela garota abraçava Melody, usando o seu próprio calor corporal para mantê-la aquecida. Parecia que cada noite naquele lugar ficava mais fria.

Aquela fogueira parecia deixar a garota de cabelos castanhos um pouco cautelosa. Tinha medo de algum participante ver a fumaça que ela criava e alcança-los, os saqueando e até coisa pior. O moreno, no entanto, estava seguro. Havia explicado anteriormente que iria matar qualquer intruso com um enorme sorriso no rosto, caso necessário. Além demais, nenhum competidor seria páreo para o seu crocodilo gigante.

Ryuzaki, mesmo de guarda, ficava olhando fixamente para Katherine. A jovem fazia o mesmo, enquanto Melody dormia em seus braços, trêmula.



- Está frio. – O demônio de olhos dourados dizia como se estivesse tentando puxar assunto, com um argumento tão óbvio e sem imersão que resultava em um silêncio constrangedor.



Katherine não respondia. Apenas olhava o rapaz com desgosto. Ela também parecia tremer, já que o clima estava próximo de zero, naquela noite. Mas ela não dizia sequer uma palavra para aquele homem, que tinha lhe dado uma pancada na cabeça com um pé-de-cabra. Ela ficava ali, apenas o observando. Não dizia e não parecia escutar nada. Apenas o encarava como se pensasse em milhares de maneiras de matar Ryuzaki quando tivesse chance.

O garoto, no entanto, se levantava por um momento, enquanto retirava a camisa de tecido marrom que estava usando, jogando em direção da jovem. Por pouco o traje não caía no fogo. Ela segurava a peça de roupa com a sua mão direita que estava livre, mas mesmo assim não dizia nada. Apenas voltando a lançar o seu olhar congelante para o moreno, que parecia ser mais frio do que o próprio clima da ilha.


- Não é pra você. É pra Melody. – Ele dizia rudemente. Mesmo sem camisa, o rapaz não parecia demonstrar frio. Talvez para mostrar que ele era forte o suficiente para aguentá-lo, ou por realmente ter uma enorme imunidade à baixas temperaturas.


Katherine cobria a pequena criança com a peça de roupa. E logo em seguida, voltava a lançar o seu olhar frio para Ryuzaki. Também observando o seu belo corpo definido, que possuía algumas cicatrizes com pontos, onde seriam as marcas de bala, que teriam vindo da pistola de Marcus pouco tempo atrás. Por um curto momento, ela se perdia em seus pensamentos, apenas admirando em como o corpo daquele garoto era bonito. Seu abdômen e peitoral definidos. Seus braços, que mesmo não muito grossos, pareciam mostrar que eram fortes o suficiente para carregar um tronco de árvore com mais de dez metros de altura.

Ela também não podia ignorar a enorme cicatriz que percorria diagonalmente as suas costas quando o rapaz se virava. Já branca, por ter sido um ferimento cicatrizado há muito tempo atrás, muito antes mesmo da competição começar.

A pequena loira ainda estava muito trêmula, e ainda dormindo, se aninhava nos braços de Katherine, tentando ficar confortável e quentinha. Vendo tal ação, Katherine parecia abraçá-la ainda mais forte, a um ponto em que a criança parava de ficar tão trêmula como antes. Estava satisfeita naquela posição, sendo abraçada pela moça que cuidava dela.


- Você sabe que Hiroga te amava, né? – O rapaz de olhos dourados voltava a conversar, enquanto se sentava em cima daquela rocha, ficando de guarda novamente. – Ele era louco, eu sei. Mas te amava.

- Ele matou o Ryuuji. – Ela o respondia friamente. Mostrando que não queria continuar com a conversa.

- Aquele cara iria morrer cedo ou tarde. – Continuava a conversação mesmo assim. Não parecia dar muita atenção para a gravidade do que aconteceu. Ele brincava com um galho seco, até se cansar e jogá-lo na fogueira. Entediado. – Ele achava que a popularidade do colégio iria o ajudar a vida inteira. Não é assim que as coisas funcionam. – Ela suspirava, lembrando de que Ryuuji, mesmo sendo chato e irritante, havia ido embora de vez, até da Dimensão Sete de Hiroga.

- Bem, está funcionando para você, né? – Zombava, sem desmanchar aquela expressão séria e fria de seu rosto.


Ficava sério, ignorando aquele argumento. Escutava o som dos galhos estourando na chamas da fogueira improvisada que fizeram. O vento balançando os galhos das árvores pareciam deixar Katherine cautelosa, ainda com medo de um possível competidor faminto em busca de novas vítimas. O rapaz de olhos dourados continuava olhando para o fogo, que parecia iluminar ainda mais a cor âmbar de seus olhos.


- De qualquer forma... Ele te amava. Ele deu a vida dele por você. – Suspirava mais uma vez, enquanto tirava um pano branco do bolso de sua calça, para limpar as manchas de sangue de seu pé de cabra. – Ele sabia, desde o momento em que te conheceu, que iria morrer por você.


Katherine nada dizia. A verdade é que, mesmo sabendo que os sentimentos de Hiroga eram verdadeiros, ele foi um imbecil que se aproveitara dos poderes de manipulação de emoção de sua Gardevoir para se aproveitar dela. Não sabia nem o porquê daquilo. Não entendia o que Ryuzaki tentava dizer. Se Hiroga a amasse, não teria feito o que ele fez. Não teria matado Ryuuji, que mesmo não sendo um amigo próximo ou que tivesse causado algum impacto emocional em seu psicológico, havia devastado Hiyoku ao ver que o amigo morrera. Hiyoku, talvez, seria a pessoa mais próxima que Katherine amaria. Não Hiroga. Não com os seus ideais. Isso se ele tivesse ideais.

Ela nunca o perdoaria.

Após um tempo de silêncio, um forte som de algo se rastejando pelos arbustos chamava a atenção da garota. Logo ela suspirava aliviada, vendo que era Suiguetsu que saía dentre as árvores, com o corpo de um enorme Sawsbuck morto sendo carregado em sua mandíbula. O mamífero falecido estava sangrando muito, já que teria sido morto há pouco tempo, e provavelmente dilacerado pelos dentes do crocodilo.


- Isso, Suiguetsu-Chan! – Ryuzaki comemorava, pulando de cima do rochedo para preparar aquele cervo para o jantar. Aquilo daria para alimentá-los durante uma noite, mas não seria o suficiente para o dia seguinte, já que Suiguetsu precisaria de mais comida. Ele deixava o seu pé-de-cabra já limpo no chão, enquanto ajudava o seu crocodilo em arrancar uma das patas do Sawsbuck, para assim tirar a sua pele e poder assá-lo.



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G O N R Y U – OS CINCO DRAGÕES


Volume Quarto– Melancolia.




Capítulo Vigésimo Segundo

~>x<~

[Hiyoku]

Estava ofegante, irado, mas acima de tudo, ele não perdia a razão. Ele não se perdia ao meio de tanto caos, tantos pensamentos embaralhados numa nuvem negra forrada de fúria em sua cabeça, que parecia separar tudo o que achava certo e errado do que ele realmente queria fazer. Não havia esquecido quem ele era. Quem ele foi destinado a ser. Ele sentia o calor das chamas se espalhando entre as árvores se aproximando. O som de galhos estourando, a ardência em seus olhos... Aquilo não tirava o foco de sua cabeça. Apenas queria procurar sua amiga, enquanto seguia o pequeno Espeon que o guiava.



- Akari-San! Onde está você? – Ele gritava, sabendo que seria inútil com o som do fogo abafando completamente a sua voz.



Atrás dele, Thera o acompanhava, enquanto O Primisect era forçado a segui-los, já que estava preso entre fortíssimas teias que o enrolavam. A cada tentativa de se soltar delas, os fios pareciam descarregar uma pequena – porém dolorosa – quantia de eletricidade. Aquelas teias eletrificadas pareciam ser a única forma de conter – e de certa forma, “domesticar” – um Primisect. A criatura havia desistido de lutar, havia finalmente desistido do seu desejo sedento por sangue. Estava pacifica, mesmo que não tivesse opções para ser outra coisa. A sua carapaça verde-musgo estava parcialmente destruída, já que havia sido derretida pelo ácido do Toxicroak, que havia sido morto posteriormente.

Enquanto permanecia caminhando - desviando das chamas que pareciam ser atraídas ao seu corpo apenas para dificultar a sua busca – sentia uma enorme investida contra o seu corpo, que fora forte o suficiente para derrubá-lo contra o chão. Ele gritava. Estava farto. Cansado de tudo aquilo.


- Porra! – Ele resmungava, tentando soltar-se de um corpo que permanecia em cima de seu ser, o atacando. Percebia que era uma espécie de chimpanzé que lhe dava vários socos no rosto, sem hesitar.


O som das chamas, dos socos e dos gritos de fúria que o Infernape dava, parecia desesperar a Galvantula, que rapidamente dava um salto para atacar o primata. Com tal ação, a teia que puxava o Primisect se rompia, fazendo com que a criatura caísse ao chão, ficando imobilizado. O peso da tarântula foi o suficiente para tirar o Infernape de cima de seu mestre. É claro, combinado com uma fortíssima mordida vinda de suas presas eletrificadas, fazendo com que o macaco berrasse de dor, se debatendo para livrar-se de tamanho desespero e agonia.

A força do chimpanzé era tanta, que ele se levantava, ainda com o aracnídeo preso em seu pescoço. Se debatendo como um louco, a chama que saia de sua cabeça começava a ficar mais intensa, chegando a cobrir toda a sua costa.


- Thera, Discharge! Rápido! – Hiyoku gritava, enquanto levantava-se rapidamente para auxiliar seu Pokémon, se necessário. Seu braço doía, até perceber que ele havia sido mordido pelo primata flamejante. Aquilo parecia apenas aumentar a raiva acumulada que enchia ainda mais a nuvem de ódio que cobria a sua mente.


A tarântula que ainda continuava mordendo o pescoço do Infernape começava a ficar trêmula - vibrando todos os pelos amarelos e azuis de seu corpo, o que emitia uma fortíssima carga elétrica que imediatamente nocauteava a sua presa.

Hiyoku suspirava aliviado, gemendo um pouco de dor ao passar a mão pela mordida em seu braço – que já estava inchado com sangue escorrendo. Sua atenção logo era voltada para o mio da Espeon de Akari, que não esperava muito até sair correndo em direção de sua dona.


- Mikki-Chan? – Se perguntava, dando um sinal para a sua Galvantula se preparar para o pior. – Vamos, Thera. – Apressava o passo. Ignorando completamente o Primisect preso pelos fios eletrificados e o Infernape desmaiado.



~>x<~



Estava paralisado ao ver a cena. A imagem estava um pouco distorcida pelo calor do fogo que consumia as árvores ao seu redor. As chamas estavam mais intensas. Os galhos estourando pareciam pequenas bombinhas estalando, seguidos de pedaços de madeira caindo ao chão. O corpo inteiro de Hiyoku ficava trêmulo. Um frio percorria a sua espinha. Aquilo fora demais para a sua mente. Definitivamente, havia se perdido, finalmente. Certo ou errado? Não importava, ao observar Marcus saindo de cima de Akari e abotoando a sua calça, ele não pensava em mais nada a não ser mata-lo.

A garota estava inerte no chão. Não era possível ver o seu rosto, que provavelmente estava enterrado na lama, sendo apenas nítido o seu cabelo bagunçado. Estava vestindo a sua camisa, mesmo que ela estivesse manchada de sangue e terra, mas sua calça havia sido arrancada pelo homem que a violentara. Após se arrumar, com um sorriso maléfico, mas abrangendo um desejo insaciável, o mulato apontava a arma em direção da cabeça de sua vítima, para finalmente executá-la. Quando estava prestes a puxar o gatilho, sentia algo batendo em seu corpo com força, o derrubando.

O som de tiro ecoava pelo local.

- Seu filho de uma [palavra censurada]! – Hiyoku berrava disferindo um soco no rosto de Marcus, que estava deitado embaixo de seu corpo. A força havia sido descomunal. Dava outro murro na maçã da face do moreno, com o ódio que estava acumulado pela perda de Ryuuji. Com a raiva que sentia pela injustiça que Rehza havia sofrido. Com o desespero de não saber onde estava, se Katherine estava viva.


Marcus não sabia de onde aquele garoto havia surgido. Estava zonzo mas mesmo assim retribuía o soco com uma forte cotovelada na face de Hiyoku, que rapidamente ficava roxa, com um ferimento aberto que escorria sangue. Parecia não sentir a dor, o que fazia com que Marcus ficasse ainda mais assustado, ao ver que ele não vacilava ou temia por outra agressão.

