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Mensagem por Rush Ter 25 Abr 2017 - 11:49

Briju! Eu li a metade do capítulo ontem, mas acabei passando mal por algum motivo e acabei indo dormir. Assim que acordei eu vim correndo ler.

Tenho que admitir duas coisas não vão ser muito legais de se ler, já que são críticas bem chatinhas. A primeira é que eu achei bastante desnecessário a parte do Liam. Acho que cortou o climão cliffhanger mais do que ampliá-lo. Seu PoV NÃO FOI RUIM, mas foi bem curto e vago, introduzindo algo que eu achei muito interessante que é ter sido narrado em primeira pessoa. A mudança de narrativa foi algo que foi bem legal, mas poderia ter sido mais explorada num capítulo seguinte, introduzindo melhor o personagem.

A segunda coisa, na verdade, não é uma crítica, e sim um comentário que eu espero que você não se sinta ofendido. O nome "Inconformados" soa legal, mas esse é o nome oficial deles ou apenas um apelido que a Interpol inventou? Pois toda vez que eles falam "inconformados", eu imagino que todos os integrantes tem aquela feição brava no rosto, falando em voz alta: "Como assim, mano?", "Ah não cara. Não acredito.", "Af, puta merda, ein."

O ponto de vista de Laura foi algo que me pegou de surpresa. Mesmo que eu não goste desse estilo musical mais caracterizado como "pop" - porque na real, TODA música é pop, menos as que você não conhece, que logo não existem. -, eu acho que as músicas escolhidas realmente combinaram com a situação que se encontravam. Durante o início, sinto que ela conseguiu extravasar um desejo pessoal em ser o centro das atenções, e não sei porque, mas pela idade e o clima festivo em geral, pensei em um baile de debutante. Digo esse detalhe pelo prazer incomum que Laura sentiu ao ver uma de suas rivais fazendo cara feia com a sua cerimônia.

Depois foi revelado que ela na real é uma agente mirim da Interpol. Não sei o quão fácil ou difícil devem ser concursos, mas para a adolescente ser uma agente mirim e por segunda opção, apenas pelas aparências, se tornar uma Top Coordenadora que venceu o concurso de Kanto, essa Laura deve ser MUITO FODA, além de boa em tudo o que faz. Isso me deixou intrigado e ainda mais curioso a respeito da personagem.

O segmento do jantar romântico foi bem interessante. Gostei da história amorosa extremamente resumida entre Laura e Aiden, revelando que o mesmo sempre foi um fotógrafo e era quase que um "stalker" para a moça. Foi legal ver também que Laura, mesmo que tenha parecido nos trechos iniciais, não é uma adolescente mimadinha e nojentinha que faz tudo de forma dramatizada e acabou até mesmo dando uma chance para conhecer Aiden melhor, se apaixonando por ele.

A cena no laboratório do professor Oak foi bem legal também, acho que foi meu ponto preferido da história, pois foi um plot-twist muito bem elaborado. Ao contrário do Black, eu gostei da relação entre Aiden e seu recém-obtido Bulbasaur, mesmo a fic sendo realista, ela ainda manteve essa magia do inicial se apaixonando - não no sentido sexual da coisa, seus doentes pervertidos! - pelo seu treinador. No início, também estranhei que Aiden já fosse usar o Bulbasaur em uma batalha e temi que isso acontecesse de forma bem sucedida, mas é aí que você não me decepcionou, mostrando que o Bulbasaur apenas puxou o pé do homem e coincidentemente ele bateu a cabeça e desmaiou. O Bulbasaur é obediente, mas não faz milagres por nem ao menos nunca ter sido treinado para batalha, e eu fico muito feliz ao ver que você explorou bem isso.

Admito que eu apostava minhas fichas em Aiden, achando que este que iria acabar falecendo, já que estes últimos dias estavam sendo perfeitos demais até então, mas parece que eu me enganei, não é mesmo? :3 De qualquer forma, R.I.P personagem falecido.

Achei um pouco suspeito esse projeto Bluma. Não sei porque, mas acho que o Professor tá de trairagem. :c Sinto que isso não invoca Mew porra nenhuma, deve ser uma bomba para explodir a base da Interpol, ou algo semelhante a uma escuta.

E por fim, meu plot twist preferido:


- Filha – a voz dela falhou – Unova não existe mais.


Caralho, brother. Juro, até me arrepiei. Essa cena em si foi épica demais. Pra mim só essa cena já fecharia o capítulo com chave de ouro.


Outra coisa que eu gostaria de comentar é sobre a cena de sexo. Eu achei que você sentiu-se levemente incomodado ao escrevê-la, talvez receio de deixá-la explícita demais, de uma forma até que ofensiva. Bem. No começo realmente é estranho escrever sobre esse tipo de cenas eróticas, mas apenas relaxe e deixe fluir. Sobre a censura, well... Eu sou FFM e escrevi uma cena de sexo bem explícita na minha primeira fic como Rush. AUEHAUE'

É isso meu amigo. Eu adorei a forma em que você deixou cada ponto de vista em um cliffhanger épico, mostrando o quão épica é a história de cada um. Sua Fan Fic em si é bem épica, cara. Parabéns por isto! Agora só me resta aguardar ansiosamente o próximo capítulo.

Um abraço, bro, até mais! <3
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Frase pessoal : Agora você não tem mais waifu!


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Mensagem por -Ice Sáb 6 maio 2017 - 23:15

Faaala Bri o/

Cara, já vou dizendo na lata sem fazer suspense: Esse foi o meu capítulo preferido até agora -q

No começo eu até achei que seria mais sem sal que os anteriores, e que apenas apresentaria o mundo mágico e rosa de Laura, que futuramente encontraria os outros protagonistas, já que ela é de Hoenn e eles tão indo pra lá.

Mas as coisas se inverteram quando você revelou que ela é uma agente da Interpol disfarçada. Eu amei o modo como você fez essa revelação, na moral. Você podia ter colocado isso no começo, mas a revelação aconteceu naturalmente e isso foi muito bom.

Quando você apresentou a trama da Interpol e dos Inconformados (esse nome vai ser explicado depois né? -q) eu comecei a pensar que talvez o Aiden pudesse fazer parte do grupo (mostrando como nenhum casal dá certo na sua fic), mas felizmente o boy magia é do bem.

A parte do "Unova não existe mais" também foi um espetáculo. Me pareceu ter sido inspirado na revelação final do segundo Jogos Vorazes pelo uso semelhante das palavas, mas talvez seja apenas uma brisa minha. De qualquer modo, estou ansioso para saber como Unova não existe mais, se ela foi citada pelo Grunt há pouco tempo.

E a morte desse personagem tão amado também me pegou de surpresa, principalmente porque tecnicamente a culpa foi de Aiden. Deixa eu explicar: Se o Grunt tivesse atirado na cabeça do personagem, ele teria uma morte rápida e quase indolor, enquanto com um tiro no peito ele demorou mais pra morrer e tal. Talvez Aiden se sinta culpado e talz, ou talvez o casal nem perceba isso que eu percebi -q

Enfim, sinto algo épico chegando para esses personagens, que já conseguiram me conquistas (já tô gostando mais de Laura do que de Harry e Zane :v)

Enfim, o ponto de vista de Liam foi legal e bem misterioso. Eu curti bastante a personalidade dele, me parece que vai ser aquele cara de personalidade jovial, cheio de gírias e pá. Apesar de ter achado legal, eu concordo com o Rush que seria legal se o capítulo acabasse com o cliffhanger de Unova.

Enfim cara, curti muito mesmo, então até amanhã o/
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Frase pessoal : </∆>


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Mensagem por Shiota Dom 7 maio 2017 - 1:23

Hey Brijudoca o/

Não vou deixar a parte chata pro final, na verdade é mais um elogio, você retomou a melhoria nas virgulas após aquela pequena queda. Tem uma aqui ou ali faltando, mas nada demais. Eu só queria que explicasse uma parte que eu buguei, não foi bem um erro:

Todo fim se justifica por um meio, por isso quero sua dedicação total ao caso – replicou Lana – Não é por ser uma agente iniciante que seu desempenho tem que ser menos do que excelente.

É um mínimo detalhe que eu não consegui tirar de mente até agora. Sabe, tem aquela famosa frase "Os fins justificam os meios", mas essa ai inverteu os polos e eu buguei. Sei lá, quem liga pra isso? Tem coisa melhor pra eu comentar sobre esse cap -q.

Eu também imaginei que Laura seria algo bem... daquele jeito que o Ice disse que eu to com preguiça de copiar e colar aqui. Esse começo de "glamour" só me lembrou 2 coisas: Fantina e uma música de MC alguma coisa antigo, sabe, "rainha do funk, poderosa...". Eu sou atormentado por essa música sempre que vejo "glamour", desculpa. POIS É NÉ, quem diria que ela seria da Interpol? Eu vou acabar criando um preconceito com personagens femininas aqui, mesmo que seja "para o bem" (bem e mal aqui está bem misturado, mas certamente explodir Unova não é legal), ela ainda esconde algo como as outras certas-moças-bonitas.

Sobre o Carvalho, eu também estou um pouco desconfiado. Em primeiro lugar, não vou... encerrar o cara até que seja dado como tal, pois não foi assim que a cena dele acabou, mesmo com grandes chances. Eu já usei essa palavra muito aqui nessa fic, mas advinha porque estou desconfiado? É, preconceito. É que o professor Carvalho só é utilizado em 2 casos nas fanfics: ou ele dá o Pokémon inicial dos protagonistas serelepes que vão em altas aventuras pelo continente de Kanto, voar para o alto com o seu Charizard e bater nuns Rockets do mal, pegar umas insignias, enfim; ou TEM UMA TRETA MALIGNA GIRANDO AO REDOR DELE e o velhinho simpatíco na verdade não é tão legal quanto nós imaginávamos, geralmente pendendo para alguma teoria da conspiração das forças do mal. Devo dizer que a ideia de uma bomba proposta pelo Rush fez sentido pra mim.

Por os "inconformados" capturarem lendários por ai, eu imagino que seja a equipe da Lydia. Pela brutalidade, meu cérebro liga àquela desgraçada do prólogo... mas eu prefiro acreditar que a Lydia não tem nada a ver com ela. Ué, mas pq brutalidade? Próximo parágrafo.

Olha só, eles começaram em Sinnoh, foram pra Hoenn, sendo que o cientista pegador havia voltado de Kalos, Laura estava em Hoenn, Unova foi explodida, agora só falta Johto e Alola NÃO PERA QUE PERA VOLTA. Você não tem ideia do quanto me chocou. "Ah, mas eles só explodiram um continente ou alguma coisa assim", foi o que a mãe dela disse né? Mas eu sou um cara que imagina muito. Ai eu imagino Pokémon, líderes de ginásios, E4, treinadores, professora Juniper e tudo o que tem (tinha) lá em Unova simplesmente... vou considerar explodindo. Imagino os últimos momentos... cara... não esperava por isso, eu acho. Sobre o fato de Unova ter sido citada momentos antes, que aparentemente soou estranho para os outros membros, eu achei bem normal na verdade. Foi algo simultâneo e, quando Laura ligou, após alguns momentos, já era. Só admito que teve que ser algo bem rápido, para ela não ter nenhuma notícia antes de ir ao laboratório e tê-la apenas momentos antes, tendo que ser tudo feito nesse tempo.

É, sobre o final. Confesso que não curto muito cliffhangers (embora ame um certo projeto de retipagem) pq fico bem ansioso, o que já é parte da intenção de usá-los; não ando tendo muitos problemas com isso pq ne, olha a hora que estou comentando. Mas também acho que você deveria ter parado ai. Como eu disse antes, eu fiquei... perplexo? ao ler o referente a Unova. Foi um choque insano, talvez o pico do capítulo tenha sido aquela frase. Mas ai houve um "choque térmico", tanto pela mudança "violenta" de perspectiva e contexto, quanto da alteração de terceira para primeira pessoa. Eu tive que reler a partir da mudança de PoV, só para me "acalmar" do outro PoV e conseguir prestar atenção direito ao segundo. Mesmo assim, aquele começo me foi muito confuso. Tipo, eu entendi nada que o Liam disse ali, sei lá. Talvez ter metido o cliffhanger teria sido melhor, também senti um pouco de pressa no segundo PoV, que poderia ter passado melhor se fosse em outro cap, onde poderia ser feito aquilo de "acender uma pequena vela no capítulo para deixar os leitores curiosos sobre onde estão, apagar a vela e acender a luz, com outro PoV totalmente paralelo para despistar" Não sei se entendeu, mas é, a analogia funcionou na minha cabeça.

Bom, é isso, até depois  tchau

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Mensagem por Brijudoca Dom 7 maio 2017 - 21:20

domingo é dia de que? de espalhar o ~CAOS~. A menos que seja no domingo que não tenha capítulo, já que a fic é quinzenal e tals...

RESPONDENDO OS COMENTÁRIOS:

Eu tinha deixado um rascunho editadinho pra tentar postar a fic hoje o mais cedo possível. Mas como a própria Teoria do Caos diz (bem basicamente), uma pequena mudança num evento pode trazer mudanças enormes, e claro que deu merda no meu plano e tô postando correndo e respondi os comentários o mais rápido possível -q

Nota do Autor: Ora, esse capítulo é basicamente o que todos querem ver, aquela frase chocante que terminou o POV de Laura no capítulo III. Espero conseguir atingir as vossas expectativas. Nele também temos os dois últimos protagonistas com pontos de vista na fic. E o primeiro é de uma das primeiras personagens que apareceu na história.

Eu estava me irritando muito com o itálico bugado do fórum, então, testei mudar as ~frases de pensamento~ apenas para aspas pra facilitar meu trabalho. Sei que eu tinha prometido um mini-guia de personagens, mas não consegui terminar os sprites, e tem alguns que eu quero refazer pois não gostei tanto do resultado... Mas talvez eu apenas publique o guia antes mesmo do próximo capítulo, sem os sprites mesmo. Veremos.

Capítulo IV
Incêndio


Amanda




Amy nunca teve muitos medos, porém se tinha algo que costumava aterrorizá-la era o fogo. A moça costumava ter pesadelos horríveis envolvendo centenas de labaredas laranjas a envolvendo, queimando sua pele, privando-a de respirar e tomando-lhe a vida. Mas a cena que ela assistia não a assustava. Na verdade, lhe era divertida.

O fogo consumia a maioria dos prédios que formavam a grande metrópole que fora a cidade de Castelia. A maioria dos edifícios já tinham desabado e os que restavam encontravam-se em ruínas. A cidade tinha sido evacuada antes do ataque começar, mas ainda assim havia vários corpos humanos e de pokemon nas ruas da cidade.

“Mortes necessárias”, pensou Amy. Mas aquelas pessoas não significavam nada para ela, apenas tiveram o azar de estar em seu caminho. Seus companheiros ainda sobrevoavam a cidade nos jatos que dispararam o ataque principal. Outros grupos acompanhavam mais de perto no lombo de pokemon voadores, utilizando suas tecnológicas armas de fogo para terminar de acabar com a cidade.

Amy os liderava, passando instruções para seus subordinados enquanto sobrevoava a cidade na mais recente aquisição de sua equipe. Um pokemon grande e assustador, que deu muito trabalho para ser capturado. O dragão de fogo, Reshiram tinha asas que abertas tinham um comprimento duas vezes maior que a garota e permitiam que ela rodeasse a cidade num piscar de olhos. A coleira ao redor de seu pescoço branco piscava ao mesmo tempo que o bracelete que Amy tinha no pulso direito.

Além desse bracelete, ela também tinha outros equipamentos em seu braço. Um comunicador holográfico no pulso esquerdo que permitia que ela se comunicasse com seus companheiros e acompanhasse os detalhes do ataque. Também tinha uma arma de fogo acoplada em seu braço direito como uma braçadeira. Amy usava seu uniforme de comandante, um conjunto de blusa e saia vermelho sangue com um grande “I” estampado nas costas e uma boina sob os alvíssimos cabelos ruivos.

Reshiram usava o ataque Fire Blast conforme Amy indicava, lançando bolas de fogo em direção ao que ainda restava da cidade. Ela instruiu o lendário a ir mais alto no céu e observou a região ao redor da cidade.

Unova era um borrão laranja e cinza, tudo se resumia a fogo e fumaça. A maioria das cidades vizinhas fora reduzida as cinzas e, mesmo dali, ela podia ver o fogo que consumia as maiores florestas da região. A Skyarrow Bridge que ligava a floresta Pinwhel a cidade de Castelia estava totalmente destruída.

Um Staraptor se aproximou dela com um de seus homens no lombo.

- Srta. Parker. O plano foi executado sem dificuldade em quase todas as cidades, apenas a cidade de Nimbasa está apresentando resistência – informou ele.

- Mande as naves A-14 e R-7 irem pra lá – mandou ela – Vou ir na frente.

- Vai sozinha senhorita? – assustou-se o homem.

- Com o Reshiram sou bem mais rápida – explicou ela – E sou a líder desta operação, é meu dever.

Dito isso, Amy deu as costas ao subordinado e orientou que Reshiram avançasse pelo lado norte da devastada cidade de Castelia. O dragão branco partiu com uma velocidade absurda, logo avançando pelo deserto em chamas que era a rota 4, que ligava Castelia a Nimbasa.

O longo percurso foi realizado em poucos minutos, com o vento quente da região em chamas lançando os cabelos ruivos de Amy para trás. Antes de procurar a resistência, ela decidiu checar se não havia outros problemas com sua equipe. Ergueu o pulso esquerdo e ligou para o primeiro contato do seu comunicador.

- Eae Amy – saudou a figura holográfica que surgiu de seu comunicador. A imagem estava distorcida, mas era possível identificar o homem loiro que utilizava um óculos ridículo sob os olhos escuros.

- Caleb, temos algum problema na sua área?

- Único problema é o calor da porra que tá fazendo aqui – reclamou Caleb – Mas de resto está tudo conforme o planejado.

- Ótimo, vou resolver um problema na cidade de Nimbasa – informou Amy – Avise a Lydia e deem início a fase final da operação. Nos encontramos em Nimbasa.

