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Mensagem por Bakujirou Sex 23 Out 2009 - 21:59

Ai ai... Quanta coisa aconteceu na segunda parte do capítulo 5...

O confronto entre Raikou e Entei era bem feroz mesmo. Gostei do desfecho da luta deles. Foi muito bom. Juri está tentando digerir a real dimensão da sua missão.

Fora o caso do Feraligatr, caindo de amores por uma Poké, quase do mesmo tamanho dele. Quase morri de tanta pena da pobre amada de Feraligatr.

Foi um capítulo bem bonito, fiquei encantado com o andamento da fic... Espero pelo próximo capítulo, ansiosamente.

Kirehana Yurika - Nanda escreveu:Na verdade eu fiquei bem preocupada se a "última cena" teria ou não uma boa impressão nos que liam a fic. Geralmente não se mistura muito Pokemon com romance...

O sexto capítulo também será fatiado, eu acho D: Afim de que eu possa retratar tudo o que acontece, também aproveitando terreno (...)
Opa, é mesmo? Então vejo que tem alguma coisa boa chegando no próximo capitulo...

Eu achei muito bom o quinto capítulo. Tá equilibrado e bem-humorado... Eu gosto deste tipo de trama. Me chama atenção nestes tipos de textos.

Será que TODO O CONTINENTE DE JOHTO já sabe o que aconteceu ao Entei? 0-0!


Última edição por Sir Bakujirou S. em Dom 26 Dez 2010 - 0:22, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : editado)

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Heir of Life

Confira:
Concurso participem! / Fic / One-Shots / indico uma fic que resgatei / indico Fic de meu amigo

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Mensagem por Mag Sex 23 Out 2009 - 22:36

Nossa, a ficou ótimo esse capítulo, esse conflito ocorrido entre ele, na hora deu vontade de bater no Raikou, muito bocó ele! Graças a Deus o Suicune apareceu bem na hora!
E uma coisinha, romance é uma coisa ótima, eu gosto, no desenho "Pokémon" infelizmente não tem, mas fica ótimo... Espero mais capítulos!
Até mais.

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Mensagem por Kirehana Yurika - Nanda Sáb 24 Out 2009 - 18:50

Spoiler:


Nota da Autora: Aqui vai mais um capítulo. Já passamos da metade da fanfic, e é provável que boa parte dos capítulos comecem a serem fatiados também - mas por uma boa causa, que é expressar em detalhes tudo o que acontece na incrível aventura da Juri.

E notem que os capítulos também estão ficando cada vez mais "espessos" porque agora há muito mais diálogos e desenhos neles. E penso até em lançar uma votação para saber se isso chega a incomodar os leitores, porque temo que posts enormes se tornem desestimulantes da hora de se ler a fanfic. Fora isso, nada mais a comentar - Boa leitura!

Músicas Disponíveis para este capítulo:
- Opening Gekiranger - Gekiranger Soundtrack Uma música que expressa bem a bravura e a coragem presente no coração de cada treinador e pokemon. É a abertura em japonês da série Gekiranger, aqui no ocidente conhecido como Mighty Morphin PowerRangers.
- Kurofume Raikou - Taiko No Tatsujin DS Sountrack Não pude achar para download na Internet, portanto a gravei eu mesma. Ilustra bem a música folclórica tocada no Festival de Verão de Cianwood.


Capítulo 6 - Festival de Verão em Cianwood! (Parte 1)

Eu estava dormindo tranquilamente na macia cama de molas do quarto da pequena Tima. O Sol começou a lentamente entrar com toda a força pela janela sobre minha cabeça. Pigeotto havia acordado cedo, e pousou na beira da janela, usando-a como poleiro. Com todo o seu fôlego, deu um arrulhar tão alto que seria tão senão mais efeciente que um cacarejo. Pulei da cama, quase caindo dela. Tima apenas moveu o corpo para o lado, dizendo "Ai, pera, só mais cinco minutinhos..."

Olhei para Pigeotto na janela, que achava graça... Ri um pouco e o coloquei no meu braço, fazendo carinho em sua cabeça ao afagar seu topete um pouco rijo:

- Bom dia pra você também, Pigeotto. Espere só o instante que eu vou me arrumar.

Mais tarde, já antes de partir (e depois de engolir o café da manhã que a tia Rute insistiu em fazer); ouço a voz de Kevin me chamando. Meus pés estavam sobre os últimos degrais da escada, mas me viro em sua direção, até curiosa para ouvir o que ele tinha a dizer.

- Você já vai tão cedo?... - ele estava preocupado... Aqueles olhos azuis, tão tristonhos! Céus, não devia tê-lo olhado justamente nos olhos...
- Ai, Kevin, você sabe como é... - dei uma pausa quando vi que ele se aproximava - ... O trânsito é bem melhor de manhã.
- Eu entendo... Vou ficar esperando você voltar.
- Eu... Gostei muito do dia de ontem.
- Foi? - ele sorriu. Alisou meu braço, próximo à sua mão - De que parte você gostou mais?...
- Eu, bom... - corei imediatamente - Kevin, eu gostei muito de avançar meu relacionamento assim com você. Mas, você sabe...
- Sei o que?... - ele estava muito perto. Estava sendo fácil demais me suceter às suas discretas porém perigosas investidas.
- Bom... Nada. Eu volto em um ou dois dias, no máximo. - ja ía descendo, quando ele me puxou pelo braço. Ah, Kevin, você tinha que insistir?
- Espera! Você nao pode esperar mais um pouco?
- Eu prometo que volto logo. Quando voltar, eu... Posso ficar uns tempos aqui.
- Você promete?...
- Eu prometo. - sorri, entrelaçando nossos dedos. Ele também sorriu.

Eu vi em seus olhos a dificuldade que ele tinha de lidar com as diferentes emoções que estávamos sentindo um pelo outro. Eu também estava um pouquinho confusa, mas enquanto simplesmente deixasse levar, sei que seria uma experiência interessante e, quem sabe, duradoura. Saí saltitando pelo caminho, subindo as intermináveis escadas que levavam à parte superior da cidade, onde se localizava a ponte Olivine-Cianwood; mas nem percebi o número de degraus. Estava radiante demais para notar estes detalhes...

A Ponte Olivine-Cianwood foi construída a 10 anos atrás, feita para facilitar o trânsito entre as duas cidades - e assim, impulsionar a economia e o turismo para aquelas regiões. Não ajudou só os turistas e transportadoras, mas como os treinadores também (eu nem saberia como chegar em Cianwood se não fosse pela ponte. Atravessar aquele mar todo? Nem a pau!). Quando cheguei lá encima, me deparei com Jasmine me aguardando na frente do pedágio. Ela sorriu ao me ver, empolgada com a certeza de que eu iria ajudá-la.

- Que bom que veio! Veio bem cedo, hein?
- É que o trânsito é melhor de manhã. - Pigeotto, em meu ombro, fez que sim com a cabeça.
- Hummm... - ela pareceu me analisar por alguns instantes - Foi como eu imaginei...
- Erm... Senhorita?
- Você não poderia atravessar esta ponte. Você não parece ter vindo com nenhum tipo de transporte, como bicicleta ou patins...
- Mas... Quer dizer, que só posso atravessar a ponte se eu estiver com algum veículo?!
- Não é óbvio? - tão óbvio que não havia percebido.
- Mas... E agora?
- He he, não se preocupe! - sua risada era singela - Eu pensei nisso. Pode ir na minha, eu a preparei pra você!

Era uma lambreta. E lá estava eu, atravessando a gigantesca ponte que ligava as duas cidades praieiras, a incríveis 40KM/h na lambreta da senhorita Jasmine. Tinha uma cor perolada, com detalhes brancos, e ás vezes vibrava no assento quando eu tentava acelerar aos 60KM/h - a velocidade máxima. Quem me dera que minha mãe me visse naquele instante... Pigeotto estava entediado, e meu corpo expressava minha insatisfação ao curvar minhas costas sobre os guidões. Eu forçava um sorriso na tentativa de acalmar a mim mesma, afinal, podia ser pior!

É, era isso. Pelo menos não estava chovendo... Naquela parte da ponte. Lembrei-me das tempestades na metade do trecho, e não pude conter meu desapontamento. Ah, eu disse que podia ser pior? Verdade, podia, e ficou pior!

O trânsito estava realmente muito tranquilo: no máximo um carro ou dois, e um grupo de ciclistas que vinham na direção contrária... Com seus capacetes, óculos, e roupinhas coladinhas molhadas (porém começando a secar) devido à chuva. Tudo que passaria por ali era notado por nós mesmo a metros de distância, uma vez que o silêncio era apenas quebrado pelo barulho da brisa marinha no pé do meu ouvido. A tempestade não estava aparente no horizonte, apenas o tapete azul e ondulado do mar - o que me fez entender que ainda estávamos longe de chegar na metade. Comecei a me preocupar se chegaria em Cianwood a tempo de fazer alguma coisa. Mas logo perceberia que isso era pouco perto do que eu realmente deveria me preocupar...

Um som diferente da brisa marinha e das ondas batendo nas grossas pilastras sobre nós não se tornam os únicos audíveis. Ouvimos o som de motores rugindo à uma grande distância de nós, vindo em nossa direção. Eram tão altos que eu podia ouvi-los, mas não podia ver de onde vinham, mesmo forçando os olhos para enxergar. Pedi que Pigeotto usasse sua visão de ave rapineira. Até ele enxergar alguma coisa, eu mesma pude ver os pontos negros surgindo rapidamente, rasgando o vento com suas motos envenenadas com os motores berrando ao léu.

Mal pisquei os olhos e eles já estavam a poucos metros. Eu pude contar rapidamente uns cinco deles. Suas motos eram grandes, poderosas e velozes - completamente diferentes da carroça que eu estava dirigindo. Ao passarem ao meu lado, a velocidade das grandes motocicletas era tão elevada que a corrente de ar gerada por elas fez com que minha leve lambreta fosse atirada ao chão, me fazendo cair com tudo contra o asfalto. Não senti dor, arranhei um pouco do rosto mas não doeu... Ouvi pneus cantando alto e desafinados, então um deles saltou da moto e veio em minha direção.

- Ora, ora, o que temos aqui?... - ele tinha a voz rude. Não entendi bem o que ele dizia graças ao palito cerrado entre os dentes, aparentes em seu sorriso vil e perverso... Ou pervertido - Mas você é uma gracinha, hein?
- O que vocês querem? - me levantei, irritada, desamarrotando minha saia de forma nervosa, sem tirar os olhos deles - Não sabem que isso aqui tem velocidade máxima, não?!
- Hehey, calmaí, franguinha! - ele se aproximou bastante, me pegando pelo pulso e me apertando com força, apesar dele não pareçer estar se esforçando pra isso... - É só colaborar. Sabe que a gente não tá nem um pouco afim de machucar esse seu corpinho lindo...
- M-Me solta, seu ogro!! - mexi meu braço com força, tentando afastar sua mão com a minha outra livre, que apenas deslizava sem sucesso.

Os outros atrás dele apenas riam. Eles vestiam roupas de couro preto, fortes, tinham vários piercings e tatuagens, e já eram todos bem adultos. Não tinha nem idéia do que eles queriam, mas também não estava disposta a saber. Estava, sim, disposta a lutar pela minha integridade - ou quem sabe, minha vida... O que me segurava tinha munhequeiras de couro com espinhos de metal bem afiados, o que tornaria dificil de empurrá-lo para longe de mim por aquela reigão do seu corpo. Era como se fosse tudo planejado.