Gritava, dando um terceiro golpe, dessa vez no nariz. Não podia escutar o som da cartilagem se rompendo. Estava tudo mudo pelo ódio que finalmente havia se despertado. Aquele teria sido por Murasaki, que morrera tentando o proteger do Primisect. Quebrado e já inchado com uma cor vinho o contornando, apenas um fio de sangue podia ver saindo de uma de suas narinas, que não demorava para se tornar uma cachoeira rubra que banhava a sua boca de um vermelho escuro quase que infinito. Podia ver que Marcus berrava alguma coisa, mas não escutava. Seus berros esvaziavam os seus pulmões de ar, mas mesmo assim não podia escutar nada.

Dava múltiplos socos dessa vez. Cada ataque parecia deformar ainda mais a face de Marcus, que afundava mais e mais. As mãos de Hiyoku estavam roxas, banhadas pelo sangue escarlate que saia das narinas, da boca e dos olhos do homem. Sentia um ódio insaciável. Uma fúria descontrolada.

Pensava em seu irmão, com aquele mesmo olhar cínico de sempre. Com aquele sorriso estupido no canto do rosto. Com aquelas atitudes egoístas e violentas, apenas para chamar a atenção. Ser querido por pessoas como Dracco, e ainda assim ter fama. Dinheiro. Afeição pelo público.


Cada murro que lançava no rosto de Marcus, mais pensava em como vivia cercado de seres estúpidos. Pessoas ridículas que promoviam um evento banhado de mortes e injustiças. Desde o inicio estava ali para acabar com aquilo, mas nunca pensou que esse evento chegaria tão longe.  Dava mais um soco com a mão direita, sentindo uma grande pontada em seu ombro. Uma dor que era seguida de uma sensação de fraqueza. Havia rompido algum músculo? Deslocado seu ombro? Não se importava, agora lançava outro murro, dessa vez com a mão esquerda. O som do golpe era baixo, mas conseguia escutá-lo ecoando em sua cabeça.

Sua audição retornara, podendo finalmente escutar o longo grito que ainda soltava com a sua rouca e enfraquecida voz. Observava a bagunça que havia feito. Um dos olhos de Marcus havia saltado para fora, enquanto o outro parecia nem existir mais. Seu nariz estava destruído, assim como os dentes em sua boca inchada e cheia de cortes. Hematomas roxos pareciam ocultar o resto de sua face, enquanto o sangue cobria tudo. Morto de uma forma tão brutal. De uma forma tão... Ryuzaki. Sim, pensava em seu irmão ao ver aquilo. Era realmente uma coisa que o seu irmão faria.

Ofegante, ele se levantava. Olhava para o lado, vendo que sua Galvantula mantinha distância, parecendo não reconhecer o próprio dono após esse ataque de fúria. Ele sentia uma enorme tristeza ao perceber isso. Quando se levantava, o aracnídeo recuava alguns passos, o que teria feito o seu coração se partir profundamente, em milhares de pedaços. Sabia que naquele momento, ele havia se rebaixado ao nível das pessoas que mais detestava. Sua Galvantula sabia disso. Ao sentir o gemido de sua amiga, ele rapidamente corria em direção de Akari. Ele se ajoelhava e a virava, colocando a sua cabeça em suas pernas, para servir como um travesseiro.


- V-V-Você é muito barulhento. – Ela comentava, forçando um sorriso falso no rosto, que estava sujo de lama, inchado e com vários hematomas, nada comparado o que havia acontecido com Marcus, mas mesmo assim era bem feio.

- Vai ficar tudo bem, Akari. Eu prometo. Eu vou te ajudar, vou te salvar. – As lágrimas de Hiyoku escorriam e pingavam na face da garota, que também acaba deixando algumas escaparem de seus olhos. Suas mãos tremiam muito. Sentia que seus dedos estavam quebrados. Seus punhos doíam quando seguravam a cabeça de sua amiga. Sentia dor, sentia toda a dor do mundo. Todas as suas feridas haviam sido abertas. A ferida de Ryuuji. A ferida de Rehza. Agora, a mais nova ferida causada pela competição. A de Akari.

- N-Não vai. – Ela respondia, com a garganta engasgada com o choro que tentava segurar, para não manchar o seu orgulho. – Eu não consigo mexer meus braços, Hiyoku. Não consigo mexer minhas pernas.

Logo ela começava a entrar em prantos, desesperada. Hiyoku lentamente virava o seu corpo de lado, podendo notar que a ultima bala disparada havia atingido um pouco abaixo de sua nuca, em sua coluna. Hiyoku não podia esconder o sentimento pávido de seu rosto. Estava pálido, assustado. É como se tudo aquilo tivesse sido em vão. Apenas escutava o choro de Akari, que estava muito machucada. Sabia que aquele era o fim dela. O fim de sua esperança.


- Você vai ficar bem. – Mentia, ainda com aquela expressão vazia em seu rosto. Ele puxava o seu corpo para cima do seu, mesmo que ela ainda estivesse sem calças, apenas para poder abraça-la, de um modo em que ela ficasse em seu colo, como uma criança.


Ela chorava muito. O seu amigo a abraçava forte, tentando a acalmar. E assim ficavam sem fazer mais nada. A Espeon se aproximava, pressionando a sua cabeça contra o ombro de sua treinadora. Parecia que sabia o destino dela, e mesmo não se dando muito bem diariamente com ela, queria que seus últimos momentos fossem de afeto.

Ignoravam totalmente o fogo que consumia a floresta ao seu redor. Aquilo parecia não ser nada comparado ao que estava acontecendo. Hiyoku não sabia o que pensar. No que fazer.  Tudo o que ele fazia era abraçar a sua amiga. Mostrar que ele estava lá. Que ela podia contar com ele. Não com o garoto que matara Marcus com seus próprios punhos, mas com Hiyoku, aquele garoto tímido e todo bagunçado que era acima do padrão. Aquele garoto que mesmo com seu pequeno deslize, ainda iria salvar vidas. Acabar com aquela competição.

Hiyoku apertava Akari com força em seu abraço. Uma outra lágrima escorria de seu rosto. Mostrava sua expressão vazia para a floresta em seu redor, que estava em chamas. Um capítulo havia se encerrado em sua alma. Havia mudado.




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Mensagem por Rush Qui 17 Jul 2014 - 12:05

Alisava os fios de cabelo branco em sua cabeça, mantendo um pequeno topete espetado, que seria uma das maiores características de sua aparência. Seus óculos escuros ainda estavam em seu rosto, mesmo que o local estivesse muito mal iluminado – as únicas fontes de luz seriam o brilho que os monitores nas paredes emitiam, mostrando partes da floresta de Genki que eram monitoradas.
 
Brincava com pequenos dados em suas mãos, observando aquilo com uma expressão nada agradável em seu rosto.
 
 
- Führer, os garotas gêmeos derrotaram as dois Primisects. – A voz robótica com um forte sotaque alemão ecoava pelo escritório aconchegante de Dracco.
 
- Yeah, yeah, yeah. Eu vi. – Respondia impaciente, ainda encarando os monitores que mostravam a imagem de Mizuni, Okiru e Haruka na praia, aparentemente relaxando um pouco. – Estou vendo que esses filhos de uma [palavra censurada] morta vão ser um pé [palavra censurada] mesmo.
 
- E também, Führer – Continuava como se ignorasse as palavras ditas pelo seu chefe. – O rastreador vital de Marcus foi desabilitado. Suas batimentos cardíacas cessaram por completo.
 
 
Dracco ficava mudo por um momento, sem mover um músculo. Ficava calado, até parando de brincar com os pequenos dados em sua mão. Demorava um pouco, mas soltava um longo suspiro que parecia uma baforada de decepção.
 
Aquilo estava sendo frustrante, por mais que lhe rendesse mais dinheiro que pudesse imaginar, sabia que enquanto aqueles dois gêmeos estivessem vivos, sua carreira estava em jogo. Sua carreira não. Não tinha motivo pra temer isso. O que temia era a sua própria cabeça. A cada tentativa de se livrar dos dois, parecia que eles ficavam mais fortes. Com mais ódio. Com mais desejo de ver o sangue do apresentador espirrando pelas paredes enquanto agonizava na própria morte.
 
 
- Quer que eu acabe com isso logo? – Zero interferia seus pensamentos, o que não fora tão frustrante como geralmente era.
 
 
Dracco não dizia nada. Só fazia um sinal positivo com a cabeça, levantando a sua mão esquerda como se estivesse se despedindo do subordinado. O ciborgue ajeitava a sua gravata esverdeada e dava meia volta. Marchando até a saída para acabar com aqueles dois de uma vez por todas.
 
 
 
 
 
 
 
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 G O N R Y U – OS CINCO DRAGÕES
 
 
Volume Quarto– Melancolia.
 
 
 
Capítulo Vigésimo Terceiro
 
~>x<~
 
- Ei! Mizuni! – Okiru a chamava, usando as suas mãos para tentar ampliar o som para que a garota o escutasse.
 
A ruiva estava sentada numa folha enorme, que se assemelhava a uma folha de um coqueiro. Ela observava o mar tranquilo, com pequenas ondas levadas pelos ventos de uma possível tempestade se aproximando. As nuvens carregadas e escuras confirmavam a teoria, embora provavelmente fosse cair uma fina garoa como sempre.
A bela olhava para trás, vendo o motivo de seu nome ser usado. Podia observar o rapaz de cabelos roxos de pé, com uma espécie de lança em uma de suas mãos. Ao que parecia, o homem estava de saída.
 
- Sim? – Mizuni perguntava. Lentamente se levantava e erguia o braço, para que seu Emolga pousasse nele.
- Eu e Haruka vamos para o centro. – Falava fazendo um sinal com a cabeça, apontando para a floresta que estava um pouco distante da praia. – Ainda é cedo, então não precisamos nos preocupar com os Gastly.
- E os Scythers, Mightyenas, e os outros competidores? – Perguntava com um sorrisinho no canto do rosto, dando passos para se aproximar do garoto.
- Ai é outra história. – Respondia em tom de riso. – Nada que eu, um-
- Especialista em venenos. – Haruka interrompia, dando um enorme sorriso na medida em que se aproximava com algumas lanças de madeira nas mãos. – Nós sabemos, Okiru-San. Temos coisas mais importantes a fazer do que discutir sobre venenos agora.
 
Mizuni segurava uma leve risada ao tampar sua boca com a mão esquerda. Era bem estranho rir numa hora como aquela. Mesmo sabendo que seu Samurott estava morto, assim como ela iria estar a qualquer momento, ela estava segura com aquelas duas pessoas estranhas.
Pensava então em Ryuzaki, e calafrios percorriam por todo seu corpo. Estava receosa. Será que o rapaz de olhos cor-de-âmbar estaria vivo? Mesmo sem uma perna, sozinho. Nesse momento ela abria um sorriso. Sabia que ele era forte o suficiente para sobreviver por conta própria. Além disso, tinha Suiguetsu para protege-lo.
Mantendo o mesmo sorriso confiante em seu rosto. Ela acompanhava os dois jovens para dentro da floresta. Estava um pouco insegura, com medo. Mas não podia desistir. Não enquanto estivesse viva. Não enquanto Ryuzaki estivesse vivo.
 
 
 
~>x<~

 
Olhava para aquela cena assustado. O mau cheiro presente o incomodava, mas o que estava em sua visão era algo mais perturbador. Embora o choque fosse eminente em sua alma, ele não demonstrava nada superficialmente.
Ryuzaki apenas apertava seus lábios um contra o outro, já que aquela situação era horrenda.
 
- É o Samurott da sua namorada? – Katherine perguntava, observando a criatura de pelo azulado mutilado pelos múltiplos Scythers que passaram por ali nesses últimos dias. Agora, em estado de composição, sobravam apenas vermes, na carne putrefata e inchada do que restava da lontra.
 
Ryuzaki não respondia. Ficava ali, parado, observando o cadáver do Pokémon que seria guardião de Mizuni. Notava também os corpos de Scythers que havia morrido ao atacar Hizashi.
 
- Desculpe, foi uma pergunta idiota. – Katherine respondia por ele. A garota estava segurando Melody, tapando os seus olhos azuis para que a menina não pudesse ver aquela cena horrível. A garotinha apenas colocava suas mãozinhas contra o seu nariz, tentando disfarçar aquele mau cheiro.
 
Ryuzaki não dizia nada. Seus olhos dourados e melancólicos ficavam fitando para o cadáver deformado do Samurott sem sequer piscar. Não demonstrava nada em seu rosto. Apenas o vazio.
O Feraligatr ficava visivelmente triste ao ver o estado de seu dono. O crocodilo caminhava de forma quadrúpede até o rapaz, fungando em seu braço, pressionando o seu focinho logo em seguida, forçando que o treinador o abraçasse.
Katherine não podia esconder o seu sentimento de tristeza naquele momento. É claro, no fundo sentia um grande ódio por Ryuzaki. Mas aquilo não impedia de se sentir mal pelo rapaz. Afinal, aquilo seria a prova de que Mizuni estava morta. A única garota que o demônio de olhos dourados provavelmente se importava.
- Eu... – Ryuzaki suspirava. Sua voz estava rouca. Logo uma lágrima escorria de seu olho direito, que escorria pela enorme cicatriz em sua bochecha até chegar a seu queixo. Tentava segurar o choro. – Eu não entendi... O que o Stephen disse pra mim. Não consegui escutar as últimas palavras dele.
 