- Deixa comigo – disse ele desligando a conversa e desaparecendo.

Amy olhou para a cidade de cima do dragão e não foi difícil encontrar a resistência. A cidade não estava em ruínas como as outras, porém as ruas encontravam-se desertas e alguns prédios estavam destruídos. Vários aviões de sua equipe jaziam caídos e em chamas pelas ruas de Nimbasa.

A população que não tinha fugido, ou morrido, estava concentrada em um parque de diversões ao leste da cidade. De sua visão aérea, Amy podia ver que eles lutavam com fervor contra os membros de sua equipe, orientados por alguém que ela não identificava, usando seus pokemon para contra-atacar, deixando seus homens em menor número.

Ela guiou o lendário na direção da confusão e várias pessoas pararam de atacar e se esconderam diante da imponência de Reshiram. A tropa trajada com um uniforme totalmente preto também parou de atacar e deram espaço para o pokemon pousar. Reshiram tocou o solo e, sem descer do pokemon, Amy falou:

- Rendam-se tolos. A região de vocês está condenada, devem navegar para longe daqui!

Ao terminar seu aviso, a multidão se afastou para uma mulher se aproximar. Amy reconheceu a pessoa que vira de cima liderando os cidadãos contra seus companheiros.

A mulher tinha cabelos pretos que formavam uma longa trança e olhos azuis. Usava um top azul e amarelo que destacavam seus enormes seios. “Que seios”.

- Quem você pensa que é para nos dar ordens? – berrou a mulher.

- Amanda, comandante dos Inconformados – informou Amy – e se isso não basta, tenho o controle do poderoso Reshiram que pode reduzir todos vocês a cinzas em segundos - os olhos da mulher faiscaram ao escutar a resposta e Amy a reconheceu como a famosa modelo que sempre aparecia na televisão – Você é aquela modelo, Elesa.

- Sim, e sou a líder de ginásio desta cidade, e não vou permitir que vocês a destruam – berrou ela em resposta acompanhada do rugido da população a suas costas.

Elesa era mundialmente conhecida não só por ser bonita, mas também por ser uma treinadora extremamente habilidosa. Amy sabia que poucos conseguiam a proeza de derrota-la em uma disputa oficial, porém, obviamente este não era o caso.

- Você é assim tão burra? – zombou Amy – Como espera derrotar a minha organização inteira e ainda um pokemon lendário?

- Você se acha por dominar o coitado do Reshiram com essas coleiras – insistiu Elesa – Duvido que me venceria normalmente, sua vadia inútil!

Amy ficou tensa e pensou se deveria mandar Reshiram atacar e acabar com aquilo de uma vez. Mas Amanda Parker era orgulhosa, e não permitiria que a mulher zombasse dela, por mais bela que fosse.

Amy saltou do pokemon e se aproximou de Elesa rindo. Calculou que deveria ter um pequeno tempo antes de Caleb e os outros chegarem a Nimbasa.

- Você fala muito, vou dizimar você junto com a esperança dos outros – ameaçou ela.

- Eu vou destruir essa coleira que prende o Reshiram e aí veremos se você fica tão ameaçadora – provocou Elesa.

Amy achava a mulher mais tola a cada segundo. Mesmo que me derrote, ela nunca vai conseguir libertar o Reshiram ou mesmo enfrentar todos os inconformados. Ela puxou a única pokeball que levara consigo para missão e libertou um esquilo branco e azul de bochechas amarelas. Seu Pachirisu não parecia tão ameaçador, mas Amy conhecia sua força. Elesa o olhou e riu.

- Vai usar um pokemon elétrico contra mim? Se prepare então – disse ela lançando uma pokeball pro alto e libertando um pokemon muito parecido com Pachirisu, porem este tinha orelhas e asas marrom.

Um dos subordinados de Amy se aproximou dela e sussurrou:

- Senhorita, isto é sensato? Não devíamos acabar com todos eles.

- Nós já vencemos por hoje – disse ela – Deixe-me brincar com essa retardada e talvez não precisemos derramar mais sangue por hoje.

Amanda sempre foi um prodígio em batalhas. No passado, muitos a subestimaram devido a sua pouca idade, e foram derrotados pela garota. Uma batalha contra uma líder de ginásio era algo que ele certamente não iria recusar, mesmo no meio de sua maior missão.

Elesa fechou os punhos e berrou a primeira ordem ao seu pokemon.

- Emolga, use o Discharge!

- Pachirisu rebata com o seu Discharge! – ordenou Amy.

Os dois pokemons dispararam rajadas elétricas de seus corpos. Os raios colidiram com um grande clarão que cegou Amy por um instante.

- Agora Emolga, voe e acerte o Pachirisu com o Acrobatics – gritou Elesa.

O pequeno esquilo decolou e acertou o Pachirisu antes que ele tivesse tempo de reagir, porém, o golpe tipo voador acabou não sendo muito efetivo. Emolga voltou aos céus esperando um novo comando de sua treinadora. “Essa batalha não vai dar em nada se eu não agir rápido”, refletiu Amy.

- Acerte-o com a Electro Ball.

Pachirisu formou uma esfera de energia amarela em sua cauda e arremessou para o alto, na direção de Emolga.

- Use o Double Team para desviar – instruiu Elesa. – E depois parta pra cima com o Acrobatics de novo.

O esquilo voador realizou o ataque mais rápido do que Amy teria previsto. Em um instante não havia só um, mas cinco Emolgas e o ataque de Pachirisu atravessou um deles, que desapareceu. Os outros três desapareceram logo em seguida e o verdadeiro partiu para cima de Pachirisu.

- Acerte-o com o Hyper Fang! – “Se ele acertar, é só uma questão de tempo até esse bostinha não aguentar mais”, pensou Amy.

A presa de Pachirisu começou a brilhar e dobrou de tamanho. Os dois pokemons se acertaram e sofreram danos. Pachirisu foi arremessado para longe, enquanto Emolga tentava se manter no ar. Elesa parecia despreocupada ao dar mais uma ordem a seu pokemon.

- Voe e use o Flash.

- Salte e use o Quick Attack, Pachirisu.

Pachirisu se recuperou do dano do golpe anterior e começou a correr na direção de Emolga, que começara a ganhar altura. O pokemon de Amy saltou na direção do esquilo voador, mas poucos centímetros antes de acertá-lo, Emolga emitiu uma luz tão forte que a cegou totalmente. Amy usou o braço para tentar proteger os olhos daquela luz intensa e ouviu os resmungos dos outros inconformados se queixando da cegueira repentina.

Amy sentiu que alguém se aproximava dela e saltou para o seu lado esquerdo ao ver um vulto indistinto em sua direção. O vulto a seguiu e a atacou, Amy rolou no chão e sentiu algo afiado raspando seu tórax. Com a visão voltando aos poucos, ela foi capaz de enxergar as pernas de seu atacante. Girou suas próprias pernas e deu uma rasteira que derrubou seu atacante. Amy viu a faca que a raspou voando para longe das mãos do inimigo.

Ela se levantou e viu que sua atacante era Elesa, que já se recuperava e partia para cima dela de novo. Mas dessa vez Amy foi mais rápida e aparou o golpe que a líder tentou acertar em seu rosto, retribuindo como uma joelhada em seu estômago. A mulher ficou momentaneamente sem ar, e mal teve tempo de se recuperar recebendo um soco de Amy que a desmontou.

Amy serrou os punhos e se ajoelhou sob o corpo de Elesa e começou a acertar vários socos em seu rosto. Percebeu que o plano da mulher nunca foi batalhar de verdade, ela só queria uma abertura para ataca-la. Elesa gritava e sua face começou a se desfigurar conforme ela era atacada com raiva pela mulher ruiva.  Amy mal sentia os punhos, apenas o acertava mais uma vez e outra na cara da mulher.

“Como pude cair no plano dessa vaca”. O sangue da líder espirrava para todos os lados conforme era esmurrada, e logo, ela não emitia mais som algum.

Os inconformados e os cidadãos observaram paralisados Amy se levantar, tremendo de fúria e com a roupa e a pele manchada do vermelho escuro que era o sangue de Elesa. Os pokemon de ambas continuavam a trocar raios, mesmo sem instrução de suas treinadoras. Ela se virou para seus subordinados com uma raiva fora do normal.

- O que estão esperando? MATEM TODOS ESSES FILHOS DA PUTA!

O que restava de coragem da multidão rebelde se dissipou conforme os homens de preto berravam e avançavam sobre eles. Os homens sacaram suas armas e dispararam nos cidadãos, que se atropelavam para ir o mais longe possível. Pouco a pouco, um mar de sangue se formou no chão conforme os rebeldes caíam. Amy ergueu o braço direito onde estava acoplada sua arma tecnológica e apoiou a mão esquerda sobre ela, se preparando para o disparo.

O Emolga, ainda preocupado com Pachirisu, não percebeu o ataque iminente e despencou ao soar do tiro da arma de Amy. O pokemon agonizou enquanto seu sangue se espalhava pelo solo. Já recuperada do surto de fúria ao ser enganada pela antiga líder de ginásio, retornou seu Pachirisu tranquilamente para sua pokeball e deixou o pokemon de Elesa ao encontro da morte.

Voltou-se para Reshiram, que permanecia na mesma posição que ela o deixara antes de enfrentar a modelo.

- Voe e destrua o que restou dessa cidade patética.

Os olhos azuis do pokemon faiscaram e ele voou para cumprir a ordem sem hesitação. Usando seu golpe Fire Blast, Reshiram seguiu dizimando os edifícios que ainda se encontravam em pé e logo saiu do campo de visão de Amy.

Ela esperou os homens voltarem com a informação de que todos os rebeldes de Nimbasa estavam mortos e deu a ordem para todos começarem a evacuar a região. Amy permaneceu na mesma posição enquanto eles embarcavam nas aeronaves e deixavam a cidade. Não demorou para as chamas consumirem a cidade de Nimbasa e logo Reshiram estava de volta ao seu lado.

Aproximadamente dez minutos depois, Amy visualizou dois pokemons voando em sua direção. Conforme eles se aproximavam, ela conseguiu identificar Caleb com os cabelos loiros, normalmente bem penteados, ao vento em cima de um imponente dragão negro com uma cauda que soltava faíscas azuis constantemente. Ao seu lado um outro pokemon dragão se aproximava, cinza e com uma cara assustadora, mas Amy só tinha olhos para a mulher que ele carregava.

Os lendários Zekrom e Kyurem pousaram ao lado de Reshiram e deixaram seus mestres descerem de seus lombos enormes.

Caleb ajeitou o cabelo e se dirigiu a Amy com seu jeito pomposo:

- Poxa vida Amanda, parece que você enfrentou mais que um probleminha aqui – Seu terno branco estava perfeitamente arrumado e ele não tinha nenhum ferimento, diferente de Amy que estava com o punho em carne viva, coberta de sangue e com o ferimento nas costas ardendo.

- Não foi nada.

- Nada? Você tá toda machucada amiga, tem certeza que está tudo bem? – A voz da mulher soava preocupada. Ela usava o mesmo conjunto de blusa e saia que Amy usava, porém o dela estava limpo. Sua pele extremamente branca fazia um enorme contraste com a roupa e o cabelo preto.

- Como eu disse, não foi nada – respondeu Amy corando. – Devo parabeniza-la pela promoção Lydia, achei que não conseguiria chegar a tempo pra participar dessa operação depois do seu recente sucesso com o Jirachi.

Lydia sorriu e deu um abraço em Amy, fazendo seu coração quase saltar pela boca.

- Você me ajudou muito Amy, mas claro que não chego a seus pés – disse ela rindo. – Afinal, você é a líder aqui. Só fiz com Kyurem o que me foi ordenado. Foi uma loucura pra chegar aqui, mas o Nate tem seus meios.

- Bem, agora você está na mesma patente que eu e ela – constatou Caleb. – Já pode chama-la de vaca preguiçosa sem tomar advertência, coisa com que me divirto com frequência.

- O dia que eu for uma verdadeira vaca preguiçosa vai ser o dia que você vai ver uma vagina sem ser na tela do seu computador – zombou Amy.

Caleb enrubesceu e Lydia deu risada.

- Bem, vamos finalizar a operação ou esperar que a Interpol venha nos dar um oi? – retrucou ele.

- Vamos nessa – disse Amy – Sabe o que fazer Lydia?

- Sim – respondeu ela com o sorriso doce que deixava Amy sem palavras, porém sua expressão não demonstrava tanta confiança.

Enquanto Caleb se preparava para partir, Lydia se aproximou da comandante da operação e sussurrou para ela:

- Amy.. eu não esperava que tantas pessoas fossem morrer – Sua expressão era uma mistura de medo e apreensão – Eu tento não questionar nossos métodos, mas não consigo deixar de sentir que isso tudo foi errado.

- Ei – Amy chegou perto da colega, segurando suas mãos. – Eu sei que você ainda é um tanto nova nisso, mas eu tô nessa há anos, desde que eu era adolescente. Sei que é um pouco assustador, e é de fato a primeira vez que tomamos uma ação desse calibre, mas nosso líder sabe o que faz. Nunca teríamos executado esse ataque se não tivesse sido necessário.

A expressão de Lydia se aliviou um pouco e ela deu outro sorriso para Amy, se afastando antes que Caleb notasse a conversa das duas.

Os três montaram nos dragões lendários de Unova e decolaram a toda velocidade até uma altura considerável, planejada por Caleb antes do início da missão. Como o dia estava sem nuvens, era quase que possível ver a região inteira dali. Amy fez contato com todas as unidades para se certificar de que ninguém estava em terra antes de autorizar o ataque de Lydia.
- Kyurem, use o Blizzard – ordenou a nova comandante dos Inconformados.

A tempestade de neve que o dragão de gelo produziu era algo incomparável com o mesmo golpe reproduzido por outros pokemon tipo gelo. Toda a região se envolveu em uma enorme nevasca e ao longo dos minutos ia ganhando uma camada branca em toda sua extensão. Cidades inteiras em destroços congelavam sob a tempestade interminável produzida pelo lendário.

Amy ligou seu comunicador, entrando em contato com a primeira pessoa da lista. Ele nunca ligava a transmissão holográfica, logo ela só ouviu sua voz cortante.

- Amanda?

- Está feito Nate.





~~//~~



Nataniel






- Consegue me mandar imagens?

- Sim, mandei uma aeronave filmar e mandar tudo para você – A voz de Amanda soava excitada através do comunicador.

- Como esperado de você – elogiou Nataniel. – Parabéns pelo desempenho, nos falamos direito quando você chegar.

- Nos vemos mais tarde – despediu-se Amy finalizando a chamada.

Nate se abaixou para apanhar uma calça e coloca-la no corpo negro que estava totalmente nu, exceto pelo comunicador que ele manteve no pulso esquerdo.

Ele se encontrava em um recinto redondo e escuro, com uma leve luz azulada. A sala possuía várias estantes cheias de livros, além de vários monitores espalhados ao redor do recinto. Um computador soltava bips em cima de uma escrivaninha no meio do local, e de frente dela, havia uma mulher nua deitada de bruços no chão, com os pulsos amarrados, chorando desesperadamente.

- Ora, achei que tivesse cansado de desperdiçar suas lágrimas lá pela quinta vez que eu a penetrei – comentou Nate casualmente. – Veja, seu marido nem consegue te olhar.

Do outro lado da sala, um homem se encontrava com os braços e pernas acorrentados. Seu terno azul elegante estava rasgado e abarrotado, seu cabelo preto totalmente desgrenhado. O homem ergueu a cabeça e fuzilou Nate com os olhos.

- Acho que agora você não passa de uma puta para ele – disse Nate friamente, se abaixando e afagando o seio direito da mulher. – Mas com certeza foi divertido ouvir os berros dele – ela começou a soluçar mais alto.

- Você... não... cansa? – ofegou o homem.

- Muito pelo contrário senhor Lohan – disse Nate. – Já gastamos muito tempo com algo que poderia ter sido totalmente evitado se você não fosse cabeça dura.

Nate colocou uma camiseta e se aproximou de seu computador procurando os arquivos que seus subordinados o mandaram. Encontrou e os projetou ao longo dos monitores espalhados pela sala. O queixo do homem chamado Lohan caiu ao ver as imagens que exibiam cidades inteiras pegando fogo, prédios desmoronando, pessoas morrendo e a região se transformando em gelo.

- Vo-você... o que você fez? – perguntou ele com a voz fraca.

- Não Lohan, você fez tudo isso – corrigiu Nate. – Se tivesse me apoiado desde o começo, milhões de vidas teriam sido poupadas, se estivesse me ajudando, sua mulher não estaria nua no meio da minha sala.

A mulher soluçava cada vez mais alto e o homem não conseguia articular nenhuma frase. Nate se afastou do computador e parou na frente de Lohan.

- Então senhor presidente, não pera – Nate se interrompeu – Acho que você não é mais presidente de nada não é mesmo? – zombou. – Eu encontrei em sua total falta de auxílio uma forma de mostrar ao mundo todo o nosso poder e do que somos capazes, mas você ainda poderia me ser útil, só precisava me contar uma última coisa, sobre um certo pokemon...

A mulher ergueu a cabeça olhando diretamente para o marido.

- Mark... por favor.

- Não adianta querida – disse Nate – O querido Presidente Mark Lohan preferiu deixar sua região ser destruída do que apoiar minha causa – ele se afastou do presidente e voltou para sua escrivaninha, abrindo uma gaveta. – Assistiu sua mulher ser violada várias e várias vezes e nenhuma vez ameaçou me contar o que eu quero saber, mas agora eu entendo...

Em um movimento rápido, Nate sacou uma arma da gaveta e atirou na cabeça da mulher. A bala atravessou o seu crânio e ela tombou imediatamente, encharcando o tapete da sala com seu sangue vermelho escuro. Mark Lohan começou a berrar histericamente:

- VERA! VERAAAA MEU AMOR! SEU DESGRAÇADO FILHO DA PUTA!