Pigeotto, até então apenas assistia as cenas assustado; até que decidiu tomar uma atitude: ele voou na direção da cabeça do meu agressor, protegida apenas por alguns fios de cabelo que formavam um moicano; e ali fora bicado algumas vezes pelo meu pokémon (viu? quem mandou não usar capacete!). Ele soltou meu pulso e começou a pular e balançar os braços no ar, na tentativa de espantar Pigeotto. Quando ele parou, a cabeça do homem estava bastante ferida com as marcas do bico forte de Pigeotto, que por ser um pokemon que tem noção da sua força, não abrira nenhum ferimento profundo - tinha apenas a intenção de afastar o homem de mim, que o xingara com os piores palavrões.

- Então você e essa galinha querem briga, não é? - disse, furioso, dilatando sua pokebola em mãos - Tá se metendo com a turma errada, garotinha!

De sua pokebola, um Grandbull surgiu. Era grande, feroz, com as presas gigantescas pulando para fora de seu focinho medonho. O olhar era petrificante, seus punhos se fechavam com tanta força que até ja podia vê-los enchendo alguém de porrada. O pior era que ele não estava só... Outros dois motoqueiros colocaram na batalha seus grandes e espessos Muks, que espalahavam toda a sua estrutura (se é que dá pra dizer que algo ali é estruturado...) nojenta, viscosa e mal-cheirosa pelo perímetro. Os outros dois lançaram seus Weezings - eu já achava um Koffing grotesco, quem dirá um bem grande com um inquilino grudado em seu apêndice.

Eu estava prestes a desmaiar diante de tanta imundice. Pior que estava em desvantagem, mesmo se eu usasse todos os meus pokemons em batalha - o que seria impossível de se fazer. Eu e Pigeotto recuamos para trás, e vi em seus olhos castanhos o pavor daquelas criaturas que poderiam fazer estragos enormes nele - até matá-lo, se bem quisessem. Eu achei que não haveria esperança para mim, e queria melhor colaborar - seja com o que fosse... Céus, eu estava morrendo de medo.

Cerrei os olhos com força quando notei que o líder se aproximava novamente. Neste momento, surge o milagre:

- Vocês não sabem que estupro e pedofilia é crime? - se viraram em direção à voz - A Polícia Federal tá ali no pedágio.

A voz vinha de trás deles. Era tanta coisa junta que até eu ficaria com medo se estivesse no lugar deles.

Uma moto grande, com pneus gordos e maciços, cada pedaço de metal brilhava intensamente mesmo com tampouca luz do Sol. Os faróis eram grandes e redondos, e o motor sob suas pernas era brilhante e potente. Sua cor principal era vermelho, assim como o capacete de seu motorista. Tinha o corpo de um adolescente forte, mas falava como um adulto bem-educado. Claro, sem deixar de citar: a moto tinha um assento atrás amplo o bastante para levar o grande e robusto Swampert na parte traseira. E voando ao seu lado, um roliço Peliper pairava no ar com suas finas asas em forma de nadadeiras.

- Vai cuidar da sua vida, moleque! - o líder não se deixou intimidar pela aparição do rapaz - Vai se ferrar que nem ela!
- Vocês são muito prepotentes para quem não tem razão alguma pra atacar as pessoas. - saltou lentamente da moto, sem pressa alguma - Não devem sequer tem uma razão para serem rebeldes!
- Viadinho filho-da-p*ta, vou acabar com você na porrada mesmo!!

Quando ele foi na direção do garoto, tapei minha boca com as mãos pelo horror da cena. O rapaz ficou imóvel, como quem já sabia o que fazer. Swampert agiu rápido para um pokemon tão desenvolvido, e urrando com todo o ar de seus grandes pulmões, jogou os braços contra o asfalto da ponte e a esmurrou com força, fazendo todo aquele perímetro balançar completamente com a intensidade das ondas de força causadas pelo soco, quase comparadas a um terremoto de magnitude fraca. Os motoqueiros e todas as motocicletas, menos a do rapaz, caíram violentamente no chão devido o tremor. Até os pokemons sentiram a intensidade da força de Swampert que, por um momento, pareceu sorrir triunfante.

- Já chega de brincar!! - urrou o líder - Acabem com eles, e não tenham piedade!!

Já que seria assim, não poderia recuar. Poderíamos virar a mesa juntos. Eles estavam cercados por nós, e se usássemos a cabeça, poderíamos inverter a situação. Granbull arranjara outro alvo, e agora eu teria que cuidar dos outros quatro. Mas eu tinha um plano e, para garanti-lo, precisaria de duas coisas: de alguém pra me acobertar e do apoio do rapaz que me salvou... Arriscado, mas era a única tática possível.

- Vá, Feraligator! - usando minha pokebola, trouxe meu pokemon inicial para a batalha.

Ordenei que Pigeotto usasse Wilrwind. Ele assim o fez e, batendo as grandes asas com toda a sua força, formou um grande tufão no qual prendeu os Pokemons nele. O vento era intenso, e Feraligator usava de seus ataques para empurrar os grandes Muks para dentro do vórtex, que infelizmente não tinha força para prendê-los lá dentro. Swampert segurava as mandíbulas poderosas de Granbull nas próprias mãos, fazendo muito esforço para mantê-las bem distantes uma da outra - do contrário, a mordida seria feia. O rapaz olhava o tufão formado por Pigeotto, e seu Peliper (que eu sempre acreditei ser um pokemon um pouco... Lento) voou naquela direção, também começando a bater as asas com força, intensificando e duplicando a força dos tufões.

Por pouco, Feraligator não havia sido puxado pelos fortíssimos ventos agora formados pelas duas aves. Era tão intenso que os dois poderiam acabar invocando uma tempestade ali! Os Weezings e os Muks estavam desesperados, girando em alta velocidade em torno do eixo do tufão. Swampert, usando toda a sua força, segura Grandbull pelos dentes e o atira no tufão, girando-o junto com os outros quatro. Logo depois, abriu bem a boca e lançou um jato contínuo de WaterGun, misturando-a com os ventos que agora também atingiam os pokemons, criando algo muitíssimo similar a um Whirlpool. Só que bem mais forte.

Não precisei ordenar nada para que Feraligator entedesse o recado (e eu achando que se apaixonar acabaria deixando-o burro). Ele rapidamente se posicionou sobre as duas pernas e também começou a usar seu WaterGun, deixando os pokemons cercados num poderoso redemoinho feito ali mesmo, encima da ponte! Era incrível, e até bonito de se ver.

A água respingava sobre nós, os nossos pokemons estavam começando a perder o fôlego. Quando achamos que era o suficiente, encerramos nossas investidas. Os pokemons estavam tontos e machucados, provavelmente por estarem se batendo e se debatendo constantemente dentro do redemoinho. Caíram um sobre o outro, incapazes de realizar um único movimento. Seus covardes treinadores não podiam fazer nada além de bater em retirada, sumindo no outro lado da ponte.

- Não se pode baixar a guarda. - disse o rapaz, se aproximando - Acho que cheguei bem na hora.
- É... É verdade. - eu respondi, ainda ofegante, tateando minhas roupas molhadas. - Eu sou muito agradecida! Não sei nem como agradeçer pela ajuda enorme que você me deu! Se não fosse, por você, eu não saberia- - ele tirou o capacete. Emudeci nesse instante.

Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final - Página 4 RIVALup_Roy

Ele era... Um dos homens, rapazes, garotos, sei lá! - mais... Charmoso (para não usar outras palavras...) que eu veria em toda a minha vida. Não só sua aparencia, mas como seu sotaque, pokemons, entre outros fatores me levaram a acreditar que ele fosse de Hoenn. Considerando o belo contraste que sua pele morena fazia com seus cabelos brancos e platinados, o físico impecável herdado de pais trabalhadores e os olhos claros, acreditei que fosse parte da comunidade praieira de Hoenn - assim como Kevin e a família da tia Rute. Mas considerando a moto de última geração, as roupas e sapatos de grife (apesar de um pouco surradas) e o jeito extremamente educado de se falar proveniente de uma boa educação... Diferente de Kevin e a família da tia Rute, ele deveria ser parte da comunidade praieira MILIONÁRIA, PODRE DE RICA de Hoenn. Vidinha invejável essa sua...

- Você está bem? - ele perguntou - Eles te machucaram?
- Eu?... - daria de tudo para ver minha cara de besta nessa hora - Ah, não, quê isso... Só me apertaram um pouco o pulso, mas eu estou bem...
- Não é querendo ofender, mas você não vai chegar a lugar nenhum com a lambreta da senhorita Jasmine...
- Quê?! - depois do susto, tentei pensar no que dizer - Mas, como você sabe que é dela?

Apontou para a quadrada placa traseira da lambreta, que tinha aspectos personalizados e as letras formando o nome JASMN. Swampert e Feraligator se entreolharam descontentes com minha distração. Pra variar, óbvio demais para eu perceber.

- Com uma moto dessas, você teria que dormir na estrada. - levou as mãos à cintura, sorrindo sem graça.
Eu ri bastante.
- Eu tô falando sério. - ele concluiu. Fiquei séria também.
- Mas... E agora? Não tem como eu chegar lá... Só tenho a lambreta como veículo.
- Se quiser, posso ajudá-la. - meus olhos brilharam.
- Mesmo? Mas, como exatamente?

Swampert pegaou alguma cordas bem firmes que ficavam sob o assento da moto. Amarrou a lambreta firmemente atrás do grande veículo, de forma que ela ficasse bem segura. Parecia ter habilidade com aquilo... Com nossos pokemons dentro das Pokebolas, montei na garupa da sua moto e partimos a mais de 160KM/h pela ponte Olivine-Cianwood. Ele tinha um capacete extra, e havia me emprestado para que eu pudesse me proteger também. Estava me segurando pelas laterais da moto quando ele deu a partida, e quase fui lançada para fora quando ele começou a acelerar!

Pude ouvir as centenas de cavalos de seu morto relinchando com sua potência, e sem aguentar mais segurar pelos lados, me encontrei numa situação embaraçosa: abracei sua cintura, assim me sentindo mais segura, mas não mais confortável...

- Sinto muito, você se importa? - disse, envergonhada.
- Não... Nem pouco.

O som de suas palavras foi misterioso. Até hoje não compreendo o que ele realmente quis dizer. Apenas apoiei meu corpo um pouco sobre o seu, e deixei a moto nos levar... Não demorou, chegamos numa parte onde podia se notar fortes mudanças no clima. As ondas pareciam bater com mais força contra as pilastras, o vento estava ficando mais forte, e as nuvens estavam graduamente se tornando mais escuras e carregadas de trovões. A chuva fina começou a cair. Vimos uma placa que dizia para reduzirmos a 60KM/h e nos deparamos com uma barreira da Polícia Federal, com dois oficiais acompanhados cada um de sua moto e um Grolithe, que sentava respeitosamente ao lado do seu treinador policial. No caminho, cones formavam um estreito zigue-zaque. Um dos policiais nos parou rapidamente:

- Esta lambreta na parte de trás do veículo... - disse, com a voz carregada e arrastada que os policiais costumam tem - Você sabe que não pode andar com isso aí, filho. Está cobrindo a sua placa...
- Pertence à senhorita Jasmine. - ele respondeu naturalmente, ao levantar a proteção de vidro do capacete - Podemos deixá-la aqui?
- ... - seu silêncio foi sombrio e pensativo, logo em seguida, riu - ... Certo. Imagino que ela saiba disso...
Aposto como ele pensou que nós a havíamos roubado.
- ...Pode ligar para ela se quiser. - eu disse - Nós esperamos aqui.