Katherine ficava quieta. Não sabia o que responder e nem queria continuar tal assunto com Melody ali presente. A garotinha havia perdido os pais há pouco tempo e não iria mencioná-los agora. Nem agora e nem nunca.
Outra lágrima escorria de um dos olhos de Ryuzaki. Ele lutava para impedir aquilo, lutava para não demonstrar fraqueza. Não iria se submeter a um sentimento que o desmoralizasse, o derrubasse.
A verdade é que se sentia um inútil. Não conseguiu escutar as últimas palavras de Stephen, o homem que salvou a sua vida. Não conseguiu se proteger sem a ajuda dele e de Hiroga. Não deu conta de proteger Mizuni.
Ele era um inútil.
 
~>x<~
 
Suas pernas estavam trêmulas. As pesadas olheiras contornavam os seus olhos, exibindo o cansaço do jovem que passara a noite acordado apenas caminhando e fugindo de diversos perigos, como Gastly e Mightyenas selvagens.
Hiyoku estava morto de cansado. Não conseguia dormir. Não conseguia lidar com a culpa de deixar Akari para trás. Não conseguia simplesmente deixar a garota para morrer – muito menos mata-la.
Cessava a ligeira caminhada, inclinando o seu corpo para frente e retirando aquele corpo de suas costas. Deixava Akari deitada encostada numa árvore, enquanto ele se sentava ofegante. Estava suando. Seria a sua primeira pausa para descanso em mais de seis horas.
Estava com muita dor em sua coluna, costela e pernas. Naquele momento, havia perdido todas as suas esperanças em continuar. Queria desistir de tudo, ir para o descanso eterno. Não. Chacoalhava com a cabeça, tentando mudar esse pensamento.
 
- Tsc... – Akari lentamente acordava. Seu rosto estava inchado, mas limpo. Hiyoku usara alguns papéis que comprara com os poucos pontos que conquistou em sua batalha para limpar o sangue em excesso. Limpou as marcas de sangue e até a lama das roupas da garota. – Ainda não consigo me mexer. – Ela suspirava num tom tão triste que enchia os olhos de ambos os jovens com lágrimas de sofrimento.
 
Hiyoku não dizia nada. Não sabia o que fazer num momento como aquele. A nova amiga que havia feito estava paraplégica. Havia levado um tiro na coluna. Quem podia imaginar? De tantas formas de morrer, se machucar ou sofrer, quem poderia imaginar que Akari ficaria paraplégica com uma bala perdida?
Ele abraçava as suas pernas, ainda calado. Sua visão era direcionada para a enorme tarântula amarelada que se rastejava até o seu dono. Com ela, aquela criatura quase invencível os seguia. O Primisect ainda estava amarrado com a teia eletrificada da Galvantula. Hiyoku não tinha matado o inseto ainda.
 
- Você sabe que eu já estou morta, né? – Akari continuava olhando para cima. Ela tinha controle sobre o seu pescoço para cima, mas não conseguia se movimentar abaixo disso. – Não só aqui na competição. Mas fora dela também.
- Nada a ver. – Hiyoku interrompia. Estava com uma expressão brava em seu rosto. – Ainda há esperança. Eu vou vencer a competição. Vou vencer de Dracco e ajudar você. Ajudar a aldeia de Rehza. Acabar com essa desgraça de liga e impedir que outras pessoas sofram.
- Mas o Rehza morreu. – A garota comentava. – E por mais irônico que isso seja, foi o teu irmão que o matou. Você acha mesmo que eles vão aceitar a ajuda de um cara que é igualzinho ao “grande demônio de olhos dourados” que assassinou o herói do povo? – Completava, dando ênfase no “título” de Ryuzaki.
 
Hiyoku suspirava. Seu irmão era um babaca. Faminto de sangue, de ostentar o seu poder com violência.
 
- Não importa. Não importa com o que você pensa ou com o que eles pensam. Eu vou salvá-los. Salvar você.
- Tu vai é morrer. – Akari respondia em tom sério. – Hiyoku, querido. Você não pode me carregar até o final da competição. Cedo ou tarde, nós dois vamos morrer... E sinceramente, eu já estou morta.
- Cale a boca. – O rapaz dizia em um tom sério e agressivo, querendo terminar aquela conversa ali mesmo.
- Devia ter me matado junto com o Marcos. Melhor do que eu ficar aqui moscando, sem poder coçar a porra do meu nariz.
- CALE. A. BOCA. – Hiyoku aumentava o tom drasticamente, chegando a se levanta. Akari o escutava e ficava quieta, olhando assustada para a reação do calmo rapaz, que continuava. – Eu não sei o que fazer, Akari. Não sei. Não posso simplesmente deixar você para morrer. Não posso. – Suspirava, caindo sentado para trás, totalmente exausto. – Às vezes eu penso que meu destino é morrer pelos outros mesmo.
 
Akari não ficava em silêncio. Via que Hiyoku se sentia muito pressionado com aquilo, fazendo coisas que não esperava nunca fazer em sua vida. Ela sorria, no fundo e no fundo, sentia-se muito agradecida por ainda estar viva. Mesmo que não pudesse se mover, ela ainda respirava.
 
- Obrigada, Hiyoku. – Ela dizia. Sorrindo.
 
Hiyoku ficava quieto. Sua raiva imediatamente passava. Aquelas palavras... Aquele agradecimento... Aquele sorriso. Sabia que era sincero, que aquilo vinha do fundo do coração de Akari.
Mesmo que tivesse falhado, havia conseguido salvar a vida da garota, e ele sabia que ela estava agradecida por isso. Naquele momento, uma alegria que não sentia por muito tempo enchia o seu coração.
Uma lágrima escorria de seus olhos. Ele retribuía o sorriso.
 
 

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Mensagem por DarkZoroark Seg 28 Jul 2014 - 6:15

Rush o/
Antes de tudo, como já é algo de costume nos meus comentários, quero me desculpar por não ter comentado o penúltimo capítulo. O que aconteceu é o seguinte; eu havia lido e preparado um comentário, mas deu um problema no meu PC e troquei ele por um Note. Aí acabei pensando que já havia feito o comentário. Bem, mudando um pouco de assunto, vamos ao review deste capítulo - já aproveitando, vou trazer um pouco do capítulo passado principalmente na parte do Hiyoku e da Akari.
Parece que agora vai complicar para os irmãos gêmeos. Se o Dracco tem o Zero como uma arma ainda maior do que os Primisects só imagino a força que o androide/robô/ciborgue tenha - ainda mais agora que os dois já estão quase mortos de cansaço. O fragmento que falava sobre a situação do anfitrião meio que me lembrou a "mini-saga" - se é que dá pra chamar assim - do resgate da Yukina em Yu Yu Hakusho. Teve algum toque disso aí ou eu to viajando pacas?
O pessoal da praia parece que são os únicos ainda vivos na ilha que não estão aparentemente em uma situação de extremo desgaste físico - ia por emocional também, mas não dá para falar disso em decorrência das desventuras da Mizuni. Anyway, estou louco para ver como que será o reencontro dela com o Ryuzaki. Tudo bem que, do jeito que a ilha virou um Acampamento Crystal Lake é pouco provável que isso ocorra, mas fico na torcida.
Falando do demônio de olhos dourados, achei a parte dele um pouco calma. Mas, vendo o que ocorreu com ele nos últimos capítulos, uma pausa - ainda que macabra com a descoberta do corpo do Samurott - merecida. Ainda deu para mostrar que, apesar de toda a raiva e ódio que a Katherine tem por ele, parece ter uma certa empatia pela situação em que o garoto aparentemente se encontra. Se bem que o personagem vem mudando bastante com o decorrer dos capítulos e parece um pouco mais humano do que durante o começo. Acho legal ver esse desenvolvimento de personalidade e maturidade que ele vem tido, mas fico aguardando para ver no que isso vai dar.
Agora, quanto a dupla mais trágica na história da Gonryu... Sério, estou cada vez com mais pena dos dois. A Akari já não bastava ter sido estuprada por um verdadeiro filho da [palavra censurada] ainda fica paralisada do pescoço para baixo. Porra, aí é [palavra censurada] não ter pena e empatia pela personagem. Fico até meio triste pensando que as chances de ela morrer são bem grandes. Quanto ao Hiyoku... Sei lá, acho que ele está mais desgastado fisicamente e emocionalmente do que o irmão. O choque emocional que ele teve no capítulo anterior foi algo e parece que os efeitos disso estão começando a ser sentidos agora visto que a adrenalina está baixando. Agora que to pensando no assunto me veio a mente que ele se parece um pouco com o Connor de Assassin's Creed III. O fato de ele sempre tentar ter um final feliz apesar de tudo é algo de se admirar. A cena final entre eles foi bem tocante. Sério, só não chorei porque era algo escrito - se fosse uma música ou anime, seria difícil não deixar cair uma lágrima.
Quanto a erros, encontrei apenas um.

Rush escreveu:A nova amiga que havia feito estava paraplégica.
Na verdade, pelo tipo de ferimento que ela teve e tudo mais deveria ser "tetraplégica". Não sei se é realmente um erro, mas achei por bem citá-lo.
Bom, vou ficar aguardando para ver o desenvolvimento da história deles nos próximos capítulos. Até a próxima o/
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Gonryu - Os Cinco Dragões. - Página 9 Empty Re: Gonryu - Os Cinco Dragões.

Mensagem por Rush Sáb 20 Set 2014 - 12:43

@DarkZoroark: DZ! /o/ Muito obrigado pelo comentário. Também demorei pra postar esse capítulo e você tá sumido do fórum. ç.ç Sobre a relação entre Zero e Dracco, eu não tive nenhuma base, apenas um certo personagem do Hellboy dois, sabe? AUEHAUEHAUE' Enfim, o pessoal da ilha ta tranquilo, mas tem que levar em consideração de que eles vão precisar se mover para poder sobreviver, afinal, ainda tem a competição. Sobre o Ryuzaki e a Katherine, sim, eu fiquei feliz que você tenha percebido em como o Ryuzaki está ficando menos demoníaco com o passar do tempo, A Melody vai fazer o Ryu amadurecer muuuito. E Hiyoku e a Akari estão só no início ainda, acredite. E sim, foi um erro, é tetraplégica mesmo. :c

Muito obrigado cara, de coração. Espero que tu retorne e continue lendo. u.u Valeu cara, um abraço!



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Sobre esse capítulo? Já vou dizendo, GORE, PASSADOS PESADOS, Cenas de sexo explícito e uma enorme carga de adrenalina e horror psicológico. Tirando isso, o capítulo está bem tranquilo.



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Estava ventando bastante. As nuvens carregadas e trovejantes cobriam aquele céu nublado, indicando que iria chover – o que seria um problema para os participantes, já que o clima naquela ilha estava quase próximo de zero.


Dentro da floresta, uma garota bela e jovem, entre dezessete e vinte um anos, sentava em um grande galho no alto de uma árvore. Os seus cabelos castanho-avermelhados eram levados com o vento, enquanto fitava os seus olhos beges em dois participantes que descansavam um pouco, embaixo da mesma árvore em que se encontrava.

Um deles era um rapaz jovem de cabelos escuros, que parecia estar acompanhado de uma enorme tarântula amarela. Já a outra, estava deitada e não se movia. Ao seu lado, um pequeno gato rosa se encontrava sentado.


- Uma aliança. Quem diria. – A garota que os observava murmurava para si mesma.


Quando dizia aquelas palavras, mesmo em um tom baixo, o felino rosado olhava para cima, delatando a posição da garota. Ela se assustava, quase caindo do galho em que estava sentada.

Hiyoku e Akari também olhavam para cima. O garoto de cabelos escuros se levantava preparado para um possível conflito.





 
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 G O N R Y U – OS CINCO DRAGÕES
 
 
Volume Quarto– Melancolia.
 
 
 
Capítulo Vigésimo Quarto
 


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[Haruka, Okiru & Mizuni]


Haruka caminhava tranquilamente pela floresta. Mesmo que estivesse caminhando por horas, a bela loura não demonstrava um pingo de cansaço. Na verdade, a jovem até cantarolava, como se fosse uma criança alegre. Em seu ombro, um pequenino Pidgey descansava. Ao seu lado, Mizuni a encarava disfarçadamente. Observando as três enormes cicatrizes que percorriam o canto superior esquerdo de seu supercilio, até em baixo de sua bochecha. Mesmo tentando disfarçar, era eminente que a garota estava mirando nos cortes em seu rosto.