Nate se aproximou do presidente e acertou um tapa no seu rosto.

- Isso é por fazer eu perder meu tempo, afinal você nunca soube onde o Victini está escondido e mesmo assim não disse nada enquanto eu a estuprava – Nate acertou outro tapa na face de Lohan – Isso foi por não ter apoiado os Inconformados e ter me obrigado a matar tantas pessoas.

Todo o vigor do presidente se esvaíra, ele baixou a cabeça e sussurrou:

- Me mate... por favor.

- Não Mark – disse Nate sorrindo. – Eu não perdi tanto tempo com você para descarta-lo assim, você ainda vai ser útil pra mim.

Ele levantou o rosto mais uma vez, exibindo uma expressão feroz:

- Maldito, o que você quer de mim agora? Já tirou tudo o que me importava na vida.

- Eu não tirei a sua vida – lembrou-lhe. – Tenho certeza que você gosta dela e é por isso que você vai fazer algo pra mim.

Nate dirigiu-se de frente para os monitores que mostravam a devastação de Unova.

- A destruição de Unova foi o começo da nossa salvação. E, também, será um aviso do meu poder. Um aviso que para o mundo não duvidar do que eu, Nataniel, o desgraçado filho da puta, sou capaz. Centenas de espécies de pokemon foram extintas nesta tarde, e infelizmente milhares de pessoas tiveram que morrer no processo. Porém, se eu não o fizesse, teriam todos um fim muito pior... os humanos não compreendem... mas eu vou construir um mundo ideal.

O presidente assistia o discurso sem compreender totalmente o que o homem sádico queria dizer.

– Diga-me Mark, o que você sabe sobre o Caos?





~~//~~



Notas Finais: É isso aí pessoal. Mais um capítulo entregue na data hehe Deixem seus comentários, e não percam o Capítulo V - Cinzas ao Vento, no domingo dia 21/05. Vlw o/


Última edição por Brijudoca em Seg 15 Jun 2020 - 14:45, editado 3 vez(es) (Motivo da edição : feliz será o dia em que eu acertar o post de primeira)
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Mensagem por Black~ Seg 8 maio 2017 - 15:42

Bem, vamos lá.

Cara, que capítulo tenso. Esse capítulo foi muito bom mesmo. A começar pelo POV, já que achei surpreendente ser a Amanda. Pensei que ela também tivesse sido sugada no portal no primeiro episódio, mas acho que eu tinha entendido errado. De toda forma, achei interessante ela ser uma líder desse projeto macabro de destruir Unova.

Aquela primeira parte do capítulo ficou bem tensa e eu só pude ficar imaginando um dragão grande pra porra sobrevoando a maior cidade de Unova enquanto o pessoal sai correndo maluco. A música que você colocou no começo do capítulo combinou bastante, já que a batida era meio "tensa", combinando com os momentos de destruição do gigante de fogo.

Confesso que não entendi o porquê deles estarem destruindo Unova. Mas está claro que esse é o mistério que vai determinar os próximos capítulos, com o líder da porra toda aparecendo no final desse episódio. Achei bem interessante (não me entenda mal, por favor) o fato de você ter colocado uma cena de estupro (não necessariamente uma cena, mas ter apenas citado. De toda forma, gostaria de saber também porque o cara que está controlando os três dragões mais fortes do Mundo Pokémon quer ir atrás do pequenino Victini. E também, como disse, quero entender qual o motivo desse plano bizarro dele e o que o presidente de Unova sabia e/ou o que ele poderia fazer. Enfim, mistérios que serão resolvidos apenas com o tempo.

Mas tenho que dizer que foi inevitável a comparação do momento em que os Inconformados congelaram Unova com o Kyurem, com o momento que a Equipe Plasma faz o mesmo (porém sem o lendário) em White2, porém de forma bem menos psicopata que o Nataniel e a Amanda fizeram, já que ninguém morre no processo nos games =/.

Gostei da aparição da Elesa e da estratégia que ela tinha utilizado para poder matar a Amanda. Quer dizer, pelo que entendi, ela usou a batalha como distração e depois usou o Flash para poder matar a menina, mas o plano deu errado. De toda forma, gostei de ela ter aparecido e até ri do momento que a Amanda pensa: "que seios" uhuahuah. Mó cena tensa e ela pensando besteira.

Bom, pelo que vi, a Amanda é lésbica, já que ela ficou admirada com os seios da Elesa e pelo visto ela tem uma quedinha pela Lygia, já que ela ficou toda corada quando a viu e ainda ficou mais corada quando a abraçou. Bom, pelo visto, a torcida pelo casal Harry e Lygia não vai dar certo né huahuahua, enfim. Agora, que deu pra ver que as duas estão interligadas, queria ver se a Lygia ia voltar pro núcleo do Harry ou não. De toda forma, imagino que o protagonista acabará encontrando sua amiga da infância novamente. Mas enfim.

Aliás, esqueci de comentar sobre a última frase do capítulo. Achei muito foda aquela cena final, quando o Nataniel pergunta se o presidente conhece o Caos. Quando eu vi que a música de encerramento era a música tema e que leva o nome de um dos episódios mais icônicos de Game of Thrones, até me arrepiei, porque não tem como não lembrar. E com a frase do cara, dá pra sentir que a merda que vai vir vai ser gigantesca. Enfim, só quis ressaltar mesmo que achei muito boa a cena.

Bem, é só e boa sorte com a fic.

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The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
Dreams come true

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Mensagem por Rush Seg 8 maio 2017 - 18:13

AND SO HE SPOKE, AND SO HE SPOKE

THE LORD OF CASTAMERE

Excelente escolha de uma excelente música. Combinou PERFEITAMENTE com a situação. Até consegui imaginar o diálogo do presidente com Nate antes de toda essa tragédia acontecer.

Hello, Briju. o/

Esse capítulo foi bem excessivamente macabro. Embora tenha gostado bastante dele, admito ficar um pouco decepcionado ao ver como Unova foi destruída. Imaginei que teria algum papel dos lendários, mas achei que ela iria ser eliminada do nada, sabe? Tipo, geral trabalhando, vivendo suas vidas normais e do nada... MORTE. Outro motivo que me decepcionou um pouco foi o uso excessivo do Fire Blast. Acho que o Fusion Flare com o Fusion Bolt do Zekrom teriam combinado muito mais, já que as animações do golpe nos jogos já transmitem um ar apocaliptico. Uma esfera de fogo gigante teria sido perfeita pra dizimar as cidades de uma vez.

De resto, eu adorei o capítulo.

Nunca imaginei que Elesa tivesse um par de seios enormes. Geralmente, por ser modelo de passarela, as mulheres tem seios predominantes pequenos e sempre imaginei Elesa com seios médios. Mas isso foi um detalhe a parte, eu particularmente, como um jovem adulto pervertido que sou, acho mulheres de seios grandes algo lindo demais.

No entanto, tudo que é bom dura pouco, e isso serve para a vida de Elesa. Que morte trágica, ein? Morrer com a beleza sendo desfigurada com socos até que ela morresse ou com o nariz afundado, ou com o cérebro danificado, ou engasgada com o próprio sangue ou todas as possibilidades anteriores. Tenho que dizer que estranhei a batalha, já que o fim seria inevitável. Admito ter achado a batalha BEM INGÊNUA, mas depois foi revelado que foi um plano para encontrar uma brecha e tentar parar Amy.

Sobre a ruiva, tenho que dizer que o orgulho dela ainda vai foder ela.

Além da dizimação de Unova e a escravidão dos lendários da região - com exceção de Victini -, achei interessante o relacionamento dela com Lydia. Não sei se é canon de fato que as duas possuam algo além de respeito pelo trabalho, mas deu a entender que a ruiva tem uma queda por esta última citada. E, me desculpe Briju, mas antes eu pensava nela pensar que o que estava fazendo o "bem", mas depois desse capítulo, ela com certeza se encaixa no termo vilã. Nenhuma pessoa com um pingo de bom senso iria dizimar um continente inteiro e se aliviar acreditando que foi por um bem maior.

Já o líder dos Inconformados conseguiu ter tudo para sobreviver em Westeros, ein? Não dar segundas chances e agir quando tem oportunidade, além das torturas psicológicas e físicas. Senti pena de Vera, embora sua morte tenha sido com um tiro de misericordiador, ter sido estuprada cinco vezes antes não foi nada legal, Nate. Acho que foi a primeira vez que vejo o estupro sendo escrito em uma Fan Fiction.

Bem, o ex-presidente vacilou aí também. Se ele não soubesse onde o Victini estava (Isso se ele realmente não souber), ele poderia ter sido sincero e evitado toda essa tortura, quer dizer... Acho que as mortes seriam inevitáveis, mas porra... Assistir sua esposa sendo estuprada e ainda sim não dizer nada? Foi bem hardcore, bro.

Já os ideais do Nataniel (Porra @-Ice, olha o que o seu pescador se tornou T-T hahaha zoa), me lembraram bastante o Pain em Naruto, inclusive destruir todo um continente (Embora no anime tenha sido só a vilazinha da maconha)

Well... É isso. Aguardo ansiosamente o próximo capítulo meu amigo. Espero ver mais esse gore violento e ousado como a morte de Elesa, porque caralho, foi bem adrenalínico. AUIHEUAE'

Um abraço meu amigo, até mais!
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Mensagem por Brijudoca Dom 21 maio 2017 - 23:10

bla bla bla em cima da hora bla bla bla bora

RESPONDENDO OS COMENTÁRIOS:

Nota do Autor: Diferente dos últimos capítulos que eu gostei bastante do resultado final, esse aqui eu achei bem meh (pra não dizer que tá uma porra). Porém, ele era necessário pra seguirmos nosso caminho, então... mals ¯\_(ツ)_/¯

E pra revolta dos leitores, eu ainda repeti algo no final que não tinha sido de agrado geral uns caps atrás -q

Capítulo V
Cinzas ao Vento


Harry





Cinco dias.

Foram cinco longos dias na cidade de Slateport. Harry despertou exasperado durante a noite após um pesadelo em que Zane era devorado por um Gyarados gigante. Olhou para a cama do lado e se acalmou ao ver seu irmão dormindo tranquilamente. Desde a aventura de Zane e Lydia com o pokemon Jirachi, Harry mal conseguia tirar os olhos do garoto, imaginando coisas terríveis que poderiam acontecer com ele.

Zane não lembrava muita coisa sobre a aventura e Lydia tampouco. Ela falou apenas sobre uma explosão e quando percebeu, os dois estavam de volta ao barco. Sua partida repentina ao atracarem em Slateport, deixou Harry com uma sensação de vazio, apesar dela ter deixado seu número de celular com ele. Até o momento eles só tinha trocado um “oi”.

Logo pela manhã os irmãos encontraram Spencer irritado enquanto utilizava o telefone do hotel em que estavam hospedados. Ele bateu o fone no gancho e se virou para Harry:

- A divisão de trânsito aéreo de Hoenn continua sem me atender, então continuamos sem carona para voar na região. Não há nenhum barco no porto e a única saída por terra continua bloqueada por tempo indeterminado. Basicamente estamos presos aqui.

Os três se dirigiram para o restaurante do hotel a fim de tomar café, quando se depararam com uma comoção em frente a gigante televisão posicionada no hall do hotel. Uma funcionária aumentou o volume a pedido de alguns hóspedes e Harry ouviu claramente a reportagem enquanto via imagens de destruição.

- A Interpol conseguiu capturar apenas uma aeronave do grupo terrorista, que, ao serem rendidos, acabaram tirando as próprias vidas, – informou a repórter – a polícia reuniu uma equipe em massa em busca de sobreviventes, porém, nenhum cidadão foi encontrado em vida...

Era tudo muito irreal para o rapaz. Como uma região inteira poderia ser destruída e congelada? O medo constante que Harry sentia desde criança ressurgiu mais forte do que nunca. Claro que, ao ouvir os repórteres associarem a ação do grupo terrorista ao aparecimento de Pokemon lendários de Unova, Harry reviveu na hora o dia que seu pai morreu.

“Aquilo não podia ser coincidência”, pensou ele. Era óbvio que se tratava da mesma organização e o fato de eles estarem agindo a tanto tempo, praticamente, nas sombras, só o assustava mais. Destruir uma região inteira era a prova de que eles tinham muito poder e estavam apenas começando a mostra-lo em público.

O fato de Zane ter encontrado um Pokemon lendário e não se lembrar de nada era com certeza a pior parte de seus pesadelos. Afinal, esses Pokemon eram quase mitos, poucos na vida tiveram a experiência de encontrar um destes, e tanto ele quanto seu jovem irmão tiveram a desagradável experiência.

Ele abraçou o irmão que assistia as imagens na televisão com os olhos assustados e considerou pela milésima vez o erro que fora traze-lo na jornada e em como se sentia irresponsável. No entanto, Harry seria incapaz de se separar dele agora, com o possível retorno das pessoas que destruíram sua vida, e o contato do garoto com Jirachi, a sensação de perigo constante de Harry estava consideravelmente maior.

O grupo saiu do hotel poucas vezes durante a curta estadia em Slateport. O acesso as outras cidades de Hoenn ainda estava liberado nos dois primeiros dias, porém, eles estavam esperando a chegada de um contato de Spencer que prometera leva-los a Petalburg de barco, uma vez que eles não tinham permissão de realizar voos com seus Pokemon na região. Porém, ao terceiro dia, todos os acessos e transportes foram interditados devido ao desastre de Unova que colocou todo o mundo em estado de alerta.

O hotel possuía uma pequena arena para treinadores batalharem entre si no subsolo. Harry esteve lá com seu Munchlax e Squirtle para praticar seus movimentos. Os oito anos desde que ele perdeu seu pokemon para o portal não tinham diminuído em nada o amor que ele nutria pelo esfomeado. Cada vez que via Munchlax ele precisava segurar a vontade de chorar, pois acreditava que o mesmo tinha partido para sempre. Squirtle trocava golpes feliz com o antigo companheiro. O pequeno era um lutador nato, e a recente batalha contra Norman acendeu o espirito de batalha que se encontrava adormecido. Harry se lembrou de quando sonhava em sair em uma jornada com Josh e começou a considerar que seu sonho podia não estar totalmente perdido.

- Harry – chamou Zane distraidamente enquanto o trio tomava seu café-da-manhã – podemos fazer algo hoje? Tô cansado de ficar preso nesse hotel.

Harry ponderou sobre a questão, mas foi Spencer que respondeu.

- Acho que devíamos visitar o Museu da cidade. Já que não vamos para nenhum lugar, devíamos aproveitar Slateport. Soube que eles possuem um laboratório de pesquisa incrível por lá.

Harry assentiu, acreditando que seria bom tomar um pouco de ar. O grupo deixou o hotel após finalizarem a refeição e seguiram caminhando nas ruas agitadas em direção ao museu. Por ser uma cidade portuária, Slateport se transformou em uma grande metrópole e possuía diversas atividades para entreter turistas, mesmo em meio à maior crise dos últimos anos. Durante o percurso, muitos comerciantes ofereciam passeios, atividades noturnas e quinquilharias diversas. Zane ficou tentado a visitar um circo que prometia ter o maior e mais estranho Dustox do mundo.

De acordo com o mapa que Harry pegou no hotel, o museu ficava a aproximadamente um quilometro, logo, após alguns minutos de caminhada, eles encontraram um enorme edifício azul com um leve entra e sai de pessoas. Spencer comprou os tickets na bilheteria e recebeu crachás com seus nomes mais a indicação de que eram visitantes. Logo os três entraram em um grupo com outras dez pessoas, no qual um guia animado explicava as maravilhas do museu.

No momento em que o grupo observava a sessão de fósseis, um rapaz esguio usando um jaleco com o logotipo do museu se aproximou de Spencer com um sorriso.

- Cara eu não acredito! – Exclamou ele – Spencer, meu brother quanto tempo!

- Você tá bem mais profissional hein Phil – disse Spencer recebendo o homem com um abraço – Harry, esse era meu colega de estágio lá em Kalos.

- Prazer, Phil – disse Harry apertando as mãos.

Os antigos colegas logo trataram de colocar o papo em dia, perdendo o resto do tour guiado pelo museu. Enquanto conversavam, Harry notou que Phil possuía um visual bastante peculiar. Seu cabelo raspado contrastava com a enorme barba preta. Os braços eram completamente tatuados e Phil ainda usava um enorme alargador na orelha direita. Apesar da aparência, Harry não tinha dúvidas que o cara era inteligente ao ler Mestre Patologista em baixo de seu nome no crachá.

- Deixem esse tour furado de lado – disse Phil fazendo pouco caso – Vou mostrar para vocês meu laboratório, meus assistentes estão estudando um Anilith que acabamos de ressuscitar de um fóssil.

- Cara, isso tudo é muito irado – comentou Spencer empolgado – mal consigo acreditar que você se tornou chefe aqui.

- O jogo virou não é mesmo? Como anda o seu projeto?

- Estamos em Hoenn para um experimento em campo – respondeu Spencer sem dar muitos detalhes.

- Que legal, se precisar de algum suporte pode contar comigo.

- Só se você souber como ir até Petalburg nesse momento com a cidade isolada – disse Spencer.

- Foda – suspirou Phil – Minha mulher foi visitar os parentes em Mauville alguns dias atrás e não consegue voltar para cidade. Tô quase a uma semana sem tra... – ele se interrompeu ao se lembrar da presença de Zane – ver ela.

Os quatro entraram em uma área restrita do museu, protegida por identificação digital liberada por Phil. Ao atravessarem uma enorme porta de chumbo, encontraram um salão totalmente branco, cercado de mesas de trabalhos e computadores de alta tecnologia. Homens e mulheres de jaleco caminhavam de um lado para o outro com papeis e dispositivos que Harry nunca tinha visto. Ao fundo encontravam-se máquinas cinzas que zumbiam e apitavam conforme algum cientista a manipulava.