O oficial da lei pareceu captar nossa confiança. De qualquer forma, ele contatou a moça. Foi uma ligação bem rápida.

- Vocês estão liberados. - concluiu - Deixem a moto aqui e continuem seu percurso. Não esqueçam de acender os faróis!

Sumimos no mundo. Ele virou para o outro, um gorducho que sorria misteriosamente, achando graça na situação. O outro também riu, dizendo: "Crianças..."

- - - - -

Finalmente, chegamos em Cianwood. Diferente do meio da ponte, a cidade nos recebeu ensolarada e temperada. As praias estavam cheias de pessoas preparando a cidade para o Festival de Verão: bandeirolas amarradas por todos os cantos, barraquinhas sendo montadas, pessoas e pokemons por todos os lados se mobilizando para organizar a maior festa daquela temporada. O fluxo de treinadores também era grande, a tanto tempo não se via tantas marcas diferentes de pegadas nas areias... Era mesmo uma cidade linda e aconchegante. Por falar em aconchegante...

- Temo que tenhamos que nos separar aqui... - suspirei ao desçer na garupa.
- Entendo... - ele também pareceu desapontado - Espere!
- Hã?
- Parece até tolice perguntar - riu - Mas você virá ao festival esta noite?
- Sim, pretendo. Ainda é cedo, não é? - checando o horário: 10:30am.
- Podemos nos encontrar por lá, então. Por favor, permita que eu salve o número do seu celular?
- Oh? Ah sim, é claro! Anota aí!

Com meu celular registrado na PokeGear dele, nos separamos. Fui com Pigeotto até o centro pokemon onde, após curar meus pokemons e devolver minha TrainerID, a enfermeira pergunta:

- Você é a senhorita Juri?
- ... Sim. - já com medo que mais alguma 'façanha' minha tivesse sido televisionada por todo o país.
- Tem uma video-chamada lhe aguardando. Gostaria de atendê-la? - ufa!
- Ah, sim, claro, claro.

Bem que eu pensei que fosse a matriarca chamando.

- Como você fez para atravessar a ponte, meu amor? - seus olhos curiosos pairavam sobre mim.
- Carona. Com um... Amigo recém-conhecido.
- É muita bondade do seu amigo, né? - ela sorriu, ingenuamente. Talvez mais tarde eu contasse o que realmente aconteceu - Então você vai ao festival, meu amor?
- Pretendo, mãe. Eu ia até pedir pra senhora me mandar aquele meu minikimono.
- O de Wishmur? Logo imaginei... Você gosta tanto dele! Mas antes, queria lhe fazer um favorzão de mãe.

Eu imagino. A ordem fora que eu mandasse meu Graveler para ela, e sem contestar. Em troca, ela enviaria nosso Mewoid doméstico equipado como um "presente". Tudo bem, fazer o que... Assim que ele chegou, abri sua pokebola e de lá saiu nosso Mewoid, sorridente e feliz em me ver de novo, me abraçando o pescoço com seus bracinhos rosados. Me olhou com aqueles grandes olhinhos azuis, com o corpinho flutuando no ar, e tirou das costas (?) algo que parecia ser um objeto pequeno, porém pesado, enrolado em papel madeira e preso por um barbante. Eu o peguei em ma~so e o abri, revelando uma pedra verde com uma folha bem verdinha empressa sobre ela. Minha mãe me mandou uma Leaf Stone! Quando fui para a tela agradeçer pelo presente, levo um baita susto com o que vejo!

Um monstro, um gigante feito de rochas e rijas pedras que cobriam eu corpo, com braços e pernas repitilianos saltando para fora de sua estrutura redonda. Sua cabeça, antes dificilmente distiguida do resto do corpo, agora ganhara forma e aspectos. Seus olhos vermelhos lacrimejavam de emoção e sua boca, agora com dentes afiados, sorria alegre pelo milagre da evolução por troca. Graveler havia se tornado um Golem!

- Graveler! Graveler, você evoluiu! - exclamei, feliz ao ve-lo feliz.
Seu grunhido era ainda mais animalesco e feroz. Mas ele estava feliz... Sempre foi um pokemon muito feliz.
- Gostou, minha linda?
- Amei, mãe! Valeu mesmo!
- Logo estarei mandando Golem de volta desta vez, ele vai levar seu vestido de Wishmur. Até mais, meu anjinho! - se ela soubesse o que o seu anjinho andou aprotando esses dias...

Quando recebi Golem de volta, o abracei bastante mesmo com suas pedras rijas me machucando um pouco em suas fendas. Nosso Mewoid ficou feliz com a cena, mas eu logo o mandei de volta para a mamãe. Eu, na verdade, nunca gostei da idéia de ter um Mewoid, mesmo assim eu cuido dele com todo o carinho. E isso tem um motivo...

A alguns anos atrás, uma equipe de exploradores descobriu fósseis do que acreditavam ser um único e mítico pokemon, o Mew. Após várias pesquisas, descobriram que Mew tinha o poder de se reproduzir assexuadamente, ou seja, ele podia dar a luz a uma copia perfeita de si mesmo. Depois de anos de pesquisa em genética, juntando a vaga porém primordial informação genética presente nos fósseis e completando-a com o DNA hipermórfico de Dittos (que podem se transformar em qualquer tipo de matéria), conseguiram reviver nada menos que uma das cópias perfeitas de Mew.

Sendo pesquisas apoiadas pelo Governo, as cópias de Mew com o tempo se tornaram legalizadas - a grande diferença era que elas não eram perfeitas. Tinham a aparência e personalidade idênticas ao de seu genitor primordial, mas eram muito mais frágeis. Qualquer coisa os derruba com facilidade, mesmo um soco humano - sendo assim eles passaram a se chamar de Mewoids. Portanto, se tornou ilegal seu uso em batalhas. Em compensação, essas criaturas se tornaram muito úteis em várias áreas diferentes, desde construção civil até aulas na Escolhinha Pokemon ou mesmo sendo usado como um pokemon doméstico, graças à sua incrível adaptabilidade que lhe permite aprender QUALQUER tipo de ataque.

Claro, nem tudo são flores. Graças à sua personalidade ingênua, Mewoids são muito afeiçoados aos treinadores e também muito obedientes, uma vez que dificilmente consequem distinguir o certo do errado. É muito fácil alguém lhe ensinar ataques furtivos para incitá-lo a roubar pessoas que passam na rua, ou ataques como Explosion ou Self-destruct para realizar ataques terroristas. E não demorou até a existência deles ser considerada uma polêmica: despertar pokemons e cria-los em laboratório por mãos humanas era brincar de Deus. E apenas para satisfazer o ego humano, como eu já ouvi argumentarem... Os Mewoids são um assunto muito delicado até os dias de hoje. Inclusive é abordado por lideres de partidos políticos como plataformas...

Ainda se eles fossem o único problema enfrentado por nós. Todos os dias, fora os desastres naturais arrasando lentamente Jotho, problemas sociais continuam em costante crescimento. Pobreza por todos os lados, violência, corrupção nos cercando por todos os lados nos mundo político, a medíocridade e hipocrisia humana já não conhecia mais limites. Nossa sociedade estava sucumbindo lentamente... E parece que pouca gente percebe isso. Aposto como nem o sr. Patterson da TV percebe isso. O mundo está acabando...

- - - - -

Quando entrei no ginásio, reparei como o lugar estava mal iluminado - tão mal iluminado que a retina dos olhos de Pigeotto brilhavam ao refletir a pouca luz. O chão era de madeira laqueada, que circundava uma ampla e rasa piscina natural, com uma grande caichoeira cercada de terreno elevado. Devia ser bem quente, pois o lugar estava abafado por uma cortina de vapor Mas vi que tinha algo diferente lá... Parece que tinha uma pessoa grande sentada, se banhando sob as águas freventes da caichoeira. Uma pessoa BEM grande...

- Com licença... - disse, retraída - Eu gostaria de desafiar o líder do ginásio...

Minha voz fez eco pelo perímetro. Pigeotto olhou em volta, assustado com minha voz. Tirei então os sapatos e as meias, mergulhando os pés na rasa piscina cuja água que ardia em calor latente em meus pés; tão rasa que não passava de meus tornozelos. Lentamente me aproximava da silhueta sob a caichoreira, constatando cada vez mais o tamanho descomunal daquela figura.

- Erm, com licença - limpei a garganta - Queria saber se podia falar com o líder do ginásio, senão eu poderia voltar... Outro... Dia... - Conforme a figura se erguia de sua pose de pernas cruzadas, eu ia perdendo a minha capacidade de formar alguma frase que fizesse sentido.

Leitor, visualize a maior pessoa que você ja viu em toda a sua vida. Certo? Agora imagine uma pessoa 2x maior.

Pois bem... Ele era um homem enorme, monstruoso, devia ter 2,50m de altura. Seus músculos eram bastante desenvolvidos, seus cabelos eram compridos e negros como a noite sem luar. Tinha um adorno na testa que me lembrava algum tipo de lutador, trabalhador braçal, algo do gênero. Suas calças vermelhas estavam ensopadas e, descalço, como deveria ter imaginado. Um estranho cinto de espessas bolas de mármore prendiam enormes estacas de madeira em sua cintura, cuja utilidade sequer passava pela minha cabeça (cuidado com a malícia). Tinha até metade dos braços enfaixada e protegida por luvas espessas de lutador. Em suas costas, uma enorme tatuagem circular, e em seus olhos o fogo de um guerreiro incessante como um huno furioso. PÂNICO foi pouco comparado ao que eu senti na hora...

Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final - Página 4 Haruhara

Fora isso tudo, ele tinha uma aura... Diferente. Provavelmente se eu não estivesse "espiritualizada", não estaria aberta para detectar uma aura tão poderosa. Entendi então que essa energia misteriosa emanada de seu corpo fosse resultado do treinamento árduo do lutador. Não da matéria, e sim do espírito - elemento fundamental se você quiser se tornar um guerreiro de verdade.

- Deseja me desafiar?... - voz grave e poderosa como a de um trovão. A esta altura, o PÂNICO está tomando conta do meu ser.
- ... S-sim, pela insígnia da liga...
- Então prepare-se. - pelo menos ele não era um homem de rodeios.

De início, não tive dificuldades. Por menor que fosse a quantidade de água, Feraligator não teve dificuldades para nocautear o pequeno Medicham em questão de segundos. Estava se tornando mais agressivo nos combates, e não nego que isso em certa altura me preocupou. O humanóide de pernas fortes várias vezes não pareceu preparado para lutar contra um pokemon massivo como Feraligator... Talvez não tivesse atingido o ápice de seu treinamento.

Contra Poliwrat, mandei Weepingbell. Para um pokemon que eu raramente usava, ele se mostrou tremamente habilidoso para quem ainda tinha um estágio a evoluir. Quando Poliwhrat correu em sua direção, pronto para lhe acertar com as grandes mãos impulsionadas pelos massivos músculos de seu corpo azul, Weepingbell o chicoteara com sua Vine Whip e até o levantou com elas, mostrando o quão podia ser forte. Em seguida, o atirou para cima (até o líder do ginásio se assombrou com aquela abordagem) e inflou seu corpo, como se estivesse prendendo algo que estivesse prestes a sair. Então, Weepingbell literalmente "vomitou" uma grande quantidade de folhas afiadas, atirando uma larga quantidade delas em direção de Poliwrath, que desmaiou sem sequer lhe causar um arranhão. Na época eu não entendia, mas Weepingbeel tinha um ataque muito poderoso para alguém do seu tamanho, e se chamava Leaf Storm.