- Curiosa? – Haruka perguntava em tom alegre e inocente. Ao contrário dos medos da ruiva, a jovem não ficava ofendida.


A outra concordava com a cabeça, sem dizer nada por se sentir constrangida.


- Como podes ter notado, Hanna é um Zoroark. – Continuava fazendo um carinho no pequeno Pidgey em seu ombro. – Por mais que me obedeça e goste de mim, Hanna é uma criatura selvagem. Um Zoroark selvagem.


Mizuni continuava prestando atenção na conversa. Não entendia o ponto em que a loira queria chegar, mas realmente estava muito interessada na história. Não interrompia, nem em seus pensamentos. Apenas prestava atenção.


- Eu a conheci ainda como filhote, e só por isso que ela age como um Pokémon doméstico, me obedecendo quando necessário. – Olhava agora para a ruiva, sorrindo. – Mas isso não muda quem ela é. Ela continua sendo um animal selvagem e violento. Eu tenho que respeitar isso.


O pequeno Pidgey estava com os olhos fechados, apreciando aquele cafuné que a sua dona lhe dava com um dos dedos.


- Um dia, enquanto ela se alimentava, eu vacilei e acabei a acariciando. Hanna deve ter se sentida ameaçada por eu invadir o seu território, e institivamente me agrediu com um arranhão. – Comentava com uma risadinha tímida. – Ela se sentiu um pouco mal. Mas o erro foi meu. Agora essa cicatriz sempre me lembra de que não podemos mudar a natureza, o instinto de alguém.


Mizuni não dizia nada. Não sabia o que falar sem ofender Haruka ou Hanna. Embora soubesse que aquilo poderia ser levado para o lado pessoal, ela não sabia em como Haruka era uma pessoa boa e não se ofendesse assim, de uma forma acidental. Foi então que o som de um galho quebrando chamava a atenção das duas garotas e do Pidgey, que imediatamente paravam de caminhar. Desviavam os seus olhares em direção do barulho que haviam escutado. Enquanto tentavam prestar atenção para ver se o autor iria vacilar novamente, se surpreendiam com um corpo voando em sua direção.

Mizuni dava um grito se espantando com aquilo. Mas antes que o corpo pudesse as atingir, uma enorme Arbok pulava do meio do nada, dando um poderoso bote e prendendo aquele ser com suas grandes presas, mudando o rumo daquilo.


- Vocês estão bem?! – Okiru cochichava. Elas sabiam que ele estava as acompanhando de cima, nos galhos das árvores. Mas ele evitava revelar a sua localização para caso precisasse surpreender aquele possível inimigo.

- Sim. Sim, estamos. – Haruka dizia, enquanto se aproximava daquele corpo que fora atacado pela Arbok. Ela olhava aterrorizada ao ver a cena de um dos participantes – o qual ela não recordava o nome - morta com o pescoço quebrado, enquanto a Arbok fincava suas presas em sua costela.


Então ela se virava rapidamente, vendo que outro corpo voava em sua direção. Com seus bons instintos, Haruka se abaixava, desviando perfeitamente de uma investida. O Pidgey em seu ombro voava para o lado, dando uma cambalhota e se transformando no Zoroark.

Mizuni ainda estava no mesmo lugar, com os olhos arregalados e totalmente pávida. O corpo agora era de um Typhlosion morto, também com o pescoço quebrado e com o pelo manchado de sangue, provavelmente com outros ossos quebrados.


- Que porra é essa?! – Mizuni gritava assustada, se desesperando rapidamente. Ela então escutava mais galhos se quebrando, consequência dos pesados passos daquele mesmo autor das mortes daquele treinador e seu Typhlosion.


Finalmente ele se revelava. Era um homem alto usando uma armadura prateada, e por cima, um paletó bege. Caminhava como um robô, mas na verdade era um ciborgue. Não era ninguém menos que Zero.


- Vocês são garotos fáceis de se achar. – Sua voz metálica com um forte sotaque alemão ecoava no ambiente. Zero apertava a sua gravata após parar de caminhar. Ele observava lentamente cada uma das participantes, e ao reconhecer Mizuni, começava a caminhar em direção dela.


Imediatamente, a Arbok dava um forte e rápido bote em direção do vilão, mas o homem era tão rápido que consegue se defender dando um poderosíssimo soco que mandava o atacante voando na direção oposta. Era possível ver o sangue da naja na mesma mão.


- Não! – Mizuni gritava. Ela pegava uma espécie de tronco no chão para se defender.  Seu Emolga planava de um galho e ia em direção de sua treinadora, ficando de guarda.

- Hannah, Flamethrower! – Haruka dizia, tentando manter distância do robô.



A Zoroark obedecia imediatamente, avançando um passo e logo jogando seus braços para os lados, lançando uma poderosa rajada de fogo que iluminava muito o ambiente, além de jogar brasas em todas as direções. O fogo lançado parecia atingir Zero em cheio, mas na verdade o homem dava um salto para trás, desviando do ataque.

Ele se levantava, mudando seu olhar para a Zoroark. O ciborgue então mudava o seu destino e começava a caminhar em direção de Hannah e Haruka.

Haruka imediatamente sentia um frio percorrer a sua espinha. Ela levemente perdia a sua sanidade ao perceber que a morte estava indo em sua direção, e seu desespero lhe dificultava pensar numa estratégia de como sair daquilo. Então, suando frio, a loira olhava para uma pedra próxima e a pegava, jogando no inimigo sem pensar duas vezes.



- Hannah, evite e use Flamethrower! – Ela gritava, pensando na estratégia mais improvisada que podia bolar na hora.


Zero facilmente pegava a pedra que iria acerta-lo. Apertando-a com tanta força que a transformava em poeira. Já a Zoroark pulava em uma direção aleatória, ainda mantendo a distancia, e soltava uma enorme rajada de fogo. Haruka não ficava parada e pegava um pedaço de galho um pouco maior que o de Mizuni, e corria na direção oposta de seu Zoroark, visando acertar as pernas de Zero.

O ciborgue que acabara de transformar a pedra em pó, mal pode perceber que Hannah soltava uma rajada de chamas em sua direção, sendo atingido enquanto cruzava os braços para se defender. Quando as chamas cessavam, ele sentia o impacto do pesado galho sendo lançado contra a sua pena, mas aquilo não parecia surgir nenhum efeito.

Agora o paletó de Zero parecia estar bem queimado, expondo algumas partes do obro e do peitoral do metálico. Mas ele em si não parecia ter se abalado com o golpe. Ignorava totalmente Hannah e se virava para a loira, correndo em sua direção.


- Haruka! – Mizuni gritava desesperada. Ela se surpreendia com a Arbok dando mais um bote, acertando Zero desprevenido ao morder seu ombro e fincando seus grandes e afiados dentes em seu ombro.


Mizuni engolia seco, vendo seu Emolga em sua frente. Ela o segurava e o abraçava forte, dando um beijo em sua cabeça. Ela então o olhava com lágrima nos olhos, e o jogava para o alto, de forma que ele pudesse planar para longe dali. O roedor sabia o que aquilo significava, e mesmo hesitando no inicio, ele adentrava a floresta para fugir daquela criatura.

A ruiva então segurava o pedaço de tronco com as duas mãos e encarava Zero, vendo que a Arbok o envolvia com o seu corpo pesado, enquanto ainda estava com suas presas fincadas em seu ombro. O ciborgue tentava se soltar, mas não conseguia. Usava tanta força que era possível ver algumas faíscas saindo de suas articulações.



- Mizuni, Haruka! Saiam daí! – Okiru gritava, pulando de um dos galhos ao vendo que a situação estava sendo controlada por sua Arbok. – Eu dou conta dele, mas fujam só por garantia. Esse cara não é um competidor qualquer.

- Você está louco?! – Mizuni gritava, segurando no pedaço de tronca com força. As lágrimas escorriam de seu rosto pelo desespero.

- Tem certeza?!. – Haruka perguntava. Próximo de Mizuni. – É perigoso demais.


Zero começava a se debater, tentando se livrar da Arbok que parecia apertá-lo cada vez mais com o seu corpo. O número de faíscas que saíam de suas articulações aumentava drasticamente, mostrando em como a naja era resistente.

Okiru olhava a cena, percebendo que sua Arbok estava sentindo muita dor pela força que a sua vitima exercia ao tentar se libertar. O rapaz de cabelos púrpuros sabia que aquilo não iria dar certo por muito tempo.


- Vão logo! – Gritava. – Haruka... Você ainda tem aquela adaga que eu lhe dei, certo?

- S-Sim. – Ela respondia assustada e confusa, pensativa se iria ou não fugir dali.

- Ótimo. Agora vá embora! – Okiru gritava mais uma vez, retirando outra adaga de seu cinto, mas ao contrario de Pendoraa que envenenava a vítima, essa era uma adaga qualquer.


Mizuni engolia seco. Chacoalhava a cabeça negativamente várias vezes. Haruka observava aquilo e ficava receosa, olhando para sua Zoroark que se aproximava até ficar ao seu lado.


- Vão logo! – Okiru berrava furioso, seus olhos arregalados pareciam delatar todo o desespero que sentia naquela situação. Não demorava muito para escutar um enorme estalo junto com carne se perfurando, resultado da coluna vertebral e costelas da Arbok sendo quebradas pelo ciborgue. – Tsc!


Okiru via a cena de sua Arbok perdendo totalmente as suas forças. Zero havia usado tanto o poder de seus braços, que apenas tentando se livrar da serpente havia quebrado a sua coluna vertebral. A Arbok sentia tanta dor que soltava as suas presas do ombro de seu inimigo, e ao cair no chão, tinha o seu crânio destruído com uma forte pisada dele.


- Não! – Okiru gritava devastado. Lágrimas começavam a escorrer de seu rosto aos montes, e ele então começava a gritar furioso, correndo na direção do assassino.

- Tsc... Vamos, vamos embora rápido! – Haruka se desesperava. Pegava na mão de Mizuni e começava a correr em uma direção aleatória, fugindo o mais rápido que podia.

- Não vou deixar o Okiru! – Mizuni respondia, se soltando.

- Boa sorte então! – Haruka dizia, olhando para Okiru. Sabia que com a morte daquela Arbok, o garoto estaria morto. Por mais que tivesse um afeto pelo rapaz, ela não iria morrer por causa dele, não poderia morrer. Não queria. A loira então fechava os seus olhos com força para não derrubar nenhuma lágrima, e começava a correr.



Okiru tentava fincar a sua adaga na garganta de Zero, mas o robô era mais rápido e lançava um soco em direção do rapaz de cabelos púrpuros. Por ter experiência em combate, Okiru desviava do murro, mas não contava com um segundo que atingia esmagadoramente o seu rosto.


- Não, Okiru! – Mizuni gritava, vendo a mandíbula do rapaz sendo quebrada com aquele monstruoso golpe do inimigo.



Okiru caia no chão. Levantava-se com dificuldades e sentia a sua mandíbula balançando solta em seu rosto e sangrando muito. A dor era tanto que rapidamente percebia que agora a sua morte iria chegar. Sua boca estava aberta, já que não tinha mais controle de sua mandíbula quebrada, e inúmeros dentes seus estavam quebrados.

Quando se levantava, sentia o cabelo de sua nuca sendo puxado violentamente pelo ciborgue, que o levantava e o jogava no chão ferozmente. Ele gritava com o impacto, sentindo o seu ombro se deslocando.

O rapaz murmurava algumas palavras que não podiam ser compreendidas, mas então soltava um grito de dor ao sentir um forte chute no estomago. Como se não fosse suficiente, Zero pisava fortemente no joelho do rapaz, o quebrando com facilidade. Mizuni via aquela cena devastada. Ela então corria para salvar o seu amigo, e com toda a sua força, quebrava o pedaço de tronco na cabeça do ciborgue. Em vão, já que o mesmo parecia não sentir nada.

Faíscas podiam ser vistas saindo de seus membros, e Zero parecia se contorcer de leve, como se estivesse tendo um tilt, tudo graças à força da Arbok que o apertara o máximo que pode, mas infelizmente o homem ainda estava vivo. Ele se virava para Mizuni, e a segurava pelos cabelos. Friamente, a jogava contra o chão, fazendo com que ela ficasse deitada ao lado de Okiru.



- Okiru... – Ela murmurava chorando, vendo o rapaz sofrendo ao seu lado. Ele chorava muito graças a dor que sentia. Sua mandíbula estava totalmente solta e podia ver seus dentes quebrados. O sangue escorria por sua boca, se espalhando pela grama em que deitava. As lágrimas que escorriam no seu rosto pareciam cachoeiras. Gemia, tentando aliviar a dor que sentia de seu joelho quebrado. Zero havia o torturado demais.