A única pessoa que destoava o local era uma mulher adulta, provavelmente nas faixas dos trinta anos. Ela estava vestida toda de preto, desde a jaqueta de couro até as botas e prendia o cabelo castanho escuro em um pequeno coque. A mulher estava discutindo com um dos cientistas do laboratório que estava claramente assustado diante de seu olhar feroz. Ao perceber a chegada do grupo, ela deixou o cara com quem estava discutindo e veio em direção a Phil.

- Finalmente Dr. Castle! – Exclamou ela exasperada – Achei que teria que esperar uma eternidade pra falar com vossa senhoria.

- Boa Tarde Capitã Modesto – respondeu Phil cautelosamente. – Não esperava uma visita sua hoje.

- Isto é óbvio, já que claramente não está dando prioridade a o que te pedi – rebateu Modesto com os olhos em fúria.

- Lana, eu te garanto que estou dando prioridade total a sua missão. Mas já disse que preciso de ferramentas que estão fora do meu alcance em Slateport. Preciso de acesso ao Laboratório do Professor Birch.

- Já te disse que isso é impossível Castle. – rebateu ela com um olhar alarmado. – Não tenho previsão nenhuma de liberar o tráfico normal da cidade e desde o atentado contra Carvalho, os laboratórios dos professores estão totalmente interditados.

- O professor Carvalho morreu? – perguntou Harry com a boca aberta.

A capitã Lana Modesto finalmente desviou seu olhar para o resto do grupo que acompanha o cientista.

– Ainda não, mas está entre a vida e a morte. Imagino que a televisão fez pouco caso disso em frente ao desastre de Unova – confirmou ela devastada. - E quem são vocês? Achei que essa área era proibida para visitantes.

- Ãh... – Gaguejou Phil – Este é o Professor Spencer Newton. Ele é um especialista de Kalos que veio nos ajudar em uma pesquisa e estes são seus assistentes.

- Ahã, a criança também? – Perguntou ela desconfiada.

O grupo engoliu em seco enquanto pensavam em qual resposta dar para a mulher, quando a expressão da mesma mudou ao encarar o crachá que Harry tinha pendurado no peito.

- Harry Miller – disse ela com suavidade – Eu conheço você. Eu o vi há alguns anos no Incidente do Spear Pillar.

Harry ficou chocado que a mulher lembrasse de seu nome. O rapaz olhou para ela novamente mas era incapaz de lembrar dela, afinal, muitos policiais conversaram com ele nos anos após o incidente.

- Como você se lembra? – Perguntou ele atônito.

- Eu conheço todas as peças da minha operação de cor e salteado – respondeu ela cansada. A raiva de Lana se esvaíra dando lugar a uma expressão cansada. – Você é uma delas.

Harry ficou em silêncio fitando a mulher. Então, a polícia não havia abandonado totalmente o incidente. Zane apertou a mão de Harry tentando conforta-lo mesmo sem entender o que estava acontecendo.

- São eles não são? – perguntou Spencer quebrando o silêncio. – Os responsáveis por tudo que está acontecendo no mundo agora?

Lana ergueu os olhos para o rapaz negro o avaliando.

- Newton... imagino que o garoto desaparecido era seu parente – a expressão de Spencer se fechou apenas confirmando a afirmação da policial – infelizmente não posso dar detalhes das investigações para vocês, sinto muito.

- Capitã. – interviu Phil – o Professor Newton é extremamente inteligente, bem mais do que eu devo admitir – ele deu um sorrisinho pro amigo. – Ele pode levar o objeto para o professor e juntos eles serão capazes de descobrir do que ele é capaz. Se você conseguisse a liberação pra eles saírem da cidade...

A Capitã Modesto ponderou alguns segundos sobre a possibilidade. Harry ficou extremamente grato com a jogada de Phil. Com a permissão para sair da cidade, eles poderiam finalmente chegar em Petalburg e ainda por cima ter contato com a mulher que investigava os caras que mataram seu pai.

- Posso saber do que se trata? – Questionou Spencer tentando incentiva-la a aceitar a ideia.

- Não. Não creio que eu possa confiar algo tão importante a vocês...

- Senhora? – Interrompeu o pequeno Zane levantando a mão. – Você parece ser uma pessoa incrível e inteligente. Tenho certeza que está dando o seu melhor para salvar um monte de gente. Mas precisava confiar no meu amigo e no meu irmão se quiser deter os caras malvados.

Todos olharam para o garoto estupefatos com a sagacidade do menino. Lana ficou boquiaberta e pela primeira vez desde que a encontraram ela sorriu. Harry sabia que seu irmão era capaz de encontrar as palavras certas para convence-lo a fazer alguma coisa, mas nunca vira ele falar de forma tão calma e astuta com outra pessoa além dele mesmo.

- Eu não sou muito de confiar garotinho. – Admitiu ela. – Mas não posso negar que estou sem agentes para essa missão e estou de mão atadas. Parece que vou ter que confiar em vocês.
Harry estava embasbacado. Seu irmão quebrou a dureza da mulher com apenas uma frase. Zane sorriu inocentemente para a policial como agradecimento.

- Há alguns dias eu trouxe um objeto para o Dr. Phil Castle examinar. Recebemos ele direto de um antigo contato de Unova, que agora nem sabemos o paradeiro, e está ligado diretamente a organização que destruiu a região. Os mesmos que você, senhor Miller, teve a infelicidade de conhecer...

Sua voz foi interrompida devido a uma agitação no laboratório. Todos os cientistas se aproximavam dos computadores que pareciam transmitir alguma mensagem.

O grupo se aproximou de uma das telas e Harry notou que o computador parecia diferente. Exibia uma tela preta cheia de comandos que ele não compreendia, porém notou que se tratava de um vídeo pois uma sombra se movimentava atrás dos códigos e também devido a um som de estática misturado a alguns ruídos estranhos. De repente, os mesmos sumiram, sendo substituídos por um enorme “I”. O som ficou mais alto e uma voz reverberou por todos os computadores.

- Boa Tarde. Somos os Inconformados.



~~//~~



Laura



- Esta transmissão está sendo realizada simultaneamente para o mundo todo. Estamos vindo a público pela primeira vez assumir a responsabilidade pelos últimos acontecimentos em Unova. Admitimos que foi uma tragédia horrível o ocorrido, e tudo foi culpa de apenas um homem. Mark Lohan.


A imagem na tela foi substituída por um homem de terno azul abarrotado amarrado em uma cadeira. Sua cara estava cheia de hematomas e era possível notar que ele respirava com extrema dificuldade.

- O Sr. Lohan costumava cooperar com os Inconformados, porém após uma série de divergências tivemos que tomar algumas medidas drásticas contra o senhor presidente. Mesmo diante de nossas ameaças, ele deixou que sua região fosse destruída, sem entregar o nosso pedido. Por causa dele, milhares de pessoas tiveram que morrer. Para você, Sr. Lohan, guardamos todo o nosso desprezo.

Foi possível ouvir o som de um disparo diretamente contra o peito do Presidente. Sua cabeça tombou para o lado. A imagem voltou a ficar preta com um “I” no centro.

- Isso não é uma ameaça amigos. É um aviso do que acontece quando não há cooperação. Esperamos que a partir de agora, todo o mundo esteja ciente do poder da minha organização. E o que acontece com aqueles que ficam em nosso caminho.

A imagem se apagou e a televisão da sala voltou a exibir sua programação normal.

Laura estava tremendo de nervoso. Segurava a mão de Aiden com tanta força que podia ver os dedos do rapaz ficando mais brancos. Ele a envolveu em um abraço enquanto ambos absorviam a mensagem dos Inconformados.

Eles se encontravam na casa dos pais de Aiden, na cidade de Viridian. A mãe de Laura a proibira de deixar a cidade até receber novas instruções da Interpol. Ela e Aiden tiveram que realizar alguns depoimentos referentes ao ataque contra o Professor Carvalho, mas graças a posição de Top Coordenadora de Laura, a polícia comum não demorou em deixá-los livres. A garota suspeitava que houvesse dedo da sua mãe também, mas não podia deixar que ninguém soubesse de seu outro trabalho.

- Estou cansada de esperar Aiden. – Suspirou a garota. – Temos que agir.

- Eu sei que você quer fazer alguma coisa. – começou Ele – Mas não podemos esquecer que você precisa levar a encomenda para sua mãe. E ela te proibiu de deixar a cidade.

A Bluma. A esfera que quase custou a vida do professor estava dentro da bolsa de Laura. A garota não tirou o objeto de vista há dias, com medo que mais agentes viessem atrás dela.

- Temos que ir até Celadon.

- Celadon?

- Aqueles dois agentes estiveram lá em algum momento antes de irem até o laboratório – disse a garota. – Se lembra do que eles tinham consigo?

Os dois Inconformados que atacaram o laboratório acordaram antes mesmo da polícia chegar. Ao se verem presos em uma corda que Aiden tinha encontrado na sala do professor, os dois simplesmente caíram para o lado. Mortos. Laura descobriu mais tarde com a perícia, que eles possuíam uma substância tóxica em um de seus dentes. Ao ver que seriam capturados, os dois simplesmente rasparam os dentes até a substância ser liberada e leva-los a morte.

Laura não conseguia entender como essa organização possuía seguidores tão fiéis ao ponto de se suicidarem para não serem capturados. A garota descobriu que eles não carregavam nada demais consigo. Além das armas, um deles possuía uma carteira no formado de Clefairy, totalmente vazia.

- Um dos agentes tinha uma carteira Clefairy lembra? Eu achei estranho nunca ter visto aquilo, e descobri que é um item super raro e só é vendido em um lugar do mundo, na Loja de Departamento de Celadon. Quer dizer que ele esteve lá em algum momento.

Aiden ponderou um pouco sobre a situação enquanto afagava o pequeno Bulbassaur que estava deitado no chão aos seus pés tirando uma soneca. Os poucos dias que eles tiveram juntos foram o suficiente para os dois se apegarem.

- Estaremos desobedecendo ordens diretas da sua mãe. E você sabe muito bem que essa não é necessariamente a melhor das pistas né?

- Ela provavelmente está muito ocupada com tudo que está acontecendo, precisamos descobrir o máximo possível por nossa conta. – a expressão da garota se fechou. – Temos que trabalhar com o que conseguimos.

O rapaz a fitou com seus belos olhos azuis e disse exatamente o que Laura queria ouvir:

- Vamos nessa!




~~//~~



Liam




Mas que caralho! Porra, puta que pariu, todos os palavrões misturados nesse inferno.

Será que eu estava puto? Imagina né? O fodido do Rik faz a gente cair numa armadilha e só eu que sofro? Parece que eu nasci pra tomar no... tá bom chega vou me controlar.

Já tinha dois dias que aquela menina louca tinha capturado nós dois, mas como o bonitinho ainda estava doente (na verdade, ele estava ainda mais doente), logo, a garota tinha alguma piedade dele, deixando ele solto e até dando comida.

Eu? A cretina me deixava amarrado o dia inteiro num tronco, só me soltando para fazer xixi. A comida que ela me dava era ainda pior que a que eu e Rik caçávamos por conta própria, uma espécie de pasta de cor esverdeada, com sabor ainda pior do que a aparência.

- Ei amiga. – tentei puxar assunto ao final do segundo dia de “cativeiro” – Sei que começamos um pouco mal, mas eu tô realmente exausto de ficar aqui amarrado, então a gente podia tentar algum exercício de confiança?

A garota se virou pra mim com um olhar fulminante. Ela parecia ter mais ou menos a mesma idade que eu. A propósito eu nem disse minha idade né? Dezesseis primaveras, disponha. Como eu dizia, ela usava uma camiseta simples cor verde musgo e uma calça marrom totalmente surrada, estilo exploradora, o que devo dizer que até combinava com o ambiente da ilha. Seu cabelo castanho escuro ficava sempre preso num rabo de cavalo.

- Eu realmente não sei qual é a tua jogada, mas se não calar a boca, eu vou enfiar um galho na sua garganta.

- Ei, segura essa agressividade moça – o rapaz rebateu – Você que está mantendo a gente de refém.

A garota sacou uma faca do seu cinto, e se aproximou da minha cara com a expressão ainda mais feroz.

- Logo meus amigos estarão aqui e decidiremos o que fazer com vocês, invasores malditos.

Engoli o seco tentando olhar para faca e para garota ao mesmo tempo. Sua face era cheia de cicatrizes e seus olhos castanhos cintilavam com a selvageria.

- Ok ok, tenho certeza que chegaremos em um acordo em que todos saiam com vida, de preferência.

Ela se afastou um pouco e começou a me observar de cima a baixo. Fiquei nervoso com isso, apesar de me achar até que atraente, não parecia o tipo de estudo que a menina estava fazendo.
- Por que você não está doente também?

- Não sei, mas gostaria de estar também. Pelo menos estaria solto.

A menina me deu um tapa na cara violento.

- Imbecil. Eu tô fazendo o impossível pra manter ele vivo.

- O que? – A informação me deixou realmente chocado. Ela não deixava que eu e Rik trocássemos mais do que poucas palavras, mas ele não parecia estar morrendo. – Não achei que ele estava tão mal.

Rik estava encostado num tronco próximo deles tirando um cochilo. Apesar de não estar preso na árvore como eu, suas mãos estavam atadas com uma corda.

- Pois está, e apesar de eu acreditar que seria bem mais fácil deixa-lo morrer, eu não sou assim tão cruel.

A menina coçou o pescoço e reparei pela primeira vez que ela usava uma discreta corrente em volta do pescoço, com um pequeno pingente que descia pelo seu peitoral. Tentei ver o que tinha no pingente, mas a garota já estava novamente com a faca encostando no meu pescoço.

- EU TO FALANDO DO SEU AMIGO E VOCÊ TÁ PREOCUPADO OLHANDO PROS MEUS PEITOS? – Seu punho apertava o cabo da faca que já começava a arrancar uma gotinha de sangue de mim.

- Calma moça – sussurrei em desespero – Pra começo de conversa, eu gosto de pinto. E segundo, eu só tava olhando o seu pingente.

Ela se afastou e tirou o colar do pescoço, guardando em um dos bolsos da calça.

- Maldito o dia em que vocês decidiram pisar em nossa ilha.

Nem eu e nem ela sabíamos, mas nós dois íamos nos tornar grandes amigos, e ela ainda ia agradecer MUITO o dia em que nós pisamos naquela ilha. Mas estou me adiantando. Porém, agora as coisas vão começar a esquentar, e tudo começa no dia em que o Rik morreu.



~~//~~





Notas Finais É foi isso. Eu detestei colocar 3 POVs num capítulo só, pelo menos nesse aqui não funcionou muito bem. Espero melhorar isso numa próxima ;/

Algumas considerações. Sei que tinha prometido um mini guia, mas no atual momento foi impossível me dedicar a essa parte, senão o capítulo acabaria atrasando, então vou continuar enrolando mais um pouco Laughing

Agora, queria pedir um pouco da opinião de vocês sobre incluir elementos da sétima geração.
Quando eu comecei a escrever essa fic pela primerissima vez ainda não tínhamos nem a QUINTA GERAÇÃO, mas claro que com o revival da ideia, eu adaptei minhas ideias a fim de incluir elementos das gerações seguintes. O grande problema é que eu não joguei Sun/Moon até agora, e não tenho a menor previsão de fazê-lo. Consequentemente, eu não sei NADA de Alola, Ultra Beasts, z-moves, os pokemon da região, nada. Vocês acham que seria muito podre simplesmente ignorar a existência da região, de seus lendários e pah, ou eu deveria dar uma surfada pela Bulbapedia e afins pra incluir pelo menos alguma coisa de S/M?

Enfim, obrigado pela leitura pessoal. Capítulo VI - Um desafio para Aiden daqui duas semanas, como sempre, dia 04/06.


Última edição por Brijudoca em Seg 15 Jun 2020 - 14:49, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Rush Seg 22 maio 2017 - 21:44

Hey, Brijudoca!

Antes de tudo, irei começar pelos comentários finais!

Olha cara, isso depende de você mesmo. Sei que se você quiser ignorar Alola, VOCÊ MESMO irá sentir um vazio chato no plot que irá te corroer lentamente com o passar do tempo. Eu sempre tentei me adaptar com as mudanças dos jogos, (NUNCA VOU ME ESQUECER DA CAGADA QUE FOI EU TER COLOCADO UM PINSIR GIGANTE ADORMECIDO QUE SÓ PODIA SER ACORDADO POR UM ITEM QUE EU NEM TINHA PENSADO DIREITO, E UMA SEMANA DEPOIS SAÍRAM AS MEGA EVOLUÇÕES, SENDO O PINSIR UM DELES), mas eu realmente acho que seria legal colocar Alola sim.

MAS BEM, sem querer ficar falando sobre mim, mas o que eu faria era apenas incluir a região, Pokémons e alguns personagens. Ultrabeasts e Z-Moves (Coisas que eu também não tenho conhecimento por não ter jogado os jogos) eu deixaria pra lá. No máximo incluir uma Ultra Beast ou outra, já que eu acho que combinaria BASTANTE com o plot da fic, vendo que as ultra beasts são Pokémons EXTREMAMENTE FORTES de outras dimensões, que foram abertos por um buraco de minhoca que eu nem sei como foi aberto já que não joguei o maldito jogo...

Mas seria interessante.

Sobre a fic, eu particularmente gostei bastante dos três pontos de vista. Senti falta de Harry e Zane, e mesmo o PoV deles não ter tido nenhum tipo de ação, eu gostei dos personagens apresentados e da repercussão dos eventos anteriores sendo explorados. No começo do capítulo eu tinha me pego pensando, "Poxa, que mancada do Briju, ele nem ao menos comentou sobre a morte do Oak..." E fiquei feliz ao você calando meus pensamentos ao mencioná-lo. Ele está em coma? Não sei se isso foi um sinal, mas acho que só por esse coma, minha teoria sobre uma parte da fic está QUASE certa.

Achei estranho a Lydia ter dado seu número para Harry. Agora o protagonista (Que INFELIZMENTE não sabe que a mulher é uma criminosa) pode rastrear seu número com ajuda da Capitã Modesto, que HEYY eu demorei para sacar, mas é a mãe de Laura. Creio que assim que os PoVs de Harry e Laura irão se fundir. Ou não né.