Enfim, seu último pokemon. Quase tão alto quanto o dono, o humanoide tinha feições de uma ave e um corpo de músculos trabalhados para serem ágeis e potentes. Suas garras feririam ainda mais qualquer soco ou tapa que desse no oponente. Aquele Blaziken se aproximou do centro da piscina, me olhando nos olhos, enquanto eu trocava de pokemon.

- É agora. Dê seu melhor, Pigeotto...

A batalha não estava sendo fácil para Pigeotto. Era fácil de resistir ao seu Gust, e Blaziken dava saltos tão loucamente altos que era até possível dizer que estava voando. Em certo momento, enquanto Pigeotto voava para escapar de seus ataques, o lutador ergueu-se do chão e, dando um giro no ar diante de Pigeotto, acertou-se com a parte traseira da poderosa perna, atirando a ave contra o chão. A asas não pareceram amenizar o impacto, e tampouco a água. Mas já estava na hora... Agora era a vez de Pigeotto mostrar seu melhor!

Quando Blaziken pousou seus pés na água, Pigeotto ascendeu os céus. Pareceu uma visão divina. Seu corpo brilhando atingiu a abóboda do ginásio e, numa explosão de luz, ouve-se seu arrulhar majestoso de Rei das aves rapineiras. Seu corpo ficou ainda maior, tornara-se mais alto do que eu. Suas asas agora atingiram uma envergadura suprema de quase 5m de largura. Sua majestosa cabeleira colorida tremulava no ar, e quase chorei ao reconhecer naqueles olhos o amável e gentil Pidgey que eu havia capturado a tão pouco tempo atrás.

Agora ele arrulhava para Blaziken, estático no chão, desafiando-o. Topando o desafio, o pokemon correu em direção às elevações de terra, saltando sobre cada uma como quem subia uma escada. Enquanto isso, Pigeot descia num rasante rapidamente, sem precisar balançar muito as grandes asas que agora usava para planar. Chegando na última, Blaziken preparava seu punho em chamas. Quando Pulou na direção de Pigeot para acerta-lo, este ergue-se numa velocidade incrível e atravessa a lateral do corpo de Blaziken, fazendo-o girar no ar, nocauteando-o com um único ataque de seu poderoso bico. Ali nascia o Às Aéreo (Aerial Ace)

- Seus pokemons são muito poderosos... - admitiu o líder, sem mudar a expressão séria em seu rosto - Admito uma derrota honrosa. Você... Tem um futuro brilhante pela frente. - virou-se de costas - Qual o seu nome, criança?
- ... Juri. Juri Hartbel.
- Juri... - ele pareceu pensativo ao olhar para o horizonte. Blaziken, ao seu lado, também parecia intrigado com meu nome.
- Nós... Nos conhecemos?
- Não. - ele respondeu imediatamente - Mas... Um dia, quem sabe, possamos nos encontrar novamente.
- Hã? - me espantei. Ele agora havia atiçado minha curiosidade - Como assim?

Sentou-se de costas novamente, voltando a se banhar na água quentíssima da cachoeira.

- O nome... - concluiu - É Haruhara.

Supus então, por uma brilhante dedução, que ele se chamava Haruhara. Imaginei o que ele queria dizer com aquilo? Porque, de alguma forma, o que ele disse parecia ter algum sentido? Esta estranha certeza ficou muito incerta em minha cabeça por pouco tempo... Estava muito feliz por Pigeot! Na saía, ele acariciou minhas bochechas com sua cabeça, me afagando com todo o seu jeitinho carinhoso de ser. Mas infelizmente agora ele já não cabia no meu dedo, se bobear eu que cabia em suas garras agora!... Pensamento sórdido.

- - - - -

- Ai, amiga, você demora demais! - Tania, impaciente, me aguardando na porta do lado de fora do banheiro.
- Esperaí, pô, to quase pronta!
- Quer que eu te ajude?
- Não! - respondi, até com certa grosseria. Tenho pavor de mulher me vendo trocar de roupa... - Okay, tô pronta. O que você acha?
- Vai arrasar, menina! - ela deus pulinhos toda animada, batendo a mãos - Isso tudo é pro seu bofe, é?
- E-ele não é meu bofe!... - corei.
- Aah, vai falar que você nao quer passar uma ÓTIMA impressão pro seu cavaleiro galante de corcel metálico?... - passou o braço por baixo do meu, então começamos a caminhar juntas.
- A primeira impressão ja foi dada. Eu estava numa lambreta a 40KM/h na estrada, Tania!

Rimos. Mas... Talvez não fosse tarde demais para uma segunda chance.

Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final - Página 4 Wishmur_kimono

A noite estava perfeita. Toda a cidade estava em festa! Pelas amplas ruas de areia, crianças corriam, pessoas conversavam animadas, as barras fervilhavam de clientes, os tambores tocavam conforme as batidas de cada coração alegre pela chegada do verão. Pokemons, jovens e adultos, grandes e pequenos - assim como as pessoas-, passeavam livremente e interagiam uns com os outros. A Polícia Federal, símbolo da protação e segurança continental, marcava sua presença com sua vigilância impecável e evitando qualquer tipo de baderna. Boa parte das pessoas usavam a vestimenta tradicional, o kimono - alguns pokemons inclusive tinham acessórios como os treinadores. A maioria dos kimonos são inspirados em algum pokemon em especial: o que eu usava era de Wishmur, rosa com detalhes amarelos, e o de Tania era de Mantine - azul, com detalhes e estampas de bolhas azul-claras nas extremidades. Tania é uma menina jovem e bonita, e aquele kimono a deixava ainda mais atraente... Na opnião masculina, é claro!

Libertamos nossos pokemons, afim de que eles ficassem livres como os olhos durante os festejos. Pra variar, Feraligator e Sudowoodo adoraram a idéia... Foi quando me lembrei de uma coisa importantíssima! Tirei a Leaf Stone do bolso e toquei Weepingbell com ela. Diante de todos, Weepingbell alegremente semergiu numa luz que dobraria o tamanho de seu corpo. Seu grunhido era agudo e penetrante agora, mas quem ligava? Victreebel era muito alegre e não faria mal a uma mosca. Bom, tecnicamente não... Coloquei um acessório em cada pokemon para que pudesse identificá-los, conforme o conselho de Tania. Em Fera, pus um lenço branco na cabeça. Pigeot, um colar de conchas que havia acabado de comprar. Golem também ganhou um lenço, e Sudowoodo também. O único que sobrou fora um bem grande e vermelho, que amarrei em Victreebel.

Conforme curtíamos o festival, uma coisa no palco me chamou a atenção. Um gigantesco tambor, que devia ter uns 5m de raio, era cercado por dois exuberantes Arcanines e estava sendo tocado por um homem enorme... Haruhara! Sim, era ele, o líder do ginásio! Então para aquilo serviam as estacas... Haruhara tocava o tambor com o coração, e talvez isso deixasse a melodia com a cara dele, uma música forte do pulsar do coração de um guerreiro. Tania estava hipnotizada... Eca! Não sabia que ela gostava desse tipo de cara!

- GENTE, socorro!! - uma voz aguda e forçada surgiu por trás de nós.

As pessoas se afastavam. Victrebell estava olhando de forma assustadora para um rapaz, e ao seu lado estava apenas um Persian preparando-se para dar o bote caso a planta tentasse alguma gracinha - mas acinda receoso em atacar. Corri para aparta-los, antes que Victreebel engolisse o rapaz pro completo numa só bocada.

- Victrebell, o que é isso?! - bronqueei - Você ia mesmo partir pra cima dele?
- Se acalma, moço, ela já parou... - Tania tentava acalmá-lo.
- Essa coisa quase que engole viva!! - exclamou bem alto - Erm, quero dizer, vivo! Aprende a educar seus pokemons antes de sair soltando eles por aí, garota!

Ele tinha uma voz bem... Afeminada. Um corpo bem... Curvelíneo também. Caucasiano, seus cabelos castanhos ficaram bem eu seu tom de pele. Tinha olhos verdes lindos, e lábios também bastante atraentes. Mas... Aquilo era rímel nos olhos? E... Brilho labial transparente? Ele não estava de kimono, então... Ele andava na rua daquele jeito mesmo? Que adianta ser tão bonito assim se... Aah, esquece. Sem comentários! Se não era... Parecia. Parecia DEMAIS!

Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final - Página 4 RIVALup_Kenny

- Espera... - ele disse - E-eu me lembro de você!

Victrebell reagiu bem àquelas palavras. Estranho... As coisas pareciam estar fazendo sentido agora. Victrebell é alegre e dócil, jamais atacaria alguém... Sem um bom motivo.

- Aaaahh! - foi o grito mais afrescalhado que eu já tinha ouvido ao vivo em toda a minha vida... - É você!! É você mesmo!
Victreebel grunhiu como se ele estivesse certo.
- Foi você que o abandonou, não foi? - disse, olhando para ele.
- Ai, por favor, não falem alto! - ele se aproximou de nós, como se ele nao estivesse gritando momentos atrás... - Eu posso explicar...

Nesse momento, olho na direção de uma caverna. Ouvi um voz vindo que lá, que parecia o eco de outra voz pedindo socorro. Pensei que fosse minha imaginação, mas ela voltou com ainda mais intensidade. Sabia que aquilo era algo que podia se tornar um alvoroço em todo o festival. Olhei para Tania e o rapaz. Ele chorava de forma exagerada e ela tentava acalma-lo. Percebi que era o momento. Se eu fosse sozinha, poderia resolver aquilo sem chamar a atenção de ninguém. O problema era que eu havia esquecido que meus pokemons estavam soltos pela festa...

A caverna era fria e escura como breu. Usei a luz forte, porém limitadíssima da minha PokeGear para iluminar o caminho diante de mim. Exatamente, diante de mim - portanto não havia visto quando pisei sobre um buraco no chão, que abria um túneo para a parte subterrânea da caverna. Saí gritando e rolando pela passagem aberta no chão, e notei que a voz de socorro se intensificava. Chegando no final, saio rolando no chão de terra; ergo um pouco meu corpo e cuspo toda areia que acabei ingerindo. Levanto a cabeça e pude entender de onde vinham os gritos.

Eles eram... Idênticos, Irmãos gêmeos. Tinham feições escandinavas, e cabelos louros-claros legítimos. Seus olhos eram de um azul claro e penetrante, apesar dos rotos expressarem caracteristicas diferentes. O que estava de pé tinha feições levemente mais sérias. O outro, caído no chão, tinha olhos um pouco mais expressivos. E como eram espressivos, estavam vermelhos de chorar de tanta dor! Céus, ele estava ferido no pé! Tinha uma armadilha para pokemons fincando os dentes afiados em seu pé!

- Meu deus!! Como isso aconteceu?! - me aproximei de seu pé, analisando-o. Muito bem, poderia tratá-lo com o kit de primeiros-socorros - Espere só um pouco, eu vou...