Então a jovem soltava o grito de agonia mais alto que podia dar, ao ver Zero cruelmente pisando no crânio de Okiru, o explodindo. O sangue espirrava no rosto da ruiva, enquanto os pedaços do cérebro do rapaz eram esparramados ao redor de sua cabeça. Um dos olhos do jovem podia ser visto ainda pendurado em seu nervo óptico. E a pisada parecia não ter atingido abaixo de seu nariz, já que ainda era possível ver sua boca aberta com a mandíbula pendurada.

Zero limpava a sola de seu sapato na perna de Mizuni, deixando vestígios do cérebro de Okiru nos trajes da moça que ainda gritava desesperadamente até perder a sua voz. Ela nunca havia sentido tanto desespero ou agonia desde que tinha deixado seu Samurott para sobreviver, ao ser atacada pelos Scythers.



- Fique quieto, garotinho escandalosa. – A voz robótica de Zero parecia ter uma interferência agora, mudando de mais grave para mais agudo de acordo com as palavras que dizia. Zero parecia estar internamente bem ferido e danificado.  – Eu não irei te matar... Ainda. – Com essa frase a sua voz, que ainda mantinha o sotaque alemão, provava estar mais robótica que nunca. Mesmo assim, o tom de sua voz ainda oscilava entre o grave e o agudo.



~>x<~

[Ryuzaki, Katherine & Melody]


Ryuzaki estava sentado numa pedra, observando o pedaço do corpo de um Deerling assando em uma fogueira, enquanto Katherine o gira com um graveto improvisado. O som do fogo consumindo a lenha o acalmava. Suiguetsu estava perto de Melody, deitado e aparentemente dormindo com um olho, enquanto o outro abria quando qualquer barulho suspeito era escutado. Enquanto deitado, a sua cauda envolvia Melody, como se estivesse a protegendo.



- Kat, posso girar também? – Melody inocentemente perguntava ao ver a garota repetindo aquela ação tantas vezes. – Quando que irá ficar pronto?

- Pode sim, mas tome cuidado que é pesado. – Katherine respondia com um sorriso simpático que parecia acalmar o olhar inseguro e nervoso de Melody. Aquele tal sorriso não se passava de uma farsa. Mas Katherine era uma ótima atriz. – Daqui a pouco. Não irá demorar. – Continuava, colocando o graveto nas mãos da garotinha e a auxiliando girar aquela carne, vendo-a assar.



Ryuzaki continuava calado. Seus olhos dourados pareciam brilhar ao refletir a luz das chamas que observava. Ele estava sério e demonstrava uma intensa melancolia naqueles mesmos olhos cabisbaixos. Também estava calado. Não havia dito nenhuma palavra o dia inteiro. Não desde que encontrou o corpo do Samurott morto, no dia anterior.

Seu olhar desviava da fogueira para Katherine, que ainda auxiliava Melody a girar a carne para que ela pudesse assar. Ele reparava cada mínimo detalhe de seu belo rosto, de seus olhos castanhos, de seu cabelo desarrumado, mas ainda liso. Seus olhos iam abaixando, agora já reparava seus ombros, que se moviam suavemente enquanto ajudava a garotinha.



- Hmph. – Ele murmurava baixinho, ainda a observando. De seus ombros, ele ia abaixando até observar a cintura da garota. Reparava em sua camisa um pouco rasgada, sendo possível ver um pequeno corte embaixo de uma pinta em sua pele.

- Você está bem? – A voz de Katherine o repreendia, mostrando que a garota havia percebido que estava sendo examinada. Ela não parecia ficar nada agradada com aquilo, e soltava o seu familiar olhar bravio para o rapaz.


Ryuzaki ainda não respondia. Continuava a observando. Reparando detalhe por detalhe da beleza de Katherine. A silhueta de seu corpo. Suas curvas. Quando percebia, estava observando suas nádegas.


- Hey! Terra chamando psicopata! – Dessa vez o repreendia, o que chamava a atenção de Melody e Suiguetsu.


Ryuzaki desviava seus olhos dourados lentamente para os globos oculares de Katherine, encarando-a profundamente, o que causava um arrepio na garota. Ele ficava sério, sem falar nada por um tempo, até que ele finalmente dizia algo, o que fazia Melody sorrir e olhar curiosa para o jovem.


- Você ainda sonha com aquele Hypno? – Ele perguntava. Não esbanjava nenhuma emoção secundária além da melancolia de seus olhos pesados que haviam vivenciado sofrimento o bastante.


Katherine sofria um choque emocional quando escutava aquela pergunta. Seu olhar antes bravio, agora se encontrava chocado com aquilo. Não estava surpresa ao ver que Ryuzaki sabia de sua história, provavelmente a maioria das pessoas de Gonryu a reconhecia.

Seu coração começava a palpitar depressa. Seus olhos se enchiam da mesma insegurança que carregava dentro de sua alma. Da mesma insegurança que observava ao olhar seu próprio reflexo. Ela fraquejava, soltando o graveto que estava as mãos de Melody, mostrando que a pequena menina não tinha força o suficiente para segurar sozinha e fazendo a carne de Deerling cair no fogo.

Melody soltava um pequeno gritinho ao isso acontecer, e começava e tentar levantar, sem forças. Ela começava a ficar desesperada e a se desculpar, para que Katherine não ficasse brava por ela não ter conseguido segurar direito.

Katherine soltava mais um olhar para Ryuzaki antes de retirar aquele espeto do fogo. Mostrando que uma parte da carne havia queimado demais.



- Me desculpa, Kat! Não foi minha intenção! Eu juro! – Melody se desesperava, preocupada em ter estragado a refeição da noite.

- Fique tranquila, Mel. – Katherine dizia sem esbanjar aquele sorriso bem ensaiado. Ela acariciava a cabeça da menininha e em seguida fincava o espeto improvisado no chão, de forma que a carne ficava próxima do fogo.


A moça se levantava, o que fazia o Feraligatr abrir seus dois olhos e levantar a cabeça, atento para aquela ação. Katherine caminhava alguns passos até ficar na frente daquela pedra. Olhando para Ryuzaki.


- Então... Você ainda sonha? – Ryuzaki continuava a sua pergunta. Ainda sentado na rocha, encarando a garota.

- Sim. – Ela respondia. Para a surpresa do rapaz, ela não parecia estar brava ou triste. Ela apenas respondia. Sem alterações em sua voz, sem sentimentos negativos ou positivos. – Ainda me lembro dos detalhes. Lembro do choro das outras crianças. Do cheiro de fezes e urina naquela caverna. Da voz asquerosa. Dos roncos. Da canção que ele cantava pra gente.


Ryuzaki ficava sério e calado, escutando aquilo com atenção, nos mínimos detalhes. Parecia que aquilo não era uma provocação. Ele realmente parecia se importar com aquilo, mesmo não demonstrando nenhum sentimento de compaixão.
Katherine ainda estava ali de pé. Continuava desabafando.


- Eu me lembro do pendulo que ele carregava. Do formato quadrado. Lembro do pequeno Taillow que ele usava para atrair as outras crianças.


Ela então olhava para o chão e ficava quieta. Por mais que quisesse continuar, quisesse calar a boca de Ryuzaki, ela não conseguia. Não queria viver aquilo de novo. Não queria destrancar as suas memórias mais sujas. O rapaz percebia aquilo, e no fundo, respeitava aquele silêncio. Sabia que ela precisava disso.


- Eu ainda sonho com a minha mãe. – Ele dizia, o que fazia Katherine parar de olhar o chão e olhar nos olhos do rapaz.  – De como eu causei a morte dela. De como meu pai e meu irmão me culparam pela morte dela. De como eu me culpo pela morte dela.


Ryuzaki dava um longo suspiro.


- Quando Suiguetsu já estava um pouco grande, eu disse para ela que iria participar dessa merda de liga. Disse que iria ficar rico, que iria poder dar uma vida boa para ela. Disse que era bom de brigas e que era a única coisa que eu sabia fazer bem.


Katherine continuava observando Ryuzaki, assim como Melody e Suiguetsu. Pareciam todos focados naquela história, ainda mais pela raridade do rapaz deixar seu orgulho de lado e desabafar algo.


-No dia em que eu disse isso... Ela brigou comigo. Disse que não. Eu lembro direitinho daquela briga. De como eu fiquei com raiva dela não entender que eu não sou bom em mais nada, além disso. – Dava mais um longo suspiro. – Eu sai escondido e desafiei um ginásio. Quando eu venci, me chamaram para uma casa de torneios ilegais, pra ver se eu conseguia algum dinheiro.


O som da lenha estourando ao ser consumido pelas chamas parecia deixar o ambiente mais confortável. Os olhos dourados de Ryuzaki ainda absorviam a luz do fogo, dando a impressão que brilhava.


- Eu dei uma surra nos caras. Sério, eu fiquei tão orgulhoso de mim. Eu e o Suiguetsu os humilhamos. Ganhei um bom dinheiro e voltei pra casa correndo. Quando cheguei, minha mãe tinha saído... Provavelmente para me procurar. E ela sabia exatamente onde.


Ryuzaki olhava para o céu. Via os milhares de estrelas.



- Quando ela foi tirar satisfação naquela casa de torneios ilegais, os desgraçados viram uma oportunidade perfeita para se vingarem de mim. Deram uma [palavra censurada] surra nela. Bateram tanto nela que seu rosto ficou quase irreconhecível. Bateram tanto nela que...

- Entendi. – Katherine o interrompia. Não queria forçar o garoto a reviver aquilo. Não queria que ele sofresse da forma em que ela sofria. Ela sabia que ele se culpava da mesma forma em que ela se culpava. Eram crianças bobas e inocentes, sem noção de uma horrível consequência que iria afetar as suas vidas com cicatrizes tão profundas que talvez nunca fossem se curar.



Katherine se virava para retirar a carne de Deerling, que a este ponto já estaria pronta.



- Eu matei todos eles. – Ryuzaki dizia. O que a fazia parar de andar. – Eu matei um por um daqueles filhos da [palavra censurada] miseráveis. E eu ainda sonho com isso. Eu ainda sonho com o olhar desesperado deles, implorando pra eu não fazer aquilo... E eu fiz.


Katherine se virava, assustada. Olhava para o rosto de Ryuzaki, ainda sério e sem nenhuma expressão além do peso de culpa em suas costas.



- Eu ainda sonho com a vez que um Krabby mordeu minha mão na praia. – Melody desabafava com os olhos fechados, como se estivesse se livrando de uma enorme carga de consciência. – Papai disse pra eu não brincar com eles, e mesmo assim eu brinquei. Eles morderam e nem o beijo da mamãe fez a dor sarar.


Ryuzaki e Katherine abriam um sorriso. Um sorriso que ao contrário de muito tempo, era sincero. Vinha do coração, do fundo da alma. Um sorriso que talvez fosse um passo avançando para que aquelas profundas cicatrizes de culpa sarassem. Katherine se aproximava e retirava aquele espeto improvisado do chão, vendo que a carne estava boa.


- Vem, Ryuzaki. A carne já está boa. – Ela dizia, sorrindo.



~



Já estava bem tarde, provavelmente já era madrugada. Melody dormia enquanto usava a camisa de Ryuzaki como cobertor. Estava encostada no corpo de Suiguetsu, onde o mesmo a envolvia com sua cauda, como se estivesse a protegendo. Ambos dormiam profundamente.

Um pouco longe dali, mas não muito distante, Ryuzaki e Katherine estavam se beijando profundamente num ritmo acelerado. O rapaz ignorava o frio daquela ilha e estava sem camisa, já que havia dado a peça de roupa para que Melody usasse de cobertor. Katherine alisava as costas do rapaz de olhos dourados com uma das mãos, enquanto a outra acariciava a nuca dele. Sentia as suas línguas se entrelaçando enquanto se beijavam ali no meio do nada.

O jovem lentamente deslizava as suas mãos nos seios da garota, e ficava ali brincando com eles durante o beijo. Ela sentia aquilo, mas não o impedia, no fundo ela estava gostando daquela pausa de realidade dramática e trágica, finalmente tendo um tempo para poder relaxar de tudo aquilo. Ele segurava a blusa de Katherine, subindo-a devagar, onde a garota levantava seus braços para auxilia-lo no processo. Lentamente, mordia o lábio inferior de Ryuzaki, enquanto ele retirava o seu sutiã e seus corpos lentamente iam caindo para trás, o que incentivava o rapaz a se aproximar e acabar ficando em cima dela. Quando ela finalmente deitava por completo, Ryuzaki começava a beijar os seus seios medianos, ainda os acariciando.

Katherine agora abria olhos. Mordia os lábios enquanto observava os milhares de estrelas no céu que eram bloqueadas pelas copas das inúmeras arvores da floresta em que estavam. Ela dava um leve gemido, mas continuava olhando para cima. Reparando nos galhos das árvores se movendo com o vento. Do barulho das folhas se mexendo.