Agora sobre o PoV do Liam, eu particularmente gostei bastante. Não querendo dar uma crítica destrutiva, mas no primeiro PoV do Liam após a destruição de Unova, eu achei confuso e bem anti-climático, logo não gostei do personagem inicialmente. No entanto, neste capítulo ficou bem mais natural e detalhado, a passagem de terceira para a primeira pessoa foi bem interessante também, além da falsa semelhança a quebra da quarta parede. Mesmo que ele nao tinha a quebrado, o fato dele estar contando a história no passado e vazando spoilers pouco se fodendo foi algo bastante cômico.

Fiquei chateado ao ver que Rik realmente morreu, mas não posso negar que ri ao ver Liam dizendo como se não fosse nada, já que ele provavelmente já tinha superado a morte do amigo com o time skip até o presente em que ele narra a história. Achei interessante também com sua opção sexual, já que ela passou despercebida por mim.

E bem... Sobre os Inconformados... Fiquei bastante inconformado (HAW YEAH!) ao ver que eles invadiram a programação de rede de todo o mundo apenas para mandar aquela mensagem terrorista. Mentira, eu achei daora pra caralho, só não queria perder a piada. Isso me lembrou aqueles vídeos que a Isis posta, executando rebeldes ou espiões inimigos que foram capturados. E bem... Achei MUITO, mas MUITO legal uma fic onde a organização antagonista é feita por terroristas.

Esse vídeo da execução do ex-presidente de Unova foi uma prova concreta que a organização terrorista faz jus ao nome, espalhando o medo para todos que tiveram o azar de assistir. Infelizmente, não se trata de apenas uma região que poderia ser evacuada... E sim do mundo inteiro.

Meio que agora a merda bateu no ventilador modo extreme. O jeito é vazar da terra e ir para o espaço, mas capaz dos Inconformados capturarem o Deoxys lá e destruírem tudo. D:

É isso, meu amigo. Gostei MUITO deste capítulo e aguardo o próximo!

Um abraço, e eu amei a escolha da trilha sonora. EU AMO NIRVANA.

Até mais!!!


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Mensagem por Black~ Ter 23 maio 2017 - 19:51

Bem, vamos lá. Acabei esquecendo de ler o capítulo, mas enfim, nada de mais, sem delongas, vamos ao que importa:

Primeiro, tenho que concordar com o Rush, seu eu fosse você eu colocaria sim a região de Alola. Dá uma Bulbapediada básica e põe só o essencial. Eu nunca tive contato nenhum com X/Y, mas tenho bastante conhecimento de Kalos, dos golpes novos, etc. só pesquisando na Bulbapedia. Acabei pesquisando as coisas para as minhas fics ficarem mais "coesas". Sei lá, é uma dica. Eu colocaria sim Alola.

Bem, quanto ao capítulo, tenho que dizer que o achei muito bom. Apesar de você ter achado maçante ter colocado três POVs, acho que todos foram importantes e aparentemente as histórias começam a se juntar. O Liam realmente tinha me incomodado no primeiro capítulo que apareceu, pois foi muito anti-clímax, porém após sermos apresentados dignamente, gostei do personagem.

Vou começar falando do POV do Liam, porque algo me chamou a atenção. Foi o fato de ele ser narrado a maior parte em primeira pessoa. Eu gosto bastante de histórias em primeira pessoa, mas tem que tomar um cuidado com elas, se não acaba ficando meio "ruim". Mas uma coisa da sua narração em primeira pessoa que me agradou bastante foi quando o Liam diz durante a narração que a menina viraria amiga dele e o amigo dele morreria, mas que isso só aconteceria bem mais pra frente. Devo dizer que isso ficou muito Ted Mosby contando, por exemplo o episódio da cabra e também algumas outras coisas pros seus filhos, mas falando disso de novo só duas temporadas depois huahuha. Depois tomei a liberdade para ver seu banco de séries e vi que você já assistiu HIMYM (nome muito grande -q), então imagino que você deva ter se inspirado lá, mas enfim.

Mas agora, falando sério sobre o plot do Liam, eu fiquei curioso para saber quem é essa menina, se ela é dos Inconformados, e porque ela vai se juntar com o Liam. Quanto ao Rik, acredito que o coitado vá acabara desfalecendo devido à doença mesmo, que fim terrível.

Quando os inconformados se inconformaram e começaram a hackear os computadores e televisões para dar a sua mensagem, matando o presidente na frente de todo mundo, era inevitável a comparação com o Estado Islâmico quando divulga os seus vídeos. É simplesmente incrível que a equipe vilã da fanfic seja realmente uma equipe vilã com bandidos de verdade que tocam o terror, apesar de terem o mesmo sonho clichê do estilo Cyrus, Archie, Maxie e Ghetsis de querer destruir o mundzzzzzzzzzz. Enfim, assim como o Rush eu curti os vilões terroristas.

O POV da Laura achei menos importante dessa vez, mas ainda sim foi importante, já que eles vão voltar para Celadon, mesmo estando proibidos de sair de casa. Aliás, a Laura é uma bela detetive hein? Usar como pista uma carteira? Realmente, gostei de ver a nossa protagonista em ação huhauhahua.

O Harry voltou a ter importância nesse capítulo. Apesar de estar longe dos anteriores, onde o ritmo era frenético, esse foi muito bom justamente por ter engatado a história de maneira mais calma, com os três saindo de Slateport após a policial precisar de ajuda (e do Zane usar o poder de convencimento). Aliás, se o Rush não tivesse falado que ela era a mãe da Laura, eu nem teria percebido huahuahuah, depois que fui ler em outro capítulo e vi que o sobrenome da Laura é Modesto, enfim -q. Acredito que em algum momento pelo menos os dois protagonistas serão apresentados, mas não sei, o futuro é incerto. Também achei curioso a Lydia ter dado o telefone pro Harry, sei lá, talvez ela realmente não seja aquele vilão caricato que chuta velhinhas só pra mostrar que é mau e tenha um coração bombeando sangue dentro do peito e talvez tenha se interessado mesmo pelo Harry, pena que o garoto só conhece garota problemática né huahuahuah, mas enfim.

Bem, erros que me incomodaram foi apenas a falta de vírgula antes do vocativo. Na maioria das vezes você esquece a vírgula quando alguém fala com alguém, deixando um sentido ambíguo. Tipo nessa frase:
Estou cansada de esperar Aiden
Parece que a Laura estava esperando Aiden, não que ela estava esperando junto com o Aiden. Então, só digo pra revisar melhor nesses pontos, porque apesar de entendermos, às vezes fica meio confuso, mas enfim.

Então é só e boa sorte com a fic.

________________
The Adventures of a Gym Leader - Capítulo 48
Dreams come true

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Mensagem por Brijudoca Dom 4 Jun 2017 - 16:28

olar amigos


RESPONDENDOS OS COMENTÁRIOS NA VELOCIDADE DA LUZ PERDOEM MINHA BREVIDADE:

esse cap quase que não sai viu, perdoai os erros pois revisei ele rapidão igual minha cara, então... ;/



Capítulo VI
Um Desafio para Aiden



Laura




Celadon era uma das cidades mais bonitas que Laura já tinha visitado durante sua jornada em Kanto. Coberta pela natureza, diversas árvores se interpunham pelas ruas dando um belo tom de verde ao cenário. Rosas, magnólias e azaleias eram algumas das diversas flores que embelezavam as calçadas da cidade, que possuía um tráfico carregado de veículos. Muitos policiais andavam de um lado para o outro atentos com qualquer desordem, como se esperassem algo de ruim a qualquer momento.

Laura concluiu que a aparição pública dos Inconformados serviu para deixar todos em alerta perante a possibilidade do início de uma guerra. Afinal, eles tinham destruído uma região inteira e também foram responsáveis pelo assassinato de um dos maiores pesquisadores do mundo. Um dos prédios da cidade exibia uma pequena homenagem ao professor Carvalho em seu outdoor eletrônico, pedindo para a população torcer pela sua recuperação. A garota estava sentada no meio fio da maior avenida da cidade junto com seu namorado tomando um sorvete enquanto refletia perante as suas opções.

A cidade estava um caos na noite anterior. Logo ao chegarem, voando no Pidgeot de Aiden, viram um aglomerado de pessoas em frente à prefeitura, clamando por segurança após a mensagem dos terroristas, enquanto os policiais tentavam tranquilizar a população. Os dois não perderam tempo, e foram logo a grande Loja de Departamento da cidade, apenas para se frustrarem ao não encontrar nenhuma informação útil com a loja que vendia as carteiras de Clefairy.

Segundo o vendedor, elas eram itens vendidos com certa frequência e a loja não tinha nenhum registro dos compradores que pudesse ajuda-los de alguma forma.

- Amor, você sabe bem que aquele cara podia ter a carteira há muitos anos – Disse Aiden enquanto eles voltavam ao centro Pokemon que estavam hospedados.

- Sim – suspirou Laura. – Mas era a minha única pista, eu tinha que verificar. Agora estou perdida de novo.

Ela sentiu o rapaz apertar sua mão mais forte a fim de conforta-la e se sentiu grata de estar com ele.

- Sabe o que é esquisito? Como as coisas aqui estão tão normais. O pessoal trabalhando, as ruas movimentadas, tem até alguns treinadores batalhando. – Ponderou Aiden enquanto apontava para um grupo de jovens em uma roda, entretidos enquanto assistiam uma batalha entre um Geodude e um Charmander. – Quer dizer... uma organização acabou de declarar guerra contra nós e congelou uma região inteira.

- Acredito que cada região tenha seus meios de lidar em meio as emergências não é? Mamãe disse que Hoenn está uma loucura, com pessoas presas em suas cidades, comércio de importação e exportação fechados, etc. Aqui em Kanto, o pessoal é bem mais despreocupado.

Os dois entraram no centro Pokemon da cidade, que estava anormalmente cheio. Vários treinadores andavam tagarelando de um lado para o outro com seus Pokemon, alguns rostos ela podia jurar que lhe eram conhecidos. Dois garotos e uma menina chegaram até a abordá-la pedindo fotos com a nova Top Coordenadora. Quando Laura já estava indo para o seu quarto, sentiu uma mão sob o seu ombro.

- Oh meu deus, Laura! Você é a minha salvação!

A menina se virou e encontrou uma mulher de meia idade olhando para ela radiante. A moça usava um uniforme vermelho em conjunto com uma calça branca e tinha seu cabelo negro preso em um coque. Laura conhecia a mulher de vista, porém nunca tinha conversado com ela.
- Oi, você é?

- Meu nome é Clara, sou da comissão de organização dos Concursos Pokemon de Kanto – Apresentou-se ela. – Imagino que esteja aqui para a abertura da nova temporada de Concursos que ocorre amanhã, não é?

- Na verdade... – Começou Laura sem saber o que dizer. Ela não fazia ideia que haveria um concurso em Celadon, tão cedo após o último Grande Festival.

- Imaginei que o concurso seria adiado, diante dos... eventos recentes - Interviu Aiden.

A expressão da mulher ficou mais obscura. Ela conduziu os jovens para um trecho do recinto em que eles não poderiam ser ouvidos.

- Temos ordens para seguir o cronograma normalmente. Acho que não querem assustar a população ou mesmo mostrar para os terroristas que estamos sendo afetados pelas ações deles - disse Clara - Sem falar que a maioria dos coordenadores já estavam na cidade antes mesmo do desastre e do ataque contra o professor. Seria horrível pra nós decepciona-los.

- E onde é que eu entro nisso tudo? - Quis saber Laura

- Bem, acontece que um de nossos juízes, o meu chefe, está desaparecido desde ontem.

- Você diz o Sr. Contesta? - Perguntou Laura alarmada.

- Sim. Não temos notícias dele, o hotel que ele estava hospedado não tem nenhuma informação e a polícia não quer causar mais escândalo anunciando o seu desaparecimento. Estamos seguindo com a programação e organização sem ele, porém ainda não temos ninguém para substitui-lo como juiz. Você pode ser essa pessoa Laura.

A garota ponderou sob a oferta por alguns segundos. A pressão de ser uma juíza algumas semanas após sua vitória a assustou. Porém, o desaparecer do Sr. Contesta tinha chamado sua atenção.
- Me sinto honrada de verdade Clara. Será uma honra ser juíza do concurso. Você poderia me enviar os dados de todos os Coordenadores inscritos?

- Claro, vou te enviar agora mesmo – Respondeu ela excitada enquanto puxava um celular do bolso – Claro que as inscrições só se encerram hoje na noite, mas acredito que a maioria já está inscrita. Também vou te mandar todos os detalhes sobre amanhã. Muito obrigada mesmo Laura.

A mulher saiu disparada do centro Pokemon enquanto digitava freneticamente em seu celular, quase derrubando um treinador distraído. Laura olhou para Aiden que rapidamente leu sua expressão.

- Você não aceitou só pra ajuda-la né?

- O Sr. Contesta não esteve ausente em nenhuma apresentação que eu assisto, desde que me interessei pelo mundo dos concursos. Em todos que eu participei, em todos que eu assisti pela televisão, ele sempre esteve lá. Você não acha curioso ele desaparecer em meio a toda essa confusão?

- Acho. Inclusive acho que é trabalho para uma certa agente júnior da Interpol certo?

- Certíssimo – disse Laura sorrindo – Vou aproveitar a deixa para investigar nos bastidores do concurso o que pode ter acontecido com ele. E vou ver a lista de coordenadores para ver se encontramos alguém suspeito.

Ela disparou para as escadas em direção ao quarto que tinha alugado com o rapaz em seu encalço. O quarto era uma suíte pequena, padrão do Centro Pokemon, com duas camas e um banheiro simples, bem diferente do quarto especial que a comissão tinha cedido para eles na cidade de Saffron, no dia do desfile da vitória. Ambos liberaram seus Pokemon de suas pokeballs, ocupando praticamente todo o espaço livre do quarto. Aiden começou a alimentar a turma enquanto Laura pegava seu notebook, que estava guardado no cofre do quarto, para checar o email que Clara já deveria ter enviado.

Seu Gloom pulou sem seu colo enquanto repetia seu nome, pedindo carinho da treinadora, que o afagou com um sorriso. Ninetales e Milotic se alimentavam vorazmente da ração especial que ela tinha comprado na Loja de Departamento enquanto Butterfree voava pelo quarto alegremente. Jynx e Pidgeot, que possuíam uma amizade estranha e bizarra interagiam um com o outro, enquanto Bulbassaur pedia carinho de seu treinador.

Aiden se jogou em sua cama com Bulbassaur, enquanto observava a garota ler o email com o olhar atento. Além das informações, como horário que ela deveria chegar ao concurso e pessoas a quem deveria procurar, também havia um link para um site da comissão de organização junto com um login e senha. Ao entrar no site, ela pode ver todos os inscritos para o concurso de Celadon e os pokemon inscritos.

Laura correu os olhos pelos coordenadores e viu que a maioria se tratava de treinadores na faixa dos 10-15 anos que tinham pouco tempo de jornada e pokemon básicos. “Afinal de contas, esse é o primeiro concurso da temporada, e a maioria dos participantes do Grande Festival devem estar descansando ou partindo pra outra região”, ponderou ela. Porém, haviam várias exceções, cerca de quinze participantes eram bem mais experientes, alguns até recém-saídos do Grande Festival, como Daniel Flowers, que Laura enfrentou na primeira disputa da fase de batalhas, e Hayley Cook, grande rival da garota, que a enfrentou na semifinal.

Outros inscritos chamaram atenção da garota, coordenadores vindos de regiões diferentes, como ela, inclusive alguns com time completo de Pokemon totalmente evoluídos. Mais velhos e alguns até experientes em concursos, já tendo participado de outros Grande Festival. Richard, Gale, Francesca, Flora... Laura analisou um a um com cuidado, lendo suas informações atentamente. Gale era de Sinnoh, possuía uma cara marrenta na sua foto de treinador e três pokemon que não eram tão típicos para concursos, Machoke, Bibarel e um Zubat. Flora tinha vinte e três anos, mas sua biografia não incluía muitos feitos memoráveis o que fez Laura concluir que ela saíra mais tarde para sua jornada do que a maioria. Seu único pokemon era um Pachirisu.

- Aiden. Eu quero que você se inscreva no concurso – Disse ela de súbito.

Aiden que estava sossegado brincando com seu pokemon planta, enquanto tomava um suco, se engasgou com a surpresa.

- Eu? Eu sou um simples fotógrafo Laura, não tenho a menor capacidade pra competir em algo desse nível.

Laura colocou seu Gloom de lado e se sentou na cama do rapaz segurando sua mão.

- Tem alguns treinadores “diferentes” nesse concurso como eu suspeitava. Os juízes mal têm contato com eles, preciso que você entre para observa-los. Você estará em uma missão junto comigo.
Aiden refletiu por alguns segundos sobre o pedido da amada. Olhou para seu inexperiente Bulbassaur e para seu fiel Pidgeot enquanto coçava o queixo.

- Não sei se serei capaz de encenar muito bem, nem ao menos me preparei pra isso.

Laura se aproximou do loiro e lhe deu um beijo agradecida por sua cumplicidade.

- Vou fazer sua inscrição pela internet antes que o prazo encerre e nós vamos lá pra fora resolver isso. Se algo for acontecer nesse concurso precisarei da sua ajuda para descobrir.



~~



Laura estava em um camarim acertando o penteado enquanto pensava no Sr. Contesta. Estava usando uma veste nova, comprada exclusivamente para ocasião, um vestido verde esmeralda que descia até a altura de suas canelas. Ela terminou de pentear o cabelo castanho claro e colocou os mesmos brincos tipo argola que usou durante sua participação no Grande Festival.

Foi um pouco difícil para ela e Aiden chegarem ao local do concurso. A arena era uma enorme construção circular que ficava na região central de Celadon, e aparentemente a cidade inteira estava indo prestigiar os coordenadores, deixando as ruas da cidade uma loucura. Eles se separaram na entrada da arena, enquanto Aiden ia para onde os funcionários da organização o indicaram. Laura procurou por Clara, que a levou para a área onde os juízes se preparavam.