Notei o quanto eles me olhavam fixamente. Como... Se estivessem tentando me reconhecer. Notei também seus trajes com detalhes: usavam regatas pretas, calças compridas um pouco menos pretas e botas de couro sob as abas. Tinham estranhos retângulos pintados no corpo, três em cada ombro e dois menores em cada lado da bochecha. Tinham espessos colares de amuletos próximos aos seus corpos e... Tinham pokemons também! Um Espeon, com os olhos compridos, estava próximo do que estava deitado; e um belo Umbreon observava tudo ao lado do gêmeo que estava em pé.

- ... O que aconteceu?

Eles se olharam e, por maior que fosse a dor do outro;, ambos sorriram largamente, dando feições novas àqueles rostos jovens e bonitos. Mas, o que estariam pensando? Eu, com cuidado, havia acabado de retirar a armadilha do pé do gêmeo ferido. Retirei sua bota com cuidado, acabando por arrancar alguns gemidinhos abafados de dor. Os dentes abriram buracos em seu pé, não eram profundos, mas podia se ver o sangue saindo, em forma de linha reta. Enquanto limpava o seu pé, ouvi o gêmeo maior dizendo, se agachando perto de mim:

- Você realmente não se lembra de nós? - voz doce e suave. Sensual? Um pouco.
- N-Não, na verdade eu...

Eles se entreolharam novamente e riram baixinho, sorrindo novamente. A dor do outro parecia ter sumido de vez... Não entendia o que estava acontecendo. O seu jeito de se vestir me era muitíssimo familiar, mas não lembrava de onde... Mas mal esperava que aqueles dois fossem ter tanta influência na minha vida... E na minha missão.

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Mensagem por Mineral_Treiner Sáb 24 Out 2009 - 19:43

sua fic é boa demais,cheio de misterio,intriga e uma pitada de romance
o ruim dela é que vc erra os nomes de ataques e de pokemons,pq são:Feraligatr,Pidgeot,etc
espero ancioso o cap
(me avise quando abrir vagas)
adios

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Mensagem por Tropius Sáb 24 Out 2009 - 19:54

Incrivel!
O melhor episódio até agora. Só acho que tem homem demais.
Será que terá um conflito entre o carinha da ponte e o primo da Juri?

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Mensagem por Mag Sáb 24 Out 2009 - 21:34

Nossa muito bom (só num postei antes, por que minha mãe fica mi enchendo o saco toda hora e minha irma tbm)...
Acho que depois que Juri voltar pra casa do "amigo" dela, vai acabar dando um conflito entre ele e o outro cara que apareceu (não mi lebro o nome deles^^)!
Parece que agora todos os pokémons dela estão evoluidos já ne? (Feraligatr, Golem, Victreebelt e Pidgeot... Entei e Swdoodow) Legal!
O unico problema, é que teve umas tres plavras (que mi lembre) que tipo você escreveu um pouco errado, mas isso não atrapalha, pois tipo: se vc queria escrever atrapalhar, o erro fica assim: atrapalhra... (da uma trocada, isso acontece com todos!).
A e sobre o que você disse dos capítulos estarem sendo grandes: Estão sim, mas eu acho bom! Só acho ruim pra quem ta escrevendo mesmo, quando o capítulo fica grande de mais, acaba que fica meio que enjuativo ficar escrevendo... Então se você acha isso, pode diminuir um piouco o tamanho dos capítulos, mas se pra vc está tudo bem, pra mim tbm tá^^!
Até mais.

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Mensagem por Bakujirou Sáb 24 Out 2009 - 23:33

Olha... Apareceu mais treinadores desta vez... Juri ficou impressionada com a chegada do cara da motoca. Afinal das contas, eles vão se reencontrar no festival? Ela poderá cumprir a promessa que fez ao Kevin?

Eu gostei do tal Haruhara, o Gym Leader de Cianwood... 0-0! O desenho ficou muito bom, e o Blaziken está ótimo...

Hmmm... O time de Juri está completo, pelo que eu vejo... Será este time dela, até chegar na parte final da fic, né?

Os fios soltos estão se amarrando, o Weepinbell acabou ficando muito irritado ao ver o seu treinador original, fora outras coisinhas... Enfim, estou gostando muito de ler a fic, não me importo muito com o tamanho dos posts, eu até prefiro ler a fic do jeito que está. Eu estou bem entusiasmado com a fic, ela está ótima... Aguardo pelo próximo capítulo, anciosamente...

*-*
Edit: Foi uma boa ideia, providenciar mídias de áudio pra acompanhar a fic, isso é bem legal... /o/

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Mensagem por Yuhh Dom 25 Out 2009 - 0:19

Olá!

Gostei muito da parte que o Graveler evoluiu para Golem, muito legal! Você tem um dom de escrever e cativar o leitor!

Continue assim

Att,

Yulian Moraes

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Mensagem por Condemner4000 Dom 25 Out 2009 - 19:41

Há, muito emocionante!
Me prendeu no PC por umas 4:00!
Valeu por escrever algo tão bom!
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Frase pessoal : umas coisa louca né


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Mensagem por Dragoning Ter 27 Out 2009 - 14:55

Gostei muito e admiro seus desenhos parabeéns
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Mensagem por Kirehana Yurika - Nanda Ter 27 Out 2009 - 23:01

Spoiler:


Nota da autora: alguns fatos serão narrados oniscientemente. Boa leitura!

- Música: Offenbach - Orpheus in the Underworld (Can Can)

Capítulo 6 - Festival de Verão em Cianwood! (Parte 2)

- Erm... Tá tudo bem?
- Tá tudo ótimo! - disse o até então ferido, sorrindo largamente - Principalmente depois de você ter me ajudado... Muito obrigado!
- Ora, não há de quê - enrolei uma mecha da franja entre os dedos, um pouco sem graça e confusa - Mas... O que vocês quis dizer com "não está nos reconhecendo"? Já nos vimos alguma vez?
- Sim, mas você não sabe. - o outro, ainda próximo de mim, decide sentar-se no chão, apoiando uma das mãos nele e a outra num dos joelhos distanciados.

Então como esperavam que eu me lembrasse?

- Somos os sacerdotes que realizaram seu ritual de espiritualização no ginásio do sr Morty. - disse o ferido - Nós literalmente abrimos sua alma pro mundo espiritual. Coisa que é normalmente feita em velórios... - ele pareceu pensativo.
- O quê?! - exclamei, surpresa.
- Idiota! - repreendeu o outro - Ele não quis assustá-la, tenho certeza disso. Só... Esperava que se lembrasse de nós pelo jeito que nos olhou. Você também parecia nos reconhecer.
- Ooh... - ele era religioso, e tinha um "sentido" aguçado para ver isso nas pessoas... - É que vocês me lembram muito uma menina que eu vi, um pouco antes... Daquilo acontecer.

Eles arregalaram um pouco os olhos, intrigados com o depoimento. Até seus pokemons pareciam entender o que eu havia dito.

- Que menina? Quero dizer... - disse "o mais velho" - Como ela era?

Conforme eu descrevia sua aparência, via seus rostos tornando-se cada vez mais estáticos, principalmente ao citar a máscara pintada e o Jolteon ao lado dela.

- Essa menina que você viu, Juri - não me surpreendi tanto com o fato que o "mais velho" soubesse meu nome - Se chamava Kei. Ela é uma das nossas.
- Ela... Vocês são um grupo, é isso?
- Mais futuramente você vai descobrir mais sobre nós. - sorriu o "menor" - Bom saber que você se encontrou com um de nós antes da gente.
- Não sei se gostei disso... - cruzei os braços, irritada ao me lembrar dela - Ela é muito prepotente...
- Bom, ela pode ser um pouco implicante com quem não conhece. - o "maior" ficou o cabisbaixo - Nós relevamos essas coisas chatas nela, mas ela também tem qualidades. E considerando outras coisas...
- Considerando o fato dela ser prepotente E irritante?
- Considerando o fato dela ser cega.

Eu fiquei em silêncio imediado. Eles ficaram um pouco sérios, mas não pareciam preocupados, como se já estivessem acostumados com a sentença da colega. Mas em momento algum ela pareceu transpassar isso! Se movia naturalmente, principalmente olhou na minha direção, como se conseguisse ver por baixo daqueles olhos pintados de preto... Pensei talvez que ela tivesse ajuda do Jolteon; ou que tivesse algum "sexto sentido", entre outras idéias bizarras.

- Eu... Eu não sabia.
- Ninguém sabe até a gente contar. - o menor - Falar em contar, não deixa de ser tremenda falta de educação não nos apresentar-mos!
- Prazer, meu nome é Yurichiel. - disse o gêmeo, como se os pensamentos de ambos estivessem em sincronia - E este é meu irmão, Ezequiel. Por termos nome um pouco difíceis de gravar, principalmente pelo fato de sermos iguais, preferimos que nos chamem de Yue, ou Zeki.
- Bom, eu sou Juri. - sorri, como quem estava se apresentando pela primeira vez - Fico feliz em conheçer as pessoas que me tornaram livre da energia sinistra daquele sino...
- Hummm... Na verdade, há umas coisas que precisamos lhe falar sobre ele.

Ele deu uma longa pausa. Ambos fechando os olhos, como se estivessem organizando os pensamentos.

- Como você pode constatar, aquele gizo era longe de ser ordinário. - começou Yue - Sua função principal não é de atrair pokemons selvagens, e sim invocar algo bem maior...
- E, o que seria isso? Um pokemon?
- Sim, um pokemon muito forte. Um deus, pra falar a verdade. - Zeki.
- Um... Um deus? - senti a respiração faltar por alguns segundos.
- Ele é uma das relíqueas mais antigas datadas de toda a história humana em Jotho. - completou - Foi protegido por muito tempo por monges das religiões mais antigas daqui. Mas, diante de certas situações... A vinte anos atrás ele foi entregue a uma pessoa, que deveria estar cumprindo a missão à qual VOCÊ foi incubida...
- Essa pessoa...
- Sim. Seu pai, Juri. - disse Yue - Ele quem deveria estar guardando o sino agora. Mas por alguma razão, ele passou o sino para você. E por alguma outra razão, sabia que ele iria aceitá-la... - sorriu.
- Ele quem?... O sino?
- Seu pai era a única pessoa na qual os monges acreditavam ser capaz de guardar o gizo. Mas parece que não foi bem isso... O gizo aceitou você como guardiã. Do contrário, as consequências seriam terríveis... - Zeki levou a mão o rosto ao completar a sentença, horrorizado entre seus pensamentos.

Engoli seco.

- Bom, mas é ótimo saber que acabo de encontrar mais gente pra me ajudar! Apesar de ainda estar muito confusa sobre o que realmente é essa Missão... - me ergui, em seguida eles se levantaram também. Zeki não mostrou dificuldades para se manter de pé.
- Heh, você saberá de tudo quando chegar a hora. - Yue, apoiando o irmãos nos ombros, por precaução.
- Mas afinal, o que vocês estavam fazendo aqui? Não que devessem, mas imagino que estivessem no festival...
- Bom, já que está aqui com a gente, pode saber. - Zeki, temeroso que o irmão o corrigisse - Foram relatadas aparições de Clefairys nesta caverna, coisa que não é muito comum de se ver. Estamos aqui para investigar seus hábitos noturnos e descobrir um pouco sobre o ritual de espiritualização delas.
- Delas? E Clefairys fazem rituais?
- Se fazem. Seria uma expriência única ver um com os próprios olhos. Mas... A gente nunca espera pisar num desses. - olhou com o canto dos olhos pra a armadilha de pokemons.
- É uma crueldade isso... - fiz não com a cabeça - Dá pra acreditar que ainda nos dias de hoje, alguém é capaz de fazer uma coisa dessas?