Ryuzaki começava a beijar a barriga da garota, que por sua vez apertava os seus cabelos negros, incentivando que ele continuasse o seu percurso. Lentamente o rapaz abaixava a sua calça, exibindo suas belas coxas, e retirando a sua calcinha, o jovem continuava com os seus beijos.

Katherine abria a sua boca, insinuando que iria soltar um longo gemido pelo prazer que estava sentindo no momento, mas tentava manter-se a mais silenciosa o possível. Novamente mordia os seus lábios, o mais forte que podia para continuar quieta. Puxava com força os cabelos negros de Ryuzaki.

Depois de um tempo, o garoto se levantava, começando a retirar a sua calça. Ela mudava a sua visão novamente para o céu, não querendo ver a cena de Ryuzaki se despindo na sua frente, ela sentia o rapaz a penetrando. Não conseguia segurar um gemido ao sentir o órgão dele entrando totalmente dentro dela. Tinha que admitir, não esperava menos de Ryuzaki, parecia que sabia que ele seria tudo aquilo que ela estava vivenciando.


- Ahh. – Ela tentava manter-se quieta quando sentia o moreno metendo nela em um ritmo que ia se acelerando. Aquela sensação era ótima. Katherine levava as suas mãos para seus próprios cabelos os alisando em sua cabeça. Suas pernas evolviam o corpo do rapaz, como se estivessem o abraçando. Ela apertava com força seus cabelos,  parava de morder seus lábios e abria a sua boca, segurando para não fazer nenhum barulho que ela realmente quisesse fazer.


Sentia o corpo bem definido do rapaz em cima do seu. Olhava para seus olhos dourados, via que ele sentia o mesmo prazer que ela estava sentindo naquele momento.
Agora ela era de Ryuzaki, o mesmo homem que havia tentado a assassinar anteriormente, ao lhe dar um golpe na cabeça com um pé de cabra. Era daquele monstro que havia matado Rehza de uma forma fria e sem compaixão. Matado inúmeros competidores da ilha quando estes ainda estavam confusos em saber onde estavam. O mesmo monstro que havia matado centenas, sendo culpado pelo assassinato brutal de sua própria mãe. Ela mais uma vez gemia, fazendo com que Ryuzaki lhe desse um beijo profundo. Ela o retribuía, também arranhando as suas costas.

Ela sabia que esta noite ela era do Demônio de olhos Dourados.
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Frase pessoal : Agora você não tem mais waifu!


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Mensagem por DarkZoroark Qua 1 Out 2014 - 16:50

Rush o/
Malz aí essa demora para sair o comentário. O motivo dessa minha ausência do fórum dá-se como base em três fatores: O primeiro é que a faculdade tinha dado uma apertada agora no começo e, como não estou com boas notas em algumas matérias, tive de me empenhar mais um pouco nela. O segundo é que, com o lançamento daqui há alguns meses de ORAS eu comecei a preparar um pouco mais os meus Pokémons. E o terceiro é que estou planejando postar um par de Fanfics entre esse mês e Novembro, aí estou me dedicando pacas a elas. Mas claro que nunca deixaria de ler as suas histórias e, só para variar, não teria como deixar de comentar. Então sem mais delongas até porque esse texto já tá muito grande, vamos ao review:
Gostei bastante do capítulo. A primeira parte, entre o Hiyoku e a Akari foi simples, mas deu uma pitada de mistério lá para o final. Já que o Zero estava atacando outros personagens imagino que não tenha sido ele, mas fico no aguardo para descobrir o que irá acontecer. A cena aliás me lembrou um pouco PMD na parte em que o Chatot salva os dois protagonistas. Sei que é muito improvável que tenhas de fato se baseado nisso então vou deixar apenas como trivialidade.
A parte entre o Zero vs. Haruka, Mizuni e Okino - se bem que foi muito mais 1x1 contra o último - foi bem interessante, mas caraí... o bicho é mais forte que o capeta. Conseguiu derrotar os caras e rasgar uma Arbok ao meio - essa parte, por sinal, foi [palavra censurada] d+ - e ainda ficar de boa, com o máximo de danos talvez sendo algum curto-circuito ou algo do gênero. Meio triste a Mizuni ter libertado o Emolga, - agora vai virar vítima de todo mundo ú.ú - mas foi um tanto quanto interessante isso. Quero ver agora o que irá acontecer com os três - principalmente com a Haruka porque ela tem uma Zoroark.
He he he... Ah, mas provou que é homem esse Ryuzaki.  issoai Só em cima das novinha.. Brincadeira a parte, curti o desenvolvimento da relação entre os dois e a Melody - tirasse o nome do filme do Entei, não é mesmo? Foi interessante também a história sobre como a mãe do Demônio de olhos dourados morreu e o que ele fez depois. Bem típico dele, devo dizer. A Katherine sendo compreensiva e amigável com a criança foi um ponto que achei bem legal. Meio que uma relação entre irmã mais velha e mais nova. Enfim, fico no aguardo para ver o que essa relação vai dar - meio que prevendo muitas confusões quando ele descobrir que a Mizuni ainda está viva.
Quanto a erros encontrei apenas dois:

rush escreveu:já que o clima naquela ilha estava quase próximo de zero.
Não seria "a temperatura"?
rush escreveu:Agora o paletó de Zero parecia estar bem queimado, expondo algumas partes do obro e do peitoral do metálico.
Ficou faltando um "m" em "ombro".
De resto mantenho a mesma opinião de sempre. Poderia me alongar aqui um pouco mais, mas estou no meio da faculdade e daqui a pouco começa minha aula. Fico no aguardo do Próximo capítulo. ninja PS: Mais tarde passo ali na Gyarados.

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Gonryu - Os Cinco Dragões. - Página 9 Empty Re: Gonryu - Os Cinco Dragões.

Mensagem por Rush Qua 4 Fev 2015 - 15:58

@DarkZoroark: Muito obrigado por sempre ter acompanhado a fic, DZ. Eu te agradeço muito mesmo e sou muito grato a cada crítica que você deixou aqui, o que me permitiu sempre melhorar e não fez eu perder a vontade de continuar escrevendo. Graças a você, eu consegui concluir essa Fan Fiction e por isso eu sou muito grato.


~>x<~


Sim, esse é o último capítulo da fic. Ficou gigantesco, mas é com ele que eu fecho a fan fic. Eu enrolei bastante, ficando até oito meses sem postar, mas depois de dois anos, consegui finalmente concluir a minha primeira fan fic como Rush aqui no fórum. Foi uma experiência agradável, de fato.

Muito obrigado por tudo. Tenham uma ótima leitura.



























G O N R Y U – OS CINCO DRAGÕES


Volume Quarto– Melancolia.



Capítulo Final – Vigésimo Quinto.



[Hiyoku & Akari]




- Meu nome? – A garota respondia ainda sentada em cima dos altos galhos. – Pra que vocês querem saber meu nome?


Hiyoku engolia seco, ainda em posição de combate. Sua Galvantula também ficava atenta a qualquer movimento brusco da jovem de cabelos castanho-avermelhados.


- Hahaha... – Começava a rir de leve. – Você sabem que uma aliança aqui... É inútil, né?
- Diga o seu nome! – Hiyoku mais uma vez insistia.



A garota parava de rir, ficando um pouco séria.


- Alexis. Ah, vou descer, ok? Não me ataquem.


A ruiva dava um salto do galho onde estava. Mesmo sendo bem alto, ela não parecia se machucar na queda, já que estava acostumada com ações semelhantes ao parkour.


-E o seus nomes? – Ela continuava. Hiyoku ficava admirado com aquele salto, não podia negar, mas ainda continuava em posição de combate.
- Hiy-
- Mentira, já sei teu nome, Hiyoku. Você é aquele bonzinho inocente que se recusa a matar outros participantes né? Que fofo.


Ficava em silêncio, apenas engolindo seco. A Espeon ao lado de Akari virava levemente a cabeça, como se estivesse curiosa com as intenções da garota.


- Bem, e qual é o lance dessa guria ai? Porque ela não se levanta?
- Eu não consigo. Estou tetraplégica. – Akari respondia seca, sem ao menos olhar para o rosto de Alexis. A ruiva parecia ficar bem sem graça com aquela resposta.
- Então você está a carregando por essa floresta perigosa? Que fofo de novo. E estúpido.


Hiyoku não ficava contente com aquela informação.


- O que você quer com a gente? Eliminar a concorrência? – Hiyoku engolia seco. Sua Galvantula começava a emitir alguns sons semelhantes a eletricidade sendo gerada em seus pelos.

- Opa, opa. Calma. Eu só queria observar vocês. Não é a minha culpa que essa Espeon é dedo duro pra caramba.

- Bem, pode ir embora então. – Akari respondia.

- Que mal educada, ein? Só queria dizer que... Se vocês pretendem ir para a torre central... Esqueçam.


Hiyoku e Akari ficavam curiosos com aquela informação.

- E porque esqueceríamos? É a única forma de sairmos daqui.
- Nope. Lá é um matadouro. Dracco é insano, ele quer matar a todos nós. Vi seu assistente, aquele robozão, matando aquele competidor de cabelos roxos. Acho que seu nome é Okiru. E depois ainda sequestrou aquela outra ruivinha.
- Mizuni?! – Hiyoku ficava preocupado, engolindo seco.
- É, a namorada do teu gêmeo do mal.


Hiyoku ficava pensativo, curioso com aquelas informações. Não sabia se eram verídicas, mas no ponto em que estava já não duvidava de mais nada. Primisects, armas brancas... Com certeza Dracco havia manipulado aquela competição.

Mas porque Mizuni? Será que Dracco queria Ryuzaki?

Então seus pensamentos eram interrompidos com o som de vários estrondos. Talvez árvores caindo. Aquilo imediatamente fazia a Espeon sair correndo sem pensar duas vezes na direção oposta do barulho.


- Mikki-Chan! Sua vadia, volte aqui! – Akari gritava em resposta.
- Droga, droga, droga. Hora de ir embora. – Alexis assobiava com auxilio de seu polegar e de seu dedo indicador. Após poucos segundos, um Charizard surgia no meio das árvores, planando até a sua treinadora. Ela então colocava a mão no ombro de Hiyoku. – Se eu fosse você, eu a deixaria para trás. O que está vindo não é um simples Mightyena não.


Hiyoku demonstrava raiva em seu olhar antes de poder responder qualquer coisa. Quando abria a boca para respondê-la, a ruiva subia em seu Charizard, dando sinal para ele voar para longe.

O rapaz não perdia tempo, corria e segurava Akari em seus braços, logo a colocando em suas costas. O som dos estrondos começava a ficarem mais próximos.


- Hiyoku, o que é isso?!
- E-Eu não sei. – Ele respondia, começando a correr o mais rápido que podia. Sua Galvantula fazia o mesmo, usando suas oito patas para correr numa velocidade incrível, sem que ultrapassasse seu treinador e o deixasse sozinho.


Um alto rugido podia ser escutado. Um rugido ensurdecedor. O desespero parecia tomar conta no interior de Hiyoku. Suas pernas doíam bastante, mas não podia deixar de correr. Sentia o frio da morte se aproximando.




- Hiyoku! – Akari mais uma vez gritava, o que parecia encher ainda mais o coração do rapaz com desespero.


O garoto olhava para trás, vendo a figura de um enorme dragão esverdeado derrubando as árvores em seu caminho com facilidade. Ele parecia se aproximar cada vez mais do garoto, já que ele não tinha velocidade o suficiente para despistá-lo, graças a Akari.

- Hiyoku, me solte! – Ela gritava, vendo que essa era a única solução.
- Cale a boca! – Fechava os seus olhos com forças enquanto algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Outro rugido era escutado. Seu coração nunca bateu tão forte em sua vida. Provavelmente nem quando matou Marcus ou presenciara a morte de seu Toxicroak.

- Me solte! – Akari também chorava bastante. Como ato de desespero, ela mordia o ombro de Hiyoku com todas as suas forças. O garoto gritava de dor, mas não a soltava.
- Para com isso! Por favor! – Hiyoku continuava gritando de dor com aquela forte mordida.


O Hydreigon rugia mais uma vez, alguns metros de diferença apenas. Hiyoku sentia seu sangue escorrer pelas suas costas, assim como a Akari sentia o gosto daquele liquido escarlate que vazava dos ferimentos causados pelos seus dentes.

Ela então percebia que as mãos de Hiyoku vacilavam por um momento, o suficiente para que ela pudesse cair de suas costas ao chão. Ela não sentia o impacto, apenas quando o seu rosto atingia o chão de terra, sujando-a.

Conseguia mover apenas seus olhos, que estavam encharcados de lágrimas. Seu rosto ainda possuía hematomas criados com os golpes de Marcus. Ela observava o rapaz correndo o mais rápido que podia, sem olhar para trás.

Sua camisa estava rasgada na região da mordida, e era possível ver o sangue molhando boa parte de suas costas.
Ela escutava o Hydreigon se aproximando.