Ela deixou o recinto e se encontrou com os outros juízes. O presidente do Fan Clube Pokemon, senhor Sukizo, era um homem baixinho, de meia-idade que tinha sempre a mesma expressão tranquila no rosto. A Enfermeira Joy responsável pelo centro pokemon de Celadon também parecia estar feliz pelo concurso estar ocorrendo normalmente. Mesmo fora do ambiente hospitalar, a enfermeira usava o mesmo jaleco branco e touca que era vista quando estava trabalhando.

- Sr. Sukizo, o senhor tem alguma notícia sobre o paradeiro do Sr. Contesta? – Perguntou Laura inocentemente.

- Não, muito estranho – disse ele abaixando a cabeça.

- Estou contente por você ser uma das juízas Laura – disse a Enfermeira Joy – Não podemos deixar as pessoas abaladas, mesmo em tempos turbulentos...

Laura acenou com a cabeça e deixou os juízes com a intenção de entrevistar alguns dos membros do comitê de organização. A garota conversou com todos os funcionários trajados com o mesmo uniforme que Clara usava, terno vermelho e calça branca, questionando sobre o comportamento do chefe e se eles tinham alguma ideia do que poderia ter acontecido, porém, não obteve nenhuma informação útil.

Ela sentiu seu celular vibrar e se deparou com uma mensagem de texto de Aiden.

“Nada estranho por aqui na sala dos coordenadores. Tô nervoso .-.”

“Não esquenta, você vai arrasar amor. Foco nos coordenadores que eu te falei”,
respondeu ela.

Depois de inscrever o rapaz. Eles saíram para o campo de treinamento do Centro Pokemon para praticar. Aiden já tinha assistido Laura diversas vezes e sabia todas as regras dos concursos, porém se colocar no lugar dela era bem diferente. Ele usaria seu companheiro Pidgeot, com quem estava a mais tempo e tinha mais experiência. Laura o alertou sobre os treinadores que ele deveria tomar cuidado, e pediu para avisá-la em caso de qualquer atividade suspeita.

A garota apalpou a pequena arma que levava consigo como precaução. Nunca tinha usado ela fora do treinamento e temia congelar como aconteceu no laboratório do professor Carvalho. Ela engoliu o seco, e se preparou para o concurso que estava prestes a começar.

Os três juízes foram conduzidos por corredor que daria diretamente nas cadeiras onde eles ficariam o resto do dia, julgando os coordenadores. Laura podia ouvir os gritos da multidão, os vendedores ambulantes gritando promoções, torcidas organizadas para os coordenadores mais famosos. Seu estômago virava de excitação. Apesar de estar ali com outro objetivo, assim como sua jornada era, em parte, de fachada, ela não podia negar o quanto amava aquela sensação, e o quanto gostaria de trocar toda a vida de agente por uma vida viajando pelo mundo atrás de novos desafios.

- Bom dia Celadon – reverberou a voz da apresentadora. – Estamos dando início a nova temporada de Concursos Pokemon em Kanto! Eu sou Vivian e estou ansiosa para acompanhar a jornada desses coordenadores em busca do título de Top Coordenador!

A plateia vibrava de excitação enquanto Vivian fazia sua apresentação. Os três jurados estavam no fim do corredor, de frente a porta de entrada a arena.

- Vamos dar boas-vindas aos nossos jurados. Em primeiro lugar, o presidente do Fan Clube Pokemon, Sr. Sukizo.

O homem deixou as mulheres, e adentrou o estádio sob vários aplausos.

- Em seguida, uma das mais promissoras enfermeiras da região, há mais de quinze anos no comando do Centro Pokemon de Celadon, Enfermeira Joy! – Anunciou Vivian.

A Enfermeira entrou no estádio e também ocupou uma das cadeiras dos juízes.

- E por fim, substituindo nosso amado Sr. Contesta, temos uma pessoa incrivelmente talentosa. A mais recente Top Coordenadora da região de Kanto, Srta. Laura Modesto!

Laura atravessou a porta e se surpreendeu com a excitação da plateia. Eles gritaram bem mais do que para os outros jurados. A garota avistou um ou dois fãs usando camisetas estampadas com ela e seu Milotic. Ela acenou para o estádio sorrindo, e se sentou na cadeira normalmente ocupada pelo Sr. Contesta.

Vivian continuou com seu discurso de abertura padrão, explicando sob a fase de apresentações individuais e dando espaço para os patrocinadores do evento fazerem seu comercial. Laura balançava a perna inquieta, enquanto olhava para o celular aguardando alguma mensagem de Aiden.

O palco era grande, em formato circular, com uma área delimitada, definindo até onde os Pokemon poderiam ir. Em homenagem a Celadon, o campo era repleto de grama e flores.

- ... dando início as apresentações, uma salva de palmas para Hayley Cook!

Laura se surpreendeu, não reparou que as apresentações já estavam para começar, e de repente sua rival estava no palco.

Hayley usava um colant totalmente preto e também tingira os cabelos, outrora loiros, de rosa, deixando as longas madeixas presas em um penteado “maria-chiquinha”. Ela exibia um olhar confiante ao lançar a pokeball para o alto, liberando sua experiente Kadabra, um pokemon humanoide, quase que totalmente amarelo que segurava uma colher.

- Vamos lá minha querida, mostre o quão belo é o seu Psybeam. – Orientou ela para sua Pokemon.

A Kadabra deu um salto mortal no ar, lançando um raio multicolorido entre os braços enquanto estava no ar. O impacto do raio com o campo reduziu a queda da Pokemon, que desceu rodopiando, enquanto o efeito do golpe produzia faíscas luminosas que embelezavam o seu pouso.

Vivian narrava enquanto o público urrava com a habilidade de Kadabra. Laura tentava manter a expressão neutra. Odiava Hayley, mas sabia reconhecer que ela era muito talentosa.
- Agora Kadabra, use o Rain Dance e mostre o seu talento.

Laura já tinha visto Hayley usar esse movimento, então não se surpreendeu tanto quanto o público. A Kadabra era uma excelente dançarina, e enquanto o golpe produzia uma nuvem escura que desatava uma pequena tempestade sob o campo, a Pokemon fazia movimentos de algum estilo de dança desconhecido pela garota. “Break Dance talvez?”. Os movimentos eram impressionantes, e a própria Hayley também dançava de forma sincronizada com sua companheira.

- Agora, Thunder Wave.

Essa era nova. Laura nunca tinha visto a Kadabra usar esse golpe, então se surpreendeu quando ela parou a dança e liberou um raio de seu corpo que se alastrou com o efeito da chuva, produzindo um efeito luminoso exuberante.

- Finalize com Psycho Cut – coordenou Hayley.

A Kadabra tomou impulso e deu um enorme salto enquanto um de seus braços brilhava com uma luz prateada. A Pokemon rodopiou e acertou o golpe no meio do campo, que ainda apresentava eletricidade devido ao último golpe e explodiu com um brilho intenso, voando pequenas faíscas para todos os lados. A Kadabra posava com seu braço para cima com uma expressão vitoriosa.
O cronômetro apitou e a plateia vibrou diante da apresentação de Hayley. Sempre pontual, pensou Laura que sabia da dificuldade em performar os movimentos diante do tempo curto de dois minutos da primeira fase.

- Isso foi notável – disse o Sr. Sukizo, sempre de poucas palavras.

- A conexão de Hayley e Kadabra é impressionante. – Disse a Enfermeira Joy – Eu fiquei encantada com a dança das duas e em como elas parecem ser companheiras inseparáveis.

Hayley sorriu para os dois jurados e encarou Laura como se a desafiasse a dizer algo ruim de sua performance.

- Eu amei a combinação de Rain Dance com Thunder Wave, você deve ter praticado bastante para acertar esse combo, meus parabéns Hayley – disse Laura com um sorriso falso. – Espero ver o mesmo desempenho na fase de batalhas – cutucou ela.

Em frente a sua cadeira, uma bancada eletrônica mostrava o rosto da coordenadora e seu pokemon, com os atributos da apresentação: Entrada, Beleza, Estilo, Harmonia e Finalização e o espaço para digitar as notas. Laura não foi injusta e deu notas quase máximas para a rival, trincando os dentes.

- Obrigada Hayley, vamos agora para o próximo coordenador... – Anunciou Vivian.

As apresentações seguintes não foram tão excitantes quanto a de Hayley. O nível dela era bem mais alto do que a maioria dos coordenadores da competição, afinal, ela esteve no Top 4 do último festival. Porém Laura se divertiu conferindo as apresentações, e inclusive se surpreendeu com um treinador de doze anos com um Weedle acrobata. Gale, o cara esquisito, fez uma espécie de luta livre com seu Machoke.

Depois de um pequeno intervalo de cinco minutos, Vivian voltou, agitada como sempre, junto de seu microfone.

- Estamos chegando aos últimos participantes – Anunciou ela. – Recebam agora, um garoto direto da cidade Viridian em seu primeiro concurso, Aiden Hills!

Aiden entrou no palco timidamente enquanto a plateia o aplaudia. Ele estava mais belo do que nunca, com o cabelo prateado penteado em um topete e os lindos olhos azuis contrastando com um terno azul que Laura escolheu para ele. O coração dela quase saltou quando ele entrou.

Aiden engoliu o seco e berrou:

- Pidgeot, vamos lá – lançando a pokeball do pássaro para o alto.

O enorme Pokemon saiu da pokeball e deu um voo rasante pelo estádio, passando perto de dos espectadores e pousando no centro do palco, dando um grito ensurdecedor.

“Isso, como praticamos vai!”, pensou Laura.

- Comece com o Twister! – Ordenou Aiden.

Pidgeot balançou as enormes asas pelo campo e produziu um redemoinho enorme redemoinho que levantou as folhas e flores para o ar.

- Agora demonstre o seu Steel Wing – disse ele, com uma gota de suor escorrendo pelo rosto.

O Pideot levantou voo com as asas brilhando em um tom prateado e contornou o estádio, dessa vez ainda mais rápido, deixando um rastro de brilho prateado.

- Venha meu amigo – gritou ele correndo para o meio do campo.

“É agora”, Laura prendeu a respiração.

Sem diminuir a velocidade, o Pidgeot inclinou para o campo e voou em direção ao treinador, que, com um único salto, subiu aos céus nas costas de seu Pokemon com uma velocidade incrível. A plateia vibrou diante da habilidade de voo dos dois. Laura não se controlou e deu um grito excitado.

Os dois voaram juntos, com Pidgeot alcançando sua velocidade máxima e dando piruetas com seu treinador em suas costas.

- Hora do nosso Gran Finale meu amigo, Wing Attack!

O pássaro apontou para o chão em sua velocidade máxima e bate as asas, liberando um golpe em direção ao campo que explodiu, levando poeira para o alto enquanto os dois, aparentemente, colidiam contra o chão.

Por um segundo a plateia não pode ver o que tinha ocorrido, mas Laura já sabia. Com um pouso perfeito, Aiden estava do lado de seu Pokemon sorrindo quando a poeira abaixou, com um braço sob o pássaro e o outro levantado para a plateia.

Todos vibraram e Laura levantou para aplaudir. Demorou alguns segundos para se recompor e se sentar para os comentários dos outros jurados.

- Notável! – Disse o Sr. Sukizo, como sempre.

- O voo de vocês foi maravilhoso Aiden – elogiou Enfermeira Joy – Eu esperava ver mais dos golpes do Pidgeot, mas a performance de vocês compensou de todas as formas.

Aiden agradeceu educadamente. O rapaz, outrora arrumado, estava com o cabelo bagunçado e as vestes desarrumadas. Porém, Laura só o via satisfeito daquele jeito quando estava fotografando. Vê-lo com aquele sorriso bobo na cara, encheu seu coração.

- Você arrasou Aiden. Ninguém nesse palco mostrou uma conexão tão forte com seu companheiro como você mostrou nessa apresentação, parabéns. – Laura tentou ser o mais profissional possível em seu comentário.

Aiden deixou o palco radiante e Laura deu as notas para o namorado, novamente tentando não deixar os sentimentos interferirem.

- Agora, nossa última apresentação da primeira fase fica por conta da incrível Flora! – Gritou Vivian.

Os jurados se atentaram para a entrada da última concorrente. Diferente, das outras candidatas que preferiam vestidos e outras roupas chamativas (Laura ainda não superara o collant de Hayley), Flora preferiu um terno comportado cor de vinho, que fazia um contraste com seu cabelo ruivo, preso com uma fita. Sua cara era fechada, e séria. Ela não disse nada ao lançar a pokeball para o ar.
Sem surpresas para Laura, que já tinha investigado todos os coordenadores, um pequeno esquilo branco e azul saiu da pokeball com uma expressão tão séria quando a de sua treinadora.

- Quick Attack!

O Pachirisu disparou pelo campo a uma velocidade impressionante. Laura nunca vira um Quick Attack tão rápido, comparado a velocidade do Pidgeot de Aiden.

- Discharge! – Berrou ela com uma expressão concentrada.

O pokemon continuou correndo a toda velocidade enquanto uma descarga de energia azul percorria pelo seu corpo. O esquilo percorria o campo como um borrão azul a toda velocidade, surpreendendo a plateia e os jurados enquanto seu golpe se espalhava pelo palco.

- Pachirisu, Electro Ball para cima. – Disse ela esboçando um sorriso pela primeira vez.

O pokemon parou no centro do palco e produziu uma esfera de energia elétrica na ponta da cauda, jogando a mesma para cima.

- De novo!

O esquilo reproduziu o movimento, mais rápido dessa vez, fazendo com que a segunda Electro Ball colidisse com a primeira, causando uma explosão estrondosa. A plateia ficou sem fala ao sentir a estática do golpe chegando próximo a eles.

- Agora salte, e use sua Electro Ball com força total!

Pachirisu deu um salto para o alto enquanto produzia o golpe, pela terceira vez, porém dessa vez, a esfera era muito maior do que as outras. O pokemon mirou seu golpe contra o palco e lançou de forma incrivelmente veloz.

O golpe colidiu contra o campo e fez a maior explosão que a plateia tinha presenciado no dia. A grama e as flores se desfizeram em cinzas, dando lugar a uma enorme cratera, com o pokemon no meio, de braços cruzados, sorrindo.

“Quem é essa mulher?”



Amanda



Amy estava inquieta aguardando sua vez. A garota chamada Hayley Cook havia acabado de terminar sua apresentação e estava se gabando diante dos outros coordenadores que a olhavam admiradas. Checava seu telefone com frequência, aguardando o sinal de que poderia dar início ao plano. A sala de espera dos coordenadores era bem espaçosa, cheia de doces e salgados sob as mesas e paredes cobertas de mensagens motivacionais.

Ela não queria se apresentar, detestava Concursos Pokemon, e estava zonza da longa viagem que tivera para chegar até ali. Nate não parecia ter noção. Mandava seus agentes se deslocarem em enormes distâncias em algumas horas. “Ele poderia muito bem colocar alguém que já estava em Kanto nessa operação idiota”, bufou ela. Seu último sucesso não lhe garantiu muitas regalias perante ao seu chefe. Parte dela queria acreditar que houvesse algum motivo em ser escolhida para estar ali. Seu Pachirisu, descansava em seu colo, enquanto ela o acariciava.

Olho o celular de novo e conferiu o relógio. Ainda tinham tempo de sobra. Conferiu se sua pequena arma portátil estava em sua bota. Fora a única arma que conseguiu passar pela segurança pesada do concurso. Olhou para os lados e viu que o rapaz loiro bonitinho estava olhando para ela de novo. Sabia que não estava em seu melhor traje, então estranhou a atenção do garoto. Talvez ele gostasse de mulheres mais velhas? Amanda riu consigo mesma. “Rapaz, da fruta que você gosta eu já chupei até o caroço”.

Ela teve a impressão que ele apontou o celular para ela. Ou estava só digitando? Amy já estava ficando paranoica. Enquanto batia os pés de inquietação, sentiu seu celular vibrar.



Laura



Laura voltou para a sala dos juízes e discutia com empolgação sobre as apresentações com os outros juízes e com a apresentadora, Vivian. Depois de tirarem uma selfie para postar no Pokgram, Laura se afastou deles e viu as mensagens de Aiden, que também tinha achado Flora suspeita. Laura estava perdida sem saber o que fazer. Ninguém parecia preocupado com ausência do Sr. Contesta, e nada além da coordenadora misteriosa, indicava que algo pudesse acontecer ali.

- Srta. Modesto, posso tirar uma foto com você também?

Laura se virou e viu um homem com o terno vermelho padrão dos membros da comissão de organização do Concurso. Era um dos que ela tinha conversado mais cedo.

- Sim, claro – disse ela, se aproximando.

O homem deu um sorriso, erguendo o celular e colando a cabeça do lado dela.

- Me encontre no banheiro feminino, assim que eu tirar essa foto – sussurrou ele.

Laura estranhou a atitude do homem, que sorriu e agradeceu como se nada tivesse acontecido, deixando o recinto logo em seguida. Laura refletiu por alguns segundos e antes de tomar uma decisão, foi surpreendida pela imagem de Vivian na enorme televisão no centro da sala.

- Agora, é hora de conhecer os oito coordenadores que passaram para a fase do Torneio de Batalhas! – Disse ela.

As fotos dos oito coordenadores que atingiram as pontuações mais altas apareceram na tela em sequência. Hayley, obviamente, fora a primeira colocada. Laura vibrou ao ver que Aiden passou, sua foto foi a sétima a aparecer. A misteriosa Flora foi a última a ser revelada. Automaticamente as fotos se mexeram e se organizaram em chaves de batalha.

- Agora nossos oito finalistas vão demonstrar sua habilidade em batalha. Em uma hora começaremos com a disputa entre Hayley Cook e Flora Clark.

Laura saiu do recinto apressada sob a desculpa de usar o banheiro, e encontrou o homem misterioso escondido em um dos boxes do sanitário.