Eles concordaram. Mas agora que estávamos presos ali, teríamos que achar uma saída logo.

Ao percorrer pelos estreiros e escuros corredores abertos rusticamente pela caverna, pôde se notar quase a total ausência de criaturas vivas por ali. Parecia que não era muito habitada por pokemons... Conforme prosseguíamos, em certa altura, podia se ouvir uma espécie de melodia lúdica. Guiados pela nossa audição, nos movemos pelas bifurcações entre nos túneis, até chegarmos num campo aberto fora da caverna.

O campo era perfeitamente redondo, cercado pela caverna. No centro, uma porção mais elevada, com um tipo de pedestal fincado em seu eixo. Escondidos, observamos as alegres criaturas saltidando como se não tivessem peso algum, e cantando uma envolvemente melodia, como se estivessem prestes a invocar algo. Deviam ter umas cem delas. Nossos olhos brilhavam e saltavam para fora do rosto: as estrelas naquela parte do céu pareciam tão mais brilhantes! Pareciam... Estar dançando e acompanhando o ritmo da canção.

- Tome nota, Zeki. - disse o outro, baixinho e vidrado na cena. Tecnicamente, é claro - As estrelas estão se alinhando...
- Elas devem ser mesmo muito poderosas. - comentei.
- Individualmente não. Mas em conjunto são incrivelmente fortes...
- Por que a gente tá se escondendo? Elas não gostam de ser incomodadas?
- Mas ainda não se sabe bem porque elas o realizam. Há relatos que elas se tornam bastante hostis durante esse ritual, onde parecem entrar estado de transe...

Quando ele conclui sua frase, um ruído extremamente alto e agudo, que parecia muito com um grito histérico, ecoa pelos arredores. Depois, silêncio mortal. Elas param de cantar, e nós nos tornamos imóveis, com o coração a mil sob as pedras. Até os Eevolotuions pareciam paralisados, com o corpo duro e as caudas esticadas para cima, olhos arregalados e dentes rangendo. O barulho veio de um instrumento de percussão branco nas mãos de Zeki.

- Zeki, você tá ficando doido?! - exclamou o outro, baixinho.
- Mas se a gente não falasse alto, como a gente saberia se elas realmente estavam em transe?! - falou alto. Péssimo, Zeki, péssimo!

Elas estavam eretas, de costas para nós. Lentamente viram seus corpos em nossa direção, apenas virando-os com os pezinhos fincados no chão, como se agora outras forças tivessem tomado conta delas. O silêncio e o escuro da noite tornaram esta cena macabra e assustadora. Então, elas abrem seus olhos, tomados por uma luz brilhante, e começam a marchar em nossa direção. Aquele era o chamado da morte: Cle-fai-ry, Cle-fai-ry!

Àquela altura não se podia fazer muita coisa. Só tivemos tempo de nos levantar e correr, usando toda a nossa adrenalina como combustível. Zeki parecia estar recuperado, apesar de não correr muito rápido pelos corredores, que logo foram ficando cheios de Clefairys atrás de nós e um pouco iluminado pela luz macabra dos seus olhos. Ele então foi o único que teve a coragem (ou cara de pau) para olhar por cima dos combros e constatar as Clefairys entupindo os túneis, quase pisoteando umas às outras, como lipídeos numa corrente sanguínea.

Impulsionado pela visão aterradora, Zeki correndo com ainda mais desespero e acabou por nos atingir, fazendo rolar para dentro de um lago dentro da caverna. Estava frio e não se enxergava um palmo diante do rosto, e não há sensação pior do que você cair na água nessas condições sem saber nadar... Senti uma leve corrente me levando, e eu apenas balançava os braços, gritando por socorro e quase me afogando por conta disto.

- Juri!! - ouvi a voz de Zeki gritando para mim - Juri se acalme, a gente tá aqui!!
- Se apoie em meu Umbreon!! - disse Yue, com seu pokemon me socorrendo. Umbreon se posicionou sob meu braço, e o mesmo fez Espeon, para equilibrar meu corpo entre os dois.

Podia sentir suas patinhas se movendo na água ao meu redor. Os rapazes eram ágeis na água, e Espeon iluminou um pouco o lugar com a jóia em sua testa. Era incrível como eles conseguiram me ouvir, principalmente com aquele barulho tão alto... Que só depois de analizá-lo, pude constatar o perigo.

Longe de nós, havia uma queda d'água. Espeon, que iluminava a margem repleta de Clefairys balançando os bracinhos, agora direcionara sua jóia para frente, revelando metros para caírmos de uma larga catarata. Eu gritei de forma histérica, mas não movi um músculo. Ouvi os rapazes discutindo, dizendo que Zeki causou aquilo tudo, e etc. Era verdade, mas nada podia ser feito àquela altura. Zeki então (para nossa surpresa...) teve uma idéia:

- Aqui!! - vasculhou os bolsos, acabando por submergir um pouco. - Tome, toque!! - ele pôs diante de mim uma espécie de flauta branca, com detalhes dourados.

Eu sabia o que era. Na Escolhina, fomos ensinados sobre as propriedades das Flautas (que dependendo da cor, podem ocasionar uma série de fatores) e como tocá-las. Aquela era uma Flauta Branca, e servia para invocar pokemons selvagens - como o meu Wave Bell fazia naturalmente. Mas no branco do desespero, eu apenas a assoprei com força, fazendo um barulho agudo e nada musical.

- Você não sabe tocar uma PokeFlauta?! - Yue, exclamando.
- Eu esqueci!! - lastimei.
- Dá licença!!

A força da catarata nos puxava cada vez mais intensa. Yue pegou a flauta em mãos e, com dificuldades para manter o corpo fora d'água, tocou a melodia de alguns segundos para invocar os pokemons. E nada até então. A catarata se aproximava, o som da água batendo nas rochas no fundo dela estava se tornando mais intenso. Ir para as margens era impossível: um exército de Clefairys furiosas nos aguardavam. A água começa a se mover bastante, como se algo grande surgisse do fundo. Aparecem então dois grandes Lapas, adultos e robustos, com seu rugido gentil ecoando pelo lugar.

Funcionou!! Havia funcionado! Eles eram criaturas muito gentis, e decidiram nos ajudar. Um tinha um olhar determinado e masculino, com o corpo um pouco mais musculoso e o chifre um pouco mais protuberante. A outra era um pouco menor e menos robusta, com olhar dócil e chifre pouco destacado. Supus que fossem um casal (imagino o que havíamos interrompido?...). Se aproximaram de nós e, com seus pescoços fortes, nos ajudaram a montar sobre suas costas revestidas com o rijo casco. O macho levou os gêmeos nas costas, enquanto a menina me levou com os seus pokemons.

- É agora!! - gritou Yue, prendendo-se nas protuberâncias dos cascos - Se segura, Juri!!
- Aguentem firme!! - gritou Zeki, referindo-se também aos seus pokemons.

De repente, o inesperado. As Clefairys em batalhão, invadiram as águas e começaram a nadar, nos seguindo e ajudadas pela força das correntes. Os Lapras viram a catarata diante deles e se olharam como se estivessem dizendo "hã?". Muito bem, desceríamos a queda d'água: mas quem disse que eles sabiam Waterfall?

Estávamos despencando numa velocidade avassaladora, e tive que tomar cuidado para que minhas roupas íntimas não aparecessem por baixo do kimono esvoançante (principalmente por estarem molhadas). Sinto o PokeGear vibrando em meu peito antes de finalmente atingir a água sobre nós.

...

- ...Alô? - atendi, com meu corpo estirado sobre as costas da Lapras fatigada. Por sorte, todos estavam bem.
- Finalmente você atendeu! - ouvi a voz do rapaz de moto daquela manhã do outro lado - Onde você está?
- Na m*rda, moço...
- Quê isso? - Zeki e Yue estavam esticados como roupa no varal nas costas do Lapras macho - Vasculhei todo o lugar e não te vi...
- Pede pra ele vir aqui!! - Zeki esgoelou, ao ver as Clefairys se atirando de cima da catarata como saltadoras de trampolim profissionais - Pega a entrada sul!!
- Que entrada sul, mané!! - Yue - Tem que ser pela oeste!!
- Sul!!
- Oeste!!
- O que é isso?... Menina, você tá na Caverna de Cianwood?! - ele se assustou.
- É uma longa história, mas acabamos de cair de uma catarata e - elas haviam mergulhado - TEM CLEFAIRYS QUERENDO PEGAR A GENTE!!
- A catarata? Aah, eu conheço!! Só siga reto, eu já apareço!!

- - - - -

O córrego do interior da caverna desaguou no lado de fora da caverna, num pequeno lago. A decida era muitó ingríme, de tal forma que quando saímos, fez parecer que estávamos sendo cuspidos para fora de lá. Os Lapras estavam assustadíssimos e ofegantes, de tal forma que seu peito respirando nos levantava de suas corcovas. Olhei para os rapazes e sorri... Estavam todos bem, apesar de cansados também. Eles sorriram pra mim, como crianças prestes a caírem de sono...

- Heeey! - ouvi a voz do motoqueiro - Hey, aí está você!

Olhei para o céu e ele estava descendo na minha direção em seu Peliper, que o levava nas costas sem esforço. Assustados, os pokemons submergiram, me deixando sozinha sobre o Lapras fêmea. Mas ele não estava a sós: do céu surgiu uma pessoa montada num pokemon grande, de longas asas reptilianas. Uma brisa suave bateu, beijando nossos rostos molhados e fazendo-os gelarem um pouco. O rapaz pousou ao lado da grande criatura, admirando-a um pouco, depois me segurando pela cintura para me tirar de lá.

- Mas que confusão você se meteu, hein? Clefairys? - riu um pouco.
- Espero não ser seu destino ter sempre que salvar minha vida. - me pôs sentada de lado em sua frente nas costas de Peliper. Nessa hora, me lembrei de como Tania havia se referido a ele como alguém que montava num Corcel Metálico...
- Não que isso seja um problema pra mim...
Tensão.
- Aliás, queria pelo menos ter um nome ao qual chamalá-la. - concluiu.
- ... Juri.
- O meu é Roy. Prazer em conhecê-la novamente, Juri. - Roy. Nome de nobre. Realmente devo considerar a idéia do Cavaleiro Galante também.

Apesar de, infelizmente para ele, cavaleiros em corceis não me interessarem. Minha cabeça estava mais exatamente do outro lado do oceano... Visualizando um surfista de pinguim com um coração de ouro...

- Não tinha mais gente com você?
- Como assim?
- Trouxe Kenny comigo para o caso de haver mais gente... Mas aqui só tem você.
- Não tem também os...

Sumiram, como se a brisa os tivesse levado embora como dentes-de-leão no ar. Eles eram tão misteriosos... Imaginava se teria a oportunidade de vê-los novamente.

- - - - -

- Então vocês já se conheciam? - perguntou Kenny, levando a redonda xícara de chá verde aos lábios.
- Não na melhor das situações, mais sim. - respondi, sem graça, ajoelhada diante de Roy - Eu devo muito à ele. E agradeço pela sua solidariedade, Kenny...
- Obrigada, querida, não há que dê. - limpou os lábios com um guardanapo - Era o mínimo que eu poderia fazer depois daquele vexame... - deu um tremelique afrescalhado só de se lembrar.