Fechava seus olhos com toda a força que podia. Rezava para um Deus que ela nunca acreditou lhe dar um fim indolor.
Sentia as suas lágrimas escorrendo pelo seu rosto.






[Ryuzaki, Katherine & Melody.]




O moreno caminhava na retaguarda, acompanhado da bela moçoila com quem havia se deitado na noite anterior. Os dois observavam a pequena garotinha loira montada em cima do Feraligatr, se divertindo com o seu novo grande amigo.

Ryuzaki não podia esconder um sorriso sincero sendo formado em seu rosto. Sentia que pela primeira vez em sua vida, ele poderia ser algo a mais do que realmente era. Sentia que precisavam dele.


- Ei. – Katherine quebrava o silêncio, ainda olhando para Melody brincando com Suiguetsu. – Sobre ontem...

- Eu peço desculpas. – O rapaz respondia imediatamente, a interrompendo. – Foi mal por ter feito você se lembrar... Daquilo.


Katherine ficava em silêncio. Ela abraçava o seu próprio corpo ao segurar seus braços, como se estivesse com frio. Não tinha culpa, a temperatura da ilha estava baixíssima. Os dois ficavam preocupados ao verem Suiguetsu parando e Melody saindo de cima dele, correndo em direção de ambos. O sorriso no rosto da garota os aliviava.


- Kat, olha o que eu achei! – A menina então retirava uma pequena flor vermelha de suas mãos que até então estavam escondidas em suas costas.
- Oh... – Katherine ficava sem reação por um momento. Segurava a pequena florzinha pelo seu cabo e observava seus detalhes. Era bem pequena, mas bonita. Suas pétalas estavam desgastadas, provavelmente por causa da chuva. Eram vermelhas num tom forte como sangue, com alguns detalhas negros em seu centro.


Melody continuava com aquele sorriso amarelo, aguardando a reação da garota.


- Muito obrigada... – Katherine lhe dava um forte e longo abraço.



Ryuzaki achava a cena bem bonita, tanto que não conseguia esconder um sorriso. Parece que a cada momento em que ele passava com as duas, sua sensibilidade aumentava gradualmente, assim como se surpreendia em ver como Suiguetsu era carinhoso com crianças. O Feraligatr se aproximava de mansinho como um cãozinho carente.

Quando Katherine a soltava, ela lhe dava um longo beijo em sua testa. Melody então se aproximava de Ryuzaki, ficando parada em sua frente.


- O que foi? – O rapaz de olhos dourados cruzava seus braços, não admirado com o sorrisinho meigo da garota.
- Eu também achei uma pra você! – Então ela mostrava outra florzinha, desta vez amarela, que estava escondida em sua outra mão. Ryuzaki a segurava.


Essa flor seria quase idêntica à outra, a única diferença seria a sua coloração amarelada. Ele a observava sério. Sinceramente não sabia o que deveria fazer ou sentir naquele momento.


- Valeu? - Ele virava seu olhar para Katherine. A moça sorria com a cena, rindo em como Ryuzaki conseguia ser idiota. Quando ele voltava a observar Melody, ele notava que ela estava com os braços erguidos, como se quisesse um abraço. – Você já ganhou um abraço, fique contente com isso. – Ele respondia friamente.
- Ryuzaki. – Katherine o repreendia com um olhar sério.
- Ok, ok. – Ele revirava os olhos, se agachando e envolvendo Melody em seus braços, dando-lhe um fraco abraço. A garotinha, no entanto, abraçava Ryuzaki com força, de modo que ele até perdesse um pouco de equilíbrio.
- Ganho um beijinho também? – Melody abria um sorriso inocente em seu rosto. Ryuzaki a olhava seriamente.
- Não. – Ele dizia, desprendendo ela de seu corpo.


Ryuzaki se levantava, ignorando os olhares bravos de Katherine e até mesmo de Suiguetsu, que pareciam estar decepcionados com a atitude do moreno. Melody fazia biquinho, mas não estava magoada de verdade.


- Escolhi ela porque ela me lembra seus olhos! – A loira dizia com risinhos tímidos.


Ryuzaki a olhava, colocando a pequenina flor no bolso de sua calça, de forma que apenas seu cabo ficasse em seu interior. Ainda era possível ver as pétalas do lado de fora.

Melody então ficava um pouco emburrada, aquilo não deixava de surpreender Ryuzaki.


- Eu sei o que vocês estavam fazendo ontem. Eu não sou burra. – As palavras de Melody faziam Ryuzaki e Katherine se entreolharem, tensos. – Vocês estavam se beijando!


Katherine suspirava um pouco aliviada. Ryuzaki dava uma risada de leve, bagunçando os cabelos de Melody.


- Você é uma menina muito esperta mesmo, não dá pra esconder nada de você.





[Hiyoku]



O som dos rugidos estridentes do Hydreigon já diminuía absurdamente, por hora, estava seguro e podia descansar. Estava banhado com o próprio suor, sentido a queimação dos ferimentos causados pela mordida de Akari. Suas costas sangravam.

Chorava bastante. Seus soluços se misturavam com sua respiração acelerada. Akari havia morrido. Ele havia a deixado para trás. Hiyoku caía sentado. Sua tarântula elétrica rastejava ao seu lado, como se quisesse lhe dar apoio emocional. O rapaz a abraçava.

Seu choro era interrompido por mais um barulho, fazendo com que sentisse muita raiva em seu coração. Estava cansado. Não podia nem ter um tempo para desabafar com sua alma que já era interrompido por mais alguma coisa. Estava farto daquela ilha.

Porém, a imagem um ser humanoide vestindo um longo vestido era admirada pelo rapaz, que por um momento achou que estava alucinando. O ser flutuava em sua direção e não demonstrava nenhum perigo. Era Elizabeth, Gardevoir de Hiroga, que parecia ler os sentimentos do rapaz e ter sido atraída por sua compaixão.





[Ryuzaki, Katherine & Melody.]



Caminhavam por horas, sem serem interrompidos por nenhuma criatura. Aquilo era estranho, mas não podiam reclamar, afinal, aquilo era muito bom. Tiveram uma tarde tranquila.

Estava ventando bastante, e o som do balanço da copa das árvores era relaxante e um pouco assustador. O silêncio e a paz estavam sendo um pouco assustadoras.
A imagem de uma imensa torre fazia um sorrio ser formado no rosto dos três, seguido de um enorme sentimento de alívio. Finalmente havia conseguido alcançar o destino. Após aproximadamente duas semanas de sobrevivência naquela ilha assassina.

Ryuzaki comemorava, dando um alto grito. Melody parecia ser contagiada com a alegria do rapaz, dando alguns gritos de vitória também. Katherine os repreendia com o olhar, preocupada com que aquele grito atraísse mais alguém, mas não os impedia. Agora todos os problemas pareciam ter diminuído bastante. Queria apenas relaxar um pouco.

O rapaz retirava Melody de cima do Feraligatr, a segurando pela cintura e a jogando para cima, ela dava um gritinho assustado, mas caía na risada quando o garoto a segurava com seus braços, dando um giro de trezentos e sessenta graus para a direita.


- Conseguimos, finalmente! – Ryuzaki gritava mais uma vez. Mal esperava para tomar um banho, ou poder usar o banheiro de forma digna.


O moreno ainda segurava Melody em seus braços. Ele então começava a correr em direção da torre, não aguentando mais ficar naquele bioma florestal. Katherine tentava o impedir ao chamar seu nome, mas Ryuzaki a ignorava. Suiguetsu se empolgava com a ideia e começava a correr ao lado do rapaz de forma quadrupede.


- Vamos, Kat! – Ryuzaki a chamava. – Quero ver se-


Ryuzaki se assustava com um ser correndo em sua direção. Institivamente, ele dava um salto para o lado, mas como estava segurando Melody, ele não conseguia impedir a queda feia de costas no chão.


- Desgraça! – O rapaz gritava. Ele se levantava rapidamente, deixando Melody segura no chão.


Ao escutar o grito do amigo, Katherine corria em sua direção, temendo o pior. Seus passos apenas aceleravam quando escutava Melody gritando também. Katherine fechava seus olhos, rezando para que aquilo fosse uma pegadinha de mau gosto ou que apenas estivesse imaginando coisas.

Quando os alcançava, ela sentia um frio percorrer a sua espinha. Seus olhos ficavam arregalados e por um momento, pode sentir toda a sua esperança se esvaziando, sentindo um enorme peso em suas costas que queriam lhe derrubar contra o chão.

Ryuzaki havia recebido um golpe forte em cima de seu olho, de modo que seu supercilio sangrasse muito e ele precisasse fechar seu olho esquerdo para que o líquido rubro não o incomodasse ou prejudicasse o órgão. Em sua frente, estava Zero que carregava Mizuni em um de seus braços.


- Mizuni! – Ryuzaki começava a chorar de felicidade, ignorando a dor que sentia em seu supercilio. – Você está viva?!
- Ryuzaki... – Mizuni parecia chorar ainda mais. As lágrimas escorriam pelo seu rosto até o seu queixo e ela sentia uma enorme dor em seu coração. Tanto seu rosto quanto seus trajes estavam banhados de sangue. O sangue de Okiru. – Foge... Por favor... – Ela dizia em prantos.
- O que você fez?! – Ryuzaki berrava furioso. – O que você fez com Mizuni?!


Zero permanecia em silêncio, apenas fazendo movimentos curtos e aleatórios com sua cabeça e membros, como se estivesse sobrecarregado de energia ou estivesse dando um tilt.


- Seu puto! – Ryuzaki retirava um pé de cabra que estava preso na prótese que substituía a sua perna direita, avançando para atacar o ser metálico.

- Ryuzaki, não faça isso! – Katherine repreendia, enquanto corria para tentar proteger Melody.


Zero apenas dava um forte chute no estômago do moreno, o fazendo voar até uma árvore próxima dali. Ele sentia a dor de seus órgãos internos serem prejudicados com a força daquele chute, e o sangue escorria da sua boca quase que imediatamente.
Seu olho esquerdo ainda estava fechado, banhado com o sangue que escorria de seu supercilio.


- Filho da puta... Deixe Mizuni em paz! – Ryuzaki gemia de dor, se levantando com dificuldades.
- Okey-dokey. – Zero respondia. Sua voz estava alterando entre o grave e o agudo graças ao ataque da Arbok de Okiru.


O ciborgue jogava Mizuni longe. A ruiva gritava quando isso era feito, e só parava de gritar quando caía no chão. Uma queda grave que provavelmente lhe teria feito desmaiar, se não coisa pior.

Antes que Katherine pudesse alcançar Melody, Zero avançava dois passos antes de lhe dar um forte tapa em seu rosto, de maneira que a moça caísse no chão. O robô então continuava a caminhar em direção da garotinha, a segurando pelo pescoço.


- Senhorita Melody, nitcht wahr? – Seu forte sotaque alemão ainda permanecia. – Sua pai prejudicou muito o Führer.


Melody começava a chorar quando seus pés saíam do chão. Sentia enorme dor já que sentia o peso do seu corpo machucando seu pescoço. Ela segurava com suas delicadas mãos a mão metálica do ciborgue enquanto tentava acertar o seu rosto com alguns chutes, sem sucesso.

Começava a ficar sem ar, o que aumentava ainda mesmo seu desespero. Seus olhos procuravam Ryuzaki ou Katherine.


- Solte ela, seu filho da puta! – Ryuzaki gritava tão forte que esvaziava seus pulmões. Ele segurava seu pé de cabra com força avançando um passo para atacar o vilão.
- Eu não faria isso se fosse você, não? – Zero apertava um pouco mais a sua mão, fazendo Melody soltar um pequeno grunhido de dor. – Se quiser o menininha vivo, você seguirá minhas ordens, nitcht wahr?


Ryuzaki ficava parado. O suor frio escorria pelo seu corpo inteiro, e assim como ele, seu Feraligatr também ficava inerte diante a situação, apenas aguardando qualquer ordem de seu treinador.


- Sehr gut! – A voz de Zero ficava em um tom alegre. – Quero que o autoproclamado “Deus” caminhe até mim e se ajoelhar diante Zero.


Sem pensar duas vezes, Ryuzaki deixava seu orgulho de lado. Dava passos lentos em direção do ciborgue, sem fazer nenhum movimento brusco para o bem de Melody. Ao ficar frente a frente com o ser metálico, Ryuzaki se ajoelhava.


- Sehr gut. – Repetia a palavra mais uma vez. – Agora... Beijar meus pés, sim?


Ryuzaki demonstrava ódio em seu olho de íris dourada, enquanto o outro ainda estava fechado com o sangue escorrendo em seu supercilio. Ele então inclinava o seu corpo para beijar a bota de couro do ciborgue.

Quando seus lábios se encostavam ao material de couro, ele sentia um forte chute no lateral de sua boca, fazendo dois de seus dentes caírem enquanto o rapaz gemia de dor. O sangue escorrendo de sua boca apenas ficava mais frequente.