- Srta. Modesto. Você queria saber sobre o Sr. Contesta, não é? – Sussurrou ele.

- Por favor, quem é você? E por que está me informando só agora?

- Eu tenho que tomar cuidado senhorita, não quero acabar morto – disse o homem com a voz assustada. – Me chamo Hank, faço alguns trabalhos por “debaixo dos panos” pro Contesta. O cara é um corrupto.

- O que?

- Sim, ele não tá desaparecido. Ele foi resolver algum rolo – Disse Hank – Tenho provas pra acreditar que ele tá junto dos terroristas que destruíram Unova. Eles tem alguma coisa aqui na cidade... na grande loja de departamento.

Laura apertou a mão em torno da sua arma, enquanto respirava fundo.

- Veja – continuou Hank. – Ele não era de todo mal no início, mas de uns tempos pra cá eu tô querendo abandonar o barco. Algumas coisas que ele me fez fazer foram esquisitas.

- E você tá me dizendo isso por quê?

- Eu e outros... hã... “associados” do Contesta recebemos uma mensagem pra lacrar os portões e impedir a saída da plateia. Ele nos informou que algo podia acontecer hoje, mas que ele tentaria impedir... acho que ele não conseguiu. Eu tô com medo do que pode acontecer.

Laura puxou o celular e ligou para Aiden com a mão trêmula.








~~//~~




obrigado pela leitura. Não vou prometer que o próximo capítulo vai ser entregue na data pois final de semestre na facul faz a gente refletir sobre querer realmente estar vivo. Mas tentarei manter meus quinze dias como sempre o/


Última edição por Brijudoca em Seg 15 Jun 2020 - 14:50, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Rush Sex 9 Jun 2017 - 13:06

Fala Briju!!!!

Como pode se notar, meio que a área adormeceu novamente. Eu mesmo fiquei alguns dias sem acessar o fórum, já que como um jovem brasileiro vivendo em época de crise social, estou lutando para ganhar a independência financeira. Meio impossível nos dias atuais, ainda mais com minha idade. De qualquer forma, assim que eu entrei (Ontem), eu li na hora a fic, mas devido à fadiga da madrugada acabei deixando pra comentar hoje cedo. Peço desculpas pela demora.

O capítulo em si teve plot-twists leves, como o título que fez jus ao enredo. Gostei de Laura ter feito Aiden participar do concurso para se infiltrar, e me admirei com o seu senso investigativo em suspeitar que um dos inconformados estaria participando da competição. Só não sabia que a própria Amanda estaria sendo a criminosa por trás da missão da equipe criminosa, que ainda não ficou muito claro qual seu objetivo.

Então o senhor Contesta é um corrupto, huh? Posso tirar algumas conclusões do que pode acontecer a seguir, mas ao mesmo tempo minhas teorias ainda não fazem tanto sentido. Pensei que Amanda iria acabar matando todos presentes ao ter todas as portas trancadas, apenas para mostrar a Kanto que os inconformados ainda estão agindo, mas creio que é algo maior por trás disso tudo.

Fiquei surpreso em como Kanto é despreocupada. Oak está internado em estado crítico e mesmo assim eles não parecem ter medo ou coisa do gênero. Acho que Kanto deveria ser o continente com mais receio de viver mais um dia, sabendo que os inconformados já estão em seu território e já agiram.

Enfim, achei legal a apresentação de Aiden e honestamente achei que foi mais interessante do que a de Hayley, já que mostrou perfeita sincronia entre treinador-Pokémon, mostrando o quanto ambos confiam um no outro, além da velocidade e precisão do Pidgeot. Já o Kadabra de Hayley só usou uns poderes coloridos. Não entendi muito bem como a Amanda, ops, Flora, conseguiu passar para a próxima fase, sendo que tudo que ela fez foi ostentar a força de seu Pachirisu.

No fundo pensei que um sub-plot seria focado em Hayley tentando usar a imparcialidade de Laura com Aiden a favor dela, dizendo que a policial infiltrada deu vantagens ao rapaz só por ele ser namorada da agora juíza. Admito que seria realista se isso acontecesse, mas um pé no saco também, já que Hayley seria muito pau no cu pra fazer isso. Mas fiquei contente ao ver que você pensou nisso e descreveu que Laura não levou em conta o relacionamento e deu uma nota justa.

A cena final foi bem tensa. Meio que Laura conseguiu o que queria, mas na hora errada. Pelos seus capítulos anteriores, acho que posso esperar uma carnificina a seguir estilo casamento vermelho. E bem, tenho que admitir que gostaria de ver uma cena assim.

É isso, meu amigo. Novamente peço desculpas pela demora, mas não se preocupe, sempre estarei aqui para acompanhar a fic! O capítulo foi excelente, mesmo com a ausência de ação, foi ótimo para o desenvolvimento de Aiden e Laura, além da própria Hayley que pensei que nunca mais apareceria.

Aguardo ansiosamente o próximo cap!

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Mensagem por Brijudoca Qua 28 Jun 2017 - 19:42

eita primeira vez que eu posto sem ser no domingo e era pra ter sido postado nesse domingo porém mero detalhe


RESPONDENDO OS COMENTARIOS:

Nota do Autor: Eu queria dar um intervalo pequeno na fic enquanto sobrevivia as minhas provas finais, porém a mistura de certa preguiça com um pequeno bloqueio criativo resultou no capítulo demorando um pouco mais pra sair.

Enfim, é a continuação direta do último, espero que gostem.


Capítulo VII
A Fase de Batalhas




Laura




Aiden não atendeu sua ligação o que deixou Laura ainda mais apreensiva. Não podia permitir que algo acontecesse naquele concurso, bem debaixo do seu nariz.

- Senhorita? – o tal de Hank chamou sua atenção – Sei que pretende envolver a polícia, mas teria como não me envolver nessa...

Laura olhou para a expressão assustada do homem. Poderia ter dito que a polícia já estava envolvida a partir do momento em que ele decidiu falar com ela, mas a garota tinha que ter cuidado com o que poderia estar prestes a acontecer.

- Apenas, tente impedir seus colegas de lacrarem os portões. Vou tentar não te envolver, mas quero um contato seu para que possamos conversar melhor depois – Laura estendeu seu celular para Hank.

Ele digitou um número com as mãos trêmulas e salvou seu contato no aparelho da menina. Ambos deixaram o banheiro e seguiram em direções opostas no corredor. Laura verificou o horário e percebeu que a primeira batalha estava para começava em meia hora. Discou o número de Aiden e esperou que o rapaz conseguisse atende-la dessa vez. O rapaz atendeu após cinco toques.

- Oi – sua voz era um sussurro quase inaudível. – Os organizadores disseram que não deveríamos usar celulares agora, me escondi pra consegui te atender.

Aquela informação era totalmente desconhecida para Laura. Nunca a tinham proibido de usar seus eletrônicos na sala dos coordenadores. “Tudo está muito estranho...”

- Vou encurtar a história, um delator me avisou que alguma coisa deve acontecer nesse torneio hoje. Precisamos descobrir o que, e tentar impedir o quanto antes.

- Aquela coordenadora esquisita... ela saiu da sala também, por alguns minutos, mas já voltou.

Laura ficava mais apreensiva a cada segundo. Usar o celular tudo bem, mas sair da sala era sempre proibido em concursos, uma vez que eles tinham comida e banheiros disponíveis, só podiam deixar a sala no momento de suas batalhas.

- Vamos assistir a batalha dela enquanto eu penso no que fazer. Boa sorte.

Sem hesitar, Laura correu pelo estreito corredor do estádio, de volta para a sala dos juízes, a fim de verificar se algo anormal tinha acontecido. O Sr. Sukizo tirava uma soneca em um sofá no canto do recinto e a Enfermeira Joy degustava alguns petiscos localizados em uma mesa ao centro. Laura decidiu se sentar e respirar fundo enquanto pensava em um plano. Subitamente, as imagens transmitidas pela televisão de Unova sendo destruída vieram a sua mente. “Se forem os Inconformados...” pensou Laura com nervosismo enquanto batia o pé contra o chão. Depois do último ataque, sabia que eles não hesitariam em machucar o povo para alcançar seus objetivos, seja lá qual fosse.

- Ei – a Enfermeira Joy encostou no ombro da menina – Você está se saindo muito bem como juíza, não precisa ficar nervosa.

Laura assentiu com um sorriso. Mal sabia a enfermeira que todos podiam estar correndo um grande perigo. Antes que pudesse responder, Vivian entrou na sala, radiante como sempre.

- Juízes, hora de assumirmos o palco!

A menina demorou para se levantar. Ela podia muito bem chamar reforços, cancelar o concurso, e instaurar o pânico na pacata Celadon, possivelmente, a troco de nada. Laura decidiu seguir seu instinto e apenas acompanhou seus companheiros pelo curto trecho que ligava o recinto em que eles estavam, até o palanque dos juízes. Enquanto se dirigia para o seu lugar, a garota puxou o celular mais uma vez e mandou uma mensagem de texto para Hank.

“Me avise se receber mais alguma informação. Laura.”

Sentou-se na banca e reparou na tela eletrônica que as opções de nota tinham mudado. Agora, havia foto das duas coordenadoras que estavam prestes a se enfrentar e logo abaixo uma barra amarela, simbolizando a pontuação total que ambas começariam. Botões com opções como “+5”, “+10”, “-10”, entre outros, estavam disponíveis para que Laura e os outros juízes pudessem descontar ou conceder pontos conforme a batalha prosseguisse.

- Senhoras e senhores, vamos finalmente iniciar a nossa fase de batalhas! Deem boas vindas as nossas queridas coordenadoras, Hayley e Flora! – Vivian anunciou para a multidão ensandecida.

Hayley entrou no palco sorrindo e distribuindo beijos para seus fãs, enquanto Flora permanecia com uma expressão carrancuda enquanto caminhava para o lado oposto do campo de batalha. Ambas se encararam ferozmente enquanto Vivian explicava as regras da batalha.

- Todas as batalhas seguirão as regras padrões dos concursos da região de Kanto, ou seja, apenas um pokemon poderá ser utilizado até o final da rodada. Não é permitido o uso de qualquer item especial ou qualquer outro dispositivo que viole os termos dos concursos. O vencedor será aquele que tiver com mais pontos ao final de cinco minutos. O coordenador perderá a batalha se sua barra de pontuação chegar a zero ou se seu pokemon não estiver mais em condições de batalhar. Podem começar!

- Não pense nem por um momento que vou pegar leve com você só por ser uma iniciante – Debochou Hayley enquanto erguia sua pokeball – Hora do show, minha bela Cutiefly!

Laura se surpreendeu ao ver a rival usar um companheiro novo na batalha. Ao ser liberado da pokeball, a menina ficou estupefata ao ver um pokemon totalmente desconhecido por ela. Possuía um corpo pequeno e amarelo, com largas asas e uma cara branca que expressava uma clara felicidade de estar em batalha. Laura achou o inseto um dos pokemon mais fofos que já tinha visto e se questionou onde Hayley teria conseguido tal espécie.

Flora permaneceu inexpressiva e liberou seu Pachirisu sem nem ao menos responder a provocação da adversária.

- E que tenha início a primeira batalha do Concurso de Celadon! – Bradou Vivian.

- Cutiefly alce voo e desfira o seu Draining Kiss. – Hayley orientou com leveza para sua pokemon.

- Desvie. – Flora disse para seu Pachirisu.

O inseto levantou voo pelo estádio e voou perto da plateia, os levando a loucura, antes de direcionar seu ataque ao pequeno esquilo azul e branco. Formando pequenos lábios rosados próximo a região de sua boca, Cutiefly direcionou o golpe de forma veloz contra o pokemon de Flora, que apesar de sua velocidade, não conseguiu desviar e foi atingido em cheio. Pela primeira vez a expressão de Flora se alterou, com uma clara surpresa ao ver seu pokemon ser atingido.

Laura quase se esqueceu que tinha que julgar a batalha e logo se virou para sua bancada eletrônica, onde descontou pontos de Flora.

- Pachirisu, acerte-o com o Electro Ball.

- Desvie com graça minha querida – A voz de Hayley esbanjava confiança.

O pokemon elétrico assumiu sua postura de ataque e produziu uma esfera de energia azul na ponta de sua cauda e mandou em direção a pequena Cutiefly, que conseguiu desviar no último segundo, dando mais uma de suas piruetas no ar. A plateia iniciou um coro, maravilhados pela performance de Hayley, enquanto Flora perdia mais pontos.

- Já é hora do nosso combo minha Cutiefly, Silver Fairy Wind no chão!

Todos aguardaram o movimento da pequena, porém Laura tinha quase certeza que não existia tal golpe que Hayley ordenou. Surpreendendo a todos, o inseto começou a rodear o palco, batendo as asas com força total para disparar seu golpe contra o chão, ora emitindo um brilho prateado, ora um brilho rosa.

- Incrível! A Cutiefly está usando os golpes Silver Wind e Fairy Wind de forma alternada. - Vivian narrou para a plateia.

O Pachirisu corria pelo palco, desviando dos ataques, que se chocavam contra o solo e refletiam um no outro, criando um dos efeitos mais lindos que Laura já havia presenciado. Era possível notar uma veia saltando da testa de Flora, que conforme estudava como prosseguir, perdia tantos pontos que sua barra de pontuação já se encontrava em menos da metade, enquanto a de Hayley permanecia cheia.

- Chega desse lixo. – A calma da voz da mulher de outrora havia desaparecido. – Quick Attack!

Hayley sorriu ao ver o esquilo desviando dos golpes de seu pokemon. Logo, o Pachirisu tomou impulso e deu um salto, pronto pra acertar a Cutiefly.

- Hora de acabar com isso. – Hayley sorria confiante. – Stun Spore!

- Agarre-o Pachirisu! – Bradou Flora.

Em vez de finalizar o Quick Attack com uma investida, o esquilo agarrou a pequena pokemon, que se distraiu e não conseguiu reproduzir o golpe ordenado pela coordenadora. Nesse momento, a expressão de raiva de Flora se tornou algo macabro, com a moça dando um sorriso de diversão.

- Não tenha piedade.

Apesar de não ser um comando direto, Pachirisu deu um sorriso quase tão bizarro quanto o de sua treinadora. Uma pequena faísca azul surgiu em sua bochecha, e com um alto brado do pokemon esquilo, todo o seu corpo começou a brilhar e produzir energia. A Cutiefly, ainda presa ao pokemon, choramingava ao sentir toda a força do golpe elétrico que emanava do corpo do inimigo. O golpe de Pachirisu era tão poderoso que Laura conseguia sentir a eletricidade estática em seus cabelos, mesmo estando a vários metros de distância dos dois. A luz que o golpe produzia era tão forte, que os dois mal eram visíveis diante da tempestade elétrica produzida pelo Pachirisu.

Hayley correu para o centro do palco, chamando desesperada pelo seu pokemon que começava a perder altura. O pokemon de Flora finalizou seu golpe e saltou para longe de Cutiefly, deixando o mesmo cair nos braços de Hayley, totalmente sem consciência.

Laura encarava o palco estupefata com a virada do jogo. Em um segundo, a vitória certa de Hayley foi dizimada por um dos mais poderosos golpes elétricos que ela já tinha visto. A plateia, antes eufórica, discutia aos cochichos sobre a força bruta que Flora usava. A mesma mal ficou pra ouvir Vivian anunciar sua vitória, deixando o palco com seu companheiro sob os ombros. Hayley deu um beijo em sua Cutiefly e a retornou para sua pokeball. Despediu-se rapidamente do público e correu para a saída do palco, sem olhar para Laura.

A garota estava tão entretida na batalha que não percebeu que seu celular tinha vibrado. Quando foi checar, viu uma nova mensagem do tal Hank.

“Chefe acabou de mandar uma mensagem, temos que abrir caminho pra essa menina aí que tá lutando agora. ”

A mão de Laura começou a tremer quando leu a mensagem. Poderia tentar descobrir do que ele estava falando, que caminho ele se referia, mas decidiu que era hora de agir. “Essa mulher é perigosa, e agora já sei que ela está aqui por outra razão”.

Levantou-se de supetão da bancada de juízes e murmurou para os outros juízes.

- Não tô me sentindo muito bem, vou ali atrás e já volto. – E se pôs a correr antes que eles tivessem a chance de argumentar.

Laura disparou pelo corredor logo atrás da bancada dos juízes e foi seguindo pelo enorme labirinto que era a arena de Celadon, tentando seguir as placas para chegar a sala dos coordenadores. Mandou uma mensagem para Aiden, resumindo o que o funcionário de Contesta tinha lhe informado e questionando se Flora havia voltado pra sala.

Já sentindo uma gota de suor escorrendo em seu rosto devido a correria, Laura virou em um último corredor e deu de cara com um enorme segurança guardando uma porta. O homem utilizava o mesmo terno da comissão que Hank e os outros funcionários da comissão do concurso utilizavam.

- Ãh, aqui é a entrada para a sala dos coordenadores?

- Sim – o segurança arqueou a sobrancelha para ela. – Mas até onde eu saiba, você não está participando desse concurso senhorita Modesto.

- Bom, na verdade eu preciso falar com um dos coordenadores...

A expressão do homem parecia se fechar mais a cada palavra dita pela menina.

- Creio que não será possível. – O homem começou a fuçar no bolso até encontrar um rádio. – Vou pedir para um dos meus companheiros vir até aqui.

Laura começou a suar frio enquanto tentava articular uma desculpa para o homem não acionar a todos onde ela tinha se metido. Antes que o guarda pudesse acionar seu rádio, a porta da sala dos coordenadores se abriu lentamente, revelando a figura de Aiden.

- Ah, desculpa achei que era o banheiro – o menino balbuciou.

- Volte já para dentro ou eu vou... – o homem corpulento tombou ao mesmo tempo que o som de um leve disparo pode ser ouvido.

- Laura! – Aiden sussurrou com veemência.

- Calma, não foi nada. – A garota ainda estava com a pequena pistola em mãos. O momento de distração do homem foi o suficiente para menina sacar a arma de um de seus bolsos e acertar o cara no meio das costas. – Essa munição que eu usei não machuca... muito. Mas contém uma mistura de veneno de Seviper com Sleep Powder, o carinha aí vai ficar apagado um tempo.