Estávamos num dos maiores estandes do festival. Nosa mesinha era baixa e perfeitamente quadrada, porém bem ampla para abrigar bastante alimento. Estávamos ajoelhados sobre macias amofadas, degustando da culinária local. Vozes por todas as partes e a cozinha bem visível de onde estávamos, e apesar disso, o clima nao era quente e abafado - e sim úmido e fresco. Estávamos próximos do amplo balcão, onde metade era ocupado por uma esteira de Sushi Bar e o outro atendia os clientes da forma tradicional: humanos anotavam os pedidos. Dentro da cozinha, podia-se notar humanos e pokemons trabalhando juntos para manufaturarem as deliciosas iguarias: enquanto uma dupla de habilidosos Hitmonlees preparavam os sushis, um Hareyama preparava a massa para os yakisobas e ramens que seriam servidos aos clientes com suas enormes mãos. Tudo fiscalizado e preparado coma ajuda de humanos também, e esse casamento resultou na deliciosa culinária de Cianwood!

Apesar disso, eu não comi muita coisa além de sushi e algumas ostras temperadas. Roy tinha um apetite voraz para uma pessoa com o físico tão rijo, nem me lembro de quantas coisas ele comeu! Kenny era exatamente o contrário: até então só o havia visto tomando chás. E ele parecia bem satisfeito.

Depois de conversarmos por um tempo, notei que Kenny na verdade me passara uma impressão errada. Realmente, ele era gay. Tão quanto, senão mais gay que uma cesta de piquenique. E admirei sua ousadia, porque ele mostrava e tinha muito orgulho da opção que tinha feito. Era uma pessoa extrovertida e bem expressiva, apesar de se desesperar com facilidade. Ele também fazia as próprias roupas! Não pude deixar de desconfiar pelo menos o mínimo que fosse de Roy... Por mais que seja errado duvidar da opção sexual de alguém só porque ele conhece uma pessoa homosexual. Mas, quando toquei no assunto sobre Victreebel...

- ... Aah, não é da sua conta. - respondeu, como se sentisse um pouco ofendido.

Roy nem fez questão de dar pausa, foi logo emendando outro assunto, como se quisesse evitar falar sobre aquilo. Era algo sério, disso eu tinha certeza. Mas não nego que, por mais arrogante que ele tenha sido, talvez realmente não fosse da minha conta... Naquela hora. Foi quando notei a almofada vazia ao meu lado que dei conta da ausência de alguém...

Longe dali, Entei passeava pelos arredores da cidade. Escondido entre o mato e terreno, como sempre costumava fazer... Infelizmente, não podia apareçer em público. Se lembrara de um lugar que havia visto uma vez em Cianwood: uma piscina natural, quase uma fonte termal, ampla e dividida entre três menores. Ocupado por vários Goldeens e Seakings, que ornamentavam as águas com suas belas escamas.Era um lugar lindo pra se visitar durante a noite, e bem isolado da agitação daquela noite me Cianwood. Entei só não esperava ser o único a ter aquela ideia.

Ao chegar lá, ele vira Tania parada diante de uma das fontes. Achou curioso, e usou suas ténicas de aproximação para analizar a cena. Ela se ajoelhou e pôs a mão na água. Os peixinhos, principalmente os jovens, se aproximavam curiosos, porém com medo. Depois que ela sorriu e mostrou ser carinhosa, os peixinhos começaram a acariciar suas mãos com a boca lisa, e permitiram que ela então os acariciasse. Entei nota que alguém se aproximava. Pela energia que emanava, parecia ser bem grande, e o cão lendário até duvidava se era realmente humano. Silenciosamente, posicionou-se no mato para atacar caso tivesse que fazer isso. O que não foi necessário...

- A cada ano você fica mais linda...

Ele sussurrou, abaixando-se perto dela. Ela se assustou e se levantou rapidamente, sem saber o que dizer. Ele estava... Diferente. Ainda era o cara que eu achava estranho, misteroso, mas estava diferente. Seus cabelos estavam soltos, apesar da estranha franja em seu rosto permanecer não muito maleável. Estava sorrindo, e a olhava de forma profunda, parecendo até um pouco... Corado. Se abaixar tanto para ficar no nível de Tania não foi problema, seu corpo era grande porém flexível. Fora que, para quem havia passado horas batucando um gigantesco Taiko, ele não tinha uma gota de suor na testa.

Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final - Página 4 Haruhara_love
(odeio quando um personagem parece totalmente diferente de perto X.X...)

- E-e-eu, me desculpe, não queria ter olhado pra você da-da... Daquele... - ela estava totalmente sem palavras. Haruhara recuou um pouco, na tentativa de acalmá-la.
- Não se sinta mal... Eu não quero se sinta confusa.
- Mas... Eu me sinto... - levou as mãos ao peito, com os olhos arrastando pelo chão, evitando olhá-lo - Nunca senti isso antes por alguém... Tão diferente...
- Isso a incomoda?... - ele pareceu ofendido.
- Não! Não, não é isso, é que... Não que isso nos impeça, mas... - olhou para ele, com os olhos tão acima dos seus - Nunca senti isso por um adulto...
- Tudo bem... Eu também nunca senti isso por ninguém - limpou a garganta. Assustador! - Quero dizer, por alguém tão jovem...

Entei não parecia estar entendendo. Mesmo porque eu imagino que seja difícil para cães lendários entenderem sentimentos como o amor passional. Haruhara passou sua mão no rosto dela, olhando-a como se estivesse hipnotizado. Deveria estar se sentindo tão confuso, tão estranho por amar alguém tão mais novo, ela sequer tinha 17 ainda! Mas sua fragilidade, sua meigice, provavelmente inexistente nas mulheres que conheceu, o atraía demais. E talvez Haruhara não fosse um gigante assustador para Tania como ele é pra mim... Devia ser um homem terno, honrado, que a protegeria de todos os males. Provavelmente diferente dos adolescentes que ela conheceu da sua faixa etária...

- Fique calma, está bem? Compreenda que jamais machucaria você ou seus sentimentos... Eu... - temeu em dizer, principalmente ao vê-la abraçando sua ampla cintura masculina.
- Sim?...
- Eu... Eu a amo demais, Tania. O que sinto por você eu jamais senti durante toda a minha vida. - ele pareceu bem sincero.
- sr Haruhara... Eu também sinto algo muito forte por você.
- Não me chame de senhor, Tania. Para você, eu sou apenas... "Você". - não muito habilidoso com as palavras, hein?

Tania riu. Achava graça na sua dificuldade para se expressar.

- Mas hoje vim com uma razão em especial.
- Uh?
- Quando voltar para a cidade, quero que entregue isto à sua amiga, Juri. - deu a ela uma sacola pequena, que se podia fechar e recheada de esferas marrons que pareciam comestíveis.
- Ah, é chocolate?
- Não. - respondeu sem graça - É o remédio para curar o Ampharos do Farol de Olivine. Eu mesmo que as fiz.
- Você é tão bom para as pessoas, Haruhara... - ela sorriu, com o rosto novamente em sua palma robusta - Mesmo assim ainda é tão... Misterioso para mim.
- Eu já vi muitas coisas, Tania... Mas, você também, é um mistério para mim. Provavelmente o maior deles...

Se abraçaram sob o luar. Entei conhecia aquele homem... De uma forma que eu ainda não sabia, mas eles se conheciam bem. Achava confuso a paixão dita como "normal", quem dirá a por pessoas de idades tão diferentes ou do mesmo sexo. Mas o romance não pararia por aí...

- Oi! - disse Feraligator, se aproximando de Meganium por trás, enquanto ela admirava o lençol marítimo e brilhante que se estendia diante dela, banhado pela Lua Cheia.
- Aah, você! - exclamou - Por favor, não me machuque! Não faça aquilo que fez em Olivine!
- Eeeu, machucar você?! Jamais! - abriu bem os braços e deu um largo sorriso, exibindo as garras e dentes afiados.
- Aah! - se encolheu.
- ... Oh, oooh, desculpe! - encolheu os dentes e pôs os braços atrás do corpo - Não tive a intenção de assustá-la em Olivine. Pra falar a verdade, só agora comecei a ver o mundo...

O troglodita agora parecia mais sensível aos olhos da criatura planta.

- Você já viajou bastante. Deve ter visto e conhecido muita gente bonita. - corou - Me desculpe se não é assim que eu devo dizer isso, mas você é a fêmea mais linda que já vi durante toda a minha vida!
- ... - ela sorriu, e corou. Mas depois pareceu um pouco desajeitada - Humm... Só você acha...
- Mas... porque diz isso?
- Olhe só pra mim. - ficou de pé - O que você vê?
- ... A fêmea mais linda que já vi durante toda a minha vida?
- Não isso. Não, quero dizer, não, ooh - balançou o rosto, confundindo-se - Não isso. Veja. - mexeu um pouco o corpo e as pernas - ... Quatro patas.

Ele quem não entendia nada agora.

- Tudo bem. - deu de ombro - O quê que tem?
- Quadrúpedes não são o que se considera exatamente bonito... - virou-se de costas, e sentou-se novamente em direção do mar - Bípedes tem vida boa... São bonitinhos, engraçadinhos, podem dançar, desenvolver outras habilidades que só aparecem com o uso das patas dianteiras... A maioria dos quadrúpedes é feio, desengonçado e sequer sabem correr direito... Assim como eu.
- Ah, quê isso! Também não é assim né?... - ele foi para o lado dela.

Ela sorriu.

- Rapidashes são quadrúpedes. Elas são elegantes e correm muito bem, fora que são mesmo muito bonitas!

Ele sorria, enquanto via o rosto de Meganium lentamente se tornar choroso. As lágrimas o assustaram, não entendia mesmo nada sobre mulheres... O grunhido abatido de seu choro abalou todo o seu ser, então pensou em algo. Olhou em seus amarelos olhos lacrimejantes e pediu que aguardasse...

Foi em direção ao mar. A água estava fria, e o choque térmico foi horrível, e repteis sabem bem o que é isso. Meganium também sabia, por isso se preocupou ao ver Feraligator submergindo. Ele ficou com a cabeça para fora d'água, pretendia fazer tudo muito rapidamente antes que seu sangue frio congelasse: usou sua baforada gelada do Ice Fang diante de si, crianço uma formação esférica de gelo bem espessa na água do mar - com dificuldades devido sua alta densidade de sal.

Depois saiu da água tremendo. Antes era azul, agora estava quase branco. Virou-se de costas para Meganium, e começou a usar as garras afiadas para modelar o bloco de gelo. Com seu longo pescoço, ela tentou espiar, até ele revelar o que havia feito para ela.

- Tome! - com a voz trêmula - Espero que goste...
- Você... - analisou a obra de arte. Feraligator transformara o bloco de no que lembrava um coração de gelo. que refletia um pouco a imagem de Meganium como um espelho, levemente retorcida pela superfícia instável - ... Um coração de gelo...
- Talvez viajar tanto não tenha sido muito bom pra você... Conheceu pessoas mesquinhas, que só se importam com a aparência. Mas aqui, Meganium, você conhece muitas pessoas que não ligam pra isso... - mostrou suas patas refletidas no espelho - Ou isso. - fez uma careta no outro lado do espelho transparente.

Ela riu, mesmo que não fosse a real intensão dele.

- Mas vai sim encontrar muitas pessoas que ligam pro que realmente importam. Que é isso... - posicionou o coração de gelo sobre o coração de Meganium em seu peito - Então, eu espero apenas... Que você possa aceitar o meu.