- Você sujar minha bota. – Zero não parecia nada contente.


Ryuzaki tentava se recompor, ainda sentindo aquela terrível dor de ter seus dentes arrancados com apenas um golpe. Era enorme a quantidade de sangue que saía de sua boca. Então quando estava quase se recompondo, o rapaz escutava um alto estalo.




Os grunhidos de dor de Melody cessavam imediatamente, antes de um fino grito de dor e desespero. Após o estalo, o silêncio predominava o local, sendo apenas possível escutar o som do vento balançando a copa das árvores.

Katherine tentava gritar, mas sua voz não saía de sua boca. Ela caía de joelhos, vendo o corpo frio e sem vida de Melody sendo segurado pelo pescoço. O silêncio continuava predominando o ambiente quando Suiguetsu atingia Zero numa velocidade incrível. O impacto seria tão grande que o ciborgue deixava Melody cair na frente do moreno, sendo lançado para trás.


- M-M-Me... – Não conseguia a chamar pelo nome. Ainda de joelhos e com a boca sangrando, Ryuzaki a segurava e puxava contra o seu corpo. Abraçando-lhe. – Melody... – Ele nunca esteve tão trêmulo durante toda a competição.


Lágrimas começavam a escorrer de seus olhos, como cachoeiras que simbolizavam a profunda dor do rapaz. Ele a abraçava forte, vendo que não se movia ou respirava.


- Por favor. – Ele murmurava aos soluços. Ele começava a beijar a sua cabeça, tentando compensar o beijo que ele negou anteriormente.


Olhava para o rosto da menina. Seus olhos azuis estavam abertos, assustados, como se procurassem por alguém. Sua boca estava aberta e seu pescoço visivelmente quebrado. Agora o seu rosto era manchado com o sangue que escorria da face de Ryuzaki.

O moreno retirava a pequena florzinha amarela de seu bolso a deixando cair em cima da pequena garotinha que teve uma morte tão prematura.

Ryuzaki abria seu olho direito. A sua pupila parecia contrair bastante, ficando minúsculo no meio de sua íris dourada, ele se levantava. Soltava um grito tão alto que nem o silêncio em sua mente parecia silenciá-lo. Apertava o cabo de seu pé-de-cabra tão forte que o sangue escorria de sua mão.



- Eu vou matar você! – Ele gritava correndo em direção de Zero, que ainda parecia lutar para se livrar do Feraligatr.



Suiguetsu lhe dava uma poderosíssima mordida no ombro, o suficiente para amassar a sua superfície de aço e soltar inúmeras faíscas que pareciam prejudicar ainda mais o estado de Zero, que começava a ter tilts mais fortes.

O ciborgue usava toda a sua força restante para jogar o corpo de Suiguetsu para o lado, se livrando dele, mas para a sua infelicidade, Ryuzaki pulava em cima de seu tórax bem na hora, fazendo-o cair no chão novamente.

Continuava gritando, desferindo diversos golpes com seu pé de cabra no rosto do ciborgue. O primeiro destruía o seu visor quase que completamente, mas Zero ainda tinha um resto de força para tentar se defender.

O segundo afundava a sua superfície, fazendo com que as faíscas dominassem o local, o que fazia com que a eletricidade machucasse o moreno.
Dava outros golpes, ignorando a dor, até que jogava o seu pé de cabra longe, dando fortes socos no rosto de Zero. Suas mãos começavam a sangrar, além de ter a certeza de ter quebrado alguns dedos no processo. Era idiotice, mas ele insistia.

Ficava quase que uma hora dando murros no rosto de Zero, até que seu rosto estivesse quase plano. Mesmo estando morto, continuava sendo destruído pelo ódio que consumia o Demônio de olhos Dourados.

Katherine abraçava Melody com força. Chorava menos que Ryuzaki, mas suas lágrimas nunca representaram dor maior do que sentia no momento.
Suiguetsu tentava interromper o seu treinador, mas acabava recebendo um murro no focinho, então chorava e recuava, como um cão com o rabo entre as pernas.





~>x<~





Anoitecia. Faltavam alguns quilômetros para alcançarem a torre, mas ela estava visível, mostrando que chegariam no dia seguinte. O clima estava tenso e nenhuma palavra foi dita desde a morte de Melody. A inocência dela fazia falta.

Mizuni estava com dificuldades em andar. Estava provavelmente com duas ou três costelas quebradas e a dor era insuportável. Estava deitada, olhando para a fogueira do acampamento improvisado que haviam feito. Seus olhos olhavam o nada, se lembrando de como se arrependia de ter se ingressado a essa carnificina.
Suiguetsu estava ao lado de Katherine, como se não quisesse se aproximar de seu treinador. Na verdade ele realmente queria, mas estava com medo de receber algum golpe caso fizesse, o que iria acontecer. A moça fazia carinho em sua cabeça, também fitando o fogo.

Ryuzaki estava um pouco mais isolado, olhando para o monte de terra que tapava o buraco onde Melody estava. Aquele túmulo pobre e feio era algo que realmente não era digno para uma garota tão doce e boa. Ele ficava hora e horas observando a pequena florzinha amarela que a garotinha havia dado.



- Isso é... Ridículo. – Ele suspirava. Com dificuldades se levantava, ainda segurando o pé-de-cabra em sua mão direita. Estava tão desgastado emocionalmente que caminhava como um embriagado em direção das duas mulheres.



Ao se aproximar, Mizuni tentava ignorar toda a sua dor física e emocional ao se levantar imediatamente. Mesmo tendo encontrado o seu amor vivo, ela não estava nem um pouco feliz com aquilo. Ele estava diferente, pior do que era no início da competição. Ele havia perdido toda a sua confiança.


- Ryuzaki... – Mizuni se aproximava com passos lentos, mas era empurrada. Gemia de dor ao sentir suas costelas quebradas quando caía no chão.
- Ryuzaki! – Katherine o repreendia. Aquele ato além de ser frio, havia sido muito cruel e desnecessário.
- Calem a boca! – Ele respondia imediatamente. Seus olhos dourados pareciam brilhar com a presença do fogo. Estava com uma falha na sobrancelha esquerda, graças ao golpe que havia recebido de Zero. Ao gritar, seu Feraligatr recuava, chorando baixinho.


Sua respiração pesada era assustadora. Ele estava em seu limite.


- Ele quer que todos morram, não é?! – Continuava no mesmo tom alto e exaltado. – Ele só vai nos deixar em paz se todos morrerem, né?! Só vai ME deixar em paz se todos morrerem?!


Katherine não gostava de onde aquilo poderia chegar. Mesmo sentada, ela recuava um pouco com o auxilio de suas pernas, ficando próxima de Suiguetsu.


- Se a gente entrar naquela torre, ele vai nos obrigar a nos matarmos, não é?!
- Se acalme Ryuzaki. – Katherine tentava o interromper.
- Cale a boca!


Respirava pesadamente enquanto olhava com ódio em seus olhos. Não dizia mais nada, apenas continuava a caminhar até se afastar das duas.
Mizuni ainda estava deitada no chão. Ela começava a chorar vendo em como o rapaz que amava estava alterado e com fortes problemas psicológicos. Sabia que aquilo poderia piorar bastante.




~>x<~


O fogo ainda estava forte, mas a noite estava densa. Mizuni dormia ao lado da fogueira, assim como Suiguetsu. Katherine estava de pé, observando um pedaço pontiagudo de aço que havia retirado dos restos de Zero.

A garota escondia o pedaço triangular dentro de sua calça, respirando fundo. Então caminhava em direção de onde Ryuzaki estava.

Após alguns minutos de caminhada, observava o moreno deitado em um canto que o único meio de iluminação seria pelos raios lunares que passavam dentre as copas das árvores. Era uma cena triste. O lendário Demônio de Olhos Dourados estava ali, isolado e acompanhado apenas de sua depressão.

Katherine se aproximava, ficando bem próxima do moreno. Este acordava facilmente por ter um sono leve, levando um susto com a presença da garota.



- K-Kat? – Ele se questionava, se sentando.



A garota não respondia. Apenas se sentava ao lado do rapaz. Ambos ficavam em silêncio, apenas juntinhos e olhando para a escuridão além das árvores. O vento frio fazia com que encostassem seus corpos para tentarem ficar mais confortáveis.

Katherine olhava para o rapaz. Seus olhos cor de mel estavam tão vazios quanto a sua esperança ou expectativas. Agora nada mais importava. Ryuzaki parecia retribuir o olhar. Suas íris douradas refletiam os raios lunares.

Os dois avançavam seus rostos, tocando seus lábios um no outro. Um beijo era formado e começava a ser acelerado. Katherine ignorava o gosto de sangue que estava na boca do rapaz, e ignorava em como estava apressado para o ato. Afinal, ela era uma ótima atriz.

Quando Ryuzaki passava a mão em seus seios, Katherine retirava o pedaço triangular de metal de sua calça, perfurando o seu estômago. Imediatamente o líquido rubro começava a vazar, manchando toda a camisa do rapaz.




- Kat... – Ryuzaki sentia a enorme dor de seus órgãos internos sendo perfurados por aquele pedacinho insignificante de aço. Seus olhos dourados estavam confusos, mas ao mesmo tempo, sabia que isso iria acontecer.


Ele segurava Katherine pelo pescoço e apertava o mais forte que podia. A respiração da garota ficava trêmula com a dor e a falta de ar. Ela apenas afundava ainda mais aquele objeto afiado no estômago dele, até um ponto que Ryuzaki se engasgasse com o sangue.

Logo perdia as forças. Na verdade, ele realmente não queria lutar contra o destino. Já estava cansado disso. Lutara tanto por sua sobrevivência que... Agora já não fazia mais sentido.

Tossia sangue. Suas mãos tremiam assim como o seu corpo. O líquido quente não o aquecia o suficiente, e sua ausência apenas lhe causava frio.

O demônio de olhos dourados estava com suas mãos sujas com o próprio sangue. Ele segurava o rosto de Katherine suavemente, manchando-a com o líquido rubro.


- C-Cuide... De Suiguetsu. – Ele dizia com sua voz fraca e trêmula.


Uma lágrima escorria de um dos olhos de Katherine.


- Heh. – Tossia sangue mais uma vez. – Gostaria de encontrar com minha mãe, mas... Tenho certeza de que não irei para o paraíso. – Esboçava um sorriso triste.


Perdia todas as suas forças, finalmente. Sua mão levemente deslizava pelo rosto de Katherine, deixando um rastro vermelho de seus dedos. Lentamente seu corpo caía para trás, onde encontrava seu túmulo.

A lâmina improvisada saía de dentro do estômago do rapaz. Estava encharcada, assim como os olhos de Katherine no momento. Ryuzaki estava morto.




~>x<~



Caminhava pela floresta, acompanhada de Suiguetsu. A marca dos dedos manchados em vermelho permanecia em seu rosto, afinal, não havia conseguido retirar. Seu olhar nunca esteve tão vazio, nem quando começou essa competição.

O Feraligatr caminhava de forma quadrupede, tão triste quanto. Toda sua ferocidade havia sido sobreposta pela melancolia de seus finos choros e cabeça baixa. Suiguetsu lamentava a morte de seu dono, sem ao menos imaginar que Katherine havia sido autora de tal.

Mizuni não estava presente. Chorou muito após descobrir a morte de Ryuzaki. Perdeu as esperanças de sair de lá viva, e dedicou todo o resto de seu tempo chorando em cima de seu cadáver sem vida, se questionando se Haruka ainda estava viva ou não.


Katherine caminhava por horas até alcançar aquela imensa torre.


Quando chegava, se surpreendia com a presença de um rapaz igualzinho a Ryuzaki. Por um momento, podia jurar que ele era imortal. Este sorria ao perceber a presença da garota, correndo em sua direção e lhe dando um abraço. Suiguetsu rosnava, mas era rapidamente acalmado por uma força maior.



- Ryuzaki? – Katherine se perguntava ao sentir aquele forte abraço.

- Não, Kat. Sou eu... Hiyoku. – O garoto dizia, mostrando seus olhos castanhos escuros ao invés de dourados.


Em seu lado, Elizabeth se revelava aos poucos, mostrando estar invisível até então. Katherine não podia deixar de derramar uma última lágrima de seus olhos. Ela retribuía o abraço com força. Ela se assustava em como Hiyoku e Ryuzaki eram parecidos, mas muito diferentes.

Os dois se olhavam, talvez pela a última vez. Dois sorrisos tristes eram estampados em ambos os rostos. Suas mãos se encontravam até um ponto em que seus dedos se entrelaçassem.

Com passos lentos, incertos de seu futuro, Katherine e Hiyoku entravam naquela torre, sem saber de seus destinos, sem saber se iriam viver. Apenas entravam.










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Mensagem por Rush Qua 4 Fev 2015 - 16:37

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