Aiden ajudou a arrastar o homem corpulento para o canto do corredor enquanto contava o que tinha acontecido na sala.

- A tal da Flora voltou pra sala depois da vitória, mas nem se sentou nem nada. Veio direto para essa porta que você estava tentando entrar. – O rapaz arfou de cansaço ao finalmente largarem o brutamontes desacordado. – Mas tinha outro segurança nessa entrada, ela começou a cochichar com ele. Consegui ouvir apenas alguma coisa sobre ir para o subsolo.

Aiden olhou para os lados tentando imaginar para que lado a mulher misteriosa e o segurança poderiam ter ido.

- Fiquei colado na porta depois disso, pensando numa brecha pra escapar... até que ouvi sua voz.

- Você é um lindo e já tá quase podendo ingressar na academia da Interpol – Laura deu beijo rápido no namorado, grata pela sua ajuda. – Vamos descobrir onde é o subsolo.

Os dois desataram a correr pelos infinitos corredores do estádio de Celadon.





Amanda




“Estamos passando por um breve intervalo devido a uma rápida indisposição da juíza Laura, mas vamos retornar as batalhas o mais breve possível”

A mensagem de Vivian ecoava por todo o estádio, chegando inclusive ao nível subterrâneo, local onde Amanda e o funcionário da comissão estavam.

- Mas o que caralhos tá acontecendo agora? – Amy questionou irritada.

- Esse concurso devia ter sido adiado. – o homem engoliu o seco. – Com tanta loucura acontecendo, era de se imaginar que algo fosse dar errado.

Amy percebeu que o homem de fato não fazia ideia do real motivo do concurso estar acontecendo, e sabia menos ainda da missão que ela tinha vindo desempenhar.

- Senhorita – Começou o homem com a voz trêmula. Ele era mais baixo que ela e se contraia todo quando falava. Era possível notar algumas gotas de suor escorrendo pela sua careca. – Sei que meu chefe mandou seguir suas ordens a risca...

O homem não teve chance de terminar a frase. Amanda ergueu o punho e acertou a face do homem com tanta violência que ele desmaiou antes mesmo do corpo bater no chão.

- Eu queria ter vindo sozinha mesmo.

Amy estava absolutamente cheia daquela missão. Odiava ter que ficar bancando a coordenadora. Ela só não tinha jogado todo o disfarce para o ar em respeito as ordens de seu líder, por quem nutria um respeito incondional. Apesar de tudo, quase colocou tudo a perder, ao ficar irritada com a batalha contra a outra coordenadora e fazer seu Pachirisu usar sua força bruta para vencer a disputa. Seu disfarce de Flora provavelmente não duraria outra partida.

A moça chegou ao fim de mais um corredor do gigantesco estádio e finalmente se deparou com o local que estava procurando. Uma faixa de interdição sinalizava que o acesso não era permitido. Amy claramente ignorou o aviso e abriu a porta.

Após alguns segundos tateando a parede em busca de um interruptor, Amy conseguiu iluminar o local, que ela sabia se tratar de um pequeno museu financiado pelo próprio Contesta. Como o local ainda não havia inaugurado, era possível notar algumas obras fora do lugar, além de material de construção espalhado por todo o recinto. Apesar disso, alguns dos artefatos já estavam dispostos nas vitrines, indevidamente, sem qualquer dispositivo de segurança.

Antes que Amy desse mais um passo, sentiu seu celular vibrar entro da pequena bolsa a tiracolo que ela utilizava, e para sua surpresa, era uma mensagem de Nataniel.

“Amy
URGENTE
Abortar
Retire a encomenda
NADA DE MORTES”


Ela leu e releu a mensagem algumas vezes  não acreditando nas palavras. O punho de Amanda se fechou e ela sentiu a fúria transbordando pelo seu corpo. Ela aceitou participar da missão devido a importância do que ela teria que fazer, e sabendo que poucos lidariam bem com as consequências. Agora, ela se sentia impotente, servindo apenas de transporte para uma maldita pena, que poderia ter sido entregue a eles pelo próprio Contesta.

Engolindo a fúria, ela foi ao canto do recinto, aonde algumas peças da enorme coleção de quinquilharias do presidente da comissão estavam expostas. Sua atenção estava totalmente direcionada a uma enorme pena multicolorida, exposta com destaque em meio a várias pedras e fósseis irrelevantes para ela. Uma bela placa foi confeccionada para a identificação da pena, onde os dizeres “Pena do lendário Ho-Oh” pareciam ter sido gravados a ouro.

Sem cerimônia, Amy quebrou a redoma em que as relíquias estavam expostas e tomou a pena para si, guardando ela na bolsa. Distraída com a beleza da pena, não ouviu os passos de dois adolescentes que agora estavam na porta do futuro museu.

- Mãos pra cima! – Uma voz feminina reverberou pelo recinto.

Amanda se virou surpresa e reconheceu a jovem Top Coordenadora que estava julgando concurso e um dos coordenadores participantes, o mesmo loiro que estava de olho nela, instantes antes da primeira disputa. A menina, que antes parecia delicada, trajando um vestido verde digno de uma princesa de conto de fadas, exibia uma expressão feroz ao apontar uma pistola na direção de Amy.
Com um reflexo rápido, Amy se jogou atrás de um suporte de algum objeto do museu, grande o bastante para cobrir seu corpo, e sacou sua pistola, dando um tiro na direção dos dois, a fim de amedronta-los.

- Eu colocaria essa arminha de brinquedo no chão se fosse você gracinha.

Amy olhou de relance pela lateral de seu esconderijo e viu que os dois tinham se escondido, temendo serem alvejados. A garota não respondeu a provocação da mulher mais velha, mas pode ouvir ela cochichar alguma coisa, e o som inconfundível de uma pokeball sendo utilizada. Antes que ela pudesse olhar por cima da sua cobertura, a luz do recinto foi apagada.

“Merda”

Amy olhou para os lados mais uma vez, tentando prever o que os dois estavam tramando contra ela. Pensou em mandar seu Pachirisu utilizar o Flash, para iluminar o local, mas pensou que aquilo iria atrapalhar mais do que ajudar. Havia também aquela pokeball negra, que ela levara para realizar a operação.

Antes que ela tomasse uma decisão, ouviu um ruído em seu canto esquerdo. Virou-se lentamente com a pistola erguida, tentando desvendar o que se aproximava. Um pokemon pequeno se esgueirava para perto de Amy. Ela supôs que fosse um Gloom devido ao que parecia ser uma flor onde deveria ser sua cabeça, mas não tinha certeza devido a escuridão. Ela carregou a munição de sua arma, pronta para dizimar o monstrinho, quando o mesmo deu um salto e soltou um som horrível, assustando-a.

Sem perceber, um segundo pokemon surgiu no flanco direito de Amanda e a prendeu, entrelaçando o corpo esguio por todo o corpo da moça. Amy rugiu de raiva quando ouviu os dois adolescentes vindo em direção dela.

- Bom trabalho Milotic!

Amy se contorceu até que conseguiu tatear uma pokeball dentro da sua bolsa. Apertou o botão da esfera e torceu para que fosse a que ela esperava.

Um brilho intenso emergiu da mão de Amanda, quando uma enorme criatura emergiu no recinto. O pokemon era tão grande que o casal e o Gloom foram jogados para trás, junto com diversas outras antiguidades que enfeitariam o museu no futuro. O Milotic que aprisionava Amy se soltou e correu em socorro de sua treinadora, enquanto o monstro liberado dava um rugido de fúria. Seus olhos vermelhos brilhavam com intensidade, ao tempo em que uma aura roxa emanava de seu corpo, iluminando o recinto.






Amy retirou de sua bolsa um bracelete e não perdeu tempo em acioná-lo. Ao apertar o botão, foi possível notar a coleira presa no pokemon colossal brilhar, ao mesmo tempo em que ele parava de rugir, expressando uma calma momentânea.

- Calma Palkia... sou eu. – Amy usou sua voz da forma mais suave que pode.

Com o lendário sob o controle, ela olhou para os dois jovens com desprezo. Quase fora capturada por dois pirralhos, que agora estavam no canto da sala com o olhar assustado, sem saber como reagir diante do monstro colossal que Amy tinha invocado. “Nada de mortes”. A mensagem de Nate ecoava na mente de Amy, enquanto ela respirava fundo com os punhos semicerrados.

“Que se foda então”, pensou ela.

Amy saltou sob as costas do dragão e dirigiu a palavra para os dois.

- Hoje vocês deram sorte. Adeus. – Ela se direcionou para o lendário.- Para o alto, Palkia! Abra o caminho.

Antes que eles pudessem ter qualquer reação, o dragão soltou um golpe poderoso pela boca que abriu um rombo no teto. Amy teve que proteger a cabeça para não ser atingida pelos pedaços de concreto que iam para o chão.

O dragão alçou voo com Amy em seu lombo, destruindo o teto dos corredores subterrâneos do estádio, até que ambos surgiram no meio do palco. Amy achou bem conveniente que o museu se localizasse exatamente no meio do estádio, poupando a plateia da destruição do lendário em busca da liberdade.

Toda a população de Celadon gritou sob a imagem assustadora de Palkia. Amy amaldiçoou mais uma vez o fracasso da missão e deu ordem para que o dragão alçasse voo mais uma vez, alcançando rapidamente o céu, deixando para trás o estádio destruído.

Amy tinha conseguido cumprir as ordens de seu líder. Pegou a pena, abortou a missão original e saiu sem matar ninguém, apenas usando uma das armas da organização e deixando o mundo todo vê-la destruindo o estádio.

“Nate vai me matar...”




~//~


Notas Finais:  É isso aí amigos. O próximo capítulo sai  possivelmente domingo dia 09/07.  Queria fazer uns comentários finais mas já esqueci o que queria falar, então fica pra próxima vlw flw e tchau


Última edição por Brijudoca em Seg 15 Jun 2020 - 14:51, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Brijudoca Qua 20 maio 2020 - 23:34

Caos vai voltar, mas calma, não necessariamente hoje.


Fala galera, com o renascimento do fórum, não podia deixar de aproveitar a chance para dar continuidade em Caos e, com fé, finalmente terminar a fic. Apesar de ter divulgado ela pela primeira vez em 2017, eu escrevi o primeiro esboço do que viria a ser o prólogo há 10 anos... fodendo 10 anos. Óbvio que muitas coisas mudaram nesse tempo, tive novas ideias, e hoje tenho desenhado exatamente como quero terminar a história, mas o caminho pode sofrer algumas variações.


Gostaria de agradecer aos leitores que tive em 2017 (@-Ice, @Rush, @Black~ e @Shiota) que me motivaram a escrever a história na época, e como estão todos revividos, gostaria de convidá-los a relembrar os acontecimentos da fic e quem sabe até comentar os acontecimentos até aqui, ou mesmo os do último capítulo postado, que infelizmente calhou de ser bem na época que o fórum entrou no limbo e acabei não tendo nenhum retorno kkkkcrying


E para você, novo leitor que está disposto a me dar uma chance, mas tá com preguicinha de ler a fic inteira, aí vai um capítulo especial, que na verdade é um resumo da fic. Pode ser considerado aqueles episódios fillers de animes cheio de flashbacks usados só pra encher linguiça. mas creio que aqui pode ser essencial pra quem não estiver disposto a reler a história inteira.

Capítulo Especial
Flashbacks




Caos é uma história com capítulos de Pontos de Vista ou Point of View, os famosos POVs, que acompanha sete protagonistas, cada um com interesses distintos. O prólogo ocorre oito anos antes da história propriamente dita, onde acompanhamos nosso primeiro protagonista, Harry Miller, um rapaz de 10 anos que mora na pacata cidade de Floaroma em Sinnoh, escapando da festa de aniversário do seu amigo Josh Newton, junto com ele, a fim de investigar um fenômeno estranho no Mt. Coronet. Os dois se espantam ao chegar no famoso Spear Pillar por encontrar sua velha amiga Amanda, ou Amy, envolvida com um grupo misterioso que estava realizando um ritual no local.  O ritual termina em puro caos (com o perdão do trocadilho), com a aparição dos lendários Dialga e Palkia, o surgimento de um portal misterioso que suga Josh e seus pokémons, um fenômeno misterioso que faz com que o poderoso Blastoise de Harry volte a ser um pequeno Squirtle e o assassinato do pai do garoto pela organização misteriosa.


Oito anos depois, Harry é um adulto solitário que assume a guarda do irmão mais novo, Zane, após a tia que cuidava dos dois falecer. Durante uma visita de Spencer Newton, conceituado cientista de Kalos e irmão do amigo desparecido de Harry, os dois acabam revisitando o local do incidente e indo parar no Distortion World, na esperança de encontrar Josh. Lá, Harry reencontra Munchlax, seu antigo pokémon que fora sugado pelo portal, e após uma batalha esquisita com Norman, ex-líder de ginásio da região de Hoenn, os dois decidem que devem ir para região conversar com a filha do homem.


Zane vai junto com o irmão e Spencer para Hoenn. Enquanto estão num navio em direção a cidade de Slateport, o grupo conhece Lydia, uma garota bonita e simpática que deixa Harry enrubescido e posteriormente salva Zane de alguns valentões. Durante a noite o garoto tem sonhos estranhos, como se uma voz o chamasse. Acordado, decide seguir a voz e novamente tem o auxílio de Lydia, que o ajuda a chegar no fundo do oceano, onde ambos descobrem que o dono da voz é o pokémon lendário Jirachi. O lendário revela que entrou em contato para pedir ajuda, mas o garoto acaba sendo nocauteado por Lydia, que se revela uma agente da estranha organização e consegue capturar Jirachi. Conhecemos Nataniel, ou apenas Nate, o líder da organização, em uma conversa com Lydia.


Em Kanto, Laura Modesto participa de um desfile de celebração por ter se tornado um Top Coordenadora, ao vencer o grande festival. A coordenadora é também uma agente mirim da Interpol, que realiza pequenas missões com o auxílio de Aiden, seu namorado. A garota recebe uma missão de Lana, sua mãe e superior, para pegar um objeto com o professor Carvalho. Durante a conversa nos é revelado que os membros da organização criminosa se denominam como os Inconformados. Após receber do professor uma estranha esfera chamada "Bluma” (que supostamente poderia invocar o pokémon lendário Mew), o laboratório sofre uma invasão dos inconformados e Carvalho termina gravemente ferido.


Amanda Parker, a antiga amiga de Harry e Josh, se tornou uma das líderes dos inconformados. Em uma operação avassaladora junto com Lydia, recém promovida à comandante, e Caleb, outro dos líderes da organização, Amy usou os lendários Zekrom, Reshiram e Kyurem para destruir Unova, matando centenas de pessoas e congelando as ruínas da região. Nate aparece brevemente torturando Mark Lohan, o presidente de Unova, e mostrando a ele a destruição da região.


Harry, Zane e Spencer estão presos em Slateport devido às notícias devastadoras sobre Unova. Logo ocorre um encontro com um antigo amigo de Spencer e com a capitã Lana Modesto, mãe de Laura. Após uma discussão com a capitã e com o poder de convencimento de Zane, os rapazes estão prestes a conseguir permissão para deixar a cidade, quando os Inconformados se revelam oficialmente para o público, através de um anúncio na televisão, e assassinam o presidente Mark Lohan, atribuindo a ele a culpa pela destruição de Unova.


Laura e Aiden vão para Celadon seguindo uma pista para encontrar os atacantes do laboratório do professor Carvalho. Estranhamente a cidade terá um concurso pokémon, mesmo em meio ao caos causado pelos inconformados, e Laura é convidada para ser uma das juízas, devido à ausência de Contesta, um dos juízes tradicionais da apresentação. Laura acha a situação suspeita e decide aceitar, pedindo que Aiden se inscreva no concurso para ajuda-la a investigar os participantes. Durante o concurso, um dos funcionários de Contesta revela à Laura que o grande organizador é corrupto e que algo estranho iria acontecer no evento.


Amy esta infiltrada como uma das coordenadoras participantes do concurso, e está procurando algo no subsolo, num futuro museu financiado pelo senhor Contesta, porém recebe uma mensagem de Nate, ordenando que a missão fosse cancelada. A moça encontra a Pena do pokémon Ho-oh no museu, mas antes que pudesse escapar, acaba encurralada por Laura e Aiden, que descobriram que ela não era quem dizia ser. Após quase ser pega pela agente mirim, Amanda escapa com a ajuda do lendário Palkia, sendo vista de toda a população de Celadon.


Por fim, acompanhamos em paralelo as aventuras de Liam, através de seu diário. O rapaz aparentemente estava em uma ilha com seu amigo Rik, quando é capturado por uma estranha que, segundo ele, viria a se tornar uma grande amiga.



~~//~~


Acho que foi isso galera. Se preparem que 2020 é o ano das Fanfics de Pokemon e o chicote vai estralar!


Última edição por Brijudoca em Seg 15 Jun 2020 - 14:54, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Black~ Qui 21 maio 2020 - 15:37

Todas as fanfics renascendo, só falta a minha (e vai continuar faltand0 Laughing)

Bem, o resumo serviu pra lembrar bastante coisa mesmo. Mas ainda acho que preciso ler um capítulo ou outro pra entender melhor, mas pelo menos já deu uma boa base. Vou ler o último capítulo que ninguém leu também kkkkk.

É isso né, eu acho kk

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Mensagem por Shiota Sex 22 maio 2020 - 18:08

Hey Briju 

Confesso que não lembrava absolutamente nada da fic, mas esse resumo foi um excelente balde pra refrescar minha memória, especialmente do fato de que não posso confiar em nenhum personagem dessa fic. Enfim, não tenho muito o que dizer, talvez eu releia alguns caps pra lembrar de mais detalhes, especialmente o último que não cheguei a ler na época iodpaksopfsakdopakdopk

De qualquer forma, fico no aguardo. Até o próximo cap o/

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