Meganium sorriu; Provavelmente era a primeira vez que alguém lhe mostrava tanto afeto, tanto amor daquele jeito. Pensou em pegar o coração com a boca, e Feraligator o estendeu diante do corpo. Mas antes que pudesse pega-lo, uma mão forte e habilidosa parte o coração em mil pedaços com um golpe certeiro do centro, como se fosse feito de isopor.

- Ei mermão, qual é a-

Feraligator mal pôde concluir sua frase. Blaziken o encarava a algumas polegadas de seu rosto, lançando um olhar ameaçador sobre ele. Meganium se assustou, temendo que algo terrível fosse acontecer.

- Ele está te incomodando, Meganium?...
- Ooh, vocês se conhecem? - Fera com mais coragem - Que pena, vai ser pior pra ela ver o coleguinha apanhar.
- Escuta, gorducho! - ameaçou atacar a região jugular de Feraligator com as garras afiadas - Eu já derrubei baleias bem maiores que você com um único golpe! Então só vou avisar uma vez... DEIXA ELA EM PAZ!
- Blaziken, pare já com isso!! - exclamou Meganium - Eu não sou seu troféu!!

Blaziken olhou com ainda mais ódio para Feraligator que, com o sangue quase congelando, não consegiu realizar um único movimento. Mas antes que lhe desse uma patada certeira, surgem passos pesados vindos de trás dele:

- Não ouviu a moça, Blaziken? - disse Swampert, desafiando Blaziken com o olhar - Deixe-o em paz...
- Senão vai ter que se ver com a gente também! - disse um Charizard, surgindo dos céus e pousando do outro lado, cercando o pokemon lutador.

Blaziken, contrariado, atirou Feraligator no chão e tomou o outro rumo, sumindo entre os pokemons. Meganium suspirou aliviadíssima...

- Você está bem? - disse o educado Charizard, ajudando Feraligator a se levantar - Esses pokemons de ginásio costumam ficar se achando, mesmo!
- Eita velho, cê tá só o cabaço! - exclamou Swampert, tocando em seu ombro de forma descontraída - Senta-quê! - sentou-o perto de Meganium, que estava sorridente. - E aí gatinha, tudo na paz?
- Tudo. Principalmente agora que vocês nos ajudaram, obrigada!
- Vocês se conhecem? - Feraligator.
- Iish, essa aqui já rodou o mundo! - Swampert - E quem diria que ia arranjar um cara justamente aqui em Jotho em, menina?
- Aah é... Não, espere, nós não somos- - foi interrompido por um beijo na bochecha de Meganium. Longo e estalado. - Aah... Quem sabe... - ficou mole como gelatina.
- Assim seu sangue esquenta rapidinho ein, Feraligator? - Charizard.

E ficaram lá, os quatro, até o fim do festival, conversando sob a luz do luar. Quem sabe que futuro elo os ligaria mais futuramente?...

Pokemon Shining Crystal - O Dia do Juízo Final - Página 4 Together

- - - - -

Sem meio de transporte, eu partiria naquela manhã nas costas de Pigeot. Levava a sacolinha com os remédios para o Ampharos de Olivine comigo, e ele com certeza haveria de ficar melhor. A tempestade não pareceu diminuir nem um pouco naquele trecho, realmente era algo muito misterioso ela se manter assim, constante, dia após dia, semana após semana...

Chegando lá, a primeira coisa que fiz foi procurar por Kevin. Estava louca para vê-lo, e Pigeot pôde até sentir o quanto eu realmente queria isso. Claro, havia acompanhado tudo desde o início. Até eu receber a decepcionante notícia...

- Querida, você nao recebeu nenhuma ligação? - tia Rute disse, surpresa.
- Não, apenas a de um amigo ontem à noite...
- Oh, céus, esta droga de telefone... - tia Rute levou a mão à testa, como costuma fazer quando se encontra num empasse - Kevin a ligou dezenas de vezes, dizendo que precisaria viajar com pai para Hoenn. Ficaram sabendo de uma competição de surf que daria muito dinheiro como premiação, e... Estavam mesmo muito empolgados. Não conseguiram simplesmente evitar, e zarparam ontem mesmo.
- Puxa... que pena. Mas eu realmente, nao recebi nada. Tem notícias deles?
- Sim, eles estão nas quartas de final. - ela sorriu, orgulhosa - Já garantem um bom dinheiro quando voltarem pra cá.
- Isso é realmente muito, tia Rute!

Estava muito feliz por eles. Que pena que não pude vê-lo... Queria pelo menos ter me despedido dele corretamente. Não poderia enrolar se quisesse poupar tempo, mas não saí da loja de barcos sem antes fazer duas coisas: comprar um pão-de-queijo da lanchonete deles e ouvir o épico "Você viu o Zé Pilinha, viu viu viu?" de Tima.

Corri para o Farol. Assim que cheguei lá, fui rapidamente recebida por Jasmine. O Ampharos do farol era grande (mesmo para um Ampharos comum) e realmente já bem idoso, quase perdendo seu tom amarelado e vibrante que um Ampharos jovem costuma ter. Perto dele, um criado mudo dedondo com um ovo que balançava com certa frequencia, como se estivesse prestes a chocar. Jasmine pegou uma das rações e a levou até a boca de Ampharos, deitado numa grande e confortável cama. Antes imóvel, agora ele movera lentamente a cabeça em nossa direção, abrindo um pouquinho os olhos de pálpebras pesadas e sorrindo feliz por estar se revigorando. Jasmine deu graças a deus, e continuou o alimentando, até que-

O ovo começa a rachar! Tensão: nunca havia visto um ovo de pokemon ranchando. Depois que a criaturinha quebra a ponta da casca, ela se revela: um pequenino filhote de Mareep, com os pelos melecados pelas substâncias do ovo, agora surgia e apreciava o milagre de nascer. Fazia movimento com a cabeça, como se procurasse um aroma no ar. Jasmine a pôs perto do pai, onde ela pode se aconchegar e sorriu, e assim ambos dormiram um sono longo e tranquilo, onde Ampharos pode finalmente descansar após noites de sofrimento: tanto pela doença, quanto pelo medo de morrer sem marcar seu legado...

Para meu azar, Jasmine ainda passaria um dias cuidando de Ampharos e do bebê. De volta à Ecruteak, estava planejando minha rota para Mahogany ao lado de Pigeot, quando vejo Morty me esperando na entrada do centro pokemon. Enquanto entramos para eu recuperar meus pokemons, ele comenta:

- Soube que encontrou com os sacerdotes?...
- Sim, numa situação nada conveniente... - foi quando percebi que, depois que você é escolhida para uma missão tão importante, poucas coisas no mundo continuam convenientes.
- Eles me disseram tudo. - riu um pouco - Pelo menos pode ter contato com as principais pessoas que irão ajudá-la...
- Morty... - disse, receosa - Quem exatamente está envolvido nisso?
Seu silêncio cabisbaixo me bastou como resposta.
- Muita gente, Juri. Internas, e externas... Mas, só lhe chamei aqui para lhe devolver isso.

Ele me dera de volta a Wave Bell! Eu o acoplei novamente em meu pingente da PokeGear.

- Decidi pedir da sua mãe assim que ouvi o que os rapazes comentaram sobre você. Acredite... Eles são mais sagazes e inteligentes do que você imagina. - imagino se ele estava se referindo a Zeki...
- Tem certeza disso?
- Sim, claro. Está na hora de voltar a usá-lo, Juri... Vá, e boa sorte. Você logo saberá de tudo...

Muito confuso isso. Mas já que logo tudo seria revelado, não teria razões para me preocupar. Apenas se soubesse o que estava por vir...

Aquela barreira era muito mal fiscalizada. Pigeot a sobrevoava por cima, atravessando-a da forma que lhe era mais prática. Quando estava prestes a sair, alguém surge na minha direção e empurra meu corpo com força contra o chão. Senti como se algo meu estivesse sendo arrancado de mim... Foi quando ouvi:

- Uau, uau!... Ótimo!

Era uma mulher... Maios exatamente uma garota, da minha idade. Seu capuz preto escondia um olhar sinistro em seu rosto, ela exibia os dentes de forma triunfante. Ela havia tomado meu Wave Bell! Uma trombadinha trambiqueira, me olhava por cima como se fosse uma criatura suprema. Pôs o Wave Bell no bolso e agradeceu como se tivesse o comprado numa loja de conveniência.

- Vai fazer os olhos do chefe brilharem!...

Quando passou rapidamente sobre mim, eu fui mais veloz e a segurei pelo pé, fazendo-a cair de cara no chão. Pigeot captura os sons vindos de baixo, e surge da entrada da barreira, arrulhando como quem estava pronto para a batalha.

- Sobre meu cadáver!! - exclamei.
- Como você quiser! - ela fez o mesmo.

Mas eu não estava preparada para aquilo. A criatura que saiu de sua pokebola era um monstro que eu jamais veria igual enquanto vivesse em Jotho... Mas eu não iria perder. Não iria perder meu Wave Bell, que foi incubido a mim daquele jeito, nas mãos daquela rata ladra! Não mesmo!!

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Mensagem por Bakujirou Qua 28 Out 2009 - 10:40

A segunda parte do capítulo 6 está muito boa. Os mistérios acerca das Clefairys me deixaram instigado. Principalmente porque elas não são tão comuns naquela região de Johto.

As passagens seguintes forma muito bem boladas, Haruhara e Tânia conversando numa fonte termal, a conversa paralela de Feraligatr e o jantar agitado da Juri.

Este capítulo tem poucos erros de português, mas eu pude percebê-los...

"...
Eu fiquei em silêncio imediado. ...

...

...Fico feliz em conheçer as pessoas que me tornaram livre da energia sinistra daquele sino...

...

Ao percorrer pelos estreiros e escuros corredores abertos rusticamente pela caverna...

..."

O primeiro texto era "imediato". O segundo, é "conhecer", sem o cedilha de baixo do segundo "C". O último, é "estreitos".

Tem poucos erros de português que, realmente, me importaria de citar, mas dou uma colher-de-chá, porque fazer textos longos sem nenhum erro, é praticamente impossível. Eu, por exemplo, erro muitas vezes com coisas muito bobas, na ânsia de digitar pra poder postar no fórum...

Continue com a sua fic, ela está cativante e tem ótimas cenas, eu me diverti bastante com a passagem de Feraligatr, neste capítulo. Aguardo ancioso pelo próximo capítulo. *-*


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Mensagem por Zeroan0 Qua 28 Out 2009 - 11:37

Muito legal a fic!O jeito que você descreve os locais, os acontecimentos faz eu ler sem parar, como se o tempo para-se.Gostei muito desse capitulo, foi muito bonitinho a parte dos Pokemons( o Feraligator fez o coração de gelo, o Blaziken se achando, então chegando os outros pra afastar ele).E você desenha muito bem, as garotas que eu faço parecem meninos.

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Mensagem por Condemner4000 Qui 29 Out 2009 - 9:05

Haha! Esse último capítulo está muito bom.
Agora sim os mistérios que existiam sobre o sino estão sendo revelados...
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Mensagem por Luanna Qui 29 Out 2009 - 10:21

Caramba...Você ta de parabéns!

A Fic ta muito boa, ja li 4 Capitulos, e o prólogo, se eu não tivesse trabalho da faculdade pra fazer agora eu lia o resto xD

Mais enfim, continue assim, você realmente tem o dom de escrever, pra ser sincera, a área de Fics e uma área que eu nunca venho, e sua Fic me fez vir até aqui e me apaixonar por ela *-*

Continue assim!

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